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Não ganhamos nada com um clima de guerra civil

7 Setembro, 2012
by

Hoje, no Público, defendi que há qualquer coisa de doentio e de fanático em muitos dos mais recentes debates políticos


O homem não é apenas um animal racional. Há sempre emoções por detrás das razões. Foi David Hume, um dos filósofos do iluminismo escocês, que notou que a razão está destinada a ser “escrava das paixões”, um argumento que provocou a ira de gerações de racionalistas mas a que a biologia e a psicologia evolutiva vieram dar toda a razão. Hoje sabemos, por exemplo, que o nosso cérebro forma primeiro uma opinião e só depois procura argumentos para a sustentar (é possível percebê-lo seguindo o padrão de activação das várias regiões que compõem o nosso cérebro). Num livro recente, The Righteous Mind, o psicólogo social Jonathan Haidt defende mesmo que a evolução da nossa espécie não nos preparou para ouvirmos argumentos contrários, antes para justificarmos, custe o que custar, as nossas intuições.

Haidt é americano e o seu ponto de partida foi o estado de boa parte do debate público nos Estados Unidos onde, há uns anos a esta parte, parece que ninguém ouve ninguém, estando cada um dos campos fechado sobre si e tendo inclusive dificuldade em compreender por que é que o outro campo é incapaz de escutar os argumentos da razão. É cada vez mais frequente encontrarmos situações em que não é sequer imaginável que um democrata se dê com um republicano, ou um republicano com um democrata. A franqueza e a abertura que sempre marcaram o debate público no país tão elogiado por Tocqueville têm vindo a ser substituídas por uma guerra de trincheiras onde termos como conservative (direita) ou liberal (esquerda) se tornaram insultos para quem está do lado contrário da barricada.

Em Portugal, onde a recordação dos excessos do período revolucionário se juntou a uma tradição de consenso que chega a ser claustrofóbica para moderar o tom da discussão política nas últimas décadas, tem-se assistido nos últimos tempos a uma escalada no tom dos debates que, nalguns casos, lembram a vozearia pré-guerra civil. Uma das características desta evolução é o recurso crescente à sistemática desqualificação dos adversários. Não se tratam os argumentos, não se escutam sequer os raciocínios, ataca-se furiosamente o adversário, procura-se desqualificá-lo moral e pessoalmente antes de analisar as suas ideias.

Vários factores têm contribuído para esta evolução. O primeiro de todos é o fim do período de raro consenso político no mundo ocidental que se seguiu à queda do Muro de Berlim. De 1989 a 2008 viveu-se uma espécie de “fim da história”, no sentido em que só franjas muitos marginais das sociedades questionavam o modelo económico do capitalismo liberal. A história não tinha acabado, mas o seu pulsar estava abafado pelo dinamismo de economias que pareciam crescer eternamente. A crise de 2008 não mostrou apenas os limites do crescimento, também despertou os fantasmas dos ressentimentos que sempre existiram contra as sociedades demo-liberais. 2008 foi como que uma espécie de espelho revertido de 1989: mesmo os mais distantes filhos do marxismo começaram a falar de novo em “superar o capitalismo” e até os que nunca leram Lenine voltaram a sair à rua a dizer que não há verdadeira democracia, ressuscitando os argumentos de antanho contra a “democracia burguesa”. Se durante duas décadas discutimos mais ou menos em família como melhorar as nossas sociedades, agora há sinais de divisão em tribos antagónicas.

A crise de 2008 criou, ao mesmo tempo, outra tensão: deixou de ser possível, nas sociedades afluentes do Ocidente, deixar que as coisas continuassem mais ou menos como estavam, resistindo apenas à passagem da tempestade. Confrontados com a mudança inevitável, agravaram-se as divergências, pois passou a ser necessário escolher entre caminhos alternativos. Até 2008 foi possível acreditar que podíamos ter um capitalismo pujante e Estados sociais cada vez maiores e mais caros: acreditou-se que o crescimento pagava tudo. Depois de 2008 estamos confrontados com a necessidade de fazer escolhas.

Em Portugal acrescentou-se a estes factores um longo período de crispação política deliberada, criada pela forma como José Sócrates governava, debatia e tratava todas as oposições, e, depois disso, a formação de duas maiorias de direita, uma na Presidência, outra no Governo, uma coincidência nunca antes ocorrida que desafia o statu quo cultural dominante – e o mito urbano da “maioria sociológica de esquerda”. Se foi possível fazer diminuir, no terreno estritamente partidário, o grau de crispação antes existente, a verdade é que a saída do PS do poder parece ter aberto as comportas para um tipo de retórica que se julgava desaparecida. Basta percorrer as colunas de opinião ou frequentar a blogosfera para verificar como as acusações de venalidade, por exemplo, se tornaram comuns e irrestritas.

A forma quase tribal – ou mesmo abertamente tribal – que assumem muitas discussões no espaço público é bem ilustrada por duas controvérsias de Agosto.

A primeira foi motivada pelos ataques de Manuel Loff a Rui Ramos. Não estamos perante uma controvérsia entre historiadores, louváveis e importantes. O que caracteriza o texto de Loff não é qualquer tentativa de discutir as interpretações de Ramos, é antes um exercício, feito de frases cirurgicamente descontextualizadas, para concluir que, para o autor da História de Portugal, “o salazarismo voltaria a ser um regime para o nosso tempo” (se acusar alguém de ser salazarista não é insultuoso, então não sei o que é insultuoso). É assim que ele conclui o segundo dos seus textos, o mais significativo. Tratou-se de um exercício político típico de quem divide o mundo entre comunistas e fascistas, um exercício de mistificação que, reconheça-se, teve um sucesso parcial. Houve até quem, sendo professor universitário, tivesse vindo aplaudi-lo apesar de confessar não ter lido a História de Rui Ramos. O importante não era isso: Loff seria “um dos nossos”, Ramos estaria com o “inimigo”. Sendo assim, para quê conhecer o que Ramos realmente escreveu? O que conta é atacá-lo…

Outro exemplo de uma rápida distorção dos argumentos e da invocação de argumentos extremados é a que decorre em torno dos planos do Ministério da Educação para o ensino profissional no básico. Quando devíamos procurar perceber as razões dos níveis de abandono escolar demasiado elevados e de a escola conduzir a demasiadas vias profissionais sem saída, uma imensa patrulha de polícias da ortodoxia saltou a terreno a tentar barrar qualquer discussão, sob a invocação de imaginados regressos ao salazarismo. O caminho não é, pois, muito diferente: ao apodarem-se os adversários de crimes salazarentos, procura-se uma espécie de solidariedade antifascista que, mesmo sem fazer qualquer sentido hoje, condiciona a divisão entre o campo dos “amigos” e o campo dos “inimigos”. E condena estes últimos à abjecção, fazendo com que nem se escute a sua argumentação.

Enganam-se os que pensam que estas duas discussões são menores. Elas coincidem e reforçam a tentativa de refazer o espaço da esquerda não de acordo com os pergaminhos democráticos e reformistas do Partido Socialista, mas antes no molde jacobino e absolutista da esquerda radical. Um PS na oposição tende a ser mais sensível aos cantos de sereia do radicalismo e do discurso utópico, pelo que este envolvimento discursivo é também perigoso para os que, na oposição com ambições de ser governo, mantêm os pés na terra.

O campo que resulta destes confrontos é um campo de ruínas. Já lá distinguimos os restos de algumas amizades antigas, estragadas por divergências menores. Um dia talvez encontremos os restos dos consensos políticos de que necessitamos, estragados não por cálculos partidários sempre reversíveis, mas por se terem erguido barreiras de intolerância alimentadas por uma acrimónia irrestrita.

 

37 comentários leave one →
  1. trill permalink
    7 Setembro, 2012 20:57

    pois não. mas acontece que as pessoas vêm os “ordenados de futebolista” na RtP (chapeau ao autor da expressão), vêm as fundações bem fundeadas, nos IP’s nem pensar ninguém toca que são lugares da boyzada (não falo de IP’s utéis como o IPO, evidentemente), nas ppp toca-se mas pianinho, nas EP’s não se toca nada porque são lugares onde a boyzada pode ganhar mais do que como assessores dos ministros, e sendo assim o clima de guerra civil tenderá a aumentar.

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  2. 7 Setembro, 2012 20:58

    Pura verdade. Debates assim http://lishbuna.blogspot.pt/2012/09/blog-post_6759.html ordeiros, pacatos, educativos, é que fazem falta.

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  3. trill permalink
    7 Setembro, 2012 20:58

    quanto à proposta do Freitas (e do Cadilhe) nem pensar que são socialistas…

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  4. trill permalink
    7 Setembro, 2012 21:02

    quanto ao ensino profissionalizante eu acho bem (na Alemanha aprendem-se profissões manuais antes das pessoas ingressarem nas universidades e na Noruega desde sempre os alunos trabalham nas férias e limpam as suas escolas) mas não creio que seja isso que vai ser feito.

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  5. piscoiso permalink
    7 Setembro, 2012 21:05

    Clima de quê?
    Lá calor, está.
    Guerra civil?
    Não dei por nada.

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  6. Sebastien De Vries permalink
    7 Setembro, 2012 21:09

    Quando pouco se sabe, usam-se ADJETIVOS ou ARGUMENTOS ad personam.

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  7. Portela Menos 1 permalink
    7 Setembro, 2012 21:11

    Barreto, Mónica, JMF … parecem poucos mas já são um grupo.

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  8. 7 Setembro, 2012 21:26

    Terminado o jogo de futebol (mais a “revianga” de PPCoelho), quase tenho a certeza que uma quantidade considerável do povinho-NADA pensará : ganhámos !

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  9. Cáustico permalink
    7 Setembro, 2012 21:29

    JMF quer apenas uns tímidos arrufos e uns ais enfadados.
    Assim, uma espécie de oposição charrada, refastelada no sofá da sala.
    Mas o Coelho acabou de ligar o lança chamas…

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  10. Sísifo permalink
    7 Setembro, 2012 21:36

    Este acordou agora.

    Ó barbas, trata-te, pá!

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  11. piscoiso permalink
    7 Setembro, 2012 21:41

    Fiquei bastante preocupado com o horário escolhido por Coelho para falar à nação.
    Os jogadores da seleção certamente terão assistido no balneário à comunicação do PM.
    Resultado, entraram em campo e sofreram logo um golo.
    Ronaldo, que é madeirense e vive em Madrid, nem ligou ao que o PM disse e lá empatou o jogo antes do intervalo.
    Ao intervalo, Paulo Bento lá moralizou os jogadores, para não levarem a peito o que o PM disse, pois ainda se vai embora antes do mundial no Brasil.
    O emigrante Postiga fez 2-1 e Portugal ganhou.
    Passos Coelho tirou do frigorífico a garrafa de Amarguinha que lhe ofereceram no Algarve e bebeu um cálice.

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  12. 7 Setembro, 2012 21:43

    Infelizmente, “isto” tende a passar da “escalada verbal” para a estalada facial.
    Insultos públicos a governantes (emitidos por televisões) já houve uns quantos…
    (Quando, também infelizmente, não houver comer em muitos lares, o melhor sserá os ministros fazerem como o MRelvas post “equivalências” : desaparecerem durante 1 mês. E reforçarem a segurança pessoal).

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  13. Portela Menos 1 permalink
    7 Setembro, 2012 21:50

    6.07.2012 – 07:49
    .
    “O nível de impostos já atingiu o seu limite”, constata Paulo Portas na carta aos militantes do CDS comemorativa do 38.º aniversário do partido formalmente celebrado no passado fim-de-semana nos Açores. Na missiva, o presidente do CDS/PP assinala que está no Governo por patriotismo e destaca a estabilidade política que, refere, “em Portugal passa muito pelo CDS”.
    .
    eu bem aviso a minha vizinha que ir à missa todos os dias não faz dela uma santa…

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  14. trill permalink
    7 Setembro, 2012 21:59

    “cálculos partidários”

    não seriam estes cálculos, sempre mto bem calculados, que atiraram o lugar para a falência e o grosso das pessoas para a miséria?

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  15. Portela Menos 1 permalink
    7 Setembro, 2012 22:01

    Toni reage às medidas de PPcoelho:

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  16. trill permalink
    7 Setembro, 2012 22:04

    “A primeira foi motivada pelos ataques de Manuel Loff a Rui Ramos. ”

    não estará a confundir uma discussão no blasfémias e arredores (Públicos, etc) com o país? Acha que o “país real” acompanhou (nem questiono se participou) essa discussão? Acha que isso tem qualquer relevância para as pessoas do “país real”? Acha que a própria nacionalidade e concomitantemente a história dessa nacionalidade, ainda tem qualquer relevância “real” para o “país real”?

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  17. 7 Setembro, 2012 22:06

    jmf1957: «É cada vez mais frequente encontrarmos situações em que não é sequer imaginável que um democrata se dê com um republicano, ou um republicano com um democrata. A franqueza e a abertura que sempre marcaram o debate público no país tão elogiado por Tocqueville têm vindo a ser substituídas por uma guerra de trincheiras onde termos como conservative (direita) ou liberal (esquerda) se tornaram insultos para quem está do lado contrário da barricada.»

    The Establishment’s Two-Party Scam

    Establishment – é um termo usado para referir genericamente a tradicional elite dominante ou elite do poder e as estruturas da sociedade que ela controla.

    Texto de Chris Gupta

    Esta fraude consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta contra a elite dominante.

    Dr. Stan Monteith: “De há muito, o principal problema da vida política americana tem sido tornar os dois partidos congressionais (o partido Republicano e o partido Democrata) mais nacionais. O argumento de que os dois partidos deviam representar políticas e ideias opostas, uma, talvez, de Direita e a outra de Esquerda, é uma ideia ridícula aceite apenas por teóricos e pensadores académicos. Pelo contrário, os dois partidos devem ser quase idênticos, de forma a convencer o povo americano de que nas eleições pode “correr com os canalhas”, sem na realidade conduzir a qualquer mudança profunda ou abrangente na política.”

    ***********************************************

    É sobejamente reconhecido que as corporações internacionais contribuem com largas somas de dinheiro para ambos os partidos políticos, mas será possível que ambos os partidos sejam controlados essencialmente pelas mesmas pessoas? Teria George Wallace razão quando afirmou:

    “… não existe diferença nenhuma entre Republicanos e Democratas.”

    “… A verdade é que a população raramente é envolvida na selecção dos candidatos presidenciais; normalmente os candidatos são escolhidos por aqueles que secretamente mandam na nossa nação. Assim, de quatro em quatro anos o povo vai às urnas e vota num dos candidatos presidenciais seleccionados pelos nossos ‘governantes não eleitos.’ Este conceito é estranho àqueles que acreditam no sistema americano de dois-partidos, mas é exactamente assim que o nosso sistema político realmente funciona.”

    ***********************************************

    O Professor Arthur Selwyn Miller foi um académico da Fundação Rockefeller. No seu livro «The Secret Constitution and the Need for Constitutional Change» [A Constituição Secreta e a Necessidade de uma Mudança Constitucional], escreveu:

    “… aqueles que de facto governam, recebem as suas indicações e ordens, não do eleitorado como um organismo, mas de um pequeno grupo de homens. Este grupo é chamado «Establishment». Este grupo existe, embora a sua existência seja firmemente negada; este é um dos segredos da ordem social americana. Um segundo segredo é o facto da existência do Establishment – a elite dominante – não dever ser motivo de debate. Um terceiro segredo está implícito no que já foi dito – que só existe um único partido político nos Estados Unidos, a que foi chamado o “Partido da Propriedade.” Os Republicanos e os Democratas são de facto dois ramos do mesmo partido (secreto).”

    O Professor Miller usou nesta frase “(secreto)” porque sabia que ao povo Americano nunca será permitido tomar conhecimento que na realidade só existe um partido político nos Estados Unidos.

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  18. trill permalink
    7 Setembro, 2012 22:06

    finalmente, acha que daqui a cem anos alguém se vai preocupar com a história do ainda Portugal e seus revisores?

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  19. Hector permalink
    7 Setembro, 2012 22:06

    Admito que JMF tem razao quanto a necessidade de evitar o insulto pessoal, a calunia, a catalogacao desvalorizante…Mas se JMF o diz sinceramente, porque so aponta o dedo a um dos lados na polemica? MFM nao usou e abusou desses mesmos expedients na sua intervencao? E os apelos velados a nao publicar os artigos dos antagonistas que o proprio JMF e outros dos simpatizantes de RR fizeram sao compativeis com a nocao de um debate civilizado? Ou o debate so devera fazer-se entre os que pensam do mesmo modo?

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  20. 7 Setembro, 2012 22:09

    jmf1957: «É cada vez mais frequente encontrarmos situações em que não é sequer imaginável que um democrata se dê com um republicano, ou um republicano com um democrata. A franqueza e a abertura que sempre marcaram o debate público no país tão elogiado por Tocqueville têm vindo a ser substituídas por uma guerra de trincheiras onde termos como conservative (direita) ou liberal (esquerda) se tornaram insultos para quem está do lado contrário da barricada.»
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    The Establishment’s Two-Party Scam
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    Establishment – é um termo usado para referir genericamente a tradicional elite dominante ou elite do poder e as estruturas da sociedade que ela controla.
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    Texto de Chris Gupta:
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    Esta fraude consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta contra a elite dominante.
    .
    Dr. Stan Monteith: “De há muito, o principal problema da vida política americana tem sido tornar os dois partidos congressionais (o partido Republicano e o partido Democrata) mais nacionais. O argumento de que os dois partidos deviam representar políticas e ideias opostas, uma, talvez, de Direita e a outra de Esquerda, é uma ideia ridícula aceite apenas por teóricos e pensadores académicos. Pelo contrário, os dois partidos devem ser quase idênticos, de forma a convencer o povo americano de que nas eleições pode “correr com os canalhas”, sem na realidade conduzir a qualquer mudança profunda ou abrangente na política.”
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    É sobejamente reconhecido que as corporações internacionais contribuem com largas somas de dinheiro para ambos os partidos políticos, mas será possível que ambos os partidos sejam controlados essencialmente pelas mesmas pessoas? Teria George Wallace razão quando afirmou:
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    “… não existe diferença nenhuma entre Republicanos e Democratas.”
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    “… A verdade é que a população raramente é envolvida na selecção dos candidatos presidenciais; normalmente os candidatos são escolhidos por aqueles que secretamente mandam na nossa nação. Assim, de quatro em quatro anos o povo vai às urnas e vota num dos candidatos presidenciais seleccionados pelos nossos ‘governantes não eleitos.’ Este conceito é estranho àqueles que acreditam no sistema americano de dois-partidos, mas é exactamente assim que o nosso sistema político realmente funciona.”
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    O Professor Arthur Selwyn Miller foi um académico da Fundação Rockefeller. No seu livro «The Secret Constitution and the Need for Constitutional Change» [A Constituição Secreta e a Necessidade de uma Mudança Constitucional], escreveu:
    .
    “… aqueles que de facto governam, recebem as suas indicações e ordens, não do eleitorado como um organismo, mas de um pequeno grupo de homens. Este grupo é chamado «Establishment». Este grupo existe, embora a sua existência seja firmemente negada; este é um dos segredos da ordem social americana. Um segundo segredo é o facto da existência do Establishment – a elite dominante – não dever ser motivo de debate. Um terceiro segredo está implícito no que já foi dito – que só existe um único partido político nos Estados Unidos, a que foi chamado o “Partido da Propriedade.” Os Republicanos e os Democratas são de facto dois ramos do mesmo partido (secreto).”
    .
    O Professor Miller usou nesta frase “(secreto)” porque sabia que ao povo Americano nunca será permitido tomar conhecimento que na realidade só existe um partido político nos Estados Unidos.

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  21. Trinta e três permalink
    7 Setembro, 2012 22:14

    Nada pior do que a paz podre. Quem são os senhores que se seguem?

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  22. Portela Menos 1 permalink
    7 Setembro, 2012 23:13

    Esta entrada foi escrita por CAA, publicada em 7 Setembro, 2012 at 23:02, arquivada em Comissão para a Preservação da Casa Portuguesa. Marcar permalink. Siga quaisquer comentários aqui deixados com o RSS feed deste artigo. Os comentários estão desactivados, mas podes deixar um trackback: URL do Trackback.
    .
    sobre o post acima de CAA,
    se eu fosse do PS chamar-lhe-ia idiota; mas um bardamerda também serviria.

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  23. Sísifo permalink
    7 Setembro, 2012 23:16

    A flatulência produzida pelo balofo do Abreu Amorim no posta supra é o MÁXIMO… da imbecilidade, estupidez, etc.

    Quem ouvia este gordo balofo nos tempos do pseudo-estudante e quem o ouve agora!!!

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  24. JDGF permalink
    7 Setembro, 2012 23:17

    ‘O campo que resulta destes confrontos é um campo de ruínas’… jmf1957
    Faltou explicar o que nos espera se tivermos duas virtudes: ‘paciência’ e ‘bom comportamento’…
    Adianto: a paz dos cemitérios?

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  25. Fincapé permalink
    7 Setembro, 2012 23:48

    “É cada vez mais frequente encontrarmos situações em que não é sequer imaginável que um democrata se dê com um republicano, ou um republicano com um democrata.”
    Isto é um fenómeno relativamente recente e que resulta mais da regressão dos republicanos a patamares inferiores de civilização, motivados pelo discurso pregador do tea party, do que propriamente uma prova de que o homem deixa dominar as razões pelas emoções. À medida que os republicanos ricos ficaram ainda mais ricos e se foram libertando dos impostos graças a presidentes amigos, agora sentem-se com direito a ficar com uma fatia do bolo ainda maior. Se possível, ficarão com tudo. Trata-se mais de egoísmo racional do que de emoções.
    ———
    “A crise de 2008 não mostrou apenas os limites do crescimento, também despertou os fantasmas dos ressentimentos que sempre existiram contra as sociedades demo-liberais.”
    Por cá, é mais ou menos a mesma coisa. Cada vez é mais visível a manipulação da economia, a influência do capitalismo financeiro, predador, especulador e improdutivo, mas que a falhada senhora Tatcher transformou num modo de vida, e os cidadãos reagem.
    Muitos reagem porque lhes parece que racionalmente essa forma de capitalismo amoral não deveria ser defendido por quem é prejudicado por ele. Mas tal não acontece. Eles são poucos, mas têm muita gente que os defenda e é nesta defesa que está muita emoção a dominar a razão. Como se pode defender quem destrói economias, quem vende gato por lebre, quem manipula, quem enriquece apenas parasitando, etc.? Isto são dúvidas racionais dos cidadãos.
    Mais uma vez, se pode ver que não é por aqui que se prova que os seres humanos na generalidade se deixam dominar pelas emoções, embora haja realmente esses grupos que o fazem. No entanto, outras provas existem de que, em abstrato, existe essa tendência humana, como são os casos das duras discussões partidárias e futebolísticas.

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  26. tric permalink
    7 Setembro, 2012 23:50

    Viva a Monarquia de Portugal !!! Viva D. Miguel…Viva a Civilização Cristã de Portugal…
    .

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  27. 8 Setembro, 2012 00:22

    “Oh” sr. deputado da nação CAAmorim,
    o seu post supra foi imaginado e concretizado no recreio ?
    Para si, assim tão simples a resposta (usando seus pares na AR), para a conversa em família do seu líder PPCoelho ?
    Hoje, após o golpe de PPC nas tv’s, colocou orgulhosamente na lapela do seu casaco mais um pin (à falta de medalhas) com a bandeira nacional ao lado do outro pin ?

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  28. Fincapé permalink
    8 Setembro, 2012 00:36

    Depois de ler o texto do Diogo, não deixo de concordar, pelo menos em parte. No entanto, um dos ramos do “partido único”, o democrata, apesar de tudo tem uma sensibilidade social diferente. E tem maior diversidade de ideias. A prova é que o outro “ramo” tenta destruir por todos os meios os candidatos democratas com tendências mais de esquerda.

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  29. jif permalink
    8 Setembro, 2012 01:00

    bolas desde el-rey ao gajo que nunca quisera pôr o país a apertar o cinto
    nunca vi tan grande clima de unanimidade de opinião como agora
    qual direita e esquerda está tudo junto, pela força de 7% de insegurança social

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  30. jif permalink
    8 Setembro, 2012 02:25

    well, there is emerging evidência a or an indicative evidence, that the ‘good como o milho pedagogy in politica e em polittik’s real or false like the fausse maigre que é aquele que nunca apertou o cinto é relativa’

    logo ou logos paleologos se hay qualquer coisa de doentio e de fanático em muitos dos mais recentes debates políticos ou se sempre ou quase sempre assis foy sunt relativos e num relating concepts

    politica like everyday humanum nihil phenomena, é por definición Iracional como o Ipodpod.
    Há sempre emoções por detrás das razões, exceto en pessoal com déficites na dita área emocional graves

    Se Foi Hume, que notou que a razão está destinada a ser “escrava das paixões”, or simplifying , a razão ilude-nos mais que la nature commo também disse o Marquês das Clap..hier’s a razão deve abstrair-se das razões do coração mas não o consegue
    e tantos latinos e gregos como nós disseram cousas similares

    Hoje pensamos que sabemos, por exemplo, que o nosso cérebro can break down, e se tiver depreciation, or opportunity cost baixinho, forma primeiro uma opinião (que é uma coisa formada por muitas ligações neuronais baseadas em reconhecimentos e situações anteriores) e logo surge com a idade não sendo inata

    se só depois procura argumentos para a sustentar (é possível? potencialmente pode estabelecer-se uma correlação e dizer que se consegue percebê-lo
    seguindo o padrão de activação das várias regiões que compõem o nosso cérebro aparentemente colectivo e normalizado…e sem duplicação ou substituição de funções).

    The Righteous Mind, defende a teoria de que a evolução da nossa espécie não nos preparou para ouvirmos (sensorial, em grupos redundância de animaes gregários o lobo alfa ou o gorila de dorso dourado ou etc não pode admitir latidos rosnidos, ou argumentos contrários, dos machos e dos outros sem equipamento para o serem menores…mais fracos, menos integrados socialmente no (digamos ) clã, horda, tribo, matilha
    antes para justificarmos, custe o que custar, as nossas intuições ponha instinto nisso seu jmf cronista.

    Haidt é americano e o seu ponto de partida foi uma anomalia cultural no mundo ocidental

    mas o debate público nos Estados Unidos não é significativamente diferente do debate entre drusos e veros crentes ou noutra qualquer divisão via fanum IdeoIlógico ou Theista Pantheista
    Ou Regime dependente Thalassa-Panthalassa em que parece que ninguém ouve ninguém, ou lê e não ouve nem lê mesmo

    O egocentrismo humanum leva a que cada um apenas percepcione como válidas as opinhões que se aproximam das suas próprias

    Ou seja cada um legitima como seu o discurso daquele que é seu clone mental ou que intruiu (geologicamente) memes semelhantes na cacholeira

    A própria maneira como o discurso falado ou escrito é feito
    afasta ou aproxima aqueles que não se identificam ou se identificam com o tipo de discurso

    logo é muito mais do que cada um dos campos fechado sobre si

    cada campo ou tendência não consegue percepcionar as visões alienígenas do outro
    essa dificuldade cognitiva em compreender o outro campo
    Impede o ditto cujo JotaMéFé (quem quer que seja J’ai Mon Foi gras?)de escutar os argumentos da razão.
    É que a razão e os seus argumentos andam sempre do nosso lado claro

    Que o outro tenha argumentos racionais ou que a razão esteja de ambos os lados pour ma foi jámé…

    A franqueza e a abertura que sempre marcaram um debate dinâmico e francamente PAnfletário público no país tão elogiado por Tocqueville era exactamente essa particularidade de cada um arremessar aos restantes as suas ilusões e distopias

    por outro lado nas democracias há também um grande número de homens que são devorados pela ambição como ele diz…além disso o discurso do alexis está imbuido de uma certa mistificação da democracia americana
    uma idealização para servir a sua crença de que a democracia suaviza os costumes
    depende do tipo de democracia
    a igualdade social dos sovietes não tornou menos rudes os costumes do tal povo

    os estados norte-americanos desde o seu início sempre foram um compromisso entre o direito da comunidade com o direito do estado e o da união de estados

    e sempre foram uma guerra de trincheiras mais atiçada ou atenuada onde termos como mormon indian lover winner loser conservative (direita) ou liberal (esquerda) se tornaram insultos para quem está do lado contrário da barricada.
    tock diz que na américa onde nunca existiram previlégios de nascimento

    labora em erro pois havia uma aristocracia terra teniente uma aristocracia de self made man do artesanato como Revere paúl ou beija a mim frank lin

    Em Portugal, onde a recordação muito vaga mesmo nos que participaram nesses dittos excessos do período revolucionário se juntou(sériio pô?)
    se até soares sempre foi contra a austeridade essa da recordação é mesmo uma memória futura de ocê

    juntou-se a uma tradição de consenso que chega a ser claustrofóbica? ou agora fóbica anda nos espaços abertos ou fechados essa con senso?

    Uma das características desta evolução/involução/adaptação/ fitness político/ capacidade de sobrevivência política é o recurso crescente à sistemática desqualificação dos adversários….o que é normal

    Não se tratam os argumentos, pois são-nos alienígenas taes argumentos
    não se escutam (duvidoso a não ser em telepatas )sequer os raciocínios, ataca-se furiosamente o adversário, procura-se desqualificá-lo moral e pessoalmente antes de analisar as suas ideias que obviamente são parvas pois se ele é o adversário pertence às forças das trevas ou é um herege

    e as suas palavras doces como o mel são o caminho da perdição ou per dick são

    Vários factores fim duma hegemonia político-económica-militar
    Fim do império e bárbaros às portas?
    O primeiro de todos é o fim do período de raro consenso político no mundo ocidental que se seguiu à queda do Muro de Berlim

    só franjas muitos marginais das sociedades questionavam o modelo económico do capitalismo liberal
    que já tinha tido franchising’s antes disso Bophal foi em 1986? muito antes do fim do muro

    a indústria tinha migrado por razões ambientaes toxicológicas e jurídicas para o terceiro mundo
    assim como as tabaqueiras….

    A crise de 2008 que começou em 2007 ou em 2006 se contarmos a bolha irlandesa não mostrou apenas os limites do crescimento, também despertou os fantasmas dos ressentimentos que sempre existiram contra as sociedades demo-liberais.
    2008 foi como que uma espécie de espelho revertido de 1989: mesmo os mais distantes filhos do marxismo começaram a falar de novo em “superar o capitalismo” e até os que nunca leram Lenine voltaram a sair à rua a dizer que não há verdadeira democracia, ressuscitando os argumentos de antanho contra a “democracia burguesa” que os nutriu e lhes deu um bom nível de vida em detrimento dos bárbaros.

    Se durante duas décadas discutimos mais ou menos em família como melhorar as nossas sociedades, agora há sinais de divisão em tribos antagónicas…só agora? desde Maio de 68 à silent spring
    a etc
    as tribos tomaram foi outra dimensão sempre existiram

    A crise de 2008 criou, ao mesmo tempo, outra tensão: deixou de ser possível, nas sociedades afluentes do Ocidente, deixar que as coisas continuassem mais ou menos como estavam, resistindo apenas à passagem da tempestade. Confrontados com a mudança inevitável……mas as coisas já tinham mudado desde a bolha das tecnológicas em 1999 e à deslocalização industrial e mineira e…etc de 1980-1996?

    perceber as razões dos níveis de abandono escolar demasiado elevados em relação a quando?
    ou a quem?
    temos uma sociedade estratificada económicamente já não leva acento tal como sempre foi

    e a meritocracia escolar alargada nunca foi para todos
    ruralidade litoranidade interioridade racialidade e muitos hermanos in mi famiglia e nem todos podem ficar na história como disse adriano

    a escolaridade historicamente não se pode ocupar de nós todos

    e de a escola no seu termo máximo Unibersitário Politeco conduzir a demasiadas vias profissionais sem saída…excepto a própria universidade ou os instiputos e o estado…

    O campo que resulta destes confrontos é um campo de ruínas. Já lá distinguimos os restos de algumas amizades antigas, estragadas por divergências menores. Um dia talvez encontremos os restos dos consensos políticos de que necessitamos, estragados não por cálculos partidários sempre reversíveis, mas por se terem erguido barreiras de intolerância alimentadas por uma acrimónia irrestrita.

    esta da acrimónia I restrita é muy bem escrita
    ó colosso púbico
    quando o incontinente der o púbico com desconte de 100%
    ê bou ber se j’ai ma foi tem fé na sua…acrimónia mais ao estilo de desiludidos e mal pagos

    do brito camacho o discurso é similar
    as coisas sempre assis foram …pareciam é ser diferentes porque as outras tribos não levantavam cabelo

    Gostar

  31. jif permalink
    8 Setembro, 2012 02:33

    well, there is emerging evidência a or an indicative evidence, that the ‘good como o milho pedagogy in politica e em polittik’s real or false like the fausse maigre que é aquele que nunca apertou o cinto é relativa’

    logo ou logos paleologos se hay qualquer coisa de doentio e de fanático em muitos dos mais recentes debates políticos ou se sempre ou quase sempre assis foy sunt relativos e num relating concepts

    politica like everyday humanum nihil phenomena, é por definición Iracional como o Ipodpod.
    Há sempre emoções por detrás das razões, exceto en pessoal com déficites na dita área emocional graves

    Se Foi Hume, que notou que a razão está destinada a ser “escrava das paixões”, or simplifying , a razão ilude-nos mais que la nature commo também disse o Marquês das Clap..hier’s a razão deve abstrair-se das razões do coração mas não o consegue
    e tantos latinos e gregos como nós disseram cousas similares

    Hoje pensamos que sabemos, por exemplo, que o nosso cérebro can break down, e se tiver depreciation, or opportunity cost baixinho, forma primeiro uma opinião (que é uma coisa formada por muitas ligações neuronais baseadas em reconhecimentos e situações anteriores) e logo surge com a idade não sendo inata

    se só depois procura argumentos para a sustentar (é possível? potencialmente pode estabelecer-se uma correlação e dizer que se consegue percebê-lo
    seguindo o padrão de activação das várias regiões que compõem o nosso cérebro aparentemente colectivo e normalizado…e sem duplicação ou substituição de funções).

    The Righteous Mind, defende a teoria de que a evolução da nossa espécie não nos preparou para ouvirmos (sensorial, em grupos redundância de animaes gregários o lobo alfa ou o gorila de dorso dourado ou etc não pode admitir latidos rosnidos, ou argumentos contrários, dos machos e dos outros sem equipamento para o serem menores…mais fracos, menos integrados socialmente no (digamos ) clã, horda, tribo, matilha
    antes para justificarmos, custe o que custar, as nossas intuições ponha instinto nisso seu jmf cronista.

    Haidt é americano e o seu ponto de partida foi uma anomalia cultural no mundo ocidental

    mas o debate público nos Estados Unidos não é significativamente diferente do debate entre drusos e veros crentes ou noutra qualquer divisão via fanum IdeoIlógico ou Theista Pantheista
    Ou Regime dependente Thalassa-Panthalassa em que parece que ninguém ouve ninguém, ou lê e não ouve nem lê mesmo

    O egocentrismo humanum leva a que cada um apenas percepcione como válidas as opinhões que se aproximam das suas próprias

    Ou seja cada um legitima como seu o discurso daquele que é seu clone mental ou que intruiu (geologicamente) memes semelhantes na cacholeira

    A própria maneira como o discurso falado ou escrito é feito
    afasta ou aproxima aqueles que não se identificam ou se identificam com o tipo de discurso

    logo é muito mais do que cada um dos campos fechado sobre si

    cada campo ou tendência não consegue percepcionar as visões alienígenas do outro
    essa dificuldade cognitiva em compreender o outro campo
    Impede o ditto cujo JotaMéFé (quem quer que seja J’ai Mon Foi gras?)de escutar os argumentos da razão.
    É que a razão e os seus argumentos andam sempre do nosso lado claro

    Que o outro tenha argumentos racionais ou que a razão esteja de ambos os lados pour ma foi jámé…

    A franqueza e a abertura que sempre marcaram um debate dinâmico e francamente PAnfletário público no país tão elogiado por Tocqueville era exactamente essa particularidade de cada um arremessar aos restantes as suas ilusões e distopias

    por outro lado nas democracias há também um grande número de homens que são devorados pela ambição como ele diz…além disso o discurso do alexis está imbuido de uma certa mistificação da democracia americana
    uma idealização para servir a sua crença de que a democracia suaviza os costumes
    depende do tipo de democracia
    a igualdade social dos sovietes não tornou menos rudes os costumes do tal povo

    os estados norte-americanos desde o seu início sempre foram um compromisso entre o direito da comunidade com o direito do estado e o da união de estados

    e sempre foram uma guerra de trincheiras mais atiçada ou atenuada onde termos como mormon indian lover winner loser conservative (direita) ou liberal (esquerda) se tornaram insultos para quem está do lado contrário da barricada.
    tock diz que na américa onde nunca existiram previlégios de nascimento

    labora em erro pois havia uma aristocracia terra teniente uma aristocracia de self made man do artesanato como Revere paúl ou beija a mim frank lin

    Em Portugal, onde a recordação muito vaga mesmo nos que participaram nesses dittos excessos do período revolucionário se juntou(sériio pô?)
    se até soares sempre foi contra a austeridade essa da recordação é mesmo uma memória futura de ocê

    juntou-se a uma tradição de consenso que chega a ser claustrofóbica? ou agora fóbica anda nos espaços abertos ou fechados essa con senso?

    Uma das características desta evolução/involução/adaptação/ fitness político/ capacidade de sobrevivência política é o recurso crescente à sistemática desqualificação dos adversários….o que é normal

    Não se tratam os argumentos, pois são-nos alienígenas taes argumentos
    não se escutam (duvidoso a não ser em telepatas )sequer os raciocínios, ataca-se furiosamente o adversário, procura-se desqualificá-lo moral e pessoalmente antes de analisar as suas ideias que obviamente são parvas pois se ele é o adversário pertence às forças das trevas ou é um herege

    e as suas palavras doces como o mel são o caminho da perdição ou per dick são

    Vários factores fim duma hegemonia político-económica-militar
    Fim do império e bárbaros às portas?
    O primeiro de todos é o fim do período de raro consenso político no mundo ocidental que se seguiu à queda do Muro de Berlim

    só franjas muitos marginais das sociedades questionavam o modelo económico do capitalismo liberal
    que já tinha tido franchising’s antes disso Bophal foi em 1986? muito antes do fim do muro

    a indústria tinha migrado por razões ambientaes toxicológicas e jurídicas para o terceiro mundo
    assim como as tabaqueiras….

    A crise de 2008 que começou em 2007 ou em 2006 se contarmos a bolha irlandesa não mostrou apenas os limites do crescimento, também despertou os fantasmas dos ressentimentos que sempre existiram contra as sociedades demo-liberais.
    2008 foi como que uma espécie de espelho revertido de 1989: mesmo os mais distantes filhos do marxismo começaram a falar de novo em “superar o capitalismo” e até os que nunca leram Lenine voltaram a sair à rua a dizer que não há verdadeira democracia, ressuscitando os argumentos de antanho contra a “democracia burguesa” que os nutriu e lhes deu um bom nível de vida em detrimento dos bárbaros.

    Se durante duas décadas discutimos mais ou menos em família como melhorar as nossas sociedades, agora há sinais de divisão em tribos antagónicas…só agora? desde Maio de 68 à silent spring
    a etc
    as tribos tomaram foi outra dimensão sempre existiram

    A crise de 2008 criou, ao mesmo tempo, outra tensão: deixou de ser possível, nas sociedades afluentes do Ocidente, deixar que as coisas continuassem mais ou menos como estavam, resistindo apenas à passagem da tempestade. Confrontados com a mudança inevitável……mas as coisas já tinham mudado desde a bolha das tecnológicas em 1999 e à deslocalização industrial e mineira e…etc de 1980-1996?

    perceber as razões dos níveis de abandono escolar demasiado elevados em relação a quando?
    ou a quem?
    temos uma sociedade estratificada económicamente já não leva acento tal como sempre foi

    e a meritocracia escolar alargada nunca foi para todos
    ruralidade litoranidade interioridade racialidade e muitos hermanos in mi famiglia e nem todos podem ficar na história como disse adriano

    a escolaridade historicamente não se pode ocupar de nós todos

    e de a escola no seu termo máximo Unibersitário Politeco conduzir a demasiadas vias profissionais sem saída…excepto a própria universidade ou os instiputos e o estado…

    O campo que resulta destes confrontos é um campo de ruínas. Já lá distinguimos os restos de algumas amizades antigas, estragadas por divergências menores. Um dia talvez encontremos os restos dos consensos políticos de que necessitamos, estragados não por cálculos partidários sempre reversíveis, mas por se terem erguido barreiras de intolerância alimentadas por uma acrimónia irrestrita.

    esta da acrimónia I restrita é muy bem escrita
    ó colosso púbico
    quando o incontinente der o púbico com desconte de 100%
    ê bou ber se j’ai ma foi tem fé na sua…acrimónia mais ao estilo de desiludidos e mal pagos

    do brito camacho o discurso é similar
    as coisas sempre assis foram …pareciam é ser diferentes porque as outras tribos não levantavam cabelo….

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  32. jif permalink
    8 Setembro, 2012 02:41

    curioso

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  33. jif permalink
    8 Setembro, 2012 02:47

    um é limitado e outro não…um é racional e o outro irracional deve ser um tribadismo ou tribalismo cá da internet
    com este é o 33º?
    dá direito a grau?
    o partei socialista foi alguma vez uno e sem tendências e guerrilhas intestinas

    antes de negar alegre renegou-se salgado zenha
    venha a nós o humor de godfred e os fogos da sua simplificação

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  34. jif permalink
    9 Setembro, 2012 01:11

    duplamente curioso ó sexagenário com 5 anos a menos…
    guera civil com tanto velhote
    nã era melhor instituir um SNS como o de 1981 ou o de 1984
    ou o hospital de faro nos anos 90 que metia o pessoal com pneumonia a apanhar sol?
    era mai rápido
    2 impérios 2 federações e duas uniões depois e inda me espanto com quem cita tock

    capítulo IV o americano : mais técnico que sábio
    pecebeu? nã…

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  35. jif permalink
    9 Setembro, 2012 01:27

    se pascal só tivesse tido o lucro como objectivo ou se tivesse sido apenas movido pela ambição e pela glória….isse é qué o toque vil

    agora citações sobre as massas embrutecidas e a política que as adormece há tantas que dava pra um blog de frases feitas
    Pater Toino Vieira que andou por cá 100 anos antes do Humus…tempos houve em que os demónios falavam e o mundo os ouvia , mas depois que ouviu os políticos ainda é pior o mundo

    Ibsen- em todos os países a multidão é escrava ou serva tanto faz dos políticos

    Voltaire será a política coisa diversa da arte de mentir a propósito

    a política é a arte de mascarar com o interesse público aquilo que é de interesse próprio -Thiaudière
    e podia con ti nu ar…ma pra quê sixto XVI acaba a XXI do XII do MMXII

    a não ser que se caia num poço primeiro
    José manel fernandes é JMF11957,,,ok bou ber ondé que já oubi o nomine…

    ver onde ouvi é que figura de esthylo?

    J. Manel de Macedo tamém dizia que a dessemelhança ou dissemelhança entre amor e política era que a última thule era um sacrifício ao coração e à barriga de muita gente…excepto dos que se dizem políticos profissionaes

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  36. jif permalink
    10 Setembro, 2012 18:03

    não ganhamos nada com a guerra civil?
    nem um caudillo?
    bolas guerra civil sem brinde é como bolo-rei sem João Franco

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