Sobre o poder local
20 Setembro, 2011
As autarquias esqueceram a missão que lhes está atribuída. Deveriam, em primeiro lugar, gerir, com qualidade, o espaço público. Mas as ruas e passeios estão em péssimo estado, pela total ausência de um sistema de manutenção. A via pública está suja, resultado duma limpeza urbana ineficaz. Rareiam os parques infantis, não há infra-estruturas de apoio, o espaço público está abandonado à sua sorte.
No Correio da Manhã
26 comentários
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Infelizmente, revejo-me neste cenário… Para quando câmaras que olhem para os seus cidadãos?
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Os profetas da desgraça contra o euro vão ter que rezar mais. Parece que não é desta vez que ele estoira. Se correr bem, iniciamos um novo bull market. Nem que seja por alguns meses. lololol
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Para relembrar ao nosso governo:
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Picada daqui: http://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/09/public-opinion-government-spending
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Cortem mais, cortem mais. E quando houver manifes, lembrem-lhes quem paga os impostos para tanta despesa.
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Durante longos anos as autarquias viveram para dar emprego a amigos e amigos dos amigos. Viveram para fazer pavilhões desportivos, casas de cultura (!), piscinas, a pouca distância umas das outras, em cada freguesia se possível, espaços pouco frequentados e, por vezes, construído em terrenos alheios (da EDP por exemplo). Todos os anos faziam viagens os da Câmara e os Presidentes de Junta. Passavam-se cheques através das Juntas, vindos da Câmara, para pagar serviços por fora… Enfim!
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Aki há um enorme «parque infantil». coisa feita pelo Adriano. Passo lá frequentemente de carro (fica no caminho) ou para dar «banho de ar aos cães» (a pé) Infantes ? Pois, é uma raridade muitíssimo ocasional. 😦
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Ou então temos autarquias de pequena dimensão que revestem o pavimento das ruas da sede concelhia a granito polido e fazem passeios com estrutura metálica sobre-elevada e pavimento em madeiras nobres tratadas até ao parque da cidade, que fica fora do centro urbano, para peões e bikes, enquanto as freguesias satélites continuam com arruamentos em terra batida e sem saneamento nem água canalizada. O que eu vejo, sim, é as autarquias a tratarem a pão de ló os habitantes da sede concelhia e a burrifarem-se para todo o restante concelho.
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borrifar em vez de burrifar.
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Vejo exactamente o que o Lima vê. 😦
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Foi muito triste esta tirada de CAA. Acusar a policia defendendo o ladrão.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2004533
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Poder Local – mesmo à mistura com caciquismo – uma das grandes conquistas da Democracia.
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Sugestões de mudança nas autarquias.
Como reduzir o seu número sem conflitos.
http://notaslivres.blogspot.com/2011/09/como-reduzir-o-numero-de-autarquias.html
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As autarquias não são livres para cobrar mais ou menos impostos – excepto uma pequena margem no IRS – logo são obrigadas a serem Soci@listas. O Soci@lismo leva a corrupção, estabelecimento de uma clientela – desde empregos, subsídios e contratos chorudos para pessoas que têm contactos com o Poder Político e retornam o favor ao partido do Presidente da Câmara…
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O sistema político português está desenhado para os cidadãos deixarem os políticos em roda livre.
A razão dos políticos loucos que temos começa logo nas autarquias que não são mais que mini regiões-autónomas onde sacar o máximo do estado Central é a regra.
Para um Português colocar em causa a obra de um político este tem de lhe ir directamente ao bolso e tem de ser uma obra gigantesca como o TGV.
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Mais um adepto do Estado puro, que nao se sabe bem o que è, tirando, é claro, os isaltinos e jardins.
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Muito bem Lima, esse é o exacto retrato do poder local.
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(Lamento o comentário à margem do post que considero adequado particularmente mas que não se pode generalizar porque no que respeita a manutenção do espaço público e espaços de jogo e recreio conheço munícipios com bom comportamento, independentemente das freguesias serem limítrofes ou não)
Este comentário é destinado ao post de Helena Matos que pela primeira vez exerceu censura a um comentário meu.
Rogério,
“A Helena Matos é uma excelente jornalista e uma reputada historiadora, certificada e com obra e prova dada. Uma pessoa de coração bondoso e incapaz de malvadezas. Uma mulher linda para resumir.”
Excelente jornalista ???
Está a gozar com quem ? No meu tempo o jornalismo tinha código de conduta em que acima de tudo se exigia o relato da notícia factual e rigoroso em que por primazia a notícia seria dada com I M P A R C I A L I D A D E.
Reputada historiadora ? Desconheço o CV de HM porêm essa linha é passado porque, conforme já por diversas vezes comuniquei a HM, hoje em dia, as suas estórias são isso mesmo estórias sem qualquer H.
Coração bondoso e incapaz de malvadezas já exige um conhecimento mais próximo que não tenho nem pretendo ter mas que óbviamente não tenho conhecimento para concordar ou não.
Quanto a si cara Tina…contenha-se nos seus juízos de quem frequenta os centros de saúde porque desconhece a realidade deste portugal profundo. E reze a Deus, reze muito para nunca necessitar de cuidados e estes lhe serem negados ou adiados.
Cambada de desumanos que por aqui populam. Podem-se discutir políticas e gestões, não se discuta o acesso aos cuidados de saúde pública porque repito, estão a brincar com coisas muito sérias e isto assim vai correr mal, muito mal.
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Solução: Acabe-se com os municípios e entregues-se a receita do IMI às Juntas de Freguesia.
É o fim de inúmeras taxas inúteis, de 5% do IRS e da derrama.
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O senhor põe todas as autarquias no mesmo saco. Há uma guerra generalizada contra as autarquias. Acabem com elas e vão ver o custo dos vossos impostos aumentarem exponencialmente.
Devia concorrer já a uma autarquia, depois podia falar do que não sabe, e ir de encontro contra o tamanhão do muro da burocracia a que as autarquias estão sujeitas.
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Prefiro o poder local ao central.
Ponto.
Parágrafo.
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A fonte de financiamento do poder local foi o tijolo. Num país de rendas condicionadas, em tempos de crédito hipotecário ao virar da esquina e num quadro geral de exibicionismo bacôco e de inveja compulsiva, o panorama não poderia ser outro. E como gostamos de apontar o dedo, de deitar culpas e dissimular o lixo por debaixo do tapete, felizmente há uma Grécia a jeito para desviar as atenções para a irresponsabilidade colectiva com que nos colocamos sob as garras do FMI e quejandos.
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Há-de dar um saltinho a Castelo Branco, quando puder. Se não for muito incómodo, claro.
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«Prefiro o poder local ao central.»
Bakunin disse o mesmo.
Entretanto a vereadora Helena Roseta enviou cartas com aviso de recepção, quantos residentes e quais os rendimentos, para se apurar o orçamento familiar, de modo a aumentar (ou criar “justiça) nas rendas das habitações sociais.
Porque impedir que os inquilinos acumulem armários e lixo no próprio andar a Helena Roseta não consegue. Porque fazer um levantamento da quantidade de famílias ciganas que estão indevidamente alojadas (caucaseanos e negros também os há) mas a Helena Roseta interessa-lhe mesmo é abater os 1.750€ que a câmara paga por mês, pois claro, há clientela de sempre!
Depois admiram-se.
R.
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As autarquias foram a maior máquina de evolução e transformação pós-25 de Abril. Uns por caminhos mais ortodoxos, outros por vias mais formais. Outros explorando amizades partidárias. Etc. E também porque não com corrupção ingénua à mistura. Tal qual qualquer outro membro da União Europeia, quelquer Governo ou qualquer funcionário publico cujo negocio é a canet.
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Como definiu o brilhantemente o Chefe daquele Comando brasileiro: uns roubam com a ponta da caneta, outros com a ponta da pistola. Só que uns são legais, outros criminosos. Mas andam ambos ao mesmo: money. Venham os deuses e escolham quem são os piores ou os melhores.
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O que interessa é o resultado no terreno. O dia a dia de cada Português. A vida e o poder de compra das populações. Longe dos elefantes brancos do poder central: expos, submarinos, autoestradas, centros de belem, centros identicos no Porto, buses publicos ultimo grito, metros calsse quilometro de preço etc.
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“As autarquias esqueceram a missão que lhes está atribuída”. Não tenho a mesma opinião. Talvez, o Governo Central ‘esqueceu-se’ da missão que lhes está atribuída. Por isso chama Regionalizaçao ao ditatorial descentralização. Tem medo de REGIONALIZAR. Perde as benesse. Não sou autarca. Eles que reajam para não serem os bodes expiatórios. Sejam de Partido forem. É mais alto.
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“Prefiro o poder local ao central.”
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Então prefere a Ditadura . Pois o poder central é todo igual e só pode ser de uma maneira: a Soci@lista, Social Democrata.
Os eleitores locais estão impedidos de decidir se querem ficar com o dinheiro para eles ou entregarem-no aos políticos locais.
Como a maior parte do dinheiro vem do poder central, o poder local e o povo só quer é mais e mais.
Não há razão para pensar se obra vale ou não a pena, se é melhor o dinheiro ficar com as pessoas.
Tal como um departamento burocratico é melhor gastar porque senão cortam-nos o orçamento no próximo ano.
Não lhes sai do bolso directamente vem do Governo Central..
A boa administração não conta porque o sistema está desenhado para a boa administração não contar e para não haver escolha.
E assim temos gerações e gerações de políticos e cargos tecnicos que gerem dinheiro que cai do céu sem terem de ganhar votos dos eleitores para o conseguir.
O Poder Local são Mini-Autonomias, Mini-Madeiras.
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Na cidade do Porto é o Rio que não manda varrer nem é varrido.
Os presidentes das câmaras e freguesias deviam ter formação própria e obrigatória para
poderem ser nomeados.
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Caro Paulo Morais,
Totalmente de acordo. O que se passa é que as câmaras estão falidas com os custos de manutenção das edilidades resultantes da nossa absurda lei que privatiza as mais-valias urbanísticas juntamente com a lei de solos que temos. Constroi-se em todo o lado, sem qualquer planeamento, e o município vê-se depois na contingência de ter de dar acessibilidades e saneamento básico a todo este caos, de uma forma que resulta cara e ineficiente. As dívidas de muitas câmaras só para manter o saneamento básico são crescentes há vários anos.
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Há p´ra aí um tal de “portela-1”, que deve ser vesgo… eu, cá por mim, até ando com os olhos trocados por tanto aldrabão que vejo e em tão diversificado “campo”… ao mesmo tempo e em rapidíssima sucessão.
Deixemo-nos de clubites… isto apodreceu completamente e contaminou toda a fruta; mesmo aquela que, por algum tempo, ainda se manteve sã e tragável.
Estiveram juntas tempo demais… agora, só há uma solução – Pelo portão ou pelas portelas… lixeira com elas!
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