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Fabricantes de indignações & Produtores de catástrofes anunciadas

11 Janeiro, 2012

Declarações polémicas: Ferreira Leite defende que doentes com mais de 70 anos paguem hemodiálise Ouvindo as declarações de Manuela Ferreira Leite  percebe-se como este título é enviesado e procura colocar em marcha o coro do c’orror Mas o pior não é a tentativa de linchamento de Manuela Ferreira Leite mas sobretudo termos a certeza antecipada que quando dentro de alguns anos se estiver a discutir em cima da hora se se pagam ou não tratamentos muito caros a pessoas de com mais de 65 anos ou mesmo 60, os que agora gritaram corror nunca serão confrontados com  a responsabilidade de anos anets terem achado que este assunto era um dogma indiscutível. A actual pirâmide etária, muito mais do que a crise, obriga a que esta discussão se faça o mais cedo possível para ser o mais racional possível. Adiá-la e atacar desta forma quem mais uma vez tenta avisar para a nossa voluntária cegueira é uma terrível demagogia.

138 comentários leave one →
  1. Grunho permalink
    11 Janeiro, 2012 13:09

    Nada que uma boa lei da eutanásia não resolva, não é, Helena?

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  2. Vale de lobos permalink
    11 Janeiro, 2012 13:29

    Será que as companhias de seguros, através das cláusulas que impõem nos contratos dos seguros de vida e que eliminam muitas das coberturas aos 65 ou que dão as apólices por terminadas aos 70 anos, não dizem exactamente a mesma coisa?

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  3. 11 Janeiro, 2012 13:40

    Ou seja, a partir dos setenta anos deixa de ser rentável.

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  4. 11 Janeiro, 2012 13:48

    Simplesmente vergonhosa, a forma como, nos noticiários desta manhã, a Antena 1 se referiu a isto.
    Não há ninguém no Governo que deite a mão ao que se passa nas manhãs (é quando a oiço…) da rádio oficial, paga por todos nós?
    É o inenarrável Gobern, a esquizofrénica Ana Gomes, toda a tralha socratina, enfim, que se espoja por ali…
    Será que o país, em Junho do ano passado, votou pela mudança para que tudo continue como antes?
    O que anda a fazer o sr. Relvas? Limita-se ao uso do avental nas reuniões maçónicas? É para isso que lhe pagamos?

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  5. 11 Janeiro, 2012 14:11

    O Piscoiso não perde uma.

    Discutir custos ou racionar são termos que não entram no livrinho de poesia que o cavalheiro tem na cabeceira..

    R.

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  6. Paulo Gil permalink
    11 Janeiro, 2012 14:11

    Nada mais humano do que os deixar morrer de morte natural… intoxicados!
    Quando alguém se propõe discutir, de forma manifestamente desumana este tipo de abordagens tendo em vista a pseudo-sustentabilidade do SNS ou apresenta um senilidade avançada ou, simplemente, é louca. E os loucos também fazem parte da história, como bem sabemos…

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  7. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 14:17

    Que eu saiba as companhias de seguros não discutem custos mas cuidam do que é rentável.
    .
    A boca do Piscoiso até foi certeira.

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  8. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 14:18

    No entanto, contam-me qu nos países ou dominam os seguros de saúde se passa precisamento e contrário- interessa-lhes que se prolongue a vida o mais possível para continuarem a receber o valor da apólice.

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  9. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 14:21

    Quanto ao resto já aí está bem activo. Os nossos velhos- os portugueses, os que nasceram cá muito antes desta patranha da globalização, estão tramados. Os hospitais estão a sacudir a água do capote tem-se legislado coisas vergonhosas para os despachar.
    .
    Posso dar exemplos, se quiserem.
    .
    E isto porque é um facto que o SNS não chega para todos- mas tem de chegar para todos a quem se abre a porta.

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  10. 11 Janeiro, 2012 14:22

    Dona Helena, o melhor é ultrapassar já essa fase de “discutir em cima da hora se se pagam ou não tratamentos muito caros a pessoas de com mais de 65 anos ou mesmo 60”, e ir já direta para a injecção atrás da orelha.

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  11. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 14:25

    Se há gente verdadeiramente mal em Portugal são eles- os velhos, os esquecidos, por não pertencerem a minorias da moda, por não serem mediatizáveis.
    .
    Façam uma reportagem aos cuidados domiciliários da Santa Casa de Lisboa- se querem saber o que é viver-se de forma desumana.
    .
    Nada disso dá na tv, não têm direito a RSI e muito menos a casas pagas em bairros novos. Chegam a viver com as paredes de casa todas caídas, buracos no chão e sem sequer terem casa-de-banho. As raparigas que cuidam deles têm muito para contar. Caso alguém as quisesse ouvir.
    .
    Como digo, ninguém quer. Não tem causa politicamente correcta – logo, não há megafone.

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  12. tina permalink
    11 Janeiro, 2012 14:25

    Há muita gentes com posses que utiliza o SNS e que poderia contribuir muito mais para as despesas. Com mais ou menos de 70 anos, isso não importa.

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  13. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 14:26

    Se querem racionalizar, façam o óbvio- taxas moderadoras com escalões, de acordo com os rendimentos.
    .
    O resto é poupar nos que menos bufam.

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  14. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 14:28

    Quanto ao exemplo dos cuidados domiciliários, é bom não confundir com os lares da Santa Casa. Esses, como me contou quem está por dentro- são óptimos; são à borla mas são para ricos (sic)

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  15. Outside permalink
    11 Janeiro, 2012 14:33

    Demagogia e cegueira ética de quem ?
    E que solução vislumbra Helena Matos ? A mesma de MFL ? É uma questão de posses ? De quem tem e de quem não tem ?
    Independentemente de caminharmos sem abrandamentos para um cenário dantesco no SNS…sim Helena Matos, ainda existem dogmas indiscutíveis como o valor da vida humana, o da solidariedade e o da preservação da mesma.
    Sim a boca do Piscoiso foi certeira ou só os autores de posts tem direito ao humor negro, corrosivo e abrasivo?
    Tentativa de linchamento de MFL ! Por ter proferido essas declarações de modo gélido e insensível !
    Certamente pensa portanto do mesmo modo que a ex-ministra….c’orror Helena Matos, c’orror !!!

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  16. Ricciardi permalink
    11 Janeiro, 2012 14:58

    Eu tambem tenho, enfim, uma CERTEZA ANTECIPADA, e que passa por ter a noção de que quem coloca sequer a hipotese de se discutir desligar uma maquina de hemodialise a pessoas com mais de 65 anos, ou é completamente idiota ou está, como me parece, ao serviço do Diabo.

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  17. 11 Janeiro, 2012 15:17

    Exactamente. São aos pontapés os casos de desonestidade (pode ser incompetência, mas é muito difícil acreditar).
    Tive há pouco oportunidade de ouvir o início de uma repetição de programa em que J.A.Carvalho abre com a história da omissão da maçonaria no relatória do PSD. Se calhar ouvi mal, mas deu-me a impressão que foi completamente omitido o resultado final em que se concluiu que PS e CDS acabaram por ser dados como sendo quem desejou a omissão. No caso de MFL, o problema levantado estava precisamente relacionado com a dificuldade que há em tomar dessas medidas para a saúde e o país não estourarem.

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  18. Romão permalink
    11 Janeiro, 2012 15:26

    O problema não é o que ela disse. O problema é se tem razão naquilo que diz.
    .
    Se o SNS depende de um crescimento de 5-6% do PIB ao ano, como e que fazer? Indignar-nos não resolve problema nenhum. Aceitam-se sugestões.

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  19. Ricciardi permalink
    11 Janeiro, 2012 15:54

    … ou talvez o Diabo não tenha culpa alguma e isto se deva a um estado demência. Eu até acho que, declarações deste tipo, deviam ser tão severamente punidas quanto aquelas racistas proferidas pelos neo-nazis. Quer dizer, há liberdade de expressão, mas não deve haver liberdade de expressão que visa a repugnancia, a barbarie. O que a senhora propõe é que um hemodialisado pode escolher viver se tiver dinheiro. Boa. Isto só mesmo à chapada é lá vai, valha-me deus.
    .
    Rb

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  20. Ricciardi permalink
    11 Janeiro, 2012 16:00

    Oh Romão, não depende nada.
    O saldo primario das nossas contas publicas é positivo, muita coisa pode ser feita no pagamento da divida…
    Além disso exitem opções de despesa. Prioridades. Então podes gastar milhares de milhões em Rtp’s e os diverosos institutos da despesa para poderes desligar a maquina da hemodialise., ou será ao contrário?

    Rb

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  21. 11 Janeiro, 2012 16:24

    Esta gentalha, tipo Ricciardi (chiça, que nick!), ou não ouve bem ou é tão completamente estúpida que não sabe interpretar o que ouve.
    Mas não vale a pena explicar-lhe, porque evidentemente não compreenderia.
    Como dizia o outro, está cada vez mais difícil viver entre burros.

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  22. Arlindo da Costa permalink
    11 Janeiro, 2012 16:36

    Já suspeitava que a Drª MFL não andava boa do juízo!
    Vê-se a olho nú!

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  23. Tiro ao Alvo permalink
    11 Janeiro, 2012 16:41

    Não assisti ao programa onde a Ferreira Leite terá feito essa afirmação, mas custa-me a aceitar que ela tenha dito isso assim, tão secamente. Que ela é seca, é, mas nem tanto, penso eu.
    Agora, que as pessoas com mais de 70 anos (e com menos), com grandes possibilidades económicas, deveriam pagar parte dos tratamentos, pelo menos, deviam. De hemodiálise e de outras áreas.
    Assim, como estão as coisas – tudo de borla, para toda a gente -, qualquer dia não há tratamentos de qualidade para os menos favorecidos, uma vez que os ricos safar-se-ão sempre.
    Não valerá a pena pensar um bocadinho nisso?

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  24. 11 Janeiro, 2012 16:42

    Não há melhor imagem para comentar o texto de Helena Matos: acenam com uma cenourinha e lá vai tudo, cantando e rindo, atrás da tentação.
    1º) O aumento da esperança média de vida é uma conquista civilizacional e não uma despesa. É para o manter e/ou alargar que pagamos impostos.
    .
    2º) Cuidados de saúde de qualidade é não só a maior conquista conseguida após o 25 de Abril, como um dos principais objetivos… para que pagamos impostos.
    .
    3º) Cortes no setor da Saúde que ponham em causa a assistência a todos os portugueses, independentemente da riqueza, sexo, clube, partido… ou idade, só podem ser admitidos depois de provarem ter cortado todos os excessos feitos e pagos… com os nossos impostos.
    .
    4º) Em vez de adaptarmos o debate a qualquer palermice que uma figura pública se lembre de dizer (ou seja, em vez de andarmos atrás da cenoura), melhor seria que denunciássemos esses excessos, nomeadamente os cometidos por Manuela Ferreira Leite aquando da sua passagem pelo governo (vd. carreiras no ministério da Educação). Porque não é para isso… que pagamos impostos!

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  25. Fredo permalink
    11 Janeiro, 2012 16:43

    Depois do “na minha barriga mando eu” que sou a mãe, está aí a chegar o “na vida dos velhos mandamos nós” que somos os filhos. Da puta, acrescento eu.

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  26. Outside permalink
    11 Janeiro, 2012 16:43

    Dizes Tu que lês e não compreendes, que ouves mas não escutas, que acreditas mais nas rectificações que nas frases iniciais, sem embelezamentos ou adornos, porque não entendes que antes da imoralidade existe a ética, que antes da razão tens? um coração…Mas inteligentes argumentos e comentários são os seus.
    E burros são óbviamente os outros pois em espelhos não te vês. Desconfio, pela intelectualidade da sua argumentação que tenha um alter-ego nestas bandas qual Tina de vinho azedo e sem côr.

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  27. 11 Janeiro, 2012 16:57

    Este pateta que está sempre outside falou ou cuspiu?

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  28. Outside permalink
    11 Janeiro, 2012 17:06

    Respondi meu caro, se se molhou abrigue-se, ou melhor escrevendo, eduque-se…ao invés de somente ruminar, qual ovelha ao serviço do pastor. Deixo-lhe o mesmo conselho que dei à sua cara metade. Arranje companhia para esse neurónio solitário. Estude, leia a diversidade de posições/conceitos e então escolha, por si mesmo, o seu caminho, em consciÊncia, sem pastorio ou insultos gratuitos para com quem discorda dos seus pastores.
    Uma ultíma observação: Tal como a Tina os seus argumentos cingem-se aos nicks dos que discordam do seu pasto? Revela não só maioridade como cultura da sua parte.

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  29. 11 Janeiro, 2012 17:12

    A dra Helena Matos tem formação e experiência suficientes para perceber que a implementação de medidas do tipo: acabar com a hemodiálise para maiores de 70 anos, seria uma verdadeira revolução cultural. Sabe também que ninguém está preparado para isso.
    .
    A dra Helena Matos já devia ter percebido que a dra Manuela e o dr Barreto, que disseram praticamente a mesma coisa, estão senis e a senilidade convencida que é inteligência e com um microfone à frente é perigosa.
    .
    A dra Helena Matos está a ficar passada dos carretos e, um dia destes, estará igual à dra Manuela e ao dr Barreto.
    .
    Resolvam mas é os problemas de fundo, que nos afundam e nos quais deixaram completamente de falar: excesso de funcionários públicos, reforma do poder político central, regional e local, parcerias público privadas, estados dentro do Estado (ex. Banco de Portugal) e deixem de se armar em Deuses!

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  30. balde-de-cal permalink
    11 Janeiro, 2012 17:27

    os abortos não deviam ser pagos.
    não são doença.
    há processos de evitar a gravidez: antes, durante e depois da queca

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  31. A. Silva permalink
    11 Janeiro, 2012 17:28

    NAZIS!!!!!!

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  32. Romão permalink
    11 Janeiro, 2012 17:31

    Ricciardi, não tenho dúvida das minhas opções onde gastar o dinheiro, nem penso que o dilema seja esse, mesmo nas palavras infelizes da MFL.
    .
    Se é facto que podemos ter, a prazo, um SNS tendencialmente mais pesado do que é possível suportar, não deveríamos estar já a procurar alternativas de financiamento de modelo?

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  33. Sapunaro permalink
    11 Janeiro, 2012 17:35

    Senhores comentadores:
    O que a senhora argumentou é que não se justica que senhores com idade acima dos 70, como daqui a uns anos os vai ter o senhor Catroga, a sra Ferreira leite, O sr Cavaco; o sr Soares, o Cristiano, etc. necessitem da esmola do SNS os mesmo não se podendo dizer dos serrupiados com as miseráveis aposentações de 200 ou 1000 desgraçados€, que quando necessitarem, caminham diretamente para o Alto de S.João e limitrofes

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  34. Helena Matos permalink
    11 Janeiro, 2012 17:46

    É fantástico. Descobri nesta caixa de comentários que sou a favor da eutanásia e da suspensão dos tratamentos de diálise para os mais velhos. Porque sou contra ambas as coisas é que defendo que temos de discutir o SNS, nomeadamente a armadilha geracional subjacente à falácia da sua gratuitidade.

    Obs. Reparo tb que a eutanásia na versão fracturante se chama morte assistida. Já na versão dizer mal dos outros passa a eutanásia.

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  35. 11 Janeiro, 2012 17:47

    Zazie, nesse caso tem de se discutir a racionalidade do sistema “Universal”. Tabu!
    O que escreveste não é mentira e é deplorável. Basta ver a quantidade de idosos que muitas vezes caem nas urgências…
    Mas demonizar a saúde privada não ajuda. Não percebo porque não privatizar em parte a saúde (como os Franceses) e o remanescente por exemplo para casos como a diálise o Estado avençar com valor X.
    R.

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  36. tina permalink
    11 Janeiro, 2012 17:47

    ahahaha, a esquerda está orgasmática com as palavras de MFL. Foi pena que ela depois falou em racionar e não excluir, etc, assim estragou um bocado o prazer.

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  37. Portela Menos1 permalink
    11 Janeiro, 2012 17:50

    Estranho seria se a radical-laranja helenafmtos não estivesse de acordo com uma ex-governanta do partido.

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  38. von permalink
    11 Janeiro, 2012 17:57

    não vejo a dona helena tão preocupada com custos, em tudo o que tenha a ver com aparelhos partidários e ramificações. não vejo a dona helena tão preocupada com custos, em tudo o que se refira com taxas de juro recorrentes de organizações internacionais. não vejo a dona helena tão preocupada com custos, quando se falam em custos insulares. não vejo a dona helena tão preocupada com custos de marcas… e sempre preocupada com os custos das… pessoas.

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  39. Zé da Póvoa permalink
    11 Janeiro, 2012 18:08

    Ferreira Leite não quis deixar a menor dúvida sobre aquilo que defendia, mesmo depois de António Vitorino ter tentado emendar-lhe a mão. De resto já Cavaco, há anos atrás, dizia que era preciso que os funcionários públicos morressem depressa para se resolver o problema do seu peso excessivo no orçamento.
    FL disse muito claramente, e confirmou de seguida, que a Segurança Social não deveria comparticipar em tratamentos de pessoas para além dos 70 anos de idade por não se justificar (alimentar aquela vida). Mais disse; que quem tiver dinheiro pode ir ao privado, quem não tiver…(pode ir para abate)!
    Os velhinhos que votaram PSD/CDS devem estar satisfeitos com o trato que lhes é moeferecido.

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  40. ikonoklasta permalink
    11 Janeiro, 2012 18:11

    para quem queira ver e ouvir o que os grandes Ecenadores do filme das nossas vidas disse ontem, na íntegra, com tudo dentro do contexto e tuti quantti:
    .
    os Grandes Encenadores da Pátria.
    .
    já agora, aconselho a quem possa, ver o debate na tvi24 entre o Paulo Morais e o Marinho e Pinto, vai começar agora dentro de momentos, são 18h12.

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  41. e-ko permalink
    11 Janeiro, 2012 18:15

    sou a ikonoklasta.

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  42. MayBeNot permalink
    11 Janeiro, 2012 18:26

    Será que arranjaram o tacho ao Catroga na EDP para ele poder pagar a hemodiálise?

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  43. 11 Janeiro, 2012 18:28

    para impossível alguém defender aquilo que ela disse, mas estou a ver que alguém tentou.

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  44. MayBeNot permalink
    11 Janeiro, 2012 18:32

    A Segurança Social gasta muito mais a alimentar os idosos dos lares de terceira idade, com mais de 70 anos, do que em hemodiálise. É preciso acabar com este absurdo. Está em risco a sustentabilidade de todo o sistema. Vale tudo?

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  45. ricciardi permalink
    11 Janeiro, 2012 18:47

    caro Romão, soluções existem, mas nao as querem ou nao sabem ou nao podem implementa-las. Repara, a lógica das sutentatibilidade da seg social tem a ver com o tempo de descontos vs idade. Introduziram agora o factor da esperança de vida, quer dizer, as pessoas tem de descontar mais tempo, na mesma proporção da maior esperança de vida que vão tendo. No entanto nao foi resolvido o problema de base que êh a estrutura etária da sociedade. E portanto, se aumentarem a idade de reforma em mais 3 anos, daqui a 3 anos temos o mesmo problema. Portanto, o problema êh resoluvel se e só se a estrutura etária for equilibrada. Se existem menos pessoas activas no sistema para financiar idosos em número crescendo, tornando a coisa insustentavel, nunca se resolvera o assunto sem que se promova uma política que propicie a geração de mais filhos. E há muitas coisas que se podem fazer neste capítulo. Vários incentivos podem ser dados para obter famílias mais numerosas, fiscais, legais, sociais, laborais etc. Olha, por ex. na Holanda existe o salário de mãe destinado a famílias que actuem positivamente na sustentabilidade da seg social. Mas há varias outras soluções.
    .
    Agora, as políticas são necessariamente cíclicas e diferentes de década para década consoante as necessidades. Se nesta década precisavamos de mais filhos, originando políticas para esse efeito, quando a estrutura etária estivesse em crescimento poderia o governo retirar incentivos.
    .
    Agora, esta treta de nos conformarmos com idiotices de dizer que nao há nada a fazer a nao ser deixar morrer os velhos e doentes, parece-me, absolutamente descabido e impróprio de gente de bem.
    .
    Rb

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  46. licas permalink
    11 Janeiro, 2012 18:50

    Como mais de 70 anos de idade hemodiálises só pagando, Drª Manuela Ferreira Leite?
    Sabe que sem esse tratamento é CONDENAR A UMA MORTE HORRÍVEL O PACIENTE?
    Eu tive na minha família direta (PAI) caso semelhante . . .
    Ouça: o Adolfo (Hitler) não diria melhor : A SOLUÇÃO FINAL.

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  47. 11 Janeiro, 2012 18:53

    tina Posted 11 Janeiro, 2012 at 14:25 | Permalink
    Não vale a pena.
    Veja que das declarações dela concluíram que ela não quer que NINGUÉM com mais de 70 anos faça diálise.
    Não há honestidade nenhuma neste tipo de diálogo e a MFL arrisca-se a mais uma vez (longo tempo depois) virem a dar-lhe razão.

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  48. 11 Janeiro, 2012 19:01

    Os escandalizados de hoje, não demoram em apoiar o projecto que se prepara na A R que pretende dar a cada português uma morte digna, sem limite de idade.

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  49. Beirão permalink
    11 Janeiro, 2012 19:04

    A corja cretina do costume que se indigna com as pessoas sérias e credíveis que põem o dedo na ferida, dizendo a verdade sobre um país que o inefável aldrabão Sócrate e o seu bando, por gestão danosa dos dinheiros públicos, deixou falido, a corja, dizia, não tem nenhuma vergonha na cara. A corja nojenta, essa esquerdalhada parasita dos dinheiros públicos, estrebucha de raiva quando, para tentar recuperar algum módico de credibilidade da merda que os socialistas fizeram, o actual governo – melhor dizendo, a troica que nos empresta o dinheirinho para os salérios e as pensões – toca nos privilégios desta cambada de fdp da esquerdalhada dos tachos, do amiguismo político, da mama dum ‘estado social’ falido e entregue às carochas…
    Corre online uma petição pública, já com 30 746 assinaturas, para intentar uma acção crime contra José Sócrates, por gestão danosa dos dineheiros públicos, enquanto primeiiro-ministro deste desgraçado e periférico e pobre país.

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  50. 11 Janeiro, 2012 19:21

    Beirão,
    .
    Deixe-se de atirar a espantalhos, olhe para aquilo que estão a fazer agora, porque ao mal feito não resta remédio.
    .
    O engenheiro da treta foi o que foi e fez o mal que fez, o actual Governo, por um caminho diferente, com as suas medidas agarotadas está a levar o País para a miséria e o caos, claro que com a determinação e o convencimento atrás dos quais se costumam esconder os irresponsáveis e que também se pode chamar arrogância.
    .
    Já aqui disse e volto a afirmar: nem sequer é preciso esperar muito, a partir de Julho a merda vai vir toda ao de cima e se a oposição, especialmente o PS, não acertar o passo, os sensíveis tecidos social e laboral estarão de tal forma afetados que vão ser precisas décadas para os recuperar.
    .
    Mas parece que vamos cumprir o défice…Cambada de putos!

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  51. licas permalink
    11 Janeiro, 2012 19:30

    Eu até estou já a racionalizar o processo
    PARA BENEFÌCIO DOS QUE NÃO PODEM PAGAR A HEMODIÁLISE:
    Pegue-se numa arca suficientemente comprida para caber lá dentro a cama do paciente.
    Depois meta-se lá dentro uma braseira com carvão acesso.
    Feche-se a arca e calafete-se cuidadosamente.
    Abra-se a arca passadas 24 horas. É limpinho, melhor que BUCHENWALD, muito melhor
    , por não ser preciso gastar dinheiro para se produzir o tal gás cianídrico (segundo consta).

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  52. leopardo permalink
    11 Janeiro, 2012 19:38

    comecem por fazer pagar quem pode, independentemente da idade.
    Comecem pelas doenças evitáveis. A começar pela SIDA, que custa quase tanto ao país como o cancro.
    A seguir podem começar por taxar o açucar,

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  53. tina permalink
    11 Janeiro, 2012 19:44

    Fado Alexandrino,
    .
    Os meus comentários estão sujeitos a aprovação no Blasfémias, por isso vá atrás depois ver o outro comentário que publiquei e que ainda está para sair. Concorda também comigo, não concorda?

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  54. J CASTILHO permalink
    11 Janeiro, 2012 19:44

    A Associação Portuguesa de Insuficientes Renais exigiu hoje um pedido de desculpas à ex-presidente do PSD Manuela Ferreira Leite, que sugeriu que idosos que tenham meios paguem os tratamentos de hemodiálise.
    “Atualmente temos dez mil doentes em hemodiálise cuja idade média é 68 anos. A doença renal atinge mais as pessoas com baixos e médios rendimentos…não vemos milionários a fazer diálise. Esta senhora não tem informação para dizer uma coisa destas”, afirmou Carlos Silva em declarações à Agência Lusa.
    A APIR “exige um pedido de desculpas” à ex-ministra e líder social-democrata, que “devia preocupar-se com quem são os donos das clínicas [onde se faz hemodiálise], porque é que está tudo no privado e porque é que o Estado não mete a hemodiálise nos hospitais públicos”, acrescentou.
    “Além dos tratamentos, as pessoas precisam de pagar transporte, medicamentos e hospitalizações. Não temos culpa que um tratamento que temos que fazer dia sim, dia não, que implica estarmos ligados a uma máquina, custe tanto ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, frisou.
    Respondendo a uma questão sobre o direito de pessoas com mais de 70 anos à hemodiálise gratuita através do SNS, Manuela Ferreira Leite disse, na segunda-feira à noite no canal de televisão SIC, que um doente “tem sempre direito se pagar”.

    A ex-líder social-democrata acrescentou que não é possível manter o SNS “gratuito para toda a gente”, clarificando depois que defende que quem tem meios financeiros para isso pague os seus tratamentos.

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  55. ti miguel antonio permalink
    11 Janeiro, 2012 19:45

    a forma, o local e o timing destas afirmações definem o tipo de pessoa, de hipocrita politica tal e qual o seu pai politico, cavaco ele proprio. Oh! senhora helena valores e principios nesta dimensão é mais a defesa da dignidade da vida e do respeito pela pessoa humana. Não seria mais lógico acabar com as vergonhosas regalias desta gentalha politica e olhe que eu sou social democrata. tenha vergonha a manela cavaco leite e quem defende a monstruosidade humana que está subjacente a estas afirmações.

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  56. Fincapé permalink
    11 Janeiro, 2012 19:45

    O António Vitorino, com todos os seus defeitos, ainda deu nova oportunidade a MFL ao dizer que ela não quereria dizer o que disse. Ela pôs-se a gaguejar, sem saber como sair daquela. E há quem a defenda, o que significa que a malvadez humana não desapareceu com a destruição de alguns malvados. A malvadez é uma besta inscrita em muitos cérebros humanos. Naqueles que dificilmente conseguem ver no outro um igual e naqueles que pensam que sobrevivem mais facilmente se conseguirem destruir o outro. Tudo normal.

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  57. 11 Janeiro, 2012 20:18

    essa da hemodíalise parece-me uma barbaridade. o que deviam discutir é tratamentos invasivos e destrutivos como a radio e quimio em doentes de 70 ou mais , pq coitados , morrem é da cura. mas aí já servem de cobaias , né?

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  58. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 20:21

    Esses da Associação tocaram na ferida.
    .
    A questão é mesmo essa- tudo cheio de particulares encostados ao Estado, a sacarem à conta e agora o Estado deixa ao critério das clínicas que subsidia uma série de protecções que, da boca para fora e até de papel passado, diz que concede.
    .
    A fisioterapia é uma delas. Quem não tem posses não vai ao Hospital do Estado, onde comem os sobas gestores e vivem à grande os médicos- vão às Clínicas Particulares. Estas descartam-se porque não fornecem transporte mas chegam a oferecer-se para fazerem a fisioterapia em casa, a 35 euros a sessão (sem recibo).
    .
    Depois vêm as ambulâncias- em Lisboa só existe uma empresa legalizada- todas as outras são clandestinas, sem alvará, sem facturas. Mesmo assim, recebem comparticipação do Estado- e depois apenas fazem os serviços onde ainda pode pingar.
    .
    Portanto, como me contou um médico de S. José, já está a acontecer pessoas com 60 e tal, 70 anos a ficarem inutilizadas para o resto da vida, apenas por fracturarem o fémur e depois não terem dinheiro para a fisioterapia.
    .
    Ninguém conta isto, nem os Esquemas merdosos que o Estado tem feito para se descartar, fingindo que até continua a comparticipar tudo e mais alguma coisa.
    .
    E comparticipa- comparticipa o saque dos apaniguados que protege.

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  59. zazie permalink
    11 Janeiro, 2012 20:22

    Explicando melhor- as pessoas sem posses não fazem esses tratamentos (fisioterapia e hemodiálise) nos hospitais do Estado, porque estes fingem que não há vagas e despacham para os privados que sustentam.
    .
    Tão simples quanto isto.

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  60. e-ko permalink
    11 Janeiro, 2012 20:38

    aqui podem encontrar a realidade da hemodiálise em Portugal e fazer as contas ao custo por doente:
    .
    http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?channelid=f48ba50a-0ed3-4315-aefa-86ee9b1bedff&contentid=4CFDB1D5-820A-4B0D-9D21-3B819B073E9F
    .
    é difícil , mesmo para alguém que aufere um rendimento médio, pagar tais tratamentos, quanto mais para a maioria que recebe um ordenado ou pensão mínima. as nossas elites, são completamente inconscientes!…

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  61. JCA permalink
    11 Janeiro, 2012 21:35

    .
    Tudo sugere que a discussão essencial por onde se tem de começar antes doutras justificações ou desculpas:
    NO SNS GANHA-SE, LUCRA-SE E DESPERDIÇA-SE DE MAIS.
    É por aqui que se raciona nas alturas de crise e carência coletiva.
    .
    Para manter esse status quo, mais do mesmo, as soluções e justificações apresentadas são boas. Mas surgem como uma aposta de altissimo risco humano, social, politico e económico. Não respondem assertivamente à Civilização atual donde condenadas a muito maus resultados.
    Não se trata de lutas ou contraversias. Apenas da Verdade e da Realidade.
    .
    .
    Na vertente da S SOCIAL o processo acelerado de a automação, informátização etc estão a libertar o Homem do Trabalho. Resultam menos descontos para este modelo de sustentação da S SOCIAL, PENSÕES, REFORMAS etc. É um modelo que já caducou, com mais de 100 anos contemporâneo da Idade Industrial de meados do sec XIX/XX que já acabou há uns bons anos;
    .
    estamos a caminho de Fabricas totalmente robotizadas, governos, bancos e empresas a funcionarem praticamente via informática etc. Visão de Estadista, capacidade Politica para reconhecer esta verdade de La Palisse ?? Propostas de Soluções ?? Capacidade de Resolver e Mudar proativamente com as consequências e efeitos revolucionários na Vida Coletiva da automação, da informática ?? Até agora ZERO.
    .
    É onde estamos, o Tempo já de Vésperas e de Hoje.
    .

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  62. tina permalink
    11 Janeiro, 2012 21:42

    O Alfredo Barroso até se baba de felicidade a comentar a “falta de sensibilidade” de MFL. ahahaha, se vissem a figura que fazem!..
    .
    Um comentário meu não foi aprovado porque eu disse que a esquerda estava orgasmática com este assunto. Por que razão será isto, o Blasfémias não quer aborrecer os comentadores de esquerda?

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  63. Zebedeu Flautista permalink
    11 Janeiro, 2012 21:54

    Legalizem mas é as drogas (taxar,taxar,taxar,taxar,taxar) que isto já lá não vai com placebos.

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  64. Francisco Colaço permalink
    11 Janeiro, 2012 22:11

    Aquilo que dá uma renda é rendível. Rentável e um «galicismo» bacoco, tal como «climatérica» em vez de climática.
    .
    Francisco Colaço, a fazer de Edite Estrela.

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  65. Francisco Colaço permalink
    11 Janeiro, 2012 22:19

    Considerando que na Alemanha Nazi a maioria da saúde era de facto gratuita para os mais pobre e a classe média baixa, sendo por outra a Alemanha de Bismarck reconhecidamente o primeiro estado social, vê-se que alguns aqui têm a imprecisão histórica de associar a eutanásia a Hitler. Com tanta coisa, e bem pior, da qual lhe poderiam, ao Adolfo, acusar, apenas acusam e bem acusado a sua própria, e idiota ignorância quadraticamente proporcional, por razia, ao número de interpolações inúteis nesta frase.

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  66. Francisco Colaço permalink
    11 Janeiro, 2012 22:23

    Continuo a dizer que o problema da saúde em Portugal é o médico português.
    .
    Um cirurgião português faz duas operações por semana em média. Um espanhol sete por DIA. Mesmo assumindo ordenados iguais, o cirurgião português é 50/2 = 25 vezes mais caro que o espanhol.
    .
    Francisco Colaço, que está careca de fazer contabilidade analítica.

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  67. Francisco Colaço permalink
    11 Janeiro, 2012 22:27

    JCA,
    .
    Alguém tem que projectar, construir, programar, manter e melhorar os computadores.
    .
    O que vai acontecer é que, como nos diz a história, depois de um período de ajuste, todos acabamos por viver melhor. Não interessa ir atrás do Sr. Ludd (veja o nome luditas) e começar aí a partir computadores. A chatice é que nos tempos de ajuste as coisas são algo pretas para muitos, e por miséria estamos num desses tempos.
    .
    Mas antes eu que os meus filhos.

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  68. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    11 Janeiro, 2012 22:29

    A MULHER EM QUESTÃO É UMA OFENSA AS MULHERES SECA PECA NUNCA DEVE TER CONHECIDO O SER A NÃO SER COM O PAU…UMA BICHA SOLITÁRIA…ANTES TER RELAÇÕES COM UM CAVALO MORTO OU UMA OVELHA PERNETA…ESTA É A SOLUÇÃO DELA..
    será que esta é a solução preconizada pela herr Leite…?
    http://fotos.sapo.pt/Z3diyHzgntOZrfBb5ANw/x435

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  69. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    11 Janeiro, 2012 22:33

    Colaço sonha co0m um admirável mundo novo…deste género.. e nem é a pessoa do berlusconi que está em causa é o método…O QUE QUER QUE AI VENHA DEPOIS DO TAL PERÍODO DE AJUSTE SERÁ TALVEZ PIOR QUE O AJUSTE…
    “A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira; a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas.”

    Padre AntónioVieira

    The German chancellor Angela Merkel pressed for the removal of the former premier Silvio Berlusconi “in order to save the Euro”, according to a report that has caused a political storm in Italy.

    Resentment was already been building among Italy’s mainstream political parties at having to kowtow to an unelected, technocrat government charged with forcing tough austerity measures through parliament. But claims in a US newspaper that Ms Merkel phoned Italy’s supposedly neutral head of state, President Giorgio Napolitano, in order to speed up Mr Berlusconi’s departure, will fuel suspicion of a Franco-German putsch. It will also enrage members of the medial mogul’s People of Freedom (PDL) party.

    Yesterday’s Wall Street Journal suggested that Ms Merkel had “intervened” on 20 October and telephoned Mr Napolitano in Rome, urging him to “nudge Berlusconi off the stage”. Germany, it said, was alarmed by the Berlusconi government’s inability to fight the debt crisis and introduce the reforms demanded by the European Central Bank.

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  70. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2012 22:43

    O que eu acho estranho em Portugal (e até no resto da imprensa europeia) é que quase ninguém parece intrigado com a guerra que os americanos querem fazer ao Irão. É por ser o Santo Obama, é?
    .
    .
    A coisa é tão estrambólica, que os americanos andam a pedir de joelhos aos chineses e aos japoneses (esqueceram-sese dos indianos? Ou com eles fazem farinha?) para não comprarem pitroil aos iranianos. Isto tudo depois dos americanos, armados em fanfarrões, exigirem valorizações da moeda chinoca e criaram “sanções/medidas proteccionistas” contra a… Maldita China.
    .
    .
    Os iranianos, depois de sofrerem mais um colapso na sua moeda, já vendem pitroil e gás em várias moedas, desde que não dólares. Vão fechar o Estreito de Ormuz e fazer o manguito aos americanos. E estes? Prometem manter o Estreito livre e aberto. Conseguirão eles sem fazerem guerra aos iranianos?
    .
    .
    Os europeus concederam ir na onda dos americanos e deixaram de comprar pitroil aos iranianos. O que vão receber em troca? Uns dizem que apoio no FMI para salvar eventuais países europeus de ficarem sem cacau. (O que seria uma derrota estrondosa dos americanos, que estão a perder a sua maldita guerra económica contra a Europa, contra o euro e contra a Alemanha.) Eu aposto que a jogada dos europeus é implodir com a… OPEC. Afinal, a Arabia Saudita vai ter que meter no mercado europeu o pitroil que deverá faltar na Europa. O Iraque vai bombar mais um milhão de barris a partir dos próximos dias. E até os americanos dizem ter conseguido que os seus aliados petro-qumicos, perdão, petro-dólares, irão meter no mercado o restante pitroil.
    .
    .
    No entanto, o Irão é um país com mau armamento. (Aparentemente.) Mas em termos naturais é um fortaleza natural, onde é ainda pior que o raio do Afeganistão. (Por isso o Império Persa nunca foi dominado por ninguém a sério, salvo pontualmente por alguns aventureiros/conquistadores.) Os gajos, das monatanhas deles, podem atingir grandes quantidades de campos petrolíferos, podem lixar quem queira passar o Estreito (mesmo das montanhas, note-se), sem grande armamentos sofisticados. Os americanos estão dispostos a ir lá? Não o creio.
    .
    .
    Acho que desta vez o Obama fez asneira da grossa. Os americanos não podem fazer bluff novamente. Ou atacam ou ficam mal. Serão humilhados se não atacarem. Mas o Obama que desculpa dará ao mundo? Que há armas nucleares no Irão? Pois.
    .
    .
    Mas em Portugal, tanto idólatras como inimigos dos americanos, andam calmos. Até parece que é normal o que raio lá se passa no Golfo. Mas desconfio que a malta só vai acordar quando andar tudo aos tiros. No Irão, na Siria e, se calhar, até na Europa. Mas em Portugal, no pasa nada. No resto da Europa também não é muito diferente, diga-se de passagem.
    .
    .
    É desta que começa a famosa terceira guerra mundial, prevista pelos do costume? É engraçado, que nem eles falam nas trapalhadas americanas e iranianas.
    .
    .
    Vai umas bombinhas e pitroil a 150 dólares o barril? ehehehehh
    .
    .

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  71. Carlos Dias permalink
    11 Janeiro, 2012 22:49

    Já todos vimos que a dona MFL não foi suficiente competente para fazer frente ao querido Sócrates.
    Tudo que ela disser agora vale tanto quanto a minha aposta no Euromilhões da semana passada.
    .
    Perdi.

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  72. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    11 Janeiro, 2012 22:50

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  73. Carlos Dias permalink
    11 Janeiro, 2012 22:53

    Como disse Sartre quando veio a Portugal nos setenta.
    Alguns politólogos ainda não existiam.
    “Quando se descongela carne sabe sempre a carne descongelada”

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  74. Francisco Colaço permalink
    11 Janeiro, 2012 23:06

    IFIGÉNIO OBSTRUSO,
    .
    Caro amigo, tolhe-se-me a inteligência ao ler um dos seus textos. Creio ver em si inteligência suficiente para pontuar e estruturar melhor as suas frases. A boa escrita denota um pensamento arrumado e estruturado. Espero que possa responder em termos compreensíveis, fora, é claro, as inevitáveis gralhas decorrentes da escrita num meio tão estranho ao cérebro como o teclado.
    .
    Continuo a dizer: estamos num período de transição. A única transição que foi relativamente duradoura (e que corresponder a uma quebra de produto) exerceu-se no fim do Império Romano, e mesmo nessa tenho as minhas dúvidas, pois desconfio que os novos senhores e os escravos libertados viviam muito melhor que no Império, onde alguns poucos viviam à pala do trabalho de muitos. Todas as outras transições demoraram algumas décadas, mas, veja bem!, no fim saímos sempre melhor. Foi assim em 1350-1400, no decurso da Peste Negra e da II revolução agrícola/I revolução mercantil (lembra-se da Lei das Sesmarias?). Foi assim no dealbar da I revolução industrial, da II revolução industrial (II metade do Sec. XIX), e hoje, na alvorada da IV revolução industrial, estamos num destes períodos. vamos ajustar-nos, talvez os ânimos de alguns falhem, mas no fim vamos estar todos melhor. Sempre foi assim. Sempre será assim.
    .
    A emergência da China e da Índia (brevemente irá ver a China esboroar-se a a Índia florescer como a rosa) mudaram e mudarão o Mundo. De repente a classe média mundial duplicou, e irá duplicar de novo em menos de cinco anos. São milhares de milhões de pessoas que deixaram de se preocupar com o que irão comer ao jantar de hoje. E isso é fantástico. Se para si Portugal não tem senão caminho descendente, já vejo eu o caminho ascendente a ser asfaltado. Ainda não o palmilhamos, mas está ali, mesmo à frente.
    .
    Dedique-se a chorar, se quiser. Vou fazer lenços para si, caro amigo. Vou, literalmente, aproveitar essa classe média fantástica, essas pessoas que saíram da fome crónica e que precisam de tudo aquilo que nós gostamos: livros, música, frigoríficos, doces de cereja, queijos de Azeitão, refeições congeladas. Se para si isso é motivo de pena, para mim é motivo de alegria: uma classe média forte é a estrutura de uma sociedade forte.

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  75. Fredo permalink
    11 Janeiro, 2012 23:10

    Eu acho que o que António Barreto e MFLeite queriam era dizer que
    todos vamos pagar as hemodiálises e todos os tratamentos depois dos 65 anos,
    porque entretanto TODOS vamos receber chorudas reformas tal como eles.

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  76. Pine Tree permalink
    11 Janeiro, 2012 23:14

    Ai Camaradas que estais tão nervosos. E por que é que Dra MFL não está calada? Seja o que for que diga toda a gente lhe chega a roupa ao pêlo. Será uma compulsão de falar ou será paga?
    Quando lá chegarmos logo se vê, eu por mim sou pelo bacalhau a pataco para todos. Eu não discuto contas de merceeiro quando estão em causa os mais nobres dos sentimentos.
    Quando tivermos electricidade 6 horas por dia, quando assistirmos a um crime e a polícia não vier porque não tem gasolina ou está em greve, quando o INEM não chegar porque nem o rádio funciona… isso sim, estará cumprido o desiderato final da malta porreiraça.
    Nesse dia sou o primeiro c’avalo.

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  77. Francisco Colaço permalink
    11 Janeiro, 2012 23:15

    Anti-Comuna,
    .
    No caso de uma operação no Irão, o Irão levará cinco dias até a generalidade das tropas se renderem, salvo bolsas de resistência. Mas ao contrário do que aconteceu no Iraque, as pessoas querem-se livrar dos pinguins (nome que dão aos religiosos) por lá. A Al-Qaeda (Sunita) por lá não faz farinha.
    .
    O importante é deixar a posição do Irão ao extremo, até ao ponto em que apenas um toque no fiel da balança faça uma demolição controlada da tirania islâmica. Uma coisa aprendi há muitos anos: é fácil assassinar, muito fácil até, um líder político. O maior problema é controlar a sucessão. O sucessor pode ser pior do que o déspota que lá está.
    .
    Creio que os EUA estão a fazer bem: deixar a tensão interna no Irão ser de tal forma que, assim que novas manifestações estiverem próximas de ir para a rua, um ataque cirúrgico termine a capacidade do Irão se governar sem levar ao empobrecimento da classe média, aquele que havendo emergido no Irão, exige agora mudanças e libertação.

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  78. era mas foice permalink
    11 Janeiro, 2012 23:33

    Esquecei o aborto e o avental, fodei muito e procriai ainda mais. É tão simples endireitar o país, caralho.

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  79. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    11 Janeiro, 2012 23:36

    Caro Colaço a fé dá-nos força, pelo menos para quem acredita nela..mas não nos impede de ver os impossíveis…se acredita em manhãs que cantam eu tenho muitas dúvidas…quanto à classe média forte é para rir..cada vez mais essa classe se esboroa..e a tendência é para se esfumar…o que diz historicamente tem fundamento todavia não é razão para inferir que a mesma se repete…ABRAÇO…AH FICA COM ESTE..
    O CAPITALISMO NÃO SE REPETE

    Na atitude perante a vida, a lembrança de tempos supostamente melhores, por exemplo, do milagre económico, não passa de nostalgia. Na cultura pop chama-se a isso “retro”: Quando os produtores de ideias não se lembram de mais nada, eles requentam coisas velhas ligeiramente modificadas. E ao voltar à “cena do crime” pela terceira vez deve ter-se em atenção se ela foi vista há poucos anos. Nada de novo sob o sol, parece ser o lema. De algum modo se espalhou a crença de que quem quiser encontrar uma receita para o presente só tem de olhar para o passado. Por que outra razão estariam a política, os média e a ciência económica, perante a crise em desenvolvimento nos últimos anos, sempre à procura de paralelos históricos? Quem abre um jornal acredita muitas vezes que está perante uma aula de história.

    Especulações financeiras alucinantes, crises grandes e pequenas, toda a série de falências nacionais, mesmo uma ou outra união monetária falhada ‒ os historiadores económicos dos tempos modernos têm oferta praticamente para tudo. E a moral da história? Tudo já ocorreu antes, o que deve significar também que nada é assim tão mau e tudo pode ser gerido no terreno dos factos vigentes. Aqui não é só o desejo que é pai do pensamento, mas também uma certa imagem do capitalismo, como eterno retorno do mesmo. A conjuntura económica ora floresce, ora estoura; há quem suba e quem desça de divisão, cada ano ou cada século. Mas acredita-se, por princípio, que será sempre assim.

    No entanto, isso é um erro. Não estamos lidando com um sistema estático, mas sim com um sistema dinâmico. O capitalismo não se repete, e também não gira em círculo, porque ele próprio é um processo histórico irreversível. A valorização do capital não recomeça sempre de novo do zero, pelo contrário, tem de ultrapassar o seu último nível na escala social para poder ir mais longe. O grau de integração económica global não pode voltar atrás, nem certamente o desenvolvimento das forças produtivas. A concorrência universal não o permite.

    Mas se a globalização e a produtividade se desenvolvem cada vez mais, então por que hão-de ser o carácter, a profundidade e a abrangência das crises sempre os mesmos? A história que se gosta de contar sobre a especulação com os bolbos de tulipa na bolsa de Amesterdão no século XVII não nos ensina nada sobre a bolha imobiliária de 2008 nem sobre a falência do Lehman Brothers. Para se perceber que uma falência estatal no início do século XIX era algo completamente diferente do que seria uma falência estatal hoje basta olhar para a parte do Estado do produto nacional. A aula de história dos peritos e leitores de sinais actualmente nos média não passa de uma hora das bruxas.

    Repetidamente se ouve a afirmação de que a política e a gestão teriam aprendido tanto com as crises do passado que hoje já disporiam de instrumentos e ferramentas suficientes para lidar com elas. Os diagnósticos discutem sobretudo se a crise agora será como a de 1872, ou possivelmente como a de 1929 ou então apenas como a de 1973. O sucesso da aprendizagem parece ser mínimo quando governos e bancos centrais nos provam diariamente que os seus planos de política económica e monetária são quase tão úteis e competentes como a caixa de ferramentas duma locomotiva a vapor para a reparação de emergência de um TGV. Quem como as elites do presente fala tanto do futuro não devia contar muito com os resgates do sistema já passados. De qualquer modo os antigos pacotes de resgate e as suas consequências apresentam-se na memória da humanidade sobretudo como catástrofes.

    Original KAPITALISMUS WIEDERHOLT SICH NICHT in http://www.exit-online.org. Publicado em Neues Deutschland, 12.12.201

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  80. anti-comuna permalink
    11 Janeiro, 2012 23:56

    Caro Colaço, não acredito muito nisto aqui:
    .
    .
    “No caso de uma operação no Irão, o Irão levará cinco dias até a generalidade das tropas se renderem, salvo bolsas de resistência. Mas ao contrário do que aconteceu no Iraque, as pessoas querem-se livrar dos pinguins (nome que dão aos religiosos) por lá. A Al-Qaeda (Sunita) por lá não faz farinha.”
    .
    .
    É verdade que eles parecem estar mal armados. É um país pobre, apesar do pitroil todo. Mas aquele povo é bastante nacionalista. Mesmo com divisões internas (e os maluquinhos estão a perder a popularidade muito rapidamente), se os americanos atacarem o Irão, aquilo é pior que o Iraque ou o Afeganistão. E até tenho dúvidas que consigam controlar as montanhas. (Que é onde se concentra a maioria das pessoas.)
    .
    .
    Os americanos estão a pressionar mas a deixarem o regime numa situação de tudo ou nada. Eles vão arriscar tudo. Vão fechar o Estreito. E convidam os americanos para a guerra. Se eles cairem na esparrela, a população volta a apoiar os tolinhos religiosos.
    .
    .
    Depois, desta vez, a China e a Rússia estão manifestamente ao lado deles. Os americanos estão a cair numa cilada. Se desistem agora, mostram que perderam e dão mais força ao regime. A única solução é conseguirem a debacle do regime, mas não o conseguem a tempo de impedir o fecho do Estreito. Logo, os americanos é que se puseram de joelhos, apesar de estarem perante um país fraco em termos militares.
    .
    .
    Sabe a minha opinião? Este Obama é burro como um calhau. Agora, das duas uma. Ou perde a face (e não lhe convém por estarmos em ano eleitoral) ou ataca o Irão. Já sabe o que eu penso. Vão atacar o Irão e incendiar o mundo. Enfim, estes americanos, desde que decidiram virar as cosas à Europa, só fazem cagada. Gulp!

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  81. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 00:01

    Ah! Outra coisa. Apesar do regime, os iranianos são carolas. Ou seja, têm gente formada com altas qualificações técnicas. (Em Portugal, até os tivemos a dar aulas em universidades tugas.) E penso que os americanos estão a subestimar os carolas do sitio. Só para dar um mero exemplo:
    .
    http://nasimonline.ir/NSite/FullStory/News/?Id=303710
    .
    .
    Os gajos conseguiram apanhar um não-tripulado aos americanos, sem o deitar abaixo. Há quem diga que os iranianos o fizeram com tecnologias deles. Como o fizeram? Só deus sabe. Talvez copiassem os chineses. Mas os gajos têm gente muito inteligente. Até têm uma net própria e tudo, os gajos.
    .
    .
    Como eu o disse antes. Os gajos desenvolveram misseis que podem lixar alvos até cerca de 150 milhas com um alto grau de precisão e capacidade de destruição. Os indianos já o mostraram há cerca de uns meses atrás e agora confirmado com estes misseis em barcos. Está a ver aqueles misseis nestas http://withfriendship.com/images/i/43983/strait-of-hormuz-map-and-map.jpg montanhas, a vigiar o Estreito e a impedir a passagem de barcos?
    .
    .
    Eu acho que os americanos estão a fazer asneira da grossa. E só vão dar mais força aos maluquinhos, o que é ainda mais triste. Gulp!

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  82. observador permalink
    12 Janeiro, 2012 01:15

    Caríssima Helena,

    Os nazis também tinham uma forma de eutanásia forçada …., mas também eram pelo direito à vida …. ariana.
    Creio que seria muito reprodutiva numa kinder farmer, ariana claro.

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  83. Portela Menos 1 permalink
    12 Janeiro, 2012 01:22

    anti-comuna,
    vce parece estar mais bem informado acerca do Irão do que acerca de Israel, mas “ambos os dois” têm um trauma acerca do nuclear…

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  84. tric permalink
    12 Janeiro, 2012 01:40

    “Este Obama é burro como um calhau. Agora, das duas uma. Ou perde a face (e não lhe convém por estarmos em ano eleitoral) ou ataca o Irão. Já sabe o que eu penso. Vão atacar o Irão e incendiar o mundo. Enfim, estes americanos, desde que decidiram virar as cosas à Europa, só fazem cagada. Gulp!”
    .
    qual Obama!!?? os Judeus Israelita vão fazer cagada, essa é que é essa … e depois la se vai o seu milagre economico..

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  85. Solitário permalink
    12 Janeiro, 2012 01:42

    Há gente com cabelos no coração.
    Para quando a Segurança Social mandar uma cápsula de cianeto como prenda pelo septuagésimo aniversário?
    Há que gostar de ser lacaio para se vir a terreiro defender uma tal asserção.

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  86. tric permalink
    12 Janeiro, 2012 01:43

    o anti-comuna acordou agora para o estado do mundo…era milagre para aqui, era exportar para ali…

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  87. tric permalink
    12 Janeiro, 2012 02:45

    “o anti-comuna acordou agora para o estado do mundo…era milagre para aqui, era exportar para ali…”
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    querem abrir Portugal ao Mundo, e depois culpam o Mundo pelos males de Portugal…o Anti-Comuna e o governo, agora vão passar a explicar porque é que o milagre económico português falhou…foi por culpa do Mundo…é recessão em Espanha, a recessão na Alemanha, Italia…na Europa…o medio-oriente, a ferro e fogo…etc…Quando é que Portugal sai do Euro!!?? fechem Portugal para obras…e a primeira obra a fazer, é expulsar a Maçonaria, antro da cunha e do dominio dos principais pilares do aparelho de estado! o dominio maçónico das estruturas de poder é avassalador, é no Governo, na Assembleia da Republica, Tribunal Constitucional, Procuradoria-Geral da Republica, Conselho Superior da Magistratura…é impressionante o posicionamento estratégico dos lugares do aparelho de estado que a maçonaria controla! Portugal é um ESTADO MAÇON!!! logo, um Estado Judaico…

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  88. Nuno permalink
    12 Janeiro, 2012 03:27

    .
    Aconselho a Zazie a visitar Lares da Sante Casa e depois venha aqui escrever que quem lá encontrou foram “ricos”. Só fará isso se quiser mentir deliberadamente.

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  89. Arlindo da Costa permalink
    12 Janeiro, 2012 03:49

    Ontem a MFL propôs a SOLUÇÃO FINAL para a VELHADA, ou seja, deixá-los morrer a partir dos 70 e desligar as máquinas nos hospitais.
    Como se fazia no Cambodja dos kmers vermelhos.

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  90. JCA permalink
    12 Janeiro, 2012 04:29

    .
    Com recomendação de, como sempre, se ler BEM purgando de especulações propagandistas ou emocionais para restar apenas o fatual, a proposito do Irão,
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    Iran: Oh, No; Not Again
    http://www.chrismartenson.com/blog/iran-oh-no-not-again/69355
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    Nota: para se impingirem bem umas mentiritas é preciso mesclar algumas verdades para ‘ganhar crédito e verdade’ mas são apenas essas verdades que interessam à luz. Por isso purga-se e filtram-se os textos. É o segredo.
    .

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  91. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 05:21

    ““o anti-comuna acordou agora para o estado do mundo…era milagre para aqui, era exportar para ali…””
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    E se incendiarem o mundo, tem a certeza que economicamente, Portugal é um dos perdedores? À primeira vista, é. Mas não sei se o é. Mas se me ensinar… É que de guerras percebo pouco.

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  92. zazie permalink
    12 Janeiro, 2012 09:31

    Nuno;

    Quem me disse foi uma responsável da Santa Casa da Misericórdia. Apenas isto.

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  93. zazie permalink
    12 Janeiro, 2012 09:35

    Claro que ela não disse que só lá estão ricos. Mas disse que, fora os desalojados e casos extremos, esses lares não têm pessoas pobres- têm ricos.
    .
    E isto em resposta a uma pergunta minha- se era preciso ser-se miserável em extremo para ter acesso a esses lares (e perguntei-o porque outras funcionárias já me tinham dito que havia gente com muito dinheiro e bons conhecimentos que conseguiam tudo).
    .
    Foi aí que ela se saiu com esta frase: “para os pobres não. Os lares da Santa Casa são muito bons, são excelentes, mas são para ricos”. Literalmente. Não estou a inventar nada.
    .
    Façam a reportagem que eu aconselhei, em relação aos velhos que estão abandonados em casa com os tais apoios domiciliários (que serão até feitos por excelentes raparigas- a maior parte imigrantes) e vejam como eles vivem.

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  94. zazie permalink
    12 Janeiro, 2012 09:39

    Uma descreveu-me como vive um casal. Uma cena de aterrorizar. Nem casa de banho- nem paredes de casa- tem de aquecer a água em panelas num fogão de campanha para os limpar.
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    A rapariga é brasileira e comentou isto: «ainda dizem que se vive mal no Brasil, mas v.s aqui, na capital, têm miséria igual».
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    Eu perguntei-lhe se ela se estava a falar a bairros sociais. Ela disse- não- aqui no centro de Lisboa- por fora ninguém imagina o que vai dentro daquelas paredes.
    .
    Paredes, algumas delas, meias com a habitação estatal de luxo do senhor presidente da Câmara.

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  95. zazie permalink
    12 Janeiro, 2012 09:40

    Portanto, esta treta com o poupar nos velhos, com ordenados de milionários a gestores à molhada para cada hospital, é um insulto.
    .
    Devia também ser um insulto à inteligência de muitas pessoas, mas, só pode dar conta quem a tenha.

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  96. Francisco Colaço permalink
    12 Janeiro, 2012 09:51

    A minha esposa é directora técnica de um lar e com serviços de apoio domiciliário (IPSS). A verdade é que a Zazie disse o que disse, e não disse falsidade nenhuma. A mensalidade no lar ronda os EUR 800,00. Quem pode pagar entra, e quem não pode tem a Segurança Social que pagar parte ou a quase totalidade da prestação. 5% das vagas estão consignadas à Segurança Social.
    .
    Num ato (tenho de adotar o Acordo de uma vez por todas, mas isso custa!) de boa gestão, a Segurança Social obriga agora as famílias descendentes a comparticiparem com parte (mesmo que sejam EUR 25,00 por mês por filho) na prestação dos casos sociais. É a lei da cegonha de novo em vigor, dirão alguns, mas pelo menos responsabiliza as famílias pelo destino dos idosos.
    .
    Este tem sido o caso perto da Covilhã, onde vivo.

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  97. zazie permalink
    12 Janeiro, 2012 10:04

    Obrigar as famílias a comparticiparem, ainda é o menos.
    .
    Agora exigirem como caução as propriedades e imóveis que os velhos possam ter, é outra.
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    Diziam os jacobinos que isso fazia a Igreja para lhes ficar com os bens- aproveitando a fé de quem a tinha- nos legados à Igreja.
    .
    Hoje fazem-no por ética republicana e laica e por força da lei!. Apesar dos impostos, ainda sacam casas a velhos. Podem ser tão ateus quanto o jacobinismo que inspira este saque legal.

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  98. Francisco Colaço permalink
    12 Janeiro, 2012 10:12

    IFIGENIO OBSTRUZO,
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    Meu caro, quem não conhece o passado está condenado a repeti-lo. As csh;rises têm sempre a mesma génese: ou há demasiada massa monetária em circulação ou há de menos, ou há uma bolha especulativa ou uma falta de confiança dos investidores e dos consumidores, ou há um acidente natural ou social que impede a produção ou uma substituição de tecnologias por concorrência exterior. Estes seis vectores (vetores, gaita!) podem combinar-se de muitas formas, mas são a génese de quase todas as crises, como num eixo X-Y-Z. Lendo atentamente a história mostra-nos isto.
    .
    Nos fim dos anos 20 havia uma bolha especulativa e pouca massa monetária em circulação. De repente, passou a haver uma falta de confiança de investidores e de consumidores. Leia Friedman. Hoje estamos no fim de uma bolha especulativa, pouca massa monetária em circulação e substituição de tecnologias por produtos do exterior (chineses, por exemplo). De repente passámos a ter uma falta de confiança dos consumidores e investidores na economia, o que retrai o consumo, à medida que crescem enormemente as exportações. O eixo dos XX (bolha–desconfiança) é a medida da crise. Continuamos iguais nos eixos dos YY (pouca massa monetária. Quanto ao eixo dos ZZ, subprodução vs concorrência, estamos em correção. (custou escrever assim, mas foi!)
    .
    Por exemplo, em Leixões, de um anos para o outro exportamos mais 27%. Se não fosse o danado petróleo e lubrificantes, teríamos superavit na balança comercial, situação única que se deve aos esforços dos governos Sócrates e Passos Coelho (há que louvar quem tem de ser louvado, e nisso não sou parco).
    .
    Tenho a certeza de que há petróleo em Portugal (estivemos ligados à Terra Nova no Canadá no Câmbrico, e lá há-o aos magotes). Há que simplesmente colocar as Universidades, as empresas privadas e mudar a lei que rege os recursos minerais e geológicos e deixar prospetar quem queira fazê-lo. Reparem que existe uma licença específica para procurar minerais, e que se eu descobrir petróleo na minha terra (aqui na Covilhã é impossível, felizmente!) o melhor que tenho a fazer é escondê-lo, pois exploração do mesmo nunca me pertencerá.

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  99. Francisco Colaço permalink
    12 Janeiro, 2012 10:23

    «Governo fez mais de 600 nomeações em seis meses
    Faz hoje seis meses que o actual Executivo tomou posse. 618 pessoas foram nomeadas para os gabinetes ministeriais.» in Lusoplanet.com
    .

    «Sócrates, com as 2373 nomeações que fez nos dois primeiros anos à frente do Governo, não destronou Santana. No entanto, no último mês e meio conseguiu ultrapassar o social-democrata nas contratações, já que foram feitas um total de 180 nomeações/mês. » In Diário de Notícias
    .
    «Após três meses em funções para um segundo mandato, Sócrates já contabilizava 1361 nomeações.».
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    Indignem-se!

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  100. zazie permalink
    12 Janeiro, 2012 10:33

    Aliás, corrigindo o Francisco Colaço:
    .
    Há uma gigantesca confusão entre as velhas misericórdias que ainda existem na província- bem como lares comparticipados pelo Estado, com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa- laicizada e e estatizada pelo Marquês de Pombal.
    .
    O que eu referi é a Segurança Social em Lisboa que funciona através da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que é estal- com nomeações partidárias e governamentais e apenas tem um estatuto semi privado por causa do financiamento dos jogos.
    .
    Portanto, a lei jacobina saca casas a velhos, através dos lares do Estado.
    .
    É isto. Quanto a familiares terem de comparticipar, até nem acho nada mal. Dantes era assim, as colectividades tomavam conta dos seus pobres e dos seus velhos mais carenciados. O egoísmo do asfalto acabou com isto, a caridade cristã transformou-se em “imposto de solidariedade” e criaram uma máquina de taxos que é preciso alimentar.
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    Como sempre, à custa do valor em euros do por número – dos que menos bufam, A justiça não entra nestas contas e a vergonha na cara também não.
    .
    O caso do post- dos hospitais, dos cortes nos velhos que já não serão o futuro do país e blá, blá, vai dar ao mesmo. Nem me interessa se a MFL disse assim ou assado. O que eu contei é que isso já se faz- já é uma realidade.

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  101. Jose Silva permalink
    12 Janeiro, 2012 12:55

    Ac, «Obama is being “Jimmy Cartered” out of office by his neocon CIA director»

    http://www.twitlonger.com/show/eov4vh

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  102. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 13:46

    “Ac, «Obama is being “Jimmy Cartered” out of office by his neocon CIA director»”
    .
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    Olhe que se calhar não é mentira. Agora que se desconfia que são operacionais da CIA os verdadeiros operaconais das “milicias” libias e sirias e talvez iranianas (os americanos financiam pelo menos um grupo guerrilheiro islámico iraniano), esse artigo talvez faça sentido.
    .
    .
    Eu não sei se o Obama não se pôs de joelhos (perante a China e a Rússia- esta pode revender o crude iraniano com lucros e vender-lhes tudo e mais alguma coisa) por cabeça própria se manipulado pela CIA. O que é certo é que esta noite o Obama teve uma humilhação estrondosa (e esperada): enquanto o Japão acedeu aos americanos, a China deu-lhe uma lição de gestão de crises. Os americanos estudam mal a a China, pois ela já tem contratos de longa duração com o Irão para o forneciemnto de crude e gás, já há alguns anos. E é conhecido que a China honra sempre os seus compromissos internacionais (é dos países mais fidedignos quanto a este aspecto) e nunca iria virar as costas ao Irão, com os acordos feitos há uns anos. E ainda por cima, a China anda à cata de crude como se estivesse desesperada.
    .
    .
    Provavelmente o Obama é o Carter dos dias de hoje, caro José Silva.

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  103. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 14:00

    “Tenho a certeza de que há petróleo em Portugal (estivemos ligados à Terra Nova no Canadá no Câmbrico, e lá há-o aos magotes).”
    .
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    Agora também descobriraram no Ártico as primeiras jazidas de pitroil.
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    Com o Médio Oriente cada vez mais instável e como se está a descobrir cada vez mais crude e gás nas costas Atlânticas (no Ocidente) o peso geopolítico mundial nesta área está a mudar para cá. Portugal está no centro deste novo mundo. Deste “novo” Medio Oriente. E isto faz toda a diferença, para as próximas décadas. Se Portugal descobrir um gigante campo de crude e gás (como eu espero), Portugal também vira para cá a própria UE, dependente da Rússia. Mas cada vez menos, se correr bem aos portugueses.
    .
    .
    Neste aspecto, acho interessante que se leia isto:
    .
    “Porque cresceu o Brasil tanto e Portugal tão pouco”
    .
    in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=530963&pn=1
    .
    .
    Eu não concordo bem com o artigo, mas ele tem razão num importante ponto. O Brasil é um paíse de mercadorias. Essencialmente sempre foi assim desde a Independência. O que complementa Portugal. (E em termos empíricos, ele dá consistência à sua tese.) Logo, o artigo que está a dizer aos nossos decisores, não apenas políticos, mas sobretudo empresariais, que o Brasil pode servir como importante alavanca de crescimento e melhor portefólio de negócios, gerando valor através da redução da volatilidade e riscos.
    .
    .
    E o exemplo do Brasil é apenas um dos vários existentes. Temos muitos outros, desde a Colômbia até à própria Angola. Logo, os decisores devem ter em conta este aspecto interessante: gestão de portefólios com apostas em diferentes perfis para gerar menos volatilidade e melhor crescimento.
    .
    .
    Mas a chatice toda é que o Brasil ainda pesa muito pouco no nosso comércio externo. Cerca de 1,2% das exportações tugas. Angola já pesa mais de 5% e já ultrapassou o Reino Unido. É uma chatice mas ao mesmo tempo um desafio. Portugal pode crescer imenso se tentar conseguir um peso de 5% do seu comércio externo para o Brasil.
    .
    .
    Mas o artigo deste académico é interessante. E é mais interessante do que se imagina. (E que em parte justifica o porquê que eu penso que estamos a fazer um milagre económico e com pouco receio do abrandamento europeu ou do mundo anglo-saxónico.) É mesmo importante que se medite no artigo deste investigador da Universidade do Minho. Porque dá a resposta a muitas perguntas que se pode fazer sobre o futuro de Portugal.

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  104. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 14:02

    Só gostaria de corrigir isto, porque é importante.
    .
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    ” O Brasil é um paíse de mercadorias.”
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    .
    Para isto: O Brasil é um país de MATÉRIAS-PRIMAS.
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    Assim é que está correcto. Mil desculpas.

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  105. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 14:18

    Para provar como o artigo do académico tem alguma razão de ser, gostaria de apresentar um mero exemplo do que Porutgal pode fazer nas próximas décadas. Se os nossos decisores empresariais forem espertos.
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    É sabido que a generalidade das energias renováveis não são competitivas em termos económicos. Mas nestas coisas de médias, elas escondem sempre a curva de distribuição, e nesta surgem as oportunidades. O Brasil, para já, é o primeiro país a sério que consegue gerar energia eólica competitiva (sem subsídios), gerar etanol competitivo e talvez o biodiesel. Agora veja-se o que a Galp vai fazer:
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    .
    “Projecto biodiesel Galp-Petrobras rende até 1.000 milhões dólares a partir 2015
    .
    O projecto da Galp Energia e Petrobras para produção de biodiesel, objecto de acordo hoje formalizado em Lisboa, deverá gerar receitas de mil milhões de dólares (740 milhões de euros) a partir de 2015, disse hoje o presidente da empresa portuguesa.
    .
    Manuel Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp que falava à margem do 13º “Meeting Internacinoal” da Lide — Grupo de Líderes Empresariais do Brasil, afirmou que o biodiesel de segunda geração terá um preço de 300 a 400 dólares por tonelada superior ao valor actual da variedade de primeira geração (1000 dólares), atirando as receitas para “900 a 1.000 milhões de dólares”.
    .
    Este valor, referiu, será atingido quando “a produção estiver em plenitude, o que acontecerá só por volta de 2015″.
    .
    O Projecto Belém prevê a produção de 600 mil toneladas por ano de óleo vegetal no Brasil, destinado à produção de 500 mil toneladas por ano de biodiesel de segunda geração (Biodiesel 2G).
    .
    Metade deste volume será produzida em Portugal e a restante metade em local a definir, com o objectivo de comercialização na Europa, com prioridade para o mercado ibérico.”
    .
    in http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=97361&visual=3&layout=10
    .
    .
    Pelo que se vai sabendo, já começaram as plantações das palmeiras no Brasil, que produzirá o óleo vegetal a preços competitivos. Em breve a Galp iniciará a construção da fábrica de biodiesel em Portugal. (Com novas tecnologias e para produtos mais avançados que os mais corriqueiros.) Para colocar o produto na Europa e será o primeiro teste ás capacidades do novo biodiesel em ser competitivo. (Mesmo sem subsidios públicos, note-se.)
    .
    .
    Se correr bem e o projecto for rentável (que exige capacidade de getsão agro-industrial que o Brasil tem e capacidade de gestão industrial e marketing, que a Galp tem), Portugal poderá tornar-se na principal porta de entra de biodiesel produzido a meias com os brasileiros e conquistar o mercado europeu.
    .
    .
    Este é um poderoso exemplo das sinergias possíveis entre portugueses e brasileiros. Agora, é preciso que os nossos decisores económicos, em vez de procurarem sectores protegidos da concorrência, procurem este tipo de projectos comuns, capazes de gerar rendimentos e empregos, associando-se a brasileiros (e não apenas, claro) e meterem-se em projectos a sério, para ganharem dinheiro. E tornar Portugal na tal porta de entrada da Europa. No tal hub.
    .
    .
    Não é preciso sonhar grande. É preciso é aproveitar as oportunidades existentes, como a Galp e a Petrobrás o estão a fazer já.

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  106. Francisco Colaço permalink
    12 Janeiro, 2012 14:42

    Anti-Comuna,
    .
    Algo que gera renda é rendível, não rentável. Existe rendibilidade e não rentabilidade. As palavras rent- são um crasso galicismo, e devem ser completamente excisadas da língua que falamos e escrevemos.

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  107. 12 Janeiro, 2012 15:03

    Vai-se aprendendo bastante com anti-comuna, apesar da carraça do Colaço.

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  108. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 15:59

    Obrigado, caro Colaço. tem toda a razão. Estou a ficar “estrangeirado”. Gulp!

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  109. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 16:26

    O Império Português.
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    Hoje em dia, a generalidade dos jovens, não faz a mínima ideia do que era Portugal, antes do 25 de Abril. Infelizmente não fazem. Mas podem aprender rapidamente, claro. Acho que a wikipedia pode ajudar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Portugu%C3%AAs
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    Ao contrário do que diz a wikipedia, o Império Português teve como objectivo primeiro e último, o enriquecimento material dos “descobridores” de então. Toda a prosápia que era para evangelizar o mundo é treta e basta estudar a biogra desse grande tuga de então, o Albuquerque, para se perceber que os objectivos eram bem mais materialistas que outra coisa. (Isto, tendo em conta que esse grande tuga era um idealista. eheheheh)
    .
    .
    O Império Português era comercial. Aliás, ainda hoje se lê amíude, que o que exportamos mais são… Mercadores. E é verdade. Olhem, como exemplo, o primeiro europeu a ensinar os chinocas sobre a realidade europeia foi um… Italiano. Não foi um tuga. Os tugas ocuparam Macau, mas o que eles queriam era ganhar dinheiro, criando 4 rotas comerciais. (E a primeira Rota da Seda Marítima do mundo, claro.) E durante décadas, os tugas quase não compartiam com os chineses a realidade cultural, religiosa e cientifica com os chineses. Foi um camelo de um italiano que lá foi estragar tudo, pois queria cristianizar os chineses (e o imperador chinês de então) e foi desvendar os segredos comerciais, tecnológicos e territoriais dos portugueses. Até esse camelo italiano, os chineses achavam que Portugal era quase tão grande ou maior que a própria… China. Adiante.
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    .
    Portugal nos dias de hoje pode tentar fazer o mesmo. Mas em vez de armas e caravelas, deve utilizar empresas e tecnologias. Pode ir por esse mundo fora, o antigo Império Português, e comprar-lhes matérias-primas e vender-lhes tecnologias. Pode aproveitar essas matérias-primas e criar produtos e serviços para vender nos mercados consumidores mundiais e norte-atlânticos. (Europa e América do norte, por exemplo.) Um exemplo talvez possível. Portugal pode bem ser a porta de entrada da fruta brasileira na Europa, transformando-a em bebidas para vender em Portugal e na Europa. E há muita fruta brazuca com elevadas potencialidades. E quem diz a fruta, pode até ir mais longe, e produzir em Portugal comidas e doces brasileiros (tipo doce baba-de-camelo e vender por essa Europa fora). as potencialidades são enormes, e os portugueses podem aproveitar o conhecimento sobre este “novo mundo” para espetar com produtos e serviços na Europa, por exemplo.
    .
    .
    Antigamente, o Botas mandou fazer um mapa curioso. Que era o mapa europeu com as nossas colónias sobre a Europa, para provar o quanto Portugal era grande em termos territoriais. Hoje em dia esse mapa é raro, mas os novos quando o vêm pasmam-se, porque não fazem ideia do tamanho que era Portugal. É evidente que esses tempos já lá vão, mas é possível ir mais longe e aproveitar mesmo os conhecimentos ancestrais dos portugueses sobre esses povos e territórios e tentar ganhar dinheiro. Mas ganharem todos, não com a mentalidade colonial, em pensar gamar esses povos. Porque, para um negócio ser durável, as partes t~em que lucrar e não apenas uma.
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    .
    É preciso é pensar nas coisas como deve ser. Sem entrar em idealismos bacocos ou mentalidades isolacionistas. Oportunidades estão a surgir, cabe aos portugueses as aproveitarem e criarem muitas outras.
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    PM Já nos fins do Império, lá pelos anos 70, a quantidade de matérias-primas nos territórios ultramarinos eram impressionantes. Havia todas as matérias-primas possíveis e imaginárias. Desde diamantes a amendoins; desde algodão a madeiras exóticas. Hoje eles continuam a ter essas matérias-primas e mais algumas. Se conseguirmos ser a porta de entrada delas na Europa, gerando valor-acrescentado, em que partes ganhem dinheiro (o produtor da matéria-prima e o comercializador), temos um potencial fantástico. Por exemplo, a Portucel vai produzir pasta de papel branca de eucalipto em Moçambique, mandar para Portugal e vender papel fino no resto da Europa e mundo. E é assim que todos ganhamos. Portugueses e moçambicanos.

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  110. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 17:27

    O nosso passado, a nossa cultura e o nosso futuro.
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    Aqui há uns anitos tive a oportunidade de comer um doce do Golfo Pérsico, salvo iraniano, mas foi-me oferecido por um iraquiano. (A quem eu eu comprava a aletria, para fazer o nosso tradicional doce de Natal.) Não me lembro do nome nem de onde foi foi confaccionado. O iraquiano, dono de uma mercearia num país onde eu vivi, além de me vender a tal aletria iraquiana (muito semelhante à nossa), ofereceu os tais doces. E não é que o raio dos doces eram bastante semelhantes aos… Pasteis de Tentúgal? Era quase a mesma coisa. No entanto, não se sabe bem a origem desses excelentes pasteis. Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Pastel_de_Tent%C3%BAgal
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    Isto para mostrar que a nossa cultura (e a gastronomia é a expressão máxima da cultura de um povo ou região) está muito influenciada pelo nosso passado. E pode-se ver por onde andamos a semear e a colher influências culturais: http://4.bp.blogspot.com/-2Q9NLh9mli0/TfS4IiIK7ZI/AAAAAAAAAv0/hYZs2hYUUAc/s1600/imperio.jpg
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    No Golfo, Portugal é sinónimo de laranjas. (Assim como na Grécia!) Na China é sinónimo de vinhos. Por onde andamos deixamos influências culturais, miscigenação (o Albuquerque foi o primeiro que o faz como política deliberada de expansão do Império Português) mas também colhemos. Ainda hoje somos o país europeu mais asiático de todos, apesar da Holanda e da Inglaterra. Somos os que mais comemos arroz na Europa, mesmo apesar do rizotto italiano e das suas massas oriundas da Ásia.
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    E quando os portugueses não fazem ideia do como podem sair da crise. das duas, uma. Ou é ignorante das coisas da nossa História ou não se apercebe das mudanças que se estão a operar no mundo. E quando alguns acham que é fechando fronteiras ou voltar ao tempo do Botas para sairmos da crise, eu apenas lamento a falta de visão, inteligência e sagacidade dessa gente. É por mera teimosia das suas crendices que não vêm as oportunidades. Vejamos. Com a cada vez maior integração económica mundial, com a diluição cada vez maior das fronteiras e soberanias nacionais (decorrentes dessa mesma integração económica mundial), o que se perspectiva no futuro é quase recriar o mundo antigo, no qual Portugal soube prosperar. Só que em vez de canhões, caravelas e matanças, o futuro será comercializar, saber integrar culturas, tecnologias e as potencializar, dentro de um mundo cada vez mais aberto e interdependente. Onde Portugal foi no passado glorioso e pode-o ser novamente no futuro. As condições presentes e futuras cada vez mais são oportunidades para os portugueses. Só que em vez, como os Velhos do Restelo, chorarem na praia e preverem sempre o afundanço dos navios (que ocorreram e ocorrerão sempre), deviam era tentar perceber como podemos ganhar alguma coisa com este novo mundo.
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    Vejamos bem. Isto pode parecer ironia do destino, mas todas as nossas ex-colónias mais importantes, hoje têm pitroil ou gás natural. Só falta Cabo Verde, do resto, desde Timor ao Brasil, todos têm pitroil e/ou gás natural. E num mundo cada vez mais sedento deste (e mais recursos), estes países são oportunidades excelentes. Podem ser os nossos fornecedores directos de produtos energéticos (sem dependermos de países voláteis como o Irão ou o Iraque) e nós podemos fornecer outros serviços e produtos, como bens alimentares, telecomunicações, serviços bancários, etc. Há muito por onde explorar. Nós até podemos reunir com eles e desenvolver produtos e tecnologias militares, sem estarmos dependentes da grande potências mundiais. Desde aviões a navios de guerra.
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    O que me custa é ver tugas tão burrinhos, que só vêm coisas más, quando o mundo está a mudar e gerar cada vez mais oportunidades para os tugas. Em vez de estarmos sempre a chorar é fazer as coisas como deve ser. Conseuir a Independência financeira, depois a económica. E sermos os líderes do mundo latino na UE. E em vez de nos queixarmos dos países do centro e norte da Europa, é usar o acesso a estes mercados e espetar-lhes com aquilo que podemos recolher neste “Novo Médio Oriente” que se perfila no Atlântico e nos PALOP.
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    E ainda há quem julgue que lá vamos com moedas próprias e desvalorizações cambiais. Com fecho de fronteiras e soberanias ficticias ou bacocas. Ou seja, é negarem mesmo todo o passado histórico de Portugal. Pffff! Safa! Que gente tão burra! Um exemplo prático. Como raio iriamos conseguir economias de escala com fronteiras fechadas, por exemplo? Esta gente é burra que nem isto conseguem perceber? Como é que uma Portucel conseguiria economias de escala sem acesso a mercados de capitais gigantes (o euro e seus financiamentos), a acesso a mercados consumidores gigantes (como o europeu e o norte-americano, por exemplo) ou acesso a matérias-primas, como o Brasil, o Uruguai ou até mesmo Moçambique? E quem diz a Portucel, pode dizer a Jerónimo Martins ou qualquer empresa tuga que queira crescer e conseguir economias de escala. Mas esta gente é burra ou faz-se? E estamos a falar já de grandes empresas tugas. E as pequenas tecnológicas que exploram nichos de mercado, desde software de gestão de portos, caminhos de ferro, hospitais, etc? Onde é que esta gente iria conseguir as economias de escala que gerassem mais rapidamente recursos para apostar ainda mais em valor acrescentado tecnológico? Mas esta gente come livros mas não os percebe? Esta gente é mesmo o paradigam do burro carregado de livros armados em doutores? Santo nome, Jesus. Gulp!

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  111. Jose Silva permalink
    12 Janeiro, 2012 17:42

    caro AC, as tonterias da cigarra Arroja provancam de facto grande espanto nas formigas…

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  112. Francisco Colaço permalink
    12 Janeiro, 2012 17:50

    Anto-Comuna,
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    No Congo, congoleses referiram-me que prefeririam ter sido colonizados por portugueses. Aliás, ser português safou-me de levar uma carga de porrada, pois pensavam que eu era americano, por falar inglês sem sotaque e framncês com leve sotaque americanizado.

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  113. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 17:52

    “Aliás, ser português safou-me de levar uma carga de porrada, pois pensavam que eu era americano, por falar inglês sem sotaque e framncês com leve sotaque americanizado.”
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    eehehehehhe
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    Caro José Silva, andam para aí umas abóboras falantes, é o que lhe digo.

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  114. Anonimo permalink
    12 Janeiro, 2012 18:31

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    AC e o que é que isso tudo tem a ver com Salazar ser uma referencia (um guião, um guia) para solucuionar o Portugal de hoje como surgiu num dos seus posts anteriores ? Uma precipitação analitica ? Referencia de quê para o Hoje ? Um guia para vencer a Crise pondo os Empregados, Empregadores e Funcionários Publicos a ‘pão e àgua’ a bem de que Futuro ? Essa sua não percebi no meio de tanta coisa positiva que propagandeia embora sejam uma ‘gota de àgua’ no Oceano no Portugal hoje que estão a pôr de gatas deixando como alternativo a Emigração de Empregadores e Empregados para nunca mais regressarem. Enraizando-se cada vez mais noutros Países, voltando cada vez mais as costas a Portugal.
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    A parada é muito mais pesada que as vistas curtas e algum oportunismo chico-esperto, ou serôdio, retratam com algum voluntarismo, por vezes boa fé, quiçá mesmo ingenuidade de dirigir e governar. Por exemplo a recessão em 2012 vai ser acima de 5%, o desemprego na banda dos 16 a 21%. É a partir destes dados que devem ser feitos os Orçamentos de Estado e não de fantasias que nem um mês passado em 2012 já estão todas desmentidas. Tal qual Socrates parece que fazia. Mudar para o mesmo mais valia ter deixado como estava ou mudar mesmo. Fantasias é que não levam a lado nenhum. Sequer chegam a revestir formas de estratégia, tatica, habilidade ou grande jeito para serem Politica.
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    Dito isto, estou sempre do lado positivo em soluções e pela parte positiva das coisas. Pela segurança da aterragem suave contra a opção suicida da implosão como se´continua a arriscar com inabilidade e sensibilidade para o que é Politica e Governar. É o que se passa em quase todas as áreas nacionais cada vez mais em implosão, crise e empobrecimento.
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    ASSIM NÃO VALE. NADA SERESOLVEU, NÃO SE ESTÁ A RESOLVER PARA NINGUÉM SEJAM EMPREGADOS, EMPREGADORES ou FUNCIONARIOS PUBLICOS,
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    pesem todas as oratórias cientifico-académicas que se voluntarizam para carregar esse andor numa qualquer procissão dos sacrificio e suplicios (com todo o respeito pelos católicos porque está-se a falardoutras procissões).
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    Portugal, as suas elites e as suas governanças ainda não têm capacidade para PORTUGAL MUDAR DE VIDA e DEIXAR DE EMPOBRECER INTEIRO.
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    Declaração de interesses, assinado como Anonimo porque não tenho qualquer interesse pessoal em assaltar para me pôr ou ganhar o palco nacional da Politica ou da Ambição oportunista ou desonesta
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  115. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 18:41

    “Declaração de interesses, assinado como Anonimo porque não tenho qualquer interesse pessoal em assaltar para me pôr ou ganhar o palco nacional da Politica ou da Ambição oportunista ou desonesta”
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    Mas bem precisava. Olhe para isto:
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    “Por exemplo a recessão em 2012 vai ser acima de 5%, o desemprego na banda dos 16 a 21%. É a partir destes dados que devem ser feitos os Orçamentos de Estado e não de fantasias que nem um mês passado em 2012 já estão todas desmentidas.”
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    Vc. é um génio. Não haja dúvidas nenhumas. Dá-se! ehehheehheh

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  116. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 18:48

    Como participar no milagre económico português. Exportar cada vez mais Vinhos Verdes:
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    “O plano de promoção da região dos vinhos verdes para 2012 tem um valor recorde de 3,4 milhões de euros, que deverá continuar a dar gás às exportações. A aposta será orientada para oito mercados alvo, mas os Estados Unidos, que representam 16% das exportações, absorvem 23% desta verba.
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    Depois de uma década de aumento consecutivo nas exportações e alargamento dos mercados, o vinho verde fechou 2011 com vendas de 15 milhões de litros e 36,6 milhões de euros para 86 mercados, numa lista onde acaba de entrar a Guiné Equatorial, com cinco litros.
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    Este movimento, a confirmar a tendência do vinho verde para ultrapassar as fronteiras da lusofonia e da diáspora portuguesa traduz-se num aumento da quota de exportações de 15% para 30% das vendas de vinho verde num década.”
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    in aeiou.expresso.pt/vinho-verde-faz-investimento-recorde-na-promocao=f699152#ixzz1jGrVT7Z3
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    Destaco isto: “numa lista onde acaba de entrar a Guiné Equatorial, com cinco litros.” É pequeno valor, mas é um sinal que em África, há um mundo por explorar. Recentemente verifiquei que o aumento das exportações italianas para África subiram mais de 50%, em 2011. Nós temos obrigação de fazer melhor.
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    Na mesma senda:
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    “Beira Interior: Exportação de vinhos aumentou
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    A exportação de vinhos produzidos na Beira Interior aumentou sete por cento em 2011 relativamente ao ano anterior, reforçando, assim, o crescimento registado há quatro anos consecutivos.”
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    in http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/beira-interior-exportacao-de-vinhos-aumentou
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    Cada euro exportado de vinhos, é cerca de 80 a 90% de valor incorporado nacional. É este milagre económico português que estamos a fazer.

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  117. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 19:04

    Eu compreendo algumas críticas ao que escrevo. É natural. os gajos até querem que eu pare de escrever, porque, dizem, ninguém liga nenhuma ao que eu escrevo. No entanto, estava aqui a ler isto e abro a boca de espanto: http://www.dn.pt/inicio/especial4.aspx
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    Vejam lá bem a coisa. Desde a defesa da imagem de Portugal até à necessidade imperiosa de exportar, passando até pelo exemplo do pastel de nata (que eu aqui há dias chamava à atenção de não compreender como não o encontro nas prateleiras por essa Europa fora), ou até mesmo à mudança de ideias do chefe do BES (que antes defendia o proteccionismo das actividades rent seeking em Portugal), esta gente toda está a começar a pensar aquilo que eu penso e ando há anos, repito, há anos, a defender por aqui.
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    Claro que eu já falo em milagre económico tuga e já há quem subscreva a tese, que choca a generalidade dos laggers. Mas ando nisto há anos, por aqui. E, no fundo, este novo modelo económico tuga está a consagrar quase tudo o que defendo, desde há anos. Corte na despesa pública, cortes nos salários dos parasitas do funcionalismo público (a esse respeito, ler um curioso estudo publicado no último Boletim de Inverno do Banco de Portugal), medidas de austeridade, liberalização dos mercados internos, aposta nas exportações, aposta em novos mercados (desde a China como a India), defesa do euro, contra a intervenção externa do FMI (que infelizmente não foi possível), mudança de mentalidades nos portugueses e fim do “estrangeirismo” da merda de élites parasitas tugas. (As tais que adoram tudo o que é de fora e importam toda a porcaria de fora, não se limitando ao que bom se faz lá fora e denigrem sempre o que é porutguês.)
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    Felizmente o tempo começa a mostrar que na generalidade das minhas ideias, eu vou tendo razão. Erro como todos, mas ando há anos nisto e agora vou vendo o país a assumir, mais ou menos, as minhas ideias. Alguns cromos acham que eu ando à procura de tacho em Portugal. lolololol Mas dos invejosos não reza a história.
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    Começa a surgir em Portugal uma alternativa aos modelos mentais importados de fora. Até o pastelão do BES já diz que estamos no centro da globalização e tudo. lololol O país está a mudar, rapidamente a a dar lugar a uma ideologia mais nacional, menos dependente dos interesses estratégicos alheios e mais virados para abertura ao mundo, em especial ao mundo que também quer viver tão bem ou melhor que nós. Será isto a famosa Portugalidade?

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  118. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 19:31

    Mas há quem não perceba muito bem o que quer dizer milagre económico português. Um milagre económico acontece sobretudo durante as crises, não durante as expansões económicas. (Os ditos austriacos percebem bem o ponto que eu pretendo defender.) Mas é ainda mais um milagre, porque Portugal está a fazer aquilo que o mainstream (sobretudo alimentado pela ideologia anglo-saxónica) dizia ser impossível. Dentro do euro e sem financiamentos externos, Portugal conseguir corrigir os seus principais desiquilibrios económicos. O continuo crescimento do endividamento externo (patente no défice crónico da balança de pagamentos – desde pelo menos 1995 – ) está agora a ser corrigido e se correr bem, já em 2012, teremos o primeiro saldo positivo, incluindo aqui o saldo de capitais. (Não apenas da balança comercial de bens e serviços.) E o continuo endividamento estatal, que deverá abrandar rapidamente e, espero, o governo comece a trabalhar para ter saldos orçamentais positivos e não apenas da balança primária.
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    Portugal, dentro do euro, está a acabar com os famosos défices gêmeos, que antigamente, nas boas escolas de pensamento económico, significavam empobrecimento de um país e da população, mas que hoje tornou-se até sinónimo de, Gulp! defesa do crescimento económico a todo o custo. Agora, o lixo ideológico importado dos USA e da Inglaterra, é o que domina o mainstream. Puro lixo ideológico, de quem anda a importar ideias alheias, de quem está em declinio civilizacional e económico. (Basta ver a simbologia que é ter soldados americanos a mijarem para cima de cadáveres de adversários abatidos em combate. Até a honra militar não existe nestes novos bárabros, ainda por cima ocidentais, tal é o lixo que representam estas acções.) É este também o milagre económico português. Contra tudo e contra todos, está a dar a volta. Um caminho estreito, mas que Portugal o está a fazer com êxito.
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    Alguns, embalados pelo extremismo também anglo-saxónico, tentam recriar um pensamento autónomo tuga, mas acabam por cair em crendices religiosas, em isolacionismos bacocos (os mesmos que deram origem ao declinio do império tuga, que se iniciou quando começamos a expulsar judeus e outras minorias, que nos deram importantes contributos para sermos um país independente e os Descrobrimentos) e em tentativas de invocar passados retrógrados.
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    Portugal tem apenas que ser aquilo que quase sempre o foi: aberto ao mundo, a novas ideias e pessoas, mas para solidificar a sua portugalidade, não fechar-se sobre si mesmo, ter coragem de ter uma estratégia própria, de rigor financeiro, de gosto pelo risco económico e da aventura empresarial além-mar, de amor ao mundo e de abraçar esse mesmo mundo, seja preto, amarelo, cor-de-rosa ou até azul.
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    Se há país do mundo onde pode criar um liberalismo original é Portugal. Abertura ao mundo, respeito pelas diferenças, respeito pelo ser humano de fora e diferente, associação com esse mundo de fora e criar empreendimentos comerciais que enriqueçam o país. Abertura económica, mercados abertos e livres, acolhimento de gente de fora (seja o cozinheiro brasileiro, o operário ucraniano, o engenheiro espanhol ou o cientista russo) e miscigenação. Tudo isto não é novo, nem tudo é velho. Mas Portugal ajusta-se como uma luva ao um bom Liberalismo. ehehhheh O Liberalismo tuga é aquilo que Portugal precisa. Não de ideologias alheias, mas gente que gosta de Portugal, que acredita em Portugal, que ama Portugal, sem odiar os demais, para ser feliz. É o Portugal antigo, aquele que fez a Suévia e aquele que fez a 1ª Dinastia.
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    Talvez, como dizia o Padre António Vieira, O Quinto Império seja mesmo o que falta cumprir. Falta cumprir Portugal.
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    Eu gosto de ser tuga, gosto do povo tuga e gosto imenso deste Portugal. Com os seus defeitos e tudo. Porque, quando este povo é bem liderado e com boas estratégias, é capaz do impossível. Até dominar meio mundo, com meia dúzia de barcos, pessoas e ideias.

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  119. Anonimo permalink
    12 Janeiro, 2012 20:51

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    AC tome nota na sua agenda “Por exemplo a recessão em 2012 vai ser acima de 5%, o desemprego na banda dos 16 a 21%. É a partir destes dados que devem ser feitos os Orçamentos de Estado e não de fantasias que nem um mês passado em 2012 já estão todas desmentidas.”
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    Sobre tal é mais ponderado criticar e pronunciar-se no fim de 2012 comparando estes numeros com o como disse agora. A meu ver criticando precipitadamente porque afinal não tem certeza absoluta de nada. Mas já há sinais, pelo menos o BdP já confirmou alguns numeros diferentes do OE’2012, por exemplo o valor da recessão. Todavia não é para já totalmente imputavel ao atual Governo ainda com poucos meses de governança. A ver vamos o que se irá passar no valor, qualidade e consequências das medidas que está a escolher impôr. Os resultados começarão a ‘falar’.
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    Tmbém não vale a pena ofender-se. Não há bota-abaixo contra o Governo atual ou outro qualquer. A questão é que a Politica cada vez se enterra mais quando se socorre de sensacionalismos, voluntarismos ou promessas em despreso pela SEGURANÇA do que realmente há certezas absolutas em cada momento para não ‘vender gato por lebre’. Sequer há necessidade disso. E nesta matéria não há intocáveis. O aperfeiçoamento da Coisa Publica deve ser preocupação permanentemente. Sejam os protagonistas do momento de mais ou menos Direita ou de menos ou mais Centro ou de mais ou menos Esquerda. Trata-se doutras colunas de sustentação essenciais da Democracia.
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    Independentemente de pontos de vista por vezes diferentes, felicito-o pelo trabalho sensibilizador das informações que tem trazido a publico a favor das exportações.
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  120. tric permalink
    12 Janeiro, 2012 21:10

    “Talvez, como dizia o Padre António Vieira, O Quinto Império seja mesmo o que falta cumprir. Falta cumprir Portugal.”
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    sim falta regressar a Portugal!!! Portugal só foi grande quando se “fechou” a Mundo…e o resto é paisagem…foi assim no passado e vai ser assim no futuro…não há volta a dar-lhe…
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  121. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 21:43

    “Tmbém não vale a pena ofender-se. Não há bota-abaixo contra o Governo atual ou outro qualquer.”
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    Vc. sugeriu que eu estava à procura de tacho. faz-me lembrar quando eu era acusado de ser “assessor” do PSD ou lá o que era.
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    “A meu ver criticando precipitadamente porque afinal não tem certeza absoluta de nada. Mas já há sinais, pelo menos o BdP já confirmou alguns numeros diferentes do OE’2012, por exemplo o valor da recessão. ”
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    Vc. é mesmo um génio. É o que lhe digo.
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    “O aperfeiçoamento da Coisa Publica deve ser preocupação permanentemente. Sejam os protagonistas do momento de mais ou menos Direita ou de menos ou mais Centro ou de mais ou menos Esquerda. Trata-se doutras colunas de sustentação essenciais da Democracia.”
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    Qual coisa pública? Lá está as mentalidades. Quem está a fazer o milagre económico são os portugueses, as empresas e em especial os nosso herois. Os empresários e gestores deste país. Felizmente muitos trabalhadores também, mas de resto, não há coisa pública que o valha.
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    Quem está a dar a volta são os portugueses. os que trabalham e os que investem. Os que exportam e os que acreditam nos seus produtos e serviços e os tentam vender, não apenas no mercado interno como e sobretudo no exterior. É, no fundo, até, o “egoísmo” desta gente que se esforça para sobreviver. E sem pensarem na coisa pública, acabam pelos seus actos, pouco apreciados ainda pelas ditas elites de merda deste país, destes bota-faladuras de tanga e paleio, que andam a salvar o país. A vender os seus vinhos, as suas máquinas, os seus trapos, as suas rolhas de cortiça, etc. Enquanto a merda de elites portuguesas fala em coisa pública para gamar mais ao povo. Essa é a verdade.
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    Quando este governo não criar medidas de estímulo artificiais de expansão económica, nem planos bacocos de apoio aos sectores ou empresas, mas deixa a economia ser mais livre e os portugueses escolherem o seu caminho, os portugueses dão conta do recado. É a merda de elites portuguesas, que sabem sempre onde investir, apoiar e a o diabo a quatro, mas apenas para se salvarem, para parasitarem os portugueses. Falam na coisa pública para chular ainda mais os portugueses. Esta é a grande inovação deste governo. Em vez de se andar a preocupar em escolher vencedores, deve é fazer aquilo que lhe compete: gastar menos e malhor, gerir bem tribunais, policias, etc. É isto que se exige ao governo. E se o governo quer defender a coisa pública, que se limitem a fazer o seu trabalhinho e deixem a economia em paz. Ou quando muito, que tenham políticas industriais transversais e não queiram fazer o trabalho que compete a cada um de nós. O que trabalha, investe, etc.
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    O que eu estou é farto de elites de merda, cheios de cagança pseudo-intelectual, que acham que são o S. Pedro para apascentar o rebanho tuga, esse povo sem inteligência e roto na cabeça tolinha dessa gente, que acham que sabem o que é melhor para investir, produzir, vender e poupar. Estou farto desta elites de merda parasitas, sempre armados em espertos, que sabem o que é melhor para o país, quando deviam era deixar o povo e a sociedade escolher o seu caminho, em Liberdade e sem demagogia. Porque, os portugueses, quanto mais livres e sem S. Pedros, mais são capazes de criar, produzir e vender por esse mundo fora. Se o fazem quando vão lá para fora, porque não em Portugal. Eu tenho nojo destas elites sempre prontas a darem conselhos onde, como e em que investir, quando não passam de uns parolos, sempre com a puta das modas importadas na ponta da língua. Armados em sabichões. Tenho nojo destas elites, destes pseudo-intelectuais, que escrevem a toda a hora, façam isto, façam aqueloutro, quando o que deviam fazer são incompetentes. Quer um exemplo? O antigo Director do Público, que é capaz de escrever tudo e mais alguma coisa e nunca fez daquele jornal uma fonte de lucros que sustentasse as suas ambições de ser um jornal de referência. Mas depois é v~e-lo a perorar sopre tudo e mais alguma, desde o euro até à puta das empresas. É destes tipo de gente que me enoja. Não foram capazes de darem o exemplo, como escol de elite, mas depois são os professores sabe-tudo para darem conselhos ao ignorante povo. À plebe ou populaça burra. E como vê, escrevo aqui o que penso, no Blasfémias, onde ele amíude escreve.
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    É desta mentalidade da coisa pública que não passa de, na maioria das vezes, inventar paleio para boi dormir, que não aquece nem arrefece.
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    Eu quero é ver quem cria e produz, quem faz mesmo coisas, as verdadeiras elites do país, a darem as suas opiniões, mesmo que erradas. Quero ver aquele trabalhador da Autoreuropa a falar sobre o ambiente de trabalho na sua empresa e como ele e os seus colegas, conseguem criar um milagre produtor em Portugal. E não um Proença de Cravalho ou um Carvalho da Silva, que só chulam o resto dos trabalhadores, a mandarem postas de pescada sobre o sindicalismo do século XXI que é uma cópia do de XIX. Quero ver escritores de sucesso a explicarem como vendem tantos livros e não gajos que quase só sobrevivem a escrever em jornais dos amigos, que nunca tiveram sucesso nenhum a vender coisa nenhuma. Quero ver aquele padeiro que faz pasteis e os vende em larga escala, com qualidade e que cria emprego, riqueza, etc. Mas falem do que sabem e não andem a dar conselhos sobre a puta da coisa pública, a puta mais a jeito em Portugal, dos parasitas. É deste tipo de gente que eu quero que falem. Que digam o que pensam. Sobre o seu trabalho, as suas actividades e a darem o bom exemplo, de quem com o seu esforço, está a contribuir para o milagre económico português.
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    Eu quero é um país cada vez mais livre e cada vez mais amante do risco. Que seja reconhecido quando tem sucesso, e não criticado quando é bem sucedido. Quero um país em que o governo se limite a fazer apenas que lhe está destinado: gerir bem os dinheiros públicos, combater a corrupção, que seja capaz de ter uma defesa interna e externa eficaz, que deixe o país viver sem tutelas e S. Pedros, que acham que sabem o que é melhor para os tugas.
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    Estou farto destas élites de merda, sempre a falarem na coisa pública mas incapazes de pensarem algo verdadeiramente de interesse dos portugueses. Eu só os vejo a lamberem as botas a todo o tipo de estrangeirismo que surja. De élites que acham que ser chique é aterrar no terminal 3 do Charles de Gaulle e vão fazer compras a Paris e lerem as últimas da moda exterior, mas que são incapazes de reconhecer o que de bem feito se faz em Portugal, o quanto o povo português é excelente, o quanto em Portugal existe de bom, sem ser preciso copiar o que os demais escrevem e pensam. Estou farte de elites de merda, sempre a copiar ideias alheias em vez de as depurarem e espremer algo de concreto para Portugal.
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    É só isto que estou farto. Dos da coisa pública e na sua defesa.

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  122. Francisco Colaço permalink
    12 Janeiro, 2012 21:51

    Eu tenho o mesmo credo nesta nossa Nau Catrineta que chamamos Portugal. E se de outras se safou, desta se irá safar. O Mundo, permitam-me, está a tentar safar-se de um safanão de safados salafrários, mas creio que está a fazer uma cura difícil. A doença que temos é complicada, exactamente porque nos impede de tratar de nós mesmos e de nos bastar. São três os pesos que nos imobilizam:
    .
    1) Estado excessivo, fruto das imensas nomeações, dos inúmeros institutos e das infindáveis compras de serviços e produtos desnecessários;
    2) Responsabilidades excessivas: serviço da dívida externa (6,8% do PIB, creio, em 2012) e Parcerias Paga o Povo (que nem sei exactamente quanto é. Em termos práticos, pagaremos Janeiro e Fevereiro impostos diretamente consignados ao exterior. Quanto às PPP, nem sei, mas imagino que o Estado terá de se bastar com apenas 8 ou 9 meses de impostos, dos quais terá de servir também as dívidas das autarquias e das empresas municipais e públicas (cujo serviço deve tirar mais umas semanas de impostos);
    3) Fraudes ao Estado Social e indigência de parte da população.
    .
    A legislação intrincada, estatista, salazarenta e basicamente estúpida não ajuda ao investimento e ao emprego. Dá-me a impressão que metade das leis foram concebidas por quem não sabia o que estava a fazer e a outra metade por quem assume que não sabemos que eles sabem bem o que estão a fazer.
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    A crise e a Troika farão o impossível na legislação. A contração do Estado retirará metade dos subsídios sociais (como as duplas pensões de quem esteve no estrangeiro e recebe de lá, recebendo complemento social por nãoa declarar por cá). Restruturando o Estado, restruturaremos a nossa actividade económica. E, passada a crise, estaremos muito melhor posicionados no Mundo, exportando mais, importando menos, produzindo mais interiormente. Basta então que nos lembremos dos dias de hoje. É por vezes incrível quão curta a memória e a vista do povo pode ser. Esse é o verdadeiro perigo que descortino nas décadas que aí vêm.

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  123. tric permalink
    12 Janeiro, 2012 22:57

    o que paraliza a ecónomia é que não ha dinheiro a circular em Portugal, o que vai ser arrasador para as micro-pequenas e médias empresas… ! o que há os Bancos estão a absorvê-lo ou estão a sair de Portugal para investimentos portugueses no estrangeiro…a ecónomia interna portuguesa está moribunda…deixem-se de tretas! isto vai arrebentar…
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  124. tric permalink
    12 Janeiro, 2012 22:59

    As grandes empresas, essas estão protegidas pelo estado e o mais grave é que absorvem o escasso crédito que existe emm Portugal e para ir investir no Estrangeiro! é quase um crime…

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  125. anti-comuna permalink
    12 Janeiro, 2012 23:58

    Que países andam a roubar quotas de mercado aos que vêm as suas exportações a cairem?
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    Note-se nestes dois pequenos exemplos.
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    “Chile posted a trade surplus of $394 million in December, less than analysts expected, following a drop in exports from a year earlier, the central bank said.
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    Exports fell 17 percent to $6.3 billion, while imports surged 14 percent to $5.9 billion, the bank said today on its website. The median estimate of six analysts surveyed by Bloomberg was for a surplus of $958 million. In the full year, the world’s top copper producer posted a trade surplus of $10.6 billion, down from $15.9 billion in 2010.
    The trade surplus will shrink to $4.8 billion this year as the average price of copper slips 13 percent, according to bank forecasts published Dec. 20. Falling metal prices are one of the earliest symptoms Chile has felt from Europe’s sovereign-debt crisis, Finance Minister Felipe Larrain said last week.”
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    in http://www.bloomberg.com/news/2012-01-09/chile-s-trade-surplus-of-394-million-misses-estimates-as-exports-decline.html
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    E este, que é ainda mais importante:
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    “Japan Dec 1st 20-Day Exports Fall 8.3%, Lead To Trade Deficit
    .
    – Japan Dec 1st 20-Day Exports -8.3% Y/Y Vs Nov -4.5%
    – Japan Dec 1st 20-Day Imports +5.6% Y/Y Vs Nov +11.4%
    – Japan Dec 1st 20-Day Trade Deficit Y496.53 Bln; Surplus Yr Ago”
    .
    in http://www.forexlive.com/blog/2012/01/12/japan-dec-1st-20-day-exports-fall-8-3-lead-to-trade-deficit/
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    Num caso, podemos explicar a queda nas exportações com a forte queda nos preços das matérias-primas. (E menos no volume e os chinocas já andam a comprar novamente, para refazer inventários.) Mas no caso japonês, mesmo tendo em conta o ano aterrador que eles sofreram (terramoto, tsunami e radioactividade e ainda os fornecedores na Tailàndia que devido ás cheias, não forneceram os japoneses, a queda nas exportações é o suficiente para sofrerem défices comerciais inéditos, desde há muitos anos.
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    A questão que se coloca é: quem anda a roubar as quotas de mercado a estes países? Segundo parece, as movimentações de contentores para a Europa, de produtos, estão em queda, tanto na Ásia como nos USA. O inverso parece não estar a acontecer. o que sugere que os europeus estão a ganhar quotas de mercado.
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    Quando os americanos iniciaram a guerra económica contra a Europa (em especial contra a Alemanha) e contra a China, usaram sobretudo a impressão de dólares (para desvalorizar o dólar) e tentar elevar a inflação do resto do mundo. A ideia deles era aumentar bastante as exportações à custa do resto do mundo. (O Obama tinha como objectivo duplicar as exportações em apenas 5 anos, com uma taxa de crescimento média anual de 15%). E até certo ponto conseguiram. Mas esqueceram-se das velhinhas lições económicas de uma geração reformada. Quando os detentores da moeda de reserva do mundo inflacionam o resto do mundo para exportar, geram um movimento oposto, pelas políticas de combate à inflação desses mesmos países. Agora não foi diferente. Os chineses não valorizaram a sua moeda como os americanos queriam e aplicaram medidas draconianas para esmagar a inflação e derrubar a especulação imobiliária. A Europa, sob o euro, só tinha dois caminhos: ou imprimir como os americanos (e perderem a vantagem de serem uma moeda substituta ao dólar; ou aplicar medidas de austeridade. (Mais as taxas de juro para deitarem abaixo a inflação.)
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    Nesta guerra americana contra a Europa e contra a China, os maiores perdedores foram eles próprios (que estão a perder quotas de mercados, sobretudo em bens manufacturados) e os países europeus estouvados. Como Portugal. No entanto, como a Europa encetou medidas de austeridade, no curto prazo sofre, mas está a ganhar quotas de mercado no resto do mundo. Incluindo em casa. À custa sobretudo de quem está dollarizado. Como muitos países asiáticos, baseados num dólar barato e produtos de elevada volatilidade, como material electrónico.
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    Nesta altura, tudo o indica, os países europeus, que sofreram vários choques e o maior provocado pela guerra do dólar contra o euro, deverão a estar a ganhar quotas de mercado imensas. Os dados dispersos sugerem que até países como a Itália, estão a vender muito mais em África, à custa dos seus principais competidores. Quem serão estes competidores? Outros países europeus? Ou sobretudo os países atrelados ao dólar? Como a china, India, etc.
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    Se os dados vierem a confirmar esta perspectiva, a Europa (que tem a sua moeda muito valorizada contra o dólar, em termos históricos -a cerca de 20% do seu máximo histórico), está a ganhar de tal forma a guerra aos americanos, que leva também à sua frente, outras regiões e países do mundo. O BCE terá deixado o euro valorizar contra o dólar precisamente para se livrar do monstro inflacionista mesmo que arriscando perder quotas de mercado. Países como Espanha, Itália, Austria e até a frança, foram sujeitas a pressões enormes, pois sofreram um choque nos preços energéticos, uma valorização enorme do euro contra o dólar e abrandamentos nítidos das suas procuras internas.
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    Só que agora tudo está a mudar, apesar do ambiente recessivo. Os países dollarizados (incluindo os próprios USA) estão a sofrer as consequências de uma queda abrupta nas importações europeias e até os preços das mercadorias estão em queda. (Com excepção do pitroil, muito devido ás actividades americanas nos petro-regimes.) Se não houver guerra no Irão, até o preço do pitroil pode colapsar. A China negou as pretensões dos americanos e podem ajudar a evitar o fecho do Estreito de Ormuz, e os próprios indianos parece que dizem amén aos americanos, mas nas suas costas vão tentar aproveitar-se deles e lucarem com o Irão – ver http://www.indianexpress.com/news/india-to-embrace-iran-in-staving-off-us-and-european-sanctions/899142/
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    Ou seja, tudo indica que são os países europeus que estão a ganhar as quotas de mercado, não apenas aos americanos como aos próprios asiáticos. E, se o preço do crude implodir (nos próximos dias, muitos milhões de barris começam a chegar ao mercado, como da Libia, Iraque e até da Arabia Saudita), serão os europeus os que mais ganharão com a sua queda. E os europeus poderão deixar cair ainda mais o euro, esticando a corda contra o dólar, espremendo mais os próprios americanos. E ganhando mais quotas de mercado.
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    Aparentemente, com a crise europeia, parece que os europeus estão em muitos maus lençois. Não será bem assim, pois se correr bem à Europa e em especial a Portugal, teremos uma inflação baixa (o Banco de Portugal prevê taxas de inflação de 1% em 2013, após os efeitos inflacionistas dos aumentos da carga fiscal se dissiparem), as taxas de juro poderão colar-se ás americanas, os custos da energia baixarão (dando mais uma folga ao poder de compra dos europeus), até o euro cairá, asfixiando mais os seus principais concorrentes. E a Europa, desta forma, elimina alguns problemas estruturais, em especial países como Portugal, Espanha, Itália, etc, na questão da sua balança corrente. Só precisa de complementar com austeridade no Estado para corrigir a fundo, desequilíbrios estruturais.
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    E enquanto a Europa faz isso, os países que andavam a crescer à custa dos estímulos europeus na última década terão que apostar na sua procura interna. Como a própria China, USA, UK, e outros países pelo mundo fora. O que dará ainda mais folga aos europeus.
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    A Europa foi e está a ser submetida a importantes constrangimentos externos. E a todos deverá dar a volta e ressurgir no fim da sua crise, como a zona do mundo mais competitiva. Sairá enxuta, com importantes conquistas de quotas de mercado e mais equilibrada. Portugal também. Daqui a uns anos relembraremos estes dias como o do Renascimento Europeu ou como o Milagre Económicos Português.

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  126. certo permalink
    13 Janeiro, 2012 01:00

    Lares da Santa Casa é que é bom, são óptimos, consta, mas para as gentes dos aventais, oh, para os ricos .

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  127. Anonimo permalink
    13 Janeiro, 2012 03:49

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    AC 21.43H pareceu-lhe que:
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    “Vc. sugeriu que eu estava à procura de tacho. faz-me lembrar quando eu era acusado de ser “assessor” do PSD ou lá o que era.”.
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    Não sugeri nada. Nem falei de si. Falei apenas de mi (18.31H)
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    “Qual coisa pública? Lá está as mentalidades. Quem está a fazer o milagre económico são os portugueses, as empresas e em especial os nosso herois. Os empresários e gestores deste país. Felizmente muitos trabalhadores também, mas de resto, não há coisa pública que o valha.”.
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    Certo. Mas para isso é preciso que a tal Coisa Publica realmente não corte nem rebente sistematicamente as pernas aos Empregadores que são quem cria realmente a riqueza, postos de trabalho sustentados e não paga impostos com dinheiro reciclado, ou seja não ganha dos impostos para com esse ganho dos impostos ‘pagarem depois impostos’. Salvaguarda-se que quem paga impostos com dinheiro reciclado cumpre o obrigado por quem inventa ‘engenharias orçamentais, fiscais etc’ copiadas de doutros Países Europeus até bem mais ricos. Piramides de Ponzi …. ou bolhas … como se preferir.
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    No resto que desabafa nas suas 21.43H não estamos muito desalinhados. Porém sem esquecer que os Direitos Civilizacionais conquistados pelos Povos Europeus são irreversíveis e sem futuro de anulados. Como bem sabe, o alemão Bismarck personalizou o inicio e a construção do Modelo Civilizacional que se chama Europa.
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    Se a Europa algum destruir a sua Civilização, farol do Mundo Capitalista, a Europa acaba definitivamente para a Globalização. Morre para o Mundo. Destrói a confiança, a esperança e a amizade dos Cidadãos dos outros Continentes cujo sonho é serem como a Europa. Para isso defendem-na, são entusiastas ferverosos e colaboram massivamente com os Europeus, com a Europa.
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    Ora tudo sugere que a União Europeia se elimina como Europa no Mundo se continuar a originar ou provocar dentro da Europa ambientes e caldeiradas como por exemplo estas e outras:
    .
    -EU threatens Hungary over refusal to implement austerity policies and ‘authoritarian’ new constitution
    · Constitution asserts political control over central bank
    · Rights groups warn of slide towards authoritarianism
    · EU demands austerity measures before new bailout
    · European Commission threatens legal action
    http://www.dailymail.co.uk/news/article-2085317/EU-threatens-Hungary-refusal-implement-austerity-policies-authoritarian-new-constitution.html#ixzz1jIVCzL5U
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    -Children ‘dumped in streets by Greek parents who can’t afford to look after them any more’
    · Youngsters abandoned as parents struggle
    · 4-year-old found clutching note: ‘I can’t afford her’
    · Country also running out of medicine
    · Aspirin stocks low as austerity measures bite
    http://www.dailymail.co.uk/news/article-2085163/Children-dumped-streets-Greek-parents-afford-them.html#ixzz1jIalVjkJ
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    -Mafia is now Italy’s ‘biggest bank’ – and they’re squeezing the life out of small business (quite literally)
    http://www.dailymail.co.uk/news/article-2085209/Mafia-Italys-No-1-bank-profits-100bn-year.html#ixzz1jIXKMl7z
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  128. Nuno permalink
    13 Janeiro, 2012 03:58

    anti-comuna,
    Sugiro que estude um pouco da História de Portugal para entender melhor o que se passou no país em que parece ter nascido e apreciar o que foi o Projecto do Infante.
    Também, será interessante estudar a Obra de Salazar que em três períodos muito difíceis comseguiu aguentar e levantar Portugal até à sua morte, tendo deixado uma nação em franco progresso que Marcelo Caetano aproveitou até acontecer a desgraça sucedida em 25 de Abril de 1974 que trouxe Portugal à miséria em que nos encontramos.
    Faça-me um favor: leia e informe-se com atenção.
    Obrigado.

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  129. JCA permalink
    13 Janeiro, 2012 04:12

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    22.47H:
    “o que paraliza a ecónomia é que não ha dinheiro a circular em Portugal, o que vai ser arrasador para as micro-pequenas e médias empresas… ! “,
    .
    além doutras documentações mais completas que recolheram do Banco Mundial estes sobre o assunto opinam entre outras coisas mais sigilosas donde impublicaveis:
    .
    “Global banking crisis ? TWhat global banking crisis ?
    Thousands of quadrillions of hidden monies revealed to be held in multiple off-ledger black screen accounts. ”
    http://1.bp.blogspot.com/-R71abwE0lrI/TwtEb5I8OqI/AAAAAAAAAqY/ywWBw-SSdnY/s1600/Pandora%2527s%2BSuitcase%2B1.jpg?SSImageQuality=Full
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  130. JCA permalink
    13 Janeiro, 2012 04:24

    .
    E para relaxar um bocado eis os Bagelheads, os pos-piercing dalguns japas:
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    Bagelheads – New Body Modification Trend from Japan
    http://oddstuffmagazine.com/bagelheads-trend-from-japan.html
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    :)))

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  131. JCA permalink
    13 Janeiro, 2012 10:01

    .
    ou surpresas inesperadas sobre tabus:
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    Billions of habitable planets in Milky Way
    http://www.telegraph.co.uk/science/space/9008012/Billions-of-habitable-planets-in-Milky-Way.html
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    ‘If you don’t take a job as a prostitute, we can stop your benefits’
    http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/germany/1482371/If-you-dont-take-a-job-as-a-prostitute-we-can-stop-your-benefits.html
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  132. anti-comuna permalink
    13 Janeiro, 2012 12:21

    “Sugiro que estude um pouco da História de Portugal para entender melhor o que se passou no país em que parece ter nascido e apreciar o que foi o Projecto do Infante.”
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    Ele não teve projecto nenhum, senão apenas comercial. Ele obteve os monopólios comerciais e apostou forte no comércio internacional para quebrar o monopólio dos italianos. Ele (ou a sua casa) queria era ganhar dinheiro. Como não era incompatível com os projectos da Casa Real, foi para a frente com as suas ambições de adquirir riqueza e a Coroa ter mais possessões. Nada teve a ver com maluqueiras religiosas, apesar da procura do Preste João.
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    Foi sempre assim. Quando os tugas chegam à Australia, como não tinham nada que comerciar deixaram-se estar pelas ilhas populadas ao lado.
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    .
    A prova que andamos por lá para ganhar dinheiro, é que só no séc. XIX e XX é que Portugal começa a explorar a sério as possessões africanas e a evangelizar parte daquelas populações. O resto são mitos para glorificar papeis evangelizadores que nunca os tivemos.

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  133. dragão azul permalink
    13 Janeiro, 2012 22:19

    O coro do córror tem um objectivo muito claro. Estancar ou se tal não for possível, deturpar qualquer debate sobre a necessária reforma do nosso estado social e como vertente decisiva desse mesmo estado social, o SNS. A Dra. Ferreira Leite, que quem estou longe de ser fã, diz uma coisa muito pertinente. Se mantivermos este caminho o SNS vai degradar-se irremediavelmente. O lirismo de muitos iluminados, que continuando agarrados a uma constiuição feita há 37 anos, numa época em que Portugal e o mundo era totalmemte diferente do que hoje, defendem o SNS gratuito, é anedótico. Este caso trata-se nitidamente de tentaiva de matar o mensageiro, como se isso mata-se a mensagem. Mas esta é incontornável e aquilo que MFL defende será uma realidade, mais cedo ou mais tarde. E esperemos que assim seja, sob pena de daqui a alguns anos, tanto ricos como pobres só virem a ter saúde, pagando. Sejam hemofílicos ou diabéticos, seropositivos , ou quaisquer outros.

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  134. dragão azul permalink
    13 Janeiro, 2012 22:46

    O coro do córror tem um objectivo muito claro. Estancar ou se tal não for possível, deturpar qualquer debate sobre a necessária reforma do nosso estado social e como vertente decisiva desse mesmo estado social, o SNS. A Dra. Ferreira Leite, que quem estou longe de ser fã, diz uma coisa muito pertinente. Se mantivermos este caminho o SNS vai degradar-se irremediavelmente. O lirismo de muitos iluminados, que continuando agarrados a uma constiuição feita há 37 anos, numa época em que Portugal e o mundo era totalmemte diferente do que hoje, defendem o SNS gratuito, é anedótico. Este caso trata-se nitidamente de tentaiva de matar o mensageiro, como se isso mata-se a mensagem. Mas esta é incontornável e aquilo que MFL defende será uma realidade, mais cedo ou mais tarde. E esperemos que assim seja, sob pena de daqui a alguns anos, tanto ricos como pobres só virem a ter saúde, pagando. Sejam hemofílicos ou diabéticos, seropositivos , ou quaisquer outros.

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  135. Nuno permalink
    14 Janeiro, 2012 02:11

    .
    zazie
    Posted 12 Janeiro, 2012 at 10:33 | Permalink
    .
    Assim estamos de acordo…
    .

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  136. Nuno permalink
    14 Janeiro, 2012 02:20

    .
    anti-comuna
    Posted 13 Janeiro, 2012 at 12:21 | Permalink

    “Sugiro que estude um pouco da História de Portugal para entender melhor o que se passou no país em que parece ter nascido e apreciar o que foi o Projecto do Infante.”

    Posted 13 Janeiro, 2012 at 12:21 | Permalink
    “Sugiro que estude um pouco da História de Portugal para entender melhor o que se passou no país em que parece ter nascido e apreciar o que foi o Projecto do Infante.”
    *****
    Você ainda nem sequer teve tempo de encontrar os livrinhos. Leia, estude, medite e depois apareça.
    tenha calma e boa sorte.

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  137. Ricardo permalink
    14 Janeiro, 2012 10:19

    A ver se entendi :
    A Manuela Ferreira Leite não disse a monstrosidade de que é acusada e está a ser vitima de uma cabala. Mas a Helena disse. É isso, não é?

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