Faculdade de Letras
15 Dezembro, 2008
Sendo um desconhecedor dos meios académicos da cidade de Lisboa, gostaria que alguém me explicasse qual é o papel da Faculdade de Letras na Nova Esquerda Manuel Alegre? fazem parte da coligação de todas as esquerdas que vai finalmente tomar o poder? Terão direito a quantos deputados? Ou cedem apenas o espaço para reuniões políticas? E quando cedem o espaço também emprestam o prestígio e a independência de um espaço universitário? Aceitam congressos de extrema direita ou só de estrema esquerda?
58 comentários
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lolol!
Bem visto.
Acho que a resposta à última pergunta é: “Extremas” só de esquerda. As “Extremas” de direita são… hmmm… muito extremistas. Não são “in”.
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A vanguarda espreita.Lentamente conseguiu “queimar” o país e agora é vão surgir as “soluções”.As ex-FP´s 25 já devem andar a limpar as 1000 G-3 que sempre andaram em boas mãos…
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A SIC tem um programa que vai à procura de notícias de há anos e que actualiza.
Nos tempos de inicio do António Costa como MAI, tempo esse em ainda se podia ler no DR a “nacionalização” da pobreza houve um que reganhou a “nacionalidade” e que se chamamva qualquer coisa…Fode.Que claro vinha para nos pagar a pensão quando o contribuinte estivesse na terceira idade.
O que andará a fazer o Fode?Quanto é que pagará?Andará a ser explorado pelo “sistema”?Será que o Vitinho do BP vai ser pago pelo Fode?
Por favor que a SIC nos informe…
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Não, ó caríssimo, sucedeu aquilo que acontece às casas abandonadas: essa também foi okupada.
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Muitas universidades hoje em dia estão à míngua de dinheiro e alugam os seus espaços a diversas coisas, nem sempre as mais recomendáveis.
Toda a gente entende que isso nada tem a ver com os supostos “prestígio e independência” da universidade. Tem apenas a ver com a necessidade de arranjar fundos.
No ano passado eu próprio estive na Faculdade de Letras de Lisboa, presente na Assembleia Geral anual de uma cooperativa da qual sou membro.
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hehehehehe bela questão !
deve ser uma questão de rebeldia juvenil, fica bem, está na moda e até dá um certo ar de intelectual. Grande parte dessa malta, aqueles que não conseguem garantir um qualquer tacho ligado à mama do estado, quando acabam os cursos o chamamento dos euros fala mais alto vão lavar e cortar o cabelo e no mínimo viram socialistas.
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Constituição do I Governo Constitucional da IV República¹
• Boaventura Sousa Santos – primeiro-ministro
• Francisco Louçã – vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, da Economia, das Nacionalizações e da Desintegração Europeia
• Manuel Alegre – vice-primeiro-ministro e ministro da Cultura, Pesca e Caça
• Luís Fazenda – ministro de Estado e da Justiça Popular
• Miguel Portas – ministro de Estado e das Brigadas de Auto-defesa e Bombeiros
• Helena Roseta – ministra do Bem-estar Social, das Comunidades e da Locomoção não Poluente
• Manuel Carvalho da Silva – ministro para a Alegria no Trabalho
• Ana Drago – ministra das Forças Armadas Democráticas
• Helena Pinto – ministra da Cooperação Externa e Emigração
• Paulo Sucena – ministro dos Professores e Assuntos Correlativos
• Carlos Brito – ministro da Terceira Idade
• Fernando Rosas – ministro dos Assuntos da Assembleia Nacional do Povo
• Joana Amaral Dias – ministra para a Igualdade
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E imaginem que um reles partido de uma reles direita usava aquele espaço. O que não diriam os alegres deste país?
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Não sabia .
JM
A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa sempre foi um baluarte das esquerdas , andava eu lá do outro lado da avenida carregado de Codigos disto e daquilo ( Fac de Direito ), e já daquele lado a coisa era assim .Sandinistas e tretas do genero.
Baluarte é forma de dizer .A malta deixa uns maduros tomar conta da coisa , e parece maior a sua legitimidade daquela que efectivamente têm.
Mas enfim … no entanto duvido que se fosse o PNR ou qq coisa dessas … ou mesmo o CDS a coisa tivesse provimento.
Sempre foi um estabelecimento balanceado para a esquerda , e um pouco alternativo.Mas é uma boa Escola do Saber .Quanto a isso nada a apontar.
O Louçã na Nova tb faz uns estragos na coisa , e o ISCTE balança muito pró PS .
Já agora, a minha Alma Mater tb alimenta muito o PS nos dias de hoje … tá quase em peso no Governo.
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A direita não precisa de “espaços”.A rua é que tem que ser dela.Nem que seja a caçete….
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Bom, de esquerda não sei. Eu que não sou de Direita, passei por lá era Reitor uma figura sinistra. Comunista. Barata-Moura. Estalinista, arrogante, intratável. Nunca me dei bem por lá e fugi para meios mais conservadores e dispendiosos. Já vão muitos anitos mas era irrespirável. Salvava-se o Soromenho Marques que até deixava citar Heidegger. Mas era um feudo do PC. Mudam-se os tempos, deve ter-se renovado e dado um osso ao Bloco.
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É de facto «assustador» para os socialistas e amigos o que se está a passar. Pode-lhes acontecer o mesmo que em 1985 com o PRD de Eanes. Coitados!
Como aqui já escrevi, Manuela Ferreira Leite arrisca-se a ser Primeira-Ministra!
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“Comunista. Barata-Moura. Estalinista, arrogante, intratável”
Ainda vai a tempo de brincar à caridadezinha, cedendo as salas…
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Caro João Miranda,
Já que falamos sobre independência das universidades, saiba que em Braga preparam-se para construir um centro pastoral católico no campus da Universidade Pública do Minho! http://www.diariodominho.pt/noticia.php?codigo=33995
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Desconhecedor dos meios académicos de Lisboa é eufemismo, ó Miranda. Que eu saiba a Aula Magna pertence à Universidade de Lisboa (Faculdade de Farmácia incluída). Mas também só cá ando há 10 anos, posso estar enganado. E ainda que pertencesse à Faculdade, ela não cede o prestígio: aluga-o. É por isso que não se fazem “get togethers” destes num cine-teatro. Está claro que se pode sempre dizer que uma instituição académica deve pairar acima destas coisas chãs das politiquices (ainda para mais fraccionárias), mas a independência só vem com os meios próprios e nos tempos que correm nem impróprios (do OE) quanto mais próprios.
E não se afoite com os extremistas: os de direita andam bem lampeiros pelos bares da Faculdade de Letras onde antes estavam os de esquerda. Adeus texêrte do Che, olá texêrte preta e bota cardada.
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Mais um triste episódio da esquerda vaidosa!
http://planetaspolitik.blogspot.com/2008/12/destro-pragmatismo-vs-sinistra-vaidade.html
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De extrema esquerda? aonde? aonde? 🙂
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Da extrema direita? aonde? aonde? 🙂
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que posta foleira! é tudo uma questão de carcanhol!
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Manuel Alegre
Excelente poeta
No entanto, gosto mais de arroz doce
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Que parvoíce pegada, na Aula Magna já assisti a concertos vários, a congressos e comícios partidários… Andam a nanar vocês?
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A Aula Magna não é da Faculdade de Letras: é de toda a Universidade de Lisboa.
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A Aula Magna pertence à Universidade de Lisboa e nao apenas à Faculdade de Letras. É palco frequente de concertos musicais e outras actividades culturais em Lisboa. Possivelmente alugam o espaço, e sempre são mais uns “trocos” para o orçamento da universidade. Ligar esta iniciativa a uma certa “esquerda universitária” não me parece de bom tom.
Já agora para os que nao conhecem, ao lado da Aula Magna nao está só a Faculdade de Letras, mas também a de Direito, onde aí sim todos os partidos politicos sem excepção estão amplamente representados. Pelo menos das poucas vezes que lá fui (já há uns anitos) nao faltavam cartazes de todas as “Jotas”. É muito provavelmente nesta ultima que começa a caminhada para a AR.
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Não é a “extrema-esquerda”… é a “esquerda-caviar”… aquela que domina o espaço intelectual.
Daí a Faculdade de Letras estar sempre aberta a estas iniciativas.
Ainda há em Lisboa, este grupo de pessoas que se acha intelectualmente superior…
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Mr. João Miranda,
Não provoque gratuitamente !
Vc. sabe muito bem que na Aula Magna, durante décadas, ocorreram comícios, espectáculos, concertos, reuniões, debates e até, em 1975, um comício do PDC-Partido da Democracia Cristã, bem como debates promovidos pelas “jotas” do PS, do PPD e do PCP, já para não lhe lembrar os comícios do MRPP, do MES, da AOC, etc, etc.
Qual é o seu problema com o que aí vem, em termos eleitorais ?
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Nas legislativas de 2009, ganhas pelo PSD, a esquerda parlamentar obteve quase 60% dos votos expressos. O PS, liderado pela sua ala esquerda após a queda em desgraça de José Sócrates, alcançou 32%, o Partido Comunista, 15%, e o Bloco de Esquerda, 12%.
Tais votações, nunca antes verificadas na história política da democracia portuguesa, criaram uma situação perturbadora: o partido mais votado não estava em condições de formar um governo estável, perante uma esquerda radicalizada e maioritária na Assembleia da República.
Procurando sair do impasse, o PSD tentou uma aliança pós-eleitoral com o PS, reeditando o Bloco Central, mas a liderança socialista estava agora entregue a personalidades das franjas mais esquerdistas, com visões da sociedade e do mundo muito próximas das do Bloco de Esquerda, especialmente vigorosas no rescaldo da crise económica mundial que em 2008 e 2009 se estendeu a todo o mundo, colocou em causa as referências ideológicas do capitalismo e provocou o revivalismo festivo de um marxismo que todos acreditavam já morto e enterrado.
A tentativa falhou e os partidos de esquerda avançaram com a Convergência das Esquerda, plataforma pós-eleitoral com maioria parlamentar e por isso com uma solução teórica de governabilidade.
Ao Presidente da República não restou outra solução senão indigitar o Dr Manuel Alegre para formar governo pelo que, pela primeira vez em Portugal e na Europa, a ortodoxia marxista-leninsta e a esquerda mais radical chegavam ao poder pela via eleitoral.
Temeu-se o pior e o governo da Convergência de Esquerda, animado embora das melhores intenções, não tardou a provocar o pânico social que os mais pessimistas previam.
As medidas fracturantes seguiam-se em catadupa. A pretexto da crise económica foi abandonado o compromisso do deficite das contas públicas; salários, pensões e prestações sociais foram aumentados, abolidas as propinas, taxas do sistema nacional de saúde, etc. De um modo geral, todas as medidas de responsabilização individual foram catalogadas de “direita” e revistas ou eliminadas.
Paralelamente, e num ambiente saturado de retórica “anti-capitalista” e de repúdio do mercado e do “neoliberalismo”, foram reforçados os controlos governamentais, sobre a actividade económica, e feitas várias nacionalizações “estratégicas” que implicaram massivos gastos públicos.
Algumas medidas eram populares, o consumo disparou e o governo experimentou um estado de graça, parecendo que um novo paradigma tinha sido inventado.
A factura veio a seguir. Começou com a dramática fuga de capitais, o investimento estrangeiro reduziu-se a níveis de 1975, o deficite das contas públicas superou os 8%, a inflação disparou para os dois dígitos e o rating de crédito do país baixou para CC, na escala da Standard & Poor’s, tornando caríssimo o acesso ao crédito internacional.
Para fazer face à espiral inflacionista, o governo estabeleceu o controle de preços nos bens essenciais, obtendo como resultado a quase imediata escassez de produtos e o florescimento do mercado negro, fenómenos aos quais o poder respodeu com acusações de sabotagem e consequente repressão sobre os agentes económicos.
Com dificulades em financiar um estado cada vez maior e impossibilitado de recorrer à desvalorização da moeda, o governo aumentou drasticamente os impostos dos “ricos”, designação com grande latitude que passou a incluir todos aqueles que ganhavam o dobro do salário mínimo, ou seja, toda a classe média.
O descontentamento não tardou e seguiram-se semanas de manifestações, algumas das quais violentas. Em 2010 o país estava paralisado e o governo, atribuía as culpas aos sabotadores e aos “poderosos”. A greve dos transportadores rodoviários, que paralisou por completo a actividade económica, foi a gota de água que fez transbordar o copo.
O governo propôs a instauração do estado de sítio. O PRnão aceitou e, numa dramática decisão, dissolveu a Assembleia da República e demitiu o Governo, nos termos do artigo 195.º da Constituição, exonerando também o Primeiro-Ministro, nos termos do artigo 186.º, considerando que, apesar da maioria absoluta no Parlamento, estava em causa o regular funcionamento das instituições.
Reunida de emergência, a Convergência das Esquerda recusou acatar a decisão, mergulhando o país numa gravíssima crise constituicional e social.
A contagem de espingardas começou e não tardou a ouvir-se o afiar das facas…..
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Mr. João Miranda,
Este seu post (tal como uns quantos igualmente seus), apatetado e só para marcar presença para suscitar comentários, está ao nível do que acabo de ler como “notícia” no Sapo: “Catarina Furtado não sabe estrelar um ovo !”
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Depois os sindicalistas é que não fazem nada. Imaginem a grande ocupação que este Lidador deve ter…
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.
e a seguir vai o PSD dividir-se também forçando a uma reorganização de toda a Direita. O Manel acendeu o rastilho e deixou as elites com as calças na mão. Andaram a dormir, agora aguentem-se.
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È verdade que o Barata Moura é isso- estalinista intratável e arrogante. Falta é acrescentar que também é uma nulidade.
O Barata Moura conseguiu a proeza de ser o único esquerdalho que ia sendo saneado da Faculade de Letras no PREC.
“:O)))
Mas aquilo, salvo raras excepções, é um antro de nulidades, daí que se perceba que só com candonga ideológica
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Mas afinal é na Aula Magna ou na Faculdade?
Se é na Aula Magna da Reitoria, é aluguer de espaço. Até alugam a seitas religiosas malucas, por isso…
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«também emprestam o prestígio e a independência de um espaço universitário?» (JM)
Não emprestaram, deram, pois o prestígio quando vai já não volta.
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Miss Zazie,
Os debates foram nas salas da Faculdade de Letras.
O “comício” de encerramento, na Aula Magna.
Seu,
“MRKBJRBcoiso, marialvamonárquico esquerdalho”, ou coisa parecida, como engraçadamente me tem tratado….
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Ah ! O seu Cocanha está graficamente esbelto, minimalista, e cada vez mais atraente nas imagens e nos textos concisos.
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Alegre esse “anarco-comunista-leninista-maoista” defensor da guerrilha urbana anticapitalista, mais conhecido como o novo “Chacal”, é militante do PS!
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Beijocas, caríssimo, mister anti-facista
“;O))
Mas olhe que o Cocanha está muito parado porque eu tenho outras tretas para fazer. E até tenho andado a postar aquele desgraçado fascista que acabou dentro de uma jaula e depois encerrado num manicómio.
Por isso, já vê, a estética é que me salva
“:O)))
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Esse “fascista” do Ezra Pound foi dos tipos mais geniais que existiu. É sempre preciso um grau de loucura e de pisar o risco para se fazer alguma coisa de novo na arte.
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Lidador Diz:
15 Dezembro, 2008 às 6:20 pm
Nas legislativas de 2009, ganhas pelo PSD, a esquerda parlamentar obteve quase 60% dos votos expressos. O PS, liderado pela sua ala esquerda após a queda em desgraça de José Sócrates, alcançou 32%, o Partido Comunista, 15%, e o Bloco de Esquerda, 12%.
Tais votações, nunca antes verificadas na história política da democracia portuguesa, criaram uma situação perturbadora: o partido mais votado não estava em condições de formar um governo estável, perante uma esquerda radicalizada e maioritária na Assembleia da República.
Procurando sair do impasse, o PSD tentou uma aliança pós-eleitoral com o PS, reeditando o Bloco Central, mas a liderança socialista estava agora entregue a personalidades das franjas mais esquerdistas, com visões da sociedade e do mundo muito próximas das do Bloco de Esquerda, especialmente vigorosas no rescaldo da crise económica mundial que em 2008 e 2009 se estendeu a todo o mundo, colocou em causa as referências ideológicas do capitalismo e provocou o revivalismo festivo de um marxismo que todos acreditavam já morto e enterrado.
A tentativa falhou e os partidos de esquerda avançaram com a Convergência das Esquerda, plataforma pós-eleitoral com maioria parlamentar e por isso com uma solução teórica de governabilidade.
Ao Presidente da República não restou outra solução senão indigitar o Dr Manuel Alegre para formar governo pelo que, pela primeira vez em Portugal e na Europa, a ortodoxia marxista-leninsta e a esquerda mais radical chegavam ao poder pela via eleitoral.
Temeu-se o pior e o governo da Convergência de Esquerda, animado embora das melhores intenções, não tardou a provocar o pânico social que os mais pessimistas previam.
As medidas fracturantes seguiam-se em catadupa. A pretexto da crise económica foi abandonado o compromisso do deficite das contas públicas; salários, pensões e prestações sociais foram aumentados, abolidas as propinas, taxas do sistema nacional de saúde, etc. De um modo geral, todas as medidas de responsabilização individual foram catalogadas de “direita” e revistas ou eliminadas.
Paralelamente, e num ambiente saturado de retórica “anti-capitalista” e de repúdio do mercado e do “neoliberalismo”, foram reforçados os controlos governamentais, sobre a actividade económica, e feitas várias nacionalizações “estratégicas” que implicaram massivos gastos públicos.
Algumas medidas eram populares, o consumo disparou e o governo experimentou um estado de graça, parecendo que um novo paradigma tinha sido inventado.
A factura veio a seguir. Começou com a dramática fuga de capitais, o investimento estrangeiro reduziu-se a níveis de 1975, o deficite das contas públicas superou os 8%, a inflação disparou para os dois dígitos e o rating de crédito do país baixou para CC, na escala da Standard & Poor’s, tornando caríssimo o acesso ao crédito internacional.
Para fazer face à espiral inflacionista, o governo estabeleceu o controle de preços nos bens essenciais, obtendo como resultado a quase imediata escassez de produtos e o florescimento do mercado negro, fenómenos aos quais o poder respodeu com acusações de sabotagem e consequente repressão sobre os agentes económicos.
Com dificulades em financiar um estado cada vez maior e impossibilitado de recorrer à desvalorização da moeda, o governo aumentou drasticamente os impostos dos “ricos”, designação com grande latitude que passou a incluir todos aqueles que ganhavam o dobro do salário mínimo, ou seja, toda a classe média.
O descontentamento não tardou e seguiram-se semanas de manifestações, algumas das quais violentas. Em 2010 o país estava paralisado e o governo, atribuía as culpas aos sabotadores e aos “poderosos”. A greve dos transportadores rodoviários, que paralisou por completo a actividade económica, foi a gota de água que fez transbordar o copo.
O governo propôs a instauração do estado de sítio. O PRnão aceitou e, numa dramática decisão, dissolveu a Assembleia da República e demitiu o Governo, nos termos do artigo 195.º da Constituição, exonerando também o Primeiro-Ministro, nos termos do artigo 186.º, considerando que, apesar da maioria absoluta no Parlamento, estava em causa o regular funcionamento das instituições.
Reunida de emergência, a Convergência das Esquerda recusou acatar a decisão, mergulhando o país numa gravíssima crise constituicional e social.
A contagem de espingardas começou e não tardou a ouvir-se o afiar das facas…..
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e em 2011 lá apareceu o golpe de estado como não poderia deixar de ser pois foi para isso que a deireita trabalhou durante os anos de 2010 respeitadora que sempre foi e é da vontade das maiorias ( quando o rio corre para o seu lado)
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O meu filho hoje tem uma tirada que nos desmanchamos a rir
“O Manel Alegre passa a ser conhecido no PS pelo chato
O PS é a aldeia dos irredutíveis gauleses e ele é o bardo, o Assurancetourix
Esta figura considerava-se um cantor genial
Os outros companheiros consideravam-no que calado é que era um bom companheiro”
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Caro João Miranda,
E o que dizer da intenção de construir um centro pastoral católico no interior do campus da Universidade do Minho?
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Deve ser para atrair as criancinhas…
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Pedro Morgado Diz:
15 Dezembro, 2008 às 8:50 pm
É para lembrar os 250000 mortos por Estaline, os 100000 na Guerra de Espanha e os 12milhões na Ucrânia -apenas por motivos religiosos- e ajudar a tirar as palas de burro da Esquerda manhosa e falida que explora milhões de trabalhadores pelo mundo fora.
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Agora imaginem o capitão Maltez tornar a aparecer com uma companhia da polícia de intervenção.O que não seria de matar saudades…
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Prepara-se uma noite grega. Os tais vândalos até uma televisão grega ocuparam.
O Governo? Será uma questão de dias. Afinal lutar a sério compensa embora alguns prefiram alegres debates e fugir a perguntas directas, simples e concisas.
Não estou naturalmente a falar deste blogue de que tudo ( ideológicamente ) me separa mas é uma das minhas leituras obrigatórias.
Boa noite.
Tem o link para o video da ocupação.
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MJRB Diz:
15 Dezembro, 2008 às 6:16 pm
Mr. João Miranda,
Não provoque gratuitamente !
Vc. sabe muito bem que na Aula Magna, durante décadas, ocorreram comícios, espectáculos, concertos, reuniões, debates e até, em 1975, um comício do PDC-Partido da Democracia Cristã, bem como debates promovidos pelas “jotas” do PS, do PPD e do PCP, já para não lhe lembrar os comícios do MRPP, do MES, da AOC, etc, etc.
Qual é o seu problema com o que aí vem, em termos eleitorais ?
Para João Miranda quando há um facto que não lhe agrade, ele não está com meias medias! Estrebucha logo!
Para os habituais leitores do blog , isto não estranha nem entranha.
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josé manuel faria Diz:
15 Dezembro, 2008 às 7:13 pm
Alegre esse “anarco-comunista-leninista-maoista” defensor da guerrilha urbana anticapitalista, mais conhecido como o novo “Chacal”, é militante do PS!
Meu carao parabéns pela sua sintese:
Nunca vi tanto disparate em tão poucas palavras
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Lidador Diz:
Meu Caro, você já pensou dedicar-se a escrever ficção na versão literatura de cordel?.
Talvez pudesse ter algum futuro.
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A.R.
Já me viu defender a extrema esquerda? Onde?
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A “estrema esquerda”, o rancor, a parvoíce e a baixa extracção …
Sem muito mais a acrescentar
Lidador,
“nacionalizações “estratégicas” que implicaram massivos gastos públicos”
A nacionalização de muitas utilities, áreas de bens não bens não-transaccionáveis, com enormes externalidades, monopólios naturais ou oligopólios, têm como consequência um aumento das receitas públicas e uma diminuição da carga fiscal suportada pelos cidadãos. Os lucros de muitas empresas cedidas aos grupos rentistas amorteciam muita da nossa despesa pública. Ao invés, hoje servem para nos extorquir dinheiro, para pagarmos mais impostos, e para piorar a situação, não conseguem reinvestir em nada de produtivo.
A aplicação das fantasias neoliberais é mesmo assim, quando diverge da realidade, é a realidade que está errada.
Cumprimentos
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Miss Zazie,
É isso: um elevado grau de “loucura” para se criar !
Ezra Pound, fantástico !
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Jofer,
Não estava de todo “admitido” por militantes, simpatizantes e votantes indefectíveis do PS, porque pensaram impossível, algo que desestabilizasse o partido. Vai acontecer.
E o PS tem muita culpa nisso, porque avaliza e incentiva não só “as medidas” de Sócrates, algumas penalizantes para os desfavorecidos, como também faz tábua rasa sobre escândalos antigos e recentíssimos protagonizados por militantes.
Já se percebeu há muito, que Sócrates, a continuar como PM, NÃO PODE DESVIAR-SE DUM RUMO, DE COMPROMISSOS que o atam a interesses extra-governamentais. Não pode ter maioria absoluta em 2009. Sócrates é desumano e guia-se por “pautas”. Perigoso.
Jofer,
Mr. JMiranda e muitos mais, não percebem e se percebem estão no seu direito de optar “por”.
Eu poderia estar quieto e calado, hipócrita e nada solidário, encerrado na “concha” dos meus privilégios e vida estável, mas perante crescentes e diversificados graus de pobreza que presencio ou sei que estão a acontecer, também por culpa deste governo, suportados por mentiras e marketing político “socialista”, mais uma vez vou intervir.
Entre apoiar gangsters conluiados e/ou tolerados por este governo (e vice-versa) e os mais necessitados, ultrajados, expoliados, achincalhados, opto, sempre optei por estar ao lado destes.
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“A nacionalização de muitas utilities, áreas de bens não bens não-transaccionáveis, com enormes externalidades, monopólios naturais ou oligopólios, têm como consequência um aumento das receitas públicas ”
Em teoria. Em condições ideais de pressão e temperatura. Em laboratório. Em ambiente controlado.
As mesmas condições que garantem que o comunismo é uma teoria política do caraças e que uma vez aplicado, traria a eterna felicidade, a igualdade, o fim da pobreza,etc,etc.
Na prática, a natureza humana mete-se de permeio.
Diga lá, M.Lopes, em que planeta, latitude, continente, galáxia, local, REAIS, isso que descreve, aconteceu.
E pergunte-se a si mesmo qual a razão pela qual tão belas teorias jamais se materializaram em resultados práticos a condizer, bem pelo contrário.
É como a queda dos graves, meu caro. Em teoria todos os corpos se despencam com igual velocidade. Mas é no vácuo. Na realidade, na natureza real, uma pena cai mais devagar que um piano.
Portanto aquilo que você descreve, funcionará no vácuo, se calhar. Mas no mundo real, nunca funcionou.
Tire conclusões.
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#8 – “E imaginem que um reles partido de uma reles direita usava aquele espaço. O que não diriam os alegres deste país?”
HÁ cerca de dois anos uma lista de estudantes foi difamada em toda a comunicação social e os membros ameaçados pelo reitor…
A lista candidatava-se à associação de estudantes da Faculdade de Letras.
Chamavam-lhes extremistas de direita.
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“Diga lá, M.Lopes, em que planeta, latitude, continente, galáxia, local, REAIS, isso que descreve, aconteceu.”
Em todos os países que padecem de um alto IDH, a provisão pública existe nos sectores não competitivos da economia (esses que referi).
Cumprimentos
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Seja concreto M LOpes.
Desça do vácuo sideral`e faça uma reentrada na atmosfera.
Diga um país real onde o estado seja o detentor das forças de produção e que seja um sucesso.
Que empresas?
E use a cabeça, por favor. O modelo soviético, o socialismo real, aplicou essa receita: TODAS as forças produtivas eram do Estado. TODAS!
Pela sua lógica, o paraíso deveria ter acontecido.
Mas não aconteceu a utopia deu ligar à distopia.
Porque terá sido MLopes?
Sabotadores?
Capitalistas acoitados nas sombras?
Falta de homemns novos?
Caraças, homem, os factos não lhe servem como prova?
Então o que distingue a sua utopia de uma religião?
Se ela não tem de responder perante os factos, responde perante quê?
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“Diga um país real onde o estado seja o detentor das forças de produção e que seja um sucesso.”
A questão a que dei resposta em cima foi clara. Caracterizei muito bem quais são os sectores que devem estar nas mãos do Estado.
“Que empresas?”
Melhor dizendo, que sectores: Rede de água; energia; correios; transportes colectivos; autoestradas; linhas férreas; telecomunicações; etc … Uma panóplia de sectores onde o mercado não é optimizador e que alguns grupos económicos conseguiram abocanhar. Sabe qual a diferença que paga de electricidade relativamente a outros países com empresas públicas? Sabe quantas vezes já pagámos a ponte vasco da gama? É mais ou menos isso que me incomoda…
“E use a cabeça, por favor. O modelo soviético, o socialismo real, aplicou essa receita: TODAS as forças produtivas eram do Estado. TODAS!”
Exactamente por isso é que falhou. Nacionalizou produções que não podia optimizar. Para cúmulo da ignomínia, veja lá que até expropriaram comunas!!!
“Caraças, homem, os factos não lhe servem como prova?”
Faça lá então a prova dos nove. Consulte a lista dos países mais desenvolvidos e veja qual o papel do Estado na economia.
Cumprimentos
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56
pode referir ao seu interlocotor do Campuchea dos Kmers Rouge , isso é que foi um sucesso do camandro .
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O vosso “argumentário” já esgotou o reportório de clichés, estribilhos e fobias colectivas.
Quando refiro a insustentabilidade de dar ao mercado certos sectores da economia (acima caracterizados) e me replicam com uniões soviéticas e khmers rouge, só posso concluir que continuar o debate seria apenas um exercício de caridade.
Cumprimentos
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