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Empregos não são lugares

25 Fevereiro, 2008

Nenhum dos “assessores” do governo consegue perceber o mecanismo pelo qual o mercado cria emprego. A economia é um sistema de troca. Os empregos criam-se uns aos outros. A entrada de uma nova pessoa no mercado de trabalho é facilmente acomodada porque a quantidade de bens e serviços a trocar aumenta. Os assessores do governo, em consonância com o chefe (sempre em consonância com o chefe), têm um modelo diferente. Acreditam que existe um número de lugares para preencher e que a função do Estado é aumentar o número desses lugares. É este tipo de falácias que conduz à ideia de que é possível partilhar empregos pela redução do número de horas de trabalho ou à ideia de que os imigrantes tiram emprego aos nativos. Não é possível partilhar empregos pela redução do número de horas de trabalho a quantidade de bens e serviços a trocar cai imediatamente. Os imigrantes não tiram emprego aos nativos pelo simples factos de que os próprios imigrantes fazem aumentar a quantidade de bens e serviços. Não é possível criar empregos criando lugares (a falácia inicial do Eng Sócrates) porque o desemprego não se deve à falta de lugares mas sim a distorções na economia. Uma economia sem distorções consegue acomodar novos trabalhadores sem grandes dramas. O que deve preocupar o governo é que aos 92 mil empregos criados correspondem 120 mil novos activos, o que implica que nestes 120 mil há uma taxa de desemprego de 22%.

93 comentários leave one →
  1. 25 Fevereiro, 2008 12:05

    Caro João Miranda,

    Sabe como se criam empregos? Craindo empresas, promovendo o empreendedorismo. Ora, isso, implica assumir riscos, tomar iniciativa não depender do Estado para ter emprego. Acho curioso que uma pessoa que, ao que parece, é paga com os nossos impostos tenha o topete de escrever este texto. É só a minha opinião…Para saber que é possível criar empregos e ao mesmo tempo aumentar o desemprego é preciso ter a noção de taxa de actividade. Nada que um livro de economia do 10º ano de escolaridade não explique devidamente. Se sabe, como é suposto saber, alguma coisa da Escola Austríaca etria mais pudor ao escrever…

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  2. 25 Fevereiro, 2008 12:15

    Em 35 anos de democracia, é a primeira vez que se debate tão energicamente o tema do desemprego. Nunca tinha visto usar tão elaborados argumentos para explicar que o aumento do desemprego, tem sido uma coisa deveras excelente. Histórica, até.

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  3. balde-de-cal permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:16

    o grande lider do largo dos ratos tornou-se o anti-flautista de Hamlin. leva os ratos atrás de si para os empregos

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  4. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 12:18

    Caro MarcoFerreira,

    Não percebi nenhum dos seus argumentos. Não percebo muito bem, por exemplo, qual a relevância da minha eventual actividade profissional para a avaliação das ideias expressas no post. Também não percebo muito bem em que é que o post contraria o que diz a escola autriaca (pode desenvolver este ponto?). E não percebo o que é que o desemprego tem a ver com empreendedorismo. O desemprego deve-se a desequilíbrios estruturais e não directamente à falta de empreendedorismo. Mas aposto que o Marco Ferreira vai desenvolver uma grande teoria sobre a relação entre as ideias de cada um e o seu emprego, entre a escola austríaca e a partilha de emprego ou entre o empreendedorismo e a criação de emprego.

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  5. Anónimo permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:19

    Como o desemprego no fim de 2008 vai ser metade do que está agora, vou esperar para ver o que vao dizer entao… lol

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  6. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:20

    Por cada imigrante empregado a criar bens e serviços existirá um nativo desempregado a não criar bens e serviços. O imigrante só terá um impacto positivo na riqueza criada se a sua contribuição para o aumento da produtividade do capital for superior à do nativo. Em média, não é isso que acontece em Portugal.

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  7. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 12:22

    «« O imigrante só terá um impacto positivo na riqueza criada se a sua contribuição para o aumento da produtividade do capital for superior à do nativo. Em média, não é isso que acontece em Portugal.»»

    Nesse caso porque é que as empresas contratam o imigrante e não o nativo?

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  8. Amadeus permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:27

    O João Miranda, grande especialista em Economia, Política Monetária, Geopolítica, etc, etc, não consegue perceber o relevo que a sua actividade profissional tem para estas questões. No problem: o Schopenhauer também não percebia.

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  9. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 12:30

    ««O João Miranda, grande especialista em Economia, Política Monetária, Geopolítica, etc, etc, não consegue perceber o relevo que a sua actividade profissional tem para estas questões. No problem: o Schopenhauer também não percebia.»»

    Não percebi o seu argumento. Explique lá como é que a minha profissão afecta os fenómenos económicos?

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  10. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:32

    “Nesse caso porque é que as empresas contratam o imigrante e não o nativo?”

    Você sabe-o tão bem como eu. Aliás, espanta-me que alguém tão preocupado com distorções na economia, não se apoquente com a distorção no mercado de trabalho provocada pela presença massiva de imigrantes pouco qualificados.

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  11. Amadeus permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:35

    Mas eu já percebi (génio, génio, génio…). Uma pessoa defende o liblariblarismo ou lá o que é, defende a extinção do Estado, sustenta que devem ser os privados a criar os empregos (que ideia original dude), redução de impostos, etc, etc, e depois, num acto de grande coerência, trabalha para o Estado, ou, traduzindo, mama à nossa custa. Hum hum… e arriscar, criar emprego, meter em prática todo esse conhecimento de Economia (risos)? Pois…

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  12. 25 Fevereiro, 2008 12:36

    João Miranda,

    Está a dar pérolas a……

    Quanto maior o Deseemprego, melhor!

    Até porque o crescimento económico continua elevado, suportado nas exportações para Angola e no investimento estrangeiro a aumentar (versão IEFP/ Basílio Horta/ Pinho/ Constâncio/ INE e afins).

    Viva o Bacharel Sócrates, que está a pôr o país nos eixos!

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  13. Amadeus permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:36

    João Miranda, falando sério, qual argumento? Não apresentei nenhum, nem tenciono apresentar. Estou aqui para me rir.

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  14. 25 Fevereiro, 2008 12:38

    João,

    O Marco Ferreira também foi a uma posta minha com esse argumento da profissão e dos impostos. E até me mandou ler Hayek.
    Ainda não percebi bem se é só caloiro ou veterano da assessoria.

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  15. Anónimo permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:39

    Se a teoria fosse colocada em pratica perdiam o emprego e perdiam a reforma do estado… lol
    Vivem à custa da tal distorçao de mercado.

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  16. Doe, J permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:44

    2008-02-25
    Estudo: Maior fuga de estrangeiros dos últimos 20 anos
    Imigrantes mais idosos estão a deixar Portugal

    ALIMENTOS TÃO CAROS QUANTO EM INGLATERRA
    O custo total de um cesto de compras em Portugal é mais elevado do que em Inglaterra. O estudo do jornal ‘The Portugal News’ fez a comparação entre o preço dos produtos básicos no Tesco, um supermercado inglês, e no Continente, uma das maiores cadeias de hipermercados portuguesa. Somadas as parcelas, concluiu-se que os produtos de consumo em Portugal são mais caros do que no Reino Unido. Enquanto o cesto de compras em Inglaterra custa 43,48 euros, os mesmos produtos num hipermercado português chegam aos 46,90 euros, ou seja, uma diferença de mais de três euros.
    Entre alguns dos produtos mais caros estão as cebolas, a farinha, o papel higiénico, a carne ou o arroz. Aliás, uma embalagem de pão de forma em Inglaterra custa metade do preço cobrado em Portugal.
    http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=279250&idselect=10&idCanal=10&p=200

    E assim se vai, juntamente com estes “emigrantes”, mais uma boa quantidade de serviços que deixarão de ser prestados e receitas que deixarão de entrar.
    3 vivas ao Querido Líder que decretará logo de seguida estarmos no “bom caminho”… para o fundo da tabela! 😉

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  17. Anónimo permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:45

    “Os empregos criam-se uns aos outros.” (João Miranda)

    Se eu contratar um investigador em biologia que, em vez de investigar em biologia, escreve posts atrás de posts e comentários atrás de comentários durante todo o dia, terei de contratar outro investigador em biologia, que, pelo menos de vez em quando, investigue em biologia; mas se este segundo investigador em biologia, em vez de investigar em biologia, passar o dia a escrever posts atrás de posts e comentários atrás de comentários, terei de contratar um terceiro investigador em biologia, que… (… e vão três)

    Não há duvida: os empregos criam-se uns aos outros. É biológico. E está investigado.

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  18. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 12:45

    ««Você sabe-o tão bem como eu. Aliás, espanta-me que alguém tão preocupado com distorções na economia, não se apoquente com a distorção no mercado de trabalho provocada pela presença massiva de imigrantes pouco qualificados.»»

    Não percebi que dirtorção é que a concorrência no mercado de trabalho pode provocar. A concorrência não tem precisamente um efeito anti-distorcivo?

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  19. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 12:46

    ««Não apresentei nenhum, nem tenciono apresentar.»»

    Bem me pareceu.

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  20. Amadeus permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:48

    Olha a Cristina Keller!!

    Hey burger king! Are you excited about today? I’ve heard that you are going to be the next star on a novel! Fuckin’ brilliant! How do you feel? Anxious?

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  21. 25 Fevereiro, 2008 12:58

    (120 – 92) / 120 = 23,3%

    [ taxa de desemprego obtida pela divisão do número de desempregados pelo número de activos potenciais (ou seja, activos empregados + desempregados) ]

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  22. Alexandre Gonçalves permalink
    25 Fevereiro, 2008 12:58

    Eu tenho a solução para o Engº Socrates cumprir a meta dos 150,000 (segundo o “brilhante” critério que ele está a utilizar para medir a eficácia da sua medida) Contrata 150,000 funcionários e despede-os logo de seguida. Como só vale a primeira metade da equação

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  23. Anónimo permalink
    25 Fevereiro, 2008 13:07

    os activos empregados nao sao 92000, porque esse nº é o liquido

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  24. samantha permalink
    25 Fevereiro, 2008 13:28

    Eh, só na minha terra, no meu concelho, o presidente da câmara, PS ou PSD, por acaso do primeiro, que importa, sozinho, já empregou nove familiares à sua volta.

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  25. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 13:53

    “Não percebi que dirtorção é que a concorrência no mercado de trabalho pode provocar. A concorrência não tem precisamente um efeito anti-distorcivo?”

    Sem dúvida nenhuma. E uma migração ponderada de pessoas entre países para corrigir desequilíbrios temporários no mercado de trabalho é benéfica para as economias. Mas o João acredita que num cenário em que vários milhares de milhões de pessoas viriam para Portugal caso pudessem (parece-me natural que qualquer pessoa que viva com menos de dois dólares por dia queira instalar-se cá) seria possível ter um mercado de trabalho em equilíbrio?

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  26. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 13:56

    ««Mas o João acredita que num cenário em que vários milhares de milhões de pessoas viriam para Portugal caso pudessem (parece-me natural que qualquer pessoa que viva com menos de dois dólares por dia queira instalar-se cá) seria possível ter um mercado de trabalho em equilíbrio?»»

    Explique-me porque razão haveriam milhões de pessoas de vir para Portugal? A imigração é controlada pela disponibilidade de empregos para imigrates e pelos salários oferecidos. Não vêm milhões de imigrantes para Portugal porque esses imigrantes não teriam qualquer vantagem nisso. Aliás, muitos dos imigrantes que cá estavam estão a ir embora.

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  27. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 14:09

    “Explique-me porque razão haveriam milhões de pessoas de vir para Portugal? A imigração é controlada pela disponibilidade de empregos para imigrates e pelos salários oferecidos. Não vêm milhões de imigrantes para Portugal porque esses imigrantes não teriam qualquer vantagem nisso. Aliás, muitos dos imigrantes que cá estavam estão a ir embora.”

    Podia-me explicar o que é um “emprego para imigrante”?

    Se os empregadores pudessem contratar a qualquer preço (o João não defende a existência de um salário mínimo, pois não?) trabalhadores estrangeiros, além de entrarem milhões de pessoas em Portugal o preço da unidade de trabalho tenderia para zero, reflectindo a disponibilidade ilimitada de mão de obra.

    Por outro lado, os imigrantes que estão a ir embora são os mais qualificados, precisamente os que mais falta fazem.

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  28. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 14:23

    Os imigrantes não tiram emprego aos nativos pelo simples factos de que os próprios imigrantes fazem aumentar a quantidade de bens e serviços

    Ó João Miranda
    Is andando tão bem e borra-se todo com esta infeliz frase que qualquer empregado da Comissária aplaudiria.
    Criam empregos sim é na polícia, nos guardas prisionais, na sopa dos pobres, nos assistentes sociais, nos animadores culturais, nos professores que têm que fazer “planos alternativos” para os porem a falar português e aos advogados das “oficiosas” que depois nós pagamos…Criar empregos?Porra… PAGAMOS e estamos condenados a pagar pelo internacionalismo que até os ditos de “direita” absorveram por osmose… Porra JM.
    O capital quer mão de obra de borla de preferência.Nos EUA foi assim antes do SUB PRIME.Os cidadão americanos fizeram os seus planos dava para comprar casa, mas eis que com a chegada massiva de emigrantes a sua vida “regrediu”, havia sempre alguém a trabalhar mais barato.Ruiu o sistema todo entende?
    Aqui vai passar-se o mesmo.Qual o nº de imigrantes “aumentados à carga “todos os anos?Nacionalizados? Para não serem “exploradops”? mas poderem beneficiar das prioridades que a “pobreza” lhes garante?Arredando outros nacionais do parco que o sistema oferece?
    JM, no nosso caso em que nada preoduzimos , onde não existem verdadeiros empregos, a imigração descontrolada como está é um desastre que sinto na carteira.E que sentem os do NORTE e todos os portugueses em geral que não podemter empregada doméstica ilegal, sendo a restante factura paga pela sociedade.
    Veja qual a percentagem de imigrantes/portugueses de papel passado nas prisões…
    Se acabarem com todos os benefícios sociais e me deixaremandar armado na rua podem fazer o que quizerem , mas eu a pagar e ver os meus concidadãos ser discriminados pela discriminação positiva aí é que não!
    E o sistema propicia isso.Veja agora o processo que a família das 2 raparigas que foram por água abaixo vão meter contra a CMS, o processo que o ZÉ queria fazer quando o miudo se afogou num parque em Lisboa…A malta vem ao ouro e às benesse, de resto está quieto…basta ir para a baixa de Lisboa e ver as centenas que se passeiam… nas horas de serviço.Nós pagamos.

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  29. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 14:48

    ««Se os empregadores pudessem contratar a qualquer preço (o João não defende a existência de um salário mínimo, pois não?) trabalhadores estrangeiros, além de entrarem milhões de pessoas em Portugal o preço da unidade de trabalho tenderia para zero, reflectindo a disponibilidade ilimitada de mão de obra.»»

    Mas porque é que aredita que um imigrante viria para Portugal trabalhar a qualquer preço?

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  30. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 14:57

    Mas porque é que aredita que um imigrante viria para Portugal trabalhar a qualquer preço?
    Nacionalizado tem “direitos”.Casa, educação de borla e com alimentação, subsídios estatais e música, muita música.Uns BMW de car-jacking, uns assaltos, umas idas à “terra” buscar uns “pós ou umas liambas” e vender uns ouritos.Exportar material roubado, em contentores que ninguém fiscaliza…
    Se tiver encontro com um polícia, este deve perguntar logo se ele quer ir à praia, se não quizer, então vem o advogado “oficioso” que com o juíz o mandam para “casa” a aguardar julgamento.Se for grave “pira-se” e como nem existem contratos de extradição, é uma maravilha de vida, paga por meia dúzia que de facto paga impostos neste país.
    Multidões de “associações” a tratar dos assuntos dos “desprotegidos”, tudo pago pelo estado.

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  31. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:06

    “Mas porque é que aredita que um imigrante viria para Portugal trabalhar a qualquer preço?”

    Não acredita que os 4 mil milhões de pessoas que vivem com menos de dois dólares por dia, viriam para Portugal se tivessem essa possibilidade?

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  32. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:06

    Como se sabe as crianças são inocentes e repetem o que ouvem.
    Há uns anos umas pessoas foram a determinada ilha, lá bem nop interior, fazer uma cooperação.No meio dos montes tiveram que aguardar umas horas, o que deu tempo da rapaziada das proximidades se aproximar para matar a curiosidade.Desde logo o desejo manifestado era vir para portugal fazer como os tios que cá vendiam droga…

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  33. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:09

    ««Não acredita que os 4 mil milhões de pessoas que vivem com menos de dois dólares por dia, viriam para Portugal se tivessem essa possibilidade?»»

    Onde é que elas estão? Já cá deviam estar? Porque é que não estão?

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  34. 25 Fevereiro, 2008 15:10

    O Comissário Miranda deveria arranjar casa no Second Life.

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  35. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:12

    Depois uma coisa importante.Todos sabem a merda que é o nosso país e portanto só mesmo a merda das merdas cá vem parar…

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  36. 25 Fevereiro, 2008 15:19

    Não se esqueça que a Beira faz parte do país.

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  37. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:28

    Anónimo Diz:
    25 Fevereiro, 2008 às 12:19 pm
    Como o desemprego no fim de 2008 vai ser metade do que está agora, vou esperar para ver o que vao dizer entao… lol

    O BETÃO vem aí.Isso e os “contratos”.As percentagens.A corrupção.Teremos belas estradas, belos comboios, mas não dinheiro para os usar… e então depois deste “ciclo” virtuoso de abundância de “fundos europeus” virá o quê?Acho que devem começAR JÁ PENSAR BEM NISSO…

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  38. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:31

    “Onde é que elas estão? Já cá deviam estar? Porque é que não estão?”

    Porque felizmente ainda existe algum controlo dos fluxos migratórios.

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  39. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:33

    Piscoiso Diz:
    25 Fevereiro, 2008 às 3:19 pm
    Não se esqueça que a Beira faz parte do país.

    E que país… o rio que passa em Viseu depois de 20 km ainda vai cheio de merda, construção em terrenos agicolas de 1ª e em qualquer lugar.Tristezas…
    Só me chateia mais do que isso a medrosice desse seu camarada de Sta Comba…

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  40. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:37

    ««Porque felizmente ainda existe algum controlo dos fluxos migratórios.»»

    Então acha que é o controlo do fluxo que impede a imigração. Então explique-me porque é que os portugueses não imigram todos para Londres, onde o nível de vida é muito maior que em Portugal. Não há controlo de fluxo nenhum.

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  41. 25 Fevereiro, 2008 15:40

    Dizer que tenho um camarada em Sta.Comba, respondido à letra, diria que vc descende tanto de Viriato como o Belenenses !

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  42. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:44

    Eu não disse que descendia do Viriato, de que aliás não existem provas de que algum dia andou por aquelas bandas… agora que o seu correligionário da câmara de Stª Comba nada a empatar serviço anda.O museu ao maior Beirão nunca mais avança porra!

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  43. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:50

    “Então acha que é o controlo do fluxo que impede a imigração. Então explique-me porque é que os portugueses não imigram todos para Londres, onde o nível de vida é muito maior que em Portugal. Não há controlo de fluxo nenhum.”

    Não é uma situação comparável à que eu referi, quer em termos do diferencial de nível de vida, quer em termos da diferença entre a dimensão das populações. Não obstante, se estes fossem tais que a pressão migratória fosse elevada, seriam impostas restrições a estes fluxos.

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  44. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:51

    Então acha que é o controlo do fluxo que impede a imigração. Então explique-me porque é que os portugueses não imigram todos para Londres, onde o nível de vida é muito maior que em Portugal. Não há controlo de fluxo nenhum.

    É pá só agora o Sócrates prantou o inglês no básico e já queria resultados?Espere mais una aninhos e vai ver…

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  45. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 15:59

    ««Não é uma situação comparável à que eu referi, quer em termos do diferencial de nível de vida,»»

    O diferencial de nível de vida, desde que supeior a zero, é irrelevante para a sua teoria. De acordo com a sua teoria, qualquer diferencial deve criar fluxo migratórios na ausência de controlos de emigração.

    «« quer em termos da diferença entre a dimensão das populações.»»

    Dimensão da população também é irrelevante para a sua teoria.

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  46. 25 Fevereiro, 2008 16:11

    João:

    Os portugueses não vão todos para Inglaterra porque no Luxemburgo o salário mínimo é 3 vezes o de Portugal. Faz mais sentido ir para o Luxemburgo do que para a Inglaterra.

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  47. 25 Fevereiro, 2008 16:27

    Ó Beirão, quando eu tiver correligionários em Santa Comba, vc tem-os na Legião Estrangeira.

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  48. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 16:36

    “O diferencial de nível de vida, desde que supeior a zero, é irrelevante para a sua teoria. De acordo com a sua teoria, qualquer diferencial deve criar fluxo migratórios na ausência de controlos de emigração.”

    Isso não é verdade. Segundo a “minha teoria” (que não é uma teoria, apenas uma constatação empírica da realidade) existem outros factores que pesam na decisão de emigrar para além do diferencial de nível de vida. Factores esses que podem modificar o sentido da decisão quando se fala de países com uma diferença de rendimento per capita da ordem dos 30%, e que são irrelevantes quando essa diferença é de 1000%.

    “Dimensão da população também é irrelevante para a sua teoria.”

    Isto também não é verdadeiro. A pressão migratória provocada por um país com centenas de milhões de pessoas será sempre maior do que a provocada por um país com centenas de milhares. Essa pressão será tanto maior quanto mais elevada for a razão entre a população potencialmente migrante e a população nativa (mantendo o rendimento constante).

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  49. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 16:46

    Piscoiso Diz:
    25 Fevereiro, 2008 às 4:27 pm
    Ó Beirão, quando eu tiver correligionários em Santa Comba, vc tem-os na Legião Estrangeira.

    Ó Piscoiso
    Sabe que a Legião Estrangeira é eficaz?Faz o que lhe mandam e com “limpeza” e não é como o governo do Sócrates que não ata nem desata.Uma tropa de elite que também já tivemos, mas já não temos.
    Bem o “clandestino” que pelos vistos anda em Sta Comba que se despache se quer tornar a ser eleito.É que ali não existem “interpretações” virtuosas dos desejos do povo.Querem o museu e o tipo não lho der arranjam outro que os satisfaça…

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  50. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 16:49

    Andam aqui com teorias e retóricas escusadas.Existe um bolo.Quantos mais forem menos come cada um, uma vez que mais, não quer dizer, no nosso caso,mais produção produção, mas sim mais divisão…

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  51. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 16:51

    ««Factores esses que podem modificar o sentido da decisão quando se fala de países com uma diferença de rendimento per capita da ordem dos 30%, e que são irrelevantes quando essa diferença é de 1000%.»»

    Importa-se de desenvolver, começando por explicar:

    – onde está o diferencial de 30% entre Portugal e Londres
    – onde está o diferencial de 1000% entre Portugal e o resto do mundo.
    – como que dinheiro viajam as pessoas que têm um diferencial em relação a Portugal de 1000%
    – o que é que tem na cabeça um imigrante que vai para um país que desconhece, onde se fala uma língua que ele não conhece e onde não tem garantias de ter emprego ou um lugar para dormir?

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  52. émaiti permalink
    25 Fevereiro, 2008 16:57

    não há criação nem transferênia de tecnologia.
    a high-tech governamental vai criar empregos de criado de mesa nos empreendimentos turístico.
    alguns destes comentário que infestam um blog digno pertencem a desesperados comissários politicos e bufos da praga siciliana. forneço bigodinhos a quem tem cruzes “gamadas”. andam no gamanço

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  53. zirpelino permalink
    25 Fevereiro, 2008 17:04

    Caro João Miranda
    Tem que me dar a referência da escola onde aprendeu economia, porque sabe, eu sou empresário industrial dum sector em crise, que se caracteriza por uma oferta dupla da procura. Ou seja, a distorção só se resolve com o desaparecimento de metade das empresas existentes, que por acaso são fábricas. Todos os estudos indicam que no futuro próximo o mercado crescerá 0.5 a 1% ao ano, pelo que, só vai sobreviver, quem reduzir custos. Já agora digo-lhe que a energia é 50% dos custos, a seguir vem a mão de obra. Gostaria de vê-lo nesta situação, a debitar bitaites sobre crescimento da economia. Mesmo que o PIB cresça 4%, neste sector o crescimento não existirá porque exactamente está distorcido, vão haver (estão a haver)várias falências e umas centenas de trabalhadores vão para o desemprego. Claro se houver empreendedores com ideias novas e com coragem de assumir o risco, pode ser que se criem outras empresas e outros empregos. Mas não neste sector, cuja mão de obra não é muito qualificada. Portanto,para haver trocas e baldrocas tem de haver conhecimento, assumpção do risco, emprendedores e não somente aprendizes de analistas comedores n a manjedoura do orçamento que tanto criticam.

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  54. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 17:12

    Caro zirpelino,

    Não percebi bem onde quer chegar. Nem percebi bem em que é que o que escreveu pode ser usado para contestar o que escrevi. Pode ser mais explicito, começando por identificar qual o ponto específico em que não concorda comigo?

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  55. anónimo permalink
    25 Fevereiro, 2008 17:21

    O sr João Miranda, presumo que seja pago com o dinheiro de todos nós. O sr que passa a vida a cuspir no prato de quem lhe dá a comida. O sr que passa o tempo a mandar postas talvez não justificando aquilo que ganha. Seria melhor mudar para uma empresa privada ou então ir-se daqui para fora.

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  56. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 17:23

    “- onde está o diferencial de 30% entre Portugal e Londres”

    Não estava a referir Londres em particular mas à diferença de cerca de 30%
    entre o PIBpc português e a média da UE.

    “- onde está o diferencial de 1000% entre Portugal e o resto do mundo.”

    Quer que faça uma lista de países com PIBpc inferior a $2000?

    A propósito, agrada-me que esteja a conduzir a conversa para o acessório. Normalmente, é um sinal de que o interlocutor concorda e está satisfeito com a argumentação global.

    “- como que dinheiro viajam as pessoas que têm um diferencial em relação a Portugal de 1000%”

    Uma viagem de ida não é assim tão inacessível. De qualquer modo, e voltando à conversa inicial, um empregador de um país sem salário mínimo e sem restrições à imigração não se importaria de pagar essa viagem.

    “- o que é que tem na cabeça um imigrante que vai para um país que desconhece, onde se fala uma língua que ele não conhece e onde não tem garantias de ter emprego ou um lugar para dormir?”

    Alguém que viva com menos de dois dólares por dia e sem estruturas de apoio social certamente não levantará essas questões.

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  57. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 17:58

    ««De qualquer modo, e voltando à conversa inicial, um empregador de um país sem salário mínimo e sem restrições à imigração não se importaria de pagar essa viagem.»»

    Excepto se o custo da viagem somado ao risco de lhe sair na rifa um fulano que não sabe fazer nada ou que se muda para um concorrente tiver mais custos que benefícios. A verdade é que há mais fábricas a mudar-se para a Roménia do que há fábricas cheias de romenos em Portugal. Isso devia-lhe dizer algo sobre os factos económicos. A emigração é controlada por esse simples facto. As fábricas onde os imigrantes poderiam ter emprego mudam-se primeiro. O capital acumulado pelas economias desenvolvidas é de tal forma elevado que os empresários não têm qualquer uso para 90% dos potenciais imigrantes.

    ««Alguém que viva com menos de dois dólares por dia e sem estruturas de apoio social certamente não levantará essas questões.»»

    Entre ganhar 700 dólares por ano num país onde naceram com um baixo custo de vida e ganhar zero num país estranho com elevado custo de vida?

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  58. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 18:10

    Aliás, se as barreiras legais à emigração fossem o factor determinante, deviam observar-se os fenómenos seguintes:

    – as comunidades dos países mais pobres deviam ser as maiores
    – a comunidade moçambicana em Portugal devia ser muito maior que a cabo-verdeana
    – não se devia observar um efeito auto-catalitico em que as comunidades com mais elementos são as que mais recebem imigrantes
    – Não devia haver uma predominância de imigrantes vindos de países onde se fala português.

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  59. Luis permalink
    25 Fevereiro, 2008 18:11

    Tem razão JM.
    E os próprios cartazes do PS da altura o demonstram.
    Ao contrário do que diz a propaganda actual, os cartazes não prometiam “criar” 150 000 empregos, mas sim “recuperar 150 000 empregos”.
    Ora, recuperar empregos significa retirar desempregados da situação em que se encontram.
    É por isso que o falhanço é gritante.
    Não só não se recuperaram empregos perdidos, como entre os novos trabalhadores que chegaram ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego é de 22% (como diz o JM).

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  60. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 18:12

    O JM ainda a malhar em ferro frio
    Ó homem veja lá quantos processos existem no SEF a aguardar legalização…
    E olhe que os senegaleses pagam as viagens de piroga até às Canárias bem caras… e nós depois recebemos aqui muitos dos que são abandonados nas estações de combóios espanholas sem qualquer documento…
    Aqui embora mau existe um estado social.Lá zero…

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  61. 25 Fevereiro, 2008 18:13

    Caríssimos,

    Interessante a discussão. Os autores deste Blogue são adeptos do “pão para hoje, fome para amanhã” de que falava Hayek. Também, se compreende são funcionários da públicos, dai que procurem zurzir no José Sócrates que congelou a progressão nas carreiras e diminuiu o número de funcionários públicos. Falam em empregos e esquecem-se da necessidade de estimular o empreendedorismo. Permito sugerir que se identifiquem com conhecimento produzido nesse domínio por uma das melhores centros de investigação Americanos:
    http://www3.babson.edu/eship/research-publications/
    Que compreenderão o alcance das políticas de Sócrates. Vale a pena conhecer.
    Mm cumps

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  62. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 18:53

    “Excepto se o custo da viagem somado ao risco de lhe sair na rifa um fulano que não sabe fazer nada ou que se muda para um concorrente tiver mais custos que benefícios.”

    A maioria dos empregos para imigrantes não qualificados não requerem grandes conhecimentos. Não obstante, poder-se-ia fazer uma avaliação de conhecimentos localmente, caso fosse necessário. As viagens corresponderiam a um ou dois salários mínimos, pelo que o risco não seria muito elevado.

    “A verdade é que há mais fábricas a mudar-se para a Roménia do que há fábricas cheias de romenos em Portugal. Isso devia-lhe dizer algo sobre os factos económicos. A emigração é controlada por esse simples facto. As fábricas onde os imigrantes poderiam ter emprego mudam-se primeiro. O capital acumulado pelas economias desenvolvidas é de tal forma elevado que os empresários não têm qualquer uso para 90% dos potenciais imigrantes.”

    Esta questão é pertinente e, de facto, na economia real (com salários mínimos e fluxos migratórios aproximdamente controlados) a deslocalização reduz uma parte da imigração potencial. Mas o João certamente saberá que nem todos os serviços são deslocalizáveis. Adicionalmente, no cenário de imigração sem restrições haveria uma queda abrupta do preço da unidade de trabalho (a tese que pretendo demonstrar) o que travaria a deslocalizaçao de fábricas para a Roménia.

    “Entre ganhar 700 dólares por ano num país onde naceram com um baixo custo de vida e ganhar zero num país estranho com elevado custo de vida?”

    Zero? Mas, mas… afinal, se não houvesse fricções no mercado de trabalho, não haveria pleno emprego? E não se está a esquecer das redes de apoio social que são mais generosas do que um salário anual de 700 dólares?

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  63. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 19:11

    “Aliás, se as barreiras legais à emigração fossem o factor determinante, deviam observar-se os fenómenos seguintes:

    – as comunidades dos países mais pobres deviam ser as maiores
    – a comunidade moçambicana em Portugal devia ser muito maior que a cabo-verdeana
    – não se devia observar um efeito auto-catalitico em que as comunidades com mais elementos são as que mais recebem imigrantes
    – Não devia haver uma predominância de imigrantes vindos de países onde se fala português.”

    Estes fenomenos devem-se aos factores adicionais que pesam na decisão de emigrar, que eu referi anteriormente para explicar a não existência de fluxos migratórios significativos de Portugal para o Reino Unido. Eu escrevi na altura que estes factores são “irrelevantes” para imigrantes do terceiro mundo, mas devo corrigir a frase para “menos relevantes” para imigrantes do terceiro mundo do que para imigrantes portugueses.

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  64. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 19:18

    ««E não se está a esquecer das redes de apoio social que são mais generosas do que um salário anual de 700 dólares?»»

    Teriam que ser muito mais generosas ao ponto de compensarem o risco da viagem. Uma economia do primeiro mundo não está em equilibrio com uma economia do terceiro mundo precisamente porque existem barreiras sociais, económicas, culturais e linguísticas. Não é qualquer pastor do uganda que se transforma num trabalhador dos serviços em Londres. Não é por acaso que quem imigra não vem da base das sociedades de origem. Quem emigra são aqueles para quem os custos de transpor essas barreiras é menor. Normalmente são pessoas que conhecem a língua do país do destino, que têm uma rede social de acolhimento, que tem determinadas capacidades de trabalho que são aproveitáveis no país de destino etc.

    Note-se ainda que uma economia desenvolvida está em desiquilíbrio mas existem sempre transições suaves (excepto quando o mercado é distorcido pelo estado). São essas transições suaves que impedem a exclusão.

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  65. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 19:24

    ««Estes fenomenos devem-se aos factores adicionais que pesam na decisão de emigrar, que eu referi anteriormente para explicar a não existência de fluxos migratórios significativos de Portugal para o Reino Unido. Eu escrevi na altura que estes factores são “irrelevantes” para imigrantes do terceiro mundo, mas devo corrigir a frase para “menos relevantes” para imigrantes do terceiro mundo do que para imigrantes portugueses.»»

    Explique lá o efeito auto-catalítico pelos seus outros factores adicionais.

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  66. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 19:37

    “Teriam que ser muito mais generosas ao ponto de compensarem o risco da viagem. Uma economia do primeiro mundo não está em equilibrio com uma economia do terceiro mundo precisamente porque existem barreiras sociais, económicas, culturais e linguísticas. Não é qualquer pastor do uganda que se transforma num trabalhador dos serviços em Londres. Não é por acaso que quem imigra não vem da base das sociedades de origem. Quem emigra são aqueles para quem os custos de transpor essas barreiras é menor. Normalmente são pessoas que conhecem a língua do país do destino, que têm uma rede social de acolhimento, que tem determinadas capacidades de trabalho que são aproveitáveis no país de destino etc.”

    Então, como explica que na maioria dos países da Europa Ocidental existam imigrantes de países com os quais não tenham laços históricos?

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  67. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 19:42

    ««Então, como explica que na maioria dos países da Europa Ocidental existam imigrantes de países com os quais não tenham laços históricos?»»

    Todos os países do mundo conseguem produzir alguns emigrantes com capacidade para se integrarem nos países desenvolvidos. O ponto aqui é que esses não são os habitantes desses países para os quais há um maior diferencial de salário.

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  68. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 19:47

    “Explique lá o efeito auto-catalítico pelos seus outros factores adicionais.”

    Qual é a dificuldade? A existência ou não de parentes no país de acolhimente pode determinar a decisão de imigrar. Este factor tem mais peso na decisão de um português do que na decisão dum imigrante que viva com dois dólares por dia. O João é que estava inicialmente a supor que eu estaria a explicar os fluxos migratórios unicamente em termos de diferenciais de rendimento.

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  69. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 19:48

    ««O João é que estava inicialmente a supor que eu estaria a explicar os fluxos migratórios unicamente em termos de diferenciais de rendimento.»»

    Pois, mas o seu problema é que são aqueles com menor diferncial de rendimento que emigram.

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  70. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 19:57

    “Todos os países do mundo conseguem produzir alguns emigrantes com capacidade para se integrarem nos países desenvolvidos. O ponto aqui é que esses não são os habitantes desses países para os quais há um maior diferencial de salário.”

    Logo os factores culturais não são suficientes para limitar a imigração.

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  71. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 20:03

    ««Logo os factores culturais não são suficientes para limitar a imigração.»»

    O que interessa é que o ponto de equilíbrio é a emigração controlada. Num regime livre de emigração só imigraria quem fosse capaz de se manter de forma sustentável. Isso só acontece a um número reduzido de pessoas. Os fluxos seriam sempre aceitáveis.

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  72. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 20:12

    Aliás, a própria imigração tem um mecanismo de feedback negativo. O fluxo de imigrantes satura os empregos onde os imigrantes podem entrar mais facilmente, logo o fluxo é mantido baixo, à espera que os imigrantes que actualmente nesses empregos subam na escada social.

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  73. Osvaldo Lucas permalink
    25 Fevereiro, 2008 20:17

    “É este tipo de falácias que conduz à ideia de que é possível partilhar empregos pela redução do número de horas de trabalho.
    Não é possível partilhar empregos pela redução do número de horas de trabalho a quantidade de bens e serviços a trocar cai imediatamente”

    Se a transição for “suave” e começar por quem tem maior rendimento a quantidade de bens e serviços a trocar não cai. Basicamente estaremos a “comer” a poupança. E teremos quase imediatamente necessidade de novos bens e serviços para os novos rendimentos.
    Porque não criar um 2º mês de férias cujo subsídio seja a metade que foi retirada ao actualmente existente?
    O próprio tempo livre também gera necessidades…

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  74. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 20:23

    “O que interessa é que o ponto de equilíbrio é a emigração controlada. Num regime livre de emigração só imigraria quem fosse capaz de se manter de forma sustentável. Isso só acontece a um número reduzido de pessoas. Os fluxos seriam sempre aceitáveis.”

    Eu sei que essa é a sua tese. Infelizmente, ela não sobrevive ao teste da realidade. Apesar das limitações, existe um fluxo migratório descontrolado para os países desenvolvidos. Uma vez que os imigrantes são em grande parte mal qualificados, fazem pressão descendente sobre o preço da unidade de trabalho que é pago por serviços de baixo valor acrescentado e que não podem ser deslocalizados.

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  75. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 20:27

    “Aliás, a própria imigração tem um mecanismo de feedback negativo. O fluxo de imigrantes satura os empregos onde os imigrantes podem entrar mais facilmente, logo o fluxo é mantido baixo, à espera que os imigrantes que actualmente nesses empregos subam na escada social.”

    Esta afirmação também não está de acordo com a realidade. Mais imigrantes geram desemprego dentro das comunidades imigrantes estabelecidas há mais tempo. Pergunte a um imigrante cabo-verdiano a sua opinião sobre a imigração do Leste.

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  76. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 20:41

    ««Apesar das limitações, existe um fluxo migratório descontrolado para os países desenvolvidos.»»

    Defina “fluxo migratório descontrolado”.

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  77. JoaoMiranda permalink*
    25 Fevereiro, 2008 20:42

    ««fazem pressão descendente sobre o preço da unidade de trabalho que é pago por serviços de baixo valor acrescentado e que não podem ser deslocalizados.»»

    suponho então que nos países com maior emigração os salários estão a descer.

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  78. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    25 Fevereiro, 2008 21:26

    suponho então que nos países com maior emigração os salários estão a descer.

    Estão sim senhor.Veja o nosso caso.Um patrão de Lisboa tem um trabalhador do Vale do Ave que só pode acitar trabalhar por determinado grau de salário, que compense as deslocações e o sustento da sua família.O patrão descarta-o logo porque tem n! pretos a trabalhar pelo mínimo.Mas esse preto vai ter custos na segurança social em casa e outros subsídios.Conclusão o trabalhador do Vale do Ave tem que emigrar, descontar para uma segurança social estrangeira e nós pagamos a da restante família e a do preto que o substituiu…
    Se for jovem solteiro acaba por ficar fora e as nossas jovens vão à procura dos imigrantes africanos… é a mulatagem assegurada, cientificamente planeada.Somos os maiores.Levamos numa face e damos logo a outra.Lá vergonha é que não temos…

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  79. Anónimo permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:01

    “Defina “fluxo migratório descontrolado”.”

    http://www.guardian.co.uk/uk/2000/sep/03/race.world1

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  80. Anónimo permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:23

    “suponho então que nos países com maior emigração os salários estão a descer.”

    Não necessariamente, como alguns estudos indicam. Porém, estes estudos não provam a inexistência de uma pressão para os salários diminuirem, apenas provam que a expansão da procura de trabalhadores tem sido suficiente para prevenir a diminuição dos salários em cenários de imigração elevada. Não conheço nenhum estudo que tente quantificar o efeito que a expansão da procura de trabalhadores teria nos salários dos nativos num cenário em que não existisse imigração. Mais, ainda não encontrei nenhum trabalho que estude o impacto da imigração fazendo uma decomposição da população imigrante de acordo com níveis de habilitações. Os imigrantes altamente qualificados, tendo efeitos positivos na riqueza produzida, podem ocultar parcialmente o efeito pernicioso dos imigrantes com baixas qualificações.

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  81. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:24

    João, os dois comentários anteriores são meus.

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  82. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:28

    ««http://www.guardian.co.uk/uk/2000/sep/03/race.world1
    UK whites will be minority by 2100»»

    Só se adoptarmos um critério racista é que isso seria um problema.

    No entanto, não percebi a parte do descontrolado. Está a usar uma previsão futura para provar o descontrolo presente?

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  83. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:34

    ««Porém, estes estudos não provam a inexistência de uma pressão para os salários diminuirem, apenas provam que a expansão da procura de trabalhadores tem sido suficiente para prevenir a diminuição dos salários em cenários de imigração elevada.»»

    Explique porque é que não provam que afinal está tudo bem. Por exemplo, porque raio é que acredita que pode haver expansão da procura sem imigração? Por exemplo, quem lhe garante que não entrando imigrantes o capital não sai?

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  84. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:38

    “Só se adoptarmos um critério racista é que isso seria um problema.

    No entanto, não percebi a parte do descontrolado. Está a usar uma previsão futura para provar o descontrolo presente?”

    Quando uma população nativa torna-se minoritária em 150 anos, no meu entender está sujeita a fluxo migratório descontrolado.

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  85. Tiago permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:40

    “Explique porque é que não provam que afinal está tudo bem. Por exemplo, porque raio é que acredita que pode haver expansão da procura sem imigração? Por exemplo, quem lhe garante que não entrando imigrantes o capital não sai?”

    Leia George Borjas e Barry Chiswick.

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  86. JoãoMiranda permalink
    25 Fevereiro, 2008 22:47

    ««Quando uma população nativa torna-se minoritária em 150 anos, no meu entender está sujeita a fluxo migratório descontrolado.»»

    Mas então o critério de descontrolo é o facto de a população nativa se tornar minoritária? Mas porquê esse critério e não outro? A não ser que exista um qualquer critério rácico, não estou a ver o problema. Que eu saiba, 40 anos são suficientes para integrar imigrantes, mesmo na Europa. Logo, daqui a 100 anos já os descendentes dos actuais imigrantes são ingleses como os outros.

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  87. Mozart permalink
    25 Fevereiro, 2008 23:07

    Amadeus diz:

    Uma pessoa defende o liberalismo, defende a extinção do Estado, sustenta que devem ser os privados a criar os emprego, redução de impostos, etc, etc, e depois, num acto de grande coerência, trabalha para o Estado, ou, traduzindo, mama à nossa custa. Hum hum… e arriscar, criar emprego, meter em prática todo esse conhecimento de Economia (risos)…

    Realmente sem o estado, JM teria que trabalhar para os privados. Quem é o privado que quer um funcionário que passa o tempo a arrotar postas em vez de trabalhar? JM tem muito tempo para blogar. Pouco tempo lhe deve sobrar para fazer o trabalho pelo qual o estado lhe paga com o dinheiro dos nossos impostos. É por essas e por outras que pagamos impostos com língua de palmo.
    Quem não queria a trabalhar para mim era um funcionário destes.

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  88. 26 Fevereiro, 2008 09:43

    Era só para lhe comunicar q tb sou assessor do governo(eu e mais 40% dos eleitores), pois parece que é assim que se chama a quem como eu defende as reformas e medidas deste governo!
    Agradeço os momentos de humor delirante que os seus escritos me proporcionam cada vez q os leio! Meu caro assessor da pseudo oposição para qdo um texto sobre biotecnologia, afinal a especialidade da casa? Cpmts

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  89. Beirão, o Velho do Restelo permalink
    26 Fevereiro, 2008 10:18

    Logo, daqui a 100 anos já os descendentes dos actuais imigrantes são ingleses como os outros.

    Olhe que pelo andar da carreuagem o que vamos ter é um estado islâmico no reino unido…

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  90. Zé do Boné permalink
    26 Fevereiro, 2008 19:20

    Definitivamente o JM deve divertir-se imenso com os posts e respostas que dá aos seus comentadores.
    Veja-se a coerência destas suas “opiniões” com o intervalo de um pouco mais de 2 horas :

    Ás 4:51 JM escreve :
    “O que é que tem na cabeça um imigrante que vai para um país que desconhece, onde se fala uma língua que ele não conhece e onde não tem garantias de ter emprego ou um lugar para dormir

    Ás 7:18 o mesmo JM escreve :
    Quem emigra são aqueles para quem os custos de transpor essas barreiras é menor. Normalmente são pessoas que conhecem a língua do país do destino, que têm uma rede social de acolhimento, que tem determinadas capacidades de trabalho que são aproveitáveis no país de destino etc

    É só rir….

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  91. Doe, J permalink
    26 Fevereiro, 2008 19:28

    Nuno Diz:
    “Era só para lhe comunicar q tb sou assessor do governo(eu e mais 40% dos eleitores), pois parece que é assim que se chama a quem como eu defende as reformas e medidas deste governo!”

    Reformas não vi nenhumas. Vi uns remendos a granel que, melhor analisados para lá dos powerpoints, custam mais (em impostos, taxas e etcs sortidos) e na maior parte dos casos funcionam pior do que o que existia antes.

    Como classificar então quem aceita pagar bastante mais para receber bastante menos e ainda fica contente e aplaude por isso?…

    Sugestões? 🙂

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  92. 27 Fevereiro, 2008 09:03

    Curioso é saber queos críticos deste Governo vivem todos dos nossos impostos. Compreende-se: estão a perder importância e a diminuir em número.

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