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Avaliação burocrática II

10 Novembro, 2008

Há dias, um professor de matemática explicava na televisão porque é que é contra a avaliação. Entre outras coisas, explicava que teria que verificar se os avaliados, de outras disciplinas, cumprem o programa. “Mas eu nem sequer conheço o programa”, dizia. E ler, será que sabe?

PS-Isto já vai em 77 comentários. Ainda estou à espera que apareça alguém a explicar porque é que um professor, que tem por obrigação avaliar o cumprimento dos programas, ainda não os leu e ainda tem a lata de o confessar na televisão.

131 comentários leave one →
  1. goodfeeling permalink
    10 Novembro, 2008 16:09

    Será que o Jm saberá avaliar tecnicamente um médico, um advogado, um arquitecto ou um engenheiro civil?

    Aliás alguem me diz se os professores trabalham, mais ou menos que os investigadores, se estes ultimos também são avaliados e em que moldes?

    Mas afinal quantos programas é necessário um professor conhecer?, quantas disciplinas é necessário dominar?

    Os professores não deviam ser avaliados pelos seu pares, ao menos? ou há falta de melhor comparação deve um investigador de história de arte avaliar o trabalho do joão? afinal é só ler a introdução dos papers…

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  2. 10 Novembro, 2008 16:14

    JM,

    Alguma vez foi avaliada a sua função de Investigador? Quem avaliou? pessoas da mesma área científica? Quais os critérios? Qualitativos? Quantitativos?

    Será que o João Miranda, PhD em Engenheria Química, é capaz de avaliar um Investigador em História Medieval?

    Tenho sérias dúvidas. Ler sobre História Medieval, não chega, Senhor Professor Doutor João Miranda!

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  3. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 16:17

    O raio de professores que diziam que sempre foram avaliados, afinal dantes eram avaliados por quem? Pelo porteiro da escola? Se acham dificil porque não conhecem as outras disciplinas então coloquem professores da mesma disciplina a avaliar iguais. Organizem-se e deixem de choradinho. É só complicadinhos, e nem são capazes de qualquer organização. Tem de vir ordens de cima. Façam assim ou façam assado!

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  4. Joki permalink
    10 Novembro, 2008 16:22

    Como sempre o sapateiro anda a avaliar o trabalho dos outros. Comece a avaliar os da sua casa. Né!!!

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  5. goodfeeling permalink
    10 Novembro, 2008 16:26

    “Se acham dificil porque não conhecem as outras disciplinas então coloquem professores da mesma disciplina a avaliar iguais.”

    Era uma solução, e aliás é o que os professores desejariam, mas cai por terra quando só existe um professor de determinada disciplina numa escola.

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  6. JoaoMiranda permalink*
    10 Novembro, 2008 16:28

    ««Era uma solução, e aliás é o que os professores desejariam, mas cai por terra quando só existe um professor de determinada disciplina numa escola.»»

    E qual é a sua sugestão para resolver esse problema? Acabar com a avaliação? Qual é a lógica? Não lhe parece evidente que nas disciplinas com poucos professores, determinadas actividades terão que ser feitas por grupos de disciplinas?

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  7. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 16:44

    Bronco que nem uma porta. Tanto livro que deve ler e tanta m*rda que sai desses dedos, jasus!

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  8. jofer permalink
    10 Novembro, 2008 16:46

    Começo por dizer que não sou professor.
    Nunca estive tão de acordo com JM como neste post e no anterior.
    Parabéns

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  9. goodfeeling permalink
    10 Novembro, 2008 16:47

    Defina grupo de disciplinas. enquanto algumas parecem lógicas,como matemática, fisica, quimica, ou disciplinas de linguas, enquadre educação fisica, trabalhos manuais e desenho, educação musical, educação religiosa, história, etc.

    Será que um biotecnólogo,(mais uma vez utilizando a área do JM como exemplo), também se pronuncia sobre tecnologia dos materiais?

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  10. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 16:47

    Se só existe um pofessor e acham mesmo muito complicado avaliar outras disciplinas então vejam se encontram soluções. Por exemplo fazem protocolos com outras escolas que estejam perto e os professores da outra escolas da mesma disciplina avaliam e vice versa.Ou recorrem Às associações de professores da disciplina. Depois até podem fazer aquilo que tnato gostam, vão todos almoçar fora pro conbibio!!

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  11. Pizarro permalink
    10 Novembro, 2008 16:53

    João Miranda,

    No caso do post em concreto, por exemplo, e indo ao encontro da minha dúvida do outro post, a avaliação sobre o cumprimento do programa ou não, aqui, parece-me lógica. Aí tudo bem. Mas mesmo neste caso, o critério não poderá ser inviesado? Ou seja, aquilo que interessa é a qualidade do professor na transmissão dos conhecimentos previstos no programa. Por isso, será que, por exemplo este parâmetro (o do cumprimento do programa,)é um parâmetro útil?

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  12. rxc permalink
    10 Novembro, 2008 16:54

    E raciocinar, será que sabe?
    Olhe leia aí o livro do GoF que preciso de discutir padrões de desenho consigo. Vá lá, sabe ler não sabe?

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  13. Raskolnikov permalink
    10 Novembro, 2008 17:00

    Gostava de discutir consigo a influência do antigo Direito Visigodo, nas actuais instituições políticas ocidentais. Será que é que é capaz?

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  14. Alberto Mendes permalink
    10 Novembro, 2008 17:01

    Caros goodfeeling e J,

    Os investigadores são avaliados pelo número de publicações em revistas cientificas e pelo número de citações.
    Esse é o critério habitual.

    Alberto Mendes

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  15. Luís Ferreira permalink
    10 Novembro, 2008 17:02

    Anónimo 10.

    Vou repetir mais uma vez, já que me parece difícil que certa “nata” da sociedade perceba uma coisa que eu pensava ser simples:

    NÓS TEMOS UMA LEI PARA CUMPRIR!!!

    Isto não é à vontade do freguês, nem vou falar com o contabilista para que ele veja o “que se pode fazer”.
    Que o pessoal, em geral, se borrife na LEI, não é certamente o caso dos professores.
    Que a maior parte dos portugueses fuja à LEI, é um problema de mentalidade que, com as recentes modificações no ensino, só terá tendência a agravar. Mais uma vez, a culpa não é minha, é de quem faz a LEI!

    Parece que não são capazes de perceber um pormenor tão simples! Há pessoas civilizadas que cumprem a LEI e há os outros que inventam expedientes para lhe fugir.

    Simples, não é?

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  16. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 17:13

    Luís Ferreira 15, não entendi patavina. Mas está certo. Então se possuem uma lei para cumprir, cumpram-na e não chateim mais, xiça penico! É só doidos

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  17. JoaoMiranda permalink*
    10 Novembro, 2008 17:13

    ««Mas mesmo neste caso, o critério não poderá ser inviesado? Ou seja, aquilo que interessa é a qualidade do professor na transmissão dos conhecimentos previstos no programa. Por isso, será que, por exemplo este parâmetro (o do cumprimento do programa,)é um parâmetro útil?»»

    Este é um parâmetro entre muitos. Tem um peso baixo, pelo que não há o risco de os professores se preocuparem apenas com o seu cumprimento. Note-se que este tipo de avaliação paramétrico em que existem uma data de items resulta da procura da objectividade.

    Quando se defende que aquilo que deve interessar é a ” qualidade do professor na transmissão dos conhecimentos” está-se a admitir que a avaliação tem forçosamente que ser bastante subjectiva para ser boa. A busca da objectividade resulta da natureza pública e burocrática do Estado. Numa escola privada a avaliação é subjectiva.

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  18. Mula da comprativa permalink
    10 Novembro, 2008 17:44

    De facto em Portugal é dificil encontrar um Norte.Ainda me lembro da minha escola primaria de aldeia, daquelas que o fassista deixou espalhadas pelo país,com exames de passagem de classe e em especial exame da 4ª.Havia reguadas sim senhor e se aparecia algum papá ou mama era para afoitar a disciplina.Mas a professora tinha que mostrar resultados.E tinha um inspector à perna.E não havia abandono, mesmo com 95% da malta descalça no pico do inverno.Programas?Isso é fascista.Agora é tudo alternativo, animação, calculadora,etc.Por isso é que não querem exames nacionais onde cada professor seria avaliado em função dos resultados.Iriam ver como as coisas voltavam para trás…e se acabava a bandalheira.
    Já agora onde andama as escolas tecnico-profissionais que a maioria dos rapazes dificeis quer e que lhes não dão?Querem mais advogados?Mais sociólogos como a Lurdinhas?
    Os alunos não gostam de matemática,têm horror ao português?Vai para o ensino técnico mas avançado.Com emprego garantido no final.E agora?
    O ensino está mal por culpa de quem governa.O tesão do mijo do Sócrates e os ataques de menopausa da Lurdinhas não me impressionam.Porque andama fazer tudo mal.A enganar a malta…

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  19. 10 Novembro, 2008 17:51

    Para mim é muito simples sobre quem deve avaliar os professores, ou quem quer que seja:

    OS JORNALISTAS

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  20. Luís Ferreira permalink
    10 Novembro, 2008 17:57

    Anónimo 16.

    Nós não chateamos ninguém. Não queremos é que quem não sabe como é não o faça. Existem regras muito apertadas, descritas na LEI, que não se podem subverter, sob pena de termos direito a processo disciplinar. E nós cumprimos, só isso. Estamos fartos de aturar e cumprir regras absurdas e injustas. Só que há regras que, além de absurdas e injustas, não cabem num dia de 24 horas, nem são, simplesmente, exequíveis, como é o caso.

    Por isso aconselho: quem quiser falar do assunto, leia a LEI, leia toda a literatura anexa e que faz LEI, e tente, simular, para circunstâncias semelhantes às que se vivem numa escola.

    Imaginem o que seria de uma empresa onde os funcionários usavam quase todo o seu tempo a cumprir ordens do superior hierárquico na respectiva avaliação, em vez de se dedicarem à produção. A falência era já ali, ao virar da esquina. É o estará para acontecer ao Ensino Público.

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  21. V.C.I. permalink
    10 Novembro, 2008 17:59

    Mas quem é que ignora que este barulho todo parte de um princípio pífio que é o dos professores terem subitamente descido à terra?

    E de repente descobrirem que têm que trabalhar e dar no duro como o resto da sociedade Portuguesa. Que não têm o lugar e as mordomias garantidas, mas que têm o ordenado e isso já é mais do que podem dizer milhões de cidadãos, ou até de outros elementos de pessoal educativo que não foram à manifestação por não terem o dia pago. E que nesta sua birra de quem sente as mordomias reduzidas, são cavalgados pelos sindicatos, que sem as manifestações, com razão ou sem ela, não haveria razão de existirem e lá se perdia mais uns tachos e umas influências partidárias. E os sindicatos são cavalgados pelos partidos da oposição que já se agarram a tudo por não terem a vida facilitada, primeiro, por não terem ideias próprias, segundo, por as poucas que têm coincidem lamentávelmente com as do governo que já lá está.

    Os professores estão com a vida mais dificultada? Estão. O trabalho está a apertar? Está. Mas também no resto da sociedade as coisas não estão fáceis. Ou querem trocar com um qualquer trabalhador do sector privado? Duvido.

    É curioso que são os que mais têm, quando se sentem reduzidos à média, que mais barulho fazem.

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  22. 10 Novembro, 2008 18:00

    Eduardo Henrique da Silva Correia, Vitorino Magalhães Godinho, Vasco dos Santos Gonçalves , Rui dos Santos Grácio, Manuel Rodrigues de Carvalho, José Emílio da Silva, Victor Manuel Rodrigues Alves, Mário Augusto Sottomayor Leal Cardia, Carlos Alberto Lloyd Braga, Luís Francisco Valente de Oliveira, Luís Eugénio Caldas Veiga da Cunha, Vítor Pereira Crespo, João José Rodiles Fraústo da Silva, José Augusto Seabra, João de Deus Rogado Salvador Pinheiro, Roberto Artur da Luz Carneiro, Diamantino Freitas Gomes Durão, António Fernando Couto dos Santos, Maria Manuela Dias Ferreira Leite, Eduardo Carregal Marçal Grilo, Guilherme Pereira de Oliveira Martins, Augusto Ernesto Santos Silva, Júlio Domingos Pedrosa da Luz de Jesus, José David Gomes Justino, Maria do Carmo Félix da Costa Seabra e Maria de Lurdes Reis Rodrigues.
    Foram estes os titulares da pasta de Educação desde o 25 de Abril de 1974. 26 Ministros em 34 anos. será que nunca nenhum serve?

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  23. maria permalink
    10 Novembro, 2008 18:07

    Este post diz tudo…não sabe do que fala. Mas insiste em mandar palpites.
    E o JM saber ler? Pode começar pelo estatuto da carreira docente e pela legislação que regulamenta a avaliação.

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  24. V.C.I. permalink
    10 Novembro, 2008 18:12

    Servia um ministro que viesse e decretasse “apartir de agora os professores são livres de ensinar o que quiserem, a quem quiserem, se quiserem, e a ganhar bem por isso. E na escola da sua escolha.”

    Basta questionar a um professor, se não está contente, porque raio continua a insistir em ser professor e não vai trabalhar para uma fábrica de moldes, vendedor de automóveis ou para o desemprego? Ou mesmo para auxiliar de acção educativa na própria escola. Acham que trabalham demais? Será espírito de missão? Coitadinhos.

    E estendo o convite a todos os funcionários públicos que vivem à custa dos meus impostos e ainda acham que têm pouca sorte.

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  25. fartinho permalink
    10 Novembro, 2008 18:13

    Aí está mais ignorância arrogante militante.

    Caro João Miranda, pode ser que um dia seja avaliação por alguém com o 12º ano de escolaridade que lecciona Educação Física no 2º Ciclo do Ensino Básico.

    Tanta mediocridade intelectual.

    85% dos professores numa manifestação nacional e para alguns quem tem razão é uma senhora porque… SIM. E pronto!

    Portugal tem os “políticos” que merece disso não tenho qualquer dúvida.

    NOTA: Não sou professor e Deus queira que nunca necessite de o ser, livra.

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  26. fartinho permalink
    10 Novembro, 2008 18:14

    Aí está mais ignorância arrogante militante.

    Caro João Miranda, pode ser que um dia seja avaliado por alguém com o 12º ano de escolaridade que lecciona Educação Física no 2º Ciclo do Ensino Básico.

    Tanta mediocridade intelectual.

    85% dos professores numa manifestação nacional e para alguns quem tem razão é uma senhora porque… SIM. E pronto!

    Portugal tem os “políticos” que merece disso não tenho qualquer dúvida.

    NOTA: Não sou professor e Deus queira que nunca necessite de o ser, livra.

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  27. V.C.I. permalink
    10 Novembro, 2008 18:17

    E que tal se fizerem como aos alunos, cobaias de sucessivas experiências programáticas contra os quais nunca ouvi os professores levantarem-se desta forma? Se os alunos servem perfeitamente de cobaias para experimentar programas e métodos de ensino, porque razão não podem os senhores professores servir de experiência de avaliação, corrigindo-se numa fase posterior o que estivesse mal?

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  28. 10 Novembro, 2008 18:18

    Recomendo:

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  29. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 18:18

    As escolas devem prestar contas do seu desempenho. Avaliar os professores é pois uma necessidade! Só os menos capazes receiam a avaliação.

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  30. rxc permalink
    10 Novembro, 2008 18:20

    José Manuel Dias, é preciso não perceber nada do funcionamento do ME para achar que a quantidade deveria resultar em qualidade. Sabe que esses 26 ministros correspondem a um número semelhante de reformas? Acha que o sistema de ensino pode sofrer constantemente reformas durante 34 anos e ter a estabilidade essencial para se aferir resultados? Acha que mudando as regras quase diariamente, como tem feito a actual equipa ministerial, se pode ter uma escola de qualidade?

    Para quem ainda não percebeu, a avaliação vai redundar num mero formalismo, para impressionar certos cidadãos sedentos de sangue, porque o ensino defendido por esta Ministra é totalmente desprovido de conteúdo. Se a educação dos alunos é um formalismo (todos passam, tenham ou não aprendido alguma coisa), a avaliação dos docentes que são obrigados a passá-los a todos não pode ser outra coisa que não um formalismo sem valor.
    E os professores estão a ser afogados numa torrente de burocracia para não se aperceberem que aquilo que deveria ser a sua ocupação primordial (transmitir conhecimento) já não faz sentido nesta “nova” escola pública. O futuro encarregar-se-á de demonstrar o mal que a Dona Lurdes fez ao país. Resta para muitos irem assentar tijolo e lavar pratos para o estrangeiro..

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  31. 10 Novembro, 2008 18:21

    La vem um VCI com a mesma historia, eu no privado ganho horas extraordinárias depois do horario de trabalho, ganho por trabalhar num fim de semana, natal etc, posso declarar ou o meu patrão declarar o que quer, inclusive o ordenado mínimo, no publico desconto automaticamente e nem reclamo, eu sim pago este país, ja’ os privados nem por isso, ou conhece algum caso de fuga aos impostos de um funcionario publico?

    Mas nem eh isso que está em questão, o que está eh a forma mesquinha e básica com que se ataca um grupo de pessoas que PELO MENOS luta pelos seus direitos, coisa que a maioria dos portugueses já esqueceu ou desistiu ou então foi forçado a desistir. O trabalha e cala-te.

    Ao contrario, outros como o VCI preferem reclamar de quem faz pelos seus interesses, por aquilo que acham justo.

    Se gosta de alinhar todos por baixo porque não se muda para a China?

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  32. 10 Novembro, 2008 18:21

    Boa tarde. É fantástica e inultrapassável por qualquer outra profissão a quantidade de comentários que aparecem em qualquer blog ou notícia on-line sobre professores, a qualquer hora do dia. Chega a ser ofensiva. Obrigado.

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  33. Joe Bernard permalink
    10 Novembro, 2008 18:22

    Lá voltei a este blogue, e com quem me havia de deparar???
    Com o sr. João Miranda.
    Vomitei, evidentemente!

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  34. rxc permalink
    10 Novembro, 2008 18:27

    Carlos Fernandes, mas vamos avaliar o quê concretamente? Que todos os alunos passaram? Ou que o professor não completou a sua cota de vendas de Magalhães? Ou que não perdeu todo o seu tempo livre a engendrar planos para que o aluno burro que não quer aprender a ponta dum corno (que os há, cada vez mais) consiga ao menos estar sentado na sala de aula sem o desrespeitar/insultar/agredir?
    É que antes de falarmos de avaliação de professores, deveríamos falar em avaliar o que está a ser feito ao sistema público de ensino, nomeadamente o brilhante trabalho para embelezar as estatísticas (cursos NO, RVCC, CEFs e afins…). Disso ninguém fala, o que se quer é, mais uma vez, singularizar e atacar uma classe profissional, tão digna como qualquer outra.

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  35. 10 Novembro, 2008 18:30

    Avaliar sem ser avaliado… só mesmo os deuses !
    Quem avalia quem ?
    Passo.

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  36. rxc permalink
    10 Novembro, 2008 18:36

    FD, já pensou qual é a origem do ordenado no funcionário público? Pela sua ordem de ideias, se todos fossemos funcionários públicos, o país era perfeito. Faltava era quem produzisse riqueza, mas isso não interessa nada pois não?

    Pense um bocadinho antes de escrever barbaridades. Eu trabalho no privado, pago os impostos devidos, assim como o meu patrão. Mais: temos de pagar o IVA antes de recebermos o montante correspondente, para que o Estado consiga pagar sempre a tempo e horas os vossos salários (coisa que centenas de milhar de trabalhadores do privado não sabem o que é).

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  37. rxc permalink
    10 Novembro, 2008 18:38

    Piscoiso, diga-me quem é que efectivamente é avaliado pelos professores? Se os alunos têm a passagem de ano garantida (é praticamente impossível chumbar um aluno até ao 9º, em breve será até ao 12º), os professores avaliam o quê? A sociedade não quer que todos tenham um canudo na mão? Pois vão tê-lo, deveria até ser logo dado à nascença, para evitar essa perda de tempo que é aprender!

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  38. 10 Novembro, 2008 18:39

    ——————————————————————————–
    Negócios

    ——————————————————————————–
    Finanças

    Ikea investe 200 milhões em nova loja de Vila Nova de Gaia

    _________

    É tempo de investimento da multinacional Sueca.

    Cá, a funcionaria publica D Manuela diz não senhora, deve-se meter o dinheiro debaixo do colchão..

    Porque não se enxerga?

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  39. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 18:39

    Já alguém pensou no que acontece aos milhões de papéis produzidos por 150.000 professores?

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  40. 10 Novembro, 2008 18:39

    “Só os menos capazes receiam a avaliação.”

    Esta afirmação é propaganda. Temos que olhar para a forma de uma qualquer avaliação. A título de ilustração apenas, num contexto de seguidismo, qualquer um tem que recear não cair nas graças do chefe, independentemente das suas capacidades.

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  41. José Manuel Dias permalink
    10 Novembro, 2008 18:41

    Rxc

    Porque é que acha que houve tal rotatividade no Ministério da Educação? Porque é mais fácil dar privilégios que promover reformas. A história diz que as corporações nunca se auto-reformam. As mudanças causam sempre embaraços, é natural. Avaliar é preciso. Permite alinhar esforços com os objectivos. Só há bons ventos para quem conhece o porto de destino. Penso que é o que falta a muitos professores, saber como alinhar esforços…com a Visão da Escola.

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  42. rxc permalink
    10 Novembro, 2008 18:41

    38. lol.
    Agora já se confunde investimento privado com investimento público. Realmente é tudo um “bando de loucos”, como dizia o outro na Madeira.

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  43. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 18:44

    os professores querem ou não ser avaliados? dantes todos progrediam não permitindo distinguir os bons dos maus. Ss que se empenhavam eram muita svezes mal vistos : “parece que és dono disto” , “vais ter uma medalha de cortiça”…eram apreciações recorrentes. O absentismo dos professsores baixou mais de 50% com esta Ministra. Como encarregado de Educação aplaudo as reformas da educação.

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  44. Ricardo permalink
    10 Novembro, 2008 18:45

    O João Miranda sente-se muito à vontade para falar do que sabe e para falar do que não sabe. Não se importa nada de dizer as maiores asneiras, desde que esteja convencido de que são tiradas brilhantes. Este blogue é uma bela montra deste tipo de sapiência.

    Não me admirava nada que o Biólogo(?) João Miranda se sentisse à vontade para avaliar o seu colega Matemático, mesmo não sabendo o que é uma derivada (quanto mais uma primitiva!).

    Mas nem toda a gente é igual…

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  45. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 18:47

    Os maiores alimentadores de blogues são os professores. Seguramente não o fazem por “estarem muito ocupados com as tarefas de programação das aulas e preenchimentos da fichas de avaliação”.

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  46. JBM permalink
    10 Novembro, 2008 18:48

    Boa, Piscoiso.
    No meio disto tudo, que é feito da Inspecção Geral do Ministério?
    Da responsabilidade dos directores das escolas?
    Não seriam suficientes para inspeccionar convenientemente os professores, ainda que reforçados por gente da especialidade?
    Pouco a propósito, sabem que o pessoal dos órgãos de inspecção dos ministérios, arredondam o salário com um suplemento de risco (sic)? Só neste país.
    Sabendo como sabemos da tendência das burocracias para se burocratizarem, não andarão os professores à nora com o excesso de produtividade dos gabinetes do ministério?
    À semelhança do que se passa noutros sectores, veja-se no DN de hoje:
    Engenheiros. A Ordem vai entregar ao Governo um parecer técnico que critica o actual estado de coisas no sector da edificação e urbanismo. A Ordem fala em ‘complicómetro’ onde devia haver um ‘simplex’. E apresenta um rol de recomendações para mudar o muito que – diz – está mal.
    Um colete de forças, diria eu.

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  47. 10 Novembro, 2008 18:48

    Eu,na minha vida profissional, sempe fui avaliado – empresa Sueca , empresa Alema, Grandes empresas não ponho aqui os nomes, nunce se sabe, isto, porque me consideravam uma mais valia.

    Só é avaliado, o trabalhador que interessa, è o lema.

    Os FP não aceitam, porque? incompetencia?

    Fica ao vosso criterio

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  48. Ricardo permalink
    10 Novembro, 2008 18:49

    Já agora, quando o João Miranda submete um paper, eles são revistos por Professores de Música?

    É assim que o peer review funciona consigo? Se é, a qualidade das suas publicações devem ser deliciosas.

    Acho espantoso um “cientista” defender uma avaliação deste género. É o exemplo chapado daquilo que a ciência abomina : chico-espertismo amador a roçar uma profissão de fé.

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  49. João Alfarroa permalink
    10 Novembro, 2008 18:49

    A treta da falácia avaliação não justifica o barulho que se faz com isso. Falta vontade, disciplina, seriedade, bom senso e sobretudo respeito pelas outras classes trabalhadores.
    O folclore das manifestações é ridículo, ofensivo e dá o aspecto de alguém que subitamente enveredou pela contestação com a contestação.
    E daqui para a frente o que irão fazer?
    Tenham cuidado que os empregos estão difíceis e nem sempre se pode brincar aos índios e cowboys.
    Mas, pronto vocês é que sabem, por isso têm os livros… e cabecinha?

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  50. Francisco Nunes permalink
    10 Novembro, 2008 18:52

    Por me sentir, enquanto professor, honrado pela exemplar atenção que a sociedade dedica à Educação deste país e por acreditar que um indivíduo intelgente, conhecedor e desembaraçado como o senhor será capaz de encontrar um fio condutor na teia legislativa que emaranha os professores, aqui deixo o curto acervo legislativo que serve de base à simples missão de criar um sistema de avaliação de docentes.
    Aguardo esperançoso e sublimemente enlevado no seu doce e uperior etendimento uma saída, uma porta para o nosso, perdoe-nos a expressão, ‘enrascanso’:

    http://www.min-edu.pt/np3/56

    Sem mais assunto, atenciosaente,
    Francisco Nunes

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  51. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 18:53

    Difícil a avaliação?

    Quantos instrumentos de avaliação existem? É um processo muito burocrático?

    R: A avaliação de desempenho prevê três fichas obrigatórias: a ficha de auto-avaliação, a ser preenchida pelo professor avaliado; a ficha de avaliação científico-pedagógica, a ser preenchida pelo professor coordenador de departamento, e a ficha de avaliação da participação em actividades escolares, a ser preenchida pela direcção executiva. Cada professor avaliado preenche, por isso, apenas uma ficha, a de auto-avaliação. As escolas têm total liberdade de elaborar outros instrumentos de registo de informação que considerem relevante para efeitos da avaliação do desempenho, que devem ser simples e claros.

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  52. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 18:55

    Para falarmos do que existe. Complicado? Não me parece…

    P: Quem elabora os instrumentos de avaliação? Quem controla a qualidade das fichas?

    R: Os instrumentos de registo para efeitos da avaliação do desempenho docente são elaborados e aprovados pelos Conselhos Pedagógicos das escolas, tendo em conta as recomendações que forem formuladas pelo Conselho Científico para a Avaliação de Professores. Cada escola e o conjunto dos seus professores têm, por isso, autonomia para definir o que é observado e avaliado. A qualidade das fichas é controlada pelos professores no Conselho Pedagógico.

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  53. Francisco Nunes permalink
    10 Novembro, 2008 18:58

    Recordo-lhe que deve haver alguma coerência nas balizas que envolvam a avaliação de professores para evitar injustiças sistemáticas que possam prejudicá-los uns face aos outros.
    Já agora: ‘inteligente’ e não ‘intelgente’…

    Mais uma vez, e muito agradecido pela atenção,
    Francisco Nunes

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  54. 10 Novembro, 2008 18:59

    Se me perguntam ,estou em condiçãoes de avaliar os/as professores, não

    Se me perguntam, qual balhamé análise do trabalho que prestam – eu digo mal

    Porque? trabalham pouco e não tem interesse aquilo que fazem. Julgo que nasceram para os sindicatos e outros voos. Escola, aturar os filhos dos outros? é uma maçada, não foi para isso que foram Professores/as – è dínheiro sempre certo, garantido, ate fecharem os olhos

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  55. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 19:05

    Ikea investe 200 milhões em nova loja de Vila Nova de Gaia
    ________
    É tempo de investimento da multinacional Sueca.
    Cá, a funcionaria publica D Manuela diz não senhora, deve-se meter o dinheiro debaixo do colchão..
    Porque não se enxerga?

    Quem precisa de enxergar é você. Investe 200 milhões num loja. Quanto é em fábricas ? Que incentivos recebeu ? E porque é que as empresas portuguesas que também constroem fábricas e lojas não recebem incentivos ?

    Abra os olhos e deixe-se de propaganda barata. Compre um Magalhães ao vendedor para ver se melhora o seu conhecimento da realidade.

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  56. 10 Novembro, 2008 19:08

    Rxc, no seu caso podem parecer-lhe barbaridades, mas sabe do que estou a falar não sabe? O seu exemplo não são exemplos. Eu sei que não tenho como fugir. Mas no fundo penso que me percebeu muito bem.

    Por acaso ja’ trabalhei no privado tempo suficiente para me elucidar sobre algumas coisas simples.

    Quanto a mim o caso flagrante passa pelos chamados ditos ”empresários” que exploram miseravelmente os seus funcionários, depois a culpa eh dos funcionários públicos que têm regalias a mais e fazem greves.

    O que eu sei é que o carro é da empresa, o computador de casa é material do escritório, as férias e os jantares são despesas de representação e outras ginásticas, quando é para aumentar, não senhor porque não se pode, culpe-se os funcionários públicos que eles é que são os donos das regalias. Espero que não esteja a dizer nenhuma mentira… E’ que conheço algumas centenas de pessoas nesta comum situação.

    Depois chega ao ridículo de mesmo so’ conhecendo algumas palavras base da luta dos professores atirarem larachas disto e daquilo que não querem trabalhar ou ser avaliados.

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  57. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 19:09

    Porque não se enxerga?

    Quantos incentivos não recebeu a Pesca Nova para vir para Portugal ? Sabia que as empresas portuguesas não só não recebem incentivos como durante anos e anos foram impedidas de investir em aquicultura por diversas razões, como as ambientais ?
    Porque é que a Pescanova pode e os portugueses não ? Porque dá mais jeito à propaganda do Power Point fazer conferências de imprensa com empresas estrangeiras. Sinal ilusório de modernidade. Enxergue você a propaganda em que vivemos.

    Vá, vá lá rápido comprar um Magalhães, o computador cujo único componente nacional é a caixa de cartão onde vem embalado.

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  58. Zenóbio permalink
    10 Novembro, 2008 19:22

    “Será que o Jm saberá avaliar tecnicamente um médico, um advogado, um arquitecto ou um engenheiro civil?”

    É pergunta que se faça? Francamente, que despautério! Evidentemente que o JM sabe de tudo e de todos, e quando não sabe, inventa.

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  59. O liberal sou eu permalink
    10 Novembro, 2008 19:31

    JM, um liberal não discute essas questões de avaliação, do professor X ou Y…Um liberal defende a privatização do ensino. E mai nada.

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  60. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 19:33

    O que me parece estranho é que os prosfessores que passam a vida a avaliar receiem ser avaliados. Todos os funcionários públicois são avaliados. Talvez porque hoje já não há “casse operária” e os professores estão transformados em “tropa de choque” da luta plítica. Afinal há 800 sindicalistas pagos pelos nossos impostos…

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  61. 10 Novembro, 2008 19:33

    «Os maiores alimentadores de blogues são os professores. Seguramente não o fazem por “estarem muito ocupados com as tarefas de programação das aulas e preenchimentos da fichas de avaliação”.»

    Carlos Fernandes, você já ouviu falar duma coisa estranha chamada de horário de trabalho? É um conceito bizarro que implica vida para além da profissão.

    Você acabou de perder toda a credibilidade que a sua argumentação eventualmente tivesse.

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  62. votoembranco permalink
    10 Novembro, 2008 19:35

    Enquanto contribuinte estou-me borrifando se os professores são avaliados ou não.
    Estou, isso sim, preocupado com o estado a que o ensino chegou, onde impera o facilitismo e a mentira das notas empoladas!
    Parece que a culpa deste descalabro não é ocasionado pelo facto dos professores serem avaliados ou não, mas sim pelos tremendos erros políticos que foram sendo cometido pelos muitos ministros da educação deste país.

    Qualquer cidadão se apercebe, hoje em dia, que o fim das escolas comerciais e industriais foram um êrro crasso e que não pode ser atribuído aos professores.
    O fim dos exames é também um erro ainda maior e parece que neste processo os professores nada tiveram a ver com o assunto.
    O fim da Fisica e Quimica, como disciplinas obrigatórias, foi um erro ainda mais grosseiro, já reconhecido pelo próprio ex-ministro que o cometeu, e aqui, ninguém tem dúvidas que não foram os professores os responsáveis.
    E quanto ao Telebs (se é assim que se escreve), os professores não tiveram alguma responsabilidade neste acontecimento desestabilizador.
    Estes são pequenos exemplos detectados pelo cidadão comum.

    De facto, nós os portugueses andamos a dormir na forma, bem ajudados por comentaristas como o João Miranda.
    Andamos preocupados em desancar uma classe profissional decente, dignificada pela confiança que os pais deste país neles depositam ao entregar-lhes os filhos durante grande parte do dia, ao mesmo tempo que entregamos alegremente o dinheiro dos nossos impostos a parasitas, que nunca trabalharam no verdadeiro sentido do termo, mas que têm um talento especial para estarem sempre nas boas graças dos governos.
    Será caso para dizer amigo João Miranda que ao fazer coro com os cidadãos invejosos, com os políticos incapazes e com os controleiros da propaganda governamental está a ajudar a desmoralizar ainda mais uma classe que no Sábado nos deu uma grande lição!
    Exerceu o seu direito de cidadania de forma ordeira demonstrando que neste país ainda há quem não seja cinzento.

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  63. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 19:45

    As escolas e os professores não vivem numa redoma de vidro. Com encarregado de educação e contribuinte tenho o direito e o dever de exigir bons desempenhos. Para saber se o desempenho é bom, importa fixar objectivos em linha com a Visão defendida pela Escola. Se as escolas funcionassem bem, não haveria dificuldade em cumprir com uma coisa que no sector privado há muito se faz: avaliar desempenhos para diferenciar os excelentes, dos menos capazes. São muitos anos de laxismo. Não foi por acso que em 34c anos tivemos 26 Ministros de Educação. Era o deixa correr. Agora, finalemnte, alguém pôs ordem nesta bagunça e o absentismo dos professores reduziu em mais de 50%!!
    Cumps

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  64. MJP permalink
    10 Novembro, 2008 19:45

    Carlos Fernandes:
    Não embale na “doce música” do ME. Já tive que entregar os objectivos individuais (mais uma ficha) mas não consta do rol.
    Será que fiz mal? Será que sou maluca por estar a fazer um portfolio com todas as aulas e actividades q
    Claro que não. É o decreto 2/2008 que determina como é a avaliação e não respostas simplex do ME. As leis são para cumprir porque no fim, o seu incumprimento, gera injustiças.
    Só ouvindo as inverdades sobre a avaliação é que os professores estão aptos para avaliar as outras inverdades que serão ditas sem que eles se apercebam.
    Lembram-se que já o ano passado não havia razões para que os professores não fossem avaliados? alguns regulamentos só sairam no fim do ano lectivo! É tudo feito em cima do joelho por quem não percebe nada de escolas porque ou nunca foi professor, ou como os sindicalistas, não põe lá os pés há muitos anos.

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  65. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 19:51

    Avaliar é preciso. Se o método tem defeitos que se corrija. Não pode é o competente estar no mesm saco que aquele que opta pelo laxismo. O mal está, a meu ver, na qualidade de liderança das escolas. Há que lhe conferir mais autonomia e responsabilizá-las. Se aplicassem o balanced scorecard os esforços de todos estavam há muito alinhados com os objectivos e o pedido de fixação de objectivos não teria a dificuldade que está a ter. Muitos anos de facilismo foi no que deu..

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  66. 10 Novembro, 2008 20:04

    O João, quando for grande, quer ser igual a Marcelo Rebelo de Sousa. Com uma ligeira diferença, no entanto: Marcelo estuda e sabe; João ouve e julga saber.

    Se tivesse algum espírito de investigador já teria descoberto que a ministra, apesar de saber que essa coisa a que chama modelo de avaliação é um lixo, não vai ceder. E a razão forte para isso, que nada tem a ver com professores, chama-se ISCTE!
    A senhora jamais reconheceria o falhanço da sua escola.

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  67. 10 Novembro, 2008 20:05

    Acreditava-se que o Ministério da Educação tinha sido criado para ajudar as escolas a cumprir a sua função: ensinar os alunos. Com os anos o Ministério da Educação tornou-se num castelo de Kafka: um labirinto burocrático onde até o Minotauro se perderia. O Ministério da Educação tornou-se um monstro cuja única função é hoje tornar impossível o ensino. Pela batuta impulsiva e agreste de Maria de Lurdes Rodrigues, tornou-se no bastião da burocracia.

    Entrincheirados neles, génios incompreendidos que há anos não sabem o que é dar aulas, tornaram os professores em burocratas e os alunos em cobaias. O resultado está à vista e a manifestação de mais de 100 mil professores é apenas o sinal visível do desvario ministerial reinante. A ministra não fala de ensino: discorre nervosamente sobre questões laborais, não fala da qualidade das aulas, divaga sobre estatísticas. Quando diz que 100 mil professores nas ruas servem para intimidar os que querem o sistema que impôs, esquece-se que foi só uma minoria de professores que ficou em casa para ser intimidada. O mais grave não é isso: Maria de Lurdes Rodrigues está a ser a coveira do ensino em Portugal. Porque o mais grave é a revolução silenciosa que está a matar o ensino em Portugal: cada vez é maior o número de professores (nomeadamente os mais velhos e que estavam nas escolas apenas pelo amor ao ensino) a reformar-se. Há muito que o Ministério da Educação se transformou no Ministério da Reforma Antecipada. De professores e do ensino.

    FERNANDO SOBRAL…

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  68. 10 Novembro, 2008 20:08

    Quem sabe se o João Miranda lá do alto do seu palanque de biotécnólogo se é avaliado por artigos sobre a seborreia e a sua aplicação prática..ou seja os que investigam se fossem avaliados somente pelo número de patentes eu queria ver…

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  69. 10 Novembro, 2008 20:08

    só…

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  70. 10 Novembro, 2008 20:10

    ISCTE: Instituto Sem Cérebros Tiróides Endogãmicas

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  71. 10 Novembro, 2008 20:13

    O papel do professor é o de ensinar. O nosso ensino, a avaliar pelos resultados, é mau comparado com o de outros países. Pareceria uma medida lógica estudar como os melhores conseguem os seus resultados e copiar o sistema, em vez de tentar inventar a pólvora que, como é sabido, já foi inventada há muito tempo.
    Ora, em vez disso, entrámos no método experimental: 26 ministros em 34 anos, é obra!
    Sendo assim, qual a razão por que se envereda pelo confronto tentando impor um método que, inevitavelmente, coloca professores contra professores e lhes consome grande parte do tempo em tarefas burocráticas? Cheira-me que estará aqui a razão: dividir para reinar. E essa é pior das razões.

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  72. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 20:14

    O Bulimunda

    É o agitador de serviço..passa o dia na net. Pensa que vai atingir 10%. Os portugueses não são parvos, homem. os comunistas já não mobilizam operários, viram-se para os instalados da função publica.

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  73. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 20:16

    Portugal precisa de uma Escola Pública com qualidade! Só distinguindo desempenhos se escolherão os melhores. Os que não cumprem, devem abrir espaço para outros. Existem muitos candidatos, com valor, que estão disponíveis para se submeter à avaliação de desempenho.
    Encarregado de Educação

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  74. Pato permalink
    10 Novembro, 2008 20:21

    Esta só poderia vir de um cabotino como o João Miranda. Ainda se tivesse graça, vá lá, até poderíamos sorrir esforçadamente perante a brejeirice. Mas não, é mesmo só caca literária.

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  75. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 20:22

    Tudo bem que os blogues e em especial as suas caixas de comentários têm a suas idiossincrasias próprias, como já aqui sobre elas escorreu, e bem, o caro CAA à uns tempos atrás.

    Mas não deixa de ser “engraçado” ver as completas idiotices que por aqui se vão escrevendo no meio, claro de opiniões bem fundamentadas e estruturadas, quer contra ou a favor dos professores. A sua, JM, neste caso em concreto parece-me, sei lá… patética (ver dicionário) para que não pense que o insulto.

    Quer dizer você critica o professor de matemática por ele dizer que não conhece os programas de outras disciplinas. Critica mal. O professor, mesmo que leia e estude o programa de outra disciplina, tem consciência de que não tem competência para avaliar um professor de outra área disciplinar.

    Avalio eu, que este professor têm consciência do que anda a fazer e, por isso, neste item, dou-lhe 20 valores (avaliação à Marcelo R. Sousa).

    Deve ser por isso que o médico dermatologista não avalia o cirurgião.

    Muita gente que por aqui passa julga as escolas como empresas, o que se compreende face aos tempos que vamos vivendo. Mas não deixa de ser um erro de palmatória, se sobre isso quiserem reflectir um pouco mais aprofundadamente.

    Sou por uma escola pública de qualidade.

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  76. 10 Novembro, 2008 20:38

    “85% dos professores numa manifestação nacional e para alguns quem tem razão é uma senhora porque… SIM. E pronto! ”

    Sem discutir quem tem razão, esse argumento não colhe.Podiam ser 100%.

    Se o Governo estiver a acabar com um interesse corporativo é natural que a corporação conteste (em força)essa decisão, que poderá ser de todo justa.

    De qualquer forma noto uma evolução. A avaliação é positiva, esta é que é má. Deixo esta interrogação:

    Nestes anos todos os professoresa ainda não conseguiram, eles próprios ou os seus sacrossantos sindicatos, apresentarem um modelo justo, ideal, de avaliação?

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  77. Zenóbio permalink
    10 Novembro, 2008 20:40

    Carlos Fernandes,

    Para que central de desinformação trabalha o senhor?

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  78. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 20:41

    Também discordo do JM desta vez. Avaliação sim, mas uma patetice também não. Imaginava o JM a escrever postas demolidoras e divertidas contra esta avaliação. Não postas como a que escreveu. Parece-me que escolheu a barricada errada, onde dificilmente conseguirá escrever um post decente sobre o assunto.

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  79. 10 Novembro, 2008 20:43

    Para a central da pedofilia portuguesa instalada nas mais altas esferas…

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  80. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 20:43

    Se calhar o professor é como o Ferro Rodrigues e o PS relativamente ao segredo de justiça, que é sagrado.

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  81. Zenóbio permalink
    10 Novembro, 2008 20:45

    Carlos Fernandes,

    Quanto recebe de mesada do Ministério, à semelhança do inefável autoproclamado caudilho dos Encarregados de Educação, o Sr. Albino?

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  82. 10 Novembro, 2008 20:45

    De certeza que sabe ler. E equações também. Mas não é obrigado a conhecer o programa de outras disciplinas que o tempo não lectivo é para desempenhar outros cargos, não a omnisciência.

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  83. 10 Novembro, 2008 20:47

    «Carlos Fernandes Diz:
    10 Novembro, 2008 às 8:14 pm

    O Bulimunda

    É o agitador de serviço..passa o dia na net. Pensa que vai atingir 10%. Os portugueses não são parvos, homem. os comunistas já não mobilizam operários, viram-se para os instalados da função publica.»

    Esta é gira. Não pense que tenho algo contra si; por acaso até me fez sorrir, ao que lhe fico agradecido. Então o Bulimuda posta 5 comentários e leva rotulo de agitador comunista. Pela mesma ordem de ideias temos chamar socialista de serviço ao caro Carlos Fernandes.

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  84. 10 Novembro, 2008 20:48

    Já agora não passo o dia na net…ao contrário de certas pessoas que não o parecendo o são…deixe lá Carlos..dou-lhe este exemplo; Faça amor com a sua mulher…se atingir os objectivos s mesma terá orgasmo…senão leva nega..as evidências serão claras…a expressão da cara dela será por demais evidente se tiver obtido sucesso nos objectivos a que se prpõs…sabe a maior parte dos que por aqui pululam o que lhe faz falta é bom sexo…e sem isso rezsta-lhe os osbjectivos do trabalho…o que sewriam essa pessoas sem trabalho?..provavelmente apenas zombies catatónicos…a propósito não sou nem nunca serei comunista…nmas copm o caminho que o PS leva vai haver muita gente que se vai tornar….não me diga que a Manuela Ferreira Leite e o paulo Portas também são comunistas…?Trate-se…

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  85. 10 Novembro, 2008 21:01

    «PS-Isto já vai em 77 comentários. Ainda estou à espera que apareça alguém a explicar porque é que um professor, que tem por obrigação avaliar o cumprimento dos programas, ainda não os leu e ainda tem a lata de o confessar na televisão.»

    Quanto a mim, não faço ideia se para se saber se se cumpre o programa o basta ler. Se assim for, mais vale dar os sumários a alguém do pessoal administrativo para verificação. Poupa-se pessoal qualificado (mais caro). Ou melhor ainda, faz-se uma intranet com os conteúdos dos programas para o professor lá colocar um X quando o lecciona.

    A mim parece-me que ler o programa não basta para concluir sobre o seu cumprimento.

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  86. 10 Novembro, 2008 21:01

    Já agora Carlos fernandes vulgo TS ou jOSÉ sILVA OU AINDA Trabalhador da Silva ou ainda Benchmarking…bem vou dar uma que isto da net só faz calo no dedo…

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  87. JoaoMiranda permalink*
    10 Novembro, 2008 21:11

    ««Quanto a mim, não faço ideia se para se saber se se cumpre o programa o basta ler.»»

    Tenho quase a certeza que ler é melhor que não ler. Mas admito que no universo complexo do ensino português até faça sentido que existam avaliadores que se queixam de não conhecer os programas, apesar de para os conhecer bastar lê-los.

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  88. fofinha666 permalink
    10 Novembro, 2008 21:11

    “Ainda estou à espera que apareça alguém a explicar porque é que um professor, que tem por obrigação avaliar o cumprimento dos programas”

    E também a obrigação de avaliar o professor na componente científica. Isso significa o quê? Que tem a obrigação de tirar os curso das outras disciplinas (Biologia, Geologia, Física, etc.)? Quem lhe paga os cursos? – as Universidades de certeza que agradecem. E o tempo? Ou há uma sugestão de exploração do ser humano e obrigar o senhor a trabalhar de graça?
    Será que JM terá que reconhecer que o comentário feito está, em essência, incorrecto?

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  89. 10 Novembro, 2008 21:15

    «Tenho quase a certeza que ler é melhor que não ler.»

    Creio que isto precisa de clarificação. Esse professor disse que não leu o programa ou que não o conhece?

    É uma subtileza mas ter lido e conhecer-se são coisas distintas. Por exemplo, eu poderei ler um tratado de física quântica mas nem por isso passarei a conhecer o seu conteúdo.

    De qualquer das formas, se basta ler, continua válido isto: «Se assim for, mais vale dar os sumários a alguém do pessoal administrativo para verificação. Poupa-se pessoal qualificado (mais caro). Ou melhor ainda, faz-se uma intranet com os conteúdos dos programas para o professor lá colocar um X quando o lecciona.»

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  90. 10 Novembro, 2008 21:24

    «Depois de o PSD se juntar à fronda contra o processo de avaliação dos professores, competindo com o PCP e o BE, resta o CDS juntar-se à manada.
    O oportunismo político no aproveitamento partidário de protestos profissionais é terreno congestionado em período eleitoral…» (Vital Moreira)
    Para linguagem de universitário, não está mal. Manadas…
    Que seria do PS, em situação contrária, PSD no governo???

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  91. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 21:24

    O Alberto Mendes ( 14) esqueceu-se de dizer que até há um ranking das revistas e publicações científicas e que faz toda a diferença ser publicado em A ou B ou C.

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  92. 10 Novembro, 2008 21:26

    João Miranda, já agora para sabermos do que estamos a falar, esse professor ia avaliar que disciplinas?

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  93. Francisco Nunes permalink
    10 Novembro, 2008 21:58

    “PS-Isto já vai em 77 comentários. Ainda estou à espera que apareça alguém a explicar porque é que um professor, que tem por obrigação avaliar o cumprimento dos programas, ainda não os leu e ainda tem a lata de o confessar na televisão.”

    Caro amigo,
    venho, muito respeitosamente, dizer-lhe que esta agora foi muitíssimo infeliz. O Ex.mo e Ilmo Senhor João Miranda, como pessoa inteligente que é, não pode querer acreditar que a leitura de um programa pressupõe a certeza de que se conhece o programa e, mais complicado ainda! pressupõe a correcta aferição do seu cumprimento por parte do colega especialsta da área. Temo, por este andar, que o senhor engenheiro José Sócrates repare em si, se embeveça com sua sábia prosápia e, zás! o convide para Ministro da Educação deste pobre país.

    Um abraço já assustado e incrédulo deste seu,
    Francisco Nunes

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  94. MJP permalink
    10 Novembro, 2008 21:58

    Qualquer investigador estagiário julga que a investigação sem ele nunca fez nada. O mesmo se aplica a qualquer profissional. Também aos professores.
    Com o tempo, sorrimos do idealismo maravilhoso que sentimos quando inicámos a profissão. Não é desilusão, é competência. Aprendemos que o que julgavamos saber de inicio era só um princípio. Tal também se aplica aos professores.
    Um professor com experiência sabe que pode ler os programas de outras disciplinas, que até estão disponíveis na net. Eu leio. No entanto… dar aulas de Francês, com competência, para quem tem formação em Inglês, talvez não não vá lá com a leitura do programa. É um início, que não passa disso mesmo. Agora, ainda por cima, avaliar um professor de outra disciplina?
    Por detrás de todo este discurso simplista que por aqui se lê nota-se que competência, brio profissional está ausente. Os professores, pelo contrário, esforçam-se e gostam de ver o seu esforço recompensado. Talvez porque os resultados do seu trabalho se vêm no fim de cada aula.
    Estão enganados, a maioria dos professores pensa nos alunos em casa e prepara as suas aulas pensando em muitas das caras que vai ver na aula. A testa enrugado de um, a exclamação de satisfação de outro.
    Há, pelo que se lê, quem ande a trabalhar à tarefa, sem brio, sem orgulho e por isso não consegue valorizar uma profissão em que as pessoas – os alunos – é que contam.
    Não, não sei avaliar um professor de Matemática porque sou de Física. Sei que não basta despejar matéria, tal como se faz nas faculdades, porque as idades dos alunos obrigam a que saibamos adaptar os exemplos, as expressões, etc. ao que efectivamente conseguem atingir. Sei dar aulas de Física, nos dias em que sai bem. Há dias em que, apesar de muito trabalho, ou até talvez por isso, tudo sai errado e é preciso “ir buscar” os alunos ao nível onde estão, e não onde eu julguei que estavam quando lhes propus tarefas que não conseguiram resolver.

    Porque é que ninguém sugere uma avaliação igual à da Filândia? aprender com os melhores talvez não fosse má ideia.

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  95. Francisco Nunes permalink
    10 Novembro, 2008 22:09

    http://www.min-edu.pt/np3/56

    …De qualquer forma reitero o meu desejo de que o senhor leia a douta legislação que enforma o nosso magnificamente gerido sistema de ensino. Assim, caso lhe façam a justiça de o nomear ministo da educação, sempre pode vir aqui inspirar-se.

    Um admirador,
    Francisco Nunes (deculpe lá mais esta coisinha…)

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  96. Anónimo permalink
    10 Novembro, 2008 22:26

    Ricardo Diz:
    10 Novembro, 2008 às 6:49 pm
    Já agora, quando o João Miranda submete um paper, eles são revistos por Professores de Música?
    É assim que o peer review funciona consigo? Se é, a qualidade das suas publicações devem ser deliciosas.

    Esse argumento é perca de tempo, o JM também não acredita no peer review. Já imensas vezes o deu a entender a propósito do aquecimento global. Pago um jantar de Lagosta em que me mostre alguma coisa em que o JM acredite ou confie, por alguém ou alguma coisa que tome partido ou defenda, para além de coisas vagas e teóricas.

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  97. Amonino permalink
    10 Novembro, 2008 22:27

    .
    Talvez porque há Disciplinas que nem Programa nem Livros têm. Tal a volatibilidade da “coisa” que nunca foi FIXADA.
    .
    Apenas mais 2 comentários gerais a ter em atenção por inversão total de valores:
    .
    Hoje os examinados a sério e punidos são os Professores e não os Alunos.
    .
    Antigamente a porrada eram nos Alunos, hoje é nos Professores.
    .
    Porquê ? Para quê ? Que razões há para serem assim ?

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  98. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 22:46

    Porque é que quem passa o ano a avaliar tem receio de ser avaliado? Curiso. Muitos anos de laxismo deu nisto! Há que diferenciar desempenhos! O absentismo dos professores reduziu-se em mais de 50%. Porque será?

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  99. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 22:46

    Porque é que quem passa o ano a avaliar tem receio de ser avaliado? Curioso. Muitos anos de laxismo deu nisto! Há que diferenciar desempenhos! O absentismo dos professores reduziu-se em mais de 50%. Porque será?
    Como encarregado de educação, aplaudo esta Ministra!

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  100. Zenóbio permalink
    10 Novembro, 2008 22:51

    Eu acho que o Albino anda disfarçado de Carlos Fernandes. Eu também sou Encarregado de Educação e não subscrevo nada que essa figura sinistra vocifera.

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  101. L.Rosa permalink
    10 Novembro, 2008 22:51

    Eu também quero escolher o modelo para a minha avaliação….
    Sou eu que faço a avaliação, e, sou Bom… Bom… Bom.. Excelente… e acabou-se.
    Sua cambada de burros…

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  102. Amonino permalink
    10 Novembro, 2008 22:56

    .
    A 99)
    .
    Respeitando a sua preocupação válida, talvez a melhor avaliação fosse pelo PRODUZIDO, o RESULTADO FINAL DO TRABALHO DO PROFESSOR, medido por exames nacionais anuais, com 1 pergunta sobre cada capitulo da matéria. Um pouco o que se passa nas avaliações profissionais não-estatais. Sem empirismos e factores emocionais naturais de quem examina quem.
    .
    Deixando a liberdade a cada Professor para adequar o ensino diario a cada turma. Mesmo admitindo que essa nota de exame tivesse um peso apenas relativo na nota final do aluno e um peso especifico que considerasse o meio familiar e social de cada aluno. Por exemplo.
    .
    E claro conferir às Escolas poderes disciplinares para aguentarem um ambiente escolar normal que potencie melhores condições de aprendizagem na Turma e na própria Escola. Por exemplo.

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  103. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 23:09

    Todas as corporações procuram sempre dedender os seus privilégios. É assim com os militares, com os médicos, com os juízes, e agora com os professores. Que é qe têm em comum? São pagos com os nossos impostos. E os professores – uns por receio outros por incompetência – não querem ser avaliados. Mudar custa sempre. Quando construiram a linha de caminho de ferro Porto Lisboa os proprietários revoltaram-se. Achavam que o comboio não etria futuro e que punham em causo interesses legítimos. Fontes Pereira de Melo não foi na cantiga. Ainda bem!
    Agora muitos dos professores que contestam ainda vão agradecer à Ministra o facto de ter avaçado com a avaliação! Há que distinguir os melhores e excluir dos sistema os menos capazes. ha muitos candidatos ao lugar que estão disponíveis para a avaliação.

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  104. Carlos Fernandes permalink
    10 Novembro, 2008 23:10

    Porque é que o absentismo dos professores reduziu em mais de 50% nos últimos 3 anos?

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  105. L.Rosa permalink
    10 Novembro, 2008 23:17

    Eles os professores,
    não se entendem com as fichas…
    Que alguém, talves os alunos, lhes explique direitinho….
    Mas afinal, os professores apenas estão interessados no
    sucesso dos alunos, né?

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  106. Malha permalink
    10 Novembro, 2008 23:21

    Entidades externas a avaliar e mais nada!

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  107. 10 Novembro, 2008 23:28

    «Ainda estou à espera que apareça alguém a explicar porque é que um professor, que tem por obrigação avaliar o cumprimento dos programas, ainda não os leu e ainda tem a lata de o confessar na televisão.»

    Imagine-se um departamento que tem a seguinte constituição: Filosofia, Psicologia, Economia e afins, História, Geografia, Religião e Moral. Imagine-se uma escola que lecciona o 3.º ciclo e o ensino secundário. Imagine-se ainda que o coordenador de Departamento é o avaliador. [Nada disto é difícil imaginar, pois esta é a realidade das escolas]. Imagine-se que esse coordenador de departamento e avaliador-mor do departamento é um professor, por exemplo, de Filosofia. Imagine-se que ele, mesmo que subdelegue funções em subavaliadores das várias áreas, quer executar bem a sua função. Ele vai ter de avaliar, não só os professores da sua área, como os subavaliadores e a avaliação que estes fazem. Tudo muito fácil.

    Bem, mas para avaliar bem aqueles subavaliadores ele tem de dominar os programas lecionados naquelas áreas. Na escola que imaginámos, e da qual há centenas idênticas país fora, há, por exemplo, seis programas de História, talvez outros tantos de Geografia, mais três de Filosofia, não sei quantos de Religião e Moral, mais uns dois ou três de economia, mais um de Psicologia, mais não sei quantos de disciplinas afins (dos cursos profissionais). No mínimo, o extraordinário avaliador deverá dominar umas duas ou três dezenas de currículos.

    Eu sou professor e avalio os meus alunos. Tenho uma vantagem sobre eles. Tenho preparação científica de tal ordem que o acto de avaliar a aquisição do programa por parte do aluno não suscita qualquer problema. Mas para avaliar aquele programa que eu lecciono, não me basta saber ler. Eu não só sei ler, como o interpreto, como posso, a partir do domínio científico do currículo, imaginar situações onde o transmito e onde o avalio.

    Agora, imaginemos que sou eu, naquele departamento, que vou avaliar os tais professores que avaliam a transmissão do currículo por parte dos colegas. Eu terei de dominar melhor que os professores especializados em economia a economia, melhor que os professores especializados em história a história, etc. Mas não basta dominar o currículo de um ano ou dois. Eu tenho de dominar todos os currículos que são leccionados pelo departamento nos város anos, i. é, do 7.º ao 12.º ano.

    Como se percebe imediatamente, basta ler os programas para eu me tornar especialista e avaliador de pessoas que têm nessas áreas formação cintífica, que eu não tenho. E tudo isto é normalíssimo. Eu que não faço a mínima ideia dos conceitos estruturais da contabilidade, mas sou um especialista para avaliar os professores de contabilidade.

    Esta genialidade do ME choca com um pequeno detalhe, certamente sem importância: o especilista na avaliação do desempenho de professores nessas áreas cinetíficas todas não tem capacidade, porém, de leccionar aqueles programas aos alunos. Um professor de filosofia não ensina economia ou geografia. Eu dantes suspeitava que era por falta de habilitação científica. Mas agora aceito sugestões. Pode ser que me tenha escapado qualquer coisa.

    Resumo: faz todo o sentido que um professor que não tem capacidade científica para ensinar um programa aos alunos, tenha capacidade para avaliar os professores, cientificamente habilitados, no desempenho da leccionação desses programas, que ele não tem capacidade para ensinar.

    Já agora, sem querer ofender ninguém queria explicar que há ler e ler. Eu posso ler um programa de economia ou de contabilidade, mas isso não significa que eu o compreenda, tanto no seu conteúdo científico, como na sua estrutura didáctica. O mundo, mesmo uma escola, é mais complexo do que o julga o JM.

    Se o problema é da lata do prof. que confessa que não leu, estaríamos perante uma irrelevância. O máximo que se poderia dizer é que estaríamos perante um caso disciplinar (se isso fizesse sentido). O problema substantivo é outro: é o da lógica desta avaliação. E há uma coisa que está subjacente a ela e que o JM não percebe.

    É que se um professor tem o «dever» de avaliar tantos desempenhos de colegas de áreas científicas tão diferentes é porque o conteúdo científico deixou de ter qualquer interesse. É este o problema central da avaliação de professores. Ela reduz o ensino a um puro formalismo, onde os conteúdos científicos desaparecem e são apagados pela banalidade das chamadas competências transversais e outras idiotices inomináveis. E era isto que deveria preocupar pessoas que trabalham em ciência e não se um prof., em desespero de causa, diz que não leu os programas científicos que ele não pode, sublinho não pode, dominar, porque lhe falta formação científica, que ele nem sequer tinha a obrigação de possuir, nem a capacidade, mesmo que fosse um Einstein. Digo eu.

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  108. desalinhado permalink
    10 Novembro, 2008 23:32

    Este Sr. Dr. J. Miranda deve ter uma santa vida! Se tivesse mulher e 4 filhos para sustentar e andasse estourado como eu, não lhe sobravam energias para andar para aqui a falar do que não sabe . Na minha faculdade dizia-se que um doutor era um burro carregado de livros …

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  109. Mr. Hyde permalink
    10 Novembro, 2008 23:59

    O João Miranda pode ter muitos defeitos, mas ninguém o pode acusar de falta de coragem. Ao escrever criticamente sobre os professores, JM compra diatribes, vilezas e irracionalidades da corporação docente. Ainda se arrisca a que, nos nossos dias, repliquem um Concílio de Verona e entreguem a uns tais professores Ximenes e Torquemada, a sumária acusação e condenação do atrevido e herético blasfemo.

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  110. 11 Novembro, 2008 00:02

    João Miranda é “burro que nem uma porta”. De educação percebe tanto como eu de lagares de azeite!

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  111. Lagar permalink
    11 Novembro, 2008 00:19

    FM tu percebes mais de lagares, acredita!

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  112. DISTRAIDO permalink
    11 Novembro, 2008 00:33

    João,

    Caso não tenha reparado:

    1º – um professor tem a obrigação de ensinar e avaliara alunos;

    2º – Um bom professor da cadeira X, pode não perceber nada da cadeira Y

    Por exemplo, o João que percebe tanto de economia, ao ponto de entregar a sua vida, reforma e tudo mais ao mercado, já demonstrou que não sabe nada da arte de ensinar, sociologia, do big bang, etc. nem lendo sobre esses temas.

    Imagine como seria a sua avaliação de alguém que trabalhasse nestas áreas.

    enfim dado que leu, deve ter percebido …

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  113. 11 Novembro, 2008 00:35

    O acessório é sempre mais fácil e a caricatura é um gostinho. Com certeza que há maus professores. Pois não os há médicos ou juízes?! E para uma compreensão sociológica mais atenta era necessário acrescentar a efectiva heterogeneidade da classe docente…

    Mas o Joao Miranda perceberá facilmente (e fiquemos por este pedacinho!) que um professor de História (avaliador) não conhece, não pode conhecer (sem deixar de ser professor de História!), nem tem que conhecer a transmilenar área do saber que é a Filosofia (disciplina leccionada pelo avaliado), nem tão pouco as teorias que têm vindo a nortear, por esse mundo fora (desde Kant e Hegel, até Michel Tozzi), a didáctica da filosofia. Mas este professor de História tem, neste garboso modelo de avaliação, que, mais do que “ler o programa”, avaliar o desempenho científico-didáctico do professor de Filosofia! Agora o João Miranda, que foi à escola, retirará a consequência lógica destas premissas… Vá lá, não custa nada!

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  114. 11 Novembro, 2008 00:43

    Que beleza.

    Temos aqui uma e-assembleia em conflito. Uma comparação de e-pénis em que dá para ver que são todos dotados. E idiotas também. Estão mesmo a tentar chegar a algum sítio? Ou estão a fazer competição de dicionários para ver quem arranja as palavras mais caras?

    De nada vos valem as palavras caras, se o que dizem é sem valor, meus bananas.

    Bananas! BANANAS! São deliciosas e nutritivas. E são também os comentadores deste blogue. Comentadores bananas. Deliciosas são as postas. Nutritivo seria o bom senso.

    Bananas, tudo se resume às bananas.

    e-Bananas.

    Será que quando eu crescer, eu serei como vocês? Espero que não. Distância para as frustrações.

    E pronto, agora vou comer um banana a pensar em bananas.

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  115. antonio permalink
    11 Novembro, 2008 09:00

    “Isto já vai em 77 comentários. Ainda estou à espera que apareça alguém a explicar porque é que um professor, que tem por obrigação avaliar o cumprimento dos programas, ainda não os leu e ainda tem a lata de o confessar na televisão.”

    Alguma vez foi professor? Sabe do que está a falar?

    Você é demasiado “inteligente” para necessitar de explicações de 120.000 preguiçosos e chantagistas, de toda uma classe que não quer ser avaliada e todo esse paleio demagógico e desonesto de quem fala por interesse (por mais obscuro que ele seja)
    Vá ler você as centenas de moções aprovadas nas escolas contra ESTE modelo de avaliação e depois venha cá escrever outro artigo, já que se atreve a falar do que não conhece.
    Você não merece que lhe expliquem coisa nenhuma.

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  116. rxc permalink
    11 Novembro, 2008 09:38

    Digo e repito: a avaliação dos professores não faz qualquer sentido enquanto não voltar a haver uma verdadeira avaliação dos alunos, e um ensino que promova valores como o rigor, a exigência e o trabalho (isto já para não falar na excelência). Estes jovens são despejados pelos pais nas escolas, e a grande maioria não se preocupa em participar activamente na educação do seu filho (“os professores que tomem conta deles, é para isso que lhes pagam”).

    Esta desresponsabilização dos encarregados de educação, aliada à total falta de exigência em relação aos alunos (tudo lhes é permitido, visto que não podem continuar a ser “oprimidos” por esta sociedade cruel que não os compreende), imposta pelo ME para se embelezar as estatísticas (e com a conivência dos pais, via o seu representante, o sempre afável Sr. Albino), vai ter graves consequências no futuro desenvolvimento do nosso país. O futuro pertence a quem dominar o conhecimento e usar a tecnologia de forma produtiva (não basta encharcar os jovens com portáteis e banda larga). Com o estado actual da (des)educação, uma parte significativa do país não terá outro remédio do que ir assentar tijolo ou lavar pratos lá para fora.

    Boa sorte Portugal…

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  117. Luis B permalink
    11 Novembro, 2008 10:29

    Mas para saber se o professor está a seguir o programa é preciso tirar um curso? É assim tão difícl? Em certos países nem existem professores de matemática, física, inglês, geografia, etc. Existem professores de uma determinada área científica.

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  118. 11 Novembro, 2008 11:29

    O primarismo do comentador Carlos Fernandes é uma coisa por demais. Coitado, vive do ódio aos professores, é terapêutico termos um alvo para aliviar as nossas frustrações, algo qq qualquer psicologia de algibeira explicará.
    Estaremos nós na presença de mais um desses génios incompreendidos que povoam os gabinetes da 5 de Outubro? Ou tão-só de um moço de recados de uma qualquer assessoria governamental? O homem bem se tem desdobrado em comentários feios de arrogância moral, num tom intimidatório.
    Confesso que esta gente me provoca arrepios, sobretudo se os imaginamos nos corredores do poder. Pequenos Torquemadas deste nosso podre reino. O que eles mereciam era uma boa avaliação 😉

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  119. rxc permalink
    11 Novembro, 2008 11:45

    Luis B, é. Não estamos a falar de professores primários, estamos a falar de segundo ciclo e secundário. Caso contrário haveria um curso genérico de “professor”, que seria complementado pela leitura do programa das disciplinas que iam leccionar nesse ano. Não faz muito sentido pois não?
    Eu tive cadeiras de electrónica durante o meu percurso universitário, mas sei claramente que não teria lógica nenhuma avaliar o trabalho de um engenheiro de electrónica (a menos que seja apenas para fingir que se avalia).
    Já agora, queremos professores focados em dar aulas ou focados em avaliar os seus colegas? É que o número de aulas que o avaliador tem de presenciar pode assumir proporções surrealistas!

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  120. permalink
    11 Novembro, 2008 12:28

    É por isto que o joão miranda não passa de um punching bag…

    O joão miranda vem aqui, dispara uma atoarda, a clique dos trauliteiros bate palmas e, claro, chovem os insultos dos quais ele se queixa.
    No entanto o joão miranda, simplesmente ignora os comentários mais sérios que simplesmente destroem a sua opinião, bastantes vezes mal informada.

    O comentador de 10 Novembro, 2008 às 11:28 pm, o JCM, expôs muito bem a razão pela qual é contra a avaliação de professores como está definida. Ele argumentou e bem porque razão o episódio do professor que não leu o programa é imaterial. No entanto o joão miranda, ignora sistematicamente toda e qualquer argumentação mais racional para a qual não encontre um one-liner à guisa de resposta. Ora, isto não é de quem pretende um debate sério ou um bom ambiente num blog. Será que a única preocupação é a quantidade de comentários a um post?

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  121. 11 Novembro, 2008 13:52

    @1
    «Será que o Jm saberá avaliar tecnicamente um médico, um advogado, um arquitecto ou um engenheiro civil?»

    Um professor sabe avaliar as capacidades e técnicas pedagógicas de outro professor. As capacidades científicas não têm grande relevo pois, se não as tivesse, nem tinha passado à fase de estágio.

    @ 108
    «Bem, mas para avaliar bem aqueles subavaliadores ele tem de dominar os programas lecionados naquelas áreas. Na escola que imaginámos, e da qual há centenas idênticas país fora, há, por exemplo, seis programas de História, talvez outros tantos de Geografia, mais três de Filosofia, não sei quantos de Religião e Moral, mais uns dois ou três de economia, mais um de Psicologia, mais não sei quantos de disciplinas afins (dos cursos profissionais). No mínimo, o extraordinário avaliador deverá dominar umas duas ou três dezenas de currículos.»

    Sim e daí? Em que é que isso justifica o protesto de (supostamente) 85% dos professores? Muito claramente, descreveru a condição de “avaliador-mor” e não as dos sub-avaliadores nem, da esmagadora maioria, os avaliados.

    «Agora, imaginemos que sou eu, naquele departamento, que vou avaliar os tais professores que avaliam a transmissão do currículo por parte dos colegas. Eu terei de dominar melhor que os professores especializados em economia a economia, melhor que os professores especializados em história a história, etc. Mas não basta dominar o currículo de um ano ou dois. Eu tenho de dominar todos os currículos que são leccionados pelo departamento nos város anos, i. é, do 7.º ao 12.º an»

    Talvez tenha saltado essa parte quando leu na diagonal as leis… mas um avaliador tem de avaliar in loco no mínimo três aulas. Como isso está na dependência das partes avaliadoras e avaliadas, bem que podem ficar por aí. Se bem que eu, caso fosse professor, teria todo o interesse em que a minha avaliação (o meu direito a ser avaliado) fosse o mais correctamente execercido.

    «Eu que não faço a mínima ideia dos conceitos estruturais da contabilidade, mas sou um especialista para avaliar os professores de contabilidade.»

    Sim, pedagogia. Há 35 anos atrás podia-se estar a meio de certas licenciaturas para se dar aulas. E não se dava aulas a uma ou duas discilpinas, estava-se habilitado a dar aulas dentro de um departamente inteiro e acredite que essas pessoas não percebiam nada de alguns desses assuntos. ;as dava, as aulas na mesma, sabe porquê? Nada do que se dá na escola é ‘rocket science’. Oh, tão longe disso.

    «É que se um professor tem o «dever» de avaliar tantos desempenhos de colegas de áreas científicas tão diferentes é porque o conteúdo científico deixou de ter qualquer interesse. É este o problema central da avaliação de professores. Ela reduz o ensino a um puro formalismo, onde os conteúdos científicos desaparecem e são apagados pela banalidade das chamadas competências transversais e outras idiotices inomináveis.»

    Sinceramente, ou já passou há demasiado tempo pela universidade, ou não tem noção do que querem dizer “conhecimentos científicos”…

    Há para aí tanta boa gente cheia de conhecimentos científicos, mestres e doutorados, que se percebe claramente que os têm, mas que são autênticos zeros no que toca à transmissão de conhecimentos dentro de uma sala, zeros em no ensino, na pedagogia e na oratória. Isso não é só algo que um qualquer professor consegue avaliar. É também algo que qualquer aluno, passado uma semana, consegue avaliar. Lembre-se, para o ano, umas semanas após o início das aulas, de perguntar aos seus alunos o que acham dos seus professores. Os que são bons, os que são maus, os que usam técnicas das quais eles gostam e das quais não gostam, etc, etc.

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  122. 11 Novembro, 2008 14:00

    Sinceramente, os professores agora andam a pegar nesta coisa dos programas, mas o que eu acho mais estranho, é que as aulas avaliadas não sejam surpresa para o avaliado. Este tem todo o tempo do mundo para preparar excepcionalmente bem as três aulas sobre os três conteúdos programáticos/didácticos diferentes. O avaliador, quanto a este tal cumprimento do programa, nem tem de avaliar grande coisa.

    É evidente que este ponto da avaliação tem um cariz mais formal. Nem o avaliador está lá em 100% da aulas, nem, nalguns casos estará em sequer 3%. Mas se pensarmos nas aulas que tivemos, sobretudo as aulas na faculdade, percebe-se claramente o objectivo deste ponto. Todos tivemos professores, por muito bons que sejam cientificamente, que divagam e divagam e acabam por não falar sobre nada de interesse para o programa, embora até possa ter todo o interesse metafísico e whatever.

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  123. Anónimo permalink
    11 Novembro, 2008 14:37

    Quem és tu Miranda

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  124. Amonino permalink
    11 Novembro, 2008 16:55

    .
    As “pessoas” são menos que o seu “Pensamento”: as “carcaças” desaparecem, a energia das “Ideias” fica.
    .
    O “bota-abaixo” não tem efeitos, fenece no teclado de quem tecla.
    .
    Este Blog é meritório. Provoca debate ideológico, abordagens diferentes e informação.

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  125. permalink
    11 Novembro, 2008 17:09

    O JLS tem alguma razão naquilo que diz.
    Porém não concordo com a separação dos métodos pedagógicos do conhecimento científico.
    Um professor não é um formador e as suas competências vão muito além da “simples” transmissão de conhecimento.
    Seja como for, os métodos de ensino de uma aula de Português não são os mesmos de uma aula de Matemática. Bastaram-me 16 anos de aulas para perceber isso, portanto a avaliação de um professor de Filosofia por parte de um de História só poderá dar maus resultados. Também na Matemática sabe-se que muitos dos alunos transitam mal preparados para os anos seguintes e as causas para isso já foram sobejamente debatidas. Agora, um professor poderá ser o mais competente na transmissão de conhecimento científico, poderá ser o melhor pedagogo e até pode ter umas cadeiras de pedo-psiquiatria. Se os alunos forem mal preparados para a cadeira que este professor lecciona, como pode este ser avaliado?
    Penso que nenhum professor defende a não existência de avaliação mas simplesmente que esta não seja realizada nestes moldes.
    A avaliação, penso eu, deveria ser mista: a parte pedagógica realizada por entidades exteriores (mas da mesma área científica do avaliado) à escola e a parte profissional pelo conselho directivo.

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  126. 11 Novembro, 2008 19:27

    Como o macaco gosta de banana
    Eu gosto de tiiiii!
    Escondi um cacho debaixo da cama
    E comi, comi!

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  127. 11 Novembro, 2008 23:07

    By the way: o João Miranda já leu o comentário de JCM, de 10 Novembro, 2008 às 11:28 pm? Será que não basta ler? Não. É necessário interpretar! Boa exegese — coragem…, que é difícil!

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