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Uma Experiência Socialista

21 Maio, 2010
by

(recebido por e-mail – provavelmente ficção, mas não deixa de ser uma boa história)

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma turma inteira. Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e ‘justo. ‘

O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experiência socialista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as suas notas nas provas”. Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam ‘justas. ‘ Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um “A”…

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam “B”. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi “D”. Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um “F”. As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano… Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado. “Quando a recompensa é grande”, disse ele, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.”

“É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar a alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a. “

Adrian Rogers, 1931

157 comentários leave one →
  1. Colonizado especail JCD permalink
    21 Maio, 2010 10:18

    Todos iguais, todos diferentes!

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    • 6 Junho, 2013 02:54

      E o que aconteceria se o professor implantasse o verdadeiro modelo capitalista na sala de aula?
      Ao invés de serem aprovados os alunos que atingissem a média, seriam aprovados apenas os 30% melhores, e reprovariam os outros 70%, mesmo que todos os alunos conseguissem notas altas.

      Afinal, para entrar na universidade não basta você tirar uma ótima nota, você precisa tirar uma nota melhor do que os outros. O mesmo acontece se você buscar um emprego, onde as melhores empresas irão contratar apenas algumas poucas pessoas, independente se todas forem perfeitamente aptas para a vaga.

      Se a sala tivesse 20 alunos, passariam apenas 6.
      O que aconteceria em uma sala de aula destas?

      Façam a experiência e vejam 20 alunos se matando e cometendo todo o tipo de desonestidade para garantir a sua própria aprovação.
      Se alguém faltar, azar, ninguém vai passar o conteúdo da prova para um concorrente.

      Irão passar os melhores alunos ou aqueles que usarem as melhores técnicas de cola?
      O que o professor vai fazer quando uma linda aluna oferecer favores sexuais em troca de uma ajudinha?
      O que o professor vai fazer quando um pai de aluno oferecer 10 mil reais pela aprovação do filho?

      E para quem acha que isso é exagero, é porque ainda possui uma baixa percepção da realidade.

      Quando você define um sistema onde a vitória de um depende da derrota de outro, você não terá a vitória dos melhores, você terá a vitória dos mais corruptos.
      O socialismo é ruim, mas que isso não sirva de desculpa para ignorar os graves problemas do capitalismo.

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      • Rafael permalink
        22 Abril, 2014 13:26

        Primeiramente, para ser aprovado ou não em sala de aula, depende-se exclusivamente de sua capacidade e seu interesse. Ninguém é reprovado porque os “outros” alunos tiraram notas mais altas. De onde você tirou isso? Para emprego sim, ganha o com maior capacidade. Vá estudar mais antes de “vomitar palavras”………

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  2. Anónimo permalink
    21 Maio, 2010 10:22

    Esto foi “na universidade de Texas”

    “Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava”

    …..

    ¿Toda a turma ou classe pensava o mesmo ou erao as apreçacoes do evaluador/professor?

    Nao sou o único em sospeitar que os USA estarao derivando ultima e perigosamente a/para :

    1) Parecerse cada veç mais a URSS

    Ou bem

    2) parecerse em mais de um apartado os nazis-boches

    * Deixemos fora o apartado c. Porque tudo aquele que carga com a graça de perder seu tempo em enviar algo por e.mail evidentemente nao pode estar contrariando a verdade…

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  3. tina permalink
    21 Maio, 2010 10:35

    Não há dúvida nenhuma que era isso que aconteceria, os preguiçosos a aproveitarem-se dos trabalhadores. Como em qualquer trabalho de grupo. E para o fim os trabalhadores a esforçarem-se desesperadamente, e os preguiçosos a rirem-se na sua cara. Tal como está agora a acontecer: enquanto uns tentam salvar o país da bancarrota, os outros ainda se divertem.

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  4. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 10:39

    Bem, a questão do mérito e do seu reconhecimento não se esgota em si mesmo… a questão que se coloca, não é se quem tem mérito deve ou não ser reconhecido, isso está ultrapassado.

    A questão central é se o professor deveria ou não disponibilizar sessões extras de explicações para melhorar os menos aptos; o que significa, tempo e dinheiro ou despesa.

    O que está subjacente ao principio de estado social é partir do pressuposto que as pessoas tem capacidades diferentes e tem ritmos diferentes de aprendizagem;

    Nesta perspectiva, os estados sociais (alemanha, dinamarca, filandia, suecia, canada, holanda, franca) que por acaso são os mais desenvolvidos do mundo, investem na evolução dos mais aptos e simultaneamente investem na recuperação dos menos aptos.

    O contrário, a perspectiva (neo)liberal, é demasiado desumana porque é assente na lei do mais forte, a lei da selva… um leão com a pata partida morre com toda a certeza. O ser humano, porque vive num estado social, sobrevive.

    Um caso paradigmatico disso, são os 50 milhões de americanos sem qualquer tipo de assistencia médica que o (neo)liberalismo não resolveu; e não resolveu porque não estão na genese neo-liberal os valores da solidariedade e compaixão.

    RB

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  5. faustífero permalink
    21 Maio, 2010 10:40

    Vamos dizer a verdade.
    Desde miguel de vasconcelos não tínhamos alguém assim.

    Miguel de Vasconcelos (1590-1640)

    Miguel de Vasconcelos foi nomeado escrivão da Fazenda do Reino em 1634 pelo Conde-Duque de Olivares. Um ano depois, a vice-rainha Margarida de Sabóia (Duquesa de Mântua) nomeia-o Secretário de Estado.
    A deficitária economia do país e o constante favorecimento de Castela em detrimento dos interesses portugueses, fizeram eclodir em várias localidades do país revoltas e motins populares. O desprestígio das acções de Miguel de Vasconcelos neste contexto levou ao levantamento das massas em Évora e no Algarve em 1637, com ecos noutras zonas do país.
    O culminar desses distúrbios deu-se a 1 de Dezembro de 1640 (Restauração da Independência), quando um grupo de fidalgos invade o palácio real de Lisboa e mata a tiro o Secretário de Estado, lançando em seguida o seu corpo pela janela, para junto da multidão que se aglomerava no Paço da Ribeira.

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  6. tina permalink
    21 Maio, 2010 10:49

    “A questão central é se o professor deveria ou não disponibilizar sessões extras de explicações para melhorar os menos aptos; o que significa, tempo e dinheiro ou despesa.”

    Menos aptos??? Até parece que nunca fez nenhum trabalho de grupo. Até parece que nunca se sentiu desapontado com as pessoas, que confia nelas 100%. Até parece que o mundo está cheio de pessoas honestas e trabalhadoras, o problema é que são menos aptas, coitadas.

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  7. 21 Maio, 2010 10:56

    #5,

    e se eu não quiser ser solidário?

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  8. Nightwish permalink
    21 Maio, 2010 10:57

    Excepto que não é isso que se passa na realidade, pois não? Também podia dizer o mesmo do capitalismo e da democracia se quisesse, mas não era muito útil porque não dizia nada.
    Mas se quer um estado neo-liberal sem estado social, olhe, vá para a Somália. Ai tem o libertarianismo todo que quiser.

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  9. Nightwish permalink
    21 Maio, 2010 10:58

    #8
    Vai desejar ter sido quando o crime aumenta para as pessoas comerem. Ou a doença por as pessoas não poderem ter cuidados de saúde.
    Esta merda não apareceu do nada, sabe. Desperdícios há em todo lado, e têm a ver com a cultura das pessoas.

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  10. tina permalink
    21 Maio, 2010 11:05

    “Mas se quer um estado neo-liberal sem estado social,”

    Deveria ser um estado social na forma de cheques-escola e cheques-saúde. Desta forma é um estado ladrão cheio de penduras que se aproveitam.

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  11. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 11:08

    Ó Tina,

    Pois claro, os menos aptos para o sucesso.

    Se são coitadas ou não, não sei nem me interessa. Cada um é como é, e é fruto de várias coisas… da quimica genética, da educação, do local aonde nasceu, na familia que o criou…

    Ainda bem que Einstein, um péssimo aluno na infancia, não apanhou nos anos seguintes professores com essas ideias (neo)liberais; caso contrário ter-se-ia perdido um génio.

    Sabes aonde leva esse tipo de politicas aonde apenas se considera os que tem sucesso?

    – Á ideia do homem perfeito; uma espécie de arianismo nazi, aonde quem não se enquandra num conceito de perfeição, é excluido votado ao desprezo…

    RB

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  12. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 11:14

    John,

    Se não quiseres ser solidário tens bom remédio, passa a ser ermita, isola-te numa ilha deserta.

    Até lá, enquanto viveres nesta sociedade, podes contar com a nossa solidariedade. Se estiveres desempregado e por um acaso estiveres doente (truz truz truz) nós permitimos que sejas atendido num hospital.

    RB

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  13. Anónimo permalink
    21 Maio, 2010 11:14

    Ainda continuamos assím na escola e no sistema educativo?

    Ainda estamos nessas?

    Ainda nao conseguimos ultrapassar o mito-Friedman?

    http://www.madrimasd.org/blogs/pensamiento_pedagogico_radical/2008/05/24/92752

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  14. tina permalink
    21 Maio, 2010 11:15

    “Se são coitadas ou não, não sei nem me interessa. Cada um é como é, e é fruto de várias coisas… da quimica genética, da educação, do local aonde nasceu, na familia que o criou…”

    Sim, mas o nosso dever é educar e não desuducar ainda mais. E que maior deseducação pode haver do que continuar a fomentar maus hábitos de trabalho, disciplina, etc? As pessoas aprendem sempre da forma dura. Porque razão não se pode ser duro com uns, mas espera-se que outros sejam super-homens?

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  15. 21 Maio, 2010 11:15

    “Mas se quer um estado neo-liberal sem estado social, olhe, vá para a Somália.”

    Ah, então isso é que é o neo-liberalismo? Ando há anos a tentar entender a que se referem, e finalmente tenho a resposta: é um estado sem direito, sem respeito pelas liberdades dos cidadãos, sem garantia de justiça e de segurança, sem monopólio de uso da força, sem protecção contratual, sem defesa da propriedade e sem as mínimas garantias de protecção dos direitos negativos dos indivíduos. Em resumo, uma anarquia. Que horror. E há por aí quem defenda tal coisa? E eu a pensar que chanfrados, só os comunistas.

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  16. tina permalink
    21 Maio, 2010 11:22

    Para a esquerda, há uns que nasceram com o direito ao trabalho, à saúde e à educação, e há outros que nasceram com a obrigação de dar esse emprego e os impostos para dar tudo isso aos primeiros. É claro, como é tão injusto, não funciona. É por isso que como Rompy disse, o Estado social europeu, com o crescimento económico de 1% não é sustentável.

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  17. anónimo permalink
    21 Maio, 2010 11:24

    chanfana de comunistas! olha que não é má ideia, marinados em ácido sulfúrico talvez sejam tragáveis.

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  18. 21 Maio, 2010 11:33

    “Ainda nao conseguimos ultrapassar o mito-Friedman?”

    Está muito trânsito em sentido contrário.

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  19. Centrista permalink
    21 Maio, 2010 11:40

    “A questão central é se o professor deveria ou não disponibilizar sessões extras de explicações para melhorar os menos aptos; o que significa, tempo e dinheiro ou despesa.”

    Deve ser piada. Na universidade onde estive, os menos aptos eram os que não estudavam. Aulas extra ou explicações não serviriam para nada.

    Os professores já estavam inteiramente disponíveis para dar as explicações que fossem necessárias… mas eram apenas os estudiosos que aproveitavam – eram esses os mais aptos.

    O que V.Excia. propõe é que o professor se substituísse aos alunos naquilo que era o trabalho deles.

    E mais lhe digo – fui dos melhores alunos e ia pouco às aulas. Para mim, gastar 1h em estudo era mais rentável do que 1h em aula. Porque quando estudava eu seguia o meu ritmo. As aulas são feitas para o ritmo médio ou, pior, para o ritmo baixo – e quando o ritmo era baixo, 80% da classe não conseguia estar atenta, incluindo eu. E no fim, os 20% chumavam na mesma porque não estudavam.

    A sua sugestão é contraproducente. Os menos aptos eram-no porque não tinham hábitos de estudo. Ter um professor a servir de muleta ou a ocupar-lhes ainda mais tempo que devia ser de estudo, não resolve e só piora o problema.

    Nos trabalhos de grupo, os “menos aptos” não faziam nenhum. Ou estavam ali de “corpo presente”, ou nem apareciam. Eu estava ali para lhes explicar o que fosse preciso, mas isso não era algo que os preocupasse: o que eles queriam era que eu fizesse o trabalho sozinho, depressa, e com boa nota para não terem de estudar para o exame – que tentariam fazer a copiar.

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  20. Centrista permalink
    21 Maio, 2010 11:53

    “Ainda bem que Einstein, um péssimo aluno na infancia, não apanhou nos anos seguintes professores com essas ideias (neo)liberais; caso contrário ter-se-ia perdido um génio.”

    Verifique as suas fontes. Einstein efectivamente tinha lacunas em termos de desenvolvimento da fala, mas era brilhante a matemática desde muito novo. Dominava aos 12 anos coisas que meus colegas na faculdade não conseguiam dominar aos 20 (nem depois…). E isto ele aprendeu sozinho, por um livro que o tio lhe ofereceu.

    Tentou entrar na universidade antes de terminar o secundário, mas chumbou porque… não dominava humanidades.

    A sua proposta é qual, mesmo? Pôr o Einstein com aulas extras em humanidades, porque é “menos apto”, ou permitir que ele continue a estudar física sozinho?

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  21. berto permalink
    21 Maio, 2010 11:56

    Quem se encosta ao trabalho dos outros deve ser penalizado. Em qualquer sociedade, em qualquer sistema, o mérito deve sempre ser valorizado. Em toda a parte há competentes e incompetentes, há trabalhadores e preguiçosos, há honestos e ladrões. O problema está na forma de premiar quem merece e penalizar quem o não merece. Em Portugal a coisa tem funcionado ao contrário, e dizer que este estado é socialista só porque o partido no poder diz que o é, é uma mistificação. Deixemo-nos de tretas, aqui nunca houve nem neo-liberalismo, nem socialismo, nem comunismo. Houve e continua a haver uma canalha que se serve do poder para enriquecer à custa de quem trabalha. A minoria que vive à custa do fundo de desemprego ou do rendimento social apenas copiam aquilo que os poderosos têm feito, e os que realmente necessitam não têm culpa que alguns subvertam o sistema. Tal como muita gente neste país que não vota nos partidos do poder e tem que gramar com todas estas alimárias que juntam incompetência com corrupção.
    Quanto à “parábola” do professor, esqueceu-se do objectivo, da motivação, do papel de cada aluno na valorização da nota final da classe. Como uma equipa de futebol, por exemplo. Agora se cada um trabalhar só para si a coisa descamba como foi descrito.

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  22. Anónimo permalink
    21 Maio, 2010 12:11

    A sua proposta é qual, mesmo? Pôr o Einstein com aulas extras em humanidades, porque é “menos apto”, ou permitir que ele continue a estudar física sozinho?

    Esquençase do “caso Einstein” porque ele era/foi…judeu!!!!. Até houvesse chegado onde ele chegou estudando nas escolas e com qualquer outro sistema educativo como o portgués…

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  23. 21 Maio, 2010 12:21

    Excelente

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  24. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 12:35

    A proposta? não fiz proposta alguma.

    Qual é a sua?

    Apenas quero que os Einsteins deste mundo tenham oportunidade de mostrarem o valem nas suas valencias, independentmente dos constrangimentos de base.

    O espirito actual, na onde liberal, vai no sentido contrário; se és fora na norma estabelecida pelo mercado, não serves, ainda que sejas um génio em potencia.

    O que quis dizer é uma coisa muito simples: a riqueza da sociedade assenta na diversidade; uns são bons alunos outros maus. Uns gordos outros magros. A prazo, uns não sobrevivem sem os outros. Hajam doutores e coveiros e agricultores e pastores e industriais e comerciantes e liberais e socialistas.

    É-se liberal por oposição a qualquer-coisa; da mesma forma que se é qualquer-coisa porque existe algo diferente do qual discordamos; caso contrario não eramos nada.

    No fundo as pessoas tendem a formar grupos, e escolhem aquele que mais se identificam, sejam partidos, ideologias, religiões, clubes de futebol… uma espécie de manada.

    Não quer isso dizer que ostracizemos os maus alunos; os alunos são maus por varadissimos motivos, onde apenas um deles é o que vejo por aí referido… o ser calão.

    No caso que apontou, na universidade, a questão já nem se coloca, as pessoas já estão formadas; serão aquilo que quiserem fazer da vida. A partir do momento que temos asas já podemos voar.

    Mas na meninisse não é assim; os constrangimentos de que padece uma criança filha de pais incultos é bem diferente dos da criança filha de pais cultos.

    Neste sentido, cabe-nos a nós, como sociedade, permitir que aquela criança alcance o seu potencial, o seu sucesso. No fundo fazer o que o tio do Einstein fez.

    A minha mãe era professora e lembro-me que, na altura, levava de casa o pequeno almoço para umas quantas crianças esfomeadas.

    Parece que hoje essa questão já não se levanta, acho que o desdito estado social promove a alimentação… foi um passo importante para criar condições de base que permite desenvolverem as suas aptidões, ultrapassando constrangimentos financeiros familiares.

    Ou seja, o estado social, promove a ideia de que as condições de base devem ser iguais… e que o desenvolvimento de cada um deve ser mérito intrinseco e não fruto daquilo que o dinheiro pode comprar.

    Mais a mais, o sucesso é muito relativo… ser-se bom aluno apenas pode significar uma aptidão especifica, ter capacidade de concentração, memória etc… No mundo real, cá fora, o sucesso (profissional) depende de outros factores: a insinuação, o timing, a sorte, a preserverança, a coragem, a disciplina.

    RB

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  25. paulo permalink
    21 Maio, 2010 12:48

    a pergunta ao jdc é o que propõem fazer
    fuzilar os imcompetentes
    o mito que o liberalismo promove a meritocraci está bem visivel na crise que atravessamos.quando o prório presidente do FED diz que se enganou quando esperava que os mercados se autoregulassem
    nem tanto ao mar nem tanto à terra

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  26. anónimo permalink
    21 Maio, 2010 12:53

    o texas deve ser para dar credibilidade à história, se a coisa se passasse no alentejo numa herdade do tempo da reforma agrária ninguém levava a sério a história.

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  27. Anónimo por modéstia permalink
    21 Maio, 2010 12:54

    Tenho quase a certeza que chumbariam todos por que deixariam de estudar esperando que os colegas o fizessem por eles. Resultado final, média negativa.

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  28. Amérito permalink
    21 Maio, 2010 12:56

    Será que “jcd” tem mérito para fazer parte da equipa do Blasfémias?

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  29. André permalink
    21 Maio, 2010 12:57

    #5 Ricciardi

    Os 50 milhões de norte americanos que não usufruem de cuidados de saúde nada deve ao liberalismo, pois este nunca negou os direitos elementares do homem como saúde, educação e justiça.

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  30. 21 Maio, 2010 12:58

    #20 e 21
    Não sei quem é este centrista, mas que tem um “toque de bola” muito bom, lá isso tem.

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  31. 21 Maio, 2010 12:59

    Embora a história relatada seja apenas uma história (não aconteceu na verdade), alguém tem dúvidas de que isto não é o que se passa nas nossas escolas?

    Ecotretas

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  32. 21 Maio, 2010 13:03

    Já agora, há muitas mais donde estas vieram. Vejam como funcionam os impostos abaixo.

    Ecotretas

    How Taxes Work . . .

    This is a VERY simple way to understand the tax laws. Read on — it does make you think!!

    Let’s put tax cuts in terms everyone can understand. Suppose that every day, ten men go out for dinner. The bill for all ten comes to $100. If they paid their bill the way we pay our taxes, it would go something like this:

    The first four men — the poorest — would pay nothing; the fifth would pay $1, the sixth would pay $3, the seventh $7, the eighth $12, the ninth $18, and the tenth man — the richest — would pay $59.

    That’s what they decided to do. The ten men ate dinner in the restaurant every day and seemed quite happy with the arrangement — until one day, the owner threw them a curve (in tax language a tax cut).

    “Since you are all such good customers,” he said, “I’m going to reduce the cost of your daily meal by $20.” So now dinner for the ten only cost $80.00.

    The group still wanted to pay their bill the way we pay our taxes. So the first four men were unaffected. They would still eat for free. But what about the other six — the paying customers? How could they divvy up the $20 windfall so that everyone would get his “fair share?”

    The six men realized that $20 divided by six is $3.33. But if they subtracted that from everybody’s share, then the fifth man and the sixth man would end up being PAID to eat their meal. So the restaurant owner suggested that it would be fair to reduce each man’s bill by roughly the same amount, and he proceeded to work out the amounts each should pay.

    And so the fifth man paid nothing, the sixth pitched in $2, the seventh paid $5, the eighth paid $9, the ninth paid $12, leaving the tenth man with a bill of $52 instead of his earlier $59. Each of the six was better off than before. And the first four continued to eat for free.

    But once outside the restaurant, the men began to compare their savings. “I only got a dollar out of the $20,” declared the sixth man who pointed to the tenth. “But he got $7!”

    “Yeah, that’s right,” exclaimed the fifth man, “I only saved a dollar, too . . . It’s unfair that he got seven times more than me!”.

    “That’s true!” shouted the seventh man, “why should he get $7 back when I got only $2? The wealthy get all the breaks!”

    “Wait a minute,” yelled the first four men in unison, “We didn’t get anything at all. The system exploits the poor!”

    The nine men surrounded the tenth and beat him up. The next night he didn’t show up for dinner, so the nine sat down and ate without him. But when it came time to pay the bill, they discovered, a little late what was very important. They were FIFTY-TWO DOLLARS short of paying the bill! Imagine that!

    And that, boys and girls, journalists and college instructors, is how the tax system works. The people who pay the highest taxes get the most benefit from a tax reduction. Tax them too much, attack them for being wealthy, and they just may not show up at the table anymore.

    Where would that leave the rest? Unfortunately, most taxing authorities anywhere cannot seem to grasp this rather straightforward logic!

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  33. Alfredo permalink
    21 Maio, 2010 13:08

    Não sou fã do socialismo, mas alguém aqui escreveu algo interessante como resposta a esta historieta algo manhosa no seu maniqueísmo redutor – a equipa de futebol.

    «Quanto à “parábola” do professor, esqueceu-se do objectivo, da motivação, do papel de cada aluno na valorização da nota final da classe. Como uma equipa de futebol, por exemplo. Agora se cada um trabalhar só para si a coisa descamba como foi descrito.»

    Concordo em particular com o que foi escrito nesse comentário. Portugal não é um país “neo-liberal” nem “socialista”. No que diz respeito ao peso e ao papel do estado, engana os outros quem disser que Portugal é algo de atípico. Não é! É um país onde o estado tem o peso e o papel típico nos países desenvolvidos.

    Se Portugal é menos desenvolvido que os restantes países desenvolvidos não é por estado a menos nem a mais. É por causa do corporativismo, dos grupos de interesse, da corrupção – cuja dimensão não depende do peso do estado (veja-se a Suécia ou a Somália…), mas sim da atitude do eleitorado.
    Enquanto uns perdoarem o Ferreira Amaral na Luso Ponte e todas essas negociatas, em nome de menos estado; e outros perdoarem o Jorge Coelho na Mota Engil e todas essas negociatas, em nome de mais estado, estamos a perder tempo com o acessório e a ignorar o essencial.

    O mercado tem um papel, a solidariedade também, mas a corrupção não deveria ter lugar num país com um eleitorado atento, informado, e disposto a castigar os partidos e políticos corruptos. Tornemo-nos esse eleitorado se queremos um país melhor.

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  34. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 13:14

    André,

    O liberalismo é uma miragem, uma utopia, na exacta medida que o comunismo o é também.

    O problema assenta sempre no espirito de manada… embora se possa partilhar 70% das ideias liberais ou comunistas, as pessoas aderem institivamente ao todo, e tornam-se extremistas.

    Se pertencer ao PCP é suposto apoiar a lei do aborto; se pertencer ao BE é suposto apoiar a liberalização da marijuana, se pertencer ao CDS/PP é suposto ser contra o casamento gay… enfim, a malta é toda obediente á tribo a que pertence… e segue sempre de olhos fechados o estouro da manada, mesmo correndo o risco de seguir para o precipicio.

    Neste contexto, não é pois de estranhar, que os liberais considerem que o apoio que Obama deu aos tais 50 milhões de pessoas sem acesso à saúde seja uma medida socialista. Mesmo sabendo que as pessoas morrem por falta de assistencia, o mais importante é salvar a ideologia, ainda que tenha fracassado.

    RB

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  35. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 13:16

    Viva Zazie-san…

    RB

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  36. zazie permalink
    21 Maio, 2010 13:17

    «Mesmo sabendo que as pessoas morrem por falta de assistencia, o mais importante é salvar a ideologia, ainda que tenha fracassado.«

    São iguaizinhos aos comunas. Está a crise a assentar na economia real e eles a perguntarem, qual crise?

    Agora até já chamam bolha ao “caines”.

    Para além de ignorantes são fanáticos. Isto é o alimento ideológico deles. A realidade não existe.

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  37. zazie permalink
    21 Maio, 2010 13:20

    Eu agora ando numa série das bolhas de todos os tempos.

    Fartei-me de rir porque até o Instituto Mises conta a das túlipas na Holanda, no século XVII e estes idiotas chamam comuna e socialista e “cainesiano” a quem fala delas.

    Agora vou tratar das bolhas inglesas da Companhia dos Mares do Sul. Os caricaturistas ingleses fizeram troças deliciosas a essa loucura.

    E tratavam os especuladores como putas na socialização homo-erótica da rabetice.

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  38. daburaca permalink
    21 Maio, 2010 13:24

    Ihhihihi

    Ahahaha, que mesmo o cu a ver com as calças, sem dúvida…

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  39. daburaca permalink
    21 Maio, 2010 13:28

    Isso, a anedota, giríssima, diz do quadrado do teacher, que a semelhança é plena, claríssima, tem o cu a ver com as calças, portanto, e estes posteiros são do catano finos, inteligentíssimos.

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  40. Anónimo permalink
    21 Maio, 2010 13:36

    O lúcido Marquês de Sade já tinha avisado para o problema no século XVIII.

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  41. anónimo permalink
    21 Maio, 2010 13:43

    #35 – “Se não fosse os clãs partidários…”

    … faria se fossem

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  42. berto permalink
    21 Maio, 2010 13:51

    Alfredo, era aí mesmo que eu queria chegar.

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  43. jgac permalink
    21 Maio, 2010 14:04

    Fico contente com as conclusões fantásticas que se podem tirar da «história». Se não funcionou é porque não pode nunca funcionar, não é? Saindo da sala de aula para a vida, não faltam aí «preguiçosos» dos quais nos veríamos facilmente livres. Estão a ocupar espaço, a sugar os que trabalham, que são «dedicados», sem a devida recompensa. Depois as catalogações são interessantíssimas «preguiçosos» «dedicados». Ficou por explicar qual seria a melhor forma de eliminar esses «preguiçosos». Arriscando-me a ir contra a sapiência demonstrada diria que algumas almas igualmente iluminadas e «dedicadas», substituindo o «preguiçosos» por outras catalogações interessantes, tiveram resultados muito estimulantes e dignos de nota: Estaline, Hitler, para citar apenas alguns porque a lista felizmente é bastante extensa, tendo em comum a resolução rápida, «dedicada» e fácil dos problemas que esses «preguiçosos» estão sempre a criar. Está de parabéns JCD. Esperemos que não seja ignorada a sua «história» e esperamos que nos ilumine de novo com essas bem sacadas iluminuras, poderíamos chamá-las assim?

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  44. Anónimo permalink
    21 Maio, 2010 14:10

    o que eu gostava de saber era o total pago em salários , pensões , indemnizações , prémios e tal do sector público , para comparar depois com os dados do sector privado. da-me ideia que andamos a sustentar uma grande cabeça de cogumelo para um pé demasiado pequeno.
    é que eu limpo a minha casa porque não tenho dinheiro para empregadas , e não me ocorre pedir um empréstimo para poder dispor desse serviço…

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  45. André permalink
    21 Maio, 2010 14:18

    #36 Ricciardi

    Nesse ponto estamos completamente de acordo.
    A política e a economia são ciências demasiado extremistas, ou 8 ou 80, o meio termo parece não existir. Infelizmente.

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  46. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 14:18

    «Pois são, mas não digas isso duas vezes que te bloqueia o nick.» zazie

    Ora lá está; este espaço de comentários é um bom exemplo acerca dos mérito e desméritos do mercado liberal. Senão vejamos:

    Este espaço permite-te a liberdade em quantidade, mas limita-te em termos de qualidade. É uma espécie de regulador de mercado. O que é lógico e salutar.

    Quer dizer, podes escrever aq quantidade de letras que quiseres, desde que respeites a ética de quem define as regras. A isto chama-se regulação de mercado. Os reguladores acham, ao que parece, que tu nem sempre respeitas a ética.

    Ora, se fosse o mercado a decidir sobre a tua continuidade enquanto utilizadora do nick ‘zazie’, uns bloqueavam-te outros não.

    Andarias, pois, ao sabor das motivações particulares de uns e outros, enfim, serias alvo dos interesses mais mesquinhos da humanidade… a inveja, o ódio etc.

    Mas não, neste caso andas ao sabor da ética dos autores deste blogue. Bem ou mal, há uma regra que é conhecida apriori por todos.

    Não obstante, tu contornas o mercado; eles bloqueiam o teu nick ‘zazie’ e tu apareces cheia de glória com outro nick qualquer.

    No mercado real, liberalizado e globalizado, passasse a mesmissima coisa… no ocidente é proibido produzir utilizando mão-de-obra escrava, há leis laborais, há regras ambientais; pois bem, os players do mercado também contornam essas leis… produzem fora, em paises aonde não existem regras. E depois exportam-nos a bom preço os produtos. And guess what, conseguem ter o sucesso que tu tens enquanto comentadora.

    RB

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  47. 21 Maio, 2010 14:20

    #13

    Até lá, enquanto viveres nesta sociedade, podes contar com a nossa solidariedade. Se estiveres desempregado e por um acaso estiveres doente (truz truz truz) nós permitimos que sejas atendido num hospital.

    Péssimo exemplo. É que por acaso não permitem. Se eu for a um hospital aqui em Lisboa, ou me recusam o atendimento (já aconteceu), ou me encaminham para uma urgência com tempos de espera ridículos – do género de sete horas (7) quando lá chego com um traumatismo craniano. Sim, já aconteceu. Qual é mesmo o retorno dos meus impostos?

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  48. tina permalink
    21 Maio, 2010 14:23

    “Quer dizer, podes escrever aq quantidade de letras que quiseres, desde que respeites a ética de quem define as regras. A isto chama-se regulação de mercado. Os reguladores acham, ao que parece, que tu nem sempre respeitas a ética.”

    Por acaso o ambiente está mais liberal desde que começaram a apagar os insultos. As pessoas não se sentem intimidadas por um par de malcriados que andam sempre por aí.

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  49. Portela Menos 1 permalink
    21 Maio, 2010 14:26

    mais uma estória da carochina de jcd.

    “É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade” … pois, por isso é que os rapazes de Chicago”, aqui representados por jcd, nunca dizem palavra sobre o facto de a Banca não ser tributada, em sede de IRC, como são as empresas, digamos, normais.; pode não levar à prosperidade de ninguém mas levaria, concerteza, a mais justiça; mas para os nossos liberais-radicais isso não interessa nada.

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  50. Anónimo permalink
    21 Maio, 2010 14:27

    Um excelente ar fresco de Ricciardi.

    Piscoiso

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  51. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 14:27

    Caro John,

    Temos que investir mais e melhor para que o atendimento á tua pessoa seja feito em tempo útil… e adivinha lá, dar liberdade de escolha ás pessoas que precisam de ser atendidas, nomeadamente através da iniciativa privada.

    Anyway, é melhor seres tratado mais tarde do que nunca seres tratado.

    RB

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  52. tina permalink
    21 Maio, 2010 14:31

    “O liberalismo é uma miragem, uma utopia, na exacta medida que o comunismo o é também.”

    conversa que não faz sentido nenhum. Os países mais liberais, que são tipícamente de cultura anglo-saxónica, são os mais ricos do mundo: USA, Austrália, UK, Canada… Agora quer comparar isso com o comunismo!…

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  53. tina permalink
    21 Maio, 2010 14:35

    “Temos que investir mais e melhor para que o atendimento á tua pessoa seja feito em tempo útil… e adivinha lá,”

    seria em circunstância normais. Mas o estado é um sugador de dinheiro que dá em retorno serviços incompetentes. É tão estúpido, tão estúpido pensar que há listas de espera para cancro e diálise enquanto se fazem abortos grátis na hora. Isto que acontece porque é o Estado.

    E o Estado omnipotente, quer controlar tudo e todos, por isso nunca optará pela solução mais eficaz de cheques-saúde ou cheques-escola. Um dia chegará, mas até lá ainda haverá pessoas a morrer em filas de espera e crianças a receberem a pior educação que se possa imaginar.

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  54. Alfredo permalink
    21 Maio, 2010 14:39

    «conversa que não faz sentido nenhum. Os países mais liberais, que são tipícamente de cultura anglo-saxónica, são os mais ricos do mundo: USA, Austrália, UK, Canada…»

    Os países com melhor qualidade de vida do mundo, como a Suécia, o Canadá, etc.. são os países onde existe economia de mercado moderada por um peso intermédio do estado na economia. Superior ao português, até. Com isto não quero dizer que o peso do estado na economia em Portugal deveria aumentar. Mas mostrar que o segredo do desenvolvimento está num eleitorado atento que consegue distinguir entre as divergências ideológicas que correspondem a diferenças de valores (mais solidariedade/mais responsabilidade), e aquilo que deve unir todos os eleitores: o combate à corrupção, ao corporativismo, à sobreposição dos interesses particulares de grupos de pressão sobre o interesse colectivo, etc…

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  55. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 14:41

    Cara Tina,

    Deves ver as coisas em perspectiva; os paises comunistas em tempos que já lá vão também foram ricos e prosperos, aliás concorriam com os Gringos em todas as matérias.

    O que se verica hoje é algo diferente, os paises mais desenvolvidos socialmente falando, são paises que liberalizam o que tem que liberalizar e socializam o que tem de socializar. Os EUA não exemplo de desenvolvimento social, mas enfim os EUA não devem ser chamados a exemplo uma vez que por trás do império há outros considerandos mais importantes, nomeadamente a primazia de ser moeda de referencia mundial e a supremacia militar… o que lhes permite resolver qualquer dificuldade.

    Refiro-me a todos os restantes paises desde o Canada até a todos os paises nórdicos europeus.

    Mais a mais, os EUA não é um país liberal; há demasiadas regras no mercado para podermos chamar-lhe assim. Nomeadamente barreiras à importação de variadissimos produtos.

    RB

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  56. 21 Maio, 2010 14:41

    #57

    Meu caro, o problema não é a minha pessoa, é todo um sistema que funciona mal por mais dinheiro que lá se enterre. De resto, não, os impostos para mim não são um problema, como não é um problema uma série de funções do “estado social”. Não há é retorno rigorosamente nenhum (saúde? educação? justiça? três anedotas). E ainda gera a possibilidade de muito boa gente apta estar a viver como parasitas. Não estou a falar de quem não pode, mas de quem pode e não quer. Dito de outra forma, é essa “solidariedade” que eu pago. Ajudo quem precisa, sustento quem não precisa, e para mim sobra o quê mesmo? As tais sete horas de espera, com o argumento de que “é melhor ser atendido tarde do que não ser atendido”? Isso já me foi dito por um funcionário do Hospital Santa Maria, em tom sarcástico. Mandei-o à merda.

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  57. 21 Maio, 2010 14:43

    “Deves ver as coisas em perspectiva; os paises comunistas em tempos que já lá vão também foram ricos e prosperos, aliás concorriam com os Gringos em todas as matérias.”

    Quando é que isso aconteceu, exactamente?

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  58. Nightwish permalink
    21 Maio, 2010 14:45

    #16
    Sim, se for ao extremo da liberdade individual é isso onde chega. Cada um pode fazer o que lhe der na gana.
    Em abono da verdade, isso também não é neo-liberalismo, tem toda a razão. Neo-liberalismo é na América, onde é legal comprar políticos, os votos contam para votar em duas faces da mesma moeda, sempre disponíveis a meter projectos escondidos em legislação e a manipular as regiões eleitorais; os grandes projectos servem sempre para aumentar o capital de quem já tem porque são quem cria empregos; a banca e as agências financeiras podem fazer o que lhes apetece, porque fazem parte do mercado; o trabalhador é facilmente substituível porque há muitos para tomar o lugar dele, e têm é que trabalhar 10 horas por dia porque está endividado desde o momento que entrou na faculdade; e esperemos que tenha sido na Ivy League, senão não vale nada; as grandes empresas têm imensas patentes ridículas para impedir pequenas empresas de serem concorrentes (basta ver o que se passa nos telemóveis); uma pessoa que tenha um azar na vida vai à falência porque não pode pagar o hospital, onde as seguradoras podem rejeitar cuidados de saúde porque a pessoa não morre disso e, afinal, as pessoas tiveram acne e não declararam, por isso não têm direito a ser operados; onde uma grande empresa pode levar outra à falência levando-a a tribunal, mesmo que não tenha razão os custos são muito grandes; onde a polícia pode ser racista à vontade, por exemplo, porque os colegas estão lá para os defender e dizer que grandes cidadãos são; limita-se o discurso a quem tem uma multinacional de comunicação, porque elas defendem e transmitem que tudo deve continuar na mesma; onde se usamos monstros sagrados e os usam em coisas que não estão relacionadas, como a droga para meter os indesejáveis na prisão, o terrorismo para as pessoas não dizerem coisas que não agradam e a pornografia infantil para controlar a internet.
    Por exemplo.

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  59. 21 Maio, 2010 14:45

    #60

    Alfredo, mas o motivo pelo qual todas as comparações de Portugal com os países escandinavos falham é apenas um: os portugueses. Por lá pagam-se muitos impostos, sim, mas existe um retorno. Aqui, ficamo-nos pelos impostos… que o retorno “mais vale tarde do que nunca!”

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  60. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 14:45

    Uns momentos antes de Amstrong ter dado o primeiro passo na Lua.

    RB

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  61. 21 Maio, 2010 14:48

    “É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade” … pois, por isso é que os rapazes de Chicago”, aqui representados por jcd, nunca dizem palavra sobre o facto de a Banca não ser tributada, em sede de IRC, como são as empresas, digamos, normais.; pode não levar à prosperidade de ninguém mas levaria, concerteza, a mais justiça; mas para os nossos liberais-radicais isso não interessa nada.”

    Tenho uma ideia: Se a banca é menos tributada que as outras empresas – o que não é verdade mas julgo que iria perder tempo outra vez em explicações -poderíamos todos exigir que as outras empresas fossem menos tributadas de modo a pagar o mesmo que a banca. Traria mais justiça, uma vez que mais desempregados conseguiriam emprego. E isso, a si, interessa-lhe?

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  62. zazie permalink
    21 Maio, 2010 14:50

    O neo-liberalismo não é nenhuma forma de governo e não existe em nenhum país.

    É uma ideologia do capitalismo internacionalizado (que por si só nem seria mau) mas que depois o subverte por estes jogos financeiros sem retorno.

    O neo-liberalismo é lobbie. Mas, a utopia que prega começou com Hobbes e tem, de facto, o mesmo ponto de partida da marxista.

    Deriva das luzes e da crença no mecanicismo da natureza a que acrescentaram o darwinismo social.

    Portugal não tem nem socialismo nem liberalismo- tem ciganos ao saque.

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  63. tina permalink
    21 Maio, 2010 14:53

    “Deves ver as coisas em perspectiva; os paises comunistas em tempos que já lá vão também foram ricos e prosperos, aliás concorriam com os Gringos em todas as matérias.”

    E o seu papazinho deve ser simpatizante do BE ou do PCP e criou o filho assim, deixe lá, a culpa não é sua.

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  64. zazie permalink
    21 Maio, 2010 14:54

    Há meia dúzia de ideias em que se sustentam estas ideologias e, no caso da vertente moderna do liberalismo são sempre as mesmas.

    A crença no equilíbrio das leis da economia e necessidade de ausência pessoal do governo.

    O pressuposto da inexistência de Bem Comum- como motor do progresso.

    A sacralidade da propriedade- que assim passa a ser algo individual, sem correlação com colectivos.

    Claro que quem aproveita disto é quem vive da internacionalização e para quem a grande escala trouxe a possibilidade de fazer fortunas a 500 à hora.

    Mas depois, como é uma ideologia, quer vender este individualismo como um “eficientismo” social que teria como beneficio fazer justiça social e tornar o mundo rico para toda a gente.

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  65. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 14:54

    Se soubesse cara Tina, se soubesse…

    RB

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  66. Nightwish permalink
    21 Maio, 2010 14:56

    #11
    Deveria ser um estado social na forma de cheques-escola e cheques-saúde. Desta forma é um estado ladrão cheio de penduras que se aproveitam.

    Isso é uma boa maneira de estratificar a sociedade, os que têm vão para a escola de elite, os que não têm vão para a escola normal. Olhe que não é por isso que as escolas públicas cá têm mais ou menos a mesma qualidade dos privados. Há umas é que têm azar e depois não têm leis que lhes permita despedir/expulsar/punir.
    Aliás, nem sequer há estruturas para apoiar as crianças dotadas, mas com problemas sociais, por exemplo.

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  67. 21 Maio, 2010 14:56

    Este exemplo é interessante mas não realista. É que numa economia com agentes económicos em competição, concorrência, se houver alguns com mais poder do que outros, concorrência monopolista, oligopólios, os mais fracos e pequenos mesmo que se esforcem não conseguem sobreviver.

    Imaginemos neste exemplo que não havia «socialismo» e que os melhores alunos tinham capacidade de controlar o tempo dedicado ao estudo dos piores. Será que se poderia achar isso correcto ? E é precisamente isso que ocorre em Portugal por exemplo no fornecimento de energia electrica, combustível, água, telecomunicações, etc.

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  68. daburaca permalink
    21 Maio, 2010 14:56

    É o socialismo que dá cabo de nós.

    E que bela oportunidade tiveram agora os bons, com o professor, professores de teorias, de pôr termo à desgovernação que eles dizem, sem nenhuma ideia clara de a corrigir. Porque se cortaram, cobardolas, sem rumo, temerosos, indecisos, no fundo lá pensando, mas nós somos outros que tais, da justa famelga de interesses que se autopromove, saqueia, para o redistribuir entre iguais.

    E não votaram a moção de censura, os bons, que nem já oportunistas sabem ser, se não expectantes, uns mestres de tretas neolibarais.

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  69. zazie permalink
    21 Maio, 2010 15:02

    São as duas faces da mesma moeda .De um lado a internacional dos famélicos da terra; do outro a dos banqueiros.

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  70. Alfredo permalink
    21 Maio, 2010 15:06

    Ricciardi:

    Em vez de passarmos décadas a discutir qual deve ser o peso do estado, mais valia começarmos a discutir quais devem ser os mecanismos para evitar a corrupção, para mudar a porcaria de justiça que temos, e tudo o mais.

    O Domingos Névoa é todo um símbolo de tudo o que está mal. Nesse sentido, PS e PSD são iguais e os outros não ajudam. Precisamos de começar a centrar o discurso político no combate a estas fraudes, e recompensar com votos os partidos que agirem nesse sentido. Eles têm de saber que ou mudam, ou perdem eleições. Não basta assustar-nos com o outro, que é igual, estado um por cento a mais ou a menos.

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  71. Ricco Filho permalink
    21 Maio, 2010 15:06

    PARABÉNS POR ESTE POST, JCD!

    Com uma pequena “estória” se vê no que dá o Estado em acção… Parabéns, uma vez mais!

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  72. zazie permalink
    21 Maio, 2010 15:12

    E depois falam como se fossem criancinhas ingénuas e tudo isto se passasse como no laboratório- sem intervenções de factores externos que invalidam a existência de comportamentos a papel químico das tais leis que inventam.

    Conseguem transformar a natureza humana num cena anódina ao sabor da lei da gravidade ou de outras leis que lá governam os efeitos atmosféricos e o “mercado”.

    E, com esta crença que nem criancinha de 5 anos tem, inventam depois as consequências ideais, no mundo ideal deles- que não existe.

    Nos entretantos dão cobertura aos ciganos e a todos os que na realidade levam sempre a parte de leão com ciganice.

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  73. tina permalink
    21 Maio, 2010 15:14

    “sso é uma boa maneira de estratificar a sociedade, os que têm vão para a escola de elite, os que não têm vão para a escola normal.”

    porque diz isso se todos receberiam o mesmo? A diferença é que todas as escolas passam a ser privadas. Estratificação existe agora porque as crianças têm de ir à escola da zona de residência e as que vivem no bairro social vão à escola do bairro social, as que vivem no Restelo vão à escola do restelo, etc.

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  74. zazie permalink
    21 Maio, 2010 15:17

    A questão do “peso do Estado” devia logo começar pelo peso de quem se mete no Estado e vive encostado a ele.

    Só depois é que podiam falar do “peso abstracto de uma entidade abstracta na sociedade”.

    E depois precisavam de ser claros em relação a uma grande questão- para que servem os governantes, para além de cortarem as ligações à sociedade e deixar cada um por si?

    A esta resposta o Lucklucky e o peluche chamaram fascista a um texto do bacano do Ricciardi que eu postei no Cocanha.

    Em termos gerais, o texto falava de necessidade de visão e conhecimento dos políticos e das políticas de um país, que sempre precisaram de orientação.

    E ele dava uma série de exemplos do que devia ser impulsionado cá- a expansão para mercados fora da UE- os dos Palops e citou o exemplo do governo alemão que se reuniu com os fabricantes de automóveis por causa das estratégias face à crise.

    Chamaram a isto fascismo e “apelo à autarquia”. E chamaram-me nazi, dizendo que foi por culpa destes “dirigismos estatais” que o nazismo aconteceu.

    Juro. Eu sabia que eram loucos mas tanto também não.

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  75. Portela Menos 1 permalink
    21 Maio, 2010 15:20

    jcd. (…) Tenho uma ideia: Se a banca é menos tributada que as outras empresas – o que não é verdade mas julgo que iria perder tempo outra vez em explicações -poderíamos todos exigir que as outras empresas fossem menos tributadas de modo a pagar o mesmo que a banca. Traria mais justiça, uma vez que mais desempregados conseguiriam emprego. E isso, a si, interessa-lhe? (…)

    demagogias e tiques de Sócrates à parte, pode sempre baixar do pedestal e explicar-nos porque é que nãp é verdade o facto da banca não ser tributada, EM SEDE DE IRC, à taxa de 27%, ou mais, com derramas incluídas. A não ser que entre em linha de conta com os custos incorridos pela Banca com os pareceres fiscais (escritórios de fiscalistas ou técnicos próprios) !

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  76. 21 Maio, 2010 15:22

    “Este espaço permite-te a liberdade em quantidade, mas limita-te em termos de qualidade. É uma espécie de regulador de mercado. O que é lógico e salutar.”

    Este espaço é privado. Enquanto a wordpress nos permitir, é nosso e quem dita as regras somos nós.

    “Quer dizer, podes escrever aq quantidade de letras que quiseres, desde que respeites a ética de quem define as regras. A isto chama-se regulação de mercado. Os reguladores acham, ao que parece, que tu nem sempre respeitas a ética. Ora, se fosse o mercado a decidir sobre a tua continuidade enquanto utilizadora do nick ‘zazie’, uns bloqueavam-te outros não.Andarias, pois, ao sabor das motivações particulares de uns e outros, enfim, serias alvo dos interesses mais mesquinhos da humanidade… a inveja, o ódio etc.”

    Grande confusão, Ricciardi. Há milhões de blogues no “mercado” e todos eles são diferentes e com regras diferentes. A Zazie ou qualquer outro comentador têm a liberdade de escolher se querem vir para aqui, concordar ou discordar, ou para outro lado qualquer. Mas cada um tem as suas regras, implícitas ou explicitas, e também é opção do comentador submeter-se a elas ou não. Tal e qual como quem vai a um restaurante ou a uma loja. Escolhe em função do gosto, do preço e das regras. Não gosta, não vai. Poucos seriam os restaurantes que permitiriam aos seus clientes peixeiradas diárias nas suas instalações. (se houver muitos interessados, até pode ser um bom investimento).

    O que me parece ridículo é alguém ir a um restaurante todos os dias, ser quase sempre expulso por mau comportamento e voltar no dia seguinte. Claro, este é o melhor restaurante, mas haja dignidade.

    Acredita mesmo que seria melhor que os blogues fossem regulados por alguma entidade superior? Todos iguais, ao sabor das regras duma qualquer Estrelas Serrano do partido do poder em cada momento? Que horror. As pessoas são diferentes, as motivações são de cada um, é esta multiplicidade, esta liberdade de cada um decidir o que quer fazer no seu espaço que torna este universo um meio único de opinião e debate. Ainda bem que assim é.

    Como sabe, nunca ninguém aqui o impediu de manifestar a sua opinião livremente, discordando quase sempre de tudo o que escrevemos. É fácil de perceber porquê: as regras são simples e fáceis de entender e qualquer pessoa com um mínimo de cortesia e boa educação as segue. Optámos pela não moderação para permitir o debate fluido e a troca imediata de opinião. A consequência é termos que aturar os trolls, os anónimos de serviço e a má educação. Vamos vivendo assim. Na minha opinião, que não será partilhada por todos os autores do Blasfémias, os comentários destrutivos de debate também deveriam ser todos eliminados. E mesmo com essa regra existisse, sabe bem que nenhum comentário seu seria alguma vez eliminado.

    O debate ficaria enriquecido. Era o mesmo que escrever à porta das caixas de comentários “Reservado o Direito de Admissão”.

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  77. zazie permalink
    21 Maio, 2010 15:26

    A questão de fundo é que, como fazem coincidir o aparelho de Estado com a Nação (coisa que negam a existência- pois são fruto do jacobinismo e positivismo das luzes) em vez de derrotarem os aparelhos de Estado escavam as Nações.

    Por isso é que precisam de não ter pátria.

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  78. zazie permalink
    21 Maio, 2010 15:29

    E, quanto a mim, também é por isto que tendem sempre a ser republicanos e laicos.

    A passagem do Levtithan do Hobbes ao Levithan das organizações sem cara há-de ser a passagem natural do liberalismo ao neo-liberalismo.

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  79. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 15:33

    Perfeitamente de acordo Alfredo.

    A discussão sobre ideologias são nem utilidade nenhuma. Na verdade as pessoas que nos governam é que podem fazer a diferença.

    Não é porque o mercado é pouco liberalizado que estamos na crise que estamos… nunca o mercado foi tal liberalizado como agora.

    A questão central do declinio do ‘ocidente’ prende-se factores prácticos:

    1) Liberalização do comercio internacional.
    2) Importação de produção de paises que não respeitam as mesmas regras que os players do ‘ocidente’… produção sem restrições ambientais, o trabalho escravo e mão-de-obra infantil.

    Consequentemente, produzem mais barato aquilo que por cá produziamos.

    O consumidor preferiu, obviamente, a alternativa ‘menor preço’ e os estados ocidentais endividaram-se para ir mantendo o estilo de vida que tinham e que tanto custou a alcançar; a saúde universal, a educação, o apoio social.

    O emprego está, obviamente, aonde se produz; e a produção não está na europa, nem nos EUA… por isso o desemprego é consequencia imediata. Quando a China evoluir, e os seus cidadãos começarem a melhorar o seu nivel de vida, já não conseguirá produzir da mesma forma; o mercado globalizado encarregar-se-á de substituir a china por outro pais qualquer; e o ciclo recomeçará.

    O destino das pessoas no ocidente só pode ter um desfecho, o definhamento; os estados irão paulatinamente retirando todas as regalias ás pessoas, aos poucos ficaremos achinezados. Nessa altura seremos bons paises para atrair investimento chines, nessa altura teremos nós mao-de-obra barata e sem qualquer tipo de restrições.

    Não é possivel que aconteça de outra forma, se o paradigma não mudar.

    RB

    RB

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  80. Romão permalink
    21 Maio, 2010 15:37

    #90.

    RB,

    Antes disso, provavelmente lá para 2035, a China ver-se-á a braços com uma epidemia de idosos, um ratio de rapazes/raparigas aberrante e artificial e a uma classe trabalhadora diminuta por imposições da política de natalidade; terá de escolher entre gastar o que tem acumulado até agora em pensões ou livrar-se dos velhos.

    E o motor do mundo deslocar-se-á para outro local onde grasse a pobreza.

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  81. 21 Maio, 2010 15:41

    “…demagogias e tiques de Sócrates à parte, pode sempre baixar do pedestal e explicar-nos porque é que nãp é verdade o facto da banca não ser tributada, EM SEDE DE IRC, à taxa de 27%, ou mais, com derramas incluídas.”

    Sete razões:

    1. Os bancos são grupos empresariais. Têm participações em empresas das quais recebem dividendos mas cujos impostos já foram pagos pela participada. Acha que deveríamos obrigar os bancos a pagar novamente os impostos sobre dividendos já tributados noutra empresa?

    2. As aplicações dos bancos em off-shore tem fiscalidade reduzida, nomeadamente no off-shore da Madeira. Claro que o governo pode impedir o recurso a off-shores, o que faria a taxa efectiva de IRC da banca subir. Mas as coisas nem sempre são o que parecem. A taxa relativa poderia subir, mas o IRC total baixaria, porque sem acesso a off-shores, os clientes dos bancos nacionais que procuram esse tipo de aplicações iam dar uma volta pela banca internacional, contribuindo alegremente para o aumento da colecta fiscal noutros países.

    3. Muitas outras operações bancárias têm benefícios fiscais, porque se não as tivessem não seriam feitas por falta de competitividade. Mais vale pagar 10% de 100 que 27,5% de nada.

    4. A fiscalidade das operações de hedging (cobertura de risco) é complexa e há muitas vezes um desfazamento entre o apuramento da matéria fiscal e o apuramento do resultado. Os bancos dispõem de alguma capacidade de planeamento fiscal e de diferimento de impostos por esta via. Se impuser fiscalidade diferente aos bancos portugueses, no problema. O mundo é grande.

    5. Há inúmeras operações bancárias com tributações autónomas. Se assim não for, essas operações não fazem sentido. Tal e qual os juros dos seus depósitos.

    6. Muitos bancos são multinacionais. Por exemplo, o BCP é um dos maiores bancos na Polónia. A taxa de IRC na Polónia é inferior à portuguesa. Nas contas consolidadas, a taxa de imposto aparece menor. Quer aumentar os impostos na Polónia?

    7. Os bancos têm os melhores quadros em diversas áreas. Têm também os melhores fiscalistas. Há várias maneiras de fazer diversas operações e a complexidade absurda da legislação portuguesa permite grandes diferenças de tratamento entre situações aparentemente idênticas. Os especialistas acabam sempre por encontrar o modo mais eficaz de poupar nos impostos, o que é louvável. Todas as empresas e todos os particulares têm o direito de utilizar os mecanismos postos ao seu dispor pela legislação em vigor para maximizar os seus rendimentos. É apenas boa gestão.

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  82. Romão permalink
    21 Maio, 2010 15:41

    Mas tudo isto continua a ser culpa do eleitor, que se foi deixando transformar em consumidor quando o preço passou a ser o único critério de mensuração das coisas. E se é esse o único critério, já nem há política, a não ser a política de peixeirada que tem como único fundamento quantificar quanto se quer gastar e onde.

    E a governação resume-se a um exercício de lojeca e – pasme-se – mal feito.

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  83. zazie permalink
    21 Maio, 2010 15:48

    Essa questão do peso das ideologias é pertinente.

    Eu tenderia a dizer o mesmo que o Ricciardi- que os problemas não derivam delas mas de questões concretas.

    Mas, depois penso no peso das ideologias que fazem as guerras e no peso das ideologias que fazem as políticas do FED e por aí fora, entrando no peso das ideologias que fazem os lobbies e tenho dúvidas.

    Eu não acredito que os Bernankes não tenham peso nos resultados de muita cena financeira e que esse peso não tenha um fundo ideológico.

    Só não contam quando não têm poder.

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  84. 21 Maio, 2010 15:50

    Zazie, já fez os print screens todos? Vá lá, dou-lhe mais uns minutos para copiar tudo.

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  85. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 15:51

    JCD,

    Pois é, a prática da vossa casa é exactamente aquilo que defendo; a ética do mercado.

    Não é porque não concorda ou deixa de concordar com as opiniões da Zazie ( que eu pessoalmente muito admiro) que a bloqueia, mas sim porque do seu ponto de vista ela ofende-lo-á a si ou a outrém nos valores éticos que v.exa. considerará. Bem ou mal são os seus e ninguém tem nada com isso.

    Pelas suas palavras compreendi o que está subjacente… ‘na nossa casa (privada) mandamos nós’ e estabelecem por isso as vossas regras.

    Da mesma forma, o mercado real deve ter regras ou limites a todos os players; tal com os donos deste blogue, os paises ocidentais também tem valores éticos, mas curiosamente importam produtos derivados da degradação humana.

    Gostaria, pois de perguntar-lhe, nesta nossa casa – o ocidente – poderemos tambem limitar o acesso a quem não partilhe os mesmos valores na produção?

    RB

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  86. tina permalink
    21 Maio, 2010 15:52

    “O que me parece ridículo é alguém ir a um restaurante todos os dias, ser quase sempre expulso por mau comportamento e voltar no dia seguinte. Claro, este é o melhor restaurante, mas haja dignidade.”

    ahahahaha!…

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  87. Berto permalink
    21 Maio, 2010 15:52

    “A questão do “peso do Estado” devia logo começar pelo peso de quem se mete no Estado e vive encostado a ele”

    Aí é que está a questão! E deixemos de vez as ideologias e os “ismos”. É preciso mais estado? Não sei, mas o estado precisa de gente competente e honesta para gerir e distribuir os nossos impostos numa perspectiva de qualidade de vida para o cidadão. É preciso mais iniciativa privada? Continuo a não saber, mas a competitividade gera emprego, progresso e desenvolvimento. Isto, claro, se para além do justo lucro haja um sentimento de dever para com a sociedade e o país. Agora entregar o estado a pato bravos quando a iniciativa privada é na sua maioria gerida por merceeiros analfabetos esta treta nunca terá solução. E muito menos quando os escroques da finança internacional andam por aí à solta e sem freio.

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  88. tina permalink
    21 Maio, 2010 15:57

    Fantástico jcd, adoro a sua inconstitucionalidade!

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  89. Romão permalink
    21 Maio, 2010 15:58

    Basta ter como exemplo o que se tem vindo a passar com a America e com os Tea Party (nas suas múltiplas declinações): o partido republicano é, de repente, considerado demasiado liberal e candidatos extremistas ganham eleições. Isto tem duas análises possíveis e uma ponte que as liga:

    em primeiro lugar, o eleitorado está cansado do sistema partidário porque os quesitos de cada um têm de ser amortizados e homogeneizados no bolo a que corresponde o ideário de um partido e as concessões que antes se faziam em prol “do partido” agora são vistas como sacrifícios incomportáveis.

    em segundo lugar, os Tea Party são sobretudo movimentos de reacção à crença mantida e reforçada pelos ideólogo de direita e de extrema-direita de que a América se está a socializar, no sentido pejorativo que o termo adquire quando se pensar que esta gente foi criada com um imaginário (até na vertente gráfica) em que o termo socialista era comparável ao termo assassino.

    a ponte é fácil de fazer. O contrato social de Hobbes está a derreter e a fragmentar-se. Há cada vez mais cidadãos a considerar que se conseguem defender sozinhos (a vantagem máxima que o Estado pode proporcionar) e a desejar a auto-amputação do resto do estado orgânico idealizado por Hobbes.

    É a atomização.

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  90. 21 Maio, 2010 16:03

    “Gostaria, pois de perguntar-lhe, nesta nossa casa – o ocidente – poderemos tambem limitar o acesso a quem não partilhe os mesmos valores na produção?”

    Outra pergunta para si.

    Deve o Ocidente deixar à fome os trabalhadores dos países subdesenvolvidos, impedindo-os de crescer porque não conseguem passar do 8 para o 80 dum só salto?

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  91. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 16:20

    JCD,

    Não. Claro que não.

    O mercado deve ser aberto e livre a todos os Players que tenham as mesmas condições de base OU que se proponham a implementa-las, ainda que gradualmente.

    Dito de outra forma, paises com valores éticos semelhantes podem concorrer entre si de forma justa sem qualquer necessidade de ajustamentos alfandegários;

    Paises como o paquistão, somália, china, entre vários outros, devem também poder concorrer, desde que sejam implementadas medidas que contribuam para a humanização da produção, em questões como as condições do trabalho e ambientais.

    O que acontece, hoje em dia, é que esses paises querem continuar a produzir utilizando escravos e poluindo à vontade.

    Lembro-lhe que na indonésia, ilhas inteiras são desbastadas para obter madeira para fazer papel, sem qualquer reposição de novas arvores… ao mesmo tempo, em Portugal, o estado obriga a soprcel a repovoar as florestas dentro de regras ambientais restrictas

    Não é possivel competir deste modo; o papel da indonésia vem a preços imbativeis.

    RB

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  92. Romão permalink
    21 Maio, 2010 16:28

    Tina, tenha juízo e continue a bater palminhas que é muito boa a fazer isso.

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  93. Portela Menos 1 permalink
    21 Maio, 2010 16:35

    Jcd
    21 Maio, 2010 às 3:41 pm

    obrigado jcd, ingenuidade minha.
    e eu que nem me lembrei do termo certo para definir FUGA AO FISCO, por parte da Banca: planeamento fiscal ou, a aplicação do princípio: “fugir aos impostos não é crime, é legitima defesa”

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  94. tina permalink
    21 Maio, 2010 16:38

    O Romão está com ciúmes. Se quiser que eu o elogie, tem de deixar-se de banalidades.

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  95. Romão permalink
    21 Maio, 2010 16:42

    #98.

    Tina, a diferença entre um elogio seu e do Piscoiso é de unicamente de nicks e quero tanto um como outro como quero dar um rim.

    Se quer que falem de si em termos mais próprios que Tinamonga, tem de se esforçar por dar ao material que o criador lhe colocou entre os dois tímpanos. Caso não possa ou não queira, continue a bater palminhas, fá-lo muito bem e uma claque é coisa briosa até em equipas de estivadores.

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  96. Nightwish permalink
    21 Maio, 2010 16:42

    Tina:“porque diz isso se todos receberiam o mesmo? A diferença é que todas as escolas passam a ser privadas. Estratificação existe agora porque as crianças têm de ir à escola da zona de residência e as que vivem no bairro social vão à escola do bairro social, as que vivem no Restelo vão à escola do restelo, etc.”

    Porque se o subsídio for de 1000€, o que não imagino, vai haver escolas a custar 2000€.

    Jcd Este espaço é privado. Enquanto a wordpress nos permitir, é nosso e quem dita as regras somos nós.
    Olhe que o software livre é comunista… (not really)

    Deve o Ocidente deixar à fome os trabalhadores dos países subdesenvolvidos, impedindo-os de crescer porque não conseguem passar do 8 para o 80 dum só salto?
    Uma pergunta mais genérica: Deve o ocidente obrigar os países subdesenvolvidos a aceitar acordos comerciais que os mantêm na cepa torta sem capacidade de investir porque têm que aceitar a propriedade intelectual de outros (ao contrário do que o Ocidente fez) e aceitar comida estrangeira subsidiada e sementes da Monsanto em troca de ajuda porque assim é o mercado?

    E depois é como diz o Ricciardi, também não apresentam soluções, só um piorar gradual e irreversível de condições até chegarmos outra vez a uma sociedade feudal em termos de direitos e obrigações, mas de forma faseada para, tal como os sapos, não nos apercebermos que estamos a ser cozinhados.

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  97. 21 Maio, 2010 16:46

    Boa tarde.

    Li vários comentários inspiradores que merecem threads paralelas de discussão. Mas gostaria agora de contar uma história verdadeira, conexa da relatada por Jcd.

    Na recém-liberdade conquistada, por entre sessões plenárias de autos-de-fé contra professores “fascistas”, certa turma rebelou-se contra o seu professor de Matemática cuja alcunha era o “Claymore”. A turma, toda ela, pretendia um ensino democrático repudiando o tradicional Magister dixit. O professor, inteligente e conhecedor do contexto da época, logo perguntou: então como vamos fazer? A turma respondeu: fazemos grupos de trabalho (colocando as então “carteiras” em círculo), estudamos por nós próprios e o professor circula entre os grupos explicando dúvidas.

    Tudo correu sobre rodas. Excepto sempre que vinham os resultados dos testes. Corria o ano de 1975.

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  98. Romão permalink
    21 Maio, 2010 16:48

    De resto, não fosse a Zazie um furacão intempestivo e incontrolável (o que não infrequentemente a prejudica porque a forma se sobrepõe ao conteúdo e os menos atentos perdem a vontade de a ler) e inventar-se-iam outros motivos para a censurar só porque ela é um espírito livre e esses, mal grado o “pugresso”, são indesejáveis em qualquer sítio, porque corroem a dinâmica de clube só passível de ser construída quando todos afinam pelo mesmo diapasão. Um bem-haja à rapariga porque eu também tenho especial afeição por piratas.

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  99. tina permalink
    21 Maio, 2010 16:56

    Olhe Romão, só o facto de você dar tanta atenção àquela desparafusada, vê-se logo que é um petulante intelectual que ainda não percebeu que está a falar com uma pessoa desparafusada. Hà pessoas que descobrem isso logo mas você está a levar tempo demais.

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  100. tina permalink
    21 Maio, 2010 17:03

    “são indesejáveis em qualquer sítio, porque corroem a dinâmica de clube”

    então não há-de corroer? Tanta diarreia verbal como a dela, de pessoas frustada e desocupada, cujo único objectivo é contrariar, insultar e deitar abaixo tudo o que mexe, claro que corrói a dinâmica. As caixas de comentários teriam muito mais nível se não fosse por ela. Mas, por outro lado, todos nós temos um lado mauzinho e gostamos de ver os outros a fazer figuras tristes, por isso até é divertido quando ela aparece.

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  101. Romão permalink
    21 Maio, 2010 17:17

    #105.

    “Mas, por outro lado, todos nós temos um lado mauzinho e gostamos de ver os outros a fazer figuras tristes, por isso até é divertido quando ela aparece.”

    Em muitas ocasiões há largas dezenas de pessoas a pensar exactamente o mesmo de si. Melhor, só ao espelho e tramado é v. exa. ser a única a não dar conta disso.

    Palminhas Tina, palminhas, como lhe ensinaram e sem improviso que isso do jazz não é para qualquer um.

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  102. 21 Maio, 2010 17:47

    «os paises comunistas em tempos que já lá vão também foram ricos e prosperos, aliás concorriam com os Gringos em todas as matérias»

    Faz-nos o favor de nos indicar bibliografia que sustente estas asserções? Referir-se-á à China de Mao quanto comparada à China de Hu Jintao? À Cuba de Castro, Fidel à de Castro, Raúl? À União Soviética de Estaline, Kruchev e Brejnev por referência à de Federação Russa de Putin? À Roménia de Ceausescu comparada com a de Traian Băsescu? À RDA de Honecker comparada com os estados a leste da Alemanha reunificada? Etc, etc, etc.

    A concorrência com os gringos ia para além da capacidade atómica (roubando-a inicialmente, claro) e do complexo militar-industrial associado?

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  103. tina permalink
    21 Maio, 2010 17:51

    Voce é como aquela desparafusada: gosta de implicar e depois, deitar as pessoas abaixo. Devia chamar-se Romã. Bem, vou bazar, há coisas melhores para fazer sexta-feira à tarde do que estar a discutir com mulheres.

    (por favor, não apaguem este comentário, ele é que começou!)

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  104. 21 Maio, 2010 18:18

    «Basta ter como exemplo o que se tem vindo a passar com a America e com os Tea Party (nas suas múltiplas declinações): o partido republicano é, de repente, considerado demasiado liberal e candidatos extremistas ganham eleições.»

    Caro Romão, a utilização do termo “liberal” no contexto em que o insere aqui pode ser causadora de confusões. No sentido americano do termo, concordarei consigo. No sentido que os europeus dão à palavra, já não.

    Por outro lado, o movimento Tea Party é muito, mas mesmo muito diverso nas suas diversas instanciações. Por exemplo, Rand Paul, de profissão médico oftalmologista, não é um candidato extremista (ganhou esta semana o direito a defrontar-se com o candidato democrata na corrida ao Senado contra candidato oficial do partido republicado), a não ser que por extremista se entenda todo aquele que combata o incessantemente crescente gigantismo estatual e a consequente míngua do espaço de liberdade dos cidadãos. Se eu lá estivesse, seria o meu candidato. Serei eu um extremista? Talvez, mas só no sentido em que tendo a gangrena se expandido de tal modo, já só nos resta a amputação para permitir salvo o resto do corpo. E a vida.

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  105. 21 Maio, 2010 18:27

    «Não é possivel competir deste modo; o papel da indonésia vem a preços imbativeis.»

    Mas nós não queremos competir produzindo papel comum. O que deveremos quere é produzir, por exemplo, papel higiénico de cor preta ou de outra qualquer que não branca.

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  106. 21 Maio, 2010 18:35

    “Bem, a questão do mérito e do seu reconhecimento não se esgota em si mesmo… a questão que se coloca, não é se quem tem mérito deve ou não ser reconhecido, isso está ultrapassado.”

    Está mesmo? É que a carga fiscal total associada ao trabalho de um assalariado de topo já anda por cima dos 75%. Grande incentivo ao mérito…

    “A questão central é se o professor deveria ou não disponibilizar sessões extras de explicações para melhorar os menos aptos; o que significa, tempo e dinheiro ou despesa.”

    Desde que lhe paguem, ele estará certamente disponível. E os menos aptos, estão dispostos a um esforço adicional para acompanhar os mais aptos? E quem lhe diz que é só uma questão de aptidão? O estudo e a dedicação também ajudam.

    “O que está subjacente ao principio de estado social é partir do pressuposto que as pessoas tem capacidades diferentes e tem ritmos diferentes de aprendizagem;”

    E diferentes vontades para trabalhar.

    “Nesta perspectiva, os estados sociais (alemanha, dinamarca, filandia, suecia, canada, holanda, franca) que por acaso são os mais desenvolvidos do mundo, investem na evolução dos mais aptos e simultaneamente investem na recuperação dos menos aptos.”

    Em Portugal também. Ele são aulas de apoio, aulas de recuperação, por aí fora. Mas por muitas aulas que tenha, haverá sempre grandes diferenças. A única maneira de eliminá-las é cortar nos melhores porque nunca se pode nivelar por cima. Conseguimos transformar um génio num mediocre (como a história conta), mas o contrário é impossível.

    “O contrário, a perspectiva (neo)liberal, é demasiado desumana porque é assente na lei do mais forte, a lei da selva… um leão com a pata partida morre com toda a certeza. O ser humano, porque vive num estado social, sobrevive.”

    Voltamos à Somália, não é? Sugiro que o debate fique por casos realistas.

    “Um caso paradigmatico disso, são os 50 milhões de americanos sem qualquer tipo de assistencia médica que o (neo)liberalismo não resolveu; e não resolveu porque não estão na genese neo-liberal os valores da solidariedade e compaixão.”

    Os americanos sem seguro de saúde não são os mais pobres, uma vez que esses têm acesso ao sistema Medicaid. Metade dos não segurados fazem-no por opção própria. Outra parte são imigrantes que não regularizaram a sua situação (tal como em Portugal, têm que pagar os tratamentos) e ainda um grupo grande tem direito ao Medicaid mas nunca regularizou a situação. Restam aqueles que têm empregos mal remunerados mas acham o seguro muito caro, ou têm muitas despesas. Alguma solução tem que se arranjar, mas se há cidadãos na mesma situação que pagam seguro, é difícil dar algo a uns que não se dá a outros. O que é certo é que 80% dos americanos com seguro têm acesso aos melhores hospitais do mundo e aos melhores tratamentos. Vamos ver o que sai da solução Obama.

    RB

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  107. za««zie permalink
    21 Maio, 2010 18:54

    Toma lá e entretém-te

    http:// cocanha. blogspot.com/2006/03/entre-um-snob-e-um-cago-vai-o-passo-de.html

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  108. 21 Maio, 2010 18:57

    “Sabes aonde leva esse tipo de politicas aonde apenas se considera os que tem sucesso?
    – Á ideia do homem perfeito; uma espécie de arianismo nazi, aonde quem não se enquandra num conceito de perfeição, é excluido votado ao desprezo…

    Estava a tentar lembrar-me quem mais queria construir um homem novo.

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  109. Carriço permalink
    21 Maio, 2010 19:08

    Diz por aí jcd (77)

    “O que me parece ridículo é alguém ir a um restaurante todos os dias, ser quase sempre expulso por mau comportamento e voltar no dia seguinte. Claro, este é o melhor restaurante, mas haja dignidade.”

    1. As regras de admissão no “restaurante” estão aqui:

    Sobre

    2. Há nicks que são expulsos, ainda que os seus comentários obedeçam às regras referenciadas em 1..

    3. A expulsão de um nick, subentende que é tão só a expulsão de um nick, já que a pessoa que o utilizou, pode voltar a participar com outro nick e com o mesmo discurso. Discurso dentro das regras do blogue, mas considerado de estilo “destrutivo”, termo avançado anteriormente por “jcd”.

    4. Donde se conclui pelo ridículo da censura, que apenas “destrói” quem a pratica.

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  110. lucklucky permalink
    21 Maio, 2010 19:14

    “Não é porque o mercado é pouco liberalizado que estamos na crise que estamos… nunca o mercado foi tal liberalizado como agora.”

    Qual mercado liberalizado?! em Portugal(e não só) não há preços verdadeiros para a escola, saúde, energia, combustíveis, serviços públicos. Ou seja mais de metade da economia não tem preços que tenham coisa alguma que ver com os custos. Não há mercado. Por outras palavras nenhum destes sectores alguma vez vai conseguir evoluir a não ser lentamente na melhor das hipóteses.

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  111. zazie permalink
    21 Maio, 2010 19:18

    Lá vem o outro que nunca percebe que se está a falar da

    globalização e que nós chocamos contra essa realidade. O mercado está liberalizado a nível mundial. E por cá está liberalizado a nível dos ciganos que se alaparam ao poder.

    É este o retrato. Mas há quem imagine que precisa de inventar “governos” onde só existem desgovernos.

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  112. zazie permalink
    21 Maio, 2010 19:19

    Por exemplo- tente algum bravo investidor exportar papel higiénico de cor preta, como teorizou o brilhante teórico economista do Peluche.

    É que, por chato que possa parecer e fascista como ele disse no outro dia- preto nem os pretos o queriam.

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  113. lucklucky permalink
    21 Maio, 2010 19:21

    Não sabia que a alfândega de Lisboa tinha fechado…seriam excelentes notícias.

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  114. zazie permalink
    21 Maio, 2010 19:25

    A tal de irmandade moralizadora é esta. É sempre pelos pobrezinhos lá longe.

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  115. 21 Maio, 2010 19:28

    “A questão central do declinio do ‘ocidente’ prende-se factores prácticos:

    1) Liberalização do comercio internacional.
    2) Importação de produção de paises que não respeitam as mesmas regras que os players do ‘ocidente’… produção sem restrições ambientais, o trabalho escravo e mão-de-obra infantil.

    Consequentemente, produzem mais barato aquilo que por cá produziamos.”

    A grande falácia volta a atacar. Como alguém recomendou outro dia, “Economics in One Lesson” de hazlitt. É um pequeno grande livro. De borla, aqui: http://jim.com/econ/

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  116. zazie vcensurada por falar irmandade entre projecto kantiano e liberalismo de mercado permalink
    21 Maio, 2010 19:35

    Para desmontar essa pescadinha de rabo na boca mais valia lerem o Falso Amanhecer do John Gray.

    O grande problema é apenas esta coisinha de somenos- estamos a viver uma experiência única desde que o mundo é mundo.

    Nunca o mundo esteve aberto sem haver Impérios a controlarem.
    Acreditou-se na possibilidade do mito kantiano e quem a levou à prática foi o liberalismo económico.

    Só com isto já tinham contradição até dizer chega para conseguirem explicar.

    O Kantismo da irmandade é “de esquerda”- quem o realizou- foi o mercado internacionalizado- que é suposto ser a salvação para os perigos do primeiro.

    As dicotomias tendem sempre a ser redutoras pois partem geralmente do mesmo erro de base.

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  117. zazie vcensurada por falar irmandade entre projecto kantiano e liberalismo de mercado permalink
    21 Maio, 2010 19:36

    Qual foi o item liberal da casa que foi violado nesta troca de comentários.

    Cá para mim foi o item- “cala-te que assim ainda me atrapalhas”

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  118. zazie censurada por falar irmandade entre projecto kantiano e liberalismo de mercado permalink
    21 Maio, 2010 19:39

    Já apagou a parte onde se falava da abertura da alfândega aos chinocas para se fazer caridade com os coitadinhos lá longe.

    é tramado como se censuram estes “palavrões” que “destabilizam a troca de comentários”.

    Também cortou a passagem onde se falava do “fascismo de se procurar mercados extra-europeus.

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  119. zazie censurada por falar irmandade entre projecto kantiano e liberalismo de mercado permalink
    21 Maio, 2010 19:45

    Acontece que o blogue também vive para as estatísticas e esta tua guerrinha comigo não favorece o colectivo.

    É lixada a existência de “bem comum”, não é?

    Pois é. E a publicidade não vende peixe podre a muita gente.

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  120. Nightwish permalink
    21 Maio, 2010 19:51

    “O que é certo é que 80% dos americanos com seguro têm acesso aos melhores hospitais do mundo e aos melhores tratamentos. “

    Depende se têm condições pré-existentes. Mesmo as que não têm nada a ver com o assunto. É esse o problema de não regular.
    Tal como as agências financeiras.
    E, entretanto, o serviço público é o mais caro e dos menos funcionais, havendo uns quantos públicos que funcionam bem (não guardei os números).

    Estava a tentar lembrar-me quem mais queria construir um homem novo.
    Cristo, não foi?
    É o problema de se querer forçar as coisas, é como uma empresa, sem convencer ninguém aquilo cai por ali abaixo.

    Eu não vou ler o livro nos próximos 15 minutos, mas o que sei é que já muitos tentaram vender a sua teoria económica como se fosse uma ciência e muitos falharam porque há sempre os que andam a abusar e os que os defendem e não os regulam.

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  121. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 20:40

    Na verdade, ninguém tem ideias concretas para resolver a questão económica do ocidente; vamos alegremente caindo na esparrela do endividamento, com o aval da utopia liberal do mercado livre e com a alegria dos não menos utopicos socialistas.

    O mais grave, é não vermos um palmo á frente dos olhos; os defensores do comercio internacional livre defendem duas coisas distintas e antagónicas, a saber:

    1) Para o mercado interno, apoiam medidas de combate à evasão fiscal, à poluição desregrada, à mão-de-obra escrava; hoje, investir numa empresa comporta custos de contexto fiscal, ambiental e do trabalho… e neste capitulo estamos todos de acordo, na verdade o mercado é um conceito que funciona optimamente quando os players se regem pelas mesmas regras.

    2) Quando se trata do mercado internacional, esquecem tudo e abraçam exclusivamente o principio da liberdade incondicional.

    O que faz perguntar: por que raio defendemos uma concorrencia leal dentro de portas, exigindo cumprimento de leis (que tem por base os valores humanos ocidentais), e já não o fazemos quando se trata de agentes internacionais?

    A resposta para este disparate está no dogma, na ideologia… o liberal moderno é um agente dogmatico, como o comunista também o era e continua a ser.

    Para agravar e contradizer aqueles que pensam que fabricar papel higienico preto resolve o problema, nada como fazer saber, que os asiaticos dedicam já grande parte do seu dinheiro para I&D; quer isto dizer que já não vamos lá pela inovação. Já foi tempo; hoje em dia ainda conservamos algumas marcas que nos vão dando vantagem; até ao dia que sejam compradas, o que até já vem acontecendo.

    Mais, as compras de marcas de empresas ocidentais de referencia, são uma politica recente da china; na tentativa de escoar as reservas de usd que tem em excesso, trocando as divisas por activos.

    O próximo passo dos governos ocidentais (a continuar assim), será baixar salarios (ainda mais) e apoios sociais e subsidios de natal e de férias, sucessivamente; a idade de reforma será adiada implacavelmente, numa lógica perversa; Perversa a lógica que mantem trabalhadores a cair de velhos, e que dificulta as familias de criarem mais filhos; numa curva demografica aflitiva.

    A lógica reinante é cortar… e ninguém pensa em produzir. Em gerar negócios, fomentar o empreendedorismo…

    A ideia destes socialistas do poder é fomentar consumos internos, obtendo para o efeito emprestimos internos ou no exterior; a ideia deles é atirar dinheiro para os agentes economicos e fazer girar a economia, independentmente da rentabilidade dos projectos; Ora, se a ideia é atirar dinheiro, era mais fácil sobrevoar o país de helicopetero e atirar dinheiro cá para baixo… o efeito era muito semelhante, garanto-vos e sempre chega cá baixo sem intermediarios.

    RB

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  122. tina permalink
    21 Maio, 2010 21:25

    “Na verdade, ninguém tem ideias concretas para resolver a questão económica do ocidente; vamos alegremente caindo na esparrela do endividamento, com o aval da utopia liberal do mercado livre e com a alegria dos não menos utopicos socialistas.”

    Mas o que se passa? Querem ser controlados pelos liberais? Não estão contentes com o vosso modelo de Estado Social? Não sabem o que querem e gostam de gastar aqui o vosso tempo fútil?

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  123. tina permalink
    21 Maio, 2010 21:30

    Era o que vocês queriam não eram? Armarem-se em reis bons e generosos e os outros, os liberais, que se responsabilizassem pelas vossas acções. É sempre assim, os imberbes de esquerda sempre à espera que os pais conservadores tomem conta de vocês. Pode ser, mas façam isso noutro lado, aqui preferiamos conversas maduras, de adultos. Que nos permitam avançar e não ter que retroceder ao vosso passo. Que gente tão chata!

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  124. tina permalink
    21 Maio, 2010 21:32

    Eu acho que o Blasfémias devia ser censurar todos os comentários de esquerda. Esta gente é uma perda de tempo tão grande!….

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  125. tina permalink
    21 Maio, 2010 21:43

    Os homens de esquerda são todos uns eununcos. Eles só fingem preocupar-se porque não conseguem fazer outra coisa. Os homens a sério criam riqueza, os eununcos distribuem-na.

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  126. 21 Maio, 2010 22:08

    «Por exemplo- tente algum bravo investidor exportar papel higiénico de cor preta, como teorizou o brilhante teórico economista do Peluche.»

    Já tentou e conseguiu. A empresa é a Renova

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  127. tina permalink
    21 Maio, 2010 22:16

    É por isso que os homens de esquerda são tão frustados. É simplesmente impossível as mulheres gostarem de eununcos. Elas só fingem, da mesma maneira que eles são uns grandes findores

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  128. Romão permalink
    21 Maio, 2010 22:19

    #130.

    De cada vez que escreves eununcos aumentas a minha compreensão e simpatia pelos psicopatas.

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  129. Romão permalink
    21 Maio, 2010 22:28

    #105.

    Eduardo,

    Eu referia-me a candidatos fora da esfera partidária (republicana e democrática).

    Daí o corolário da desilusão com o sistema partidário e da atomização social que conduz à desagregação do Estado.

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  130. 21 Maio, 2010 23:01

    Para além de ignorante é mentirosa. E tanto mais mente quanto persiste, incessantemente, em evidenciar a própria ignorância, numa trapalhada sucessiva de contradições em que se enreda a si própria, numa espiral tresloucada. Faz lembrar o JSócrates.

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  131. Ricciardi permalink
    21 Maio, 2010 23:06

    ahahaha

    Parece-me que há por aí grande confusão de conceitos; defender o estado social, não é defender tudo o que vem à cabeça. É valorizar e assegurar apenas aquilo que de facto é importante para o desenvolvimento e manutenção de um ser humano, independentemente de ter dinheiro ou não. É dar oportunidade de base igual a rico e a pobre.

    E o que é a oportunidade de base?

    É 1) poder ter saúde gratuita, se não tiver meios de a pagar (manutenção). 2) Ter educação gratuita se não a poder pagar (desenvolvimento) e Justiça.

    Estes são os pilares do estado social, a base de tudo se quiseres.

    E depois, se as contas públicas assim o permitirem podemos avançar em grau de civilidade… periodos de maternidade melhorados, apoios dignos ao desemprego, à velhice etc e tal. No fundo a evolução economica de uma país será determinante para melhorar as condições das pessoas.

    Nessa medida, para garantirmos alguma civilidade à população, não podemos cruzar os braços e esperar que a UE continue a enviar dinheiro; nem devemos continuar a financiar obras ou projectos sem retorno de divisas. É pois, urgente, termos governantes que pensem a economia empresarial de forma séria.

    Estudando as potencialidades comparativas de Portugal face aos outros paises, detectando oportunidades e promovendo investimento nesses sectores.

    Reduzir substancialmente impostos sobre o rendimento, isentando mesmo as empresas exportadoras ou aquelas que promovam investimentos internos que diminuam importações.

    Sou até da opinião (mais liberal não podia ser) de que nem devia existir IRS e IRC, mas sim apenas imposto sobre o consumo a taxas superiores que compensassem a perca de receitas daqueles (um dia explico porquê).

    O mundo navega á deriva… em tendências de moda, formatado em correntes de escolas neo-liberais, neo-conservadores… neo-bullshit.

    RB

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  132. tina permalink
    21 Maio, 2010 23:06

    Depois, estão sempre zangados, os homens de esquerda, que o mundo é tao injusto, e eles é que são tão bons, defendem causas tão nobres, como os pobres e o aquecimento global, ou então armam-se em cínicos, são tão diferentes assim, é o que eles pensam, mas depois em tudo demonstram uma extrema ignorância, e invariavelmente desapontam porque não produzem nenhuns resultados, são completamente im(com)petentes!

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  133. 21 Maio, 2010 23:13

    Será que tem, também, um problema cognitivo? Pelo menos, parece. Ou estarei a usar eufemismos?

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  134. Portela Menos 1 permalink
    21 Maio, 2010 23:17

    “É por isso que os homens de esquerda são tão frustados”
    “Depois, estão sempre zangados, os homens de esquerda”

    Após alguns comentários sobre politica passou a Sigmund Freud!

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  135. tina permalink
    21 Maio, 2010 23:19

    E, finalmente, os homens de esquerda estão a aprender com os liberais como a economia deve funcionar, menos socialismo, mais liberalismo, menos intervenção do Estado, mais liberdade de economia, etc. Mas eles aprendem tão devagar e é preciso uma paciencia tão grande!… O que os homens de esquerda precisam é de amas-secas, e é assim que a direita europeia funciona, sendo amas-secas da esquerda, e está a levar tanto tempo e é por isso que estamos a regredir tanto!..

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  136. zazie permalink
    21 Maio, 2010 23:45

    E depois bem pode ir lá dar entrevistas à Visão como representante do Blasfémias, que a coisa aí já não tem hipótese de servir para vender mais livrinho.

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  137. dona de casa permalink
    22 Maio, 2010 01:49

    troquem lá a cena do ” todos têm direito ao emprego ” por ” todos têm a obrigação e o direito de trabalhar” ( que a subsistência , para muitos , tem caído do céu) que a coisa melhora logo. aquela ideia do tributo social ? não concordo nada que seja dirigido a pessoas que estejam a receber subsídio de desemprego , que estão apenas a receber o ” seguro” que já pagaram , mas concordo a 1000% ( já sei que não existe , mas é para dar enfase ) aos que recebem rsi. tanta terrinha para lavrar , tanta dependência alimentar , tanta desertificação do interior , tanta mãozinha ociosa..um prato fantástico , aquele da “roupa velha” , com os restos do frigorífico.

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  138. dona de casa permalink
    22 Maio, 2010 02:09

    Tina , os homens de esquerda não são frustados , são apenas pessoas que necessitam de chicote para se portarem bem. eles queriam….mas não têm autocontrole , necessitam que o estado os ponha na linha , necessitam de coerção exterior para se aproximarem a “bons” , e quem diz estado , diz o Partido. ou seja , rejeitam a religião ( qualquer uma , não me refiro à católica em concreto ) , mas precisam ,ainda mais, que lhes imponham valores , e à força.
    e claro , como defendem , no plano das ideias abstractas , isto e aquilo xpto , tudo muito humano e incluidor , sentem-se à vontade para serem umas bestas no concrecto. e ainda por cima ,acham-se de uma raça superior. mas não são. são , na maioria , incapazes de por em práctica , no dia a dia , o que defendem.
    ( até o ateu marxista habermas anda a reconsiderar o papel da religião..)

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  139. zazie permalink
    22 Maio, 2010 02:44

    Depois queixem-se que digam que o mulherio só com quotas.

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  140. dona de casa permalink
    22 Maio, 2010 03:36

    ai , zazie , os de esquerda são fascistas : tudo para o estado , nada sem o estado. estou em crer , mas corrige-me se estiver enganada , que fascismo tem a ver com estado e nada mais.

    kiwi

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  141. dona de casa permalink
    22 Maio, 2010 03:48

    olha , e os de centro ? ni fu ni fa , suponho que os de verdadeiro centro , que eles são aos montes a fingir , para apanhar benesses dos dois lados ( esquerda e direita tem a ver com a mão com que se rouba e os de centro são ambidextros…) são pessoas preocupadas conciliadoras apanhadas num mundo dividido para roubar , nem é para governar , que governo não temos vai para uma carradas de anos.
    quotas? deviam ser era para homens.

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  142. 22 Maio, 2010 13:43

    “Os ricos trabalham mais se tiverem mais dinheiro e os pobres se tiverem menos” –Quitéria Barbuda

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  143. zazie permalink
    22 Maio, 2010 14:30

    Tenta explicar as questões teóricas que por aqui se debateram sem precisares do bordão dos ismos e dos “homens de esquerda” versus “homens de direita”.

    Em que é que é fascista o que o Ricciardi defendeu?

    Apenas isto. Foi isso de que já tinha sido acusado com o post em que o citei no Cocanha.

    De resto não é nada. Tu podes inventar “categorias” gratuitas para homens e mulheres e não conseguires aplicar isso a nada.

    É sempre uma petição de princípio. Explicas o enunciado do conceito pelo que está implícito no que atribuis ao conceito.

    Mas esse conceito pode nem se relacionar com as questões que estão em causa.

    E o que nos importa perceber são as questões, não são entidades ficcionadas de “homens de esquerda” contra “homens de direita”- o que quer que nisso cada um se lembre de incluir.

    O que o Ricciardi escreveu está errado por ser retrato de um “homem de esquerda”- como v.s dizem. Ou está errado por ser “um apelo fascista à autarquia” como disse o Lucklucky e o peluche corroborou?

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  144. 23 Maio, 2010 11:58

    Um programa que deve ser visto por todos

    http://www.sic.sapo.pt/online/video/informacao/plano-inclinado/2010/4/a-educacao-com-paulo-guinote29-04-2010-141944.htm
    Medina Carreira, Nuno Crato e Paulo Guinote, num debate sobre a escola e a indisciplina que por lá manda.

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  145. DanielOliveira permalink
    23 Maio, 2010 17:22

    eu cá vou tirar meu dinheirinho do banco …trai larai larai ..
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  146. Three Of Five permalink
    24 Maio, 2010 11:03

    Existe uma série de realidades que devem ser consideradas antes de tecerem comentários de qualquer âmbito.

    Da mesma forma que existem indivíduos altos, baixos, gordos, magros , tembem existem inteligente e burros. No estado novo existia uma escala que dividia a população como se segue:

    “””””””””””””””
    A população escolar pode e deve dividir-se em cinco grupos, a saber:

    1 Ineducáveis 8%
    2 Normais estúpidos 15%
    3 Inteligência média 60%
    4 Inteligência superior 15%
    5 Notáveis 2%

    “”””””””””””””””

    Actualmente existe algo equivalente, os testes de QI. Ao fim e ao cabo existem niv~ies de ineteligência diferentes que devem ser adequados a tarefas condizentes, e por isso a educação deverá orientar os seus alunos de acordo com as suas capacidades em vez de querer aprovar todos com o 12 ª ano. O “Socialismo” escolar está a produzir gerações de incompetentes licenciados e arrogantes.

    Falando agora da economia, o sucesso do capitalismo pressupõe um crescimento indefinido, ora tal não é possível num planeta com recursos finitos, por isso o modelo falha com crises mais ou menos periódicas. O modelo neoliberal é completamente selvagem, e a famosa lei da selva, não se aplica a um planta sobrelotado com escassez de recursos, afinal por alguma razão carregamos 1,5 Kg de massa cinzenta no topo do corpo, caso contrário deveríamos ter ficado no topo das árvores há 2 Ma, o planeta agradecia.

    O modelo comunista também falha em parte devido ao que aqui já foi exposto, a ausência de motivação não motiva o esforço individual. No entanto este modelo funciona na instituição militar e nas equipas desportivas, onde existe uma motivação para que todos façam o seu melhor, ainda que a uma escala diferente.

    Precisamos de um modelo completamente diferente que tenha em conta a limitação de recursos, o mérito individual, os limiares de sobrevivência e muito especialmente a corrupção.

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  147. 26 Maio, 2010 11:49

    Olá JCD,

    Recebi o teu post por e-mail e gostei muito.
    Gostei tanto que decidi dizer isso mesmo. Acho que a história ou estória agora contada, é a nossa realidade enfabulada.
    Temos problemas económicos, financeiros, políticos, etc… mas o nosso maior e residual problema é o social.
    Enquanto um terço da população for idoso, outro terço viver às custas do único terço que trabalha, vai sempre pagar o justo pelo pecador.
    Enquanto a mentalidade portuguesa for: “os outros que trabalhem”, “os outros que descontem”, “os outros que paguem”, nuncas irá haver política que funcione.
    Enquanto o português não perceber que o Estado não é uma instituição abstracta, anónima, mas que somos nós todos, nunca iremos sair deste buraco.
    Porque quantos de nós conhece pelo menos 1 pessoa que não conhece os seus representantes políticos? Mas conhecem os nomeados pelo Queirós para o Mundial!
    Quantos de nós conhece pelo menos 1 pessoa que no dia das eleições não se dá ao trabalho de ir votar? E quantos o fazem conscientemente?
    E quantas pessoas conhecemos que dizem mal do governo depois de não terem ido votar?
    Não conhecemos pelo menos 1 empresário que não declara tudo o que factura? E não conhecemos pelos menos 1 que vive às custas do Estado porque não quer trabalhar ou não quer pagar impostos?
    E os que recebem subsídios mas trabalham sem declarar rendimento

    Enquantos esses “1” todos continuarem a pensar assim, não há legislação que tenha força contra mentalidades e costumes.

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  148. gorkiana permalink
    28 Maio, 2010 09:50

    Dei por este post por uma partilha no Google Reader.

    Ainda estou a tentar perceber se este post é uma piada a ironizar a falta de argumentos contra o socialismo ou se tenta mesmo passar por um argumento contra o socialismo.

    Sendo o segundo, primeiro que tudo, gostava que quem postou esta história mostrasse provas de que é verdadeira porque, já passei por ela diversas vezes e nunca encontrei qualquer registo de que realmente tenha sucedido. Para mim é novamente mais um exemplo de pura propaganda completamente acéfela, quer de quem escreveu a história inicialmente, quer de quem a postou aqui. Um mero papaguear de diz que disse, sem qualquer sentido crítico e de análise. Como supostamente corrobora ideias pré-concebidas, vamos postar.

    Segundo, usar um exemplo como argumento para defender que algo é impossível não me parece minimamente válido. No máximo apenas prova que um caso não funcionou, não que nenhum funciona. Para qualquer exemplo é sempre possível encontrar um contra-exemplo.

    A ideia de que ninguém produz nada sem proveito económico individual é falsa. Um exemplo imediado é esta plataforma de blogs que estamos a usar. É open-source e é uma das plataformas mais usadas. Ninguém recebeu dinheiro para a fazer. Como este, há diversos outros exemplos: passando por escolas e cooperativas. O exemplo de Jonas Salk que descobriu a primeira vacina contra a poliomielite e que quando lhe perguntaram quem detinha a patente respondeu: “Não há nenhuma patente. Pode-se patentear o sol?”. Pelo menos nestes casos o contrário sucede. Portanto não é verdade que uma organização socialista seja impossível e que só com proveitos individuais as pessoas dão o seu máximo.

    Outros pontos muito focados nos comentários são a ideia de que o mundo está dividido em dois grupos: os preguiçosos e os trabalhadores e que portanto os trabalhadores merecem ganhar mais do que os preguiçosos; e que ninguém tem de dar dinheiro a ninguém.

    Curiosamente os mais “trabalhadores” (que são quem ganha mais) são maioritariamente os que pertecem a famílias economicamente mais favorecidas e os “preguiçosos” são de famílias mais pobres (http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/may/24/oxbridge-access-fair-top-universities). Não nego que existam “free riders”, mas a existência de “free riders” é algo minoritário. Tirando casos particulares de “free riders” o que existe são condições socio-económicas diferentes que reproduzem pessoas diferentes. Passar disto para uma responsabilização completamente individual do futuro de cada um é, no mínimo, ignorância. Segundo, como é que se faz com deficientes e idosos? Dá-se uma injecção atrás da orelha? já não trabalham. É este o tipo de sociedade que se defende? Às vezes questiono-me se estamos mesmo no séc. XXI.

    O Belmiro de Azevedo e outros CEO’s de empresas recebem milhões de euros por ano. Mais de 100 vezes mais do que a média de salários em Portugal. Pergunto: são 100 vezes mais trabalhadores que qualquer um de vocês? São 100 vezes mais inteligentes que vocês?

    Num momento em que a banca criou um esquema que lhe rendeu milhões de euros (individualizou os lucros) e que levou o país (e o mundo) à bancarrota e que nacionalizou os prejuízos (socializou as perdas), como é possível haver pessoas que assobiam para o lado quando lhe vêm tirar do bolso o pouco que têm. Não dizem nada. Ficam em casa a ver a novela e a bola. Depois ainda têm a distinta incrongruência de virem dizer que isto de “eu” andar a pagar pelos outros que recebem menos 500 euros que eu tá mal.

    Isto já nem é um filme cómico, é um filme de terror. Já não há paciência. Merecemos o mundo que temos. Merecemos que nos reduzam ainda mais os salários, que nos obriguem a pagar ainda mais pela saúde e pela educação. Temos um país de merda porque somos uma merda.

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  149. gorkiana permalink
    30 Maio, 2010 11:16

    Há este vídeo que é um resumo de um livro de Daniel H. Pink chamado Drive, que desmistifica completamente estas ideias pré-concebidas, baseado em diversos estudos.

    Há um resumo em video:

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