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O síndrome da moeda fraca

15 Novembro, 2011
by

Euro forte prejudica exportações portuguesas

Parece que ninguém olha para as estatísticas do INE. Para além de estarem a subir, as nossas exportações têm sofrido alterações na sua estrutura em favor de produtos de maior valor acrescentado. Estes, sendo mais imunes ao efeito preço, beneficiam com uma moeda forte, que lhes baixa o custo dos inputs importados.

Quem pretende ser subsidiado por desvalorizações (e aqui se incluem os “iluminados” defensores da nossa saída do euro) continua a defender a competitividade na base dos baixos salários e não se mostra capaz de ascender a patamares superiores de qualidade. Só concorrendo com os melhores (as economias do 1º Mundo, onde devemos continuar integrados), ganharemos “músculo” para competir à escala global.

Algumas PMEs portuguesas já se aperceberam disso, estão a operar uma “revolução industrial” silenciosa e constituem casos de sucesso nos mercados internacionais. Oxalá o seu exemplo frutifique.

36 comentários leave one →
  1. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 13:36

    A propaganda anglo-saxónica deixa poucos indiferentes, caro LR. Para eles não contam os números mas o que se explica com esses números. ehehhheh

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  2. Portela Menos 1 permalink
    15 Novembro, 2011 13:47

    estudo do Peterson Institute for International Economics (usa): “a economia portuguesa precisa, para se tornar competitiva…de realizar uma desvalorização real de 22%”.
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    ao sair do Euro, para desvalorizar a moeda, podemos sempre aderir à Pataca de Macau.

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  3. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 13:48

    Uma voz contra a corrente no mundo anglo-saxónico.
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    http://www.bloomberg.com/news/2011-11-15/manufacturing-america-s-new-middle-class-henry-r-nothhaft.html
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    E Vcs. já repararam que a crise portuguesa coincide com a ausência de um ministério da indústria? Não é que seja mesmo obrigatório haver um ministério da industria se houver políticas industriais. Mas em Portugal temos um ministério da agricultura e não um da indústria. Curioso, não é? E coincide esta ausência das preocupações industriais dos governos com uma crise longa em Portugal, não é?
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    Mas o artigo do link acima devia ser lido por muita gente que manda postas de pescada contra uma moeda forte. Agora pensem nos custos da electricidade (e da energia) versus custos salariais de empresas de capital intensivo. No caso mais extremo da industria de células solares, os custos salariais apenas contam cerca de 7% to total. E a energia? Os custos da tecnologia? Etc.
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    Talvez por o dólar estar sempre em queda é que de lá fugiram mesmo as industrias de capital intensivo. Hoje uma nova fábrica de semicondutores a sério, custo a módica quantia de 9 biliões de dólares. A que está ser feita não é nos USA mas na Formosa. 9 biliões de dólares é qualquer coisa, não é? Os custos salariais quanto contarão? E quanto custará a manutenção e prevenção? Alguns estudos, já no final da década de 90, salvo erro, já mostravam que 40% dos custos era mesmo P&M e não os salários…
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    Enfim, pataratas.

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  4. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 13:59

    E até o Turismo vai tendo dos melhores anos de sempre, apesar da tal moeda forte favorecer destinos mais exóticos.
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    “No mês de setembro de 2011 a hotelaria registou 4,5 milhões de dormidas, o que representa um acréscimo de 4,6% relativamente ao mês homólogo do ano anterior. Para este resultado contribuíram os residentes no estrangeiro (+8,9%), uma vez que os residentes em Portugal reduziram o número de dormidas em 3,8%. Dos principais mercados emissores destacam-se o brasileiro (+26,2%) e o britânico (+10,8%).
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    Os proveitos totais e os de aposento atingiram 223,8 milhões e 156,6 milhões de euros, respectivamente, equivalendo a variações homólogas positivas de 8,5% e 9,9%. ”
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    in http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=106165641&DESTAQUESmodo=2
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    Enfim. As fezadas são lixadas…

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  5. 15 Novembro, 2011 14:05

    Caro anti-comuna,
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    Tem um impacte na blogoesfera!!!
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    Fez um comentário aqui e, já está à bica uma 2ª edição do curso … no Porto.
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    Pela parte que me toca, espero não furar as expectativas de quem confiou nas suas palavras.

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  6. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 14:19

    Penso que sim, é bom que a malta o vá ouvir. Se eu achasse errado o que Vc. escrevia, dizia-o, não é? 😉
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    Fico feliz por a malta do Norte estar com o faro apontado para o que realmente interessa para vencer neste mundo que se integra cada vez mais em termos económicos.
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    Olhe, se eu pudesse, era capaz de ir. Só para o chatear. 😉

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  7. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 14:27

    Olhe, caro CCZ, se estes o lessem não tinham cometido este erro de monta:
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    http://economico.sapo.pt/noticias/delta-q-lanca-nova-maquina-para-segmento-medioalto_131314.html
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    Um funcionário ainda tentou defender a empresa, argumentando que outras máquinas feitas em Portugal não se vendiam, segundo o gajo. O que duvido, mas pronto. Mas esta de usar o nacionalismo para vender e apostar nos segmentos topos de gama com quinqualharia ds chinocas não lembrava ao diabo. ehehheh

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  8. lucklucky permalink
    15 Novembro, 2011 14:46

    Continua o desprezo pelos outros: “quinquilharias chinocas”. Se você tivesse uma empresa não iria longe a desprezar os outros.

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  9. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 14:59

    Luclky, vá lá tentar atacar os segmentos altos do mercado com produto chinês e vai ver o que lhe acontece. Olhe, pergunte ao CCZ que ele explica-lhe isso. Enfim.
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    Veja lá quem anda no topo de mercado e onde são feitas: em Aveiro. Sim, marcas de topo internacional vêm a Aveiro comprar as maquinetas. E sabe porquê? Topo de gama não se pode avaria ao fim de meia-dúzia de meses nem mostrar made in China, sabe?
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    O CCz que lhe explique a coisa.
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    PM Sem falar que quando se apela ao consumo do produto nacional, é bom que ele seja mesmo nacional, está a ver?

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  10. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 15:24

    No mundo anglo-saxonico a moda foi sempre cortar custos a torto e a direito, mesmo sacrificando a qualidade. Há 20 anos atrás as marcas americanas também tinham sinónimo de qualidade. E quem aposta no topo de gama, tem que ter excelente qualidade e não apenas mandar fabricar em países com baixa qualidade, para subir as margens.
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    Hoje, tirando algumas marcas mesmo de nicho de mercado, as marcas americanas perderam fulgor. Porquê? Outsourcing. Made in China. (Ou Paquistão, não interessa.) Qual o erro evidente? Quem paga 5 mil euros por uma carteira, um vestido ou 20 mil euros por um relógio, não está à espera que o produto seja fabricado nas Chinas. Sinónimo de má qualidade.
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    As principais marcas mundiais de luxo são europeias e japonesas. (E veja-se como os japoneses lutaram imenso para desfazer a má imagem que tinha há 40 anos, como hoje tem a China.) E porquê? Porque, mesmo que façam outsourcin, têm um cuidado elevado com a origem do produto. Não é por acaso que a Louis Vuitton veio abrir fábricas em Portugal. É que além do know-how tuga, há a etiqueta made in CE.
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    Os gajos da Toyota cometeram o mesmo erro dos americanos. (E a Renault, também, por exemplo.) Mas o caso da Toyota e da Sony foram mesmo flagrantes. A partir do momento que deixaram de controlar a produção e passaram a querer cortar custos a torto e a direito, perderam a fama que tinham. Depois, quando fizeram mesmo asneira da grossa, os americanos foram implacáveis em destruir a imagem da Toyota. Quem sobrou no topo de gama? Os europeus. E veja-se onde são feitos a generalidade os BMs, Audis e mercedes. Na Alemanha ou ali ao lado. Não na China ou nas Honduras, não é?
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    Os europeus como fizeram menos outsorucing, além de terem sabido manter o know-how, souberam manter padrões de qualidade elevados. E não é por acaso que também a Alemanha está a passar bem em termos económicos.
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    E isto foi uma hecatombe generalizada dos marcas topo de gama americanas. Hoje perderam fulgor, excepto nalguns nichos e sobretudo nos USA. Que marcas americanas estão fortes no mercado europeu, por exemplo?
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    Quem compra topo de gama não está à espera de uma etiqueta made in China nem ver o produto perder características tidas como fiáveis. Quem compra um BMW não està á espera de plásticos de segunda nos interiores, os motores a griparem fácilmente ou outro tipo de coisas más. Por isso paga bem.
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    Acho que isto é tão evidente que me escapa como em Portugal ainda há quem ache que pode conquistar segmentos de mercado mais altos com material chinês ou brasileiro. Ou sonha ou não percebe a ponta de um corno do que quer vender. Á americano. Pois é. Mas depois…

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  11. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 15:43

    Alguém pensa que a Mercedes compra peles a esta empresa tuga por acaso?
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    http://www.couroazul.pt/
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    Os gajos poderiam comprar no Brasil onde as peles são muito mais baratas. Ou na China. Mas a Mercedes compra em Portugal como em Itália. Porquê?
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    Mas alguém está á espera de comprar um mercedes e ter o azar de apanhar com eles de má qualidade? E o quanto a marca sofre com erros destes? Por isso a mercedes cobra. Claro que cobra, porque quem compra os topo de gama não quer produto chinês.
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    Mas eu até compreendo esta má mentalidade tuga nalguns. Pensam que os conusmidores são burros e que não gostam de gastar o seu dinheiro bem gasto, mesmo que paguem balúrdios por simbolos e estatutos sociais. E não é a cortar custos a torto e a direito que se fazem grandes marcas internacionais. É criar valor. O tal evangelho que o CCz anda a pregar.
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    Por isso os tótós que andam sempre com medo das chinas não vêm o erro deles. E só têm medo, queixam-se deles e tal. Mas aquilo que dá boas margens e vende anos e anos, não pode estar centrado em cortar custos a torto e a direito. Por isso andam a pedir desvalorizações da moeda. Ou proteccionismos. São tótós. Bolas, é mentalidade americana rasca. Basta visitar uma cidade americana ou inglesa para perceber a enorme falta de gosto daquela gente e que compra barato. E só os milionários apreciam mesmo coisas boas. Compare-se o vestuário europeu com o americano. E veja-se como os americanos vestem-se mal e porcamente por olhar apenas a preço. E não é por acaso que na Europa, a Inglaterra é o país que mais paga pelas suas importações texteis. A malta veste-se mal e só olha a preços.
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    Por isso, custa-me a entender como há gente em Portugal que quer estar a conquistar segmentos de mercado de topo com quiqualharias chinesas. Ou não sabem o que andam a fazer ou têm maus assessores. E depois quixam-se dos chineses. Pois. Não se pode competir pelo preço apenas.
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    Enfim, eu é que às vezes fico admirado com a mentalidade de muita gente.

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  12. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 15:45

    “E não é por acaso que na Europa, a Inglaterra é o país que mais paga pelas suas importações texteis. A malta veste-se mal e só olha a preços”
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    Deixem-me corrigir isto e meter isto:
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    E não é por acaso que na Europa, a Inglaterra é o país que mais MAL paga pelas suas importações texteis. A malta veste-se mal e só olha a preços
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    Assim é que está correcto. Mil desculpas.

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  13. 15 Novembro, 2011 15:46

    Anti comuna,

    Na passada sexta-feira estive numa empresa, tive uma reunião com a equipa de assistência técnica que faz as reparações dos produtos que a empresa vende.
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    Um desses produtos é de uma marca nórdica, representa no seu segmento o creme do creme.
    .
    De há uns anos para cá, disse-me o responsável pela equipa, quase com lágrimas nos olhos de desolação, essa marca começou a fabricar grande parte dos componentes eléctricos na China… a curva de fiabilidade dos artigos é inequívoca … o nº de avarias cresceu muito.
    .
    Eu sigo aquela máxima “se o cliente não liga ao preço, o vendedor não deve olhar ao custo” quem não procede assim está, com maior ou menor rapidez a promover a radioclubização da marca, metáfora que uso para o termo inglês hollowing, cada vez mais ôca, mais vazia até que fica como uma carcaça encarquilhada que todos desprezam.

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  14. Guillaume Tell permalink
    15 Novembro, 2011 15:48

    Já que se fala de chineses:
    http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=2&id_news=170309

    Aos poucos a situação melhora (a notar que não encontrei o saldo da balança dos pagamentos que é isto que realemente interessa) :
    http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2011/11/15/exportacoes-em-portugal-sobem-16-ate-agosto-balanca-comercial-permanece-negativa

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  15. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 16:05

    Caro CCz, o caso que aponta é mesmo frequente. Não conhecia a buzzword mas sei que é assim. Eu custa.me a aceitar estas porcarias vindas dos gringos, porque é querer ganhar dinheiro muito rápido. Mas depois…
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    O caso das rolhas de cortiça são exemplares. Durante uns anos a cortiça sofreu uma crise de tal forma, que davam o sector como morto. Os vedantes sintéticos começaram a paracer, em aluminio e tal. E as nossas corticeiras deram um tombo valente. E tudo começou com um problema nas rolhas, que afectava o vinho.
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    O que fizeram os tugas. Inv. & Des. e eliminaram quase por completo esse produto que dava cabo do vinho. E mais que isso, começaram a fazer campanhas de marketing para valorizar o produto e o próprio vinho. Ver aqui alguns links:
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    http://omelhordeportugalestaaqui.blogspot.com/2011/11/rolhas-de-cortica-ganham-terreno.html
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    http://www.greengoods.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=225:esporao-avanca-com-rolha-de-cortica-certificada-fsc&catid=6:noticias
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    http://www.jornalsabores.com/noticia.php?id=1024&id_edit=47
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    E agora o produto está na moda, os consumidores estão dispostos a pagar mais por um bom vinho com rolha de cortiça e até os gajos do sector estão a tentar impingir nas ditas bebidas brancas topo de gama, rolhas de cortiça. Nos maltes, por exemplo.
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    Esta mania de olhar apenas para a redução de custos pode dar cabo de uma marca. E fazer uma marca é dificil, manter a marca, pior. E em parte Vc. tem razão. Um cliente que quer valorizar uma coisa boa, prefere pagar bem e disfrutar de algo mesmo bom, que comprar um produto tido como de referência e depois ter más suprresas.
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    Eu penso que em Portugal há bastantes empresas que já o perceberam. Basta ver o calçado. No outro dia, não lemos uma noticia que uma empresa tuga aumentou as vendas em 60% para o mercado italiano, talvez o melhor do mundo nas peles? Mas os tugas…
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    Quem anda com bichinhos na carola, que lá vai apenas com preços baixos, anda a dormir. Ou vive no mundo virtual anglo-saxónico.

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  16. 15 Novembro, 2011 16:17

    Anti-comuna,

    Essa empresa que vende as botas para o mercado italiano… tem uma estratégia, tem consciência dela e faz batota, investe para tornar essa vantagem ainda mais forte e evidente.

    Graças a Deus têm uma gestão do capital que lhes permite agora, ter dinheiro para investir nessa batota.
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    Os meus olhos brilham quando descubro uma empresa que já fez uma reflexão interna e já percebeu qual a sua vantagem e como começar a comportar-se paranoicamente para a ampliar, para a reforçar.

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  17. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 16:25

    Essa empresa tem uma boa liderança e gestão. Não olha para os preços apenas mas para o tal valor.
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    Eu no outro dia fiquei admirado com um estudo das principais marcas mundiais no segmento de luxo a nível global. A generalidade deles eram europeias ou chinesas. Eu não sei onde li o estudo, mas pode-se ver por este link o nome de algumas marcas e descobrir de onde são:
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    Click to access Luxemerken.pdf

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    E por aqui dá para ver a suprema importância da imagem de um país na construção deste tipo de marcas:
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    Click to access Aiello_Donvito_Godey_Pederzoli_Wiedmann_Hennigs_Siebels.pdf

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    E ver como os chinocas cada vez mais se parecem com o Japão de há uns anos para cá:
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    Click to access 01_cover_story.pdf

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    Os americanos têm poderosas marcas, note-se. Mas muito poucas em segmentos de luxo. E algumas quase só mesmo no mercado americano. E mesmo nalguns artigos da imprensa anglo-saxónica, eles vangloriam as suas marcas mas depois andam a copiar produtos europeus, como fazem os chineses. E onde trabalha a minha mulher é mesmo um exemplo de quem é copiado, tanto por chineses como… Americanos. E marcas americanas que já tiveram um bom posicionamento do mercado, o que é ainda mais curioso.
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    Escusado será dizer que a produção industrial é quase toda feita na Europa, alguma coisa no México e nos USA e muito pouco mesmo na China. E a produção é própria, pois quando fizeram outsourcing foram copiados, gamados e quase que estiveram para fechar as portas. Aprenderam a lição e é das marcas no seu segmento de negócio que mais crescem nas suas quotas de mercado. Mas crescem com produto caro, não pelo preço.
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    Felizmente os europeus foram mais espertos que os americanos. ehheehhe

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  18. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 16:27

    errata:
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    “A generalidade deles eram europeias ou chinesas.”
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    Peço desculpa, mas enganei-me e queria dizer isto:
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    A generalidade deles eram europeias ou JAPONESAS.
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    Assim é que está correcto.

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  19. PMP permalink
    15 Novembro, 2011 16:54

    LR,
    Não se pode colocar a questão de um cambio mais baixo só em relação às exportações, também há que ter em conta a relação com a taxa de desemprego.
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    É óbvio que uma moeda mais fraca facilita as exportações e os produtos com maior incorporação de mão-de-obra, o que poderá ser colocado em causa é se uma moeda mais fraca não encarece as importações em demasia.
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    Ora no caso Português temos que a partir de 1992, com o fim da desvalorisação do escudo o deficit corrente passou de próximo de zero para cerca de 10% durante anos a fio.
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    Nada indica que uma moeda forte é positiva para Portugal, nenhum dado histórico pode sustentar essa tese, é uma fantasia sem qualquer substância.

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  20. Arlindo da Costa permalink
    15 Novembro, 2011 17:34

    Claro. É uma moeda muito forte para quem quer exportar nabos e pêra rocha!
    O euro está para Portugal como a aguardente está para uma criança!

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  21. 15 Novembro, 2011 18:34

    A pera rocha é mau exemplo, porque se trata de um produto de qualidade, sem concorrência. Aliás, essa é uma área (produtos agrícolas e do ramo alimentar, exclusivamente produzidos em Portugal) onde ainda há muito para explorar. Agora o que por aí se tem dito sobre a dificuldade dos produtos chineses satisfazerem segmentos mais exigentes, é verdade e tem sido a sorte de alguns sectores como o dos moldes e até dos pneus, Mas, para isso ser convenientemente aproveitado pela indústria nacional era preciso dar-lhe condiçõs para, o mais rapidamente possível, ir para o mercado. Se assim não for, os chineses vão aprender com os erros, para além de ser preciso ter em conta os indianos. Convinha, então, que os bancos saíssem da letargia em que têm estado (convém ter em conta que, para muitas indústrias que sempre exportaram,o problema resultou da falência de clientes de vários países europeus, o que criou gravíssimos problemas de tesouraria).

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  22. Arlindo da Costa permalink
    15 Novembro, 2011 18:58

    Se a pêra rocha não serve como exemplo, então substitua-se pela bolota e pela alfarroba!

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  23. Pi-Erre permalink
    15 Novembro, 2011 22:03

    “…Quem compra topo de gama não está à espera de uma etiqueta made in China ”
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    É pá, lá por causa disso, a coisa resolve-se facilmente. Pede-se aos chineses que troquem a etiqueta made in China por outra que diga Made in Portugal (Norte).

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  24. anti-comuna permalink
    15 Novembro, 2011 23:57

    Este ano, pela primeira vez em muitos anos, o défice comercial da eurozona caiu contra a China. É natural. O ritmo de crescimento das exportações europeias é quase o tripo das suas importações da China. 23% contra 9%.
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    Click to access 6-15112011-AP-EN.PDF

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    A China está agora a ganhar poder de compra para comprar produtos europeus. E não apenas nos segmentos altos de mercado (que cresce muito, ver link acima) como noutros. Como os europeus são os mais competitivos, é natural que agora a Europa ganhe quotas de mercado naquele mercado. Já os americanos aumentaram as exportações, mas sobretudo nos produtos alimentares. (Está a acontecer um boom na agricultura americana devido ao forte crescimento das importações chinesas, que compram desde carne de porco a milho.)
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    E à medida que a China continua a ganhar mais poder de compra (quer através dos aumentos dos salários quer pela própria valorização da moeda chinesa contra o euro), a Europa e Portugal têm aqui oportunidades de ouro para penetrar naqueles mercados. É preciso é aproveitar e tentar a sorte. Investir ir para a China. E não estar á espera que venham aí uns gabuzinos amarelos comprar produtos portugueses. Se estão á esperar deles, bem podem esperar sentados que morrerão nas suas cadeiras.

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  25. anti-comuna permalink
    16 Novembro, 2011 00:15

    As exportações portuguesas para a China estão a subir 49%, nos primeiros nove meses do ano. Os dados foram divulgados pelo Fórum Macau para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O nosso ICEP apenas tem os dados dos primeiros 8 meses e dizem-nos isto:
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    Aumento das exportações portuguesas para a China: 46,5%
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    Aumento das importações da China: uma queda de 2,1%
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    O euro não parece estar muito forte ao contrário dos mal informados pensam.
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    Em 2008, a taxa de cobertura das exportações sobre as importações era apenas de 13,7%, este ano já vão em 21,7%.
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    Nós em vez de mastigarmos contra a China e as suas exportações, devíamos era ir lá tentar vender como fazem os outros. Porque aquele mercado tem um gosto especial por material ocidental, em especial europeu. Oportunidades existem, mas não se espere que aquilo funciona como há 10 anos atrás, em que o governo chinoca é que fazia as compras no exterior. Aquilo é cada vez mais um mercado de economia mercado, onde vender lá é como vender noutros mercados ocidentais ou no Japão.
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    Só que além de má informação propagada pela nossa imprensa (que nestas coisas revela uma ignorância atroz deveras confrangedora), os nossos decisores económicos têm uma percepção errada daquele país e a população é racista contra as importações vindas dos gajos. É evidente que os chineses cometeram o erro de pouco subir na cadeia de valor nos seus produtos e estar a apostar muito em segmentos de mercado sobretudo em produtos de electrónica e informática. E por isso a má imagem dos produtos chineses na Europa.
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    Eu quando vejo algumas coisas escritas por aqui, com gente que parece escrever textos bem desenvoltos sobre estes assuntos, fico espantando com a enorme ignorância de gente tida como literata. O que revela bem a verdade do velho ditado: um burro carregado de livros é doutor.
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    Exportar para onde? Dizem estes pseudo-intelectuais. Para onde há mercado, diz o pobre desgraçado a estes doutores da mula ruça. lolololololol

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  26. Nuno permalink
    16 Novembro, 2011 01:13

    O momento é de enorme confusão e não vai ser fácil este Governo dar a casa arrumada. Mas, sinceramente, estou com grande expectativa quanto às linhas de orientação que vão ser traçados para a economia portuguesa. Tenho por certo que esta gente procurará emendar a mão e corrigir os muitos erros que têm vindo a ser cometidos.
    Deus queira que se faça luz e abram os olhos.

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  27. anti-comuna permalink
    16 Novembro, 2011 01:28

    Como sair da crise. Criar marcas de luxo em Portugal para exportar. O sector do calçado está para aí virado e é bom que continue e seja imitado.
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    É claro que construir marcas de luxos para os segmentos topo de gama implica muito mais que querer. Mas em Portugal existe know-how para fazer da nossa excelente produção verdadeiras “joias” da exportação internacional. E o mercado mundial deste tipo de produtos de há naos a esta parte tem crescido acima dos dois dígitos e por todo o lado:
    .
    .
    “Global luxury goods sales to increase by 10pc in 2011 – Bain
    .
    Despite global economic turmoil, worldwide sales of luxury goods have continued 2010’s double-digit growth trajectory and will see a 10pc increase to €191bn in 2011, according to Bain & Company.

    The company’s latest “Luxury Goods Worldwide Market Study”, which was launched this week, reveals that luxury distribution has undergone a significant shift, with 14pc growth for direct-owned stores, more than 50pc higher than the growth rate of wholesale and department stores. Direct-owned retail now accounts for nearly 30pc of luxury sales worldwide.”
    .
    in http://www.businessandleadership.com/marketing/item/32867-global-luxury-goods-sales-t
    .
    .
    Vejam como crescem nalguns mercados:
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    “eveloping market growth (China, 35pc; Brazil, 20pc; Middle East, 12pc) is still notable, according to Bain, and remains a priority for brands. When factoring in spending in mainland China and spending by Chinese tourists abroad, luxury consumption by Chinese people is now just over 20pc of the global market.”
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    Não crescem apenas na China mas por todo o lado. O número de endinheirados e milionários cresce por todo o mundo. Muita desta gente não sente quase efeitos da crise nenhuma. Aliás, é um tipo de classe social que mais beneficia com o forte aumento da inflação no mundo e, por isso, o seu poder de compra sobe bem e pode continuar a gastar à tripa forra, ao contrário do Zé Povinho, que nalguns países está a sofrer de caraças.
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    Quando em Portugal eu vejo estes pseudo-intelectuais a falarem que Portugal não pode exportar, que não há mercados nem crescimento, eu só me apetece vomitam com estes pseudo-sábios. São uns ignorantes (E vamos exportar o quê e para onde? Questionam eles para os seus umbigos. Mas como pensam que por terem jeito para escrever alguns textos já sabem mesmo destas coisas. Alguns andam na televisão e só me apetece vomitar quando os ouço. São tão nabinhos…
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    Portugal te aqui potencialidades fantásticas. Nós em Portugal temos know-how para fazer produtos de luxo. Não sabemos é vender e criar marcas fortes, sobretudo a nível internacional. O exemplo da Delta e da quanquilharia chinoca para vender nos segmentos altos de mercado é a prova evidente que em Portugal ainda não se sabe vender, criar marcas, posicionar os seus produtos, etc. Muito tem sido feito nos últimos anos, mas ainda não chega. Não chega e é doloroso ver este tipo de erros que dão cabo de uma marca.
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    Eu quando vejo esta malta toda a devorar livros de Gestão nas FNACS e ponho-me a pensar que as economias mais fortes não têm quase escritores nenhuns de Gestão, como a Alemanha e o Japão, eu pergunto-me se esta malta que compra os últimos livros da moda de Gestão, tipo Paulos Coelhos da Gestão e Finanças, tem consciência desta realidade. As mais fortes marcas mundiais são europeias e japonesas e destes países não saem livros de Gestão top sellers. Não é curioso esta coincidência.
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    Ainda ontem meti aqui um link de um americano que batalha pela reindustrialização da américa. Ele dava uma bofetada forte no establishment americano, no entanto, se repararmos, continua a enformar da sua cartilha anglo-saxónica. Nunca ele fala de marcas, qualidade do produto, atenção ao pormenor, mão-de-obra especializada e com elevado know-how, posicionamento do produto, fugir ao baixo preço, etc.
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    Mas o que ele nesse artigo revelava era uma coisa interessante. Todo o mundo anda convencido que os salários dos trabalhadores alemães é mais baixo que nos USA, quando ele revelava que os salários na Alemanha para a industria eram mais altos em cerca de 28% em relação aos americanos. E no entanto, a Alemanha é uma potência industrial e os americanos têm um défice nos produtos manufacturados. E só não é maior porque são os maiores exportadores de armas do mundo, tecnologias securitárias e aviões civis, mas com uso por parte de forças policias pelo mundo inteiro.
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    Em Portugal continua tudo a bater no ceguinho. Outros queixam-se do euro. Mas as melhores marcas do mundo estão muito preocupadas com o euro? Uma Gucci? Uma Prada? Uma Louis Vuitton? Uma Moet et Chandon? Esta gente vende alto valor acrescentado, não vende com base nos preços baixos.
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    Nós temos a oportunidade de sermos os líderes latinos do mundo. Competir contra os Itaianos e contra os franceses. Nos segmentos topo de gama. Temos que competir contra a Alemanha nos segmentos topo de gama em produtos de elecrónica, máquinas, electrodomésticos. Temos que ter móveis de alta qualidade. E esta gente deve procurar fazer bem, vender bem e não olhar apenas para os preços baixos de venda. Pelo contrário, quanto mais baratos os produtos de venda, menores as probabilidades de fazer uma marca de luxo conceituada. Uma marca de luxo é sinónimo de distinção social, não de democratização. E essa distinção consegue-se a vender bem caro para distinguir os seus clientes do resto da “populaça”. Logo, se lhes querem vender caro, também têm que lhes dar algo em troca. Produto bem feito, com poucas falhas, com atenção aos pequenos pormenores, etc. Este tipo de clientela quer usar esses objectos como forma de distinguir, mas em troca do dinheiro gasto, querem algo em troca. E não é a importar quinquilharias de países com mão-de-obra barata que farão essa satisfação a este tipo de consumidores.
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    E os opinadores, na maioria das vezes uns tesos armados em pseudo-elites, nem fazem a mínima ideia da alta qualidade dos produtos feitos em Portugal, mas que infelizmente são vendidos como marcas conceituadas pelo mundo fora. Estes tesos nem reconhecem a qualidade em Portugal, porque só vêm este tipo de objectos nas montras de Paris ou Milão, mas não conhecem mesmo o produto. Por isso dizem. E vamos exportar o quê? E para onde?
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    Há marcas alemãs de boa reputação que até fazem alguns eletrodomésticos em Portugal. Que são feitos em Portugal sob a forma do chamado private label. Mas os nossos pseudo-intelectuais da treta dizem que não temos boa industria em Portugal. No entanto, é feito em Portugal e vendido a altos preços nalguns mercados internacionais. Infelizmente junta-se a incapacidade de vender do nosso tecido produtivo à ignorância dos opinadores, muitas vezes sediados em Lisboa, com a mania da cagança e pujança mas vive parasitando o resto do país.
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    E não vai ser um euro fraco que vai ajudar a fazer marcas de luxo ou conceituadas. Quando o problema é Gestão de vendas, publicidade, branding, logistica, circuitos de distribuição e comercialização, etc. O CCz aborda muito esses temas. É voz minotitária numa terra de preguiçosos mentais, que engolem todas as patranhas vendidas pelos anglo-saxónicos, que por sua vez são dos piores exemplos na construção de marcas fortes, de gestão industrial, etc. Os japoneses e os alemães não escrevem livros, aplicam na prática os seus conhecimentos.
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    Mas é preciso abrir os olhos a esta malta.

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  28. Nuno permalink
    16 Novembro, 2011 02:40

    Tenho para mim que o segredo da abelha é produzir mais – muito mais – e melhor para depois vender por quem saiba vender.
    Tive essa experiência ocasionalmente. As pessoas com quem falei não tonham conhecimento dos produtps portugueses que vieram à conversa e depois vim a saber que não só a venda foi mal conduaida como – também em resulrado desse approach -, não ter sido aclarada a possibilidade de satisfazer as quantidades pretendidas.

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  29. 16 Novembro, 2011 10:57

    O LR é empresário? Possui alguma experiência na gestão de uma indústria?
    Algo me diz que não. Como todo o liberal que se preze, deve ser mais um “académico” que não sabe sequer como se produz um parafuso e recebe do erário.
    Está mais do que qualificado para ser deputado no partido do Duarte Lima.

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  30. afédoshomens permalink
    16 Novembro, 2011 11:07

    «Governo espera arrecadar mais 100 milhões com taxas moderadoras»
    moderadoras ou taxas ordenhadoras dos doentes?

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  31. 16 Novembro, 2011 11:58

    Carlos Velasco,
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    “O LR é empresário? Possui alguma experiência na gestão de uma indústria?
    Algo me diz que não. Como todo o liberal que se preze, deve ser mais um “académico” que não sabe sequer como se produz um parafuso e recebe do erário.”
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    Esqueça o mensageiro que tem, garantidamente, mais defeitos que virtudes. Critique antes a mensagem numa visão académica, industrial, política, na que quiser.

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  32. anti-comuna permalink
    16 Novembro, 2011 12:40

    Aqui há uns tempos li esta entrevista e fiquei impressionado. Esta americana tirou bem o retrato aos portugueses. Ela não o disse directamente, mas caracterizou os portugueses como infantis:
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    http://newventurist.com/2011/10/thoughts-on-portugal-and-entrepreneurship-trying-to-find-their-way-out-of-the-mess-through-new-venture-creation/
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    Leiam lá a entrevista e meditem no que ela escreve.
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    No fundo ela diz. Os tugas querem conseguir as coisas, quase sem esforço, com ajuda paternalista de alguém por trás e são ingénuos em pensar que irão ter sempre as condições ideais para levarem para a frente os seus projectos.
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    Pensando bem, ela tem razão. Há demasiada infantilidade em Portugal, desde decisores políticos a sindicatos. Infantilidade e imaturidade.

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  33. 16 Novembro, 2011 20:10

    JR,

    Os seus argumentos estão equivocados, algo que em si não é condenável, mas a sua segurança na acusação que faz aos que defendem a desvalorização exigia um questionamento da sua qualificação. Veja bem o tom que o senhor foi o primeiro a utilizar para desqualificar os seus potenciais adversários nessa questão:

    “Quem pretende ser subsidiado por desvalorizações (e aqui se incluem os “iluminados” defensores da nossa saída do euro) continua a defender a competitividade na base dos baixos salários e não se mostra capaz de ascender a patamares superiores de qualidade.”

    Tudo o que fiz foi tentar clarificar, com uma questão em forma de afirmação, para provocar, a sua posição social e as suas habilitações para falar desse tema, afinal, penso que estamos todos de acordo que a teoria não substitui a prática, algo que vocês liberais costumam invocar, e com razão, quando discutem economia com socialistas que acreditam na economia socialista.
    De resto, lembremos as sábias palavras de Camões:

    “Fazei, Senhor, que nunca os admirados
    Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,
    Possam dizer que são pera mandados,
    Mais que pera mandar, os Portugueses.
    Tomai conselho só de exprimentados,
    Que viram largos anos, largos meses,
    Que, posto que em cientes muito cabe,
    Mais em particular o experto sabe.
    De Formião, filósofo elegante,
    Vereis como Aníbal escarnecia,
    Quando das artes bélicas, diante
    Dele, com larga voz tratava e lia.
    A disciplina militar prestante
    Não se aprende, Senhor, na fantasia,
    Sonhando, imaginando ou estudando,
    Senão vendo, tratando e pelejando.”

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  34. Anti-Socas permalink
    17 Novembro, 2011 04:43

    AC, esse artigo e’ claramente sobre Lisboa. Na regiao de Aveiro ha muito mais inovacao e menos fiar no Estado (excepcoes feitas a Godinhos)

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  35. Anti-socialista permalink
    17 Novembro, 2011 10:28

    Anti-comuna,

    obrigado pelos seus comentários. São excelente e concordo com tudo. Também ando a dizer o mesmo há anos, sem efeito.

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  36. 18 Novembro, 2011 03:51

    Carlos Velasco,
    .
    Também sou um grande apreciador do Camões, muito embora na nossa situação actual seja mais relevante a vertente trágica do que a épica. De qualquer forma, os últimos 4 versos são bem significativos:
    “A disciplina militar prestante
    Não se aprende, Senhor, na fantasia,
    Sonhando, imaginando ou estudando,
    Senão vendo, tratando e pelejando.”
    Parece-me que retratam muito melhor a postura das PMEs que refiro na posta como estando a operar a “revolução industrial silenciosa”, pouco raladas com moeda forte, descidas da TSU ou aumento do horário de trabalho, do que todos ou todas que defendem (sejam ou não “iluminados”) o subsídio/muleta da desvalorização, que os tornará fatalmente “moles” para “verem, tratarem e pelejarem”.

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