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O triunfo do SNS “tendencialmente gratuito”

12 Agosto, 2010
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Os consumidores portugueses são, na Europa, os que mais dinheiro reservam para a saúde no total das despesas de consumo (8%). E Portugal é o país europeu onde os gastos com saúde no cabaz completo de bens e serviços mais cresceu desde 1996.
O que seria de nós se fosse pago.  Ou como há mentiras que, repetidas muitas vezes, até parece que são verdades. Ou ainda como se prova que é enorme a margem para reformar o sistema, tornando-o mais eficiente e aberto, e ainda fazer diminuir o peso que a saúde tem nos orçamentos familiares.

34 comentários leave one →
  1. 12 Agosto, 2010 11:11

    O problema da insustentabilidade financeira do SNS tem uma razão: o enorme poder que os médicos têm no sistema devido a uma política de numerus clausus injusta. Os médicos portugueses ganham tanto em horas extraordinárias como em vencimento. Tudo isso porque a Ordem dos Médicos e o lóbi governamental pró-médicos promoveram uma política de escassez de médicos.

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  2. Portela Menos 1 permalink
    12 Agosto, 2010 11:11

    Com o post de jmf não é para comentar – o título é todo um programa – deixo aqui um contributo de terceiros, no caso, do Arrastão:

    Utente satisfeito
    Por Daniel Oliveira

    Para quem o usou não será novidade. Mas hoje, por razões familiares, recorri pela primeira vez ao Saúde 24. Fiquei impressionado com duas coisas: com a competência, rigor, cuidado e atenção dos profissionais que ali trabalham e com o facto de, num País onde cada falha do Serviço Nacional de Saúde merece um enorme (e justo) destaque, não ter lido muitos e rasgados elogios a este excelente serviço. Pouparam-me uma viagem ao centro de saúde ou urgência e pouparam aos serviços mais um a encher, sem qualquer necessidade, uma sala de espera. É assim, e não com cortes cegos e degradação dos serviços, que se poupam recursos.

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  3. Romão permalink
    12 Agosto, 2010 11:17

    É também o pais com os pacientes clinicamente mais ignorantes da Europa, aqueles que vão às urgências sem justificação que não uma gripe sazonal e aqueles que se deixam andar meses a fio com um inchaço no queixo numa cega fezada de que “tudo passa com o tempo” e que acabam no IPO a representarem o mesmo custo mas só com bilhete de ida. É certamente o país onde os cuidados preventivos são nulos ou impossíveis de serem postos em prática e onde se aposta tudo unicamente no processo de diagnóstico e cura.

    É também um dos raros países da Europa onde quase todas as terapêuticas, mesmo aquelas mais dispendiosas (p. exp. o Interferão ministrado nos casos de esclerose múltipla; as terapias anti-cancerigenas, etc.) são comparticipadas inteiramente pelo Estado. Há países na Europa civilizada onde se morre ou se definha muito mais rapidamente porque os custos da medicação não são (integralmente) suportados pelo Estado. Num medicamento que custe 4000 Euros mensalmente, faz toda a diferença.

    É um país onde (como ainda há pouco tempo se noticiou) se fazem cirurgias plásticas estéticas em hospitais públicos, a gente de capa de revista, que pouca confiança tem (vá-se lá saber porquê) nas clínicas privadas e que prefere (vá-se lá saber porquê) usufruir, de borla, da permissividade do sistema, cujas listas de espera e indicações terapêuticas são facilmente contornáveis para quem tem acesso diário aos corredores do hospital. Não há nada tão luso como o “jeitinho”, o santo-e-senha que funda toda a cultura portuguesa e que lhe está no mapa genético desde o topo à base da pirâmide social.

    Atirar percentagens para cima da mesa como se os números tivessem caras ou fossem óbvios é desonesto, mas mais grave é aproveitar a brutalidade do número anónimo e inexplicado para propor alternativas a um problema que não se consegue – ou não se quer – descrever.

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  4. 12 Agosto, 2010 11:31

    A expressão “tendencialmente gratuito” devia ser objecto de processo por publicidade enganosa.

    Tem necessariamente de ser transformada em “tendencialmente paga por impostos”.

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  5. Capitão Gancho permalink
    12 Agosto, 2010 11:34

    Caro JMF:

    Não confundamos as coisas. A expressão «tendencialmente gratuito», tal como surge na Constituição, parece-me justa e equilibrada. Porquê? Porque permite, ao cidadão português assegurar o benefício desta importantíssima forma de redistribuição de riqueza e de usufruto da sua cidadania, ao mesmo tempo que concede ao Estado margem de manobra suficiente para resolver a questão financeira.

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  6. José permalink
    12 Agosto, 2010 11:40

    “O problema da insustentabilidade financeira do SNS tem uma razão: o enorme poder que os médicos têm no sistema devido a uma política de numerus clausus injusta. Os médicos portugueses ganham tanto em horas extraordinárias como em vencimento. Tudo isso porque a Ordem dos Médicos e o lóbi governamental pró-médicos promoveram uma política de escassez de médicos.”

    Subscrevo

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  7. Miguel permalink
    12 Agosto, 2010 11:45

    “…que pouca confiança tem (vá-se lá saber porquê) nas clínicas privadas e que prefere (vá-se lá saber porquê) usufruir, de borla, da permissividade do sistema,…”

    Se calhar é por ser de borla, num sei… mas olhando assim de repente para o que escreveu, parece-me mais isso.

    Mas vai daí nem deve ser bem bem de borla. Na volta pagou foi menos um bocadinho. Talvez o Shor doutor tenha cobrado só a mão d`obra, sem iba.

    Na clínica dele fazia isso nos c@&@%s…

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  8. 12 Agosto, 2010 11:54

    Apanhei uma macacoa nas férias e pude ver como funciona em Inglaterra o sistema de saúde.

    Os hospitais só para acidentes. De outra forma fica-se lá dia e noite e nem médico ou enfermeiros se vê. Apenas meninas e meninos call center a fazerem perguntas idiotas standart.

    Vai-se ao “posto”. O posto é um local de tachos para médicos pés-descalços- à boa maneira liberal em imitação maoista.

    Não se paga nada e, em troca, eles também não sabem absolutamente nada. Com sorte ainda olham para o paciente. Mas despacham em 3 tempos uma receita que se avia lá dentro do centro.

    Se a treta da receita não der nada, há outra maneira de tentar resolver o problema.

    Foi o meu vizinho londrino que me aconselhou numa sexta às 8 da noite, depois de chegar de viagem com a macacoa da bactéria ecológica cornish: vai-se ao farmacêutico do centro comercial!

    Ora bem. Eu fui logo ao Sainsbury e foi um pretalhão gigante que me fez diagnóstico diferente e até desfez em tudo o que médico da Cornualha havia receitado.

    Disse que era alergia e receitou-me mais umas tretas.

    Bem, passou no sambódromo do Carnaval del Pueblo mas acho que nem médico-pé descalço do socialismo/liberal possíbel; nem farmacêutico globalizado tiveram a ver com o caso.

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  9. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 11:55

    Apanhei uma macacoa nas férias e pude ver como funciona em Inglaterra o sistema de saúde.

    Os hospitais só para acidentes. De outra forma fica-se lá dia e noite e nem médico ou enfermeiros se vê. Apenas meninas e meninos call center a fazerem perguntas idiotas standart.

    Vai-se ao “posto”. O posto é um local de tachos para médicos pés-descalços- à boa maneira liberal em imitação maoista.

    Não se paga nada e, em troca, eles também não sabem absolutamente nada. Com sorte ainda olham para o paciente. Mas despacham em 3 tempos uma receita que se avia lá dentro do centro.

    Se a treta da receita não der nada, há outra maneira de tentar resolver o problema.

    Foi o meu vizinho londrino que me aconselhou numa sexta às 8 da noite, depois de chegar de viagem com a macacoa da bactéria ecológica cornish: vai-se ao farmacêutico do centro comercial!

    Ora bem. Eu fui logo ao Sainsbury e foi um pretalhão gigante que me fez diagnóstico diferente e até desfez em tudo o que médico da Cornualha havia receitado.

    Disse que era alergia e receitou-me mais umas tretas.

    Bem, passou no sambódromo do Carnaval del Pueblo mas acho que nem médico-pé descalço do socialismo/liberal possíbel; nem farmacêutico globalizado tiveram a ver com o caso.

    * o coment]ario nao entra!

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  10. Francisco Colaço permalink
    12 Agosto, 2010 11:59

    #1, #5,

    Daqui a pouco começarão a chegar aos magotes médicos competentes formados em universidades de segunda como Compostela e Praga (para a ordem dos médicos, todas as universidades onde abram novos cursos são de segunda e preparam mal). Estão quase tantos médicos portugueses a formar-se lá fora como cá dentro.

    Esperemos. O poder desmesurado dos nossos médicos arrogantes está a acabar. Há muitos médicos extremamente competentes e capazes, tanto técnica como humanamente, neste país. Quero crer que são a maioria, mas disso não tenho certezas.

    No Hospital da Beira Interior, os médicos espanhóis que foram contratados (contra a nossa ordem dos médicos, aliás) são conhecidos por serem afáveis e competentes. Conheço muitos médicos competentes e capazes, humanamente tratáveis e que demonstram preocupação não fingida pela saúde dos seus pacientes. E são portugueses, imaginem só!

    Infelizmente, estas características não são premiadas pelo sistema. Há pouco tempo, os cirurgiões insurgiam-se quando diziam que— vejam só— faziam apenas uma operação por semana, pois diziam que baixar a qualidade dos tratamentos e o acompanhamento dos doentes. Num país civilizado, um cirurgião deve fazer pelo menos duas operações por dia, e acompanhar os doentes.

    Sinceramente, não sei como ainda se permite que a ordem dos médicos (e a dos advogados, e a dos engenheiros, e as novas desordem que aí se constituem) existam, tanto mais que estas só existem para vedar o acesso à profissão de novos candidatos, arrepelando o senso comum.

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  11. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 12:04

    Tirando isto, o Ramiro Marques já disse o que havia a dizer.

    Agora uma coisa é certa. Dei comigo a abençoar as nossas farmácias com farmacêutico a sério e em sistema de monopólio que é uma maravilha.

    O sistema “Boots” é uma imitação rasca das boas das nossas farmácias que substituem os médicos da caixa.

    E os nossos médicos da caixa são uns génios comparados com os médicos-pés-descalços do sistema socialista/liberal dos países ricos.

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  12. lop permalink
    12 Agosto, 2010 12:16

    não será porque há gastos a mais com médicos ausentes e com aparelhos usados só em metade do dia….

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  13. 12 Agosto, 2010 12:17

    Zazie

    Eu tenho a visão que somos tão mas tão auto-críticos e corrosivos nessa auto-crítica que na verdade nota-se que muita coisa funciona comparativamente (e crescentemente) até razoavelmente bem (independentemente do sistema ser público ou privado, deste ou daquele modelo).

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  14. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 12:20

    Pode crer que funciona. E em Inglaterra era excelente porque tenho lá família desde os 40.

    Mas agora está péssimo e o nosso sistema de saúde é dos melhores do mundo, tirando o alemão/Bismark.

    E a Caixa por cá tem especialistas, alguns excelentes, como sucede no meu bairro.

    E a boa da mania tuga de se fazer um jeitinho também é catita porque se consegue consulta em cima da hora se a moça da recepção pedir ao “doutor”.

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  15. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 12:22

    Nos anos 60 o sistema inglês era excelente. Agora ficou esta anormalidade semi socialista/ semi-liberal à comuna maoista.

    Mas levei as receitas do médico cornish e do farmacêutico do Sainsbury ao farmacêutico do meu bairro que disse que a receita do médico era uma autêntica anormalidade.

    Sorte que sou saudável e curo sempre tudo dormindo ou dançando.

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  16. piscoiso permalink
    12 Agosto, 2010 12:37

    Tenho mais razões de caixa dos burocratas que dificultam o acesso aos médicos, do que destes. A não ser que…
    Calhou-me no mês passado uma médica brasileira, que me receitou um anti-inflamatório. Percorri farmácia atrás de farmácia e o produto estava esgotado.
    Talvez esteja à venda no Brasil.

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  17. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 12:39

    “tens razões de caixa”, pois. Na volta se mudasses a ligadura da focinheira também poupavas no SNS e ainda te sobrava para brasileira “me liga, tá”.

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  18. piscoiso permalink
    12 Agosto, 2010 12:47

    Estão de regresso os florais do insulto.

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  19. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 12:49

    Que insulto, tolinho? insultei-te as “razões de caixa”?

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  20. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 12:50

    A tua “caixa” é que perdeu a razão há nascença.

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  21. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 12:50

    à nascença. Até me baralhei com as ligaduras infectadas.

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  22. 12 Agosto, 2010 13:20

    Não vale a pena pretender que é possível iludir a realidade. Findo o período de crescimento económico exuberante que o capitalismo proporcionou nos países ocidentais, a aritmética é suficiente para demonstrar a (crescente) mentira a que se refere JMF.

    Para um olhar português dos problemas de saúde vistos sob a perspectiva de um economista, aconselho a leitura de Economia da Saúde – Conceitos e Comportamentos de Pedro Pita Barros.

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  23. Licas permalink
    12 Agosto, 2010 13:44

    Zazie : deixa lá o PISCOISO ter * razões de caixa * . Ele analfabeto como mostra ser desde o princípio pensou em * queixa * e disse para ele: é com “c” ou “qu” . Não, não deve ser com “cu”. logo a seguir surgiu a outra dúvida : porra, é com “x” ou com “ch”? BEM, BEM vou pôr ema palavra que sei escrever e que soe parecido. Qual será: CAIXA !!!

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  24. lucklucky permalink
    12 Agosto, 2010 13:46

    Insustentável logo vai acabar brevemente…
    Com milhares de mortos por infecções não há nenhum sistema de saúde decente no mundo. Talvez haja hospitais, mas como os sistemas estão desenhados para não haver construção de reputação, concorrência(excepto para os ricos) nada se sabe. Chega-se a um escaparate de uma papelaria há aí uma dezena de revistas de carros, não há sobre saúde. Uma nebulosa.
    Como a industria da saúde julga-se numa missão e não fornecedora de um mero produto, automaticamente o escrutínio tem de ser apenas feito pelos próprios. Os missionários tornam-se automaticamente aristocratas.

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  25. Carlos Dias permalink
    12 Agosto, 2010 14:18

    Estou aqui para o provar:

    O SNS português é dos melhores do mundo.

    OK, não consigo rir mais porque estou com cieiro.

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  26. Nuno Pedrosa permalink
    12 Agosto, 2010 16:26

    O sistema Português é bom. Se é dos melhores do mundo não sei. Para além do nosso conheço o Francês e o Americano. O Americano é o que é: o melhor do mundo para quem tenha dinheiro ou então esteja mesmo mesmo a morrer. O Francês em muitas coisas não é diferente do nosso. É considerado o melhor do mundo e é para toda a gente. É tendencialmente gratuito ou tendencialmente mais ou menos. Tem parte paga pelo cidadão e parte pelas seguradoras/cidadão (30% do total).

    Discutir o tendencialmente gratuito é divergir da discussão que interessa. Como se paga e se sustenta. Quem não quer realmente resolver o problema discute o “tendencialmente”. Qual o mal de estar na constituição? Ou de não estar?

    O nosso sistema PÚBLICO foi considerado entre os 12 melhores do mundo. Estamos sempre longe deste lugar em tudo, por isso acaba por ser bom.

    O artigo fala de crescimento e dá muitas explicações para esse crecimento. Comparar este crescimento com a Europa não faz verdadeiramente sentido, a não ser para vender jornais, já que o próprio artigo se encarrega de justificar porque comparar o crescimento é incorrecto…Mas pronto. Aqui estamos nós a falar sobre o SNS com base numa notícia com uma ideia pré-concebida.

    Mantenham-se open minded e pode ser que lucremos todos.
    Concentrem-se em mostrar que têm razão e boa viagem até nenhum lado.

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  27. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 17:20

    Em França ainda existe uma coisa que por cá acabou: os médicos “da caixa” que vão a casa.

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  28. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 17:21

    Mas é verdade que é muito bom. O que significa que, nestas coisas de saúde, quanto menos liberal, melhor.

    “;O)

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  29. 12 Agosto, 2010 17:45

    Uma boa experiência.

    Em Portugal não há um SNS, há muitos!

    Há dias fui à unidade de saúde familiar da minha zona para ser vacinado contra o tétano. De dez em dez anos tem que ser.

    Não queria acreditar. Na entrada do serviço havia uma máquina onde se insere o cartão e se escolhe a opção. Depois ajudei quatro pessoas que não percebiam como é que aquilo funcionava.

    Alguns minutos depois fui chamado pelo meu nome e quando cheguei ao gabinete de vacinação fui recebido por duas enfermeiras. Enquanto uma preparava a vacina a noutra, sentada ao computador, fazia o ponto da situação da vacinação de toda a família.

    Ao princípio nem percebi quando ela disse que o Gonçalo estava em dia, mas quando começou a debitar informações sobre o resto da tribo fiquei de boca aberta.

    Quando dei por isso já tinha a vacina tomada, o boletim actualizado… e um forte golpe no meu criticismo!

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  30. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 18:16

    Temos de ser vacinados contra o tétano de 10 em 10 anos?

    Essa agora… não imaginava. Nem sei onde tenho essa coisa do boletim de vacinas.

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  31. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 18:18

    Só de pensar que tenho de fazer umas análises…

    phónix!

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  32. zazie permalink
    12 Agosto, 2010 18:20

    Ando há 4 anos a renovar a papelada do “check-up”. Na volta ainda dá check out

    eheheh

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  33. 12 Agosto, 2010 19:54

    A nível Constitucional, o Capitão Gancho em 6), parece-me correcto.

    Se é dos melhores ou não, outros já se pronunciaram.

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  34. 18 Agosto, 2010 04:28

    Zazie

    Espero que faça um check up num privado qualquer porque isso é dar despesa desnecessária…

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