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Criminalidade X

29 Agosto, 2008

Como mostra o gráfico, a criminalidade violenta diminuiu em 2007 cerca de 10%. Os dados para o primeiro semestre de 2008 dão um aumento de 10%, o que anula a diminuição de 2007. A ciminalidade de 2008 está aos níveis de 2006. A suposta onda de criminalidade afinal era o estado habitual do país em 2006. Alguém se lembra desses tempos terríveis?

151 comentários leave one →
  1. 29 Agosto, 2008 10:11

    Olhando para o gráfico conclui-se que Guterres não estoirou só com a despesa pública.

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  2. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 10:12

    Uff, vá lá. Então assim não é importante.

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  3. 29 Agosto, 2008 10:14

    A minha tia Amélia queixa-se de que em 2006 lhe roubaram um guarda-chuva James Smith & Sons.

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  4. 29 Agosto, 2008 10:25

    “Por acaso” a malta lembra-se da criminalidade em 1998. Por isso, ao contrário de alguns, não temos orgulho do estado habitual do país em 2006. Daqui se conclui que a baixa de criminalidade por um único crime em determinado ano é motivo de festa mesmo que se esteja em plena “guerra civil”.

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  5. 29 Agosto, 2008 10:32

    Nem mais João!!

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  6. Laranjo permalink
    29 Agosto, 2008 10:35

    Andamos ao sabor das notícias espalhafatosas dos média e legisla-se em cima do joelho para calar os fazedores de opinião e acalmar a insegurança que se inventou proliferar.

    Faço aqui uma sugestão aos governantes e legisladores deste mísero país:

    Assumam a vossa hipocrisia e façam um Código de Processo Penal totalmente novo para os ditos crimes “violentos” e outro para os restantes crimes.

    Para os primeiros façam julgamentos sumários e com o mínimo de garantias de defesa para os arguidos;

    Para os outros, sobretudo para a criminalidade de colarinho branco e corrupção, mantenham este código repleto de garantias.

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  7. José permalink
    29 Agosto, 2008 10:37

    Tem tanto sentido afirmar que a criminalidade não aumentou, como dizer que a Justiça funciona melhor.

    Ao não se entender isso, está a desvalorizar-se o sentido político das tendências mediáticas.

    Até o próprio PR, já o admitiu e o Governo idem, implicitamente.

    A estatística não pode ser o único instrumento para avaliar fenómenos sociais.

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  8. 29 Agosto, 2008 10:40

    O João pode dar a origem da fonte, pq estou a ter alguma dificuldade em calar os alarmistas!

    Obrigado

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  9. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 10:45

    Relatório Anual de Segurança Interna 2007 (PDF)

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  10. 29 Agosto, 2008 10:50

    Já tinha esse, tenho mais dificuldade com os dados relativamente ao ano de 2008.

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  11. 29 Agosto, 2008 11:01

    O João Miranda continua “cego”. Força. Este “post” é identico aos que colocou em relação ao assalto ao BES.

    Depois do Vitalino, se o JM for objecto de car-jacking ou parecido, não se queixe!

    Força.

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  12. Jota permalink
    29 Agosto, 2008 11:08

    Vamos esperar pelo relatório de 2008, afinal vai ser interessante saber a que se deve o aumento de 10% na criminalidade designada violenta, se foram os roubos por esticão ou os roubos de postos de combustíveis, ourivesarias, etc.

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  13. José permalink
    29 Agosto, 2008 11:08

    No Porto, em poucos meses, sucederam-se alguns homicídios, localizados, centrados em meia dúzia de personagens da noite.

    Em termos estatísticos, esses homicídios, não chegaram para colocar em risco a nossa belíssima estatística da mortandade provocada por bandidos.

    Ainda assim, deu para uma onda de choque mediático.

    Imagine-se que alguém vinha para a tv, com este argumentário: nada de preocupações. Isto é só fumaça estatística. No fim do ano, lá chegaremos aos números do costume.

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  14. fernando antolin permalink
    29 Agosto, 2008 11:09

    Provavelmente no final deste ano teremos valores algo superiores aos de 2006.Penso que há um “tom” alarmista que ajuda,desde logo,a vender as notícias e pode também constituir arma de arremesso político,como no passado e por parte de quem agora se sente atacado,o foi também.Alguma da criminalidade violenta existente mudou de alvos e usa meios e contextos diferentes dos usados há uma década.Não devemos gritar “aqui d’el rei” sem motivo mas também erra quem julgar que “no pása nada”.Haja a coragem política de mudar aquilo que deve ser mudado,por parte de e em relação aos protagonistas com a missão de prevenir e combater estas situações.Se nada se fizer,continuaremos a ter uma discussão em círculo que nada resolverá.

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  15. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 11:10

    “Rui Pereira admite onda de criminalidade”

    (http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/396511

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  16. permalink
    29 Agosto, 2008 11:13

    Mas como se chegam aos números do relatório?
    Como se faz a recolha das participações e ocorrências?

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  17. Laranjo permalink
    29 Agosto, 2008 11:18

    Ainda se lembram do famoso período “alarmante” que foi vivivo há alguns anos atrás com os casos de “Antrax” que sucediam a ritmo frenético nas notícias…
    Haverá estatísticas desse tenebroso período de insegurança?

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  18. José permalink
    29 Agosto, 2008 11:21

    “Mas como se chegam aos números do relatório?
    Como se faz a recolha das participações e ocorrências?”

    Só pode ser através da recolha de elementos que ficam registados nas polícias.

    Sendo assim, teremos por exemplo, um número assustador de casos de “violência doméstica” que não configuram crime de mais tratos.

    E na tal criminalidade violenta, será preciso verificar como é que se catalogam essas ocorrências em “violentas” ou não violentas. E quem cataloga.

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  19. 29 Agosto, 2008 11:26

    José,
    Imagino que a catalogação da criminalidade violenta é feita à luz de critérios internacionais bem definidos.

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  20. Nuspirit permalink
    29 Agosto, 2008 11:31

    À medida que se vai conhecendo a verdade dos factos, também a argumentação dos que aqui desancaram o João Miranda se vai moldando. É giro de observar. Agora já não interessa saber se há uma onda de assaltos. Agora está-se numa fase em que se diz que os assaltos são uma coisa má!! Mas isso nunca esteve em discussão!! Isso é tão óbvio. Não se dão conta os detractores de JMiranda que estão a mudar de assunto?

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  21. 29 Agosto, 2008 11:37

    Talvez fosse melhor que o gráfico começasse em zero (em vez de em 10.000).

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  22. José permalink
    29 Agosto, 2008 11:39

    Imagina…eu também gostaria de imaginar.

    Mas pegue-se por exemplo, numa ocorrência que envolva uma qualquer actuação integradora de crime de resistência e coacção sobre funcionário ( artº 347 C.P.) Por exemplo, numa operação stop, um indivíduo que é mandado parar, abranda, e logo a seguir acelera e investe contra o guarda que o vai abordar, em modo que o guarda entende ser uma agressão física tentada. Ou uma variante deste procedimento, corrente em certos sítios.

    Como é que esta actuação se classifica? Quem a classifica? Quando a classifica? Quem recolhe os elementos estatísticos relativos a esta ocorrência.

    Outro caso: à noite, uma chamada na PSP, alerta para um caso de “violência doméstica”, num apartamento. Gritos, portas a bater, louça a partir, crianças a chorar e voz de homem embriagado e alterado, com gritos de mulher em alvoroço.
    Vai-se a ver e foi um caso sem gravidade e mesmo repetido, sem continuidade que assuma a natureza de maus tratos.

    Como é que se classifica isto, se a lei, mesmo em caso isolado, cataloga como “violência doméstica”?

    Claro, como violência doméstica.

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  23. Cam permalink
    29 Agosto, 2008 11:40

    pois, pois, há apenas um pormenor que o principe dos diletantes blogantes que é o JM ignora, como ignora tantas outras coisas sobra as quais manda os seus bitaites.
    Há maneiras burocraticas de iludir durante uns tempos o aumento progressivo da criminalidade violenta. Um deles é redefinir o que é criminalidade violenta.
    pois, quando entrou en vigor a revisão do código penal?

    pois, pois…

    infelizmente a revisão que permite apresentar estatisticas mais bonitas durante algum tempo também contém em si os germens que geram o aumento da criminalidade.

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  24. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 11:41

    Nuspirit,

    1º Em 2006 houve 139 assaltos a bancos, em 2007 houve 108: “(…)De acordo com o Relatório de Segurança 2007, o número de assalto a bancos desceu de 139 em 2006 para 108 no ano passado (…)” (http://diario.iol.pt/sociedade/assalto-assalto-bes-assalto-ao-bes-sequestro/979622-4071.html).

    Se em 2008 já houve 150, mesmo que não haja mais nenhum (que é altamente improvável), os números já são preocupantes.

    2º “Rui Pereira admite onda de criminalidade”

    (http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/396511

    3º “Para o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Portugal mudou: «Já não somos um país de brandos costumes» (…)”
    (http://diario.iol.pt/esta-e-boca/violencia-assaltos-garcia-leandro/984044-4087.html)

    Só um à parte: a polícia voltou a matar,

    “O rapaz de 21 anos caiu acidentalmente num poço, esta madrugada, em Oliveira do Bairro, quando fugia de uma patrulha da GNR. Ainda pediu ajuda, mas acabou por morrer afogado (…)
    (http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/11541)

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  25. 29 Agosto, 2008 11:44

    José, infelizmente não tenho o conhecimento para esclarecer a fundamentação subjacente aos critérios de catalogação da criminalidade, mas julgo que a mesma será feita por quem tenha a competencia para tal.

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  26. pedro romano permalink
    29 Agosto, 2008 11:45

    Excelente. Espero que o artigo no DN esteja ao nível do que tem vindo a postar no Blasfémias.

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  27. 29 Agosto, 2008 11:47

    Faltou só dizer que o gráfico foi gentilmente fornecido pelo Pedro Silva Pereira.

    Para que servem esses números? Como são calculados e que tipo de crimes abrange? O roubo do chapéu de chuva conta “1”, da mesma forma que o tiroteio na Quinta da Fonte ?

    Sabemos todos que o sentimento de insegurança criado na população é muito mais importante do que o cálculo subjectivo das ocorrências. Esse sentimento de insegurança é o mais elevado das últimas décadas, e motiva intervenções não só do “homem da rua” mas do Presidente, Sindicato do Magistrados, Juízes, Pinto Monteiro, Ministros, etc. O único calado é … Sócrates!

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  28. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 11:48

    Nuspirit, quando o meu comentário (24) já estiver bem moderado leia-o, sff.

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  29. Alberto Mendes permalink
    29 Agosto, 2008 11:52

    Ainda alguém se lembra do surto de agressões a magistrados em tribunal?

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  30. Winston Smith permalink
    29 Agosto, 2008 11:53

    Não são precisos gráficos com bolas de bilhar para perceber que a “onda” foi criada ou pelo menos empolada pelos media.

    Mas a questão relevante é saber se há ou não um nível de violência acima daquilo que a sociedade toma como aceitável.

    Se em Agosto houve mais x% de crimes do que em Julho ou se o aumento é de y% face a qualquer outro mês é cagativo. Admitindo que os jornais não inventam notícias (…) e se limitam e meter tudo na 1a página quando antes ia para a 27, o que importa é saber se devemos aceitar como normal (inevitável?) x assaltos e y mortes por dia/mes/ano ou não e, nesse, caso o que deve ser feito.

    Estar a discutir taxas de variação é desfocar a atenção da essência do fenómeno. Exactamente como as brincadeiras que se fazem com os “menos x mortos este semestre nas estradas” quando, menos x ou menos y são, por cá, sempre muitos mais que os que deveriam ser (mesmo admitindo que haverá sempre um número que é inevitável).

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  31. 29 Agosto, 2008 12:01

    O João Miranda acredita na estatística oficial?

    .

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  32. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 12:03

    ««Sabemos todos que o sentimento de insegurança criado na população é muito mais importante do que o cálculo subjectivo das ocorrências.»»

    Ou seja, quando a insegurança for irracional devemos aplicar as mesmas soluções que quando ela é racional?

    Imagine que a insegurança resulta de uma fantasia criada pelos media. Vamos gastar dinheiro em mais meios policiais por causa disso?

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  33. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:09

    Nuspirit,

    1º Em 2006 houve 139 assaltos a bancos, em 2007 houve 108: “(…)De acordo com o Relatório de Segurança 2007, o número de assalto a bancos desceu de 139 em 2006 para 108 no ano passado (…)” (http://diario.iol.pt/sociedade/assalto-assalto-bes-assalto-ao-bes-sequestro/979622-4071.html).

    Se em 2008 já houve 150, mesmo que não haja mais nenhum (que é altamente improvável), os números já são preocupantes.

    2º “Rui Pereira admite onda de criminalidade”

    (http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/396511

    3º “Para o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Portugal mudou: «Já não somos um país de brandos costumes» (…)”
    (http://diario.iol.pt/esta-e-boca/violencia-assaltos-garcia-leandro/984044-4087.html)

    Só um à parte: a polícia voltou a matar,

    “O rapaz de 21 anos caiu acidentalmente num poço, esta madrugada, em Oliveira do Bairro, quando fugia de uma patrulha da GNR. Ainda pediu ajuda, mas acabou por morrer afogado (…)
    (http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/11541)

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  34. tina permalink
    29 Agosto, 2008 12:10

    João,
    Insisto que estamos a falar de criminalidade recente, de 2007 para 2008. E não é verdade que o no de homicídios no 1 semestre de 2008 é igual ao do ano inteiro de 2007? Sendo assim, podemos esperar um grande pulo nesse gráfico para o ano de 2008.

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  35. Justiniano permalink
    29 Agosto, 2008 12:11

    JM!
    1- Inflacção sobe 10% = Pressão Inflacionária
    2- Poder de Compra aumenta 10% = extraordinária subida do poder de compra (ou 1)
    3- Aumento de 10% no consumo de electricidade= Catátrofe ecológica e financeira
    4- Diminuição de 10% nas enissões de carbono= Desenvolvimento extraordinário
    5- Aumento de 10% na criminalidade= Facto estatisticamente imperceptível

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  36. 29 Agosto, 2008 12:11

    “Imagine que a insegurança resulta de uma fantasia criada pelos media”

    Mas não é. Exceptuando os “marcianos” dos condomínios fechados, qualquer cidadão vê ou é vitima da criminalidade.

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  37. Luis Moreira permalink
    29 Agosto, 2008 12:11

    Se compararmos com o tempo do Zé do Telhado estamos muito melhor.A questão é que a populaça tem um sentimento de insegurança que pode ser um factor de apertar liberdade para haver mais segurança.E por esse caminho podemos ter muito a perder.Já vamos nos chips nos automóveis!

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  38. rxc permalink
    29 Agosto, 2008 12:17

    Então e a comparação é sempre com o ano anterior? O JM anda muito influenciado pela visão de curto-prazo tão em voga nestas nossas sociedades. Poderíamos, por exemplo, analisar o aumento ocorrido nos últimos dez anos (+50%). É que olhando para aquele gráfico, é caso para ficar alarmado não?

    E o mais interessante é um (suposto) liberal confiar nas estatísticas de um governo “socialista”!

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  39. O Seringador permalink
    29 Agosto, 2008 12:18

    Hmm. Afinal a criminalidade subiu desde a Expo 98. Claro, o estaleiro trouxe essa imigrantada toda, que depois ficou sem emprego. E reparem como há um pico em 2004. Nem de propósito. A culpa é do Cavaco pela Expo e do Carlos Cruz pelo Euro 2004.

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  40. tina permalink
    29 Agosto, 2008 12:24

    E em termos de homícidios, Portugal até é um país bastante violento como revelam estas estatísticas para 2007. Imagine-se se ainda vai ficar pior!…

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  41. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:25

    Uma vez que os comentários demoram uma eternidade a ser moderados, vai por fases.

    Nuspirit,

    1º Em 2006 houve 139 assaltos a bancos, em 2007 houve 108: “(…)De acordo com o Relatório de Segurança 2007, o número de assalto a bancos desceu de 139 em 2006 para 108 no ano passado (…)” (http://diario.iol.pt/sociedade/assalto-assalto-bes-assalto-ao-bes-sequestro/979622-4071.html).

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  42. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:25

    2º “Rui Pereira admite onda de criminalidade”

    (http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/396511

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  43. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:26

    3º “Para o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Portugal mudou: «Já não somos um país de brandos costumes» (…)”
    (http://diario.iol.pt/esta-e-boca/violencia-assaltos-garcia-leandro/984044-4087.html)

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  44. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:26

    Só um à parte: a polícia voltou a matar,

    “O rapaz de 21 anos caiu acidentalmente num poço, esta madrugada, em Oliveira do Bairro, quando fugia de uma patrulha da GNR. Ainda pediu ajuda, mas acabou por morrer afogado (…)
    (http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/11541)

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  45. 29 Agosto, 2008 12:28

    “pois, quando entrou en vigor a revisão do código penal?”

    Houve alguma revisão do código penal? Não digo que não tenha havido, mas só ouvi falar de uma revisão do código do processo penal (que, para o assunto em questão – definição do que é criminalidade violenta – , não tem nada a ver com o CP)

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  46. 29 Agosto, 2008 12:29

    “A polícia voltou a matar”????

    Eh eh eh. Este pessoal anti-polícia sonha…

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  47. tina permalink
    29 Agosto, 2008 12:30

    E aposto que a tendência do gráfico apresentado pelo João é semelhante à dos números de imigração em Portugal.

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  48. 29 Agosto, 2008 12:30

    “Imagine que a insegurança resulta de uma fantasia criada pelos media. Vamos gastar dinheiro em mais meios policiais por causa disso?”
    Caro João,
    Eu julgo que, quando a sensação de insegurança se instala na sociedade pode ser mais difícil de combater que a criminalidade propriamente dita.
    A Fobia da insegurança é real e bastante incapacitante para a população, traduzindo-se na perca de qualidade de vida.

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  49. OLP permalink
    29 Agosto, 2008 12:32

    Desafio:
    Neste grafico deveria ser anotada a data em que o novo código penal entrou em vigor.
    Depois podiam fazer umas pequenas anotações como as diferenças nos códigos fizeram as diferenças nas estaísticas.

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  50. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:34

    ““A polícia voltou a matar”????

    Eh eh eh. Este pessoal anti-polícia sonha…”

    Assur, estava a ser irónico

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  51. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:35

    “Desafio:
    Neste grafico deveria ser anotada a data em que o novo código penal entrou em vigor.
    Depois podiam fazer umas pequenas anotações como as diferenças nos códigos fizeram as diferenças nas estaísticas.”

    NA MOUCHE

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  52. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 12:37

    Miguel Madeira,

    “Houve alguma revisão do código penal?”

    Claro que houve. Principalmente a polémica alteração ao art. 30.º do Código Penal. Veja que há quem diga que foi para beneficiar os arguidos da Casa Pia. Lembram-se de cada uma.

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  53. Carlos III permalink
    29 Agosto, 2008 12:39

    Uma estatísitca vale apenas o que vale e é manipulável (comentário# 23). Mas haveria que ter em conta outros factores: as chamadas “cifras negras” (delitos não participados, muitas vezes pela sensação de que é inútil)e a sequuência da participação: em quantos casos foi descoberto o autor do crime? Que condenação sofreu?
    O Zé do Telhado aterrorizou meio país mas acabou degredado em África para o resto da vida, creio. A Justiça funcionou.

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  54. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 12:42

    O João Miranda produz alguns textos muito próximos do perfeito e faz algumas análises geniais, mas às vezes parece acreditar que ninguém sabia que o défice era de 6%, que a criminalidade violenta não aumentou, e que o défice foi de facto reduzido. Já se perguntou o que se pode esperar de um ministro e de um governo que se apresenta na RTP a afirmar quantos guardas vai formar de novo sem referir quantos sairam? Acha que se pode confiar em algum número produzido por esta gente? O JM não assistiu como todos nós à palhaçada do BdP no início da legislatura? O JM não vê que no caso da linha do tua os parafusos estão todos soltos e a Secretária de Estado dos trnsportes diz que está tudo perfeito? Quer mais? Isto não lhe soa a ex-URSS? Acredita em papéis com números? João Miranda: o Estado Português está repleto de vigaristas e aldrabões da pior espécie, sem ponta de vergonha na cara, que não se coíbem de meter a nação pelos piores caminhos para poderem dar um pouco de brilho à sua carreira. Talvez não tenha reparado, mas não parece haver gráficos sobre corrupção no Estado, porque a corrupção pura e simplesmente não existe, como aliás sustenta o chefe da Associação de Municípios.

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  55. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 12:46

    Desde meio da primeira legislatura de Guterres quase duplicou, só. Isto aponta um caminho que é uma seta a subir, e bem. Depois chega Sócrates e ela desce logo. Só grandes momentos na vida de um país produzem resultados tão drásticos, como as guerras ou as Expos. 🙂

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  56. Pizarro permalink
    29 Agosto, 2008 12:51

    Engraçado era tentar perceber o pq daquele aumento de 25% ali entre 1998 e 1999.

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  57. Doe, J permalink
    29 Agosto, 2008 13:05

    “Albufeira: Apreendidas centenas de bolos”
    “Caça à bola de Berlim na praia”

    http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=D4801F7B-F95A-4E4D-ACB4-54FB18731D44&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

    Está em curso mais uma importante operação de combate à criminalidade. Os portugueses já podem voltar a dormir descansados pois já está em curso a operação de extradição das 500 bolas de Berlim indocumentadas.

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  58. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 13:10

    Por acaso esta estatística deveria ser acompanhada, em paralelo, do valor dos salários e de emigração.
    Salários a perder valor, por haver quem trabalhe mais baratinho, emigração de indígenas a aumentar para fugir á africanização salarial(e não só…)
    Tudo isto constitui um bom “combustível” para o aumento da criminalidade pois que os políticos conseguiram de facto ter todos insatisfeitos…

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  59. Bonifácio permalink
    29 Agosto, 2008 13:12

    Não se fala mais do chip DEMO?
    Hoje o Cavaco vai promulgar a lei que inicia o caminho que nos levará ao chip de localização e identificação pessoal.
    Há uma petição em curso.
    http://www.ipetitions.com/petition/siev/signatures.html
    Ainda há tomates em Portugal?

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  60. Doe, J permalink
    29 Agosto, 2008 13:13

    http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=86CB06F9-743E-4881-A38D-D5EF6F889D67&channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011

    “De acordo com a Direcção-Geral do Orçamento, entre Janeiro e Julho, foram contabilizados 48,5 milhões de euros de receitas provenientes das multas de trânsito.”

    Os cobradores do fraque da farda estão em grande.

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  61. Teresin permalink
    29 Agosto, 2008 13:23

    Muito mal deve andar a investigação em bio-tecnologia para desperdiçarmos os nossos “melhores” cérebros a discutir estatísticas.

    Longe estamos de uma sociedade melhor que esta quando qualquer o único método racional de decisão se baseia na parente mais pobre das ciências e aquela que Eistein sonhava eliminar: a estatística.

    Pobre, pobre é a sociedade que esquece os laços humanos e se apoia em muletas como as médias para determinar os seus actos.

    Inculta é a comunidade que discute capas de jornais.

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  62. P. Peter permalink
    29 Agosto, 2008 13:26

    A fiabilidade desses números é arrasadora. Quer um conselho: recolha você os dados na sua paróquia e desenvolva a partir daí.

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  63. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 13:37

    “Há uma petição em curso.
    http://www.ipetitions.com/petition/siev/signatures.html
    Ainda há tomates em Portugal?”

    Novidade seria não haver uma petição a uma proposta de lei.

    “Petiçao contra o Tabaco entregue na Assembleia da República”
    (http://www.radiomiramar.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/1254)

    “Nova petição contra lei do tabaco”
    (http://diario.iol.pt/noticias/cigarros-peticao-saude-abzhp-tabaco/932194-291.html)

    “Petição contra a nova lei sobre cães perigosos ou potencialmente perigososos”
    (http://www.petitiononline.com/Caninos/)

    “Petição contra lei da pesca recreativa”
    (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=689687)

    “PETIÇÃO CONTRA A LEI DE APOSENTAÇÃO”
    (http://memorialdolamento.blogs.sapo.pt/131531.html)

    “Apresentada petição contra entrega de gestão da REN às autarquias”
    (http://lisboa.bloco.org/index.php?Itemid=26&id=336&option=com_content&task=view)

    “Petição conta a política de pagamentos do Google Adsense”
    (http://www.fique-rico.com/2008/06/09/peticao-contra-politica-pagamentos-google-adsense/)

    “Petição contra Museu Salazar discutida no Parlamento ainda nesta sessão legislativa”
    (http://www.destak.pt/artigos.php?art=11308)

    “Petição contra o acordo ortográfico”
    (http://www.forumenfermagem.org/forum/index.php?topic=2161.0)

    “Petição contra as privatizações”
    (http://reciclemos.weblog.com.pt/arquivo/113900.html)

    Já chega.

    BEM RAZÃO TINHAM OS ROMANOS.

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  64. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 13:38

    ““De acordo com a Direcção-Geral do Orçamento, entre Janeiro e Julho, foram contabilizados 48,5 milhões de euros de receitas provenientes das multas de trânsito.”2

    Dois sinais:

    1º A polícia não está enfiada na Esquadra.

    2º Infringimos o CE que é obra.

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  65. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 13:39

    “Há uma petição em curso.
    http://www.ipetitions.com/petition/siev/signatures.html
    Ainda há tomates em Portugal?”

    Novidade seria não haver uma petição a uma proposta de lei.

    “Petiçao contra o Tabaco entregue na Assembleia da República”
    (http://www.radiomiramar.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/1254)

    “Nova petição contra lei do tabaco”
    (http://diario.iol.pt/noticias/cigarros-peticao-saude-abzhp-tabaco/932194-291.html)

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  66. 29 Agosto, 2008 13:43

    Pinto

    Sabemos disso. Mas lembrou-nos uma boa 🙂 e não se admire se vir por aí isso escrito.

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  67. Nuspirit permalink
    29 Agosto, 2008 14:11

    Reparo agora que entramos na fase de que a estatística tem limitações. O mais engraçado é quem entrou nessa argumentação, fá-lo como se tivesse descoberto a pólvora!! Não os quero desiludir, mas toda a gente minimamente informada sabe que, a respeito da estatística, é habitual brincar-se dizendo que ela é a arte de torturar os números até que eles confessem. Isso, de facto, quer dizer que o tratamento dos dados tem de ser muito rigoroso. Mas quando o é, toda a gente sabe também, que a estatística é a ferramenta mais poderosa ao dispor do homem para agir racionalmente. Só os imprudentes dela desdenham.

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  68. 29 Agosto, 2008 14:18

    Caro,
    A estatística é aquilo que nós quisermos que seja. A verdade é que os crimes violentos que existiam há 10 anos são agora de tipo diferente. Há 10 anos eram essencialmente em zonas rurais, e por motivos passionais. Agora não o são, são organizados, selectivos e em consequência de furtos. Mas isto o gráfico não diz…

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  69. 29 Agosto, 2008 14:27

    João Miranda, you´re much smarter than this. A criminalidade violenta engloba muitos tipos de crimes. O facto de estar numericamente aos níveis de 2006 a criminalidade violenta, não implica que não existam agora mais crimes mais violentos do que em 2006.

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  70. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 14:27

    Este post é uma palhaçada, pura demagogia.
    De onde é que o JM acha que esses dados provêem?
    Do número de queixas efectuadas na polícia. Ou acha que a polícia anda aí na rua a contabilizar um a um o número de ocorrência?
    O que está a acontecer é que o número de queixas está a diminuir, não pelo facto de o número de ocorrências diminuir, mas sim pelo facto de haver uma consciência colectiva dos cidadãos da impunidade que grassa pelo nosso país, que já nem vale a pena queixar-se à polícia.
    Estatísticas há muitas!!!

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  71. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:29

    ««O facto de estar numericamente aos níveis de 2006 a criminalidade violenta, não implica que não existam agora mais crimes mais violentos do que em 2006.»»

    Cabe-lhe a si demonstrar que agora existem mais crimes mais violentos do que em 2006. Quais são os seus dados?

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  72. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:30

    ««O que está a acontecer é que o número de queixas está a diminuir,»»

    Consegue provar essa tese?

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  73. 29 Agosto, 2008 14:32

    Caro,

    saberá, certamente, o que são as cifras negras e que a descrença no sistema judicial leva, precisamente ao seu aumento, ou não?

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  74. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 14:33

    JoaoMiranda

    “««O que está a acontecer é que o número de queixas está a diminuir,»»

    Consegue provar essa tese?”

    Saia um pouco do Campus Universitário e observe in loco a realidade portuguesa.

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  75. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:33

    ««saberá, certamente, o que são as cifras negras e que a descrença no sistema judicial leva, precisamente ao seu aumento, ou não?»»

    Como é que eu posso saber se o Rms ainda não apresentou qualquer prova?

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  76. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:35

    ««Consegue provar essa tese?”

    Saia um pouco do Campus Universitário e observe in loco a realidade portuguesa.»»

    Isso é uma forma de dizer que não consegue provar. Ou seja, quando se trata de provar conjecturas o caro anónimo refugia-se na sua percepção da realidade obtida por experiência própria. Como devia saber, essa percepção não prova nada. Pode ser uma ilusão.

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  77. 29 Agosto, 2008 14:37

    Um gráfico, uma estatística, uma sondagem, sem um autor idóneo, é uma grosseira manipulação propagandística.
    Como o gráfico do post não indica autor, suponho que foi fabricado pelo inefável Miranda dos posts múltiplos, de encher chouriços.

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  78. 29 Agosto, 2008 14:39

    Não vou explicar, porque, como disse um blogger seu vizinho, acho que você se diverte imenso às nossas custas e ri-se como um perdido quando o levamos a sério. É isso por que não vou explicar porque é que eu nem ninguém consegue identificar os números que representam as cifras negras, mas que eles existem, existem. É mais ou menos como as bruxas.

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  79. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 14:40

    “Isso é uma forma de dizer que não consegue provar. Ou seja, quando se trata de provar conjecturas o caro anónimo refugia-se na sua percepção da realidade obtida por experiência própria. Como devia saber, essa percepção não prova nada. Pode ser uma ilusão.”

    Ahh!! Alguém que se auto-intitula expert em biotecnologia, acha que o empirismo é uma ilusão…Hummm…Agora diga-se, como é que se provou que a Terra era esférica (e achatada nos pólos)?

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  80. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:40

    ««Um gráfico, uma estatística, uma sondagem, sem um autor idóneo, é uma grosseira manipulação propagandística.
    Como o gráfico do post não indica autor, suponho que foi fabricado pelo inefável Miranda dos posts múltiplos, de encher chouriços.»»

    Caro Piscoiso,

    Não faça figuras tão tristes. Até eu me sinto embaraçado. O Piscoiso deve ser neste momento o único despistado que ainda não descobriu qual é a fonte. Pergunte às suas tias que até elas sabem.

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  81. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:43

    ««Não vou explicar»»

    Não vai explicar porque não consegue.

    ««não vou explicar porque é que eu nem ninguém consegue identificar os números que representam as cifras negras»»

    Não deixa de ser muito conveniente essa teoria das cifras negras. O Rms defende a tese que uma cifras negras que ninguém viu favorecem a sua tese. Explique lá como. Acha que não havia cifras negras há 1 ano ou há 2? Acha que as cifras negras só afectam os dados de 2008? Porque é que considera que as cifras negras favorecem a tese da onda de criminalidade e não o contrário?

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  82. Nuspirit permalink
    29 Agosto, 2008 14:46

    Confiar mais nos nossos instintos e percepções do que nas evidências empíricas é um erro muito comum. Para ser sincero até digo que ninguém está livre dele. E quando se está a falar no sentimento mais importante à sobrevivência do homem, que como se sabe é o medo, então aí, conseguir manter a cabeça fria reconheço que é uma tarefa hercúlea.

    Mas se ainda confiássemos mais nos instintos do que no poder da razão, ainda hoje andávamos a quatro patas.

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  83. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:46

    ««Ahh!! Alguém que se auto-intitula expert em biotecnologia, acha que o empirismo é uma ilusão…»»

    Não. O que é uma ilusão é a sua ideia de que pode determinar a realidade pela experiência pessoal. O caro anónimo acha que a sua experiência pessoa é mais autoritária do que as estatísticas. Aposto que o anónimo mede a criminalidade com base nos assaltos de que foi vitima mais os seus amigos. E aposto que avalia a tendência através da sua memória selectiva.

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  84. 29 Agosto, 2008 14:47

    Eu não tenho de descobrir as fontes, ainda que saiba quais são. Haverá quem não saiba e que o post não indica.
    Alguma honestidade só lhe ficava bem.
    Mas não pretendo ser paternalista, já que a desonestidade lhe poderá ser mais lucrativa.

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  85. 29 Agosto, 2008 14:48

    Não, só não vou explicar porque, realmente, não quero. E quem diz que as cifras negras só afectam 2008? Releia lá o que escrevi. E se o facto de eu acreditar que as cifras negras aumentam proporcionalmente em relação ao aumento do descrédito no sistema judicial, acreditar no contrário serve para que o João defenda a sua tese, ou não?

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  86. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 14:54

    ««Não, só não vou explicar porque, realmente, não quero. E quem diz que as cifras negras só afectam 2008? »»

    Bem, então explique porque é que as cifras negras não afectam uniformemente todos os anos.

    ««E se o facto de eu acreditar que as cifras negras aumentam proporcionalmente em relação ao aumento do descrédito no sistema judicial»»

    O seu argumento é circular. E como é que sabe que o descrédito no sistema judicial está a aumentar? E como é que sabe que o efeito nas tais cifras negras é suficiente para esconder uma onda de criminalidade em 2008?

    ««, acreditar no contrário serve para que o João defenda a sua tese, ou não?»»

    A minha tese é que não há provas de uma onda de criminalidade. O Rms tem vindo a confirmar essa tese ao recorrer a hipotéticas cifras negras e a um hipotético aumento do descrédito no sistema judicial. Se quer refutar a minha tese tem que apresentar provas e não meras teses que precisam de ser provadas.

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  87. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 14:56

    “O que é uma ilusão é a sua ideia de que pode determinar a realidade pela experiência pessoal”

    Mas quem falou em experiência pessoal?
    Além de que relatórios e estátisticas em Portugal não são para ser levados a sério. Veja-se o caso da linha do Tua. Existe inúmeros relatórios a indicar que a linha é segura, contudo continua a existir inúmeros acidentes ferroviários. Não há uma relação causa efeito? Tal como não há uma relação causa efeito entre a diminuição do número de queixas derivado pela apatia dos cidadãos provocado pela (fraca) eficácia do sistema judicial português?

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  88. ana permalink
    29 Agosto, 2008 14:59

    Os Portugueses acreditam piamente na vaga de crimes. Só existe a realidade transmitida pelos TVS e tablóides.
    No caso dos crimes violentos, assaltos a PACs, Bancos, etc, existe sempre particpação, autos de noticia, pelo que as estatística está correcta. Já agora gostaria de saber quantos comentadores foram REALMENTE ASSALTADOS com arma de fogo, e não a história de que ouviram dizer??

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  89. Nuspirit permalink
    29 Agosto, 2008 15:00

    A descoberta da realidade é descoberta ou construída? Quem tem a crença na subjectividade( que é apenas uma explicação psicológica dos processos indutivos) acredita que ela se constrói Tudo bem. Mas atenção, esse método indutivo priva-se a si mesmo de um fundamento lógico, isto é, a passagem dos casos particulares á sua generalização decorre do hábito e crenças, não é por isso susceptível de fundamentação lógica. Mas com certeza absoluta que não é dessa forma que se descobre a verdade.

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  90. 29 Agosto, 2008 15:03

    Apresentar provas? Hahaahahah. Calma, sr. juiz, que o meu julgamento ainda não começou.

    1 – Eu nunca disse que afectam ou não todos os anos.

    2 – A minha tese vem do tal empirismo, da minha percepção e do meu contacto com pessoas da área. A sua vem dos números que vai buscar ao RASI e, chapados assim, dizem o que queremos que digam.

    3 – O MAI e o GCS divulgaram agora mesmo que o crime violento aumentou 15% desde o início do ano e, presume-se, em comparação com o ano anterior.

    4 – Mais números? Entre 2006 e 2007 o número de homicídios voluntários consumados desceu de 194 para 133, uma variação de 31,4% que em muito contribuiu para o decréscimo de 10,5% da criminalidade violenta. Mais uma vez, os números dizem aquilo que nós queremos que diga, vejamos: Entre 2006 e 2007 o número de homicídios voluntários consumados desceu de 194 para 133, uma variação de 31,4% que em muito contribuiu para o decréscimo de 10,5% da criminalidade violenta. Mas a verdade é que, se, há uns anos, os homicídios consumados se verificavam em zonas mais rurais e onde o índice de armas – de caça – por habitantes é elevado, com o crime de homicídio a verificar-se essencialmente, por zangas de vizinhos; a verdade é que a criminalidade violenta e grave baixou nesses distritos e transferiu-se para distritos mais urbanos: Aumentou em Aveiro(9,1%), Braga, (5,1%), Santarém (0,9%) e desceu em Bragança (24%), em Castelo Branco (6,7%), Évora (16,8%), Guarda (54,1%), Vila Real (34%) e Viseu (10%).

    6 – Ainda sobre o RASI, e fazendo uma análise a dez anos, podemos concluir que o número de participações registadas pelas forças de segurança foi de 355.069 em 1998 e de 385.876, ou seja, um aumento 30.807 registos.

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  91. Nuspirit permalink
    29 Agosto, 2008 15:11

    Pelo que conheço das estatísticas em Portugl até que nem são muito más. Mas, por muito más que sejam, ninguém tenha dúvidas, continuam a ser um excelente indicador. Muito mais fidedignas que a as nossas percepções. Então neste caso, em que é o medo que está em jogo, nem se fala.

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  92. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 15:16

    ««Mas quem falou em experiência pessoal?
    Além de que relatórios e estátisticas em Portugal não são para ser levados a sério.»»

    Se os relatórios não são para levar a sério, o que é que resta senão a experiência pessoal?

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  93. Nuspirit permalink
    29 Agosto, 2008 15:21

    O que o RMS diz é que o tipo de crime se está a alterar. Okay. Mas isso é outra discussão.

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  94. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 15:23

    ««1 – Eu nunca disse que afectam ou não todos os anos.»»

    Pois não. Não disse nada, não provou nada. Limitou-se a lançar dúvidas sobre as estatísticas, o que é irrelevante para o caso. O que o Rms devia provar é que existe a tal onda de criminalidade.

    ««2 – A minha tese vem do tal empirismo, da minha percepção e do meu contacto com pessoas da área.»«

    Muito científico.

    «« A sua vem dos números que vai buscar ao RASI e, chapados assim, dizem o que queremos que digam.»»

    Nope. A minha vem da falta de provas de que existe uma onda de criminalidade. Ainda não percebeu que eu usei as estatísticas apenas para mostrar que elas não provam que houve uma onda de criminalidade?

    ««3 – O MAI e o GCS divulgaram agora mesmo que o crime violento aumentou 15% desde o início do ano e, presume-se, em comparação com o ano anterior.»»

    O Rms não confia em estatísticas. Porque é que agora decidiu usá-las? Porque lhe dão jeito? Então as estatísticas que não eram fiáveis passaram de repente a ser?

    ««4 – Mais números? Entre 2006 e 2007 o número de homicídios voluntários consumados desceu de 194 para 133, uma variação de 31,4% que em muito contribuiu para o decréscimo de 10,5% da criminalidade violenta.»»

    Como é que 61 crimes contribuem para um decréscimo que foi de mais de 2000 crimes?

    ««6 – Ainda sobre o RASI, e fazendo uma análise a dez anos, podemos concluir que o número de participações registadas pelas forças de segurança foi de 355.069 em 1998 e de 385.876, ou seja, um aumento 30.807 registos.»»

    10%. Muito menor que o aumento da criminalidade violenta, que ninguém contesta. O que está a ser discutido é uma suposta “onda de criminalidade” que ainda ninguém provou.

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  95. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:25

    A presunção de inocência não é algo estanque, inflexível. Se assim fosse, a polícia nunca poderia deter (mesmo que presenciasse o mais hediondo crime) pois a pessoa era, presumivelmente inocente, por isso não poderia ser privada da sua liberdade.
    Também não poderiam existir medidas de coacção (nem o Termo de Identidade e Residência), pois estreitam, de certa forma, a liberdade de um indivíduo, mesmo antes deste ser julgado.
    Uma situação prática: um homem matava 20 crianças num parque infantil; um polícia presenciava o crime mas nada poderia fazer (nem exigir a identificação) pois tudo o que fizesse feriria a presunção de inocência.
    Ora bem se sabe que isso seria inviável. Só viável na cabeça de tresloucados.

    Isto é o B, A, BA do Direito. Há quem insista em não perceber. Muito bem: cumpram a lei mesmo sem a perceber (se cada um não cumprisse a lei porque não a entendia, era “o a ver se te avias”). Eu também não percebo nada de medicina e não hesito em ir ao médico quando estou doente.

    Aliás, esta matéria já foi discutida, voltada a discutir e novamente discutida (neste blogue, porque a opinião dos especialistas foi unânime). Só posso chegar a uma conclusão: JM trá-la novamente a lume porque é a mais comentada. POR ESSA RAZÃO, ESTE É O ÚLTIMO COMENTÁRIO QUE FAÇO RELATIVAMENTE A ESTE ASSUNTO. CONVIDO AS PESSOAS SENSATAS A FAZER O MESMO.

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  96. 29 Agosto, 2008 15:26

    isto está a aquecer..!

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  97. 29 Agosto, 2008 15:28

    Caro João,
    Noticia de última hora:
    “Criminalidade violenta aumentou cerca de 15 por cento este ano”
    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340965&idCanal=12

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  98. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:29

    Arre que os comentários demoram a ser moderados. Vou por fases a ver:

    “Há uma petição em curso.
    http://www.ipetitions.com/petition/siev/signatures.html
    Ainda há tomates em Portugal?”

    Novidade seria não haver uma petição a uma proposta de lei. Vejamos:

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  99. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:29

    “Petiçao contra o Tabaco entregue na Assembleia da República”
    (http://www.radiomiramar.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/1254)

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  100. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:30

    “Nova petição contra lei do tabaco”
    (http://diario.iol.pt/noticias/cigarros-peticao-saude-abzhp-tabaco/932194-291.html)

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  101. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:30

    “Petição contra a nova lei sobre cães perigosos ou potencialmente perigososos”
    (http://www.petitiononline.com/Caninos/)

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  102. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:31

    “Petição contra lei da pesca recreativa”
    (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=689687)

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  103. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:31

    “PETIÇÃO CONTRA A LEI DE APOSENTAÇÃO”
    (http://memorialdolamento.blogs.sapo.pt/131531.html)

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  104. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:31

    “Apresentada petição contra entrega de gestão da REN às autarquias”
    (http://lisboa.bloco.org/index.php?Itemid=26&id=336&option=com_content&task=view)

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  105. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:32

    “Petição conta a política de pagamentos do Google Adsense”
    (http://www.fique-rico.com/2008/06/09/peticao-contra-politica-pagamentos-google-adsense/)

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  106. 29 Agosto, 2008 15:32

    “Onde Está A Histeria?

    Escreve hoje Fernanda Câncio no DN:

    ESTADO DE HISTERIA
    (…)
    Como em Março (lembram-se?) se falara de “uma onda de homicídios”, agora fala-se de “onda de crime violentos”. E se é certo que a sequência não foi inventada pelas TV para animar a silly season, ocorrências que antes não mereceriam mais que um rodapé passaram a, por efeito de arrasto, ter uma repercussão mediática desproporcionada. Em consonância, a classe política e a magistratura da nação vieram confirmar uma espécie de estado de sítio, da exigência da demissão do ministro da tutela feita pelo PSD ao anúncio das reflexões do procurador sobre o assunto, a culminar numa intervenção do secretário de Estado da Administração Interna a propósito da possibilidade de alterar o Código de Processo Penal (possibilidade negada ontem pelo Governo) e na preocupação pública do Presidente (a exigir “medidas adequadas”).
    (…)
    Não estamos sozinhos no mundo. Convém lembrá-lo. Como convém que as análises que se querem sérias não evidenciem o mais raso populismo e a mais confrangedora tentativa de ganhar pontos no concurso da popularidade. Exigir a demissão de Rui Pereira em 2008 por causa do crime violento é aclamar a gestão de António Costa em 2007, quando o crime violento baixou? É isso que o PSD quer? Culpar, sem provas, o novo Código de Processo Penal é mera má-fé; confundir eficácia policial com licença indiscriminada para disparar é acrescentar crime ao crime. Quanto à necessidade de “medidas adequadas”, bom. Como é que ainda ninguém se tinha lembrado disso?

    Vai daí, nem de propósito:

    Governo quer prisão preventiva para todos os crimes com uso de arma
    e

    Polícias em grandes operações de prevenção do crime durante a noite
    Afinal quem anda histérico(a)?”

    http://www.educar.wordpress.com/2008/08/29/onde-esta-a-histeria/

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  107. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:32

    “Petição contra Museu Salazar discutida no Parlamento ainda nesta sessão legislativa”
    (http://www.destak.pt/artigos.php?art=11308)

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  108. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:33

    “Petição contra o acordo ortográfico”
    (http://www.forumenfermagem.org/forum/index.php?topic=2161.0)

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  109. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:33

    “Petição contra as privatizações”
    (http://reciclemos.weblog.com.pt/arquivo/113900.html)

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  110. Pinto permalink
    29 Agosto, 2008 15:35

    Há petições para todos os gostos porque os portugas não dormem; TÊM TOMATES.

    BEM RAZÃO TINHAM OS ROMANOS

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  111. 29 Agosto, 2008 15:40

    «Pois não. Não disse nada, não provou nada. Limitou-se a lançar dúvidas sobre as estatísticas, o que é irrelevante para o caso. O que o Rms devia provar é que existe a tal onda de criminalidade». Eu disse, posso não ter dito o que o JM queria, mas disse. E a provar a onda de criminalidade está o que referi há pouco: aumento de 15% do crime violento.

    «Muito científico». Deixe lá a ciência e vá ao terreno.

    «Nope. A minha vem da falta de provas de que existe uma onda de criminalidade. Ainda não percebeu que eu usei as estatísticas apenas para mostrar que elas não provam que houve uma onda de criminalidade?» Não provam. Provam que houve um decréscimo no número, mas não que foram menos violentos ou menos organizados, nem provam que a tipificação dos crimes considerados violentos é a mesma desde 1997 e 2008.

    «O Rms não confia em estatísticas. Porque é que agora decidiu usá-las? Porque lhe dão jeito? Então as estatísticas que não eram fiáveis passaram de repente a ser?» Engana-se. Adoro estatística e tenho-as como base fiável de análise para o que quer que seja. Aliás, se vir o meu úiltimo post ou o excerto que transformei aqui em comentário, verá que a utilizo várias vezes. Mas lá está. O mesmo quadro e o mesmo documento a mim dizem uma coisa, ao JM dizem outra.

    «Como é que 61 crimes contribuem para um decréscimo que foi de mais de 2000 crimes?» Como é evidente, estava a falar em quebra ao nível da percentagem.

    «10%. Muito menor que o aumento da criminalidade violenta, que ninguém contesta. O que está a ser discutido é uma suposta “onda de criminalidade” que ainda ninguém provou».

    Mas afinal o problema é a onda? Então chame-lhe vaga, chame o que quiser…

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  112. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 15:46

    «««. E a provar a onda de criminalidade está o que referi há pouco: aumento de 15% do crime violento.»»

    Mas o que é que isso prova? Já olhou para o gráfico lá em cima? 15% dá uma subida de 5% em relação a 2006. 5% é a variação natural de ano para ano. Onde é que está a onda?

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  113. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 15:47

    ««Não provam. Provam que houve um decréscimo no número, mas não que foram menos violentos ou menos organizados,»»

    Mas o Rms é que tem que provar que os crimes foram mais violentos ou organizados. Eu limito-me a afirmar que não há provas.

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  114. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 15:48

    «««Como é que 61 crimes contribuem para um decréscimo que foi de mais de 2000 crimes?» Como é evidente, estava a falar em quebra ao nível da percentagem.»»

    Está a brincar, certo?

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  115. Justiniano permalink
    29 Agosto, 2008 16:00

    JM!
    A título de conclusão e em obediencia ao princípio da coerencia vamos definir a qualificação de “onda de criminalidade” e posteriormente já poderemos alcançar algum resultado com a objectividade necessária!

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  116. J. Conceição permalink
    29 Agosto, 2008 16:16

    Ó blasfemos dum raio! Dêem lá a bicicleta ao João Miranda!
    Há um certo tipo de pessoas a quem é melhor fazer sempre a vontade!

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  117. rxc permalink
    29 Agosto, 2008 16:29

    Pela ordem de ideias de alguns, o acidente no Tua é uma impossibilidade, dado que o relatório diz que não existe nenhum causa que o justifique. Apenas nos resta a experiência pessoal de quem sofreu o acidente que, como se sabe, não tem qualquer validade. Ficamos muito mais seguros assim: se não está no relatório/estatística, é porque não existe!

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  118. OLP permalink
    29 Agosto, 2008 16:31

    Pedir a demissão do ministro Rui Pereira é igualzinho a pedir a demissão da lulu.
    Afinal os histéricos nao estao sozinhos.

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  119. 29 Agosto, 2008 16:45

    Agora é que dá uma coisinha ao amigo JM 🙂

    “Depois do responsável do GCS, o tenente-general Leonel Carvalho, ter avançado ontem que a criminalidade violenta aumentou “ligeiramente acima dos dez por cento” nos primeiros seis meses deste ano, o gabinete emitiu ao início desta tarde um comunicado a indicar a subida registada foi mais próxima dos 15 por cento.”

    E se calhar não fica por aqui…

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  120. 29 Agosto, 2008 16:58

    Caro João Miranda,

    Já ando há muito para comentar no Blasfémias que leio muitas vezes com prazer e interesse. Mas há uma questão de método na resposta aos comentários que me faz espécie. Provavelmente não deveria perder tempo com isto, mas, adiante…
    Conhece certamente a existência de heurísticas e enviesamentos (Kahneman, 2003) de que o João Miranda fala (sem referir). Saberá também como todos estamos (peritos estatísticos incluídos) sujeitos a usá-las e a corrermos o risco de com elas errarmos. Contudo, um sumário estatístico como o gráfico que apresenta (dando de barato que é representativo da realidade), não pode servir para escamotear o que muitos (sabendo ou não) apontam como um exagero de fé na estatística. Se queremos basear-nos em estatísticas, temos de ser mais analíticos e rigorosos. Não se vislumbram desvios padrão, médias, valores de curtose, etc. dos dados que o gráfico desenha. As comparações entre dados de anos diferentes (ou condições diferentes em geral) implicam comparações mais finas (tendo em conta os parâmetros a que aludi e pressupostos como por exemplo a homocedasticidade, como deverá saber, para não falar conhecimento da fenomenologia própria destes acontecimentos) para falarmos de poder, tamanho do efeito e significância estatística. Enfim, o que lhe quero dizer é que quando diz “prove lá isto ou aquilo” não está a ser honesto ou então admite que se trata de converseta de café. Isto faz-me lembrar o ex-ministro da Saúde, Correia de Campos, quando dizia, mostrando conhecimento estaístico (?) que de Anadia a Coimbra as ambulâncias demoravam 25 minutos (em média, é claro). Mas conhecer o desvio padrão de tal média (que é do tempo de uma viagem rodoviária em que intervêm tantos factores que o determinam) seria indispensável, pois pode acontecer que uma dessas viagens com um paciente com enfarto do miocárdio tenha dois desvios padrão acima da média do tempo de viagem e lá se vai a utilidade do serviço de urgência dos HUC para o galheiro. Imagine um só crime violento em que morrem 5 reféns num banco (o que não mexe uma palha na estatística) com ou sem actuação da Polícia. Não diria que tem justo impacto na percepção da violência e da segurança? Quantos anos civis teria para comparar com o ano em que tal ocorresse. Se as pessoas tendem a usar a “heurística da representatividade” (tomar uma amostra reduzida de casos pela totalidade de casos) isso é estatisticamente normal (ver Tversky & Kahnemam, 1974), e não é motivo para chamar os outros de irracionais. Seria mais rigoroso se lhe desse um enquadramento que permitisse modos de pensar alternativos a estereótipos e enviesamentos (i.e., dados concretos de que deve dispor para poder falar de cima da burra) (cf. Gigerenzer, 1991a, 1991b). Numa palavra, que contribua claramente para os outros pensarem melhor o que é apresentado no gráfico. O que é motivo para preocupação é quando pede rigor aos outros e se esquece de que não pode garantir que o gráfico que apresenta faz “todo o caso” a discutir, pedindo profundidade analítica baseado em sumários estatísticos que apenas corroboram (isto é, uma prova provisória de uma conjectura) uma sua “educated guess” (baseada num gráfico).
    O que eu penso sobre o assunto é simples: um governo que não sabe que estes fenómenos de percepção de insegurança ocorrem quando menos se espera (black swann), apesar das bases de dados e dos modelos provisionais, é uma desgraça. Governa o quê? E se não quiser ser manipulador (o que bem sei é difícil) deve tentar ser transparente e, sobre a transparência (leis, estatísticas, políticas, etc.) tentar levar a água ao seu moinho, i.e, focar sobre o que pensa serem as saídas para a situação que ideológica ou politicamente lhe fazem mais sentido. Afinal o Governo foi empossado por ter sido eleito para representar o povo depois de se apresentar com ideias e projectos de governo. Partir da ignorância dos outros para lhes chamar ignorantes, como faz o governo pensando que somos todos formados na Independente, é um erro crasso e leva a que alguns dos comentadores deste blogue façam passar com aparente razão estereótipos e ódios insuportáveis. Concluindo: concordo que não devemos tomar a Nuvem por Juno, mas que devemos conhecer bem as nuvens e Juno e, principalmente, não basta ser formalmente liberal e formalmente cientista. É preciso ser rigoroso, mesmo numa conversa informal de blogue.

    Gigerenzer, G. (1991a). On Cognitive Illusions and Rationality. In: E. Eells & T. Maruszewski (Eds.). Probability and Rationality. Poznan Studies in The Philosophy of the Sciences and Humanities, 21, 225-249.
    Gigerenzer, G. (1991b). How to Make Cognitive Illusions Disappear: Beyond “Heuristics and Biases”. In: W. Strobe & M. Hewstone (Eds.), European Review of Social Psychology, Volume 2. Chichester, Wiley, 83-115.
    Kahneman, D. (2003). A Perspective on Judgment and Choice: Mapping Bounded Rationality. American Psychologist, 58, 657-720.
    Tversky, A. & Kahneman, D. (1974). Judgment under Uncertainty: Heuristics and Biases, Science, 185, 1124-1131

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  121. OLP permalink
    29 Agosto, 2008 16:58

    Uma das alterações que podiam fazer imediatamente é sugerida pelo BE, referente ás drogas leves.
    Querem uma aposta que a estatisctica se a medida fosse tomada de imediato, seria de baixa da criminalidade no final do ano??

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  122. OLP permalink
    29 Agosto, 2008 16:59

    Aquilo ali em cima só foi uma sugestão para compor as coisas…. não custava nada.

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  123. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 17:00

    Há que voltar a penalizar todos os consumos de droga, a porta de entrada para o crime violento.

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  124. 29 Agosto, 2008 17:05

    Então, a ver se percebo de uma vez por todas, porque sou realmente lento:

    O gráfico acima prova tudo; o aumento de 15% hoje divulgado prova coisa nenhuma. É isso?

    E quanto á quebra de 31,4% foi obviamente um erro da minha parte, que não tenho qualquer problema em assumir. Assumi a variação de 31,4% como parte de um total de 100%, o que foi um erro.

    «Mas o Rms é que tem que provar que os crimes foram mais violentos ou organizados. Eu limito-me a afirmar que não há provas».

    Caro, eu, pessoalmente, chamo-lhe onda de criminalidade precisamente por não ser uniforme, porque tem picos de elevada intensidade e poutros momentos, chamemos-lhe assim, mais “flat”.

    Voltando ao que interessa, dou-lhe alguns casos mais violentos e mais organizados:

    Os crimes na noite do Porto: selectivos, alvos pré-definidos, todos com ligações mais ou menos directas em entre eles. Criminalidade organizada.

    O assassinato à bomba do dono do “Avião”: Uma bomba de precisão, instalada num telemóvel e detonada a partir de um telemóvel, que requer elevados conhecimentos técnicos.

    O assalto à carrinha de valores na A2: Mais uma vez, um assalto planeado, com recurso a explosivos de utilização militar.

    São casos pontuais? Até 2006, de quantos casos destes tipo teve conhecimento?

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  125. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 17:05

    155 de aumento de criminalidade… porra pá se eu não cometi nenhum alguém anda a comer o meu franguinho… e lá se vai a estatística desses grandes integradores e diversificadores do homem novo e iniputável… demonstrado pelos locais onde atacaram as forças repressivas…

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  126. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 17:05

    15%!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  127. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 17:18

    O pantera cor de rosa tem um belo gabinete no terreiro do paço segundo ouvi dizer.Como comando não praticante(isto quando doía)tem finalmente oportunidade de praticar em casa… questões de geografia…e de favores certos na hora certa, pedidos e dados e da procura de servir o gajo certo!Grande espinha!

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  128. rxc permalink
    29 Agosto, 2008 17:57

    Para o comentador do 120: obrigado por acrescentar algo de verdadeiramente positivo e esclarecedor para a discussão, ao contrário do postador, que, como bem diz, apenas “fala de cima da burra”.

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  129. Anónimo permalink
    29 Agosto, 2008 18:46

    calma amigos que temos um pseudo-problema de aumento da criminalidade mas em compensação já não há incêndios ! Que se focalize a atenção dos servidores públicos neste problema que agora é só um nesta época estival !

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  130. 29 Agosto, 2008 20:09

    There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics.

    Benjamin Disraeli.

    Comparar a atitude criminal dos últimos tempos com a dos assaltos de sachola e de alcoolemia, é não perceber o que está a acontecer agora

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  131. 29 Agosto, 2008 20:09

    A segunda citação é minha 🙂

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  132. 29 Agosto, 2008 20:20

    “A estatística não pode ser o único instrumento para avaliar fenómenos sociais.”

    Suponho que a opinião de cada um seja um melhor indicador da evolução do crime violento do que a evolução do número de crimes registados…

    De facto, o que nós queremos mesmo é que o Governo tome decisões com base em bitaites e não em factos…

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  133. Espantado permalink
    29 Agosto, 2008 20:22

    Esta discussão é ociosa. Anda por aqui muita gente distraída a pretender discutir, epistemologia e psicologia de massas quando devia discutir economia e geopolítica. O problema é que sendo as motivações da “onda” uma série de problemas estruturais da sociedade é pouco provável que a “onda” páre. Hoje dois “miúdos” assaltaram um banco com “uma arma de fogo e uma faca de cozinha” na Linha de Sintra. E conseguiram! A sociedade está a gerar exclusão em catadupa ao mesmo tempo que não se mostra capaz de criar novos paradigmas para a formação cívica do cidadão. Há um claro aumento da conflitualidade social verificável por toda a gente todos os dias. Donde resulta seguramente aumento da criminalidade. Faça um favor a si próprio JM e promova a realização de um estudo (deve haver por aí voluntários entre os comentadores) para verificar esta afirmação.
    Este fenómeno de crescente desestruturação social é global e tem como única resposta por parte dos senhoritos a supressão dos direitos cívicos um pouco por todo o mundo.
    Mas esta resposta securitarista prova bem que quem lhe dá essas migalhas de estatística que você consome está seriamente preocupado. Terão eles outros dados? O certo é que quem domina o mundo já percebeu que as pessoas estão disponíveis para prescindir dos seus direitos a troco de uma “segurança” bovina e essa é a maneira de controlar a plebe à rédea curta. E daí que possam surgir certas campanhas. Mas os aprendizes de feiticeiro que tratam o mundo como se fosse o seu quintal estão cada vez mais gananciosos e mais decuidados. E um dia acontece uma desgraça.

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  134. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 20:22

    ««Comparar a atitude criminal dos últimos tempos com a dos assaltos de sachola e de alcoolemia, é não perceber o que está a acontecer agora»»

    E como é que sabemos o que está a acontecer agora? Ah, já sei. Não é pelas estatísticas. É pelas notícias do Correio da Manhã e do Crime.

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  135. lucklucky permalink
    29 Agosto, 2008 20:29

    Olha um gráfico sem fonte. Que tal começar-se a referenciar as fontes?

    A tipologia do crime do crime grave mudou bastante, A sofisticação armas empregues e gangsterismo são dados que estatísticas limitadas como esta não indicam. CD fez bem em trazer a frase de Disraeli.

    Eu também teria cuidade em comprar o pouco que existe sem saber se houve mudanças estatísticas e se os crimes tipificados em 1998 como graves são os mesmos que em 2007. Não sei se houve alguma armonização Europeia pelo meio por exemplo.

    A primeira coisa a constatar é o limite da informação disponível.

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  136. JoaoMiranda permalink*
    29 Agosto, 2008 20:40

    lucklucky,

    A fonte está nos primeiros 10 ou 11 comentários.

    Esses cuidados todos com as estatísticas são muito acertados, mas não lhe parece irónico que quem mais critica a qualidade das estatísticas se baseie nas noticias da silly season para defender a tese da “onda de criminalidade”?

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  137. Tasco do Manel permalink
    29 Agosto, 2008 21:30

    Ouvi dizer que iam estar 600 agentes destacados para o jogo do Benfica – Porto. É uma informação importante para os empresários do crime. Ficam concerteza muitas caixas multibanco desvalidas. Ainda acabam com a bola por causa disto.

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  138. 29 Agosto, 2008 22:12

    Boa noite,

    Felicito JM pela paciência de desmontar fenómenos de “histerismo-público-generalizado”. Há boas razões para escrever posts, essa é uma delas: alertar as pessoas para o que parece óbvio mas não o é (ou vice-versa): desmistificar, esclarecer e informar. Não quero com isto dizer que concordo com tudo que leio neste blogue; geralmente não tenho tempo para ler um décimo..

    Anyway!;

    Não se pode concluir sobre fenómenos complexos (como qualquer fenómeno social) a “olho nu”, ao contrário do que sugerem os “treinadores-de-bancada”.

    Algumas considerações:

    Observando muito rapidamente o gráfico verifica-se um aumento progressivo da grandeza medida até o ano de 2004. Depois disso há variações de ambos os sinais. Ao que parece a criminalidade violenta terá “relaxado” nos últimos anos.

    Pode-se especular as razões que levaram isto a acontecer. Contudo, um aumento da c.violenta este ano (10% ou mais) está dentro do “valor médio” (em torno dos 23000) que se parece ter alcançado.

    Especular sobre a realidade de uma ‘onda de criminalidade’ sem dados para tal é um exercício algo non-sense (conversa de café ou de jornalista mal formado).

    Se a tal onda existe, penso que irei comprar uma prancha! Aqui está uma oportunidade de negócio: pranchas e boias de salvamento! (risos)

    PS. Não resisto a comentar directamente um dos comentários: a estatística é um ramo da matemática (não uma Ciência) e Einstein nunca foi contra ela. Einstein era contra a natureza probabilística da mecânica quântica.

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  139. Minhoto permalink
    29 Agosto, 2008 22:55

    Ó Pinto o que diziam os Romanos?
    Realmente mostrar gráficos sem autor, apesar de saber depois, sem desvio padrão e sem média não é o modus operandi de quem é cientista. É estranho.

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  140. 30 Agosto, 2008 00:33

    Se compararmos as estatísticas dos mortos da guerra da Indochina com as dos mortos no Iraque, poder-se-ia dizer que a opinião pública americana é a mesma.

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  141. honni soit qui mal y pense permalink
    30 Agosto, 2008 00:50

    olhe a sic n … não é isso que dizem

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  142. Justiniano permalink
    30 Agosto, 2008 10:05

    JM!
    Como em 115 – O que entende por “onda de criminalidade”?

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  143. 30 Agosto, 2008 11:00

    O Gabinete Coordenador de Segurança (GCS) anunciou ontem que a criminalidade violenta registada em Portugal no primeiro semestre deste ano aumentou 15 por cento em relação ao mesmo período de 2007.

    Outro que também não lê o Senhor João Miranda.

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  144. 30 Agosto, 2008 12:16

    «…diminuiu em 2007 cerca de 10%. Os dados para o primeiro semestre de 2008 dão um aumento de 10%, o que anula a diminuição de 2007»

    Salvo melhor opinião, há uma pequena imprecisão nestas contas:

    Uma descida de 10%, de uma qualquer quantidade, dá 90% dela;
    A partir daí, uma subida de 10% dá 99%.

    Ou seja: a criminalidade até baixou 1%! E esta, hem?!

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  145. 30 Agosto, 2008 13:26

    C. Medina Ribeiro,

    Correcto. Acontece que os “10%” foram obtidos “a olho”… 1% +- erro do “olhometro”, se quer preciosismos técnicos.

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  146. Anónimo permalink
    30 Agosto, 2008 15:55

    São três da tarde e ainda não temos indicios da actividade criminal? Será que os crimes eram cometidos pelos bêbedos que foram presos ontem à noite? Mas então basta um bando de bêbados para causar 15% de aumento de criminalidade e pôr a descoberto estas vocações todas que andam por aqui na blogosfera? Não sei o que me atemoriza mais: se a inépcia da polícia se a dos comentadores.

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  147. Ricardo permalink
    30 Agosto, 2008 16:28

    O João até pode ter razão (teóricamente!), mas o gráfico que apresenta não lha dá…

    Com uma escala expressa em % do total de crimes, não consegue saber nada acerca do número absoluto de crimes violentos. Sabe apenas que a fracção de crimes violentos no total de crimes praticados está ao mesmo nível.

    É sempre possível “dourar a pílula” com alguma manipulação dos números. Mesmo na tragédia, há sempre indicadores simpáticos. Mas não se preocupe se não tem jeito para estas coisas. Há no gabinete dos Ministros muita gente com jeitinho para re-inventar a realidade.

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  148. Anónimo permalink
    30 Agosto, 2008 18:16

    “E como é que sabemos o que está a acontecer agora? Ah, já sei. Não é pelas estatísticas. É pelas notícias do Correio da Manhã e do Crime.” Olhe que está a ser injusto com o DN (que o alberga, e muito bem, nas suas fileiras) que muito tem feito pela vida !!

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  149. Pedro Castro permalink
    30 Agosto, 2008 18:16

    Pior que a realidade dos números sobre criminalidade é a percepção pessoal que vem dos média sobre a mesma.

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  150. 1 Setembro, 2008 13:11

    Segundo as estatísticas, não há mais assaltos nesta altura e estas operações não passam de rotinas. Conclusão: os telejornais não têm um assunto que lhes dê mais audiências e, como consequência, usam a sua criatividade para disseminar uma sensação de insegurança. O mais engraçado é que ainda conseguem criticar o governo por não se pronunciar sobre esta situação! Realmente, temos uns políticos mesmo horríveis que nem se quer querem saber de toda esta insegurança.

    http://montradeideias.blogspot.com/2008/09/criatividade-jornalstica.html

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  151. Pedro R. permalink
    15 Setembro, 2008 23:02

    Caramba,
    Será que é difícil de perceber a razão deste nível de )in)segurança: Novo Código de processo Penal, ou se formos mais intiligentes:
    – Apito Dourado
    – Casa Pia
    – Saco Azul

    E depois vendem-nos a prosa das liberdades e garantias, da crise e etc e tal …
    Presidente, procuradores, magistrados, juizes, e a grande maioria da população está contra. O(s) ministros estão a favor.
    E já agora os criminosos agradecem

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