Agricultura “biológica” enquanto indústria critativa
Assunção Cristas vai pedir autorização à Comissão Europeia para que o gado de produção “biológica” possa ser alimentado com rações, por causa da seca. Se alguém quisesse numa frase desconstruir tanto a política agrícola como a agricultura dita biológica não teria conseguido fazer melhor. A agricultura “biológica” existe para que as pessoas possam comer produtos mais saudáveis. Para isso existem regras, decretadas politicamente, que este modo de produção deve seguir. Mas tudo indica que estas regras são irrelevantes para o produto final, caso contrário não se colocaria a hipótese de as violar e continuar a chamar “biológico” ao produto. A agricultura “biológica” é portanto uma indústria criativa em que o que se vende é um conceito ilusório mantido por decreto político.
Passará a haver, nada me surpreende, uma agricultura “biológica” e uma agricultura “tipo biológica”, tal qual se passa com o queijo da serra.
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O DESPEDIMENTO COLETIVO DO QASINO ESTORIL COM LUCROS E DESPEDE SELVATICAMENTE COM AJUDA DE ESTADO.
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É aliás o que se está a passar com a “democracia” na Europa. A “democracia” do voto e a “democracia” da Comissão Europeia, a legítima e verdadeira.
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E o doublespeak atingiu também o CDS…
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Senhor Miranda:
Se o biológico não presta e o que é produzido artificialmente à base de quantidades industriais de fertilizantes e de pesticidas é que é bom, é só escolher, caro senhor.
Cada um come o que quiser.
Que lhe faça bom proveito.
Os consumidores do biológico é que pagam o sobrecusto, o que tem o senhor a ver com isso?
Ou terão os produtores biológicos mais subsídios do que os outros?
Não me parece, antes pelo contrário.
P. S. Quer fazer uma experiência? Vá ao supermercado biológico Miosótis, junto ao Quartel-General (perto da Gulbenkian, Lisboa) e compre uma galinha pintada biológica (ou uma perna de borrego). Depois vá a um supermercado normal e compre um frango de aviário, daqueles de 2,5€/Kg ou borrego de 6 ou 7€/Kg.
Cozinhe os dois da mesma maneira e veja as diferenças.
A prova dos 9 ainda continua a ser uma grande maneira de provar o óbvio.
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Ó senhor Fontes, quer-me parecer que não percebeu o post.
E se quer fazer a experiência vá ao tal supermercado biológico e compre as mesmas coisas, mas depois compare-as com a galinha ou o borrego criados normalmente numa quinta não biológica.
Para além dos produtos biológicos há produções de qualidade, algumas bem melhores que as biológicas. A produção em série em aviários ou afins não é a única alternativa à sua religião.
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Só demonstra um espiritozinho trafulha, de querer vender gato por lebre.
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pois, JM, isso só demonstra a ignorância da tal ministra… depois da fé inenbranlável e orações fervorosas, no caso da falta de chuva, vem agora tentar resolver uma das consequências da seca, com uma aldrabiçe… pois, as suas orações não chegaram para que a chuva voltasse!…
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só gostava de saber, nesta altura do campeonato: seca severa 1, fé e orações da ministra 0, o que está o governo a prever para combater os incêndios do próximo verão… devem andar a pedir algumas missas em troca de financiamento de obras caritativas da Igreja!…>/b>
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Falta de visão é o que é: http://lishbuna.blogspot.com/2012/03/eis-uma-ideia-carregada-de-potencial.html
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Tudo por um punhado de dinheiro, as leis, as regras, os conceitos, os principios, os valores, tudo se altera por um punhado de dinheiro.
sempre o futuro imediato e nunca uma visão maior.
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fui alimentado com produtos de agricultura biológica.
Miranda vives noutra galáxia
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Tudo o que o João Miranda diz no post está certíssimo, excepto a conclusão final. A agricultura biológica (assim como a integrada) oferece um conjunto de técnias que são, de facto, alternativas. A solução da ministra é que parece não entender isso, na medida em que opta pela solução mais fácil (como sempre fazem os nossos governantes) para responder ao agravamento das condições de produção. Isto é o resultado de pouco ou nada estar convenientemente pensado e organizado e de se limitarem a ter atitudes reativas.
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Calma. Existe uma confusão nestes comentários.
O que a ministra pediu a Bruxelas (mas que infelizmente não explicou (bem) internamente) foi a autorização para alimentar os animais de uma exploração de agricultura biológica recorrendo a rações para não os deixar morrer à fome.
Obviamente que tais animais serão depois vendidos no mercado normal (não biológico), na medida em que os respetivos selos ficam imediatamente identificados na base central de controlo.
O que se pretende de Bruxelas é que as referidas explorações pecuárias não percam a certificação por tais atos transitórios e excecionais. Reitera-se: para evitar que os animais morram à fome..
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Ou seja, pede-se a Bruxelas autorização para manter a certificação de uma coisa que não seria: agricultura biológica.
Por culpa da seca.
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Não é bem assim, Piscoiso. Se as coisas são como o Leonel as contou, o que se pediu foi para não se tirarem as certificações às explorações. O problema é que a ministra não disse isso. Mas, se o fez, parece-me bem.
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Ou então queriam manter a certificação de uma coisa que já não faziam.
Por causa da seca.
Que voltavam a fazer quando chovesse.
Talvez Bruxelas tenha uma certificação só para quando chove.
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Portando, se percebo, o sistema actual é que as explorações são cerificadas como “biológicas” e que os seus produtos são automaticamente certificados como “biológicos”; e o que se pede é que, continuando as explorações a ser certificadas como “biológicas”, possam transitoriamente produduzir e vender produtos “não-biológicos” (e que não serão certificados como “biológicos”).
É mesmo isso? Se é, não vejo problema nenhum.
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quando o estado se mete a regular uma cena é sempre assim : um” selo” , a por uma entidade muita imp. cheia de doutores da mula russa desempregados até à altura , que custa tanto e mais um , e prontos , lá se vai o sentido original e querido da coisa.
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E já agora, produtores certtificados de produtos “não-biológicos”, poderem transitoriamente vender produtos biológicos e cachimbos.
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fui alimentado com produtos de agricultura biológica…
muito alimentado por sabugo de papoila!
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O que parece que está em causa não é a forma da afirmação que a Ministra fez, mas sim o seu significado.
Esse sim não é tipicamente português, mas está a ser imposto sem contemplações pelo actual executivo e, quer dizer no essencial:
– Mudar as regras do jogo a meio do jogo.
Com efeito atente-se nas seguintes situações, meramente exemplificativas, entre muitas outras:
1- Os pensionistas tinham contratado com o Estado um modelo de retribuição quando iniciaram os seus descontos. A meio do “jogo”, com a desculpa da crise, alteraram-se as regras.
2- Os funcionários da Administração Pública contratualizaram um modelo com determinadas regras com o seu empregador. A meio do “jogo”, com a desculpa da crise, alteraram-se as regras.
3- Os portugueses assumiram de há muito que os dias feriados eram sagrados, definidos e justificados pelas efemérides civis ou religiosas que celebravam. A meio do “jogo” , com a desculpa da crise, alteraram-se ( ou pretende alterar-se) as regras.
4- Não é, portanto, de espantar que se proponha que sejam certificados produtos como biológicos, que não cumpram as regras as dessa mesma certificação. A meio do “jogo” , com a desculpa da crise, alterar-se-iam as regras.
É bom este conceito porque, quando convém, é positivo. Quando não convém, caso da polémica relativa aos utentes do Hospital ” dito de Loures”, não se podem alterar as regras, não se podem alterar as contratualizações.
Atentamente
Rui Carlos
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Como diria o Ferro, estou-me cagando para agricultura biológica, pois esta muitas vezes é regada com excrementos humanos!
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Os comentadores deste post, percebem tanto de agricultura como eu de fisica nuclear.
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