HABIT(U)AÇÃO
24 Janeiro, 2010
“Cada vez que uma família se vincula a uma casa – habitação própria, alugada ou de renda social – compra a sua própria escravidão.”
Na Rádio Renascença.
37 comentários
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“Cada vez que uma família se vincula a uma casa – habitação própria, alugada ou de renda social – compra a sua própria escravidão.”
Na Rádio Renascença.
” E uma casa é a coisa mais séria da vida.” Ruy Belo
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É verdade, é verdade. Mas dormir na rua também não da jeito nenhum. Principalmente com estas chuvas que têm caído.
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Parvoíce de quem não sabe do que fala.
Eu moro em casa própria. Comprei-a há mais de 30 anos, a pronto, com o meu dinheiro, sem recorrer a crédito bancário.
Não tenho culpa de ter nascido rico nem sinto quaisquer complexos por nunca ter comprado “a própria escravidão”, como lhe chama o autor do leviano post.
Há sempre situações que fogem à “filosofia” dos fala-baratos.
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São estes os “lideres” formam a opinião
O que ele propoe? – viver na caverna ou viver num hotel?
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È este tipo de pessoa que forma a opinão publica^
O que propõe?
Viver na caverna ou viver numa pensão estrela?
Convido que venha aqui dizer a sua opção
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à procura de casa:
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Escapa-lhe a situação de quem vive em casa alugada, fora desse quadro das rendas antigas, que não serão tão minoria como pressupõe.
De qualquer modo, não me parece que tenha de ser considerada escravidão, o pagamento de uma renda firmada livremente num contrato de que se têm benefícios reais.
Será o mesmo que dizer, que todos os contratos são uma escravidão.
Como o casamento, por exemplo.
Será?
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Palpita-me que alguns ilustres comentadores estão a dar uma opinião puramente reactiva sem terem lido, no site da RR, o texto linkado.
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Vou viver para o yate do meu amigo Madof, agora que está parado
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Tem toda a razão, Paulo! A habitação, em Portugal, é um problema tão complicado que é uma escravidão, é sim! Aqui na Holanda vejo as pessoas a comprarem, venderem ou a alugarem casa aqui e ali, só com o rendimento do seu trabalho, sem que isso se transforme , como tantas vezes em Portugal, numa tragédia. As circunstâncias mudam e as pessoas mudam de casa, simplesmente, sem drama. (vende-se uma casa por não se gostar de um vizinho, sem dramas). Ainda não percebi porque é que em Portugal ter um sítio (uma casa, afinal) para viver consome a maior parte dos recursos e acima de tudo das energias de uma pessoa ou de uma família. Compreende-se que uma casa própria, com alguns mimos, mereça um esforço maior de uma família. Mas uma casa para viver, simplesmente, não devia ser uma corrente no pé. Mas que é assim, é. Continue!
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Não percebo este liberais.então na maior parte da Europa o arrendamento não é cada vez mais o hábito? Até porque com a deslocalização das pessoas cada vez mais frequente em virtude dos empregos flutuarem como o caraças faz algum sentido comprar casa?
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os contratos são uma chatice, especialmente os de trabalho que nenhuma das partes assinou.
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lendo com atenção o texto no site da RR concordo com PM. Acrescento ainda que a maioria das casas/apartamentos adquiridos por empréstimo bancário quando totalmente pagas à banca terão, ao fim de 30/40 anos reduzido valor comercial. Logo é um investimento com pouco retorno para a próxima geração 😦 Concordo também que o valor pago nas grandes cidades pelas casas/apart. é excessivo o que limita e muito a mobilidade das pessoas. Mas também é verdade que poucos se contentam com casas à medida das suas necessidades e possibilidades,preferindo muitos endividarem-se em excesso.
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As casas não sã caras… Nós é que ganhamos mal!
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O quadro das rendas antigas é interessante…
Escravidão é mais para o locador…
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Ganhamos mal e as casas são caras…
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Aspectos fundamentais politicos-casos e factos práticos da vida do dia a dia dos Cidadãos e Familias:
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-IMI:
Há tantos alugueres com renda ao Proprietário que rendem ao Senhorio de por exemplo de 5€, 20€, 25 €, 40€ por mês, Senhorios que ainda pagam as obras de manutenção do andar.
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Há muitissimos Cidadãos e Familias Proprietários de Habitação Própria que rendem ao novo Senhorio Estado IMIs de 50€ e mais Euros Mensais, novo Senhorio que nem sequer as obras de manutenção do andar paga.
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Como é ? Que absurdos fiscais são estes ?
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-MAIS VALIAS NA VENDA:
A maioria dos compradores de Habitação própria que na venda do andar perde dinheiro. Se adicionar O QUE DE FACTO LHE CUSTOU O ANDAR, o sinal MAIS juros que pagou MAIS a liquidação da Hipoteca no acto de venda, concerteza que a esmagadora maioria PERDE DINHEIRO. Ou seja custou-lhe de facto mais do que o preço porque vai vender.
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Que raio de formula fiscal para avaliação de MAIS VALIAS ao Estado é essa que todos PAGAM MAIS VALIAS no acto comercial que não TEM QUALQUER MAIS VALIA NENHUMA pois o vendedor perdeu dinheiro ??
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Pois é. Trafulhices de ‘fiscalistas’ não proibias pelos ‘politicos’, abusos de poder contra todos os Cidadãos e Familias Portuguesas. Qualquer Cidadão que procedesse assim na sua vida do dia a dia era acusado no minimo de viagrista e de burla.
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Que Sistema de Democracia é este ? Expliquem-se.
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O autor do post fala em abstrato e como tal fala bem. Cada caso é um caso. Com apoio autárquico construí a minha casa que está paga há mais anos.
Hoje não defendo que nenhum jovem, de baixos recursos, se empenhe para toda a vida, ficando escravo de um banco e estando condenado a uma vida pobre. Só se tiver algum dinheiro ou prever receber, por ex. herança que o possa libertar da dívida.
Defendo o aluguer. Hoje o trabalho exige de nós liberdade de movimentos. Ser dono da própria casa pode ser um grande obstáculo.
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arrendada
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Em Portugal há 3 casas por habitante.
Logo pela lei da oferta/procura deveriam ser MUITO mais baratas.
É como as gasolineiras, com concertação de preços com a conivência do Regulador.
(crónica dum país a saque)
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Eis a cidade do século XI em Portugal..e a que tem mais empreiteiros por metro quadrado…
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Digo XXI…
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comprar um apartamento , e ainda por cima a crédito de 100% , é assim pró tonto , é. uma casa ainda vá. sempre lá fica o terreno.
e é preciso ser assim para o ingénuo para ter acreditado no discurso dos escravizadores de que usamos um apartamento e esse valor de uso não vai diminuir o preço na hora de o vender.
suponho que ninguém está à espera de usar o carro 20 anos e vende-lo pelo mesmo preço que o comprou? a não ser que deixe de haver carros dessa marca e passe a antiguidade , parece-me difícil.
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Paulo Morais não começa, como acho que deveria, por distinguir as situações decorrentes da “acção do mercado” daquelas resultantes da sua ausência, coisa que me parece essencial.
Relativamente às segundas, é óbvio que quem continua a viver numa habitação pela qual paga um preço irrisório, só possível pela ausência de mercado, tal facto constitui um factor inibidor de mobilidade tanto maior quanto menor for a sua taxa de poupança (se a tiver).
Já relativamente às primeiras, distinga-se entre as de aluguer das de aquisição de habitação própria. Havendo aluguer, naturalmente que, à partida, a liberdade de mudar de habitação é maior em situação de aluguer do que na situação de proprietário já que nesta última, a “liquidez” é menor e tanto menor será quanto mais o mercado estiver deprimido, como julgo que estará a contecer de há dois anos a esta parte. Mas, à partida, e na ausência de fenómenos de “desenfunação” (de rebentar de “bolha”), não vejo por que razão, à partida, seja mau negócio optar pela aquisição a crédito (a longo prazo).
O que não tenho dúvidas que é mau, para a economia como um todo, é que o Estado impeça a existência de um mercado mesmo quando não estão presentes situações de monopólio “natural”. Que haja quem pague rendas irrisórias à custa de uma situação de grande excassez no mercado de novos arrendamentos. O mesmo se passa, mutatis mutandis, no mercado de trabalho cujas condições serão “óptimas” para quem já tenha emprego garantido, por contrapartida de um “exército” crescente de precários quando não de desempregados.
Não vejo assim nenhuma razão para se lançar nenhum anátema quanto aos empréstimos a longo prazo visando a aquisição de habitação própria. Assim, claro, tenham as famílias condições para absorver os impactos das inevitáveis subidas das taxas de juro que aí vêm…
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O que Paulo Morais terá, eventualmente, implícito no seu post, se bem me recordo das posições públicas que assumiu não há muito tempo, é a crítica ao entorno jurídico existente de há longos anos que promove a desenfreada construção nova, fenómeno de que as câmaras municipais são as principais beneficiárias, dada a estrutura das suas receitas correntes.
Se é disso que pretende falar, tem o meu inteiro apoio.
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reposta ao Golp(ada): Esse é outro grande mistério!!! Porque é que a lei da oferta e da procura também não funciona aqui?…
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Eu tenho uns escravos que me pagam 150 euros por mês por uma vivenda.
Felizmente que tem dois lugares cativos de estacionamento na rua, parece que nem tudo está mal para eles.
PS. Já me mandaram fazer obras de manutenção. Os escravos já não são o que eram.
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O problema è que em Portugal, os valores de renda ou de compra estão fora da realidade do rendimento e nenhum governo gogelou as 2 coisas. Está na altura, existem mais casas que poryugueses!
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mas que bela questão que num país devoluto entregue ao rendismo especulativo nunca surge quase como por milagre. Talvez antes de tudo devessemos pensar um pouco em que bases legais e morais assenta a posse do território. Extorsão, abuso legal, apropriação indevida, e visigotismo no geral é o que legitima que uns nasçam já com saldo negativo. talvez um um pouco de reflexão ajudasse a pôr algumas sacralidades em perspectiva.
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“Cada vez que uma família se vincula a uma casa – habitação própria, alugada ou de renda social – compra a sua própria escravidão.” Em Portugal!
Porque é que em Espanha as habitações são muito mais baratas?
Informei-me que em pouquíssimos anos, qualquer casal espanhol compra a sua casa sem sacrifícios de especial.
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Em Portugal, um construtor de média dimensão que venda um andar tem o prédio que construiu pago.
Na cidade onde actualmente resido, apesar de ser uma zona balnear, seguramente 80% a 90% das habitações estão devolutas todo o ano com excepção (algumas) do Agosto.
Seria de esperar contenção na construção. Nada disso. Proliferam “cogumelos” horripilantes por todo o lado (…)
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Há aqui comentadores que precisam refrescar as ideias.
Vivem na capital em casa própria e nunca lhes ocorreu que lhes pode surgir uma excelente oportunidade em Vila Real, uma num extremo outra quase.
É a tal falta de mobilidade e disponibilidade que atravanca o desenvolvimento. O problema existe porque não há uma verdadeira política de arrendamento, mas xulos pelo meio é mato.
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# 17 – Anónimo
Excelente!
Mas há mais glosas para este tema.
A compra de habitação é praticamente obrigatória em virtude de não haver mercado de arrendamento.
Principais bneficiários desta situação?
Sempre os mesmos: Banqueiros, Estado, patos bravos.
O comprador de uma habitação, antes de lá por os pés, já está a pagar registos provisórios de hipotecas, avaliações, escrituras, despesas bancárias, juros e IVAS, imposto de sêlo e despesas de expediente, seguros de vida e da habitação.
Tudos isto numas centenas largas de euros.
Várias idas ao banco, ao notário e à consevatória – tempo perdido, paciência perdida e dinheiro perdido.
O “feliz” proprietário entra na habitação !!!!
Porreiro pá.
Mas é sol de pouca dura…
Paga o iníquo IMI, o chamado “imposto para não viver na rua”, paga as despesas de condomínio, paga as taxas de saneamento, lixo, contador da luz e da água, mais seguros de recheio de habitação e roubo, e ao fim de 5 anos paga a revisão especial do elevador e ao fim de sete, se tiver sorte, paga as despesas de conservação do prédio – tudo isto com os respectivis IVAS e Impostos de sêlo.
E claro paga a prestação mensal ao banco constituída por amortização, juros, despesas de expediente e o respectivo IVA.
Quem ganha com tudo isto?
Ah…. já tinha dito … patos bravos, banqueiros e Estado e os políticos corruptos que se movimentam sempre em torno destes chorudos negócios.
De facto, Paulo Morais, v/ continua a ser um dos mais lúcidos “posteiros” do Blasfémias.
Continue.
Paga o Imposto para não viver na rua, o iníquio IMI,
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” …Paga o Imposto para não viver na rua, o iníquio IMI,…”
Está a mais no fim do texto – distraí-me!
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Paulo Morais, duas perguntas:
Você mora aonde? numa barraca?
Que solução propõe?
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Proprietários, libertem-se da escravidão: VENDAM, VENDAM, VENDAM!!!
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