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Tudo menos isso

28 Outubro, 2009

O tema hoje da TSF é Como tratamos os nossos idosos? Mas quais nossos? Estes paternalismos do possessivo dá-me cabo dos nervos. Pior que isto só a desrazoada mania que deu nas escolas e consultórios médicos de tratarem as mães das crianças por “mãe”. Vai uma pessoa tratar de um assunto e, de repente, umas criaturas que nunca nos viram nem mais gordas nem mais magras começam a tratar-nos por mãe. Eu sei que as tias sempre tiveram a maluqueira de achar que toda a mulher era tia delas e que falam do pai e da mãe delas como se o fossem de todo o mundo, tipo “o paaaii” a “mããee” assim por atacado.  A cereja no topo de do bolo são os “nossos idosos”. A primeira vez que ouvi este nosso assim aplicado foi quando entrevistava uma escritora e ,de repente, ela me diz que as pessoas que andavam melhor vestidas em Portugal eram “os nossos cabo-verdianos”. A que título ali caía aquele “nossos” como se os cabo-verdianos fossem um bibelot?Entretanto o “nossos” tem andado por aí e agora acaba aplicado aos idosos, transformado-nos numa coisa fofinha tipo os animaizinhos que “pedem para ser adoptados”, ou   tão politicamente correctos quantos os nossos livros, os nossos sonhos etc…

Por amor de Deus e do Saramago esta TSF beato-mariquinhas é que não. Antes a TSF do todos seremos  fedaeyen ou todos socialistas fiéis.

 

70 comentários leave one →
  1. Acção Directa permalink
    28 Outubro, 2009 12:17

    O que importa: a maioria dos nossos idosos passa Fome.
    Dados publicados hoje. Chamem-lhes idosos ou outra modernidade qualquer.

    Spartakus.

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  2. 28 Outubro, 2009 12:28

    “Pai nosso que estais no céu…”

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  3. José permalink
    28 Outubro, 2009 12:29

    Nos anos setenta, antes do 25 de Abril o então cripto-comunista José Barata-Moura, actual professor e ( ainda?) reitor da Univ. Clássica de Lisboa, cantava “Vamos brincar à caridadezinha/festa, canasta e boa comidinha”. Isso, antes de se dedicar às canções infantis, por onde a esquerda que escrevinha enveredou não sei bem porquê. Isabel Alçada é o exemplo máximo.

    Portanto, pergunta-se: os “nossos idosos” de agora passarão mais ou menos fome que os de antigamente? Não saberei dizer o que diz muito do regime que “os nossos governantes” nos prepararam.

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  4. Critico permalink
    28 Outubro, 2009 12:30

    helenafmatos congratulo-a por tocar nesse tema.

    Os idosos são utilizados como arma de arremesso politico e social, mesmo muitas vezes sem conteúdo.
    A verdade dura e crua é a de que uma grande percentagem dos idosos portugueses são tratados como “emplastros”, o trabalho que efectuaram numa vida de nada serve, apenas cobrir uma mísera reforma, muitas vezes nem um tecto decente têm,as casas são dadas a quem não esta em tal estado de debilidade,os idosos esses que morram numa cabana sem condições…
    É de lamentar a maneira como são tratados,em termos sociais muitas vezes “despejados” em hospitais pela dita família que os deveria acolher,ou lares onde os quais não se sentem bem,a cultura do homem idoso que tem sabedoria e experiência e merece respeito tem vindo gradualemnte a perder-se.E nem vou mencionar as condições em que os hospitais se encontram porque é do conhecimento geral.

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  5. Anónimo permalink
    28 Outubro, 2009 12:30

    é assim como quando alguém escreve os portugueses isto ou os portugueses aqueloutros.

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  6. IsabelPS permalink
    28 Outubro, 2009 12:39

    Por amor de Deus!

    “Os autores da investigação apuraram mesmo que três por cento dos inquiridos passou fome na semana anterior a responderem a estas perguntas.”

    Três-por-cento. Três-por-cento. Três-por-cento. São demais, convenhamos, mas a maioria????

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  7. helenafmatos permalink
    28 Outubro, 2009 12:50

    Não conheço o inquérito. Tenho contudo sérias dúvidas sobre a existência de fome nessas proporções seja entre idosos ou não idosos em Portugal. Não quer dizer que estejam bem alimentados. Muitos não podem e a outros não lhes apetece cozinhar. A alguns faltará dinheiro para medicamentos e comida mas duvido que tenhamos uma situação de fome dessa dimensão

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  8. ferrado permalink
    28 Outubro, 2009 12:50

    O sr MIRA AMARAL que trabalhou 1 ano e nove meses na CGD ficou com uma reforma de 18000 euros,,,,afinal os idosos sao ben tratados…e este sr ainda agora e presidente de um banco em angola e tb tem mais reformas……………..povo qt mais burro melhor, senao ja tinha compreendido esta democracia, isto so ja vai a mal

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  9. josé serra permalink
    28 Outubro, 2009 12:53

    a nossa helenafmatos não podia estar mais cheia de razão.
    eh eh eh…
    saudações

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  10. Anónimo permalink
    28 Outubro, 2009 12:57

    Público – 01 Abr 08. “Os cavalos libertaram-se. Os nossos filhos ainda não”
    Helena Matos

    A Helena Matos escreve. Costma falar sobre “os nossos filhos”. É paternalismo ou então trabalhava na tsf na altura

    Tem a certeza que nunca escreveu um texto em que falasse dos “nossos idosos”?

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  11. anónimo permalink
    28 Outubro, 2009 12:59

    “Pai nosso que estais no céu…”

    Esse nao é idoso…é eterno !!!!!!!!!!!

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  12. Anónimo permalink
    28 Outubro, 2009 12:59

    Helena Matos é beta -mariquinhas… tatatatata 🙂

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  13. 28 Outubro, 2009 13:04

    “Os nossos idosos”

    É mais uma expressão de má consciência e cinismo refinado, de uma sociedade que quer parecer boa e que sabe que é cada vez pior.

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  14. José permalink
    28 Outubro, 2009 13:07

    Tenho lembrança do tempo em que Mira Amaral desejava ter como carro…um Mercedes 200 Kompressor. Disse-o numa entrevista que guardo como recordação destas coisas. Era um objectivo de vida, nessa altura, quando ainda se encontrava no governo de Cavaco. Depois disso, não sei, mas o desejo, agora, deve ser um Porsche 911 Turbo. (perto de 200 mil euros).

    Para equilibrar, lembro o tempo em que Jorge Coelho era um mero funcionário menor da Carris, entrado por cunha e encarregado de instruir processos laborais. Outro que subiu na vida…

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  15. 28 Outubro, 2009 13:23

    peçam contas aos nossos Cains de trazer por casa… que sejam nossos ou não, que passem mal ou muito mal, o problema existe… muitos desses idosos, sobretudo os que vivem em grandes centros urbanos, porque aqueles que ainda têm uma casinha implantada num quintal, sempre podem cultivar umas batatas e umas couves, só viverão melhor se forem assistidos por associações para isso vocacionadas… não sei como é que a Helena poderia viver com 200 ou 250 € por mês e não são só os idosos, nossos ou sem ser nossos, que têm este problema, há também adultos e crianças a viver com menos de 180 € mensais à cabeça!

    sem pieguiçes, mas conscientes e exigentes, assim devemos encarar o problema

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  16. 28 Outubro, 2009 13:32

    Ao começar a ler este post da Helena, pensei que iria criticar a generalização que o pronome “nossos” tem subjacente, na medida em que os “meus” idosos (aqueles que me estão mais próximos), não são tratados necessariamente da mesma forma que os idosos “da Helena”. Afinal, não foi esse o objectivo do post, mas sim fazer uns floreados semânticos disparatados, tendo em conta a seriedade que a questão à partida lhe devia merecer. Enfim…

    PS: pelos vistos, como foi observado num post anterior, a Helena também já escreveu sobre os “nossos filhos”. Eu podia brincar e perguntar-lhe: já teve filhos com todos os seus leitores? Pois, eu sei que é uma piadola idiota, mas é a que me ocorre, inspirado pelo seu post.

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  17. Per Caso permalink
    28 Outubro, 2009 13:34

    Isso começou nos donos da bola,
    com o meu sporting, o meu sporting,
    e logo o meu benfica, sim, o meu benfica,
    e até já ouvi a um tolo qualquer a ir atrás
    esses, dizer o meu porto, quero já aqui
    o meu porto, ó ferreira.

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  18. 28 Outubro, 2009 13:46

    Bem… já que a Helena mete Deus e Saramago no texto, não resisto a referir (e, já agora, a recomendar) o best-seller de Lutero intitulado «EXPLICAÇÃO DO PAI NOSSO» (1517/8)…

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  19. Outside permalink
    28 Outubro, 2009 14:03

    Pescadinha de rabo na boca…

    A noticia da DECO merecia outra abordagem e outra SENSIBILIDADE mas enfim, mais do mesmo!

    “mas duvido que tenhamos uma situação de fome dessa dimensão” !!!

    Duvida porque desconhece, desde modo aceito esta sua conclusão!

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  20. António Carlos permalink
    28 Outubro, 2009 14:06

    A utilização da expressão “nossos idosos” é apenas uma forma Cristã de se referir à terceira idade (qualquer sacerdote utilizaria essa expressão na sua missa de Domingo). É por essas e por outras que não consigo compatibilizar liberalismo com conservadorismo (geralmente associado à Igreja Católica).

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  21. Pepe Salamargo permalink
    28 Outubro, 2009 14:07

    “Nossos idosos” é uma expressão de direita, ultrapassada.
    Politicamente correcto é dizer “as nossas idosas e os nossos idosos, como faz, e muito bem, a esquerda moderna.

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  22. zazie permalink
    28 Outubro, 2009 14:12

    «É por essas e por outras que não consigo compatibilizar liberalismo com conservadorismo (geralmente associado à Igreja Católica).»

    Claro que não. Eles são jacobinos internacionalistas e todos progressistas a apontar para o Fim da História.

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  23. Kolchak permalink
    28 Outubro, 2009 14:13

    Somos um povo que vive no limiar de dois complexos dolorosos: o de inferioridade; mais comum de exemplificar (p.ex. o trauma nacional que foi durante décadas, nunca termos conseguido vencer o eurofestival da canção); o de superioridade; que se percebe, por exemplo, na relação que mantemos com os países que no mundo falam Português.
    Não conseguimos encontrar o equilíbrio…!

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  24. zazie permalink
    28 Outubro, 2009 14:14

    O Pepe já deu a explicação- é uma expressão de direita ultrapassada.

    Eu iria mais longe- de direita reaccionária e beata, como também costumam dizer os progressistas de género neutro.

    Nunca esquecer que não pode existir colectivo na cabeça dos euzinhos liberais.

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  25. Anónimo permalink
    28 Outubro, 2009 14:15

    Acho que deu uma maluqueira à nossa Lena.

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  26. zazie permalink
    28 Outubro, 2009 14:16

    É, mas em entrando a nossa bandeira vermelha e verde já a HM se lembra do colectivo e não baralha com os pronomes possessivos.

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  27. indígena permalink
    28 Outubro, 2009 14:21

    Ou os “nossos idosos” pintam a cara de preto ou lixam-se…

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  28. zazie permalink
    28 Outubro, 2009 14:22

    Mas esta maluca até à conta de uma expressão anódina tinha de meter a bicada da pancada anti-islâmica.

    Desde quando é que se usa a expressão- fedaeyen?

    E, porque não todos irgun?

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  29. indígena permalink
    28 Outubro, 2009 14:22

    E se não votaramASntónio Costa então são um caso perdido…

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  30. Outside permalink
    28 Outubro, 2009 14:23

    Esta parte, esta pequena parte não descontextualizada, é que me tira do sério e só não provoca gargalhada geral devido à seriedade do assunto:

    (…) e a outros não lhes apetece cozinhar.(…) !!!

    Mas enfim, é como assume HM, não é jornalista, faz issso sim, Texros de Opinião!!! THANK GOD FOR THAT !!!

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  31. Outside permalink
    28 Outubro, 2009 14:25

    Caro Indígena, tudo o que atira recebe, ainda lhe pode ser dada a graça de ter um(a) net(a)o negr(a)o!

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  32. 28 Outubro, 2009 14:26

    Quem vos ouve falar até parece que os idosos em Portugal são umas fontes de sabedoria, despejados preconceito, prontos a fornecer aos mais jovens alicerces morais e éticos para a sua vida. Pois que não são.

    São na maioria analfabetos, que nada têm para contar, que criaram filhos que nem animais ao ponto destes posteriormente não hesitarem em deixá-los ao abandono em lares e hospitais. Movidos por crenças ridiculas são a maior condicionante de pensamento das gerações posteriores. Quantos mantêm casamentos de fachada por causa do que os velhos pensam? Quantas se afirmam puras por causa do que os velhos pensam? Quantos têm uma atitude hipócrita perante os velhos por causa do que eles possam pensar?

    Os idosos são os portugueses de ontem. Não muito diferentes dos de hoje.

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  33. Outside permalink
    28 Outubro, 2009 14:27

    #32

    Nem resposta mereces de tão abjecto é o teu pensamento !!!

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  34. 28 Outubro, 2009 14:35

    #33,

    Experimente a contrapôr em vez de insultar:

    Se foram bons pais porque os abandonam?
    Se foram bons profissionais porque não têm reforma?
    Se são referência porque ninguém lhes recorre?

    Os velhos dão muito jeito, principalmente quando os intrujas precisam de um carrinho novo ou de ir à terra buscar as batatas e o azeite.

    Não seja hipócrita.

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  35. ancião octagenário permalink
    28 Outubro, 2009 14:35

    20: “… A utilização da expressão “nossos idosos” é apenas uma forma Cristã de se referir à terceira idade…”

    Até nestas coisas da semântica do politicamente correcto os tugas do regime actual revelam ter um cérebro clonado da antiga cultura e mentalidade soviéticas; lembra-me o estilo elegante da prosa das revistas femininas de então (anos 70), onde se liam deliciosas crónicas intituladas “Por que razão os nossos homens são tão impacientes?..”, “Da importância das nossas mulheres não descurarem a aparência”, etc. Caramba, nunca vi povos tão siameses – os Tugas do regime actual e a extinta inteligentsia soviética; ao ler os jornais e ouvir os comentários num qualquer talkshow na rádio em Lisboa até parece que recuei no tempo e estou em Moscovo a ouvir uma palestra sobre a perestroika… Em Portugal, nem mesmo a hipocrisia sino-cristã dos nossos queridos mentores é original

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  36. zazie permalink
    28 Outubro, 2009 14:42

    Todos Irgun, sim. Era lindo. E com treino nazi, como eles tiveram que ainda deu para fornecerem instrutores para o Ira

    Caraças, estas coisas é que são a prova que um fanático muda de causa mas não muda de fanatismo- dantes o Camarada Mao; agora a Mossad.

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  37. zazie permalink
    28 Outubro, 2009 14:45

    “Ainda acabamos todos fedayeen ou socialistas”.

    Esta é que é de guardar para as memórias da migração das pancadas, sempre desejosas por nicho mais in.

    Pena foi que não a tivesse tido na altura em que os kibutz e as sociedades de crianças sem pai nem mãe, filhas da Israel socialista, eram o must da moda esquerdalha.

    Foi mesmo pena. Porque a genealogia de quem passa de maoista a mossadista é a mesma.

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  38. Outside permalink
    28 Outubro, 2009 14:50

    Ofendeu-se ?

    A sua generalização e arrogância de pensamento ofendeu-me a mim !!!

    1. Se foram bons pais porque os abandonam?

    Devo então deduzir que são pobres e não tem que comer por uma vingançazinha pessoal dos filhos ?
    E mesmo concedendo-lhe o direito de fazer essa absurda (mas infelizmente também possivel) analogia não julgo que MEREÇAM esse fim, se a família os abandonou, não devemos nós como sociedade fazer o mesmo !

    2. Se foram bons profissionais porque não têm reforma?

    Esta então é reveladora de um desconhecimento profundo das reformas que o estado dá aos reformados das classes mais primárias-ainda há meia duzia de anos nem a 30 contos chegava!!!-(que independentemente de serem trabalhadores possivelmente mais ligados a funções de mão-de-obra, não obstante merecem uma reforma que lhes permita vever com as minimas condições de vida)
    Estranho que não se revolte mais com aqueles “dosos” que sem serem definitivamente bons profissionais acumulam reformas de milhares de euros mas isso já não o choca!

    3. Se são referência porque ninguém lhes recorre?

    Não entendo o que pretende com a expressão referência, no meu entender referência é existirem e se ninguém lhes recorre meu caro é porque muito vai mal (como decerto concorda) neste país ou devo deduzir que pretende apinhá-los e esquecê-los!!??

    Hipócrita !!! Você não me conhece nem nada sabe da minha vida para do meu comentário retirar esse adjectivo!!!

    Repito o adjectivo que considerou insulto…da leitura dos seus comentários a sua linha de pensamento é abjecta !

    Fique bem (se puder)

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  39. Anónimo permalink
    28 Outubro, 2009 14:59

    Que post tão parvo

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  40. Zé Leitão permalink
    28 Outubro, 2009 15:00

    Que post tão parvo

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  41. 28 Outubro, 2009 15:13

    Não, não me ofendi. Tenho uma visão absolutamente desinteressada no que toca aos idosos.

    1) Se merecem ou não isso é outra história. Mas é um facto que muitos (senão a maioria esmagadora) dos idosos abandonados têm filhos. Que ao abandoná-los revelam serem uns trastes. Se são trastes quem os criou e o que os leva a abandonar os progenitores?

    2) Merecer é uma consequência. Merecem por serem idosos? A velhice é um posto? É óbvio que concordo que o Estado Social deve retirar essas pessoas do limiar da pobreza, mas não é disso que estava a falar.

    3) Não tenho (reafirmo) qualquer intenção para com os idosos. Apenas constato que a visão do idoso enquanto ancião não existe na sociedade portuguesa. Existe o idoso enquanto emplastro. Partindo do princípio que os portugueses são os filhos desses idosos…porque agem assim?

    Entendi chamá-lo de hipócrita porque eu apenas constatei a forma como se tratam os velhos em portugal, enquanto você veio dizer que o erro era da minha linha de pensamento. Não foi a minha linha de pensamento que trouxe os velhos até esta situação. Limitei-me a constatar que os idosos são uns trastes que ninguém quer ter por perto enquanto não fôr preciso dar a entrada para o T3 na Alta.

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  42. Critico permalink
    28 Outubro, 2009 15:29

    # 34

    Caro Vaclav Bretnikov, desculpe mas tenho de responder.
    Vai concordar comigo decerto quando disser que os idosos são portadores de experiência,até ai acho que estamos entendidos, se são ou não analfabetos, tal dependeu e muito dos governos que por aqui passaretaram, e pelos vistos hoje não se conseguiu ainda uma alfabetização adequada.
    O que se faz hoje é uma pseudo alfabetização nas escolas e culpa a ignorância antiga? Ao menos essa era menos materialista senhor e menos desprovida de falsa arrogância.

    E por serem analfabetos terão menos direitos de um fim de vida digno? Vejo por ai muito chico esperto com muitos extras estatais (parasitas) que nem se comparam em termos de contribuição destes idosos, que embora em campos, pescas ,fabricas ,certamente contribuíram muito mais que psudo intelectuais que para ai vagueiam não concorda?
    E em parte tal falta de cultura provirá dos média com programas de encher chouriços não concorda?

    E acho que o respeito pelos mais velhos é indubitavelmente sinal de cultura.Mesmo que alguns não nos transmitam muito conhecimento.

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  43. Critico permalink
    28 Outubro, 2009 15:29

    enganei-me,queria colocar como resposta ao comentário 32.

    #32

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  44. 28 Outubro, 2009 15:52

    para estes comerem à grande e à francesa, anda muita gente a comer mal para sobreviver:

    http://economico.sapo.pt/noticias/buscas-da-pj-incidem-sobre-construtoras-ligadas-a-ren-e-refer_72965.html

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  45. Anónimo permalink
    28 Outubro, 2009 15:53

    o Vaclav tem uma certa razão. a ninguém lhe apetece tratar do velhote que lhe arreou toda a vida. e penso que a isso não está obrigado. amor com amor se paga e o mesmo vale para a dor. os velhotes , muitos , foram novos horríveis. será que são esses os abandonados?

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  46. 28 Outubro, 2009 15:56

    Critico,

    Não tem de pedir desculpa. Por parágrafos:

    1) São portadores de experiência. Mas para mim (e não lhe peço que concorde) existe muita experiência sem qualquer utilidade. Os idosos portugueses são pródigos em acumular experiências de um sistema de valores presos a rituais, sem qualquer apreço pela compreensão. Do “é assim porque é assim”. Não concordo que se ponha no mesmo prato a alfabetização incompleta de hoje, com o analfabetismo de ontem.

    2) Toda a gente tem direito a um fim de vida digno. O post era sobre idosos, se fosse sobre parasitas do chico-espertismo, teria feito um comentário completamente diferente. Não misture, porque assim baralha e volta a dar e não chegamos a conclusão nenhuma. Não vejo que o trabalho manual tenha mais valor que o trabalho intelectual e se quer saber, até acho que o manual é bem mais pretencioso (porque batem com a mão no peito a dizer “que se fartam de trabalhar” muitas mais vezes) do que o trabalho intelectual.

    Quanto aos media: os programas da manhã para idosos são um bom exemplo se percebi o que defendeu.

    Para terminar: Não vejo que o respeito pelos mais velhos seja mais valioso do que o respeito por outro ser humano qualquer. Não acho que isso deva variar com a idade. Isso só na tropa, que é lugar para cavalgaduras.

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  47. Pi-Erre permalink
    28 Outubro, 2009 15:59

    Esta coisa de ser velho é uma grande chatice. É só doenças, desprezo, solidão. Enfim, isto não presta para nada, digo-vos eu, que já vou a caminho dos 100.
    Por isso vos aconselho com toda a sinceridade e para vosso bem: não queiram ser velhos! Não queiram, não queiram!

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  48. 28 Outubro, 2009 16:10

    é e é quem ganha o salário mínimo e que vai ter uma reforma mínima, que ainda tem de financiar a economia e as empresas!…

    http://economico.sapo.pt/noticias/patroes-querem-apoio-do-estado-pelo-menos-ate-2011_72978.html

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  49. helenafmatos permalink
    28 Outubro, 2009 16:15

    1) os idosos portugueses são diferentes dos idosos espanhóis, franceses….?
    2) os analfabetos de ontem deixaram um país mais rico do que aquele que encontraram. Os alfabetizados incompletos de hoje vão deixar um país mais pobre à geração seguinte

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  50. 28 Outubro, 2009 16:20

    1) Não sei, porque não os conheço (aos espanhóis, franceses, etc) . Só conheço os portugueses.
    2) Deixaram?! Em quê? Nem ontem, nem hoje, Portugal é construído por meia dúzia de anónimos que levam isto para a frente. O resto é paisagem, é lastro.

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  51. helenafmatos permalink
    28 Outubro, 2009 16:23

    Então será melhor explicar isso.
    Quanto ao ponto 2 Portugal tem há largas décadas estatísticas e divulgação de dados oficiais. Estão acessíveis. Veja por exemplo a dívida que vai ficar para as gerações futuras

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  52. Critico permalink
    28 Outubro, 2009 16:27

    # 46
    Embora não concorde com várias ideias que defendeu, no geral até gostei de ler o seu comentário.

    1-Em certa medida concordo que certa experiência seja de pouca utilidade,mas há sempre pormenores que se podem retirar dessa mesma experiência e retirar conclusões e utilizar a maxima “Quem não aprende a história esta condenado a repetila”- neste caso a uma muito menor escala.
    Sim,mas alguns valores que incutem dignidade na sociedade,algo que hoje se vai perdendo em detrimento do progresso.Progresso ou simplesmente evolução sob a qual a Ética tem sido a espezinhada?
    Peço-lhe que não interprete o meu comentário como generalização,mas como uma tendência óbvia.
    Incompleta não,muito incompleta e como constatei,corrija-me se estiver errado defende o espírito critico tal como eu e não lhe parece que alem de muito incompleta falta implementar espírito critico no ensino? A alfabetização de ontem pode ser a pseudo alfabetização de amanha.

    2-Mais uma vez concordo em parte,o trabalho intelectual tem bastante valor como é obvio,contudo muitos pseudo encostam-se a isso,não retirando o mérito a quem de facto pensa.Agora separando o trigo do joio, os trabalhadores laborais também são de vital importância para o pais e não devem ser apenas tratados como “mão de obra”,caso que não deverá ser o seu pelo que denoto.

    Media: Referia-me a esses mas tal poderia ser mais extenso.

    Não,agora esta a misturar as coisas,eu falei somente no respeito pelos idosos, não pelo respeito de humano para humano.
    Respeito pelos idosos é fulcral tanto para a dignidade do Homem como para moldar e incutir bons exemplos nas gerações vindoiras.
    Ou como referiu no primeiro comentário,que “criam filhos como animais”,sem querer descontextualizar a expressão,tal se for transmitido de geração em geração nunca se erradica tal.
    E com isto conluio.

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  53. 28 Outubro, 2009 16:27

    E lá nesse sítio onde guarda os gráficos, não existem alguns sobre: alfabetização, niveis de vida, rendimentos per capita, saúde pública, cuidados de saúde primários, violência doméstica, alcoolismo, liberdade de imprensa?!

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  54. 28 Outubro, 2009 16:32

    Vaclav Bretnikov, pode dizer-nos qual a sua nacionalidade, tendo em vista uma comparação dos nossos com os idosos do seu país?
    Se é o que eu penso, há muito para contar, não tenha dúvidas…

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  55. helenafmatos permalink
    28 Outubro, 2009 16:33

    53. Exactamente. E tudo indica que niveis de vida, rendimentos per capita, saúde pública, cuidados de saúde primários baixem num futuro próximo. As reformas também.
    Quanto à liberdade de imprensa já baixou.
    A violência doméstica – que antigamente era tolerada pelos costumes – tem neste momento forte tolerância legal.

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  56. Outside permalink
    28 Outubro, 2009 16:39

    Exma. D. Helena Matos, não é só discordar (se bem que com grande generalidade dos seus textos acontece), desta vez subscrevo o seu comentário #53.

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  57. caramelo permalink
    28 Outubro, 2009 18:00

    Ainda não percebi bem, bem, qual é o problema de usar o “nossos idosos”. Parece-me um bocado de implicância. Ou então, é esta onda que deu agora à malta de fazer exercícios de exegese. Eu parece-me que quem inventou a malfadada expressão, que agora se vê num sarilho linguístico e moral, apenas queria referir-se à forma como são tratados, pelos familiares e pelo estado, os idosos que vivem neste país chamado Portugal. Também há as “nossas crianças”, os “nossos engenheiros”, os nossos politicos”, “as nossas praias”. etc.

    49.
    2. De “ontem” quando? e quais são os de “hoje”? É que ontem é desde dia 27 de Outubro de 2009 até ao momento em que apareceu o primeiro australopiteco na serra da estrela. E quanto ao hoje, dia 29, no momento convivem três ou quatro gerações. E isto um gajo tem de ser mais ou menos preciso a atribuir responsabilidades, acho eu.

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  58. caramelo permalink
    28 Outubro, 2009 18:17

    Ups hoje é 28, né? A Helena Matos confunde-me ,)

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  59. JOSE MANUEL VIEIRA permalink
    28 Outubro, 2009 18:38

    A TSF já foi,agora é do Sr.Paulo Baldaia.
    Os idosos na sua grande maioria estão entregues ás IPSS da caridadezinha.
    Piscoiso tem muita razão !

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  60. 28 Outubro, 2009 18:47

    Bom post, Helena.

    O sítio ridículo em que “isto” se tornou também passa por “piquenos” detalhes como aqueles que refere.

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  61. Isabel Coutinho permalink
    28 Outubro, 2009 18:59

    “Nosso” é pronome possessivo que em português, e no contexto em que aqui é empregue, significa tudo o que é português (ou que está à nossa volta). Logo, não me aflige absolutamente nada.

    E qual é o problema com pai, mãe, tios, avós, primos, etc. São relações de parentesco que, se correctamente usadas, não têm nada de errado.

    Detesto, sim, que me chamem “idosa”. Porque não “velha”, que é a palavra correcta?

    Também detesto os diminuitivos errados: velhinha, (idosazinha, diz-se?),criancinha, doentinha, pobrezinha, etc., etc. O diminuitivo faz isso mesmo: diminui a pessoa. A não ser que se trate de uma manufestação de ternura pessoal.

    O “politico-socialmente correcto” é que criou estes disparates. É como chamar “centro de saúde” a sítios onde só vão doentes.

    Falemos português sem preconceitos ou mariquices.

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  62. 28 Outubro, 2009 19:13

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  63. 28 Outubro, 2009 19:41

    What About Gay Marriage?…Mais importante que o défice..a educação…o desemprego….a miséria social…


    Mas esta sociedade de objectivos e produtividade a todo o preço tem lugar para velhos…? Nã…este mundo não +é para velhos…gás com eles…não trabalham e são uma fonte de despesa inútil dizem os liberais e neoliberais…

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  64. 28 Outubro, 2009 20:31

    por exemplo o que nos chega de França, isto não se faz a este sr que tem mais de oitenta anos… que idade tem o Zé-ed dos Santos?

    http://www.mediapart.fr/club/blog/paul-baringou/281009/angolagate-pasqua-fait-appel

    filhos da p.!…

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  65. caramelo permalink
    28 Outubro, 2009 20:38

    62.

    Isabel Coutinho, já eu, quando lá chegar, apenas admito aos mais intimos que me tratem por “velho”. Fora isso, ficam todos os politicamente incorrectos já avisados, quem me tratar por “velho” leva uma bengalada nos cornos. Não sou assim tão solto, moderno e desprendido de convenções sociais. Já transformar os “Centros de Saúde”, em “Centros de Doença” é engraçado e pode fazer rir a velhada, que anda bem precisada.

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  66. Pi-Erre permalink
    28 Outubro, 2009 21:24

    .
    Ó Vaclav Bretnikov
    Vé lá se aprendes alguma coisa, ó ignorante:

    Número de Chamada
    37.014.22 P281e
    Autor Principal Paseyro, Ricardo
    Título Principal ELOGIO DO ANALFABETISMO
    Publicação Mem Martins : Europa – América , 1989 .
    Descrição Física 176p. : il
    Série Estudos e Documentos ; 257
    Notas Tradução de : E’loge de A’Analphabetisme a l’usage des faux lttres Inclui bibliografia
    ISBN 972-1-03168-2
    Assuntos Alfabetização

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  67. Pois É... permalink
    29 Outubro, 2009 04:19

    .

    A coisa é esta: Portugal está falido. Como tratar de quem tem fome é uma questão dific´lima de resolver. As pessoas andam envergonhadas de miséria e só não vê isto quem é insensível ou indiferente, para não lhes chamar nomes bem feios, de besta para cima.
    E a responsabilidade desta situação é do 25 de Abril e de todas as bestas que nos têm vindo a roubar.

    Nuno

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  68. Salazar permalink
    29 Outubro, 2009 14:26

    Estou ausente… mas presente!

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  69. Tribunus permalink
    29 Outubro, 2009 15:58

    Os cuidados continuados, foram ontem e hoje muito bem tratados por 2 senhoras que nuca vi, que pretendem ter uma organização, que não cheguei a perceber, quem a sustentava para tratar da saude aos idosos! ora quando os hospitais colocam na rua os idosos
    que se atrasam a não irem embora depois de tratados, parece que esta furia de cuidados sociais está a cair numa palhaça em que 4 anos de governo, não apresentam curriculum na materia, num negócio paralelo a tantos outros. Voluntaridao, niguem fala nem pratica, como se espreme o contribuinte para tanta cobertura social, sem controlo?

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