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E se nos colocássemos no lugar de Truman?*

6 Agosto, 2010
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Para avaliar a decisão de Harry Truman de bombardear Hiroshima (há exactamente 65 anos) não basta tomarmos como referência o que hoje sabemos sobre a bomba atómica e os seus efeitos: temos de procurar perceber o que foi a II Guerra Mundial, o seu caracter único de “guerra total e absoluta” e o que se julgava estar em jogo se o Japão não capitulasse rapidamente e sem condições

Há sensivelmente um ano, durante uma visita ao porta-aviões norte-americano USS Truman, pude ver, numa vitrina do pequeno museu do navio, a minúscula folha cor-de-rosa onde o Presidente dos Estados Unidos escreveu a ordem para largar a bomba sobre Hiroshima. Meia dúzia de palavras manuscritas: “Sec. War: Reply to your 41011. Suggestions approved. Release when ready, but not sooner than August 2. HST”.

Na sua crua simplicidade, ali estava a transcrição de uma das decisões mais marcantes do século XX. Vê-la constituiu um choque, até pela frieza da linguagem, e obrigou-me a revisitar o processo que levou à tomada da decisão, colocando-me a questão: o que teria feito no lugar de Truman?

A decisão foi tomada no final de Julho de 1945, numa altura em que a guerra na Europa terminara após batalhas apocalípticas que chegaram até ao coração de Berlim, mas a luta continuava feroz no Pacífico. Os Estados Unidos, com o apoio do Reino Unido e do Canadá, tinham acabado de desenvolver uma nova arma cuja potência surpreendera até os seus criadores quando fora testada num deserto do Novo México, a 16 de Julho. Truman, reunido com Churchill e Estaline em Potsdam, era um “novato” nas funções. Até Abril desse ano a condução da guerra estivera inteiramente nas mãos do Presidente Roosevelt e o “campónio” que ele escolhera para vice-Presidente fora deixado na ignorância do que era mais crítico. Até do desenvolvimento da arma atómica Truman só tomara conhecimento após a morte de Roosevelt e durante os primeiros briefings que lhe foram feitos após se mudar para a Casa Branca. Muitos pensavam que não estaria à altura de conduzir o país na guerra e ainda hoje se especulam sobre se Roosevelt teria tomado a decisão de ordenar o bombardeamento de Hiroshima e Nagasáqui.

Para podermos avaliar a decisão de Harry Truman não podemos partir do que hoje sabemos sobre as consequências do bombardeamento ou sobre o estado de exaustão do Japão, mas sim sobre aquilo que os aliados sabiam. Também não devemos analisar a decisão com os olhos de sociedades que vivem em paz há 60 anos, mas tentando compreender o clima e as pressões a que se está sujeito quando se enfrenta uma “guerra total”.

Esta última questão faz uma enorme diferença. A II Guerra Mundial não é comparável com nada do que sucedeu antes ou depois. Foi a carnificina absoluta, a guerra levada a todos os limites, o combate para onde os soldados partiam sabendo que o mais certo era não regressarem, a luta que mobilizou tudo, mas tudo, o que as diferentes nações tinham para dar. Havia a noção de que se lutava pela sobrevivência, o que permite assumir o derradeiro sacrifício nos campos de batalha e, também, aplicar ao adversário os golpes mais duros e cruéis, numa lógica embrutecida pela dor e pela violência. É que, como escrevia sábado passado no The Guardian o historiador Max Hastings, “a utilização da arma ‘absoluta’ reflecte a lógica inexorável da guerra absoluta”.

Em Julho, quando esperava por Estaline em Potsdam, Truman aproveitara para ir ver as ruínas de Berlim e aquilo que viu marcou-o profundamente. Da cidade que contara quatro milhões de habitantes não restava nada de pé, os seres humanos que avistara eram sombras exiladas na sua própria cidade, sobrevivendo em buracos, esfomeados e esquálidos. E Berlim estava assim porque Hitler não capitulara, deixando que a luta chegasse até às ruas em redor do bunker da Chancelaria, onde se suicidaria. Teria a guerra, levada ao solo do Japão, de repetir o mesmo padrão, de reviver o mesmo Armagedeão?

Em Julho Truman também tinha bem presente a batalha de Okinawa. Doze mil soldados americanos tinham morrido para conquistar a ilha, enfrentando nuvens de kamikazes, assim como 200 mil japoneses, entre militares e civis, muitos apenas para não se renderem, e a ferocidade dos combates surpreendera até os veteranos da guerra no Pacífico. Como seria quando os marines desembarcassem no Japão para enfrentar os corpos principais do exército nipónico, que construía defesas na zona escolhida para a invasão?

Após dezenas de milhões de mortos – é muito difícil imaginar o que significa “milhões de mortos” nestes dias em que se contabilizam as baixas uma a uma –, a pressão que caía sobre os ombros de Truman era a de acabar com a guerra o mais depressa possível. Isso implicava a rendição incondicional do Japão nos termos do ultimato firmado pelos três líderes reunidos em Potsdam.

Truman repetiu até morrer que nunca teve qualquer dúvida em utilizar a arma atómica e hoje muitos historiadores consideram que a sua decisão foi uma não-decisão: tudo estaria já predeterminado e só a rendição japonesa teria evitado Hiroshima.

E porque é que se pode assumir que tudo estava predeterminado? Primeiro, porque o investimento colossal feito no desenvolvimento da arma atómica, mobilizando recursos tremendos numa altura em que todos os recursos eram escassos para os esforços de guerra na Europa e no Pacífico não autorizava que um Presidente não tirasse partido da nova arma. Depois, porque a perspectiva de levar o combate ao interior do Japão, revivendo as campanhas europeias em condições que se temiam muito mais brutais, cruéis e exigentes em vidas humanas, aterrorizava até as chefias militares. Por fim, porque já se assistira na Europa ao que significava permitir aos russos desempenharem um papel decisivo na guerra, temendo-se que a sua ofensiva no Oriente, que estava iminente, levasse a uma repetição de Yalta.

Se Truman acreditava que a utilização da bomba atómica poderia levar o Japão a capitular, algo que meses de bombardeamentos e de bloqueio não haviam conseguido – e tudo indica que acreditava –, então agiu em conformidade. Até porque o prolongamento da guerra teria efeitos muito mais devastadores em vidas humanas – quer para os japoneses, quer para os americanos, quer para os povos das zonas ainda ocupadas pelos exércitos imperiais, onde se estima que cada mês de prolongamento do conflito implicaria a morte de 250 a 400 mil civis.

Não se avalia a justeza ou moralidade de uma decisão contabilizando mortes, pelo que deixei deliberadamente para o fim aquele que foi, na época, o argumento de Harry Truman. Mas isso não implica que não fosse sincero: o Presidente americano estava preocupado com as baixas americanas e sabia que, entre os fanáticos japoneses, havia muitos que acreditavam que os Estados Unidos não resistiriam ao preço em sangue de uma invasão. Esses fanáticos estavam representados ao mais alto nível e os americanos até conheciam, graças à intercepção das mensagens cifradas, as divisões mesmo entre os seis membros do núcleo duro do poder.

No final, mesmo depois das duas bombas, mesmo quando milhões de soldados russos se lançaram ao assalto da Manchúria, esses seis homens estavam divididos: três queriam continuar a guerra, três queriam capitular. Foi o Imperador que desempatou, e fê-lo afirmando que mesmo que o seu povo quisesse continuar a morrer em seu nome, ele não aceitava que se prolongasse uma luta sem esperança e de imenso sofrimento.

Mal a notícia chegou a Washington, Truman mandou suspender os preparativos para o lançamento da terceira bomba, e há testemunhos que o fez com alívio.

De então para cá nunca mais outro Chefe de Estado teve de optar entre horrores tão igualmente imensos, e mesmo sendo difícil compreender toda a tensão da época, julgo que o historiador John Lewis Gaddis tem razão no seu livro “We now know”: “As armas nucleares forçaram militares e estadistas a reflectirem sobre como utilizá-las, mas a II Guerra Mundial foi o último grande conflito que foi resolvido de acordo com o velho paradigma que não distinguia entre a utilidade e o poder destrutivo do armamento. Nesse contexto, a decisão de utilizar a arma atómica fez sentido”.

José Manuel Fernandes

*texto editado a 6 de Agosto de 2005 no Público. Um texto que o dr. Jaime Gama me aconselhou a não escrever…

102 comentários leave one →
  1. Euroliberal permalink
    6 Agosto, 2010 23:22

    E se nos colocássemos no lugar de Truman? É simples: colocavamos-nos no lugar de um criminoso de guerra, que exterminou inutil e deliberadamente os habitantes civis de de duas cidades de um pais já vencido, num “shock and awe” grotesco (que outros criminosos neocons e sionistas depois repetiram várias vezes no Médio Oriente) apenas para aterrorizar os japoneses e, através deles, o mundo, e a todos fazer ajoelhar perante o novo império apocalíptico, que agora, 65 anos depois, entrou na fase senil e decadente. Que outros, que agora ascendem ao primeiro plano mundial, não se lembrem de aplicar a este velho celerado e tonto a sua receita…

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  2. piscoiso permalink
    6 Agosto, 2010 23:34

    O contorcionismo que se faz para justificar a utilização da bomba atómica.
    E ainda temos de agradecer a Truman por não ter lançado a terceira.

    Ou de como num texto se agradece a visita a um porta-sviões.

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  3. Luis Moreira permalink
    6 Agosto, 2010 23:42

    Quem andou alguma vez numa guerra, por muito pequena que seja, sabe que há momentos em que utilizaria tudo o que tivesse à mão.A minha geração andou 13 anos numa guerra, há aí ainda muitos a recordar esses momentos em que se deixa de se ser um homem e passa-se a ser um animal que se quer salvar, seja qual for o preço.E numa guerra há sempre um mais forte, pedir que não utilize essa força é pedir o impossível.

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  4. 6 Agosto, 2010 23:50

    1.Euroliberal disse
    6 Agosto, 2010 às 11:22 pm
    E se nos colocássemos no lugar de Truman? É simples: colocavamos-nos no lugar de um criminoso de guerra, que exterminou
    *****************

    O JAPÃO FOI AVISADO SOLEMEMENTE DE QUE SERIAM LANÇADAS AS BOMBAS, MESMO ASSIM NÃO CAPITULOU. O DEUS- IMPERADOR HIROITO SERIA DESONRADO SE O FIZESSE.
    O JAPÃO NÃO SE SENTIU DERROTADO: TRUMAN NA EVENTUALIDADE DE TER DE CONUISTAR O ARQUIPÉLAGO JAPONÊS ILH A ILHA DECIDIU O QUE LHE COMPETIA : PELO TERROR APRESSAR A RENDIÇÃO COM O INTUITO DE SALVAR VIDAS AMERICANAS.

    VÊM AGORA OS * PIEDOSOS * SALAFRÁRIOS CHORAR LÁGRIMAS HIPÓCRITAS SOBRE O LANÇAMENTO DE BOMBAS ATÓMICAS.
    TRUMAN FEZ AQUILO QUE QUALQUER PRESIDENTE DE UM PAÍS EM GUERRA FARIA.
    E O BOMBARDEAMENTO DE PEARL HARBOR ESTE SEM PRÉVIO AVISO DE DECLARAÇÃO DE GUERRA . E OS PILOTOS-SUICIDAS JAPONESES?

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  5. 6 Agosto, 2010 23:52

    Não, não fez sentido, principalmente no contexto político decorrente da fase de epílogo do conflito.

    Muito discutível, principalmente quando o Japão já manifestava sinais de entendimento através dos neutrais. No fim, a rendição incondicional – que levaria os alemães a resistirem até ao fim -, acabou por ser parcialmente aplicada ao Japão. O tal “We know now”, também é aplicável a este facto, pouis tendo sido o Tenno Hiro-Hito apresentado como um semi-demónio émulo de Hitler, os japoneses exigiram a sua manutenção no trono: o seu filho é imperador, como o será o neto e os descendentes. Julgarmos a mentalidade nipónica sob os mesmos pressupostos europeus, consiste num erro.

    Estaline há muito sabia da existência da bomba. Era regulamente informado pelo traidor Fuchs e por uma substancial parte da rede da secreta britânica que funcionava como cavalo de Tróia. Os norte-americanos estavam seguros de poder advertir a URSS com o uso da bomba A, mas a reacção de Estaline foi sintomática, nem sequer se mostrando surpreendido ou chocado. Ele sabia e assim, o efeito dissuasor não funcionou.

    Os nossos aliados EUA quiseram experimentá-la em centros urbanos e fizeram-no. Também quiseram experimentá-la no mar e nem hesitaram ou discutiram a hipótese, repetindo-a até à exaustão. Provavelmente, se Hitler tivesse conseguido utilizar mais cedo as suas armas de nova tecnologia – principalmente os ME 262 e os foguetes anti-aéreros em fase final de concepção -, é bem possível que a utilização da bomba A, fosse inaugurada em Berlim.
    Outro aspecto relevante, consiste no perfeito conhecimento de todos os movimentos ou intenções militares do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Os códigos tinham sido decifrados e a ordem de batalha dos exércitos, marinhas e forças aéreas era conhecida. O Código Púrpura, pertencente à Marinha Imperial, era lido “sobre os ombros” dos almirantes nipónicos e muitos anos antes da guerra, na própria Conferência Naval de Washington, os americanos puderam fazer o seu jogo político, porque tinham um conhecimento antecipado das possibilidades e intenções dos japoneses. Desta forma o resultado do acordo, levou em primeiro lugar, à paridade entre a Royal Navy e a US Navy, um dado novo e absolutamente decisivo para o resto do século.
    Estaline soube antecipadamente de Kursk e preparou a defesa. Estaline soube dos menores detalhes acerca da situação logística alemã, assim como soube dos pormenores da insurreição de Varsóvia, que aliás, pela sua passividade, ajudaria os alemães a esmagar. Os mais ínfimos pormenores – como os comandantes de unidade, mesmo as mais reduzidas – eram do conhecimento do grupo de Bletchley Park e de imediato reenviados para Estaline, Eisenhower, Patton, etc. O esquema logístico que assistia Rommel e os italianos na Líbia, era lido com a mesma naturalidade das mensagens enviadas pelo Q.G. do Cairo, facilitando, em muito, a tarefa dos Aliados.
    É mesmo impossível que o Dep. de Estado não tivesse conhecimento das iniciativas do príncipe Konoye – min. Neg. Estrangeiros – na Europa, onde a paz e rendição com a cláusula que acabaria por ser aceite, foi apresentada na Suíça, por exemplo. Os EUA quiseram usar a bomba, tal como usariam o agente laranja no Vietname, Camboja e Laos e de forma tão extensiva como na Europa Central, as bombas de napalm. Mais tarde, as munições de urânio empobrecido, surgiriam em conflitos que vão da Sérvia ao Iraque. Eles quiseram utilizar a bomba. Sem discussão possível, esta é a verdade nítida e de difícil contestação. Tudo aquilo que eles possam hoje dizer, é remissível para o mesmo nível das fantasias “Horizonte Perdido”, “Another Hope” e outras tipicidades do estilo. Eles sabiam quem era e como funcionavam os inimigos, conhecendo o organigrama, o valor de cada unidade, a sua força técnica e numérica. Ao detalhe. Sabiam o que se passava no leste – as proezas de Hitler e de Estaline, de Auschwitz a Katyn – e a própria história da II Guerra Mundial de Martin Gilbert é eloquente. A documentação britânica é esmagadora. Roosevelt – péssimo interlocutor dos russos e um dos principais responsáveis pelo desastre europeu das fronteiras e limpezas étnicas do pós-guerra -, estava bem informado acerca da situação de um Japão em fase final de possibilidade de resistência.

    Nota final: poucos anos mais tarde, o gen. McArthur pretendeu utilizar uma série de bombas A na China maoísta. Ou isto ºé também uma mistificação?

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  6. 7 Agosto, 2010 00:04

    Apesar de haver razões para supor que a entrada dos EUA na II Grande Guerra não aconteceu por mera resposta a Pearl Harbor (por exemplo, Pearl Harbor: The Seeds and Fruits of Infamy) julgo que de um ponto de vista meramente militar, Hiroshima (ou Nagasaki) é bem mais compreensível que Dresden (ou Berlim ou Hamburgo).

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  7. 7 Agosto, 2010 00:09

    5.Nuno Castelo-Branco disse
    6 Agosto, 2010 às 11:52 pm
    Não, não fez sentido, principalmente no contexto político decorrente da fase de epílogo do conflito.
    ******************

    ESTE GAJO FICA LOGO DE BOCA FECHADA COM UMA SIMPLES PERGUNTA :
    QUANDO OS E.U.A. AVISARAM SOLENEMENTE OS JAPONESES QUE OS ARRASARIAM COM A BOMBA-A PORQUE SERIA QUE ELES NÃO SE
    RENDERAM INCONDICINAMENTE QUANDO OS SEUS ALIADOS NAZIS (E MUITO ANTES FASCISTAS EM ITÁLIA) JÁ O TINHAM FEITO ?
    PORQUÊ?

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  8. LGF Lizard permalink
    7 Agosto, 2010 00:12

    E não são os iranianos que pretendem acabar com o conflito israelo-palestinino… ao experimentar vários destes “brinquedos” nos israelitas e nos palestinianos?

    Mais um excelente exemplo de como a luta palestiniana não interessa aos seus defensores. O que está verdadeiramente em jogo é a destruição de Israel e a consequente aniquilação dos judeus.

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  9. Very permalink
    7 Agosto, 2010 00:17

    Entender a guerra em tempo de paz é um disparate, não é possivel. Hoje 65 anos depois, a bomba foi bem utilizada, digo eu que não tenho 65 anos.

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  10. Francisco permalink
    7 Agosto, 2010 00:19

    NO livro intitulado «Relato Secreto da Implantação da República feito pelos Maçons e Carbonários», (editado pela Guerra e Paz, 2010, pp. 51-52), lemos: «o irmão Mac Arthur 33.’. […] comandou o exército norte-americano na Ásia durante a última guerra e usou pela primeira vez a bomba atómica em Hiroshima e Nagasáqui». O Presidente Truman, que aprovou o lançamento das referidas bombas atómicas, era igualmente maçon 33.’. assumido. Por todos estes factos, entende o livre-pensamento não maçónico que os maçons não são, de facto, «o homem novo». Na verdade, afirma-se que a consciência dos respeitáveis maçons general Mac Arthur e Presidente Truman permitiu-lhe matar em alguns segundos mais de cem mil pessoas, incluindo bebés, crianças, mulheres grávidas, deficientes físicos, deficientes mentais, velhinhos e os doentes, os médios e os enfermeiros que estavam nos hospitais. Tanto Mac Arthur como Truman poderiam ter pedido a demissão, poderiam ter-se feito substituir por um não maçon que desse, ele, a ordem de lançamento das bombas — ou algo semelhante ao que fez o rei da Bélgica, Balduíno I, que, devido às suas convicções católicas, renunciou às funções de chefe de Estado, entre 4 e 5 de Março de 1990, para que a sua assinatura não constasse no acto de promulgação da lei de despenalização do aborto no seu país. Todos estes casos — incluindo o de Hiroshima e o de Nagasáqui — provam, segundo o livre-pensamento não maçónico, que a doutrina da Maçonaria não é pior, mas, contrariamente à sua alegação, também não é melhor — é igual a todas as outras doutrinas disponíveis no mercado que a mente humana elaborou. Tal doutrina falha em produzir o homem novo e o homem capaz de mostrar genuína filantropia ou amor à humanidade. Se estivermos doentes no hospital ou o nosso bebé ainda estiver no ventre da mãe, é possível — na alegação do livre-pensamento não maçónico — encontrar maçons disponíveis para ordenar que nos seja largada uma bomba atómica na cabeça.»

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  11. 7 Agosto, 2010 00:49

    SÓ UMA CABEÇA DE ÁGUA CHILRA É QUE PENSA QUE SE O PRESIDENTE TRUMAN NÃO FOSSE MAÇON (COISA QUE PARA SE CONFIRMAR PRECISA DE MAIS QUE UMA SIMPLES CITAÇÃO) AS BOMBAS-A NÃO SERIAM LANÇADAS NO JAPÃO . . .
    áGUA CHILRA . . .

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  12. 7 Agosto, 2010 00:56

    9.Francisco disse
    7 Agosto, 2010 às 12:19 am

    . . . deficientes mentais,

    *********************

    GOSTEI DESSA DOS DOENTES MENTAIS . . .

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  13. Luis Dias permalink
    7 Agosto, 2010 00:56

    Que ainda haja pessoas que hoje defendam que o massacre em Hiroshima, Nagazaki, assim como em Tóquio, Dresden, etc.,etc. só demonstra a desumanidade e a imbecilidade que praga em alguns indivíduos humanos.

    A lógica da bomba é simples. Se estás em guerra e podes usá-la, vais usá-la. Agora que não se desculpe o acto. É totalmente horrível e atroz, um crime de proporções inimagináveis. Infelizmente, não posso dizer que é desumano, muito pelo contrário, o homem já provou o que vai fazer se o puder fazer.

    A helena mostra, por exemplo, que enquanto puder abusar da sua própria estupidez, não parará de o fazer.

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  14. Luis Dias permalink
    7 Agosto, 2010 00:59

    O Licas é o exemplo da mediocridade humana aqui presente, culpando a vítima pelo crime que o assassino cometeu. Que culpa tiveram as centenas de milhares de mulheres e crianças, assim como homens, já agora, pela teimosia do seu imperador?

    Não responda, porque não devemos poluir esta discussão com ainda mais estupidez.

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  15. 7 Agosto, 2010 01:18

    Hoje, precisamente hoje, eu teria levado Mr. HTruman ao concerto (de ontem) do Jack DeJohnette + John Surman na Gulbenkian.
    Teríamos falado de peito aberto (camisa desabotoada) e se o presidente insistisse no lançamento da bomba, eu desenharia uma alvo no seu peito e teria gritado: “está aqui o presidente Truman, o tal !”.

    De José Rodrigues dos Santos, o pivot de notícias mais patético e banal das TV’s tugas, ouvi hoje esta, sobre Hiroshima: não sei quê, “o avião que deixou cair a bomba”… Portanto, infere-se que para JRS, houve um acidente técnico e não um objectivo político e humano…

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  16. Nuno permalink
    7 Agosto, 2010 02:04


    Anda por aqui muita ficção científica, literatura policial e de espionagem e, também, livros de cordel.
    Faz confusão a desfaçatez com que o “euroliberal” despeja ignorância e outros que divagam sobre as “bombas atómicas” sem terem a mais leve noção do que se está a tratar.
    Isto é notável.

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  17. 7 Agosto, 2010 02:34

    Alguém disse a Truman, ou Truman pensava que a bomba seria só para amedrontar. Tipo fogo de artifício com uns petardositos ou bombinhas de rabiar rentes ao solo…
    Portanto(s), alguém traíu Truman, o ingénuo e (afinal) inocente.

    Quem conhece aqueles (arrepiantes) locais japoneses, quem falar com os residentes e especialmente descendentes de vítimas, quem conhece a História, só pode concluir, especialmente “lá”: assassino !!! made in USA !!!

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  18. 7 Agosto, 2010 08:53

    13.Luis Dias disse
    7 Agosto, 2010 às 12:59 am
    O Licas é o exemplo da mediocridade humana aqui presente, culpando a vítima pelo crime que o assassino cometeu. Que culpa tiveram as centenas de milhares de mulheres e crianças, assim como homens, já agora, pela teimosia do seu imperador?

    Não responda, porque não devemos poluir esta discussão com ainda mais estupidez.
    *******************

    ESTA É DE DEIXAR UMA PESSOA ABSOLUTAENTE INCRÉDULA QUANTO À RACIONALIDADE DO POSTADOR.
    ENTÃO O ÚNICO ANTI-AMERICANO NO JAPÃO . . . ERA O TEIMOSO IMPERADOR
    HIROITO : O RESTO DO ESTADO-MAIOR, DS NAIONAIS JAPONESES . . .
    ESSES
    ERAM
    CONTRA A GUERRA !!!!!!!!!
    e PORTANTO AQUELA DE LUTAREM FEROZMENTE NA GUERRA NÃO PASSA DE PROPAGANDA DOS E.U.A.
    ******* FRANCAMENTE , ESTA NEM MENINOS DE BIBE ACREDITAM (MAS À MÁFIA ESTALINISTA / SOCIALISTA FAZ JEITO MESMO IMBECIL COMO É).

    UM POVO QUE PROVOCA A GUERRA (E JÁ TINHAM OS JAPONESES CONQUISTADO GRANDE PARTE DO EXTREMO ORIENTE, ATÉ A ENORME CHINA!!!) SOFRE A SORTE DOS SEUS DIRIGENTES OU, ENTÃO, **** REVOLTA-SE ****
    NÃO O FAZENDO , JÁ SE SABE . . .
    A GUERRA É O EXTREMO DA DESUMANIDADE? QUEM TEM DÚVIDA . . .

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  19. 7 Agosto, 2010 09:29

    1.Euroliberal disse
    6 Agosto, 2010 às 11:22 pm
    E se nos colocássemos no lugar de Truman? É simples: colocavamos-nos no lugar de um criminoso de guerra, que exterminou inutil e
    ********************+

    EUROLIBERAL (???) E MRJB JOGAM NA MESMA CARTILHA.
    POIS BEM : DIGAM-ME CÁ SE O POVO JAPONES ESTAVA COMTRA A GUERRA OU A FAVOR? QUAIS OS INDÍCIOS DE ATENTADOS CONTRA HIROITO ( O IMPERADOR-DEUS).
    QUAL A RAZÃO PROFUNDA DA GUERRA SINO-JAPONESA, UE SE INICIOU EM . . .
    1937 (!!!).
    DEPOIS VENHAM-ME METER PELOS OLHOS DENTRO QUE O POVO JAPONES ERA PACÍFICO E QUE OS *** ASSASSINOS ***
    DOS AMERICANOS É QUE ERAM OS MAUS DA FITA . . .
    (O STALINISMO PSEUDO-HUMANITARISTA NUNCA DESARMA, MESMO RECORRENDO NO LIMITE AO FADUNCHO PODRE DESENQUADRADO DO CONTEXTO HISTÓRICO E ACEFALAMETE EVIDENCIANDO OS PUDORES * VIRGINAIS* DA NÃO NECESSIDADE DE ARGUMENTAR).

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  20. Antonio M. permalink
    7 Agosto, 2010 10:41

    A decisão de lançar a bomba atómica foi trágica mas teve um final feliz : o Japão rendeu-se. Esta evidência é muitas vezes desconsiderada mas é a realidade. O fim da guerra que se previa demorar mais 1 ou 2 anos salvou a vida a mais de 1 milhão de pessoas. A II Guerra mundial fez 50 milhões de vítimas. Em Hiroxima e Nagasaki morreram 200 mil pessoas. Nas cidades bombardeadas da Europa Londres, Coventry, Birmingham, Berlim, Dresden etc morreram mais pessoas. Foi uma tragédia mas até os japoneses a compreenderam e hoje são um dos maiores aliados dos EUA.

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  21. Antonio M. permalink
    7 Agosto, 2010 10:50

    e se nos colocássemos no lugar dos japoneses ? os japoneses cometeram grandes atrocidades na guerra, não respeitavam a convenção de Genebra de protecção de prisioneiros, executavam-nos sumáriamente e utilizavam-nos como escravos em campos de concentração e reabalhos forçados até morrerem de esgotamento fisico. Está perfeitamente documentado. Talvez por isso e por os Eua terem ajudado à reconstrução do Japão e impedido a sua anexação pela China e URSS, eles sejam hoje o maior aliado dos EUA no pacifico.

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  22. 7 Agosto, 2010 11:29

    Bom dia,

    Sobre o que Truman sabia ou não sabia não há nada como visitar os DOCUMENTOS desclassificados ao abrigo do FOIA (Freedom of Information Act) no site da Universidade George Washington: http://www.gwu.edu/~nsarchiv/. Acabam-se logo as dúvidas…

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  23. 7 Agosto, 2010 12:28

    Em complemento ao comentário 21,

    Os documentos secretos foram desclassificados, pelos EUA, em 1995 – há 15 anos!
    Esses documentos desclassificados, provam, inequivocamente,
    – que, quando as bombas atómicas foram lançadas, o Japão estava irremediavelmente vencido;
    – que o imperador do Japão decidira render-se desde 20 de Junho;
    – que o Japão perdera quase toda a aviação e marinha e a sua defesa antiaérea tinha sido desfeita pelos 7 mil raids dos B-29 norte-americanos;
    – que a capital, Tóquio, tinha sido exaustivamente bombardeada pelos norte-americanos, provocando 125 mil mortos e feridos,
    – que etc, etc, etc.

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  24. lucklucky permalink
    7 Agosto, 2010 12:37

    A lógica da bomba é simplesmente o facto de o Regime japonês ter bombardeado cidades também.
    E quando o japoneses acabassem a sua pesquisa também usariam a bomba.

    A bomba não salvou só 1 milhão nas tropas nos prováveis combates no Japão. Salvou milhões na Coreia, Manchuria, China ocupadas pelo Japão nas quais as condições de comida se degradavam de dia para dia.
    Quanto a quem diz que o Japão se queria render é falso, aliás a tentativa de Golpe de Estado depois do anúncio da rendição feito pelo Imperador mostra bem a ilusão perigosa em que vivia uma boa parte do Exército Japonês.

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  25. 7 Agosto, 2010 13:01

    Impediu que durante anos houvessem guerras maiores do que as que existiram, a “bomba” era e é uma arma dissuasora. Eu sei que isto é complicadissimo de perceber para os srs do preto e branco, bom e mau. Paciência.

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  26. 7 Agosto, 2010 13:12

    Para o LICAS das 12.09

    Não, os americanos não ameaçaram ninguém com o lançamento de qualquer bomba atómica, até porque a consideravam uma surpresa, destinada especialmente, a Estaline. Avisaram, depois do lançamento da primeira. Disseram, antes assim, que cairiam sobre o Japão todo o tipo de desgraças e destruições. Em abono da verdade, durante a primavera de 1945, houve quem propusesse convidar uma delegação japonesa para assistir ao teste em Alamogordo, mas preferiram manter o “segredo” que o Kremlin há muito sabia até aos mais ínfimos pormenores. O Licas vê demasiados “comunas”. Pois, eu creio que devemos manter a aliança da NATO e no que mais nos interessa – a Europa não me importa nada -, de Portugal com os Estados Unidos e a Inglaterra. Esclarecido? Isso não nos dá o direito de “fazer de conta” não entender o que se passou.

    Assim, repito o que os historiadores há muito sabem:
    1. A opinião pública americana era, em 1941, isolacionist e nada receptiva aos discursos belicosos de Roosevelt. O próprio Lindbergh se tornou num ícone desse isolacionismo e levou multidões atrás de si. Factos são factos.
    2. Roosevelt tudo fez para entrar na guerra e foi o primeiro a quebrar as regras impostas a um país neutral, enviando patrulhas da USA Navy escoltar os cargueiros do Lend and Lease para a Inglaterra – tão longe quanto a Islândia e a Gronelândia -, com a ordem de disparar contra os alemães, em caso de ataque de U-Boot às mercadorias enviadas. Testou Hitler até ao limite e sem grande resultado, devido às ordens emitidas por Berlim. Isso era neutralidade? Talvez, mas muito colaborante e os seus discursos são eloquentes. É também muito interessante, a agressividade que nos estava reservada e apenas mitigada pela intervenção de Churchill. Rososevelt pretendia nada mais nada menos, despojar Portugal dos Açores e após a guerra, de Macau, Timor (compra-se, dizia ele!) e se possível, das restantes colónias, cuja lusa administração, era, segundo as suas palavras, “debochada”. Odiava a firmeza de Salazar e as suas manobras dilatórias. Aliás, Salazar pagava-lhe generosamente com a mesma moeda. assim, tiveram de recorrer aos bons ofícios de Londres, para conseguirem tapar o “buraco do Atlântico” e debelar a ameaça submarina. Aí, venceram a batalha dos transportes.
    Nota: o lend and lease não era extensível a qualquer outra potência que não fosse o Reino Unido, a URSS de Estaline e outros aliados menores.
    3. A administração de Washington, teve o perfeito conhecimento do ataque a Pearl Harbour: lia correntemente todos os códigos militares e diplomáticos do Japão, inclusivamente as ordens enviadas por Tojo ao embaixador Nomura, mesmo na véspera do desencadear da guerra. Os EUA sabiam o que aconteceria e pretenderam-no sem sofismas. Precisavam era do motivo, a primeira agressão.
    4. Ao longo de 1941, os americanos deixaram uma colossal lista de exigências ao governo japonês, aliás, agressor na China: retirada total da China, abandono da Indochina francesa, desarmamento, etc. Mais, decretaram um embargo total ao ferro, petróleo e outros produtos vitais a uma economia industrial, estrangulando a economia japonesa. Tal como Ribbentrop dizia a Ciano nas vésperas do 1 de Setembro, “wir wollen das krieg!”, ou seja, “queremos a guerra”, Roosevelt pretendeu-a e para isso mesmo bem trabalhou e conseguiu-a da melhor forma possível. Foi atacado. Já leu os discursos que ele rotineiramente fazia na rádio e no Congresso? São de uma espantosa nitidez.
    Nota: não está em causa a natureza do regime militarista de Tojo.
    5. A retirada dos 2 porta-aviões de Pearl Harbour, um dia antes do ataque. Regressaram logo após o raid. Deixaram o passado atracado no “battleship row” e salvaram o que mais importava. Os EUA tinham o almejado casus belli e o choque do ataque virou a opinião pública de uma forma absolutamente decisiva.
    6. A guerra na China estava muito longe de uma conclusão vitoriosa, Licas. O Japão ocupava uma faixa costeira, e a Manchúria era um protectorado. Todo o hinterland se encontrava em polvorosa, nas mãos de Chang kai Chek e de Mao Tsé Tung, que também entre si, ferozmente se combatiam.
    7. Devido à sua educação e conhecimento da Europa e dos EUA, o imperador Hiro-Hito foi desde o início, muito renitente a qualquer guerra com as potências ocidentais. Mais, no Conselho de Estado, enviou sob a forma de poema – muito à japonesa -, uma séria advertência aos partidários do conflito. Estava longe de ser um monarca absoluto e de facto, o poder pertencia à elite militar que ciosamente o conservou até à mensagem radiofónica do imperador, no fim da guerra. Crê que no fim do conflito, os EUA teriam mantido a Monarquia, se esta obedecesse aos mesmos pressupostos da liderança hitleriana? Impossível. Mesmo entre os militares mais belicosos – o exército – havia quem colocasse sérias reservas ao início de um conflito com os EUA. A Marinha Imperial temia o conflito e o almirante Yamamoto, estratega de primeira categoria, advertiu que elaboraria o ataque, mas que apenas podia garantir uma hipótese de sucesso para o Japão, se o império conseguisse vencer a guerra nos primeiros seis meses. Após isso, o poder industrial americano ditaria a evolução do mesmo.
    8. Somos aliados dos EUA e nem uma queixa podem eles apresentar. O mesmo não podemos nós dizer. Gostava de conhecer a sua opinião acerca da escabrosa política americana para com o nosso país, já desde meados dos anos 30 – queriam tirar-nos Angola para aí instalar… Israel! -, durante a II Guerra Mundial, a crise de Goa e ao longo de toda a Guerra do Ultramar.

    Após 1918, verificou-se um fervilhar independentista na Ásia – na Índia, na Pérsia do Xá Reza, na Indochina francesa, nas Índias Orientais Holandesas, etc – , especialmente devido à ascensão do Japão à condição de grande potência. Chandra Bose clamava abertamente pelo levantamento da Índia – aliou-se aos japoneses – e a Tailândia deixou o exército imperial entrar livremente. Conhece a natureza do domínio norte-americano sobre as Filipinas, por exemplo? Ou a inacreditável brutalidade holandesa naquilo que hoje é a Indonésia? Os japoneses não foram mal recebidos e em Sumatra e Java, tal como os panzer seriam recebidos com pão e flores na Ucrânia e países bálticos. Naquilo que hoje é a Indonésia, aboliram as grilhetas que tolhiam os movimentos dos trabalhadores das plantações de borracha, retiraram os privilégios aos brancos e todo um conjunto de medidas tendentes a manifestar aos locais, a “nova ordem” asiática. No entanto e logo após a chegada, a sua própria concepção de superioridade sobre os demais, levou a todo o tipo de infâmias bem conhecidas.

    Não se pretende “tomar partido” pelos EUA ou pelo Japão, mas tão só os factos como ocorreram. Tudo o mais, pertence à propaganda. Encare os factos: eles precisavam e queriam testar a bomba e fizeram-no.

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  27. 7 Agosto, 2010 13:16

    Licas 18,

    Nunca “joguei”, nem me conduzirei por nenhuma cartilha.

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  28. 7 Agosto, 2010 13:22

    Luckylucky

    De facto, a bomba “salvou a vida de milhões”, especialmente no Japão. No entanto, discordo da sua afirmação relativa à China e à Coreia, pois o ataque de Estaline – quebrando o pacto de Não Agressão -, levou o exército japonês ao rápido colapso e rendição.
    A tentativa de golpe de Estado após o discurso de Hiro-Hito, pertenceu exactamente a uma facção, já minoritária mesmo entre a elite militar. pretendia tornar o imperador um refém e não o conseguiu. O fracasso do golpe é elucidativo e a população seguiu as directivas do soberano. Acredito que hoje em dia, as coisas não são assim tão diferentes no que respeita à função do imperador e as sondagens e estudos à opinião pública japonesa, demonstram-no.

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  29. Joaquim Amado Lopes permalink
    7 Agosto, 2010 13:44

    22.António Vilarigues:
    o imperador do Japão decidira render-se desde 20 de Junho

    A primeira bomba atómica foi lançada sobre Hiroshima no dia 6 de Agosto, quase 7 semanas depois de (segundo o António) o imperador do Japão ter decidido render-se. Três perguntas:
    1. De que estava à espera o imperador do Japão para formalizar a rendição?
    2. Quanto mais tempo iria esperar?
    3. Quantos soldados e civis, americanos e japoneses, morreram vítimas da guerra de 20 de Junho a 5 de Agosto de 1945?

    Obrigado.

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  30. 7 Agosto, 2010 13:50

    A António Vilarigues crê verdadeiramente, que o imperador Hiro-Hito era uma espécie de Estaline/Hitler, com poderes absolutos?

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  31. 7 Agosto, 2010 14:38

    Caros Joaquim e Nuno,
    Não é o António Vilarigues que o afirma. Leram bem os meus comentários?
    São DOCUMENTOS OFICIAIS com origem nos ÓRGÃOS DE PODER dos EUA que o afirmam. Documentos secretos que foram desclassificados, pelos EUA, em 1995 e estão no referido site do National Security Archive: http://www.gwu.edu/~nsarchiv/.

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  32. 7 Agosto, 2010 14:43

    António Vilarigues:
    Fui ao site indicado e não encontrei. Importa-se de me orientar? Gostava de ler os textos.

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  33. maxcady128 permalink
    7 Agosto, 2010 16:12

    Um texto interessado que deixa, de facto, fora as informações relevantes de que os EUA muitos antes dos bombardeamentos, lançou pelo ar milhares de panfletos a explicar quais seriam os locais de bombardeamento(em japonês).

    Também importante recordar correctamente quais foram as áreas geográficas atingidas pelas bombas atómicas e só para terem uma ideia, houve cidades japoneses em que só os bombardeamentos fizeram mais danos que as bombas atómicas e facto de que mesmo usando as bombas, o Imperador Hirohito recusava-se a render, ainda mais, procurem pela iniciativa Katsu Dan em que o imperador e o seu exército iam essencialmente fazer uma lavagem cerebral aos civis, sejam eles mulheres ou crianças para se tornarem em soldados e arma-los caso os EUA tentassem uma invasão por terra.

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  34. 7 Agosto, 2010 16:42

    Se falarem com residentes nas áreas/cidades afectadas, se falarem dessa “inevitabilidade” americana também em Tokyo ou Osaka, terão a mais gelada/dura resposta que um ser humano pode dar e, receber !

    Há História e…história. Depende de quem a viveu e de quem a escreveu.

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  35. 7 Agosto, 2010 16:45

    Aliás, não por acaso, as TV’s e agências noticiosas destacaram ontem e de modo especial a primeira vez que um representante norte-americano assistiu às cerimónias.

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  36. Francisco permalink
    7 Agosto, 2010 17:06

    Há quem admita, como o filósofo inglês Bertrand Russel e o filósofo português Oliveira Salazar, que em certas situações, nenhum exemplar da espécie humana tem capacidade de ver correctamente se uma decisão é justa ou injusta – porque, nessas situações complexas, se torna necessário levar em conta uma infinidade de factores, incabarcável pela mente humana.
    No entanto, o que estava em causa em qualquer das guerras mundais era o domínio do mundo por parte de certos agrupamentos humanos, e qualquer desses agrupamentos humanos em luta empregaria sempre qualquer método e quaisquer meios para atingir esse fim de dominação do mundo. O argumento de que se usou a bomba atómica para salvar vidas, de facto, não colhe. É um argumento do género: os americanos invadiram o Iraque para salvar vidas; ou é para salvar vidas que os americanos não querem que os iranianos possuam a bomba atómica.

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  37. 7 Agosto, 2010 17:45

    33.maxcady128 disse
    7 Agosto, 2010 às 4:12 pm
    Um texto interessado que deixa, de facto, fora as informações relevantes de que os EUA muitos antes dos bombardeamentos, lançou pelo ar milhares de panfletos a explicar quais seriam os locais de bombardeamento(em japonês).
    *********************+
    O QUE DEVE FAZER PENSAR (SE A ISSO TIVESSEM O HÁBITO DE O FAZER) OS PROPALADORES DAS RANÇOSAS, POR MUITO ANTIGAS) CONTRAINFORMAÇÃO VIA P.C.P./U.R.S.S.
    COMEÇOU HÁ MAIS DE 60 ANOS, EM PLENA GUERRA FRIA.

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  38. 7 Agosto, 2010 18:06

    5.Nuno Castelo-Branco disse
    6 Agosto, 2010 às 11:52 pm
    Não, não fez sentido, principalmente no contexto político decorrente da fase de epílogo do conflito.
    *****************+

    QUER DIZER O ASSASSINO DO H. TRUMAN SABIA DE AMTEMÃO DO ATAQUE A PEARL HARBOUR E NADA AVISOU SACRIFICANDO A VIDA A 2500
    MARINHEIROS DOS BARCOS ANCORADOS PARA TER UM PRETEXTO PARA INICIAR A GUERRA COM O IMPÉRIO JAPONEÊS.

    **** SÓ CONTARAM P´RA VOCÊ !!! ****

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  39. Euroliberal permalink
    7 Agosto, 2010 18:14

    Não vale a pena responder a uma tal Licas, mais histérica e ignorante do que é possivel aturar. O Nuno Castelo-Branco deu uma boa contribuição para o debate. É óbvio que se tratou de um crime de guerra de proporções inimagináveis. É claro que a bomba podia ser utilizada para fazer acapitular os JÁ DERROTADOS japoneses (sem marinha sem aviação e cercados e bloquedos, a capitulação era iminente, mersmo sem bomba), mas para isso bastava lançá-la numa ilha pouco habitada ou no mar em frente a Tóquio.

    Mas assim não poderiam os americanos aterrorizar os russos e sobretudo estudar no terreno os efeitos da bomba sobre as cobaias japonesas: a prova é que a primeira preocupação camone foi enviar para Hiroxima cientistas para medir os efeitos da bomba nos sobreviventes, e não médicos para curar estes. FOI UM CRIME, PORTANTO, tal como Dresden, e os outros Dresdens… Uma demonstração gratuita de brutalidade imperial, um shock and awe. E que o nega é nazi, ou melhor nazisionista, o nazismo dos nossos dias…

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  40. 7 Agosto, 2010 18:15

    Caro Licas, escusa de gritar (as maiúsculas indicam isso mesmo).
    Em 7 de Dezembro de 1941, H. Truman era um senador e nem sequer fazia parte da administração, coisa que aconteceu na reeleição de Roosevelt, em 1944.
    Para esse tipo de estratégia, a política americana designa “couraçadosà espera”, por decoy, ou seja, “isco”. Ou também irá ao ponto de recuar umas décadas, dizendo que os espanhóis colocaram uma bomba no Maine?

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  41. 7 Agosto, 2010 18:40

    25.Nuno Castelo-Branco disse
    7 Agosto, 2010 às 1:12 pm
    Para o LICAS das 12.09

    Não, os americanos não ameaçaram ninguém com o lançamento de qualquer bomba atómica, até porque a consideravam uma surpresa,
    **************************

    OS NORTE – AMERICANOS TÊM UMA MANEIRA MUITO INSÓLITA DE FAZER SURPRESAS : LANÇAM PANFLETOS EM JAPONÊS AVISANDO QUE IRIAM PROCEDER AOS BOMBARDEAMENTOS . . .
    SE CALHAR ESTAVAM À ESPERA QUE FOSSE ENTENDIDO COMO *BLUFF* IMPERIALISTA E, DESTE MODO,SALVANDO A FACE, EXTERMINARIAM O HABITANTES. . .
    FRANCAMENTE . . .

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  42. 7 Agosto, 2010 19:09

    É também muito interessante, a agressividade que nos estava reservada e apenas mitigada pela intervenção de Churchill.
    **************************

    PONDO A HISTÓRIA DE PERNAS PARA O AR
    LÁ TEMOS O CHURCHIL EM VEZ DE PEDIR AJUDA À AMERICA N GUERRA , PELO CONTRÁRIO, FAZENDO O PAPEL DE TEMPERAR A FÚEIA ASSASSINA DOS SEUS DIRIGENTES …

    DIZ BEM QUE O JAPÃO ESTAV JÁ MORTALMENTE DEBILITADO QUANDO DO LANÇAMENTO DAS BOMBAS-A.
    SÓ QUE, UM PEQUENO PORMENOR SEM INPORTÃNCIA : TANTO HIROITO COMO
    O GENERALATO JAPONÊS AINDA NÃO SE TINHAM APERCEBIDO DO FACTO . . .

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  43. 7 Agosto, 2010 23:47

    31.Nuno Castelo-Branco disse
    7 Agosto, 2010 às 2:43 pm
    António Vilarigues:
    Fui ao site indicado e não encontrei. Importa-se de me orientar? Gostava de ler os textos.
    **********************

    António Vilarigues não indica a Nuno Castelo-Branco nde obter os textos com que radica as suas afirmações.
    NA FALTA DE MAIS INFORMAÇÕES SUSTENTO
    QUE Vilarigues é um VIGARISTA.

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  44. 7 Agosto, 2010 23:52

    Licas, não foi isso o que quis dizer. Na verdade, ignoro quase completamente, estas coisas da net. Apenas pedi ao António Vilarigues que me ajudasse a procurar. Neste caso, o “vigarista” sou eu. Ou melhor, o burro 😉

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  45. 8 Agosto, 2010 00:12

    Caro Licas 43,
    Só escrevo sobre aquilo que sei. Pesquise no site que indiquei que encontra…
    A preguiça é má conselheira. Tal como o atrevimento da ignorância.
    Tal como o insulto gratuito, que é demonstrativo da falta de argumentos válidos.

    Caro Nuno 44,
    Por exemplo aqui: http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB162/index.htm
    Na página inicial do site do lado direito do monitor em uma área para pesquisas. Utilize-a que encontra (por exemplo: Hiroshima, Nagasaqui, Japan, Truman, etc, etc, etc).
    Por experiência própria digo-lhe que pode lá ficar anos a pesquisar e a ler e estudar…

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  46. Joaquim Amado Lopes permalink
    8 Agosto, 2010 01:30

    30. António Vilarigues,
    Não pedi provas do que o António afirma estar provado por esses documentos oficiais.
    Coloquei-lhe questões cujas respostas permitirão avaliar do crédito a dar a essa informação e do peso que, mesmo que verdadeira (e não o estou a contestar), deveria ter na decisão de lançar ou não as duas bombas atómicas.

    43. Licas,
    Como já alguém referiu antes, escrever em maiúsculas num espaço de debate é o equivalente a gritar. Imagine-se num espaço com várias pessoas a conversar e uma delas exprime-se sempre aos gritos.

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  47. Nuno permalink
    8 Agosto, 2010 04:04

    25.Nuno Castelo-Branco disse
    7 Agosto, 2010 às 1:12 pm

    Quase de acordo.
    Há um ditado muito antigo: quem vai à guerra dá e leva.
    No caso da bomba A, quem tomou todas as iniciativas bélicas foram os japoneses. A decisão dos UAA para carregar no botão é perfeitamente normal.
    Embora pagando um preço muito elevado, os USA já não tinham necessidade de aplicar tal bomba na Europa.

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  48. 8 Agosto, 2010 10:09

    Guerra é guerra. Quem tem armas mais fortes usa-as. Ponto. Este anti-americanismo primário que anda por aí já irrita!

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  49. 8 Agosto, 2010 11:38

    PERFEITAMENTE DE ACORDO COM
    ______Nuno #47
    ______SG__ #48
    Principalmente com o tal Anti-Americanismo Primário, enquanto para
    regies TOTALIRÀRIOS tanto politicanente doutrinários: Cuba, Coreia de Norte, Kmer Vermelho, ou alarvemente religiosoa, Irão, vai toda a compreensão , deferencia, respeito, mesmo simpatia.
    ****************
    Um aparte
    Quem, em vez de falar de cor, ler a CONSTITUIÇÂO DA REPÚBLICA DO IRÃO (e não for estúpido de todo) chegará aonde eu cheguei: VAMOS A ISSO!

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  50. 8 Agosto, 2010 11:54

    Emendo

    ____regimes totalitários (tendencionalmente, ou de facto Monarquias Hereditárias).

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  51. luis de jesus permalink
    8 Agosto, 2010 11:56

    “José Manuel Fernandes

    *texto editado a 6 de Agosto de 2005 no Público. Um texto que o dr. Jaime Gama me aconselhou a não escrever…”
    … …

    qual é a estória deste conselho do jaime gama?
    achei este «depois» externo ao texto do jmf mais picante (porque promete ser interesssante) do que o dito texto em si

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  52. Francisco permalink
    8 Agosto, 2010 12:23

    #48
    «Guerra é guerra. Quem tem armas mais fortes usa-as.» A verdade é essa.

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  53. Euroliberal permalink
    8 Agosto, 2010 13:01

    «Guerra é guerra. Quem tem armas mais fortes usa-as.» A verdade é essa.

    As potências emergentes (China, Califado etc.) tomam nota desse conselho. No momento devido…

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  54. 8 Agosto, 2010 13:15

    46.Joaquim Amado Lopes disse
    8 Agosto, 2010 às 1:30 am
    30. António Vilarigues,
    Não pedi provas do que o António afirma estar provado
    ************************

    COM *VILARIGUES* e quejandos é preciso não meter a pata na poça,e esquecer a SAGRADA ORTODOXIA, SENÂO . . .

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  55. 8 Agosto, 2010 14:36

    53.Euroliberal disse
    8 Agosto, 2010 às 1:01 pm
    «Guerra é guerra. Quem tem armas mais fortes usa-as.» A verdade é essa.

    As potências emergentes (China, Califado etc.) tomam nota desse conselho. No momento devido…
    ********************************+

    JÁ TOPEI : T´ÁS É COM M.(eu)F. A. , MÁ´S NADA !!!

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  56. 8 Agosto, 2010 19:38

    ACERCA DA M/AFIRMAÇÃO DE QUE NEM O IMPERADOR HIROHITO (NEM OS SEUS GENERAIS)ESTAVAM CIENTS DE QUANTO O JAPÃO ESTAVA DERROTADO:

    . . . According to Herbert Bix, for months Hirohito had believed that the “outlook for a negotiated peace could be improved if Japan fought and won one last decisive battle,” thus, Hirohito delayed surrender, continuing to “procrastinate until the bomb was dropped and the Soviets attacked.”[38] ********

    A SAÍDA PARA UMA PAZ NEGOCIADA POD SER MELHORADA SE O JAPÃO TRAVAR E VENCER UMA ÚLTIMA E DECISIVA BATALHA,
    PORTNTO HIROHITO RETARDOU A RENDIÇÃO CONTINUANDO A ATRASÁ-LA ATÉ QUE A BOMBA FOI LANÇADA E OS SOVIÉTICOS [POR SUA VEZ], ATACAREM .
    ********
    [ANTERIORMENTE CONTACTADOS PELO JAPÃO, PARA INTERCEDEREM, JUNTO DOS AMERICANOS, A SEU FAVOR].

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  57. 8 Agosto, 2010 20:20

    Licas, #50

    “regimes totalitários… tendencialmente Monarquias hereditárias:
    Suécia, Dinamarca, Espanha, Luxemburgo, Noruega, Japão, Austrália, Canadá, Holanda, Bélgica, Nova Zelândia, etc, etc. A afirmação de Licas, não deixa de ser hilariante!

    Licas, # 56

    “According to Herbert Bix…”
    Exacto, segundo Herbert Bix. Isso é o queele diz, enquanto a papelada constante em muitas chancelarias, da Suíça, à Suécia ou URSS, por exemplo, a documentação é bem diferente. Estaline jogou de forma imperialista, como era hábito desde o Pacto Germano-Soviético, ou melhor, desde a guerra civil espanhola. Procedeu como Hitler, atacou como a Itália fez à França em 10 de Junho de 1940, apoderou-se da Sacalina, ocupou metade da Coreia, avançou Manchúria adentro, vingou a derrota de 1905 e deu um inestimável ajuda ao até então subalterno PC China.

    Ao contrário daquilo que os revisionistas – envergonhados Made in Dep of State – querem há muito difundir, Hiro Hito correu um sério risco durante as horas anteriores e imediatas à sua declaração na rádio que cairia como um raio na opinião pública. Podem hoje dizer o que entenderem, mas de facto, a direcção política e militar estava bem consciente de que nem os ataques suicidas salvariam o império da total destruição e os diplomatas – Konoye à cabeça -, actuaram em conformidade. Quando os dirigentes se encontram numa posição difícil, usam dos recursos disponíveis. Hitler tentou as suas armas secretas, que chegariam muito tarde. Estaline não hesitou em enviar milhões para diante dos canhões da Wehrmacht, sendo trucidados em colossais batalhas de cerco – Smolensk, Vizazma-Briansk, Carcóvia, Sebastopol, etc – que fizeram a URSSganhar o precioso tempo de que tanto carecia. Mais, a rede de espionagem russa dentro dos círculos alemães – a Rotte Kapelle, o espião Sorge, o Círculo Kreisau, etc -, trabalharam bem para o Kremlin, enquanto o sr. Churchill enviava uma torrente de informações que destacavam uma por uma, as intenções do Eixo na Europa, Mediterrâneo e Ásia Oriental, nem sequer voltando a mencionar as ordens de batalha, forças, comando, logística, produção industrial do Reich, etc. Como diz um comentador, guerra é guerra. Nem sequer o post de JMF pretendeu tecer grandes considerações morais acerca da bomba A. Eles usaram-na e o facto é esse. O que podemos discutir é a imperiosa necessidade desse uso e esse, infelizmente, é totalmente constestável.
    O “caso Hiro-Hito: Gostem os “republicanos” ou não gostem, era a única pessoa capaz de mobilizar a população e desarmar o sector castrense. A paz foi conseguida graças a ele e à sua manutenção no trono. É a verdade incómoda. Começou o reinado na época da ascensão do totalitarismo (1925), sobreviveu à devastadora guerra e reinou até 1989, como símbolo de uma inacreditável ressurreição. de facto, a “monarquia totalitária” japonesa, nada deve à “progressista”, “moderna” e pretensamente “livre” república portuguesa, epítome do atraso, prepotência, injustiça social, descalabro económico e ouso dizer, traição à própria existência do país. Isto, desde antes de 1910. Nasceria sob o nefasto espectro do “federalismo republicano” que mais não significa, senão a dissolução de Portugal em Espanha. Uma infâmia. Que pena entre nós, apenas o PC hoje em dia se mexer contra isto! Que pena, não. Que vergonha. Tomáramos nós termos um Hiro-Hito – pelo menos era um biólogo marinho de mérito internacional – em vez da catrefada de dispendiosos, inúteis parasitas e imbecis como os Tomáses, Bernardinos, Teófilos, Carmonas, Sampaios, Aníbais, e quejandos. Tomáramos nós! E dentro de uns anos já teremos uma meia dúzia para sustentar. Enfim, “portugalidades” de antanho…

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  58. brsl permalink
    8 Agosto, 2010 22:15

    Pela doutrina maometana, foi o respectivo allah que fez satanás, que deu permissão a satanás e só deu permissão a satanás.
    Os muçulmanos eruditos podem confirmar isto.
    Dão é depois voltas e mais voltas para justificar isso.

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  59. 9 Agosto, 2010 00:46

    Para não ser acusado de anti-americanismo deixo por conta de cidadãos tão ilustres quanto Dwight Eisenhower e William Leahy , a demonstração de como aqueles dois actos não foram mais que crimes contra a humanidade e que quem os cometeu deveria ter sido julgado da mesma forma que os NAZIS o foram.

    Convém ainda questionar porque razão foram escolhidas as duas cidades que não tinham até aquela altura sofrido qq bombardeamento e a razão é muito simples, ou melhor as razões, 1º havia que mostrar aos soviéticos que os EUA tinham no seu arsenal uma poderosissima arma capaz de fazer desaparecer por completo uma cidade e isso só seria possível de demonstrar atacando uma que estivesse de pé; 2º nada se sabia das consequências de uma arma destas, nomeadamente para o meio ambiente, para as pessoas, e até do seu poder destrutivo apesar do teste levado a cabo no Projeto Manhattan com a trinity, logo havia que testar.

    “…the Japanese were ready to surrender and it wasn’t necessary to hit them with that awful thing.” – Dwight Eisenhower – Ike on Ike, Newsweek, 11/11/63

    =
    “…in [July] 1945… Secretary of War Stimson, visiting my headquarters in Germany, informed me that our government was preparing to drop an atomic bomb on Japan. I was one of those who felt that there were a number of cogent reasons to question the wisdom of such an act. …the Secretary, upon giving me the news of the successful bomb test in New Mexico, and of the plan for using it, asked for my reaction, apparently expecting a vigorous assent.

    “During his recitation of the relevant facts, I had been conscious of a feeling of depression and so I voiced to him my grave misgivings, first on the basis of my belief that Japan was already defeated and that dropping the bomb was completely unnecessary, and secondly because I thought that our country should avoid shocking world opinion by the use of a weapon whose employment was, I thought, no longer mandatory as a measure to save American lives. It was my belief that Japan was, at that very moment, seeking some way to surrender with a minimum loss of ‘face’. The Secretary was deeply perturbed by my attitude…” – Dwight Eisenhower, Mandate For Change, pg. 380

    =

    “It is my opinion that the use of this barbarous weapon at Hiroshima and Nagasaki was of no material assistance in our war against Japan. ” – “The lethal possibilities of atomic warfare in the future are frightening. My own feeling was that in being the first to use it, we had adopted an ethical standard common to the barbarians of the Dark Ages.” – William Leahy, Chief of Staff to Presidents Franklin Roosevelt and Harry Truman – I Was There, pg. 441.

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  60. 9 Agosto, 2010 09:12

    Obrigado pelas citações de Eisenhower. Em quatro parágrafos disse tudo aquilo que não consegui dizer em fastidiosas linhas. Mas não creio que quem esteja mesmo convencido do contrário, acabe por ver a realidade dessa história. Se a bomba A tivesse sido usada na Europa, talvez a julgassem de outra forma.

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  61. 9 Agosto, 2010 09:46

    Obsceno e típico.

    Na altura, generais e conservadores americanos classificaram o acto como repugnante e desnecessário.

    O Imperador já estava a tentar uma solução.

    A facilidade com que se transforma um acto de incineração de mulheres, velhos e crianças num acto necessário explica em grande parte porque o nazismo também foi possível ser defendido por muitas pessoas com boas intenções.

    E de um ponto de vista realista, a consequência seguinte foi que ao transformar o Japão numa pomba a Ásia (a começar pela Coreia) ficou ainda mais facilmente na influência comunista.

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  62. Flurival permalink
    9 Agosto, 2010 13:17

    Reza a História que o ignóbil e hediondo acto de lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima teve o seguinte efeito positivo: um jovem japonês objetor de consciência (Testemunha de Jeová), preso na petiniciária da cidade por se recusar a participar na guerra, ficou em liberdade no momento em que a bomba deflagrou e derrubou os muros da penitenciária. Uma migalha de nada no meio do indiscritível horrror.

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  63. 9 Agosto, 2010 13:47

    Há um pequeno grande pormenor que tem de ser equacionado para perceber a mente mass-murder-pelo-bem dos salvadores da humanidade.

    É que antes das bombas nucleares já inúmeras cidades japonesas (incluindo Tóquio) tinham sido bombardeadas com bombas incendiárias de fósforo, com impacto de destrutivo até 50% ou mais. Existem relatos, segundo li algures, de mães a atirarem-se para os rios com os bebés não sabendo que o fósforo não é apagado com água.

    E como sabemos tudo isto deu no que deu: Estaline (o aliado) ficou com metade da Europa e depois Mao com a China e o comunismo na Ásia.

    Há quem chame a isto uma vitória. A boa guerra. Etc e tal.

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  64. Flurival permalink
    9 Agosto, 2010 14:05

    Aditamento a #62
    O nome da pessoa em causa era Matsue Ishii (a sua história foi publicada em várias línguas numa revista chamada «A Sentinela» de 1.° de maio de 1988, páginas 21-5). O filho de Matsue Ishii, Tsutomu Miura, conta também a história do pai (na revista «Despertai!» de 8 de outubro de 1994, páginas 11-15», onde, além do mais, podemos ler:
    «Meu pai “foi tirado da prisão pela bomba atômica”
    Às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945, uma bomba atômica explodiu em Hiroshima, Japão, devastou a cidade e matou dezenas de milhares de habitantes. Meu pai havia-se recusado a adorar o imperador e a apoiar o militarismo do Japão, de modo que era um detento na prisão de Hiroshima.
    PAPAI muitas vezes contou o que ocorreu naquela memorável manhã. “Houve um clarão no teto da minha cela”, disse ele. “Daí ouvi um terrível estrondo, como se todas as montanhas tivessem desmoronado ao mesmo tempo. Instantaneamente, a cela ficou envolta em densa escuridão. Enfiei a cabeça debaixo do colchão, para me proteger contra o que parecia ser um gás escuro.
    “Depois de uns sete ou oito minutos, ergui a cabeça de debaixo do colchão e vi que o ‘gás’ havia se dissipado. Estava claro de novo. Objetos que estavam na prateleira haviam caído ao chão, junto com muita poeira, causando uma tremenda sujeira. As muralhas que cercavam a prisão impediram a passagem do fogo que vinha de fora.
    “Olhei pela janela dos fundos e fiquei estarrecido! As oficinas da prisão e as dependências de madeira haviam caído rente ao chão. Daí, olhei pela janelinha da frente. As celas do bloco em frente estavam totalmente destruídas. Prisioneiros sobreviventes gritavam por ajuda. Havia medo e pânico — uma cena de terrível confusão e terror.”
    Quando era menino, eu vibrava em ouvir papai contar como, conforme ele dizia, “foi tirado da prisão pela bomba atômica”.»
    Acho que é possível a qualquer pessoa obter fotocópia das revistas citadas.

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  65. Francisco permalink
    9 Agosto, 2010 15:00

    #64
    «As muralhas que cercavam a prisão impediram a passagem do fogo que vinha de fora».
    Parece ser um caso raríssimo em que os muros da prisão protegem os reclusos.

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  66. 9 Agosto, 2010 16:45

    já agora para complementar o que disse e cite em #59 deixo mais esta achega ao caro JMF.

    “The National Archives in Washington contain US government documents that chart Japanese peace overtures as early as 1943. None was pursued. A cable sent on May 5, 1945 by the German ambassador in Tokyo and intercepted by the US dispels any doubt that the Japanese were desperate to sue for peace, including “capitulation even if the terms were hard”. Instead, the US secretary of war, Henry Stimson, told President Truman he was “fearful” that the US air force would have Japan so “bombed out” that the new weapon would not be able “to show its strength”. He later admitted that “no effort was made, and none was seriously considered, to achieve surrender merely in order not to have to use the bomb”. His foreign policy colleagues were eager “to browbeat the Russians with the bomb held rather ostentatiously on our hip”. General Leslie Groves, director of the Manhattan Project that made the bomb, testified: “There was never any illusion on my part that Russia was our enemy, and that the project was conducted on that basis.” The day after Hiroshima was obliterated, President Truman voiced his satisfaction with the “overwhelming success” of “the experiment”.”
    http://www.informationclearinghouse.info/article20444.htm

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  67. 9 Agosto, 2010 17:02

    os defensores do realismo nuclear vão refugiar-se no dizer de jmf de “o seu caracter único de “guerra total e absoluta” ” não percebendo (recusando-se a perceber) que esse “carácter único” deu-se precisamente por decisões conscientes de todas as partes. Os ingleses começaram bem cedo a bombardear cidades alemãs (e existe a convicção por muitos de de que terão sido os primeiros).

    Depois também esquecerá que se o objectivo era demonstrar a Estaline alguma coisa (o poder nuclear), acabou sim por lembrar a Estaline bem cedo da necessidade de iniciar de imediato uma corrida ao armamento nuclear.

    Para complementar as citações:

    Admiral William D. Leahy, Truman’s own chief of staff:

    “…the use of this barbarous weapon at Hiroshima and Nagasaki was of no material assistance in our war against Japan. . . . My own feeling was that in being the first to use it, we had adopted an ethical standard common to the barbarians of the Dark Ages. I was not taught to make wars in that fashion, and wars cannot be won by destroying women and children.

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  68. Euroliberal permalink
    9 Agosto, 2010 17:31

    Um artigo que combate a criminosa banalização do holocausto nuclear de 1945 sobre centenas de milhares de civis de um país já vencido, que o satânico lóbi sionista-neocon (boss de JMF) anda a propagandear, para preparar novos holocaustos…

    http://www.informationclearinghouse.info/article20444.htm

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  69. 9 Agosto, 2010 18:13

    O japão já estaria vencido.mas para aceitar as condições de rendição foi preciso persuadir tanto Hirohito como o Generalato Niponico. PORQUE, DE OUTRA FORMA RESISTIRIAM té ao úlomo civil armado à pressa nemque fosse com uma espada.
    E O EUROLIBERAL LÁ REPETE , REPETE, REPETE O MEDO ENTRANHADO DE TERMOS
    DE AGUENTAR COM UMA BOMBA ISLÂMICA,

    ******** M.(eu) F. A.

    Ó HOMEM, DESCONTRAIA, PORRA!

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  70. dragão azul permalink
    9 Agosto, 2010 20:30

    Entrar pelo caminho de justificar uma carnificina destas pode ser perigoso, pois com mais alguma ginástica e flexibilidade no nosso humanismo e até mesmo moralidade, encontrariamos justificações para crimes odiosos como o exterminio dos judeus.
    Hiroxima e Nagasaki são claramente crimes contra a humanidade. E mais nada.

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  71. 9 Agosto, 2010 20:45

    REMATADA TOLICE . . .
    POR FAVOR ENCONTREM UMA GUERRA NOS TEMPOS MODERNOS EM QUE A POPULAÇÃO CIVIL TENHA ESCAPADO À CARNIFICINA ?
    PIEDADE E ESTADO DE GUERRA NUNCA CONVIVERAM : POR ISSO TEMOS A OBRIGAÇÃO MORAL DE EVITÁ-LA , NÃO A TODO O CUSTO PORQUE SERIA UM CONVINTE AO EXERCÍCIO DA SELVAJARIA DO MAIS FORTE,
    MAS USANDO TODOS OS RECURSOS POSSÍVEIS DA DIPLOMACIA DE PAZ
    **** ASSIM É QUE É, MA´NADA ****

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  72. 10 Agosto, 2010 14:23

    REPITO : NÃO A TODO O CUSTO. CONTRA OS DÉSPOTAS NÃO FUNCIONA CEDÊNCIAS ATRÁS DE CEDêNCIAS – FOI TENTADO COM HITLER.
    MAS ESTOU A APRECIAR NESTE BLOG SEFENORES ASSUMIDOS DOS KAMIKAZE DA ACTUALIDADE — OS HOMEM – BOMBA , UE PARA ESTES PRECLAROS ANTI-SIONISTAS SÃO HERÓIS NA GUERRA DO NEFANDO * IMPÉRIO * (COMO OS ESQUERDÓIDES DIZEM).
    COMO NÃO COLHE MESMO NADA QIE O JAPÃO ESTIVESSE NA IMINÊNCIA DE CARITULAR , FAÇO UMA PERGUNTA : PARTINDO DA ESTIMATIVA DE BAIXAS AMERICANAS NA INVASÃO DE IWOJIMA E OKINAWA QUAL SERIA O TOTAL PREVITO DE BAIXAS TANTO AMERICANAS COMO JAPONESAS QUANDO SE PROCESESSE À CONQUISTA DE TODAS AS ILHAS DO IMPÉRIO NIPÓNICO : A BOMBA-A SALVOU NÃO CENTENAS DE MILHARES MAS DEZENAS DE MILHÕES DE VIDAS HUMANAS . . .
    (ESTA VERDADE É QUE LHES CUSTA ADMITIR).

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  73. fidel permalink
    10 Agosto, 2010 15:05

    ó com mil raios querem ver que os ditos de aliados se deviam ter aliado ao camarada adolfo e combatido o camarada josé!
    será que o ódio aos judeus não tem limites para alguns dos camaradas que por aqui debitam disparates ?

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  74. 10 Agosto, 2010 15:12

    o “Japão estava a beira de capitular” é diferente do Japão estava à beira de negociar a paz o que estava. Nessa Vitória Total isso incluía inicialmente a abdicação do Imperador ( a mais velha dinastia do mundo, e na religião própria da tradição japonesa, considerado divino ou análogo).

    O conceito de Vitória Total nunca tinha existido até aí. A tradição era negociar as condições de paz em que o derrotado conserva a soberania, ainda que com muitas concessões variadas ou indemnizações. Foi essa reivindicação na verdade que permitiu à URSS tomar conta de metade da Europa e na Ásia.

    PS: É interessante ver as acusações de imperialismo aos japoneses quando o império inglês era à data da guerra o maior que a história conheceu.

    Como disse na altura um diplomata japonês: “longo quando tínhamos aprendido a jogar Bridge mudaram o jogo para Poker”.

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  75. 10 Agosto, 2010 15:26

    9.Very disse
    7 Agosto, 2010 às 12:17 am
    Entender a guerra em tempo de paz é um disparate, não é possivel. Hoje 65 anos depois, a bomba foi bem utilizada, digo eu que não tenho 65 anos.
    ***************************

    E EU QUE JÁ OS FIZ (OS 65 ANOS)
    AFIRMO : FOI UM TRAGÉDIA HUMANITÁRIA , MAS TEVE DE SER: SÓ ASSIM O IMPÉRIO NIPÓNICO (ALIADO A HITLER E A MUSSOLINI) TEVE O FIM
    QUE MERECEU.

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  76. 10 Agosto, 2010 15:33

    Caro Fidel

    O Holocausto deu-se já bem dentro da guerra quando até já se vislumbrava a derrota dos alemães. assim, o Holocausto foi possível dado o nevoeiro criado pela guerra e a sua condução.

    Assim, por mais que o choque, podemos dizer que não foi a guerra que foi feita pelos aliados por causa do Holocausto, foi a guerra que permitiu o Holocausto.

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  77. 10 Agosto, 2010 15:37

    Caro Licas

    Quem ganhou a guerra foi Estaline e o comunismo na Ásia. Estaline que tinha praticado o genocídio em tempo de paz nos anos 30 e toda a gente o sabia. Que invadiu a Polónia 15 dias depois de Hitler. Polónia que motivou ingleses e franceses declararem guerra (e não contrário, e para defender uma ditadura militar na Polónia que se recusou a negociar o estatuto de uma cidade que sempre tinha sido da Prússia e com 95% de alemães). Ora veja lá quem é que ficou com a Polónia no fim?

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  78. 10 Agosto, 2010 16:00

    Caro CN:

    Tem razão, a guerra permitiu o Holocausto. Até foi conveniente – ouso dizê-lo – à causa dos Aliados. Fecharam os olhos ao que sabiam e nada fizeram para o evitar. Convinha-lhes para a propaganda de guerra e para a justificação de tudo o que foi feito. Julgamentos morais à parte, claro. Quanto à questão da Polónia, percebo muito bem o que quer dizer. Porque razão aplicaram à Alemanha os próprios princípios hitlerianos de expulsão contra os quais lutaram? É que sou de Moçambique e de 5ª geração Ainda hoje não entendo a “lógica” do que se passou em 1974-75. Pior, jamais a aceitarei. Nisso, estou solidário com os alemães dos territórios que hoje “pertencem” à Polónia, os alemães dos Sudetas, os polcacos do leste que Estaline fez evacuar à força, os húngaros da Tansilvânia, etc. Trata-se de uma questão de princípio, pois durante séculos os terrritórios mudaram de soberania, sem que isso implicasse a limpeza étnica.

    Caro Licas:

    Teve de ser o quê? O Japão – além da Tailândia, Hungria, Roménia, Bulgária, Eslováquia e Croácia – era aliado de Hitler e de Mussolini. Pois era. Agora, dê uma circunspecta vista de olhos na política americana face ao Japão, já desde o Tratado de Versalhes. Veja bem o tom, a loucura controleira imposta na bacia do pacífico, a prepotência nas Filipinas e na China, os boicotes a matérias primas essenciais, etc. Imagine isso, hoje em dia, exactamente para com um vizinho do Japão: a China…
    Já viu a lista de aliados da Inglaterra e dos Estados Unidos? Aqui vão alguns: Estaline e todos os ditadores sul-americanos – Vargas, o grupo de Perón – e da América Central- Trujillo, por exemplo -, não eram propriamente muito recomendáveis e todos eles estavam longe, muito longe, dos pressupostos apregoados por gente como Roosevelt. Aliás, este nefastíssimo presidente dos EUA – esse mesmo que trouxe Estaline para o centro da Europa e pretendeu despojar Portugal já em 1937 -, dizia com “graça” que não havia qualquer problema em “correr com os alemães” para fora das suas terras e “after all, where is Pomerania, Silesia and East Prussia? Who really cares?” De Trujillo, dizia esse pateta estrelado, que …”he is a son of a bitch but he is OUR son of a bitch!” Como mais tarde o foram Lon Nol, Mobutu, Zia ul-Haq, Suharto, Marcos, Saddam e toda uma panóplia de bandidos da pior espécie! Claro*…

    Para ficar elucidado acerca da “moral da guerra”, dê uma vista de olhos num documento que se chama Plano Morgenthau. Parece copiado dos afazeres dos senhores Himmler e Rosenberg. Vá lá, delicie-se com a “moral” que para lá está. Com o beneplácito do santo Roosevelt.

    *Repito, para que fique sem qualquer dúvida: sou favorável a Portugal na NATO e à manutenção da aliança militar com os EUA. Prefiro a Inglaterra, mas enfim, como dizia o grande homem que foi o rei D. Carlos, …”podemos estar de mal com todo o mundo, menos com a Inglaterra e o Brasil!” Tinha razão. Hoje esse princípio estende-se aos EUA e a toda a CPLP. O resto, não passa de lixo conveniente,, U.E. em primeiro lugar. Por enquanto.

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  79. fidel permalink
    10 Agosto, 2010 16:24

    ó meus amigos o holocausto já estava ser preparado pelo camarada adolfo muito antes do vislumbre da derrota alemã. Se é verdade que a guerra não foi feita devido ao holocausto ou até mesmo para salvar os judeus também não se pode afirmar que a guerra permitiu o holocausto.

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  80. 10 Agosto, 2010 17:14

    58.Nuno Castelo-Branco disse
    8 Agosto, 2010 às 8:20 pm
    Licas, #50

    “regimes totalitários… tendencialmente Monarquias hereditárias:
    Suécia, Dinamarca, Espanha, Luxemburgo, Noruega, Japão, Austrália, Canadá, Holanda, Bélgica, Nova Zelândia, etc, etc. A afirmação de Licas, não deixa de ser hilariante!
    ************************

    OS IMBECIS RIEM-SE DE CADA COISA !!!
    SE NUNO CASTELO-BRANCO NÃO ESTÁ UTILIZANDO IRONIA ENTÃO
    ACHA COMPARÁVEIS OS PODERES DA RAINHA ISABEL II AOS DO FIDEL DE CASTRO E MANO RAÚL, ACHA QUE SÃO SEMELHANTES O PODER DE DECISÃO E INFLUÊNCIA NA ASSEMBLEIA NACIONAL DA RAINHA BEATRIZ (PASES BAIXOS) E DO PRESIDENTE DA COREIA DO NORTE . . .
    (NEM É PRECISO REBATER IMBECILIDADE DESTE CALIBRE, MEU CARO).

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  81. 10 Agosto, 2010 18:17

    A QUESTÃO É QUE NA CARTILHA MARXISTA – LENINISTA (ESTALINISTA) OS REGIMES MONÁRQUICOS (E SOBRETUDO OS MONÁRQUICOS HERIDITÁRIOS) SÃO POR DEFINIÇÃO INSUPORTÁVELMENTE OBSCURANTISTAS E TIRÂNICOS MAS NOS REPUBLICANOS – MARXISTAS JÁ O PODER PODE PASSAR DE PAI PARA FILHO E AS ASSEMBLEIAS SEM PARTIDOS POLÍTICOS QUE ESTÁ TUDO JÓIA.
    QUANTO AOS IRMÃOS FIDEL-RAÚL NA ILHA DE CUBA PODEMOS ACHAR UM SEMELHANÇA TÉNUE NA NOSSA HISTÓRIA COM O DUO PEDRO-MIGUEL (BRASIL-PORTUGAL E COLÓNIAS) SÓ QUE OS TERRITÓRIOS ERAM DIFERENTES.

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  82. 10 Agosto, 2010 19:10

    Caro Licas,

    Não lhe chamei imbecil e agradeço que não me tome como tal. O sr. referiu-se explicitamente a monarquias hereditárias. Em termos políticos, trata-se de um conceito e assim, é a afirmação que vale. Cuba é uma ditadura hereditária – uma república -, assim como a Coreia e a Líbia. Respondendo ao ponto Pedro-Miguel, convém destrinçar as coisas:
    Miguel, era partidário da estrutura tradicional do poder em Portugal, muito longe daquilo que o Sr. Licas considera uma ditadura ao estilo contemporâneo. Era até, um sistema bastante complicado e o poder real dependia de múltiplos factores. Recomendo-lhe que não se esqueça das diferenças que existiram, por exemplo, ao longo de todo o século XVII, XVII e até, pré-1820. o rei não agia isoladamente. Creia que é a verdade. Inconveniente, não?
    O “tal” Pedro, esse, foi o introdutor do liberalismo em Portugal: impôs pelas armas a Monarquia Constitucional que daria o Parlamento, o primado da Lei, o Código Civil, as eleições a separação de poderes, a abolição da pena de morte, etc. A comparação com qualquer Castro, é pura excentricidade. De facto, foi a Monarquia Constitucional que deu a Portugal, aquilo que o Sr. Licas considera essencial à sua condição de homem livre. Para o bem e para o mal, foi o regime que mais se parece com o que hoje vivemos.

    Agora, subrepticiamente sugerir haver qualquer similitude entre regimes concentracionários – na sua esmagadora maioria repúblicas – com as monarquias parlamentares de hoje, é delírio e assim, não vale a pena continuarmos. Não é sério, até porque o país onde vive – a república portuguesa – não se pode comparar, nem de longe, a qualquer uma das “tenebrosas” monarquias que mais acima referi. Em nada.

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  83. 10 Agosto, 2010 21:45

    Meu Caro Nuno castelo-Branco
    ___Eu devia estar ciente de que usando de IRONIA, no caso Monarquia referindo-me a Regimes Comunistas
    Hereditários (Cuba a Coreia do Norte), tinha que pressupor o nível adequado de inteligência do receptor.
    ENGANEI-ME.

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  84. 10 Agosto, 2010 21:57

    Não meu caro: posso ser entusiástico, directo, mesmo cáustico (frequentemente irónico) a apresentar os meus pontos de vista /opiniões mas podeis estar tranquilo quanto ao respeito pela sua pessoa (e não lhe faço favor especial).
    A questão da Bomba-A? Já lho afirmei: matar (mesmo na Guerra) representa uma situação limite em termos de Ética da Espécie Humana. E não poucas vezes, a longo ou curto termo, conduz a traumas inultrapassáveis e mortíferos para o sobrevivente da Guerra.
    V. acha que o lançamento do Little Boy e do Fat Man foram actos assassinos contra populações civis (e nisto concordo), diz que eram desnecessários e discordo. Também discordo que os E.U. poderiam substituir por uma invasão convencional (à usta de muios milhões de mortos). Apenas faço uma pergunta: como justificaria no fim do conflito, perante os seus concidadãos o não uso da Bomba ? Pense.
    Parece suficientemente esclarecido que Japão não estava na disposição de aceitar a Rendição Incondicional.
    Quanto ao tal Anti-americanismo . . . Bem eu sou muito terra a terra, aquela análise de que ajudaram (mas que enorme auxílio) a Europa a livrar-se de Hitler apenas por cálculo Imperialista, acho um tanto forçado e tinto de *Guerra Fria*. Posso estar errado, mas o que quer?
    Também como a retirada da NATO da França de Charles de Gaulle: tenho para mim que a sua Force de Frappe uma sobrevalorização patrioteira do real peso do País nas forças Ocidentais, Parece-me.

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  85. 10 Agosto, 2010 22:05

    21.Licas disse
    6 Agosto, 2010 às 11:33 pm
    (DESCULPEM A REPETIÇÃO QUE ACHO NECESSÁRIA AQUIA9
    E agora um epítome do que foi o Salazarismo (com a autoridade eu advém de ter vivido 40 anos sob o regime)

    FINANÇAS: A.O.S. foi absolutamente brilhante, equilibrou-as num par de anos.
    ECOMOMIA: absurdamente confundiu-a com as Finanças (a parte com o todo).
    INDÚSTRIA: encontrou-a pessimamente equipada. Com os industriais menos incapazes mas fervorosamente do Regime fez um pacto: o Estado controlaria os Sindicatos, portanto uma completa incapacidade reivindicativa (salários, segurança laboral), os patrões ficavam isentos da obrigação de modernizar tanto os métodos de Gestão como o Equipamento, o Estado os proveria de matérias-primas de África a preços baixíssimos em resultado do sistema colonial esclavagista.
    CIDADANIA: a polícia política, PIDE, mais pelo medo que inspirava do que o volume e gravidade das barbaridades cometidas (em 48 anos de vigência do Regime) *persuadiu* os portugueses que * quem se metesse com o Salazar, levava *. (Parafraseando o Jorge Coelho em relação ao P.S.). Assim pôde clamar cinicamente que estabeleceu * a paz nas ruas e nas consciências *.
    GOVERNAÇÂO: mitómano, ensimesmado, desconfiado, os seus Ministros tinham de se limitar a não contrariá-lo nas suas directrizes, fossem quais fossem as suas opiniões. Nem a Opinião Pública, nem, até, os pareceres da Assembleia Nacional não os considerava absolutamente nada compulsórios para o Executivo.
    GUERRA COLONIAL: Perante o levantamento geral das forças independentistas Africanas, acalentou até muito tarde o sonho de que com Portugal, o tal País Multi-Continental e Multirracial, era possível subsistir. E portanto optou pela Guerra, a pior das escolhas.
    Como um governante deve estar bem sintonizado com o que se vai passando no Mundo, leva um zero em previsão/antecipação dos acontecimentos, e de limitação dos prejuízos deles decorrentes.

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  86. 11 Agosto, 2010 14:32

    Tony Judt: “What Have We Learned, If Anything?”, MAY 1, 2008

    War—total war—has been the crucial antecedent condition for mass criminality in the modern era.

    The first primitive concentration camps were set up by the British during the Boer War of 1899–1902.

    Without World War I there would have been no Armenian genocide and it is highly unlikely that either communism or fascism would have seized hold of modern states.

    Without World War II there would have been no Holocaust.

    Absent the forcible involvement of Cambodia in the Vietnam War, we would never have heard of Pol Pot. As for the brutalizing effect of war on ordinary soldiers themselves, this of course has been copiously documented.3

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  87. 11 Agosto, 2010 18:25

    . . . E NÃO ME VEMHAM RELICAR QUE ESTÁ FORA DO CONTEXTO ACTUAL : OS IMPÉRIOS COLONIAIS COMEÇARAM A ESBROAR-SE LOGO NO FIM DA 2º GUERRA MUNDIAL (ÍNDIA vs. GRÃ-BRETANA, INDONÉSIA vs. HOLALANDA)

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  88. 11 Agosto, 2010 18:50

    VENHAM REPLICAR
    ESBOROAR-SE
    GRÃ-BRETANHA
    HOLANDA

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  89. 12 Agosto, 2010 08:03

    Licas “diz que eram desnecessários e discordo. ”

    Você teima com isso apesar das citações de generais e de outras fontes que atestam da não necessidade, prefere confiar de desculpas esfarrapadas de num Presidente político não militar…

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  90. 12 Agosto, 2010 12:06

    Senhor Licas:

    Relevando dichotes acerca da sanidade mental daqueles com quem tem esgrimido argumentos, deixo-lhes umas breves e derradeiras notas, encerrando este triste aniversário atómico, que pelo que parece, é susceptível de relativização. O senhor faz exactamente aquilo que o Kremlin fez em 1985, quando escondeu do mundo e do seu próprio povo, o colossal desastre de Chernobyl. O senhor faz precisamente aquilo que o Kremlin fez, quando exterminou milhões de ucranianos pela fome e pelos pelotões de fuzilamento, pretendendo que tudo se passou devido aos “condicionalismos de guerra”. O senhor passa assim uma carta em branco, à dinamitação das provas que um pouco por todo o Ocidente – Reich incluído -, eliminavam os resíduos de actos criminosos perpetrados contra uma massa imensa de gente que dentro do bolso, tinha a identificação que correspondia ao que designamos por Europa: alemães, polacos, russos, franceses, espanhóis, italianos, húngaros, holandeses, ingleses, checos, etc, etc.

    Tudo relativo, não será assim?

    O senhor Licas, do alto do seu pedestal ad-hoc, considera a infâmia, como “guerra é guerra”. Durante anos e na própria Alemanha, houve quem metesse uma bala na cabeça por tudo aquilo que via. Não eram “comunas”, judeus ou “criaturas anti-sociais”, mas sim, antigos oficiais do Kaiser, medalhados várias vezes com a Cruz de Ferro, membros de grupos que há gerações consistiam na elite da Prússia e do império, e que conheciam os campos de batalha desde os tempos de Frederico o Grande. Eram eles, a velha Alemanha dos grandes nomes militares, da cultura, dos prémios internacionais.

    Se o senhor quiser transplantar esse relativismo para o solo da nossa pátria – hoje em dia, palavra quase proibida -, digo-lhe desde já que não aceito a relativização do crime que é deixado impune, devido aos “acasos” da história, sempre mal contada. Rejeito a “inevitabilidade” do Regicídio, que nos privou de um homem sábio, bom e patriota, ao mesmo tempo que liquidou as possibilidades de um século de tranquilidade e de normal progresso constitucional. Rejeito a inevitabilidade de um 5 de Outubro que fez cair por terra 80 anos de um parlamentarismo conturbado, mas que nos garantiu as grandes reformas da modernidade. Rejeito a inevitabilidade de 16 anos de caos, miséria, ditadura da rua, prepotência e crime desordeiro. Rejeito a inevitabilidade de meio século de autoritarismo que fez desabrochar entre nós, aqueles instintos básicos de sobrevivência e que hoje, quase duas gerações decorridas, oferecem a Portugal uma classe dirigente miserável, tacanha e própria de salteadores de estrada da baixa Idade Média. É este relativismo que oblitera o básico sentido da decência – mesmo para com os mais feros inimigos – e que torna impossível o diálogo com quem não quer ver e se ensimesma na desculpa da maldade bestial.

    Todo o arrazoado em torno da capitulação do Japão, cai por terra. O país aceitou a Declaração de Potsdam – já a leu? – mas sob uma condição. É este mas, aquilo que diferencia o fim da guerra do Pacífico, daquela outra que ocorreu no ocidente. A “rendição incondicional”, afinal não o foi, pois Hiro-Hito, o pai do actual soberano japonês, limitou-se a declarar:
    “Continuar a guerra só poderia ter como efeito o aniquilamento do povo japonês e o arrastar dos sofrimentos de toda a humanidade”. Desta forma, o imperador dizia ao Conselho de Guerra, que chegara a altura do Japão …”suportar o insuportável”.
    Assim, foi enviada para as missões japonesas e na Suíça e na Suécia – não a Portugal, devido ao conflito relativamente a Timor -, a seguinte mensagem:
    “O governo japonês está pronto a aceitar os termos da Declaração Conjunta emitida em Potsdam, no dia 26 de Julho de 1945, pelos chefes dos governos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e China, e mais tarde, subscrita pelo governo soviético, na convicção de que os termos da Declaração em causa não incluem qualquer exigência que prejudique as prerrogativas de Sua Majestade como autoridade soberana”.

    De facto, o Japão não se rendeu incondicionalmente. Pelo contrário, os vencedores acataram a evidência de uma situação da qual os vencidos não abriram a mão. É o Japão de hoje. Ponto final.

    Os Aliados tiveram de ceder, devido à ameaça de uma inenarrável sangueira que se avizinhava, com ou sem bombas atómicas. É que, tal como em 1918, os vencidos ainda detinham uma enorme massa de territórios sob o seu controlo, que iam desde a Coreia a toda a Indochina, grande parte da Malásia, Tailândia, etc. Tal como em 1918 o Kaiser decidira abandonar a luta e poupar o seu Reich aos horrores da ocupação, destruição física e patrimonial, Hiro Hito detinha aquele poder histórico – que por vezes se materializa em momentos essenciais – que liquidou as quimeras de uns tantos generais e militares que os apoiavam, na ilusão de um derradeiro “ataque banzai”. Umas frases fizeram toda a diferença. A sua voz, pela primeira transmitida pela rádio, fez ver à população a necessidade de acatar a razão e no campo inimigo, os americanos compreenderam onde estava – e está! – o verdadeiro poder. Muitos anos mais tarde, numa noite de golpe de Estado em Madrid – o 11 de Fevereiro – umas tantas palavras transmitidas por João Carlos na TVE, desfaziam as veleidades daqueles que detinham o prepotente poder das armas. Quem não quiser compreender o valor dos símbolos, então que se informe. E isto se assim o quiserem, pois no fundo, a rejeição cega nada muda as coisas, nem os factos na sua essência.

    Creio não valer a pena tentarmos usar qualquer tipo de argumentos que reforcem a mera racionalidade. É que no ser humano, existe um inato sentido daquilo que é a crueldade no seu estado mais primário, que apenso ao fervor sectário, se transforma na militância de causas indefensáveis. Assim, deixo apenas as palavras escritas Keneth Harrison por um prisioneiro de guerra australiano que estando no Japão na hora do fim da guerra, passeou, já livre, nas ruínas de Hiroxima:

    “A realidade, era a rapariga com o rosto cheio de cicatrizes que passou por nós, baixando os olhos. E o sem fim de pessoas que se cruzavam connosco, desanimadas e inertes; as pessoas feridas; as pessoas queimadas, as pessoas apáticas. As pessoas que nunca nos mostraram o menor sinal de hostilidade ou ressentimento. Perante aquela tragédia enorme que nos deprimia e assombrava para além do que as palavras sabem dizer, decidimos partir de Hiroxima nesse mesmo dia. Pouco havia que nos retivesse ali; nada para ver; nenhum lugar onde ficar; nada para comer; nada para beber (…) Felizmente para a nossa tranquilidade de espírito, nada sabíamos acerca dos requintes da idade nuclear, do tipo de doenças devidas às radiações e assim por diante, e embora de vez quando reparássemos numa estátua ou numa peça de metal estranhamente fundidas, que nos suscitavam um segundo olhar, não trouxemos connosco qualquer recordação. Não se saqueia um túmulo”.

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  91. 12 Agosto, 2010 18:07

    é tão fácil desculpar crimes de guerra por estes lados

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  92. 12 Agosto, 2010 20:32

    Dizia, …Keneth Harrison, um prisioneiro de guerra australiano que estando no Japão na hora final do conflito”…

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  93. 13 Agosto, 2010 09:09

    Nuno Castelo-Branco

    E podemos adicionar algumas pitadas.

    Tanto quanto sei, Foi Woodrow Wilson que forçou quer a abdicação do Kaiser e dos Habsburgos com os resultados que conhecemos.

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  94. João Silva permalink
    13 Agosto, 2010 14:24

    O Nuno Castelo-Branco disse o essencial sobre o assunto no blogue dele. Subscrevo integralmente. http://www.aventar.eu/2010/08/12/ainda-a-guerra-atomica-de-jmf-no-blasfemias/

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  95. JPires permalink
    14 Agosto, 2010 17:11

    O melhor comentário é o 20 e 21 do sr António M.- Eu só posso escrever a reforçar o panorama geral que ele escreveu com lógica. A ideia de se lançar a bomba atómica foi para se por fim a uma guerra que provocou milhões de mortos e desalojados, além de uma regressão de vários anos da civilização. A decisão do presidente (US) Truman foi fria mas foi a melhor opção. Numa situação destas, só quem a viveu na época é que sabe dar valor ao valor das vidas que se perderam sem necessidade, mas que morreram para defenderem os valores morais, sociais e económicos do Ocidente livre, contra a escória da humanidade personificada em Hitler e seus aliados que matavam sem dó nem piedade (nem aos cães se faria isso), com as suas limpezas ètnicas e, que seria de nós se eles (Eixo do Mal) ganhassem a guerra ? Ser contra a decisão do presidente Truman, seria colaborar com esses ditadores, morreram muitos japoneses mas quantos milhões mais iriam morrer? Há decisões que têm de ser tomadas com o Cérebro e não com sentimentalismos.

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  96. 14 Agosto, 2010 22:43

    Parabéns, caro JPires, porque acabou por abençoar as dezenas de milhões de vítimas de Estaline, Mao, etc. Bravo, é obra!

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  97. Licas permalink
    23 Agosto, 2010 20:02

    98.Nuno Castelo-Branco disse
    14 Agosto, 2010 às 10:43 pm
    Parabéns, caro JPires, porque
    *****************

    ESTE IMBECIL NÃO SABE DISTINGUIR UMA GUERRA DAS ATROCIDADES CONTRA O SEU POVO DE UM GOVERNO ASSASSINO E
    DESPÓTICO. É DEMAIS . . .
    O ANTI-AMERICANIMO PRIMÁRIO TEM DESTAS TARAS.

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  98. 23 Agosto, 2010 20:07

    Caro Sr. Licas,

    Não percebo porque continua a berrar. Não vale a pena. Pelos vistos, todos já perceberam quem é o imbecil. Bom proveito.

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  99. 23 Agosto, 2010 23:35

    O governo nipónico era “despótico e assassino” comparado com quem?

    Algumas achegas: O maior Império da história era o Britânico. Antes dos Japoneses atacarem Pearl Harbor já Roosevelt tinha decretado o Japão em bloqueio petrolífero, ou seja, num beco sem saída. Os aliados fizeram uma aliança com o maior dos despóticos e assassinos que morreu descansado de velhice e que de nada passou a dominar metade da Europa: Estaline.

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