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Assim não dá!*

23 Julho, 2011

Preciso de enriquecer ou de empobrecer. Ou mais precisamente tenho de mudar de estatuto. O que não posso, não quero nem aguento mais é fazer parte dessa entidade impropriamente chamada classe média. Mas média de quê? Da riqueza dos ricos e da pobreza dos pobres? Talvez por falta de ricos e excesso de pobres (o grupo mais significativo dos contribuintes é aquele que, por baixos rendimentos, não paga praticamente IRS) o resultado é uma classe média com aspirações lá em cima e rendimentos muito cá em baixo.
Mas seja por isso ou pelo seu contrário, o que para o meu caso conta é a pretensão, ou melhor a minha exigência, de deixar de ser classe média. Quero que o Estado me declare rica ou pobre. Mas média não. E não adianta contrapor a esta minha reivindicação o argumento de que estas coisas não se determinam por decreto. Isso seria bem observado caso Portugal fosse um país razoável. Mas como bem sabemos não é. Não se instituiu por decreto que eram gratuitos o SNS e a escola pública? Como é óbvio, não são mas isso não impede que todos os dias sejamos bombardeados com a exaltada defesa do gratuito, muito particularmente nos microfones da TSF, que trocou a sua encarnação anterior do Todos Seremos Fedayins por um igualmente místico e arrebatado Todos Socialistas Finalmente.
Mas voltemos ao porquê desta minha reivindicação. Os ricos e os pobres têm neste bendito país um estatuto mais protegido que os linces da Malcata (quando havia linces na Malcata). Por exemplo, não se pode privatizar a RTP porque isso agravará a situação da TVI e da SIC. Não duvido que a privatização da RTP possa causar um tumulto no mercado susceptível de tornar menos ricos os principais accionistas da SIC e da TVI que quiçá passariam a fazer parte da classe média, coisa que de modo algum gente tão informada está disposta a ser. Não porque tenham medo de perder luxos (coisa que raramente tem a ver com riqueza) mas porque muito prosaicamente os ricos sabem que a partir do momento em que deixam de ser ricos, ninguém mais se importará que um qualquer decreto perturbe a vida das suas empresas. Assim, se alguém da classe média viesse alegar que a privatização da RTP o poderia levar à falência, só obteria como resposta um prosaico “azar…” e mandavam-no refazer os orçamentos, cortar, investir etc. Em resumo, diziam-lhe que se arranjasse, aguentasse e pagasse na data marcada como o Estado ordena invariavelmente à classe média.
E portanto o Estado que em relação aos ricos tem sempre de equacionar as medidas também não deixa os pobres sem consolo: os pobres têm sempre de ser ajudados, vão beneficiar de um programa e têm inevitavelmente direito a um conjunto de medidas. É certamente assombroso que andando o Estado português há tantos anos a ajudar os pobres alegadamente para que estes fiquem menos pobres tenha acabado precisamente a obter resultado contrário mas isso não é assunto para esta crónica. Por agora o meu objectivo é simplesmente expressar o meu intuito de administrativamente me tornar pobre ou rica para assim deixar de fazer parte do grupo a quem o Estado manda aguentar e pagar os Estaleiros de Viana, os custos da insularidade, as televisões públicas e privadas. As portagens das Scut, os espantosos contratos celebrados pelo Estado com os concessionários das Scut e os pórticos destruídos nas Scut. Os governadores civis, os maquinistas da CP, o Metro Sul do Tejo (com tanto milhão de prejuízo sairia mais barato oferecer um automóvel aos pouquíssimos utilizadores desse metro), os bairros sociais que em dois meses passam a problemáticos, o pessoal de cabina da TAP, os especialistas na acumulação do RSI com pensões, subsídios, abonos, apoios, complementos e bonificações. Não quero mais fazer parte desse grupo que paga as hipotecas aos bancos e respectivas comissões mais as universidades onde estudam muitos daqueles que acham que o melhor será partir as montras dos bancos e, como não podia deixar de ser, ainda acaba a pagar também as montras partidas dos mesmos bancos.
Todas essas empresas e pessoas ricas e pobres estarão cheias de razão mas esta razão, ao contrário do que acontece na Filosofia, não se sustenta no pensamento mas sim na existência de dinheiro que literalmente a sustente. E esse dinheiro vem esmagadoramente do bolso da classe média e muito particularmente daquele meio milhão de contribuintes que, segundo dados do INE referentes ao IRS de 2007, ganhavam, em números redondos, entre 18 mil e 40 mil euros por ano e pagavam quase metade do IRS apurado nesse ano.
Por isso o busílis da situação não está naqueles folclóricos que acampam nas praças das cidades e muito menos nos mascarados que atiram pedras às montras das lojas. O nosso maior problema pode acontecer no dia em que os tolos do costume deixarem de pagar como de costume e exijam uma impunidade nas suas contas semelhante à tolerada aos muitos ricos e atribuída como privilégio a quem administra o Estado. Afinal um desvio, mesmo que ínfimo, nas contas pessoais ou das empresas pode ser uma tragédia além de um crime se as contas tiverem a pequenez da classe média mas se as contas forem públicas tudo se resume a uma troca de acusações políticas. O Estado é em Portugal paternalista com os pobres, servil com os ricos, absolutamente indulgente consigo mesmo e de uma exigência sem limites para com aquele grupo a que põe ao peito a medalha da classe média mas em que na prática se incluem agregados familiares com rendimentos mensais a partir dos 2 mil euros.
Os jornalistas sonham com revoluções requentadas do marxismo, com muitas praças cheias de gente, montras partidas, acampamentos, capuzes e slogans. Mas aquilo que pode colocar literalmente o nosso mundo em causa não é essa gente. Tenhamos medo sim do dia em que a classe média perca não o medo mas sim a vergonha de não cumprir e ao anúncio de mais impostos responda “Assim não dá”.

*PÚBLICO

44 comentários leave one →
  1. 23 Julho, 2011 11:12

    Quando conseguires diz-me, também quero… 🙂

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  2. esmeralda permalink
    23 Julho, 2011 11:29

    Realmente é fabuloso que se fale aos quatro ventos em ensino público gratuito… Onde? Quando? E o Serviço Nacional de Saúde? Onde é que existe? Nos meios pequenos merece visita jornalística séria e demorada para verificar quem e como se “beneficia” desses serviços. Maus serviços, com muita gente a não fazer nada, porque não há médicos e nem há consultas e, o que é mais grave, com instalações óptimas e com aparelhos que nunca foram utilizados, mas com que alguns ganharam muito dinheiro e deviam estar presos! Anos e anos de completo desvario. Sem culpados, pelo que se vê!

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  3. Paulo permalink
    23 Julho, 2011 11:42

    “O Estado é em Portugal paternalista com os pobres, servil com os ricos, absolutamente indulgente consigo mesmo (…)”

    Esta frase diz tudo. Mas não é o Estado, essa entidade abstrata, são os políticos que precisam dos votos dos pobres, do dinheiro dos ricos, para financiar a campanha, e do dinheiro da classe média para gastar, com lauta indulgencia, nos subsídios para os pobre e nas obras publicas para os ricos.

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  4. Francisco Colaço permalink
    23 Julho, 2011 11:43

    E cursos abertos em universidades que ninguém escolhe nem cursa, à medida dos professores universitários e dos seus fetiches pessoais, escolas secundárias com ar condicionado de última geração que não funciona por não haver carcanhol bastante para a electricidade, rotundas mil em estradas onde o trânsito é de brincadeira (EN2 e EN3, por exemplo).
    Fundações, institutos e grupos de trabalho que nada mais fazem que providenciar um emprego escandalosamente pago a inúteis que no privado não subsistiriam. Novas oportunidades de tirar diplomas sem esforço e que apenas são reconhecidos por decreto no Estado. Compras militares e de polícia e de bombeiros a preços escandalosos, enquanto muitas corporações nem dinheiro têm para a gasolina dos carros.
    Prédios vendidos e arrendados de volta a preços escandalosos. Empresas municipais de utilidade dúbia. Câmaras municipais que são os maiores empregadores de um concelho (não há aqui um problema de escala?)
    Modernização de estações, com túneis por debaixo da linha, onde os comboios andam à mirambulante velocidade de quarenta quilómetros horários e não há nenhum acidente registado. Escolas ampliadas apesar de a população nacional ter diminuído. Auto-estradas, auto-estradinhas e auto-despesas com as estradas nacionais feitas em pedaços.
    Alguém quer continuar a lista?

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  5. Pine Tree permalink
    23 Julho, 2011 11:45

    Efectivamente a política actual consiste numa aliança entre a classe alta e os “pobres” para espremer uma parte da classe média. Nós temos mais free-riders do que produtores. Aonde isso nos vai levar, ninguém sabe. Mas odepois nã se quêxem!

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  6. 23 Julho, 2011 12:13

    Que país é este que governado por políticos anormais, muitos já com a corrupção no sangue, para terem uma ideia basta ver a assembleia da república a bancada do PS é constituída por ex-governantes. Como é possível ninguém os quer para governar , mas continuam a ter um ordenado à custa do povo.
    Todos falam, que tem de haver ordem com a lei do trabalho, mas para com os empresários e administradores que na maioria em Portugal são do mais anormal que existe neste planeta, pois quando estão com a má disposição o seu escape é despedir trabalhadores, ou então construir uma empresa paralela e destruir os trabalhadores com despedimentos colectivos, no qual os políticos dão total cobertura , pois respira-se trafico de influências em toda a escala.
    Na justiça como diz o bastonário dos advogados “ FUJAM ” pois está em evidência o caso face oculta em que o processo para espanto de muitos tem paginas recortadas, por este exemplo está tudo dito em relação à justiça
    CASINO ESTORIL
    Despedimento colectivo de 112 trabalhadores no Casino Estoril
    Nestas condições não constituirá um escândalo e uma imoralidade proceder-se à destruição da expectativa de vida de tanta gente ? Para mais quando a média de idades das mulheres e homens despedidos se situa nos 49,7 anos ?
    Infelizmente, a notícia de mais um despedimento colectivo tem-se vindo a tornar no nosso país numa situação de banalidade, à qual os órgãos de comunicação social atribuem cada vez menos relevância, deixando por isso escondidos os verdadeiros dramas humanos que sempre estão associados à perda do ganha-pão de um homem, de uma mulher ou de uma família.
    Mas, para além do quase silêncio da comunicação social, o que mais choca os cidadãos atingidos por este flagelo é a impassibilidade do Estado a quem compete, através dos organismos criados para o efeito, vigiar e fazer cumprir os imperativos Constitucionais e legais de protecção ao emprego.
    E o que mais choca ainda é a própria participação do Estado, quer por omissão do cumprimento de deveres quer, sobretudo, por cumplicidade activa no cometimento de actos que objectivamente favorecem o despedimento de trabalhadores.
    Referimo-nos, Senhores Deputados da República, à impassibilidade de organismos como a ACT-Autoridade para as Condições do Trabalho e DGERT (serviço específico do Ministério do Trabalho) que, solicitados a fiscalizar as condições substantivas do despedimento, nada fizeram mediante as provas que presenciaram.

    A corrupção não existe, agora chama-se: Ciência Politica Utilitária

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  7. Fredo permalink
    23 Julho, 2011 12:18

    Grande post!
    Este texto devia ser ensinado nas universidades, e sobretudo nas juventudes partidárias.

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  8. CAL permalink
    23 Julho, 2011 15:03

    Está na hora de repensar Portugal. O governo não pode continuar a aumentar e criar impostos para preservar as mordomias da máquina política. Chega de enganação! Basta de perfumaria! O exemplo tem que vir de cima!
    Vivemos num país de deslumbrados marajás aloprados.
    A classe média carrega o piano, paga as contas e ainda é obrigada a engolir sapos de oportunistas mentirosos. Políticos incapazes de dar solução à crise por eles pensada, repensada e teimosamente nos sendo impingida para preservarem seus interesses escusos.
    Esta guerra, eles não querem que Portugal vença, sabem que serão os únicos perdedores.

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  9. esmeralda permalink
    23 Julho, 2011 15:07

    Continuar a lista?!… Ui! É infindável! Os governos civis cheios de empregados partidários. O adjunto de Viseu, pprofessor, morador em Santa Comba Dão vinha o carro com motorista buscá-lo! Um deputado (EX!) nas eleições de 2009 prometia 10.000 euros às associações do concelho de Santa Comba Dão se fosse eleito deputado. E foi. Mas as associações ficaram a ver navios. Entretanto, arranjam-lhe um especial concurso para “chefe” do IPJ de Viseu “por tempo indeterminado”… Já não é deputado, felizmente e espero que o ponham a andar do IPJ. Nunca soube o que é trabalhar. É corrupto e corruptor! As candidaturas a dinheiros europeus eram constantemente viciadas no Governo Civil de Viseu, para se fazerem obras de encher o olho a algumas freguesias. E o aeroporto de Beja?! Eu nem acredito no que ouvi!!!

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  10. portela menos1 permalink
    23 Julho, 2011 15:36

    Entretanto em Oslo andam a criar terroristas loiros de olhos azuis, deixando sem palavras muitos opinadores conhecidos…

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  11. 23 Julho, 2011 15:47

    Alguém sabe se um Ministro (mesmo sem cumprir o mandato) tem direito a uma reforma vitalícia? E como é calculada essa reforma?

    Alguém consegue explicar o porquê do Mário Lino estar muito amarelo? Ontem topei com o gajo (bem gordinho) na mesa ao lado… sacana estava amarelo e inchado!

    R.

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  12. Arlindo da Costa permalink
    23 Julho, 2011 16:10

    Estou estranhando a Drª Helena e o inefável JMF não publicarem posts arrebatadores acerca dos atentados terroristas na Noruega.
    Se os terroristas fossem fundamentalistas «islâmicos», isto aqui estava cheio de baba e ranho.
    Mas como o alegado terrorista é de nacionalidade norueguesa, amante de música clássica, ambientalista, apreciador do Churchill (coitado que não merecia um admirador deste jaez), afecto a partidos da direita radical e catalogado de fundamentalista «cristão» (como ouvi na CNN), metem-se todos «em copas»…
    (Chamar fundamentalista «cristão», ou fundamentalista «sionista» ou ainda fundamentalista «islâmico» a vulgares psicopatas, terroristas e crimininosos é uma falta de respeito por quem professa essas religiões.
    Esse norueguês terrorista não é nenhum «cristão». É um grandessíssimo fdp dum cabrão, como são os terroristas dá Al-Quaeda, que fazem atentados em nome de Alá, ou lá o que queiram chamar.
    Mas os nossos ideólogos e jornalistas – normalmente preguiçosos, boçais e ignofrantes, utilizam esta terminologia fantasiosa.
    PQP’s!)

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  13. 23 Julho, 2011 16:10

    Jean Baptiste Colbert – ministro de estado de Luis XIV (Reims, 29 de Agosto de 1619 – Paris, 06 de Setembro de 1683)
    Mazarino – nascido na Itália, foi cardeal e primeiro ministro da França (Pescina, 14 de julho de 1602 – 9 de março de 1661)

    Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço…
    Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!
    Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?
    Mazarino: Criam-se outros.
    Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
    Mazarino: Sim, é impossível.
    Colbert: E então os ricos?
    Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
    Colbert: Então como havemos de fazer?
    Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tirámos. É um reservatório inesgotável.

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  14. lucklucky permalink
    23 Julho, 2011 16:36

    Excelente texto.
    .
    Estou à espera de ver o Portela menos 1 e o Arlindo – que belo par :))) – a dizerem que os terrorista(s) tinham razões para matar civis desarmados…o famoso “mas” . Estou à espera do vosso “mas”.
    .
    Já agora se o ataque tivesse sido numa cidade Americana com liberdade de posse de arma – a antítese da anti-civilização europeia que castra o humano para negar a existência e permanência do mal – teriam morrido muito menos que 90 seres humanos.

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  15. Não Interessa permalink
    23 Julho, 2011 17:04

    E sobre a Noruega, nada? O gato comeu-lhe a língua?

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  16. Arlindo da Costa permalink
    23 Julho, 2011 17:05

    Ó Luck, não leste e viste que chamei fdp cabrão àquele terrorista norueguês, alegadamente responsável pelos atentados em Oslo contra o PM socialista da Noruega e contra jovens socialistas noruegueses.
    Chamei a ele e chamo filhos de puta a todos os terroristas «islâmicos» ou «sionistas», da extrema-direita ou da extrema-esquerda. São todos FILHOS DO DIABO.
    Não sou como os «liberais» tugas, prosélitos do sionismo cabrão, e que só vêm terrorismo nos talibans e outros terroristas do Médio Oriente.
    Ainda me lembro que li aqui comentários para que atacassem Sócrates como o seu colega em Oslo foi atacado…
    E na altura, os «liberais» tugas aplaudiam!

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  17. portela menos1 permalink
    23 Julho, 2011 17:22

    Luck, tinha-te em conta com um QI razoavel !

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  18. 23 Julho, 2011 17:44

    Eu fico abismado com alguns comentários, aqui e por esse blogosfera fora sobre o atentado na Noruega.

    Parece que como a bomba era loura e as balas tinham olhos azuis há malta que fica feliz! Que cambada de filhos da puta!

    Um terrorista é sempre um terrorista seus anormais!!!!

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  19. 23 Julho, 2011 18:02

    Anders Breivik Behring é da classe média e de direita,
    tal como helenafmatos.
    O Anders é o principal suspeito do ataque terrorista em Oslo, que matou 92 pessoas.
    Trazer isso para aqui…
    seria de muito mau gosto.

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  20. lucklucky permalink
    23 Julho, 2011 18:20

    Piscoiso falta perguntares o que é que tem que ver isso com entrar numa ilha e matar 80 pessoas a tiro.

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  21. 23 Julho, 2011 18:54

    Não tem a ver nada.
    A ironia é mesmo essa.

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  22. Francisco Colaço permalink
    23 Julho, 2011 19:30

    Há milhões de pessoas assumidamente de classe média e de direita que nunca cometeram ou cometeriam crime nenhum; um, pelo menos um, cometeu-os. Há pessoas assumidamente de esquerda que fizeram crimes e tropelias hediondas, mas a maioria dos que se encostam à esquerda são cidadãos pacatos e nunca fizeram monstruosidades.
    .
    O violador de telheiras é engenheiro, e disso a comunicação social tratou como se fosse uma bestialidade sê-lo. Não nega o facto de que noventa e muitos por cento dos engenheiros não andar a violar mulheres inocentes pelas quelhas de bairro nenhum.
    .
    Assim sendo, por favor deixemos a discussão sobre a Noruega e voltemos à situação da classe média. Crimes muito maiores em extensão (embora não em intensidade) estão a ser cometidos neste país todos os dias pela larapiocracia (palavra intencional) que nos governou nestes últimos trinta e muitos anos de governo do povo, e apenas a vigilância dos cidadãos e da imprensa (que raramente se vê) lhes pode incutir algum medo.

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  23. insider permalink
    23 Julho, 2011 21:32

    “o SNS e a escola pública” e muitissímo mais não são gratuítos na escandinávia?
    e os ministros que nessas paragens andam de transportes públicos são da “classe média”?
    à classe média desta parvónia só falta passar a ter mesmo “classe2, peder as peneiras e vir para a rua…

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  24. Portela Menos 1 permalink
    23 Julho, 2011 21:49

    dedicado aos lucklucky´s Posted 23 Julho, 2011 at 16:36
    .
    http://arrastao.org/2314463.html#comentarios

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  25. 23 Julho, 2011 22:13

    5 estrelas. já tinha lido no público. e dei a ler a bastantes.

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  26. Não Interessa permalink
    23 Julho, 2011 23:06

    Ó Colaço, tens Pragal a meio do nome?

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  27. 23 Julho, 2011 23:17

    “Chamei a ele…”. O que eu aprecio as pessoas que falam (ou escrevem) assim.

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  28. Leme permalink
    24 Julho, 2011 00:22

    Quem é que quer apostar comigo que os socialistas tipo socretino ou outro qualquer se vão instalar em Portugal outra vez? E não tarda muito…

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  29. extorquido permalink
    24 Julho, 2011 04:38

    Poie é, mas esquecu-se de dizer quantas dessas pessoas da classe média trabalham no privado. Não, não me refiro aos que ganham mais de 2.000 por mês mas aos que o declaram… e isso faz toda a diferença, Leninha!

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  30. 24 Julho, 2011 06:03

    Essa TSF só dá vontade de rir.
    Armados em “progressista”, ficam histéricos (as) a defender aquilo que há de mais retrógrado e arcaico no mundo.
    Havia uma boa solução…agora que a máfia do futebol não consegue sustentar o império da Controlinvest…..enviar aquelas abéculas para a faixa da GAZA para viver como palestinianos(as), não com as mordomias de convidados amigos.
    Se querem tudo gratuito, tb se arranja solução. PAGUEM DOS SEUS BOLSOS A GRATUITIDADE QUE TANTO APREGOAM.
    não vivam dos impostos dos outros.
    isso em português tem um nome feio….

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  31. Francisco Colaço permalink
    24 Julho, 2011 11:14

    Leme,
    .
    Do tipo socretino não se podem instalar. Não há dinheiro.
    .
    Não Interessa,
    .
    Não tenho Pragal a meio do nome, mas se puder ser uma praga para suscitar a vigilância dos cidadãos sobre os exercícios dos eleitos, serei uma autêntica praga.

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  32. 24 Julho, 2011 11:19

    Doutora Helena, quando a maioria dos pobres atingir o valor de uma onça, aproximadamente, verá que os leões inovarão as regras do jogo para preservar as espécies raras :).

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  33. eirinhas permalink
    24 Julho, 2011 11:46

    A Helena tem toda a razão,mas já não vejo a volta a dar.Dá a impressão que todas as saídas estão entupidas.Cheguei a ter ilusões que este governo ia,senão acabar,pelo menos reduzir fortemente todos os abusos que nos conduziram a esta situação mas já começo a ficar desiludido e convencido de que o nosso caminho é mesmo o charco.Ontem li uma notícia,sobre um gabinete e bmw,não o rotulo de abuso porque não sei se o é,mas espanta-me não ter visto mais ninguém falar do assunto.Espanta-me também que não queiram taxar os dividendos.Dá-me a ideia que seja para não levarem o dinheiro para o estrangeiro ,mas então não há um ditado que diz que para grandes meles grandes remédios?Passem muito bem!

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  34. jofer permalink
    24 Julho, 2011 14:44

    Peça ao seu amigo PPC que faça um decreto para alterar o seu estatuto.

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  35. Leme permalink
    24 Julho, 2011 15:49

    Francisco Colaço,
    Está enganado e muito. Os socretinos têm todo o dinheiro que querem. Veja a vida do Mário Soares que nunca ganhou dinheiro ou fez trabalho que se visse e tem tido ums vida de lord, proprietário de mão cheia por todo o lado.
    Uma vergonha…

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  36. afédoshomens permalink
    24 Julho, 2011 16:19

    ai que saudades de Sócrates….

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  37. Francisco Colaço permalink
    24 Julho, 2011 17:22

    Leme,
    .
    Dizia eu que os socretinos já não se podem instalar, pois deixou de haver dinheiro que lhes afine as narinas. Eles vão atrás do dinheiro como o vampiro atrás do sangue. Do nosso sangue.
    .

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  38. A. R permalink
    24 Julho, 2011 17:57

    O (in)seguro continua a querer Estado Socialista. Perante uma plateia da terceira idade, o profissional da política desde que sentava o rabinho nos bancos do Liceu, continua igual a si mesmo e aos socialistas: pobre de ideias e ideais assim como um Assis untoso que enterrou o estudante de filosofia que via o mundo mudar a cada sete dias.

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  39. jofer permalink
    24 Julho, 2011 19:11

    O Seguro é o papel químico do Coelho . Parecem dois carris de uma linha de comboio milimetricamente paralelas.

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  40. 25 Julho, 2011 17:39

    Não compreendo o post. Não é difícil ser pobre. É difícil deiixar de o ser. Se quer ser pobre seja.

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  41. ulisses permalink
    26 Julho, 2011 18:02

    A helena matos é uma sortuda. Um jornal paga-lhe para articular opinião básica própria de um qualquer barbeiro ou taxista, que não argumentariam pior.
    De que se queixa afinal? A não ser que escreva de borla…

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  42. anonimo permalink
    27 Julho, 2011 05:12

    2000 euros??? ehehehehhh

    Ena. Um professor do topo do topo da carreira teria esse vencimento no final da carreira (a preços actuais), não fossem as “riformas” do “génio” que se opunha a estes privilegiados (por aqui muito aplaudido) . Eram uma “corporação” , não era?

    A Helena Matos a beber do veneno que deu a engolir aos outros? OPS
    Faltam as “taxas” da FP que agora também vão pagar, não é verdade?

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  43. licas permalink
    27 Julho, 2011 23:49

    Mais tarde ou mais cedo tem qe se regulamenytar a emigração
    de África, dos Muçulmanos, Ciganos e Asiáticos. TEM QUE SER . . .
    (apesar do politicamente correcto . . .)
    Por outro lado é bem verdade que a grande maioria dos seus empregos
    são os que os tugas rejeitam por mal pagos . . .

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  44. 30 Julho, 2011 10:29

    O que se está a passar em Portugalvai ter consequencias futuras .
    1. Contrato único
    2. Banalizar o trabalho temporário
    3. Perseguir os desempregados
    4. Legalizar os falsos recibos verdes
    5. Reduzir a Taxa Social Única
    6. Amputar e privatizar a Segurança Social
    7. Imposto extraordinário sobre rendimentos
    8. Privatizar: vender sectores estratégicos a preços de Saldo
    9. Desvalorizar o trabalho
    10. Ampliar o prazo dos contratos a termo
    11. Tornar os despedimentos fáceis e baratos
    Vejamos respeitar o local de trabalho, mas fora dele começar a limpar os patrões e empresários.
    Que vantagens tem os empresários e os patrões em massacrar quem trabalha .
    Isto mais tarde ou mais cedo é o que vai acontecer. Andam a brincar com o fogo.

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