Sobre o Manifesto pela Despesa Pública I
Um grupo de 51 personalidades ligadas à esquerda e à extrema esquerda resolveu fazer aquilo a que chamam um Manifesto pelo Emprego. Ao que parece acreditam que “só com emprego se pode reconstruir a economia”. Atribuem a crise mundial às desigualdades, à especulação financeira, a mercados mal regulados e a escassa capacidade política. Mas depois dizem que a crise mundial é uma crise de contracção da procura, o que sugere que no tempo das desigualdades, da especulação financeira, os mercados mal regulados e da escassa capacidade política, a procura era elevada.
Para resolver o tal problema da contracção da procura propõem vigorosas medidas contraciclicas. Fazem-no com cerca de 9 meses de atraso em relação a Paul Krugmann, que o fez em Setembro passado, e fazem-no depois de todos os governos do mundo, incluindo o português, terem injectado quantidades colossais de dinheiro na economia (ainda não chega?). Note-se que a solução apresentada por estes 51 notáveis nada tem a ver com os factores que segundo eles causaram a crise. Eles não defendem a redução das desigualdades, nem o combate à especulação financeira, nem a regulação dos mercados nem o aumento da capacidade política. Defendem um vigoroso estímulo contraciclico, do qual os primeiros e principais beneficiários seriam, inevitavelmente, as grandes empresas de obras públicas, os especuladores financeiros e os tais políticos a quem se atribui falta de capacidade política. E quem pagaria essas obras públicas?
Não deixa de ser interessante que estes 51 notáveis considerem que projectos com “impactos favoráveis no emprego, no ambiente e no reforço da coesão territorial e social” sejam projectos na área das obras públicas, sobretudo na construção civil (beneficiando muito mais a Mota-Engil à custa do dinheiro dos contribuintes) como a reabilitação do parque habitacional (no preciso momento em que o mercado imobiliário está deprimido e a procura por habitação declinou), a expansão da utilização de energias renováveis (subsidiadas, obviamente), a modernização da rede eléctrica (ideia copiada das propostas americanas, onde poderá fazer sentido, mas aqui faz?), projectos de investimento em infra-estruturas de transporte úteis, com destaque para a rede ferroviária (isto leva ao TGV, que como se sabe não pára nem em Bragança nem em Faro, não contribuindo em nada para o aumento da coesão territorial. Nem para a coesão social porque o TGV será um subsídio dos contribuintes mais pobres às elites viajantes).
No fundo, os 51 notáveis acreditam que, se gastarmos agora o dinheiro que a economia privada vai ter que pagar no futuro sob a forma de impostos, em projectos que inevitavelmente terão retorno muito baixo ou negativo, ganhamos mais do que se deixarmos a própria economia privada decidir em que projectos vale a pena apostar agora, se é que vale a pena apostar em alguma coisa agora. O que nos leva à questão que a Helena Matos já colocou neste blog: qual é o currículo destes notáveis em matéria de escolha de investimento que os tornam particularmente habilitados para decidir em que é que todos nós, via Estado, devemos investir?
ORA NEM MAIS. Quem disse a estes senhores que eles têm moral para vir dizer este tipo de coisas?
Vão lá mas é mandar em casa deles.
Invistam em piscinas, automóveis topo de gama, LCDs, etc lá em casa.
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Gostaria de saber quantas destas 51 personalidades são economistas ou têm formação afim. Alguém me esclarece, por favor?
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A solução é acabar com a origem destes males todos: o ISCTE , esse alfobre do bolivarianos que só querem africanizar o país depois de terem feito a descolonização “entregando” pela cor da pele os territórios…
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“Um grupo de 51 personalidades ligadas à esquerda e à extrema esquerda resolveram”. Começas logo mal: Um grupo “resolveu”, não “resolveram”, pá!
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O que é notável, é o Público dar grandes prangonas ao manifesto dos não sei quantos e ter ignorado este.
Já agora qual é o currículo do João Miranda para opinar sobre o assunto?
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“Um grupo de 51 personalidades ligadas à esquerda e à extrema esquerda resolveram”. Começas logo mal: Um grupo “resolveu”, não “resolveram”, pá!
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E até o gay mor do “casamento” assinou.Para mim bastava esta assinatura para qualificar as restantes…
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E o Boaventura SS pá.Esse bolivariano de Coimbra que se calhar ainda sonha em plantar bananeiras, mandioca e café nos pinhais pá…
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Mais importante: Diana Mantra assinou?
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Os adeptos de planos quinquenais com eles a mandar e a servir-se que vão pelo buraquinho donde saíram ao mundo…
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Eu já discuti com um dos subscritores no arrastão, e a conversa dele está a ao nível da minha sobre este assunto: conversa de café. Mas ele é economista e subscritor e eu não sou. Até me sugeriu a construção de mais escolas, parecendo desconhecer que nós já temos 8 mil escolas (já tivemos 10 mil) e que não precisamos de mais. É sempre o mesmo impulso gastador: mais escolas, mais hospitais, mais estradas, mais comboios, mais, mais, mais….
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Deveria ser parida uma lei simples para político guloso: QUEM GASTASSE MAIS DO QUE O ORÇAMENTADO IA PRESO DE IMEDIATO!
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E então o que é legitima a intervenção da cambada que teve o poder para fazer qualquer coisa e que só nos enterrou ainda mais (os 28+1)?
A maior parte teve, de facto, o poder executivo para ajudar a transformar e a viabilizar o país. Todos falharam. Ora estrepitosa, ora clamorosamente (aceitam-se mais sinónimos), todos falharam, todos adiaram, todos se envolveram em comissões de estudo, em declarações de intenções, em think tanks e grupos de trabalho. E, voilá, lá esteve o país a marinar, à espera do D. Sebastião.
Os 51 não serão melhores (à atenção dos comerciantes de ganza e t-shirts do Che – descubram onde serão celebradas futuras reuniões!!!), mas, pelo menos, não cheiram a mofo (e nem todos a ganza, mind you) e a falhanço rotundo.
Ui ui, que já me cheira a rancho.
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#5 Rb “Já agora qual é o currículo do João Miranda para opinar sobre o assunto?”
Por esta lógica, ninguém que não seja economista pode opinar sobre os gastos dos dinheiros públicos. Não basta termos que contribuir compulsivamente para o bolo, como ainda não poderíamos opinar sobre como ele é gasto.
Não nos esqueçamos que é dinheiro de todos nós e não de uma qualquer empresa ou particular.
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O “D.Sebastião” pá… era mesmo preciso como pão para a boca!Primeiro “limpar” isto de traidoresinternacionalistas que escravizam os indígenas e depois evitar que isto vá à falência por gastamento do pouquinho que ainda resta e que tornará muito MAIS DOLOROSA A RECUPERAÇÃO futura.Tudo por Portugal nada contra Portugal!
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Já agora qual é o currículo do João Miranda para opinar sobre o assunto? Rb
Eu suponho que o JM tenha anos de pagamento de impostos. O que o torna muitíssio qualificado para comentar o modo como o Estado esbanja o seu dinheiro. Quem diz o JM, diz “eu” ou qualquer outro contribuinte.
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Os incompetentes que nos têm (des)governado nada têm feito pela “produção”.Dizem descaradamente que isso é com os “capitalistas”.Quando nos mais avançados e ricos países é o estado que promove as grandes empresas e organiza as grandes produções tecnológicas.Quem fabrica o airbus?Quem paga o I&D de novas tecnologias devidamente orientadas?Os nossos africanizadores o que gostam é de cimento e alcatrão… e de muitos pretos para mão de obra baratinha para os seus patrões…
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Gostava de sugerir este gráfico:
PIB Portugal 1976-2009, com enquadramento político
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Portanto é neste momento patriótico fazer abortar todos os investimentos não reprodutivos e só para dar lucro a aconstrutoras e empregar a africanidade.Parar tudo para “derrubar” os impérios do mal.E a partir daí reconstruir portugal para portugueses.Quem não se der bem que vá para áfrica…
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“Eu já discuti com um dos subscritores no arrastão, e a conversa dele está a ao nível da minha sobre este assunto: conversa de café. Mas ele é economista e subscritor e eu não sou. Até me sugeriu a construção de mais escolas, parecendo desconhecer que nós já temos 8 mil escolas (já tivemos 10 mil) e que não precisamos de mais. É sempre o mesmo impulso gastador: mais escolas, mais hospitais, mais estradas, mais comboios, mais, mais, mais….”
E a seguir no parágrafo seguinte, na entrevista seguinte tudo muda e falam de sustentabilidade…
A Esquerda é assim, sempre disposta a fazer como os Comunistas a falar de Democracia e depois a elogiarem a Coreia do Norte e o Irão…
“Os 51 não serão melhores (à atenção dos comerciantes de ganza e t-shirts do Che – descubram onde serão celebradas futuras reuniões!!!), mas, pelo menos, não cheiram a mofo (e nem todos a ganza, mind you) e a falhanço rotundo.”
Gonçalo os 51 defendem o que uma grande parte dos 28 fizeram nos últimos 30 anos!!! Isso é o mais hilariante e trágico desta história toda.
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Vejam a agricultura.Uma montanha de funcionários e políticos que vivem de “dar subsídios” mas nada organizam.Dizem que organizar a “produção e comercialização é com os “outros”…
Nada se produz tudo se importa com os agricultores indígenas a irem à falência…
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#14 e #16
Têm toda a razão, a minha pergunta era irónica. Se um biólogo pode opinar sobre as grandes opções estratégicas do país, porquê criticar o novo manifesto do emprego pelo facto de não ser de autoria exclusiva de economistas?
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Por exemplo nos matadouros instalados parece que poderiam satisfazer as necessidades da europa toda… com gajos tão bons a mandar acho que deveriam ser multiplicados.De cada um faziam-se dois ou três…
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“Note-se que a solução apresentada por estes 51 notáveis nada tem a ver com os factores que segundo eles causaram a crise.”JM
Só se fossem mentecaptos é que teria. Uma coisa de cada vez, caro João Miranda. Primeiro há que tratar das dores e com isso evitar que o paciente morra. Garantido isto, aí sim, vamos então tratar dos factores que causaram a crise.
Tu és tão inteligente e não consegues perceber isto?
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Mas o futuro defendido pelos bolivarianos é mesmo conseguirem colocar portugal a produzir mandioca e bananas no alentejo.Mão de obra conhecedora é o que mais por aí existe…
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Agora fazerem TGV´s com todo o material importado e com défices de exploração monstruosos isso não.Mais auto-estradas em que só os gajos dos carjaking podem andar também não.Assim organizem-se de outra maneira.Mas que não seja como fazer barcos que quase afundam nas provas de mar…
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O que deve ser exigido pelos cidadão que efectivamente pagam impostos e que são os únicos a lixar-se é:
1º- exigir a total profissionalização da função pública até Director Geral, inclusivé
2º- exigir o “embaratecimento” por reduções significativas da “representação” popular “interpretativa”.E dizendo logo quais as qualificações para os lugares para não virmos a ter “doutores” em simples juntas de freguesia…e a ganhar como tal(no tempo da outra senhora o serviço era feito de borla:Reduzir nas Câmaras municipais, AR e Regionais “tabelando” quem pode meter “assessores”
3º- Diminuir impostos, cortando “serviços”
4º-Acabar com o RSI nos actuais moldes e com as casas “sociais”
4º Fazer uma nova constituição
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Entretanto convinha que deixassem de aumentar anualmente por “nacionalizações” virtuosas em 30000 o número de pobres… Só isso “derruba” qualquer orçamento…então se o novo “nacional” tiver SIDA a 2000 euros/mês vejam quantos professores os gajos não têm que “avaliar” sem “exames nacionais” como dev ser…
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Estão a ver como os gajso que nos (des)governam não fazem contas?.São umas bestas como todas as outras mas armadas em sabichonas…
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Bom texto JM.
Só uma ressalva aqui “Um grupo de 51 personalidades ligadas à esquerda e à extrema esquerda” devias ter riscado “extrema esquerda” e colocado “esquerda da social-democracia” para não melindrar ninguém.
Esse manifesto cheira a URSS, é reacção ao anterior manifesto contra o tgv e tinha de ter obrigatoriamente mais pessoas a assinar. Estes métodos de decridibilizar algo têm décadas de existêcia, já deviam estar em museus…
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Mas…Notáveis de quê e porquê?
Ainda ninguém reparou, que nós estamos atolados nesta trampa até à raiz dos cabelos, ú nica e exclusivamente por causa destes pseudo-notáveis de merda!
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Desde hoje na presidência da UE
Primeiro-ministro sueco alerta governos europeus para ordem nas finanças públicas
O primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, apela aos governos dos países membros da União Europeia para que voltem a atenção para a necessidade de equilíbrio das finanças públicas.
Claro que há sítios que não se importam com ninharias até ver.
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Ele nao é apoiado por 51 reputados economistas.
Alguem já se perguntou sobre a incongruencia de estar a discutir os mega processos, quando a maior parte das economias mundiais parecem estar a virar o ciclo economico?
Quando estes projectos estivessem lancados e no terreno (minimo 1-2 anos?), já a economia portuguesa deles nao precisaria.
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Mas será que alguém já leu o Manifesto ?! É que só vejo verborreia facciosa contra os signatários… Será falta de argumentos ou ódio pessoal e político ?!
E alternativas ?! E ideias novas ?!
E eu, do alto da minha poltrona critico todos aqueles que ousam tentar…
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Já agora qual é o currículo do João Miranda para opinar sobre o assunto?
O Blasfémias cada vez esté melhor.
Um censura os posts que não lhe agradam.
O outro faz-se de cego e torna-se mudo.
E dizem-se liberais e democratas.
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O manifesto tem algumas coisas com piada:
“Estamos a atravessar uma das mais severas crises económicas globais de sempre. Na sua origem está uma combinação letal de desigualdades, de especulação financeira, de mercados mal regulados e de escassa capacidade política. A contracção da procura é agora geral e o que parece racional para cada agente económico privado – como seja adiar investimentos porque o futuro é incerto, ou dificultar o acesso ao crédito, porque a confiança escasseia – tende a gerar um resultado global desastroso. “
Nada sobre o papel dos bancos centrais, o papel dos estados na garantia de crédito fácil, os défices permanentes. Apesar de vivermos sobre toneladas de regulamentos, estes são maus. Deveriam ser bons e são maus – que azar.
“É por isso imprescindível definir claramente as prioridades. Em Portugal, como aliás por toda a Europa e por todo o mundo, o combate ao desemprego tem de ser o objectivo central da política económica.”
Virá algo sobre os bloqueios à contratação e sobre a rigidez do mercado de trabalho? Nem por sombras.
…
“A crise global exige responsabilidade a todos os que intervêm na esfera pública. Assim, respondemos a esta ameaça de deflação e de depressão propondo um vigoroso estímulo contracíclico, coordenado à escala europeia e global, que só pode partir dos poderes públicos. Recusamos qualquer política de facilidade ou qualquer repetição dos erros anteriores. É necessária uma nova política económica e financeira.”
Nas últimas décadas, a despesa pública nunca parou de aumentar. Em Portugal, idem. No entanto, a solução para uma crise surgida num ambiente de permanente aumento de despesa pública é aumentar ainda mais a despesa pública. Não vamos repetir os erros anteriores – vamos antes ampliá-los. E não devemos ser só nós – devemos exigir que isto se faça à escala europeia – chegou finalmente o internacionlismo socialista ou, em nomenclatura moderna, o internacionalismo despesista.
“Nesse sentido, para além da intervenção reguladora no sistema financeiro, a estratégia pública mais eficaz assenta numa política orçamental que assuma o papel positivo da despesa e sobretudo do investimento, única forma de garantir que a procura é dinamizada e que os impactos sociais desfavoráveis da crise são minimizados.”
E donde vêm os recursos? Dos impostos, diminuindo a capacidade de intervenção dos privados. Da banca, dificultando o acesso ao crédito dos privados. Mais público significa menos privado. Menos hoje e muito menos amanhã. Ainda acreditam em efeitos multiplicadores sem fim. São ultra-keynesianos radicais.
“Os recursos públicos devem ser prioritariamente canalizados para projectos com impactos favoráveis no emprego, no ambiente e no reforço da coesão territorial e social: reabilitação do parque habitacional, expansão da utilização de energias renováveis, modernização da rede eléctrica, projectos de investimento em infra-estruturas de transporte úteis, com destaque para a rede ferroviária, investimentos na protecção social que combatam a pobreza e que promovam a melhoria dos serviços públicos essenciais como saúde, justiça e educação.”
E sabem tudo. Sabem onde se deve aplicar os dinheiros que pretendem sacar aos contribuintes. Gente tão conhecedora deveria estar a criar riqueza em vez de consumir. A lista inclui todos os lugares comuns dos tempos que correm. Não falta nada: ambiente, energias limpas, justiça, saúde, educação e TGV. Tiveram que riscar a cultura, porque o PM abriu a boca na véspera, senão também cá estava.
“Desta forma, os recursos públicos servirão não só para contrariar a quebra conjuntural da procura privada, mas também abrirão um caminho para o futuro: melhores infra-estruturas e capacidades humanas, um território mais coeso e competitivo, capaz de suportar iniciativas inovadoras na área da produção de bens transaccionáveis.”
A crise é conjuntural, dizem, mas precisam de soluções estruturantes. Chamam aos recursos, recursos públicos – como se para os conseguir eles não fossem extorquidos aos cidadãos e empresas.
“Dizemo-lo com clareza porque sabemos que as dúvidas, pertinentes ou não, acerca de alguns grandes projectos podem ser instrumentalizadas para defender que o investimento público nunca é mais do que um fardo incomportável que irá recair sobre as gerações vindouras. Trata-se naturalmente de uma opinião contestável e que reflecte uma escolha político-ideológica que ganharia em ser assumida como tal, em vez de se apresentar como uma sobranceira visão definitiva, destinada a impor à sociedade uma noção unilateral e pretensamente científica. “
Reparem: contestam a opinião que as grandes obras serão um fardo incomportável para as gerações seguintes. De um conjunto de estatistas para quem o dinheiro é um bem confiscável em nome do desígnio do grande estado, isto até é natural. Nada é incomportável para quem pode sempre aumentar impostos. (se entretanto não matarmos o contribuinte dos impostos de oiro).
“Ao contrário dos que pretendem limitar as opções, e em nome do direito ao debate e à expressão do contraditório, parece-nos claro que as economias não podem sair espontaneamente da crise sem causar devastação económica e sofrimento social evitáveis e um lastro negativo de destruição das capacidades humanas, por via do desemprego e da fragmentação social.”
Talvez fosse bom ler agora as patacoadas que alguns destes senhores disseram e escreveram aquando da esquecida crise asiática dos anos 90. Era o fim do capitalismo, o fim do mundo como o conhecemos, não havia possível retorno ao crescimento, exigia-se um novo paradigma, adivinhavam-se as tragédias futuras. Passados dois anos, já ninguém se lembrava do que tinha acontecido. São muito bons, nas previsões.
“Consideramos que é precisamente em nome das gerações vindouras que temos de exigir um esforço internacional para sair da crise e desenvolver uma política de pleno emprego. Uma economia e uma sociedade estagnadas não serão, certamente, fonte de oportunidades futuras.”
Não em nome dos meus filhos, por favor. Há aqui gente que sempre defendeu as soluções que levaram à miséria e estagnação de dezenas de países e de milhões de pessoas em todo o mundo. Agora, querem usar as mesmas soluções para evitar a estagnação? É preciso ter lata.
“Julgamos que não é possível neste momento enfrentar os problemas da economia portuguesa sem dar prioridade à resposta às dinâmicas recessivas de destruição de emprego. Esta intervenção, que passa pelo investimento público económica e socialmente útil, tem de se inscrever num movimento mais vasto de mudança das estruturas económicas que geraram a actual crise. Para isso, é indispensável uma nova abordagem da restrição orçamental europeia que seja contracíclica e que promova a convergência regional.”
Como temos estado sistematicamente a viver em políticas expansionistas – ver o défice dos últimos 20 anos – propõem como solução uma política ainda mais expansionista. O brilho da sugestão é tão intenso que até cega. Estão aqui, estão a falar de planos quinquenais, estruturantes e estratégicos. Um novo paradigma.
E depois vemos quem assina isto. Uma colecção mal amanhada de comunistas (do PC e do Bloco) e de estatistas do PS, mais meia dúzia da intelectualidade de esquerda das universidades públicas. Porra! É nestas alturas que um ateu pode gritar: Deus nos livre desta gente.
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# 27
Permita-me que continue o seu pensamento:
5º – Matar os velhinhos (vulgo, “papa-reformas”);
6º – Deportar tudo o que é deficiente;
7º – Trabalhadores é despedir quando o patrão quiser;
8º – Aumentos só se for de trabalho.
Basicamente, cada um por si e o resto que se lixe ! É assim mesmo !
Como dizem os Brasileiros: “pimenta no cú dos outros é refresco ! ”
N.B. (deixei-me do tradicional P.S. para evitar confusões) – relativamente ao uso (absolutamente despropositado) das aspas: http://ciberduvidas.pt/idioma.php?rid=1283 .
Cordiais cumprimentos.
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37 # JCD
Você faça um “copy paste” desse seu comentário e pespegue-o na caixa de comentários do Arrastão, que aquilo lá está cheio de comentários mirabolantes dos subscritores do manifesto e seus apoiantes.
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Tenho dois amigos a discutir isto com muita seriedade aqui:http://mrtonyswasthyatales.blogspot.com/2009/06/o-portugal-dos-pequeninos.html
Esta discussão do blasfémias entra ao barulho lá no outro debate…
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Claro que não se esperava outra posição do Mirandinha. Mas a esquerda já lhe respondeu em vários sítios.
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jcd disse
1 Julho, 2009 às 5:04 pm
Excelente comentário.
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« O que nos leva à questão que a Helena Matos já colocou neste blog: qual é o currículo destes notáveis em matéria de escolha de investimento que os tornam particularmente habilitados para decidir em que é que todos nós, via Estado, devemos investir?» Citando João Miranda.
Caríssimos acabo de descobrir, através dessa iluminada afirmação/interrogação de Helena Matos, que cá, nesta terra lusa, o que faz as pessoas serem credíveis é possuírem currículos.
Eureka. Eurekaaaaaaaaaaaaaaaa.
Cá está a solução para todos os nossos problemas, CURRICULOS.
Por favor, quem me diz a mim que uma pessoa do contra-manifesto tem menos credibilidade que a do Primeiro? Vão cingir-se aos currículos?
Alguns desses Senhores já estiveram no poder e alguma, nada ou até mesmo pouca coisa fizerem.
Não estou com isto a defender, de forma alguma, os Senhores do Contra-Manisfesto. Lamento, isso sim, é que venham a resumir tudo isto (sustentabilidade do país – coisa pouca néh? -) a questões de currículos.
E assim caminha, lentamente, o pensamento dos portugueses.
P.S: é de lembrar que esses Senhores – mui curriculados – para quem não sabe, pois pode acontecer a alguns, já foram jovens o que não lhes tirou de forma alguma a credibilidade mesmo sem currículos ainda.
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#43
Os currículos são muito importantes para o (eng?) Sócrates. Ele é Novas Oportunidades, ele é Mestrados integrados, ele é 12º ano de escolaridade.
Vá, se aceita o curriculum do Primeiro Ministro, terá que aceitar o meu e o do palhaço Batatinhas também.
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No fundo, o que essas 51 luminárias propõem é apenas a sovietização do país.
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O curriculo académico de muitos deles é excelente em áreas fundamentais para este debate.
Têm de ser ex-ministros ou empresários para opinar? Explique-se.
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JOÃO MIRANDA E HELENA MATOS:
A crise não começou agora, é um facto.
A crise é mundial, é um facto.
Não está fácil encontrar soluções, é um facto.
Portugal precisa URGENTEMENTE de economistas sábios, com soluções na manga.
Façam o favor de prestar um favor á nação, apresentem as Vossas soluções, são sempre bem vindas.
Será bom principio para a critica que ela mesmo apresente uma alternativa, mas viável.
VIVA PORTUGAL.
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#45 «sovietização»
O bom da democracia é a liberdade de expressão.
O melhor é aproveitar para não dizer asneiras.
Seja responsável, use a liberdade com cuidado.
VIVA PORTUGAL
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#48 JMLM
Olhe, leia “O Caminho Para A Servidão” de HAYEK, para aprender qualquer coisinha disto, está bem?
Seja responsável, portanto, e não diga baboseiras.
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#49
Fica sempre bem no argumento invocar grandes temas e se possível nomes de “instrangieros”.
Gostava era de o ver explicar essa da sovietização.
VIVA PORTUGAL
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“Pagador disse
1 Julho, 2009 às 3:01 pm
A solução é acabar com a origem destes males todos: o ISCTE , esse alfobre do bolivarianos que só querem africanizar o país depois de terem feito a descolonização “entregando” pela cor da pele os territórios…”
Eu estudei no ISCTE e uma coisa que não faltavam eram gajas boas, vide a Carla Matadinho e profs. com ideias liberais, por isso, descubra outra causa.
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“José Barros disse
1 Julho, 2009 às 3:20 pm
Já agora qual é o currículo do João Miranda para opinar sobre o assunto? Rb
Eu suponho que o JM tenha anos de pagamento de impostos. O que o torna muitíssio qualificado para comentar o modo como o Estado esbanja o seu dinheiro. Quem diz o JM, diz “eu” ou qualquer outro contribuinte.”
Mas o João Miranda não é funcionário público?
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Este 51 espertalhões, ainda não perceberam que mais de 50% do desemprego não tem qualificação para o arranque de uma economia moderna?foi isto a herda que nos deixou a socialite? com educação de treta? população agarrada a direitos, mas muito pouco a deveres!
Qual quer governo que venha ou suspende a constituição por 2 anos ou vamo-nos continuar a atulhar na ,merda em que estamos. Viram como os comunistas votaram contra na Autoeuropa? e tiveram sorte com a decisão dos alemãis , mas na proxima è a deslocação pura e dura…………..
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#53
Concordo.
Ainda estamos á espera de ver as tais soluções milagrosas de Helena Matos e João Miranda, como grandes especialistas da matéria. Enquanto espero, convido o amigo Açoriano para beber um copo, ou mais , estou a prever uma espera longa.
VIVA PORTUGAL
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