Podíamos trocar umas ideias sobre os referendos na Suíça
12 Março, 2012
Volta e meia os suíços fazem referendos coisa que deixa os seus vizinhos à beira de um ataque de nervos. Em geral produzem-se notícias e mais notícias sobre os referendos na Suíça. Em 2009 o referendo sobre a construção de minaretes criou mesmo uma vaga de consternação que em Portugal tocou o paroxismo. Curiosamente os suíços fizeram em 2012 um novo referendo. Que passou quase incógnito: Em referendo, suíços rejeitam férias de 6 semanas
Aí está um bom exemplo do que se consegue quando se envolve a população nas decisões. Por cá, pelo contrário, desperdiçam-se boas ideias (veremos o que vai acontecer com a mobilidade na fp), devido a atitudes arrogantes e prepotentes.
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para quando um referendo suiço sobre “o que fazer com o ouro que os judeus mortos nos campos alemães deixaram nos nossos cofres?”
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Hum,
Aquí a surpresa foi (nao tanto que a HM ficara parcialmente interessada) pelas-coisitas- e-leicitas desse pequeno mundo fora deste ámbito qual é o dos PORKITOS para o adentrarse no mundo calvinista como que a jornalista desta vez foi ( e nao tivo reparo nemhum nem escrupulo) para ir a consulta de uma fonte que-era- uma -Agencia -estatal…
“Por ampla maioria (87% a favor), os eleitores suíços também aprovaram uma emenda à Constituição para determinar que todos os lucros de loterias e atividades que envolvam apostas sejam destinados a esportes, cultura, meio ambiente e projetos sociais que beneficiem o público.
Vários dos referendos realizados neste domingo dizem respeito a questões locais. Em Genebra, sede de vários órgãos da ONU, os eleitores aprovaram restrições mais duras à realização de manifestações, que incluem uma multa de até 100 mil francos suíços para os participantes de protestos que não tiverem obtido permissão prévia da polícia.
Em Zurique, os eleitores aprovaram uma resolução que determina a remoção das casas de prostituição dos bairros residenciais e a construção de uma área própria para essa atividade, que na Suíça é legalizada e regulamentada. As informações são da Associated Press.
Fonte: Agência Estado
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Lê-se no mesmo local:
“Em Zurique, os eleitores aprovaram uma resolução que determina a remoção das casas de prostituição dos bairros residenciais e a construção de uma área própria para essa atividade, que na Suíça é legalizada e regulamentada. ”
Valha-nos Santa Bibiana.
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As questão da limitação das férias anuais são apenas um aperitivo no que diz respeito à consciencialização de um País, onde o trabalho é valorizado e, portanto, bem remunerado.
Muitas outras questões foram referendadas na Suiça no último fim-de-semana mas, em Portugal, ao salientarmos esta, mostra como sofremos de um “complexo de culpa” (habilmente cultivado e distorcido) que nos leva a aceitar “esbugalhar” o Estado Social, de qualquer maneira, fazendo passar a ideia que, de há uns anos a esta parte, temos sido perdulários nesse terreno. A rejeição do conceito de evolução social, como motor do bem-estar e do progresso (economico, iclusive) , é dramática (para não lhe chamar “masoquista”). Na verdade, a evolução referendária helvética mostra-nos que é mais sensato adaptar à realidade do que destruir baseado-se em concepções do tipo “menos Estado, melhor Estado”, como não fossem os cidadãos que “moldassem” o Estado.
De salientar, entre outras, o problema do custo das habitações que é inflaccionado pela profusão de “villas” onde se acoitam muitos foragidos (fiscais, políticos (ditadores), p. exº.). As limitações que o referendo impõe levará à construção de habitações modestas na montanha e à beira do lago Léman acessíveis à população residente. A que efectivamente trabalha lá. Como podemos ver uma política completamente oposta a que foi praticada no Algarve.
Por outro lado, o referendo referente a Zurique – colocação dos prostíbulos em ghetos – levanta-me sérias dúvidas acerca do seu carácter discriminatório. Fez-me lembrar as gafarias. Enfim…
Na verdade a democracia directa tem aspectos aliciantes. Todavia, a sua eficácia enquanto sistema depende em grande parte da educação cívica de um povo. Porque é uma forma de escrutínio muito exposta arremedos demagógicos.
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“Todavia, a sua eficácia (da democracia directa) enquanto sistema depende em grande parte da educação cívica de um povo. Porque é uma forma de escrutínio muito exposta arremedos demagógicos”.
E a outra?
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Também!
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O modelo suiço devia ser o utilizado pela União Europeia.
Não se trataria de um utópico modelo federal, raramente referendado pelos povos europeus e sempre contrário às opiniões públicas dos diversos Estados. Tratar-se-ia, antes, de um processo confederal (Confederação Helvética é a designação oficial da Suiça) onde tudo é discutido e votado até ao mais pequeno pormenor por parte dos cidadãos.
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Há uns anos, num Centro Comercial do centro de Genève, deparei com vários exemplares de um cartaz com o seguinte apelo aos funcionários: «Assina o baixo-assinado a favor do aumento do horário de trabalho».
O mais curioso é que era assinado pela… Comissão de Trabalhadores!
Claro que se pretendia que a esse aumento de horas de trabalho correspondesse um aumento de ordenado. Mas, mesmo assim, dava que pensar…
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Quando é que Portugal faz um referendo para saber se querem ter um Governo que governe bem e a favor do povo?
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Só a falta de estruturas e meios impedem o nosso modo de agir como os suiços.
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Pois é! A Suiça é um país em que a democracia não é palavra vã. Os suiços levam a coisa a sério, não ‘brincam’, como por aqui, à chafurdice política. Nós odiamos os referendos, os suíços, preferem a democracia directa. Eles são realistas, disseram “não” às seis semanas de férias que, está claro, iriam custar balúrdios ao erário público (a eles mesmos, portanto); nós, por cá, queremos é férias, passar o tempo na praia ou na esplanada a mamar cervejas, numa irresponsabilidade total, sem fazer a ponta d’um corno, a gastar à fartazana à conta do orçamento e depois, claro, o último que apague a luz. E foi assim que, pela mão desse aldrabão e inimputável Sócrates e o seu bando de mão, se chegou à bancarrota. À infame miséria em que esses gajos nos deixaram…
Como o grande Marquês de Pombal tinha carradas de razão ao dizer ao embaizador inglês, que o acusava de brutalidade: “Neste país, as coisas ou se fazem a chicote ou ficam por fazer.”
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E se trocasse-mos umas ideias sobre um referendo: as portagens na ponte 25abril, o papel da PPP Lusoponte e a sua criação no âmbito das governações laranjinhas ?
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Quer-se dizer, continuam com 4 semanas de férias pagas, é isso?
Cambada de calões!
Se não for discutido até Outubro, há outro referendo sobre o aumento do salário mínimo para 4.000 CHF (3.300€)… a *Federação Patronal* já disse que para certos cantões isso é *pouco*.
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O hoje convenientemente esquecido António José Saraiva achava que os problemas do “torrãozinho de açúcar” terminariam no dia em que isto fosse habitado por suíços…
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falta entender quais as razões para o “não”; será que, como muitos dos trabalhadores são imigrantes, os suiços entenderam que não deviam aumentar as férias dos imigrantes? Ou isso implica outras consequências, com o aumento das férias escolares e os pais ficaram aflitos com a ideia?
Também é preciso entender o seguinte: imagino que na Suiça os lucros nas empresas não vão para offshores através da Holanda; ou seja, na Suiça, as pessoas beneficiam com o sucesso das suas empresas. Portanto, aumentar o tempo de férias pode ser diminuir os ganhos. Aqui não.
Ou seja, na Suiça as pessoas estão no papel de sócios e aqui no de escravos. Faz toda a diferença, não é?
Também fiquei a saber que 6 semanas de férias é o standard na Alemanha e na Itália… por cá, as pessoas poucas férias têm – ou andam em contratos de 6 meses ou aproveitam as férias para biscates… Quem diz que os portugueses não trabalham devem ser aqueles poucos que nada fazem e pensam que são todos como eles
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Consequências desta Crise em que os ricos ficam cada vez mais ricos, e os idiotas cada vez mais idiotas.
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