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E como se transforma num problema de injustiça social o falhanço das políticas ditas de apoio aos mais desfavorecidos

30 Outubro, 2008

Lendo este artigo do JN Ranking favorece escolas de alunos de classes privilegiadas fica-se ciente que há que acabar com esta injustiça, esta iníqua diferenciação social.

Aliás o artigo até cita um “investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e um dos primeiros participantes no programa de avaliação das escolas oficiais”, Para Pedro Oliveira, que defende que “seria interessante se os rankings mostrassem a origem social dos alunos para se perceber o posicionamento das escolas nas listagens”Um outro investigador citado pelo JN, “Ivo Domingues, sociólogo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, põe a tónica do êxito dos colégios privados na continuidade que proporcionam às classes média e alta de manterem os seus privilégios sociais e culturais.” Mais um bocadinho e estamos a defender o fim do ensino privado, essa estratégia das «classes média e alta de manterem os seus privilégios sociais e culturais.»

Provavelmente o ensino privado é isso neste momento. Ou seja qualquer pessoa com dois dedos de informação tem sérias reservas  em deixar os seus filhos frequentarem uma coisa apalhaçada, onde cada vez se ensina menos e pode nem se lhes garantir a segurança. Onde se um menino se quiser levantar, desatar aos pontapés, chamar isto e aquilo aos professores tal não passa duma performance expressiva. E onde cada vez mais a avaliação e a exigência são condicionadas às ficções ministeriais.

Não por acaso os filhos da nossa classe política frequentam sobretudo até ao 9º ano o ensino privado. Em alguns casos até já nem são escolas privadas portuguesas mas sim estrangeiras como é o caso da escola alemã. E muitos mais debandarão do ensino público caso os ditames do conselho nacional de educação sejam seguidos pois poucos estarão para arriscar que os seus filhos sejam cobaias da introdução do «melhor modelo escolar do mundo em Portugal.»

Ao contrário do que diz o artigo do JN não são os filhos dos pobres que fazem baixar o nível do ensino. Quem destruiu o ensino público foram aqueles que resolveram fazer experimentalismo social nas escolas. Como é claro foram os primeiros a tirar de lá os filhos e agora acusam os mesmos pobres de não terem rendimento escolar. Se não tivessem desautorizados os professores e funcionários, se não tivessem baixado o nível de exigência curricular, se tivessem exigido responsabilidade às famílias pelo comportamento dos seus filhos… enfim se se tivessem comportado como uma escola a escola pública teriam certamente ajudado muito mais os pobres.

Curiosamente o artigo do JN refere que só frequenta o  Colégio S. João de Brito «quem pode pagar os 460 euros de mensalidade mensal no Ensino Secundário» lamento informar mas todos pagamos mais ou menos isso por cada aluno que frequenta uma qualquer escola pública. O custo por aluno nas piores escolas do ranking não é certamente muito diferente do apresentado nas mensalidades do citado São João de Brito. Feitas as contas as piores classificadas até saem muito mais caras porque as reprovações agravam os custos.

120 comentários leave one →
  1. 30 Outubro, 2008 09:36

    Os meninos ricos, sempre tiveram em casa uma ferramenta que os mais pobres não tinham, um pc.
    Com o Magalhães alguma coisa irá mudar.
    É claro que uma alimentação cuidada e a ingestão de dopantes ainda não é para os pobrezinhos.

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  2. Hevel permalink
    30 Outubro, 2008 09:39

    Haverá várias causas para a diferença, sendo que uma delas, é seguramente o facto de as escolas privadas terem “dono”.

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  3. 30 Outubro, 2008 09:43

    A questão é um pouco mais pertinente…. O facilitismo a que chegou o ensino público permite e incentiva a nivelação de resultados por baixo, enquanto que as escolas privadas para sobreviver á falta de alunos (algumas) resolveram apostar a sério na qualidade. Apesar de concordar com o que foi escrito sobre o experiencialismo social feito nas nossas escolas públicas. Não lhe chamem anti-pedagógico ao acto de chumbar um aluno porque não sabe o suficiente para passar. Imaginam o caos nas empresas se se fizessse o mesmo: Premiasse quem não faz nada em detrimento de quem traz mais-valias para as organizações?
    Como dizia um ex-professor meu: O uso desenvolve o não uso atrofia! e isto aplica-se a tudo na vida.
    Cumpts

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  4. monárquico permalink
    30 Outubro, 2008 09:52

    É bom começarmos o dia com mais um brilhante post da dona Helena. Infelizmente o acesso ao ensino não acarretou mais democratização com a consequente mobilidade social e o caminho da meritocracia na nossa terra. Será o ensino mais elitista que antes do 25A? Porque será que este tema não é causa das ditas “esquerdas”? Com eu vos entendo!Esta situação vai levar-nos para o nivel dos países mais atrasados do mundo e continuaremos a a disponibilizar mão de obra desqualificada para a emigração,enquanto os filhos dos colégios com mais ou menos com mérito continuarão a ocupar os lugares da nomenclatura!

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  5. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 09:54

    Muitas das reprovações no secundário não aconteceriam se os meninos tivessem um ensino primário ou básico eficaz. A degradação do primário teve consequências gravíssimas. Aliás será interessante ver como funcionou no primário o esquema de recuperação dos alunos a partir do momento em qe se eliminou o termo reprovar nesse grau de ensino

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  6. Sokal permalink
    30 Outubro, 2008 10:07

    Após o 25 de Abril, as famílias que desde há séculos têm dominado o país recearam uma ascensão generalizada dos filhos das famílias mais pobres.

    Sabiam e sabem que, num ambiente de igualdade de oportunidades, os seus filhos, não obstante as vantagens de que usufruem, fruto de um meio social mais apetrechado, podem ver disputados os lugares mais interessantes e melhor remunerados.

    Para as famílias dominantes havia e há que fazer tudo o que seja possível para impedir que se desenvolvam as condições que podem colocar os filhos dos pobres em igualdade de oportunidades com os seus filhos.

    Na medida em que se torna cada vez mais difícil contrariar o desenvolvimento e a habilidade física dos filhos dos pobres, a melhor forma de os afastar é travar-lhes o desenvolvimento intelectual, dificultando o mais possível a aquisição de conhecimentos significativos na escola pública.

    O Ministério da Educação não tem feito outra coisa desde o 25 de Abril. Com ministros de “esquerda” ou de “direita”, o objectivo é sempre o mesmo, isto é, tornar o ensino público cada vez mais ineficaz. Os filhos das famílias dominantes têm a opção dos colégios particulares.

    Com ou sem consciência do que têm vindo a fazer, os ministros da Educação em Portugal, desde o 25 de Abril, não passam de executores de políticas ocultas, mas deliberadas, de desvalorização do ensino público.

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  7. Psicanalista permalink
    30 Outubro, 2008 10:08

    Estudei sempre no ensino privado, o que – não tenho quaisquer dúvidas – me preparou para atingir uma sólida posição de topo na carreira que abracei.
    Os meus filhos, hoje todos licenciados e muito bem nas suas profissões, também nunca frequentaram o ensino público.
    E os meus netos já vão, felizmente, pelo mesmo caminho.
    Só gente irresponsável pode advogar o fim do ensino privado. Comecem a restar-me poucas dúvidas de que há, no poder do momento, quem mais não pretenda do que transformar o país numa sociedade sem valores, governada pela lei da selva. Com que objectivo, estou para saber.

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  8. Psicanalista permalink
    30 Outubro, 2008 10:09

    Começam, é claro.

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  9. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 10:11

    É uma perfeita armadilha considerar que o ensini está mau porque passou a ser frequentado pelos pobres. O problema não são os pobres nem os ricos. O problema é a pobreza de espírito dos curricula

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  10. monárquico permalink
    30 Outubro, 2008 10:17

    sokal: concordo e elogio o que explicitou melhor que eu.

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  11. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 10:22

    “Curiosamente o artigo do JN refere que só frequenta o Colégio S. João de Brito «quem pode pagar os 460 euros de mensalidade mensal no Ensino Secundário» lamento informar mas todos pagamos mais ou menos isso por cada aluno que frequenta uma qualquer escola pública.”

    Todos, portanto.

    Helena, cumpre-me informar vossa excelência que a maioria dos portugueses não gasta “mais ou menos” 460 euros por mês na educação dos seus filhos, nem coisa que se pareça. Ai, ai, a Helena não contribuiria certamente para elevar o ranking da sua escola em matemática 😉

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  12. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 10:25

    11- o dinheiro para pagar o ensino público vem donde? Do Estado do Vaticano? Duma ONG? Dum casino de Las Vegas? Do Principado do Mónaco?
    A não ser que saiba algo desconhecido por todos nós o dinheiro vem dos contribuintes portugueses. Logo custa tanto um aluno no ensino público quanto no São João de Brito ou quejandos.

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  13. 30 Outubro, 2008 10:29

    Suponho que a solução de HM para melhorar os curriculas é correr com o systema.

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  14. 30 Outubro, 2008 10:29

    Sokal e Monárquico,

    Plenamente de acordo com o que disseram. Isso é a grande questão, o tal elefante na sala do qual ninguém parece querer falar.

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  15. honni soit qui mal y pense permalink
    30 Outubro, 2008 10:36

    Este ensino público de hoje é que abandalhou .

    Eu sempre estive no ensino público , porque não havia carcanhol para outra coisa , nem se sabia lá em casa que sequer existia ensino privado.
    De facto apanhei com o 25 A em cima , andei muitas vezes a estudar seis vezes os descobrimentos , e trapalhadas sociais experimentalistas, mas apesar disso tive bons professores ,havia um quadro uniforme de disciplinas nucleares de base, havia profs que adoravam ensinar , e que não esqueço , e graças a eles , lá cheguei á universidade pública.
    Sem a democracia e o ensino público não sei se eu e muitos mais lá chegariam .

    Acho que dá um sentido civico , e de igualdade de oportunidades , que só o serviço militar dava no passado .

    Mas infelizmente a Helena Matos tem razão .E no primário sobretudo , esse apanhei no Estado Novo já velho do Marcelo.
    Hoje isto está muito diferente .A disciplina abandalhou, os pais abandalharam-se, os governos acham que amandar dinheiro á parva e passar diplomas sem esforço lhes dá votos , e depois para os outros que ficaram para trás inventam esquemas como o Novas Oportunidades que mais não é que uma forma de subir rácios artificiais de especialização os quais não servem … de nada … para o mercado de trabalho , mas apenas para enganar estatisticas na UE , os professores desmotivaram-se , uns por verem o esforçoo não reconhecido , outros porque nunca se quiseram motivar , foi o unico emprego que conseguiram sacar com a porcaria de licenciatura de ” ciências da pastoricie e técnicas da apanha do grão de bico “, e outros são principescamente desrespeitados por garotos sem educação que é dada em casa .

    Enfim o caldo de cultura da vantagem á irresponsabilidade , tudo era desculpável .

    Se tivesse filhos daria um esforço sobrehumano para lhes dar uma boa educação e daria tudo para que frequentassem um ensino de qualidade … no público se houvesse , mas no privado se tivesse que ser.

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  16. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 10:39

    Falta ainda a Helena esclarecer porque é que a tal bandalheira afecta mais as escolas de zonas deprimidas (colégios privados incluidos, mesmo aqueles regidos pelo que o Pedro Arroja chama os “melhores professores”, ou seja os padres ;), do que as escolas (privadas e publicas) de zonas mais ricas.

    Ah, Helena, ainda sobre o meu comentário anterior, para que fique mais claro, eu, que ganho cerca de 1000 euros por mês e a minha mulher mais ou menos 500, nunca poderiamos pagar 480 euros por mês de colégio pelo nosso puto. E olhe que nos consideramos priveligiados. Acho muita piada aos nossos analistas de plantão.

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  17. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 10:43

    17 – Alguém paga por si. E não faz sentido que não possa pegar dinheiro e entregálo à escola pública ou privad que quiser. Note que também não pode escolher aescola pública que quer e tem de aceitar que o modelo de ensino na escola pública mude simplesmente porque sim. Recordo-lhe que há poucos anos se tinha como absolutamente indispensável para eliminar as injustiças um esquema de avaliação com parâmetros. Um dia eles desapareceram. E as injustiças?

    A bandalheira não é um resultado das “zonas deprimidas” seja isso o que for

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  18. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 10:44

    16 – Alguém paga por si. E não faz sentido que não possa pegar dinheiro e entregá-lo à escola pública ou privada que quiser. Note que também não pode escolher a escola pública que quer e tem de aceitar que o modelo de ensino na escola pública mude simplesmente porque sim. Recordo-lhe que há poucos anos se tinha como absolutamente indispensável para eliminar as injustiças um esquema de avaliação com parâmetros. Um dia eles desapareceram. E as injustiças?

    A bandalheira não é um resultado das “zonas deprimidas” seja isso o que for.

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  19. Anónimo permalink
    30 Outubro, 2008 10:46

    Esperemos pela bomba-relógio da violência juvenil e das reformas que está em fermentação.
    Lá para 2016 vamos começar a ver a avalanche social do estado.

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  20. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 10:56

    12

    O que a Helena queria dizer é que em média cada português paga cerca de 480 euros ou coisa parecida, não é? Reuniu o bolo dos impostos e dividiu um tanto para cada um, é isso? Helena, isso nada ajuda na questão que estamos aqui a discutir, que é a diferenciação no ensino entre as classes baixas, média ou alta. Estamos a falar de familias e situações concretas, não de médias. Ou a Helena acha que eu fico contente por em média pagarmos todos 480 euros de impostos e que assim eu já posso ir alí inscrever o meu puto na Escola Alemã? Essa coisa dos “contribuintes portugueses” pode servir para muita coisa, mas não para o tema do post.

    E quanto ao meu comentário 16, quer dizer alguma coisa?

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  21. 30 Outubro, 2008 11:08

    21
    O problema deve ser o sistema de avaliação por parâmetros !

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  22. OLP permalink
    30 Outubro, 2008 11:26

    Poder-se-ia chamar quase “racismo” aquilo que fazem aqui diminuindo os filhos dos menos favorecidos.
    Eles não tem as mesmas oportunidades porque assim o querem, inserindo-os na bandalheira experimentalista da escola publica.
    A totalidade das crianças se lhes derem as mesmas oportunidades são capazes de atingir os mesmos niveis de aprendizagem e conhecimentos médios.
    O que se está a fazer no ensino faz quase 30 anos é que para os filhos dos menos desfavorecidos se obriga a frequentar escolas onde nada se ensina, onde a disciplina e a autoridade do conhecimento é uma treta e depois culpabilizam as “diferenças sociais” quando no fundo e no futuro por esta via as vão agravar mais.
    Chamam a isso democratizaçao do ensino mas é mais a democratizaçao da ignorancia a que votam milhares e milhares de jovens.

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  23. jacl permalink
    30 Outubro, 2008 11:29

    Como antigo aluno e pai de três antigos alunos do S. João de Brito (os meus filhos) queria dizer-vos uma coisa que talvez não saibam: a mensalidade paga pelos alunos diurnos – os tais 460 euros – paga também o curso nocturno a mil e tal alunos sem possibilidades. Não conheço mais nada assim – qualidade de ensino aliada a assistência social, que é desde há muitos anos a tradição do SJB.

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  24. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 11:30

    “O que se está a fazer no ensino faz quase 30 anos é que para os filhos dos menos desfavorecidos se obriga a frequentar escolas onde nada se ensina”

    Querias dizer “mais desfavorecidos”, não é? Vamos lá mais uma vez: porque é que os mais desfavorecidos frequentam “escolas onde nada se ensina” e os mais favorecidos frequentam escolas boas?

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  25. 30 Outubro, 2008 11:36

    Depende das coordenadas geográphicas da Escola.

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  26. permalink
    30 Outubro, 2008 11:38

    Mas os filhos das elites também fazem o mesmo que os dos pobres.
    Não foi o filho do durão barroso que foi catado com 6 gramas de hash na algibeira?
    Se calhar foi no colégio alemão ou no planalto que lhe ensinaram a enrolar charutos…

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  27. ANÓNIMO permalink
    30 Outubro, 2008 11:56

    As habituais desonestidades e demagogias da hfmatos.

    1º – Claro que TODOS pagamos o ensino oficial, os que tem filhos lá a estudar, os que tem os filhos a estudar noutro lado e, ESCÂNDALO, até os que não tem filhos, também pagam!!!!!

    E ainda bem

    Já agora, imagine que tambem pagamos o Sistema de Saúde público, mesmo sem estar doentes e, para a hfmatos ficar absolutamente chocada, o Subsídio de desemprego, que é dado de barato aos malandros dos desempragados, não é pago por estes, é pago por quem está empregado !!!!!!

    E esta, Hein???

    A hfmatos nem sonhava com tal coisa, pois não????

    Que grande escândalo, saia de lá uma posta ou mesmo um artigo a denunciar este escândalo. !!!!!

    Mais, esqueceu-se de referir que, em certas escolas “privadas” para além das simples matérias que são ensinadas no ensino público, ainda tem direito (e apenas pelos tais 460€ (sem contar com os almoços e o material)) a muito mais, ficam a saber a vida de cristo e dos apóstolos e, com sorte, ainda se arranja uma vagazita nos meninos do OpusDei ou em outra seita do género.

    Grande Negócio, apenas por 460 euritos (mais almoços e material).

    Pois

    Já agora, outra falácia da hfmatos…

    A Escola Alemã é privada??????

    Eu acho que a Escola Alemâ (onde aliás estuda a minha prole) é um dos melhores exemplos de ESCOLA PÙBLICA (não é é portuguesa).

    Vá lá tenha vergonha das barbaridades que diz e escreve.

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  28. 30 Outubro, 2008 11:56

    Bom dia. Se todos pagamos esse valor de 450€, então quem tem filhos em colégios particulares é porque pode pagar 900€. Elementar. Obrigado.

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  29. ourição permalink
    30 Outubro, 2008 11:58

    O caramelo ainda não percebeu que alguém paga, todos pagamos mais ou menos isso, 460 euros por cada aluno na escola pública.
    Acontece o mesmo com o snsaúde, consultas de cá cará cá que ficam a 80/90 euros nos centros. Para o caramelo é simples: fecham-se os serviços privados e as públicas ficam logo melhor nas estatísticas. Na coreia do norte tb é assim. O caramelo está com vontade de ficar cá sózinho com os desfavorecidos. Pode ser que tenha sorte.

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  30. 30 Outubro, 2008 12:03

    Alfredo Barroso acaba de publicar, no seu blogue, uma crónica intitulada «Os Magos da Matemática», a propósito do verdadeiro milagre que é a subida abrupta das notas a essa disciplina – num país onde a maioria dos alunos (para não falar de muitos professores) nem sequer sabe a tabuada… – v. [aqui]

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  31. lucklucky permalink
    30 Outubro, 2008 12:09

    @honni soit qui mal y pense

    Engana-se, nos início dos anos Oitenta acabou-se com as notas de 0-20 e passou 0-5 fazendo o 3 a nota que vai da mediocridade incompetente ao médio. Porque os adolescentes supostamente sofreriam muito com a competição entre si pelas as notas…

    @Caramelo uma grande parte dos Portugueses não paga impostos sobre os rendimentos mas o orçamento do Ministério Soviético(tenho que lhe começar a chamar outra coisa, os Soviéticos pelo menos ensinavam a dividir e multiplicar…talvez Ministério Pós-Modernista e da Propaganda?) dá um valor que me lembro parecido com o que a Helena Matos. Por isso são também outros impostos e outras pessoas e empresas que o pagam.

    Aliás a “Educação” em Portugal é uma gigantesca bolha especulativa não diferente do subprime imobiliário uma vez que está mais que demonstrado que não está a contribuir para um aumento de prosperidade dos Portugueses.
    Há muitas outras bolhas especulativas por aí mas como estão nas mãos do estado não rebentam porque os impostos vão crescendo…

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  32. 30 Outubro, 2008 12:15

    “seria interessante se os rankings mostrassem a origem social dos alunos para se perceber o posicionamento das escolas nas listagens”

    Helena, olhe que se calhar está aí a chave do problema, mas não pelas razões “correctas”. O mais elementar darwinismo, se bem que execrável do ponto de vista da correcção política, pode dar uma ajuda.
    Há de facto fortes correlações entre bons resultados dos alunos e o facto de pertencerem a determinadas faixas da população.
    E também é verdade que as melhores escolas privadas procuram ter apenas bons alunos, dispensando os maus.

    A conclusão imediata e simples que a esquerda tira daqui é que o que está em causa é a desigualdade de oportunidades e, em consequência, a solução passará por atacar as “desigualdades”, sem as quais, todos os alunos e todas as escolas seriam iguais.

    Este raciocínio simplista e simplório,além de ignorar o indivíduo diluindo-o em conceitos ideológicos, é falacioso, porque confunde relação com correlação.
    O estatuto dos pais é importante no sucesso escolar dos flhios, pelas condições que lhe podem propiciar, sim, mas principalmente porque o afcto de serem pessoas bem sucedidas, deriva (não sempre, mas em amostras significativas), de serem mais inteligentes e academicamente motivados.
    As escolas são “boas”, por várias razões, das quais a mais importante é ser frequentada por alunos mais inteligentes, em média.

    A herança do meio e da atitude paterna é importante, mas o core do assunto busca raízes no que aconteceu 9 meses antes do nascimento.
    Há estudos (nos EUA) que apontam elevadas correlações entre a quantidade de livros em casa e o desempenho escolar.
    A conclusão “progressista” é a de que há que colocar livros em casa de todos, para todos estarem em condições de igualdade.
    Mas é uma conclusão errada, porque o facto de haver mais livros em casa, deriva dos pais…do seu interesse intelectual (inteligência) e do dinheiro para os comprar (sucesso na vida…por sua vez largamente relacionado com a inteligência).
    Os genes, portanto.
    Como é óbvio, estou a falar em termos estatísticos, já que, individualmente, cada caso é um caso.

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  33. J. Dias permalink
    30 Outubro, 2008 12:18

    E a mensalidade… mensal! Um bom dia.

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  34. honni soit qui mal y pense permalink
    30 Outubro, 2008 12:23

    31
    Luckylucky

    se me enganei é desculpável , no inicio dos 80 já estava na Universidade.Que me recorde as notas do secundário que tive eram na pauta de 20.

    compreendo o racicionio do 3

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  35. cão-tribuinte permalink
    30 Outubro, 2008 12:33

    o socialismo é para as classes privilegiadas
    as outras são lixo

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  36. 30 Outubro, 2008 12:34

    Lidador (32)

    “Os genes, portanto.”

    Assim de repente, parece-me que o berço conta muito mais do que os genes. Estatisticamente falando, claro.

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  37. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 12:34

    Ó amigos lukiluke e ourição, ainda não perceberam que não estamos a falar de médias? Para perceberem melhor: eu e o Belmiro de Zeevedo pagamos em média 100 mil euros de impostos por mês (mais coisa, menos coisa, sei lá). Mas enquanto o Belmiro pode colocar o filho ou o neto num colégio suiço, eu tenho de me ficar por uma escola pública da minha residência. Quando se fala em classes privilegiadas ou desfavorecidas e o impacto da coisa no ensino é disto que falamos. Não estamos a falar de médias, ó santinhos. Não sei como vos explicar melhor.

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  38. 30 Outubro, 2008 12:36

    O sucesso na matemática não é truque: menos com menos dá mais.

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  39. 30 Outubro, 2008 12:38

    De resto, qto à escola pública/versus privada, se o estado que mesmo financiar o ensino ( é uma opção política, se acha que isso é “bom” para o país) podia enveredar pelo sistema liberal do “cheque-ensino”.
    O dinheiro por aluno que o estado gasta, seria titulado pelo aluno e daria entrada na escola para onde ele fosse.
    As escolas teriam de competir pelos alunos, porque só isso lhes asseguraria o adequado financiamento. E seriam as escolas a contratar professores e a pagar-lhe.
    Os pais tenderam a levar os filhos para as escolas com melhores resultados, os professores saberiam que o seu salário estava dependente do produto que produziam, etc.

    Não haveria um Ministério centralizado a mediocrizar o ensino à escala do país e não se gastaria mais um tostão…na verdade até se gastaria menos, porque os gestores das escolas sabiam que o seu orçamento dependia directamente dos alunos que consequissem captar.

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  40. Arsénio permalink
    30 Outubro, 2008 12:38

    Como pai de crianças a frequentar a primária pública, e como cobaia do experimentalismo pedagógico dos anos 80 (sintagmas, kolkozes e coisas do género, lembram-se?), só posso concordar em absoluto com o post. Esta “educação” é uma bomba-relógio, ou melhor, um cancro, que já nos destrói mas que irá destruir muito mais. E, por favor, não misturem padres, colégios privados e outros que tais. Não é a dictomia privado/público que está em causa. É preciso apenas um Estado que assuma as suas responsabilidades.

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  41. 30 Outubro, 2008 12:40

    “Assim de repente, parece-me que o berço conta muito mais do que os genes. Estatisticamente falando, claro”

    Parece-lhe mal. Estudos com gémeos demonstram exactamente o contrário do que lhe parece

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  42. 30 Outubro, 2008 12:46

    “Estudos com gémeos” têm relevância estatística?

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  43. 30 Outubro, 2008 12:49

    33.J.Dias

    eheheh
    Alguém que escreve “mensalidade mensal”, é capaz de ser a pessoa mais indicada para opinar opinadamente sobre educação.

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  44. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 12:54

    27 – Vergonha devia ter quem escreve assim.

    A Escola Alemã de Lisboa divulga as suas propinas. A saber:

    4. Propinas 2008/2009
    Lisboa Estoril

    Jardim de Infância
    1ª-3ªprestação, cada
    1.704,00 €*
    1.615,00 €**

    Ensino Primário
    1ª-3ªprestação, cada
    1.701,00 €*
    1.646,00 €**

    Ensino Liceal
    1ª-3ªprestação, cada
    1.683,00€

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  45. Amonino permalink
    30 Outubro, 2008 13:15

    .
    Outro bom texto de Helena Matos que sintetiza muito bem a Realidade.
    .
    Os Humanos quando nascem não vêm ‘formatados’ por classe social. É a Natureza que manda. São “fomatados” depois pelo Sistema de Educação e Ensino. A tese da conspiração oculta esconde a incapacidade dos inventores do Sistema e dos fanáticos que da Educação-jogo de futebol entre “Escolas Publicas contra Escolas Privadas ou vice-versa”.
    .
    É preciso retornar a Liberdade aos Pais de escolherem a Escola em que querem que os seus filhos sejam educados e ensinados. Publica ou Privada. Instituir o “Cheque-Escola”. Acabar também com a Injustiça dos que protegem os seus filhos em Privadas e o Estado lhes recusa o pagamento da direito Educação Universal gratuíto para os Pais.
    .
    E essa dos “filhos dos ricos é que andam na Privada” não é bem assim. Há muita clase média que se priva das Caraíbas, carro novo, cozinhas IKEA a prestações, das bejekas etc para conseguir que sejam EDUCADOS e ENSINADOS nas Privadas.
    .
    E porque é que o filho dum Pobre tem de ser marginalizado proibindo-o de frequentar as Escolas Privadas ?
    .
    E isto não quere dizer que as Escolas Publicas são más só porque são más. Porque é que um mesmo Professor consegue uns resultados nas Publicas e piores nas Privadas ? Alguma coisa na liberdade de Gestão e Admnistração está profundamente errada na liberdade de gestão d cada Escola Publica. E pior como as ordens uperiores sõ iguais para todas as Excolas Publicas, se erradas, falha tudo a nivel nacional. O Dirigismo mo seu pior.
    .
    Partir do principio que os filhos dos pobres são “burros” por natureza então esta discussão era um Absurdo para todos os intervenientes, “sem ovos não se fazem omoletes”
    .
    E também que o “só é gratuito” para os Pais, o Ensino (e a Educação ??) nas Publicas só “porque sim” é fanatismo, arrogância e obscurantismo nas suas formas mais acabadas.
    .
    A perspectiva não deve ser o ataque cego a este ou aquele Ministro também “porque sim”. Antes exigir que sejam rectificdas práticas irrealistas com Justiça, Realismo e Igualdade de Oportunidades para todos, saindo do fanatismo dos “bodes-expiatórios”. E isto nãom passa obrigatóriamente pelas lutas partidárias fraticidas.
    .
    Há mais Vida e Movimentos inorgânicos dos Cidadãos para além dos Partidos. É a riqueza do Pensamento e a Vitalidade dos Cidadãos.

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  46. ANÓNIMO permalink
    30 Outubro, 2008 13:16

    HAHAHAHAHA

    É só isso que é capaz como resposta???????

    Nem sequer é capaz de insistir na FALÁCIA de que a Escola Alemâ é uma escola PRIVADA????

    (eu nunca escrevi que era barata)

    O resto das mantiras, falácias e absolutas cretinices que até eu humildemente fui capaz de lhe desfazer com duas “penachadas” não lhe valem o risco da exposição da sua vulgaridade?

    Eu sei bem que a hfmatos não tem qualquer vergonha.

    Se o tivesse não expunha a sua nulidade da forma que expõe…

    Olhe

    Obrigado por existir e se expor deste jeito.

    Faz bem a qualquer ego olhar assim para baixo…

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  47. Amonino permalink
    30 Outubro, 2008 13:26

    .
    Saíu com alguns erros de teclado (o computador é velhote) mas julgo não valer a pena republicar corrigido.

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  48. lucklucky permalink
    30 Outubro, 2008 13:32

    O problema é que os privados tèm de seguir mais ou menos o Dogma do Estado. Por isso a mediocridade tembém anda por lá a rondar só que com um pouco mais de displina e eventualmente melhores(ou menos maus) professores.

    “Ó amigos lukiluke e ourição, ainda não perceberam que não estamos a falar de médias? Para perceberem melhor: eu e o Belmiro de Zeevedo pagamos em média 100 mil euros de impostos por mês (mais coisa, menos coisa, sei lá). Mas enquanto o Belmiro pode colocar o filho ou o neto num colégio suiço, eu tenho de me ficar por uma escola pública da minha residência. Quando se fala em classes privilegiadas ou desfavorecidas e o impacto da coisa no ensino é disto que falamos. Não estamos a falar de médias, ó santinhos. Não sei como vos explicar melhor.”

    Por isso é que disse que outros e as empresas pagam = progressividade dos impostos que parodoxalmente força cada vez mais disparidade nos ordenados antes de impostos. Ainds assim não fez contas ao que os impostos implicam para o seu custo de vida, é que os impostos ás empresas refletem-se nos preços dos produtos que paga na loja e ainda tem o seu IRS, IVA, IMI etc…Mas descontando o que escrevi porque é que não defende o sistema Sueco de cheques ensino? Porque é que 30 anos depois da queda do Esatdo Novo os Pais não podem escolher a escola dos filhos? O 25 de Abril não era suposto ser para ter liberdade? Como é que uma sociedade em que as famílias estão presas a um Estado Burocratas para coisas essenciais pode ter alguma vez iniciativa própria e construir alguma coisa?

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  49. Amonino permalink
    30 Outubro, 2008 13:41

    Peço deculpa mas tenho de repetir, saiu com demasiados erros:

    “Outro bom texto de Helena Matos que sintetiza muito bem a Realidade.
    .
    Os Humanos quando nascem não vêm ‘formatados’ por classe social. É a Natureza que manda. São “fomatados” depois pelo Sistema de Educação e Ensino. A tese da conspiração oculta esconde a incapacidade dos inventores do Sistema e dos fanáticos da Educação-jogo de futebol entre “Escolas Publicas contra Escolas Privadas ou vice-versa”.
    .
    É preciso retornar a Liberdade aos Pais de escolherem a Escola em que querem que os seus filhos sejam educados e ensinados. Publica ou Privada. Instituir o “Cheque-Escola”. Acabar também com a Injustiça dos que protegem os seus filhos em Privadas e o Estado lhes recusa o pagamento do direito Educação Universal gratuíta.
    .
    E essa dos “filhos dos ricos é que andam na Privada” não é bem assim. Há muita classe média que se priva das Caraíbas, carro novo, cozinhas IKEA a prestações, das bejekas, das farras etc etc para conseguir que os filhos sejam EDUCADOS e ENSINADOS nas Privadas.
    .
    E porque é que o filho dum Pobre tem de ser marginalizado proibindo-o de frequentar as Escolas Privadas ?
    .
    E isto não quere dizer que as Escolas Publicas são más “só porque são más”.
    .
    Porque é que um mesmo Professor consegue uns resultados nas Privadas e piores nas Publicas ? Alguma coisa na liberdade de Gestão e Admnistração está profundamente errada em cada Escola Publica. E pior, como as ordens superiores são iguais para todas, se erradas, falha tudo a nivel nacional. O Dirigismo e o abuso de Poder no seu pior.
    .
    Partir do principio que os filhos dos pobres são “burros” por natureza então esta discussão era um Absurdo para todos os intervenientes. “Sem ovos não se fazem omoletes”
    .
    E também que o “só é gratuito” para os Pais, o Ensino (e a Educação ??) dos filhos nas Publicas só “porque sim” é fanatismo, arrogância e obscurantismo nas suas formas mais acabadas.
    .
    A perspectiva não deve ser o ataque cego a este ou aquele Ministro também só “porque sim”. Nomes não interessam, as Ideias é o importante: as “carcças” desaparecem, a energia do Pensamento fica.
    .
    Antes exigir que sejam rectificadas práticas irrealistas com Justiça geral, Realismo e Igualdade de Oportunidades para todos, saindo do fanatismo dos “bodes-expiatórios”. E isto não passa obrigatóriamente pelas lutas partidárias fraticidas.
    .
    Há mais Vida e Movimentos inorgânicos dos Cidadãos para além dos Partidos. É a riqueza do Pensamento e a Vitalidade dos Cidadãos”

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  50. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 13:47

    46 – a escola pública portuguesa também não é barata. Aliás caríssima. É mesmo isso que estamos a discutir

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  51. José permalink
    30 Outubro, 2008 13:59

    “Muitas das reprovações no secundário não aconteceriam se os meninos tivessem um ensino primário ou básico eficaz. A degradação do primário teve consequências gravíssimas.”

    É este um dos pontos fundamentais. Mas não há gente em número suficiente, para o reconhecer e fazer a diferença.

    Esta Lurdes Rodrigues, deveria perceber porque foi professora primária e deveria orgulhar-se disso se fosse o caso…mas não orgulha nada, porque não entende esta realidade. É um mistério como pessoas assim conseguem chegar a postos de chefia como os ministérios. Mas nada de admirar se virmos que já lá estiveram luminárias tipo COuto dos Santos.
    É mais uma parola que nos calhou em rifa, tal como esse inenarrável Valter Lemos que foi educado na escola primária do tempo em que era a sério, mas desviou para a sociologia da treta e da política do absurdo.

    As escolas básicas são o fundamental. O imprescindível. Mas para o serem é necessário que o nível de formação dos professores aumente drasticamente. E sabemos que eles se formaram nas ESE´s.

    O que são as ESE´s e os POlitécnicos, hoje em dia?

    Sítios onde se desaprende, se faz batota, copiando maus trabalhos sociológicos e se não aprende a ensinar.

    Não sou eu que o digo.

    Logo, temos o que merecemos: maus professores, maus livros ( o de Geografia do 7º ano, é um horror, mal feito, com erros e imprecisões e os alunos não podem aprender por lá. Eu sei porque tenho experiência em casa), maus programas.

    Em vez de reflectirem, mudarem e sairem do lugar ( porque é mesmo disso que se trata), não: permanecem de pedra e cal, como segos a guiar outros cegos.

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  52. 30 Outubro, 2008 14:04

    …como segos a guiar outros cegos.

    Uma frase surrealista de grande visão.

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  53. José permalink
    30 Outubro, 2008 14:11

    A frase cegueta, permite rasgos de visão ao Piscoiso.

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  54. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 14:17

    “Porque é que 30 anos depois da queda do Estado Novo os Pais não podem escolher a escola dos filhos?”, diz o lukiluki (que insiste também nessa coisa dos impostos, sem perceber o que está em causa no ensino e nos rankings. Desisto neste ponto)

    “E porque é que o filho dum Pobre tem de ser marginalizado proibindo-o de frequentar as Escolas Privadas ?”, diz outro.

    Ó meus caros, vocês podem até colocar os vossos filhos num colégio suiço e fazê-los transportar de avião a jacto privado. E quem não gostar dos ares da Suiça, pode ir viver para o Restelo e colocar lá os vossos putos, ou fazê-los transportar para lá todas as manhãs de limusine. A Constituição não proibe isso. Vocês andam confusos.

    E A Helena Matos insiste em dizer que a escola pública portuguesa é carissima. Deve ser por causa da tal coisa da média dos impostos que todos pagamos. Tem lógica. Caro por caro, vou então colocar o meu puto no tal Colégio Suiço. Desisto também em relação à Helena.

    Eu gostava agora de apresentar um case study para vocês, se quiserem analisarem. A minha escola, há quase trinta anos, era o Infanta Dona Maria, em Coimbra, a que está agora no topo do ranking das públicas. Na altura em que eu lá andava, era frequentada por malta rica e pobre de todo o concelho e até de fora dele. Não era raro haver turmas com 60% ou 70% de chumbos. Actualmente, é sobretudo frequentada por alunos da zona onde está, que é uma das mais ricas da cidade, onde os pais têm um nível sócio económico e um grau de escolaridade elevado. É um sucesso. Quem é que quer analisar isto?

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  55. Psicanalista permalink
    30 Outubro, 2008 14:23

    “Pobres sempre os tereis convosco”, terá dito Jesus Cristo e eu não vou fora disso.
    Acho que ninguém tem culpa de ter nascido rico, como é o meu caso. Ou tem?

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  56. José permalink
    30 Outubro, 2008 14:29

    “A minha escola, há quase trinta anos, era o Infanta Dona Maria, em Coimbra, a que está agora no topo do ranking das públicas.(…)
    Quem é que quer analisar isto?”

    É para já, seguindo a cegada.

    Há trinta anos, os alunos entravam na escola, em número comparativamente semelhante. O ensino já era obrigatório. Os professores ganhavam menos mal. Os pais dos alunos, menos mal, também.
    Portanto, que semelhanças e diferenças poderemos encontrar para os dias de hoje?

    Há trinta anos, ainda havia nessa e noutras escolas, professores de qualidade, formados no antigamente, quando ser professor do ensino secundário era sinónimo de saber, na esmagadora maioria dos casos. Havia os medíocres, como todos os alunos sempre souberam ( não é preciso avaliações para saber isso) e havia os muito bons. A média era melhor do que hoje, comparavelmente e é isso que interessa.
    Portanto, factor númenro um: professores de qualidade média elevada.

    Segundo: os alunos tinham maior disciplina e havia maior respeito nas escolas.

    Terceiro: os programas eram mais exigentes e os livros talvez melhores do que hoje. Apesar das Asas todas e Areais e agora dos Amarais que querem matar a galinha dos ovos de ouro, por pura cupidez, os livros tinham qualidade proventura superior aos actuais, por uma razão simples, a meu ver: os programas eram mais exigentes e o nível de aprendizagem mais puxado para a exigência mínima.

    Os horários e hábitos escolares porventura eram diferentes. Menos horas, menos carga escolar, menos TPC.

    E no entanto, os resultados eram melhores.

    Há trinta anos, só ia para as Caldinhas ou para os colégios, quem tinha “problemas”: em casa, ou pessoais, de disciplina.

    Agora, vai quem pode…

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  57. berto permalink
    30 Outubro, 2008 14:32

    Isso do ensino privado ser melhor está ainda por provar. A classe alta e média alta põe lá os filhotes, que tal como os papás serão um dia governantes ou gestores de empresas. Pelo que se vê desconfio muito da qualidade do ensino privado…

    Quanto aos 460€ fazem-me muita falta: para comer, vestir, pagar as contas, enfim tudo coisas supérfluas.

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  58. José permalink
    30 Outubro, 2008 14:35

    Paradoxalmente, os alunos de há trinta anos, não tinham mochilas da Eastpack, para transportar a carrada diária de livros e cadernos.

    No tempo de hã trinta anos, no ensino secundário do actual 10 e 11º anos ( não havia 12º, porque esse era já nas faculdades on institutos superiores), casa aluno transportava os livros do dia, numa capa de couro ou a imitar ( algumas belíssimas e em alto relevo de couro ou de imitação, com imagens de escritores ou filósofos. Hoje seria de rir, ver um aluno com essa capa que embrulhava três, quatro livros no máximo).

    Como é que isto mudou?

    Acho que poderíamos todos perceber, se fôssemos por aí, descobrir o segredo dessas capas, que duravam o ano inteiro, tinham escritos secretos e dedicatórias comprometedoras e assimilavam a cada aluno uma responsabilidade que os 16-17 anos de hoje, nem por sombras confere.

    E que tal seguir por aqui, para tentar perceber o que mudou?

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  59. 30 Outubro, 2008 14:38

    “Os meninos ricos, sempre tiveram em casa uma ferramenta que os mais pobres não tinham”

    Ha muitomenino pobre que nao tem acompanhamento em casa. Os “deveres” nao se fazem em casa porque os pais nao fazem ideia do que se trata.Ou nao se dao ao trabalho.

    “eu e o Belmiro de Zeevedo pagamos em média 100 mil euros de impostos por mês (mais coisa, menos coisa, sei lá). Mas enquanto o Belmiro pode colocar o filho ou o neto num colégio suiço”

    O que seria justo ja que el e que paga o grosso dos 100 mil, mais coisa mens coisa. De qualquer modo, a familia do Eng. Belmiro tem habitos austeros e os seus netos estudam no Porto.

    Lidador 32 e 39: 100% de acordo.

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  60. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 14:39

    Ó José, eu acho que te escapou alguma coisa no meu relato da coisa…

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  61. 30 Outubro, 2008 14:40

    “A minha escola, há quase trinta anos, era o Infanta Dona Maria, em Coimbra, a que está agora no topo do ranking das públicas.(…)
    Quem é que quer analisar isto?””

    Caro José, os alunos desse escola são, na sua maioria, habitantes de bairros “ricos”.
    A minha teoria (comentário 32) explica perfeitamente o que se passa nessa escola.

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  62. José permalink
    30 Outubro, 2008 14:41

    No fundo, todo este percurso de trinta anos, pode significar uma coisa: prolongar mais uns anos, o natural hedonismo da infância. Nada de responsabilidades pessoais, exigências de aprendizagem e provas de esforço.

    A facilidade é regra. Hoje, soube-se que este Ministério deste incrível Lemos, planeia acabar pura e simplesmente com os chumbos até determinado ano ( 9ª?) . No fundo, significa apenas legitimar uma situação de facto.

    Portanto, o hedonismo que o Lemos cultiva, é a desgraça dos tempos que correm.

    O Lemos deve ter passao duras provações, quando ganapo. Ai isso deve.

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  63. José permalink
    30 Outubro, 2008 14:47

    Caramelo: escapou-me o ´óbvio que por ser ululante como dizia um tal Nelson Rodrigues, nem menciono.

    As escolas de há trinta anos, eram mais democráticas do que são hoje, mesmo com trinta anos de ideias de Esquerda, supostamente adepta da maior igualdade.

    Depois de trinta anos, o Vital Moreira ainda não descobriu essa verdade evidente aos olhos de todos: a Esquerda que ele e outros defende, só conduz a uma maior desigualdade social. É um paradoxo? Não. É a prova de que são segos, para seguir o Piscoiso no seu raciocínio surrealista.

    E outra coisa ainda que não lobrigam: Portugal tem o maior nível diferencial entre pobres e ricos, com o maio aumento exponencial da coisa, ao longo destes anos.
    E foi a Esquerda, sempre que esteve no Poder. A Constituição é deles, dessa Esquerda tipo Vital Moreira.

    Claro que ao falar no Vital, faço-o apenas como um símbolo.

    No outro dia num blog, até o considerei um dos melhores bloggers portugueses. Exactamente por isso, por ser um símbolo daquilo que de mais negativo temos seguido.

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  64. Amonino permalink
    30 Outubro, 2008 14:49

    .
    54
    .
    não se dispare. Antigamente dizia-se “aguenta-te lá que ainda não chegámos às Ilhas Adjacentes” hoje diz-se “alto aí, ainda não chegámos à Suiça”. E quanto à Infanta Dª Maria, uma entre 1.400, ouviu o que os próprios “professores-heróis” dessa aventura no seu tempo, disseram há dias na Comunicação Social que o contradizem DIRECTO E TOTALMENTE ?
    .
    Retrata-se em mais “ESTADO NOVO” ou “NOVO ESTADO” ?
    .
    E essa “da tal coisa da média dos impostos que todos pagamos.”: o dinheiro é seu, do Estado ou dos Cidadãos ? Quere dizer o quê com isso ? Que é dinheiro de ninguém e por isso “é sempre abrir” com o dinheiro dos Impostos dos Trabalhadores Publicos e dos Empregados da Privada ?
    .
    Não remende mais que o adaufe já está todo roto. E tem de tocar bem.

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  65. José permalink
    30 Outubro, 2008 14:55

    Lidador:

    Cuidado com essas generalizações sobre os ricos e os pobres. Nada provam e são falácias, pelo seguinte motivo:

    Há trinta anos essa escola, era como as demais: boa escola, segundo os parâmetros actuais. Não deve ser melhor escola hoje, do que foi há trinta anos. Antes pelo contrário, parece-me.

    O nível geral das escolas baixou. É natural que naquelas onde seja um pouco melhor isso se note. Mas não tenho ilusões de pensar que a actual Infanta D. Maria, é melhor do que há trinta anos.
    E depois há outra coisa: parte-se do pressuposto que o facto de ser um bairro de classe média superior, isso é sinal indiscutível de qualidade superior de vida e no ensino. Duvido disso.

    Há trinta anos, só ia para as escolas particulares, quem tinha posses para tal e eram relativamente poucos e ainda assim, havia um fenómeno que experimentei numa dessas escolas particulares que frequentei durante um ano ( o actual 9º): os meninos ricos, filhos dos pais que eram alguém, na cidade, frequentavam essa escola de facto. Mas eram dos que menos aprendiam e se qualificavam. Sério. Tinham as primeiras modas, as primeiras Levi´s,, as primeiras Almagre e as primeiras camisas de florzinhas, moda esquisita dos anos setenta. Mas eram os últimos no saber e na aplicação. Não precisavam…

    Este é outro paradoxo que precisa de ser escrutinado, para não se andar por aí a dizer baboseiras

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  66. 30 Outubro, 2008 15:13

    “parte-se do pressuposto que o facto de ser um bairro de classe média superior, isso é sinal indiscutível de qualidade superior de vida e no ensino”

    O José não leu o meu comentário nº 32.
    Não se parte de “pressuposto” nenhum. A escola é boa porque os alunos são bons. E os alunos são bons porque os pais são bons.
    E 9 meses antes de os filhos nascerem, deram-lhe o melhor que lhe podiam dar.
    Isto em média, claro.

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  67. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 15:22

    Ó José, o que eu disse é que os resultados agora são muito melhores na Infanta Dona Maria do que há trinta anos. Vá lá ler outra vez. E vem-me agora você dizer que havia mais disciplina e mais respeito e que os professores eram melhores e não sei quê?

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  68. José permalink
    30 Outubro, 2008 15:24

    Pois, mas eu não acho nada que os alunos são bons porque os pais são bons, se o forem por serem mais ricos.

    Talvez neste sistema medíocre, isso se note mais, por causa das assimetrias maiores, mas não acho que o darwinismo social advenha daí, da diferença entre pobre e ricos.

    Por uma razão: hoje em dia, apesar da diferença de rendimentos dos pais ser maior do que antes, os alunos não sentem essa diferença do mesmo modo.

    O RSI e o sistema de bolsas, os escalões, permitem atenuar uma certa diferença, a meu ver ( parece que há demasiados casos de empresários cujos alunos recebem o tal “escalão”, como eles dizem e andam por lá com o melhor telemóvel, o melhor mp3, os melhores ténis etc.Um fenómeno, mas enfim), nesses grupos sociais que dantes eram marcantes e bem definidos.

    E não é por se ter um pc em casa que as coisas melhoram.

    A capacidade natural de cada um é um factor a que se associam outros, como sejam a disciplina para o estudo; a preparação dos tpc, a emulação, a diferença entre rapazes e raparigas etc.

    A componente económico-social é apenas mais uma e nem me parece a mais determinante.

    Mas isso é o meu palpite, apenas.

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  69. José permalink
    30 Outubro, 2008 15:27

    Caramelo:

    Mas são muito melhores, como? Que estatísticas permitem dizer isso?

    Eu ando aqui a escrever por palpite, empírico.

    As estatísticas de há trinta anos, existem? E valiam o quê? Era preciso esta coisa dos rankings, para se perceber que havia escolas melhores que outros, que toda a gente sabia quais eram?

    Continuo na minha: dantes, a escola Infanta D. Maria , provavelmente, era melhor que hoje.

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  70. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 15:46

    Ó José, se eu digo que são muito melhores do que agora, é porque sei. Eu andei lá, homem, e conheço muito bem o meio e sei bem qual é a diferença para agora. Não preciso de estatísticas nenhumas. E se a componente económico-social não é a mais determinante, como explica a disparidade no ranking entre as de meios mais desfavorecidos e as de meios mais favorecidos, salvo as excepções que só confirmam a regra?

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  71. helenafmatos permalink
    30 Outubro, 2008 15:51

    67 – É simples de comparar. Estão arquivados os exames feitos há várias décadas em Portugal. É voltar a pedir aos alunos que os resolvam. Claro que há matérias que mudaram mas esssas podemos colocar de lado. E até dar aos alunos a pontuação máxima. Fiquemo-nos pelo elementar que não mudou. Depois comparamos os resultados

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  72. 30 Outubro, 2008 15:58

    “A capacidade natural de cada um é um factor a que se associam outros”

    José, isso é verdade, mas não toca no meu argumento.
    O Cristiano Ronaldo é bom e treina muito e isso. Mas mesmo que eu treinasse o dobro dele, nunca lhe chegaria aos calcanhares em matéria de chuto na bola. As razões profundas não estão nas “oportunidades”, mas naquilo que ele é, por lotaria genética.
    Claro que isso não basta, se o C Ronaldo tivesse nascido na Papua, provavelmente andava agora a apanhar peixe com um varapau, se é isso que eles lá fazem.
    Mas é um factor sinequanon.
    E se não acredita na transmissão de caracteres genéticos, não temos plataforma de discussão, porque é impossível discutir crenças.

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  73. Rute Marlene permalink
    30 Outubro, 2008 16:03

    Estava eu a pensar com os meus botões : mas será mesmo que a Helena Matos defende o desaparecimento das escolas públicas ?
    E concluo : Não pode ser ! Apenas não consigo perceber bem qual é a alternativa que propõe. Certamente

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  74. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 16:23

    67-
    Ah pois, Helena. Os testes daquela altura, lá pelos inícios de 80, eram mais muito dificeis do que agora, ó ó. A malta não passava porque tinha de fazer aqueles testes todos sobre fisica quântica e grego arcaico e tal. Os putos do Dona Maria iam-se ver agora à nora com os testes, coitados. Hei-de contar esta à malta da minha criação, para a gente se rir um bocado.

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  75. José permalink
    30 Outubro, 2008 16:26

    “Ó José, se eu digo que são muito melhores do que agora, é porque sei.”

    Pronto, não se fala mais nisso. Esse argumnento é o chamado ad bacculum, o da autoridade na matéria.

    Portanto, a mim, resta-me apenas perguntar para poder ser esclarecido. Assim:

    Será possível comparar a qualidade de hoje, com a de há trinta anos?

    A Helena Matos diz: sim. Basta comparar os exames, os enunciados de há trinta anos e por os alunos de hoje a resolver.

    Ora, sabendo nós que nas faculdades, actualmente, todos se queixam da baixa de nível e do péssimo português e da pior matemática, que se pode então concluir?

    Que o Infanta Dona Maria é melhor do que nunca foi?

    Quanto ao Lidador: não entendo o raciocínio. O que eu digo é apenas que a capacidade natural de cada aluno é determinante e isso não depende exclusiva ou necessariamente do meio social. Dantes, isso era bem visível e dava-se apreço e estimulava-se o aluno que vindo de meios pobres, não podia estudar fora. Agora, isso parece nem ter importância sociológica. Mas o ISCTE deve saber melhor, porque lá é que sabem tudo…e muito mais que tudo: o essencial para chegar ao poder político.

    Por outro lado, o meio familiar é importantíssimo, a meu ver. Agora como sempre. E isso não depende do estrato socio-económico, necessariamente, no sentido de se poder dizer que no Infanta DOna Maria, o escalão é elevado comparativamente. Os divórcios, os problemas familiares e as questões de adaptação pessoal ao estudo, contam tanto mais que isso.

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  76. José permalink
    30 Outubro, 2008 16:32

    Eu gostei foi desta, do Valter Lemos ( trato-o assim, porque não consigo levar a sério um indivíduo desses) e que já glosei noutro sítio:

    Depois disto, deste sucesso educativo, torna-se cómico, embora de triste tragicomicidade, ouvir o Secretário Valter Lemos. Segundo o JN, disse que para o ano, o sucesso tem que ser mais moderado…
    Pudera! Tanto sucesso, até ofusca as estatísticas.

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  77. Psicanalista permalink
    30 Outubro, 2008 16:35

    Vê-se logo que este José, coitado, é oriundo das classes mais desfavorecidas.
    Ninguém está livre de uma coisa dessas.
    O mal está nos antepassados, que não souberam ser suficientemente empreendedores para que os seus decendentes nascessem ricos como eu.

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  78. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 16:39

    “Que o Infanta Dona Maria é melhor do que nunca foi?”

    É, José. Não sei como o convencer e à Helena; parecem precisar de estudos aprofundados da coisa, pelos vistos. Uma comissão, testes comparativos e tal. Dá-me muito trabalho organizar isso, como compreende. Tenho de aceitar que não acredite, paciência. Mas que isto ainda vai dar boas galhofas, ai isso vai. Thanks.

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  79. José permalink
    30 Outubro, 2008 16:47

    As classes mais desfavorecidas têm dado alguns favorecidos, actualmente. Quase todos. Vindos das berças, da subida a pulso, na vida árdua das concelhias, distritais e jogadas palacianas, quase todos, exemplos do velho ditado: “não sirvas a quem serviu. Nem peças a quem pediu”

    A dona Lurdes da Educação, é um caso típico. Parece-me. E que não se amofine a senhora com o trato por dona Lurdes. Há muito professor que nem isso lhe reconhece como merecimento e trata-a abaixo de cão. Ou de Charrua, que vai dar ao mesmo.

    Caramelo:

    O ensino, hoje, está pior do que há trinta anos. In totum. E não há argumento ad bacculum que o derrube.

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  80. J. Dias permalink
    30 Outubro, 2008 16:49

    Meus senhores, que felicidade poder “ouvir” os vossos comentários, uns do contra, outros a favor e outros nim, mas mostrando sempre empenho na discussão!Nunca meti prego nem estopa nos comentários bloguistas, porque o que penso, mal ou bem,já está lá escarrapachado nas respostas, como opinião, crítica ou achega para os assuntos em análise. Mas, para quem como eu, se limita a participar com a leitura de alguns blogues como este, ou A Loja, o 4R, Sorumbático e o incrível Que Treta (pela análise cientifíca/filosófica dos temas que aborda),não podia deixar de os felicitar, pelo interesse em trocar pontos de vista sobre as “coisitas simples e de somenos!” cá do cantinho luso. Claro que, pelas mesmas razões de entrega, partilha e desponibilidade do seu saber, o meu Bem Hajam, vai também, para os feitores dos Blogues. Ah!, e sobre mensalidades, neste momento só tenho a mensalidade da hipoteca mensal, cuja mensalidade pago todos os meses… até ver.

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  81. OLP permalink
    30 Outubro, 2008 16:49

    Sabe porque é que o caramelo é doce?
    Será porque tem açucar?
    Ora vamos lá…..
    Na escola publica puseram sal.
    Deixou de ser doce o caramelo, e aos miudos por mais que queiram, não lhes juntam pitada de açucar.
    O mal é do cozinheiro que nao sabe fazer caramelos.
    Eles que chupem caramelos salgados.
    Percebeu ou quer que lhe passe a receita de doces por completo?

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  82. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 16:52

    José, o bairro da minha antiga escola não se chama Totum. É Solum. É parecido, mas não é igual. Ad bacculum já é mais ao lado.

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  83. J. Dias permalink
    30 Outubro, 2008 16:59

    Meus senhores, botem p.f. um pouco de água na fervura e, já agora, mais um izito na “desponibilidade”. Obrigado.

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  84. José permalink
    30 Outubro, 2008 17:02

    Caramelo:

    Em tempos que já lá vão, cheguei a ocupar uns sótãos, nessas ruas. Não da Solum, mas na de Tomar,1.

    E uma vez, deu-nos para avançar num Domingo de manhã, para as piscinas municipais que por aí existiam ( e existem) . Entramos, pelas frinchas da vedação ( éramos magrinhos e destemidos…) e pumba! Água que fazia um calor de ananazes.

    Dali a pouco, foi só ouvir um grito de interpelação, vindo algures de um portão desconhecido que foi um ápice, o ganharmos asas nos pés.

    A Solum, está na mesma. O Polo 2 é uma miséria urbanística. Coimbra, estagnou. Até os parques de automóveis são mais baratos que noutros sítios. O que encareceu e de que maneira, foram os terrenos, as casas e apartamentos.

    O sistema de alojamento universitário está pior do que há trinta anos ( nesta sei eu bem, porque pago todos os meses por causa disso).

    Até a Bertrand do largo da Portagem está na mesma, com a mesma empregada com a sua fala característica de Coimbra.

    Ainda bem que o Infanta Dona Maria pode ser uma lição, porque no resto, Coimbra é uma grande desilusão.

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  85. José permalink
    30 Outubro, 2008 17:05

    E já me esquecia do principal:

    Totum e ad bacculum, dantes eram termos que todos conheciam, porque o latim se ensinava nos Liceus, nos dois últimos anos.

    Agora, nem nas faculdades. As licenciaturas em Linguística prescindem de tais línguas mortas e enterradas há séculos.

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  86. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 17:10

    José, essas piscinas em que gajos muito fininhos entravam pelas grades já não existem e a Solum não está na mesma. Olhe, até já tem uma das maiores Bertrand do país, não precisa de ir à Portagem. No resto, tem razão. Mais ou menos. Vive-se cá bem. Quem tem emprego. Você já parece um coimbrinha a falar, homem 😉 Não há gente mais queixosa da sua cidade.
    Como é que raio é a “fala característica de Coimbra”, já agora? sempre quis saber…;)

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  87. 30 Outubro, 2008 17:21

    Pois foi exactamente na Solum, ao sair do ascensor/nascente no 1º andar, que dou de caras na montra em frente de um artigo fetiche do José: Um frasco rectangular de “Concentrated Eau de Toilette” Limited Editiom, Hugo Boss.
    É coisa que só uso em cerimónia fúnebres para levantar o moral.

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  88. José permalink
    30 Outubro, 2008 17:22

    A fala característica de Coimbra é a dicção perfeita do português.

    Não sei como foi, mas a região Centro ( a mais feia do país e que me perdoem os autóctones), conseguiu sempre ser o sítio onde se fala melhor, de modo mais escorreito, a nossa língua pátria.

    É uma maravilha, ouvir a dicção do Centro.

    Sobre Coimbra, a queixa é antiga. Nunca gostei da cidade, como gosto de outras do país, do Norte e do Sul.

    Coimbra concentrou, além disso, os saberes médicos em certas áreas e formou uma elite, no final dos anos setenta ( vindos já do 25 de Abril…) e os terrenos e casas dispararam em preço inflaccionado.
    Casa que num outro lado, pode custar 200 mil euros, é certo e sabido que em Coimbra leva mais 30%, no mínimo.

    Sapatarias, é às dúzias ( sinal de que as mulheres dos médicos lá compram…) e são das melhores do país, com calçado de S. João da Madeira.

    Lojas na Ferreira Borges, é igual: ainda há lojas de há trinta anos a vender a mesma coisa de luxo.

    Quanto aos centros comerciais, a praga já chegou a Coimbra, mas não lhe modificou o ar.

    E Coimbra continua a ter um dos melhores restaurantes do país: A Taberna.

    E o Gil Vicente está igualzinho há trinta anos, quando lá vi todos os filmes do Herzog. E a Associação idem.

    Falta o Madarim, que virou MacDonalds, mas sobram os dois quiosques da esquina, onde comprava os meus jornais e revistas. E subsiste o Atenas onde tomava um fino antes de dormir, acompanhado de charlas intermináveis sobre tudo.

    Um dia apareceu lá um tipo escanzelado, de óculos pendurados, com ar ganzado, a falar nos FLying Burrito Brothers. Como é que se pode esquecer uma coisa dessas?

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  89. José permalink
    30 Outubro, 2008 17:26

    Piscoiso:

    Deves ter comprado gato por lebre…

    Essa fragrância esquisita do tempo dos afonsinhos do condado de 1987, já não existe. Disseram-me precisamente em COimbra, numa loja da baixa aqui há uns tempos em que tiver de aguentar uma peregrinação a esses locais de perdição das mulheres…

    Eu ainda conservo o original, com vinte anos em cima e com dois dedos de essência. Uso nessas ocasiões especiais. Tão especiais, que a coisa deu para mais de vinte anos…

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  90. 30 Outubro, 2008 17:27

    O seu roteiro está muito simplificado.
    Ponha lá o ZéManel nas casas de pasto, se faz favor.

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  91. 30 Outubro, 2008 17:28

    Ó José, por favor, eu não lhe disse quando comprei o frasco.

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  92. 30 Outubro, 2008 17:31

    “Há trinta anos, só ia para as Caldinhas ou para os colégios, quem tinha “problemas””

    Agora ercebo porque e qque o Pinto da Costa e o Pinto de Sousa deram no que deram.

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  93. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 17:36

    Ai você também era do grupo do Atenas? Muito fino também lá bebi eu também e muito barulho por lá faziamos em grandes discussões, com a complacência da boa da Dona Maria (não a Infanta);)
    Tá bem, faz um retrato mais ou menos fiel da cidade. Mas olhe que “dicção do Centro” não existe. Essa coisa da dicção perfeita é de Coimbra cidade. Só num raio de trinta quilómetros à volta de Coimbra existem cinco ou seis dicções diferentes, já para não falar da Guarda, com o “s” sibilado, de Viseu, com o “sh”, etc. E também não se pode falar numa paisagem do Centro. São às dúzias, não se podendo comparar o baixo mondego com as zonas de montanha, que são também muito variadas. Faça um esforço para conhecer melhor e vai apagar a má impressão.

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  94. 30 Outubro, 2008 17:37

    ” a capacidade natural de cada aluno é determinante e isso não depende exclusiva ou necessariamente do meio social”

    Manifestamente não entende.
    Deixe-me fazer um desenho.

    Um cavalo corre muito.
    Uma égua corre muito.

    É provável que alguma das suas crias corra muito.
    Mais provável que as crias de um cavalo e uma égua que correm pouco.

    Os cavalos e águas que correm muito,tendem a agrupar-se nos mesmos pastos. Tendem a acasalar entre eles,
    É provável que as crias destes pastos corram em média mais do que as crias de outros pastos. Além disso, o pasto dos equinos que correm muito é melhor, porque eles chegam lá primeiro. POrque correm mais.
    É tudo a somar.

    Percebeu o desenho?

    Simplificando, os alunos da Escola D. Maria são melhores. E são melhores porque os seus pais são melhores. E o facto de os seus pais serem melhores,tem influência em duas coisas: melhores crias e melhores pastos, ou seja, melhor estatuto, mais possibilidades de terem sucesso na vida.

    Claro que há crias coxas. Claro que noutros pastos nascem cavalos que correm muito.
    Mas estamos a falar em amostras significativas.

    De resto, um cavalo nascido num pasto pobre e que consiga ganhar as corridas da vida, tem de ser mesmo muito bom.
    E são.

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  95. Amonino permalink
    30 Outubro, 2008 17:39

    .
    “se não acredita na transmissão de caracteres genéticos”. Toda a gente acredita. Mas não tem nada a ver com classes sociais. Uns que são de familias pobres hoje se calhar já foram ricas no Passado. A História está cheia disso e de problemas mentais ligados a “consanguinidades” de classe.
    .
    Desculpe chamá-lo “Caramelo” mas é o nome com que se identifica, Apenas reparo, surge como bem intencionado e construtivo mas parece muito novo. Falta-lhe Tempo de Vida para no baú ter um maior espectro de análise. Por exemplo eu estudei em turmas de 48 e 51 alunos, Escolas Publicas (de longe superiores em qualidade que as Privadas desse tempo). Imagine nos anos 80 ou pior hoje, uma sala de aulas com 50 alunos. Decerto era “guerra civil de porrada e apalpão” e o Professor era “aviado”.
    .
    Mas aceita-se que um Pai, Mãe, Aluno ou Aluna bata num Professor ou Professora, ou um Colega à naifada ou porrada forte e feio ? Apenas significa que nessa Escola o aluno não pode continuar. Tem de ser EXPULSO e os respectivos ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO criminalizados.
    .
    Na turma misturavam-se por exemplo “Amados”, “Monjardinos” etc, judeus, arabes “de 4 300SL”, algums de cor, outros brancos de Timor e Angola com maiorias dos bairros problemáticos (na altura “barracas”), outros vindos de aldeias pobres, classes médias, filhos de lojas e oficinas etc.
    .
    Tudo pela mesma bitola. E olhe que não eram os ricos que andavam pelos quadros de honra ou nas boas notas. É claro que a disciplina à chapada e à reguada era muito retrògada. Vão lá buscar os exames desse tempo do 2º 5º e 7º anos e façam por curiosidade um teste com os actuais alunos correspondentes.
    .
    Resulta que se quiz manter um Dirigismo “ESTADO NOVO” com um ar modernex, prafrentex e progressex. Deu no que deu.
    .
    Não é o Estado Novo ser melhor. Longe disso. É hoje com turmas de 10 e 15 alunos, a maioria dos professores interessados e esforçados (alguns já no limite do “não saberem o que hão-de fazer tal a confusão”), livros de alta qualidade gráfica, mais meios, mais laboratórios, mais informática, melhores equipamentos, como se conseguem resultados de Conhecimento (Ensino) e Civilização (Educação) tão baixos ?
    .
    A dos Bairros Problemáticos também não colhe. Ainda há uns anos a Escola Publica que serve a Quinta das Mouras foi creio que a melhor a Matemática a nivel nacional.
    .
    Por isso impõe-se um NOVO ESTADO em todos os sentidos. E a Democracia comparta-o sem problemas nenhuns.
    .
    É preciso RESPONSABILIDADE: a Europa, o leão fragilizado atacado pelas hienas, está rodeada de Continentes (excepto Africa) em que a EDUCAÇÃO e o ENSINO são a sério para a competição “a matar” das gerações seguintes.

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  96. José permalink
    30 Outubro, 2008 17:49

    Lidador:

    Eu percebo o desenho. Mas não me parece o retrato da situação. Parece-me outra coisa, um esboço, sei lá.

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  97. caramelo permalink
    30 Outubro, 2008 17:50

    Amonimo, desculpe lá, mas está se calhar a confundir-me com outro comentador.

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  98. 30 Outubro, 2008 18:23

    E quanto recebe o S. João de Brito do Estado?
    É que recebe, ou seja, todos pagamos para os alunos de lá.

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  99. 30 Outubro, 2008 18:26

    Eu digo-vos quanto foi. Foram 899 mil euros

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  100. 30 Outubro, 2008 18:28

    Isto em 2006

    OS DEZ MAIS
    1- Colégio Miramar (Mafra), 13 458 888,14 euros
    2- Colégio Liceal Santa Maria de Lamas (Feira), 4 976 306,32 euros
    3- Didáxis Soc. Coop. de Ensino (2 filiais Famalicão), 4 456 932,14 euros
    4- Externato de Penafirme (Torres Vedras), 4 041 899,14 euros
    5- Externato Cooperativo da Benedita (Alcobaça), 3 737 326,54 euros
    6- Escola Cooperativa Vale S. Cosme (Famalicão), 3 559 313,23 euros
    7- Escola Salesiana de Manique (Cascais), 3 434 207,64 euros
    8- Alfacoop Coop. Ensino de Alvito (Braga), 3 276 677,47 euros
    9- Externato João Alberto Faria (Arruda dos Vinhos), 3 135 527,05 euros
    10- Instituto Educativo D. João V (Pombal), 966 857,99 euros
    NÚMEROS
    176 923 608,339 euros foi o total de verbas transferido pelo ME para colégios e instituições privados durante o segundo semestre de 2006.
    63 203 637,54 euros foi o valor encaminhado pela tutela para as escolas da Direcção Regional de Educação de Lisboa.
    157 400 euros foi o valor que a Know How, empresa da escritora Maria João Lopo de Carvalho, recebeu para o ensino de Inglês.
    1 260 017,35 euros foi o valor atribuído pelo ministério às instituições sociais e escolas da região algarvia, a menos afectada pelas verbas.

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  101. Luis Rainha permalink
    30 Outubro, 2008 19:01

    O Lidador, de uma ousada penada resolveu o problema que tem dividido gerações de psicólogos: afinal, a inteligência é mesmo inata. E pronto.

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  102. 30 Outubro, 2008 19:21

    “a inteligência é mesmo inata. E pronto.”

    Pensava o LR que era uma dádida divina? Uma concessão da sociedade? Uma luz que nada tem a ver com a biologia?
    Um software?

    Ora pense. E verá que fazer-se porta-voz imaginário, de imaginários psicólogos divididos em imaginárias elocubrações, é mesmo imaginação sua…que curiosamente, ainda que você o negue, já nasceu consigo. Depois foi só dar-lhe lustro.

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  103. 30 Outubro, 2008 19:22

    Ó Lidador, então vc acha que o Cristiano Ronaldo, se tivesse continuado no Sporting, seria eleito o melhor jogador do ano pela FIFP ?

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  104. 30 Outubro, 2008 19:38

    “Ó Lidador, então vc acha que o Cristiano Ronaldo, se tivesse continuado no Sporting, seria eleito o melhor jogador do ano pela FIFP ?”
    Remeto-o para o comentário 72

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  105. 30 Outubro, 2008 19:46

    Sorry, não tinha lido.

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  106. 30 Outubro, 2008 21:37

    “Um cavalo corre muito.
    Uma égua corre muito.

    É provável que alguma das suas crias corra muito.
    Mais provável que as crias de um cavalo e uma égua que correm pouco.”

    Lidador, essas suas abordagens genéticas fazem-me lembrar algo que já foi tentado: essa coisa superior da raça ariana. Mas para ver exactamente do que está a falar, quer deixar aqui um link para esses estudos que já referiu?

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  107. 30 Outubro, 2008 22:48

    Por exemplo, será que entre esses estudos inclui “The Bell Curve”?

    http://en.wikipedia.org/wiki/The_Bell_Curve

    «Its central point is that intelligence is a better predictor of many factors including financial income, job performance, unwed pregnancy, and crime than parents’ socioeconomic status or education level.»

    Suporta as suas teses, realmente. Mas como se pode constatar até pela leitura deste texto na Wikipédia, o assunto é controverso.

    Os genes terão a sua importância, tal como outros factores. Qual será o mais influente? Não é a minha área, não sei. Na realidade que conheço, quem nasce em berço d’oiro tem a vida facilitada.

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  108. José permalink
    30 Outubro, 2008 23:27

    Piscoiso:

    O perfume, é uma eau de toilette, feita no UK e tem a referência Hugo Boss- Number One.

    Vou procurar no ebay…

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  109. José permalink
    30 Outubro, 2008 23:29

    Incrível. É este

    E é barato.

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  110. José permalink
    30 Outubro, 2008 23:31

    Enganei-me. É este

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  111. Alexis permalink
    31 Outubro, 2008 02:02

    Nas escolas públicas do 5.º ao 12.º ano cada aluno custa cerca de 4500 euros por ano. O mesmo que a propina dos privados. Certo.

    Mas os 4500 euros da Pública incluem:

    Ensino
    Actividades Extra-Curriculares

    Nos privados 4500 euros pagam, apenas, o ensino. Actividades extras são pagas à parte. Os pobres não têm direito a Desporto Escolar, Teatro, etc.?

    E o São João de Brito ao ser financiado pelo estado na totalidade teria de receber os alunos da zona. Como seriam os resultados no ranking se lá andassem os miúdos da Musgeira?

    Já agora comparem os Resultados dos Salesianos de Cascais.

    Salesianos do Estoril – selecciona os alunos, está no topo do ranking

    Salesianos de Manique – como é financiado pelo estado na totalidade, através dos contratos de associação, é obrigado a receber os alunos da zona, está no meio do ranking.

    Será a qualidade de ensino diferente?

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  112. Alexis permalink
    31 Outubro, 2008 02:03

    E acrescento que os professores primários actuais são bem melhores do que aqueles que eu tive.

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  113. Ricardo permalink
    31 Outubro, 2008 02:16

    Faltou à Helena Matos copiar esta parte do artigo do JN:

    Conceição Amaral, directora pedagógica do Externato Ribadouro, também aponta o projecto educativo da instituição como a razão principal da liderança à frente nos rankings.

    “O objectivo dos nossos alunos é o acesso ao Ensino Superior, enquanto no ensino público os alunos têm outros objectivos”, fez notar. Para Conceição Amaral, é a qualidade do ensino ali ministrado que explica que 85% dos seus alunos tenham entrado no Ensino Superior na primeira fase e que 83 alunos tenham conseguido um lugar em Medicina.

    Isto é um caso de Polícia. Quem é do Porto conhece bem a estratégia deste Externato. Tudo corrido a 20 na frequência, assim é fácil atrair os alunos os alunos que ambicionam Medicina.

    Já lá dei aulas.

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  114. 31 Outubro, 2008 08:04

    “O ensino, hoje, está pior do que há trinta anos. In totum.”

    De acordo. Mas no caso que o Caramelo cita, e indiscutivel. Alias as familias privilegiadas de Coimbra nao tem necessidade de recorrer ao ensino privado dada a qualidade da escola.

    Estabilidade do quadro de professores, alunos acompanhados e motivados, penso serem a chave desse sucesso. Que nao acompanho directamente, mas ouco relatos de amigos com filhos que por la andam.

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  115. 31 Outubro, 2008 08:13

    “Quem é do Porto conhece bem a estratégia deste Externato”

    Segundo consta,

    1. So la entra quem ja e bom aluno
    2. Quem nao esta a tirar boas notas, tem horas e horas de aulas extra. Com os pais a pagar.
    3. O ensino e dirigido para as notas nos exames que dao acesso a Medicina, descurando o ensino das restantes disciplinas.

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  116. OLP permalink
    31 Outubro, 2008 08:51

    De uma penada o Jorge varreu a biopsicologia dos pastos.
    Noutros estadios cientificos foram usados para muita coisa.
    Agora utiliza-se para dizer que os potros não correm tanto para se esquecer que com quase as mesmas condições os tratadores não lhes fornecem a mesma ração.
    E a grande diferença está aí…. nos tratadores que ficam com a maior fatia da ração que podia suprir um pouco os tais pastos pobres.

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  117. 31 Outubro, 2008 11:40

    Caro Jorge, lá atrás referi claramente que não é politicamente correcto defender aquilo que aqui escrevi.
    Há tempos James Watson, Prêmio Nobel pela seus trabalhos com o ADN, foi linchado no pelourinho da correcção política por ter dito algo semelhante.
    Charles Murray, um dos autores de “the bell curve”, disse há não muito tempo que, por exemplo, advogava o fim dos testes SAT (para ingresso em universidades mericanas) porque com o passar do tempo são cada vez mais os estudantes de famílias classe média alta qe alcançam cada vez melhores resultados. Qual a razão?
    Segundo Murray é justamente porque são filhos de pais mais inteligentes que por isso chegaram à classe média alta. E tramsmitiram aos seus filhos as suas capacidades intelectuais além, claro, de um ambiente adequado ao seu desenvolvmimento.

    Segundo Murray ainda há diamantes no entulho, ainda há muitas crianças inteligentes vindas de lares “problemáticos” (outra palavra correcta)nos EUA, mas não tantas quantos antes, como resultado de três gerações de meritocracia.

    O economista Steven Levitt, da Universidade de Chicago, no seu livro Freakanomics, diz exactamente o mesmo.

    Em suma, o factor genético, cujo imprimatur é feito no momento da fecundação, é o mais importante. Omeio não é despiciendo, principalmente na infância, e vários estudos provam que pares de gémeos verdadeiros que passam a vida separados, apresentam um factor g ( inteligência geral) quase igual ao dos que estão juntos (correlações de 0,76 e 0,78, respectivamente.

    É evidente que o ambiente cultural tem também um efeito significativo nas habilidades intelectuais das pessoas e vice-versa. Pessoas de QI elevado ficam mais tempo na escola do que pessoas de baixo QI. Escolas com mais desafios e bons programas de ensino, tendem a ser frequentadas por indivíduos com maiores QI’s.
    A má nutrição prolongada, escolas fracas, exposição a metais pesados, o abuso do álcool e do tabaco pelas mães durante a gravidez, etc., contribuem também para baixar o QI.
    Em suma, a acção do gene processa-se num ambiente, pelo que é importante criar condições nas quais cada indivíduo, independentemente de sua origem familiar ou social, tenha uma oportunidade para atingir ou realizar todas as suas capacidades inatas.
    Mas há que entender que estas são diferentes, os resultados estão viciados à partida pela lotaria biológica, e não encarar este assunto como um tabu.
    Eticamente condenável não é reconhecer que as pessoas são biologicamente diferentes mas sim descriminá-las negativamente em função dessa diferença e nos aspectos em que ela nada tenha a ver com o caso.
    Faço esta ressalva, porque há casos em que a descriminação é útil.
    Não se usa a mesma quantidade de água para regar batatas e centeio.

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  118. Ricardo permalink
    31 Outubro, 2008 15:03

    Ordralfabeletix,

    Inclua a José Falcão nesse lote.

    Aquele externato inflaciona mesmo as notas, por exemplo a Infanta D. Maria têm uma diferença de 0.5 valores entre as notas internas e as de exame, naquele externato supera os 3 valores.

    Um 18 na Infanta no Externato equivale a 20.

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  119. Tribunus permalink
    31 Outubro, 2008 18:00

    O que è incrivel, è que uma ministra da educação, diz-se, mantenha as escolas publicas, no estado que estão e convictamente pratique uma completa falta de capacidade para ser ministra seja do que fôr!
    Só um Socrates ranhoso, tinha uma ministra ranhosa, mesmo quando tem uma manifestação de 100.000 professores e não abrem os oplhos e ainda aldrabam mais nos exames dando resultados que não são crediveis. Isto è criminoso, espero que haja quem os jul
    q

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  120. Luis Marques permalink
    1 Novembro, 2008 19:06

    “…famílias tinham de ter outra atitude perante a escola…” também mas não só…

    Há brilhantes alunos de todos os níveis sociais, e maus também…

    Que tal uma relação entre pais e filhos? Aqui há falta de Estudos em Portugal…

    http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/politics/education/3110360/Children-who-spend-time-with-their-fathers-have-a-higher-IQ.html

    http://www.telegraph.co.uk/opinion/main.jhtml?xml=/opinion/2002/09/17/do1701.xml

    http://www.apa.org/releases/custody2.html

    What has been experienced at the personal level is amplified by many statistical and scientific studies, the latest of which is Rebecca O’Neill’s The Fatherless Family, just published by Civitas, the Institute for the Study of Civil Society.
    In this short but densely researched publication, Ms O’Neill enumerates the evidence that, in our hearts, we can recognise as fact: that lone mothers are, on the whole, poorer, have more health problems, and are more liable to depression; that children growing up without fathers are poorer, more likely to have emotional and mental problems, get into more trouble at school, and have more difficulties in relationships.

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