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Como o resto do País *

8 Maio, 2008
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Quando fui advogado surpreendi-me com o modo primitivo como se fazia a investigação criminal em Portugal. Garantem-me que agora é muito pior. As condições de trabalho das polícias (todas) estão ao nível da indigência. Mas o pior é a desmotivação de quem está no terreno. Falar com um agente da PJ, hoje em dia, é uma experiência psicológica ainda mais aflitiva do que ouvir as histórias de professores em escolas problemáticas.
Claro que a culpa não é de Alípio Ribeiro. Nem deste ministro. Como sempre, entre nós, ela distribui-se por todos os vivos e os mortos – preferencialmente, estes últimos – sob a égide do princípio geral da irresponsabilidade pública.
Alípio Ribeiro voltou a falar de mais. Foi tão desastrado que ficou claro que a sua intenção era sair. Tal como tantos outros. Fugir dali para fora: esse é o elemento comum entre o topo e a base da PJ.

* Correio da Manhã, 7.V.2008

8 comentários leave one →
  1. frut'ò permalink
    8 Maio, 2008 00:59

    E contudo, Alípio, na minha, não falou de mais.

    Falou o que era necessário. Que uma Polícia não tem de enverginhar-se de não descobrir, à maneira das séries AXN, Miami or NY, um crime, por mais que o pessoal, da minha cunhada à minha prima e à minha namorada, à minha amiga(*), desejem, ardentemente, que culpe a Kate, num final simples como a água límpida que já não corre no Ave, quem sobe, de Vila do Conde à Cabreira, onde, como nóssa sinhora, nasce purinho da mãe.

    (*) E assim um Pais do Amaral, polícia fácil de inruições.

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  2. Curiosamente permalink
    8 Maio, 2008 02:47

    Curiosamente, num clima / ambiente desses, as teorias e Formações que dão aos Agentes, só vão piorar a situação.
    Em lugar de se investigar, por exemplo nos Casos de violência doméstica, as formações pelas Donas de Casa Desesperadas convençerão os agentes que “numa briga de casais o mais forte é sempre o culpado”. Ou seja, sempre o homem.
    Curiosamente isto não faz sentido. As brigas não tem origem em calculos como no boxe, mas em emoções. Emoções como o outro ter sido infiel, raiva durante uma discussão, frustração e impotência perante argumentos, “sentir-se” ofendido(a) e mais emoções.

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  3. balde-de-cal permalink
    8 Maio, 2008 05:32

    finalmente um artigo com interesse para portugal.começava a deseperar.
    a minha experiência pessoal é péssima: já deixou de ser 3º mundo para ser o outro mundo. que diferença dos países onde vivi, incluindo Itália. inclui muito das caracteristicas do povo português (genes norte-africanos ?) : inveja, preguiça, negligência,individualismo, falta de instrução e cultura, falta de civismo

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  4. O Silva permalink
    8 Maio, 2008 09:10

    O problema da n/ policia é que nunca se deu muito ao trabalho de investigar… mas sim apertar com informadores, bufos e outros que tais… isso não é investigação mas sim “ouvir o que se passa”!!

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  5. Anónimo permalink
    8 Maio, 2008 09:46

    No mundo animal as galinhas sao os policias:

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  6. Anónimo permalink
    8 Maio, 2008 10:37

    As galinhas sempre descendem do T-REX

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  7. 8 Maio, 2008 10:40

    CAA,

    Tenha calma.

    O SLB vai contratar o Ericsson (o pedreiro Martins, chama-lhe Ericx).

    A PJ vai contratar o Horatio Caine.

    Durma descansado, que na próxima época, o ex-Director dos Fogões Meireles volta a ser campeão.

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  8. Elcaseiimunitates permalink
    8 Maio, 2008 12:04

    Será que o SLB já contratou uma “fruta boa”?
    É conhecido o apetite deste treinador por elas pelo que se cuidem os jogadores no caso de lhe faltar a dita cuja.
    Se já o eram pelos resultados agora podem correr o risco de o serem internamente.

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