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As dificuldades de comunicação de António Borges

29 Setembro, 2012

O Borges fala para um país em quase ninguém percebe o que se está a passar. Digamos que há uma dificuldade de comunicação entre quem percebe e quem não percebe os factos seguintes:

  • A dívida portuguesa atingirá 120% PIB no fim do ano e cada ano que passa soma mais de 5% do PIB à dívida. O default é provável dentro de 2 ou 3 anos se não forem cumpridas as metas do programa de ajustamento.
  • Os bancos portugueses estão a  desalavancar. Têm que reduzir empréstimos para reforçar o peso dos capitais próprios. Não haverá crédito à economia tão cedo. Os bancos portugueses não têm crédito externo porque o país também não tem e porque os bancos estão no limiar da falência.
  • os salários nominais do sector privado estavam ajustados ao nível de procura pré-crise. Essa procura era sustentada por dívida. Agora não há crédito, há menos procura mas os salários nominais são os mesmos, excepto nos casos em que foi possível negociar (pelo que percebi só com truques é que é possível reduzir salários, mesmo negociando). Por isso o desemprego disparou.
  • Se não houver uma desvalorização salarial por algum truque tipo TSU, a inflação demorará vários anos a baixar o valor real dos salários para valores consistentes com a procura actual.
  • Os níveis da procura não voltarão tão cedo aos valores pré-crise. Quanto mais tempo de tentar atrasar o ajuste mais tempo demorará a procura a voltar aos níveis anteriores.
  • Estimular artificialmente a procura, como pedem muitos empresários, apenas agrava o problema. Reduz a poupança, aumenta o défice  e retarda a redução do endividamento externo. Sem redução do endividamento externo o crédito não volta.
  • Austeridade é necessária para que em simultâneo se reduza o défice do Estado, se reduza o défice externo e se aumente a poupança. Redução dos  salários é necessária para capitalizar as empresas e libertar fundos para investimento. Redução dos salários pode ser lento, via inflação, ou rápido, via desvalorização interna. Quanto mais tempo demorar pior. Só quando este processo estiver completo é que voltará a haver mais procura, crédito, investimento e crescimento.
  • Tudo isto já seria complicado se não existisse uma possibilidade real de default. O risco de default implica que a janela temporal em que é possível resolver os problemas é muito estreita. Se não se aproveitar essa janela temporal, Portugal será um país zombie por muitos anos.

Aquilo que distingue o Borges da restante cambada de personalidades públicas que se pronunciam sobre os problemas do país é que, por um lado, o Borges percebe isto, por outro não deve nada a ninguém.  De um lado está o Borges, que percebe isto, e cuja mensagem é basicamente “o socialismo acabou”, e do outro empresários focados em manter o status quo de um mercado interno que depende de um consumo insustentável.

73 comentários leave one →
  1. Carlos Ferraz permalink
    29 Setembro, 2012 22:03

    Sem mais!

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  2. tric permalink
    29 Setembro, 2012 22:04

    o socialismo acabou…excepto para a banca…

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  3. tric permalink
    29 Setembro, 2012 22:05

    a transferência do fundo de pensões é um exemplo…

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  4. 29 Setembro, 2012 22:10

    Já dizia o velho Aristóteles, não basta o Logos.
    .
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica

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  5. Eleutério Viegas permalink
    29 Setembro, 2012 22:11

    Tecnicamente, está tudo certo. Economista que se preze não pode ter outro raciocínio. Mas o Borges não é “flor que se cheire”… Tresanda a arrogância e falta de habilidade, e acha-se o máximo. Não faz cá falta nenhuma!

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  6. tric permalink
    29 Setembro, 2012 22:19

    os passistas…a chamarem ignorante aos empresários portugueses…quando o seu orçamento é uma tragédia…

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  7. javitudo permalink
    29 Setembro, 2012 22:20

    Continuo com saudades do velho escudo.
    A greve geral vem mesmo a calhar.
    Os artistas já estarão mais ensaiados.
    Os cantores ainda mais afinados.
    Que o povo não pode mais. Hoje.
    Amanhã pode.

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  8. Anti-praticos permalink
    29 Setembro, 2012 22:23

    oh JM mas onde é que está a austeridade? Mas acha mesmo que a queda da despesa vai compensar a falta de receitas?

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  9. tric permalink
    29 Setembro, 2012 22:24

    as ppp´s estão blindadas…por parte do Governo

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  10. albarran permalink
    29 Setembro, 2012 22:36

    Mas que simples raciocinio está aqui vertido… Então O problema são os altos salários para o sr. dr. JM, e que tal considerar as consequências, de tipo reflexivo, fácilmente identificáveis com esta estupida medida?
    Efectuar esse ajuste num quadro em que os salários já não chegam para pagar as contas básicas, com o gás, a electricidade, a gasolina, os transportes, as comunicações carissimos, e ainda “last but not the least”: OS IMPOSTOS! Para onde vai atirar com “os consumidores”, a pretendida capitalização de empresas é para vender mais produção a quem ?… Borges (o teorico) e JM, ignoram aqui uma subtil linha na interpretação da realidade, a de que o bolso dos contribuintes/trabalhadores já não dá, já não estica mais! Para mim o ponto central da questão tem a ver com o consumo de Estado, ao consumir 50% da riqueza, não é possivel manter uma economia funcional… Terá de haver cortes a doer muito mais, seja nos apaniguados do poder, seja nos serviços do Estado, se calhar teremos de ter muito pior educação e saude, se calhar temos de repensar se vale a pena manter forças armadas, se calhar as fundações terão de receber ZERO, TODAS, doa a quem doer !
    Ah, pois, os politicos do arco governativo não são capazes disto! Terá de ocorrer em ditadura então, seja á esquerda (com falência do País) seja de tipo militar, seja como fôr…. Outra hipótese, séria, a considerar é a da saida do Euro. O melhor negociada possivel, claro.

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  11. Anonimo permalink
    29 Setembro, 2012 22:37

    Patrão da Fly London “ofendido” com afirmações de António Borges

    Fortunato Frederico diz ter ficado “ofendido” e “triste” quando ouviu António Borges dizer que os empresários portugueses são “ignorantes”.

    NÃO ME PARECE QUE ESTE EMPRESÁRIO DEPENDA DO MERCADO INTERNO…
    Ler mais: http://expresso.sapo.pt/patrao-da-fly-london-ofendido-com-afirmacoes-de-antonio-borges=f756824#ixzz27tvFZwy6

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  12. Anonimo permalink
    29 Setembro, 2012 22:39

    Um artigo do American Enterprise Institute (AEI, influente think tank da direita norte-americana) descreve a proposta do Governo português de reduzir a taxa social única (TSU) para as empresas, aumentando a dos trabalhadores, como «um autogolo» do Executivo liderado por Passos Coelho.

    «O Governo parece estar a caminho de agravar os problemas económicos e políticos do país ao propor uma má solução para a perda de competitividade», escreveu Desmond Lachman, investigador do AEI, na revista online The American.

    O AEI é um dos institutos mais influentes no pensamento político dos EUA, assumindo uma perspetiva de direita. Esteve particularmente ligado à política externa dos governos de George W. Bush. Várias figuras associadas ao AEI, como Richard Perle, Paul Wolfowitz ou John Bolton, tiveram cargos nas administrações de Bush.

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  13. Portela Menos 1 permalink
    29 Setembro, 2012 22:57

    esses elogios a Borges é para quem acredita que o “equilíbrio” da balança comercial é fruto de alguma política séria e não de empobrecimento e estrangulamento da procura interna.
    ah, e para quem acredita que o FMI – onde esteve Borges – recuperou algum país, não se esqueça de nos mostrar um exemplo…

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  14. rui a. permalink*
    29 Setembro, 2012 23:02

    João,
    Um sujeito que faz declarações deste teor e desta pesporrência, na altura explosiva em que está o país, só pode ser um perfeito cretino. Especialidade que, infelizmente, abunda na Universidade portuguesa.

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  15. samuelquedas permalink
    29 Setembro, 2012 23:04

    Sim sim… o currículo do Borges diz que ele é um génio incompreendido… e não é só em Portugal!
    Quase tão genial quanto o Miranda… 🙂 🙂

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  16. Trinta e três permalink
    29 Setembro, 2012 23:09

    “O Borges fala para um país em quase ninguém percebe o que se está a passar”.
    .
    Graças a Deus, contamos como gente como o Borges e o João Miranda para nos iluminar e apontar o caminho. Só estranho que nenhum dos defensores do Borges tenha vindo aqui enumerar as variadíssimas empresas que esse iluminado criou.

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  17. A.P. permalink
    29 Setembro, 2012 23:22

    Parece-me que o governo e os seus assessores deviam anunciar um blackout por tempo indeterminado, tal qual fazem as equipas de futebol.

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  18. 29 Setembro, 2012 23:23

    piqueno teste

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  19. Trinta e três permalink
    29 Setembro, 2012 23:24

    Mas, cuidado! É esse indivíduo que está a vender o país a retalho, sem pensar um segundo no dia seguinte.

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  20. ti miguel antonio permalink
    29 Setembro, 2012 23:43

    o maior problema é que o borges e o jm têm razão, não percebo é aquele saraiva do patronato, esse sim é completamente parvo. ainda não perceberam que ele apenas defende as empresas do regime e bem instaladas neste mercado interno injusto e desigual. acontece que a mudança de paradigma tambem passa por colocar a competetividade em todas as dimensões do mercado e da sociedade. o tempo de acabar com as situações de previlegio chegou. Na democracia a igualdade e a equidade devem ser a regra.

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  21. anónimo permalink
    29 Setembro, 2012 23:44

    Uma questão: porque não uma Taxa sobre Transações Financeiras em Bolsa (aplicada para ajudar na redução do endividamento externo)?

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  22. General permalink
    29 Setembro, 2012 23:54

    O profe Borges que horror, faz exame a Relvas em flôr . E passa-o!?Também tu Brutus !

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  23. Pardal permalink
    29 Setembro, 2012 23:55

    O sr. dr. Borges defende a baixa dos salários dos outros…, João Miranda!
    Para que são os vinte e cinco mil euros que recebe à custa do erário público? Quantas horas trabalha por dia para receber esse montante?

    Deixe-se de ingenuidades! Se fosse credível aceitava receber e viver com o ordenado mínimo…
    Aí sim, sabia o que custava a vida e seria credível.
    Assim não passa de mais um a sugar e fazer crescer a dívida que os outros terão de pagar… Ele não!

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  24. Trinta e três permalink
    29 Setembro, 2012 23:58

    Ó ti Miguel: Explique lá essa razão. É assim tão difícil perceber que, na situação atual, a penalização do trabalho tal como estava prevista, não se ía necessariamente traduzir num aumento da oferta de emprego? Querem estratégias para isso? Olhem, vão ao Keynes que tantas borbulhas causa por aqui. É assim tão difícil perceber que, com os salários portugueses, esse não é o problema das empresas que exportam? É assim tão difícil perceber que, deste modo, estamos a empurrar porta fora os mais qualificados (que, ao contrário do Borges, são recebidos de braços abertos em vários países do mundo), colocando as empresas portuguesas na dificil situação de terem que concorrer com o que empresas alemãs,austríacas, americanas, australianas… oferecem? É assim tão difícil perceber que, se não estancarmos essa emigração, o país não tem futuro algum?

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  25. fredo permalink
    30 Setembro, 2012 00:13

    Quando é que saem as postas da Helena Matos e do João Miranda a dizer que a manif do Terreiro do Paço de hoje teve pouca gente?

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  26. ti miguel antonio permalink
    30 Setembro, 2012 00:19

    o país como está tem futuro se for competitivo, se terminar com todas as situações de previlégio e isto é válido tanto para as corporações patronais, sindicais e outras. o país é viável se este centrão politico passar por uma renovação completa, o que acho dificil. sem perder uma atitude competitiva e solidária o pais pode ter futuro, mas isto passa por uma mudança de regime e por um julgamento justo, rápido e eficiente do poder politico das ultimas duas decadas e das relações com o poder económico. será isto possivel, não. Será feito, sim. como? quando? penso que sei mas não digo. alias a sobrevivencia deste pais que vem do seculo XII, só é possivel se isto for feito. Cheguei foi á conclusão que não queremos que isto seja feito e assim meus senhores a coisa vai acabar muito mal.

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  27. anti-comuna permalink
    30 Setembro, 2012 00:25

    Caro 33, isto está mal entendido:
    .
    ” É assim tão difícil perceber que, na situação atual, a penalização do trabalho tal como estava prevista, não se ía necessariamente traduzir num aumento da oferta de emprego? ”
    .
    .
    Isto seria verdade se a alternativa ás medidas anteriores do governo fosse não fazer nada. Não, a alternativa era fazer como agora vai o governo fazer: um arrastão fiscal sobre os tais trabalhadores.
    .
    .
    Isto não é para si, mas eu acho que os nossos liberais de pacotilha deviam assistir a umas aulas de “liberalismo austriaco” a sério em vez de andarem apenas a copiar o que lêm nalgumas sebentas, mesmo que tidas como hayek:
    .

    .
    .
    O Soto dá a explicação que está por detrás das medidas anteriores do governo, que, já o disse e repito, foram medidas de tal forma liberais, que os nossos liberais de pacotilha, sempre armados em sabedores das últimas que leram nas sebentas das mises, das hayek e até das randianas, não tiveram capacidade intelectual para entender as medidas. Mas se esta gente estiver muito atenta à palestra do Soto, está lá o substrato teórico, na perspectiva “liberal austriaca”, que justifica as medidas anteriores e a famosa TSU. Quem for inteligente e tiver músculo cerebral em forma, ouve o Soto e sua explicação teórica e depois compreende como é possível pôr em prática esses ensinamentos.
    .
    .
    O problema em Portugal, é que são muito teóricos e de sebentas. E não reconhecem medidas ditas liberais e até ditas “austriacas” (à mamalhuda Hayek eheheheh) quando postas em prática. Porquê? Porque são aquele tipo de marrões que as escolas em Portugal fomentam: marrões que decoram as teorias mas incapazes de pôr em prática quando necessário.
    .
    .
    O Borges até pode estar a ser um bocado arrogante e mal-educado, mas tem razão. Quem não entendeu as medidas anteriores do governo, não merecia sequer se intitular de economista. Porque, até no 1º ano deviam ser capazes de compreender o que estava em causa. Pena é que hajam demasiados regisebentas e poucos regiscontas. ehehhehehh
    .
    .
    O João Rendeiro escreveu assim e com toda a razão:
    .
    “Em resumo, os interesses dominantes desta vez enroupados pelo Conselho Económico e Social e quejandos representantes na opinião publicada e com expoente máximo em Paulo Portas derrotaram a medida mais revolucionária e defensora dos trabalhadores desde Abril de 75.
    .
    Salazar se pudesse revirava-se na sua campa e morria outra vez, desta feita de riso.”
    .
    in http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=1159
    .
    .
    Se em Portugal em vez das sebentas hayek, estivessem mais atentas a maminhas hayek… eheheheheh

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  28. 30 Setembro, 2012 00:45

    Hoje sobrevoei a Ponte 25 de Abril. Fiquei um pouquinho mais tranquilo : está intacta. O Estado ainda não a vendeu. Provavelmente ABorges, JMiranda e não só, ainda não se lembraram dos balúrdios que “aquilo” vale…
    ABorges está a ser, continua a ser, um pedante. Desumano !, perigoso !! e ignorante !!!
    ——————— O meu crédito a este governo, quando tomou posse e dadas as circunstâncias do país, foi (tipo Marcello), nota 7 em 10. Desceu desde Fevereiro. Até recentemente, mantive 0,5. A partir de hoje, RUA ! — e as ruas que voltem a encher-se !
    Aquela gente e gentalha não presta ! Não é útil ! Só estorva, destrói e estrangula desvairadamente !

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  29. PSD permalink
    30 Setembro, 2012 00:55

    Anti-Comuna..Já alguém o acusou alguma vez de estatista e keynesiano’? Porque se voce queixa-se tanto dos liberais, não pode ser por voce ser liberal não é?
    E que tal o anti-comuna deixar as familias em paz, e preocupar-se com um estado obeso?Porque é que o psd mantém tantos assesores?

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  30. anti-comuna permalink
    30 Setembro, 2012 00:57

    O meu primeiro texto sobre o assunt TSU, que eu comentei quase logo após a comunicação do Passos Coelho, com alguma edição:
    .
    .
    “Um pequeno texto à João Miranda, porque foi dos poucos que entenderam as medidas anunciadas ontem pelo Governo. Não foi liberal pavovlinao como a grande maioria dos comedores de Hayek.
    .
    As medidas anunciadas ontem pelo Governo contornaraãor os preceitos marxistas e socialistas da Constituição e da interpretação vergonhosa dos Conselheiros do Tribunal Constitucional. Os Liberais de pacotilha precisam de vaselina.
    .
    .
    As medidas anunciadas pelo Governo tornarão permanente cortes na despesa públcia tidas como provisórias. (Ver este texto sobre tal: http://tinyurl.com/9u7hrhe ) Os liberais de pacotilha precisam de mais vaselina.
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    .
    Não deverá aumentar a carga fiscal com as medidas ontem anunciadas, já que o Governo apenas redistribuirá custos e rendimentos dentro da própria economia interna. O que os cidadãos perderem serão ganhos para as empresas. Os efeitos fiscais serão nulos, ou residuais em termos de fiscalidade. O Estado não deverá apropriar-se do esforço das famílias. Os liberais de pacotilha vão precisar de muita vaselina.
    .
    .
    As medidas anunciadas ontem pelo Governo beneficiarão as empresas exportadoras e produtoras de bens transaccionáveis e penalizarão as empresas de rent seeking e viradas exclusivamente para a tosquia do mercado interno. Os liberais de pacotilha vão gostar de tanta vaselina.
    .
    .
    A transferência de recursos das famílias para as empresas irá aumentar o esforço de Portugal em gerar um excedente na Balança de Bens e Serviços, já que penalizará o consumo e as importações e catapultarão as exportações, o investimento e o financiamento desse investimento pelos recursos internos. Os liberais de pacotilha podem continuar a encomendar vaselina, que ela estará em saldos, nos próximos meses.
    .
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    As empresas com maiores margens terão impostos especiais e será uma transferência de recursos inter-empresas e entre sectores económicos, penalizando ainda mais as empresas rent seeking e as dependentes do mercado, pela via do aumento da tributação directa da sociedades comerciais e empresas. As exportadoras e as empresas em mais dificuldades serão as mais beneficiadas com as medidas anunciadas ontem pelo Governo. Os liberais de pacotilha podem esperar pela vaselina Made In Portugal.
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    .
    Por fim, as medidas anunciadas ontem pelo Governo penalizará sobretudo Lisboa e beneficiará o resto do país, que trabalha, produz e exporta. Será uma forma muito bem elaborada de premiar o esforço do Norte de Portugal em detrimento dos parasitas a sul de Portugal. Os liberais de pacotilha aceitarão a vaselina, esfregarão mas não terão a certeza se vale a pena ler livros ou as mamas marca Hayek.”
    .
    in https://blasfemias.net/2012/09/08/algumas-consequencias-das-medidas-anunciadas-ontem/#comment-1123598
    .
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    Portanto, quem for esperto e ouvir a palestra do Soto mas é preciso entender mesmo o que ele diz e não se limitar a chavões, em especial quando ele se debruça sobre a relação entre o consumo e o investimento, em termos temporais, mas aplicado a políticas monetárias. Agora, em vez de pensarem nas ideias dele aplicadas a políticas monetárias, aplicarem a políticas orçamentais e fiscais, verão como as medidas anteriores do governo pretendem cumprir os objectivos do Soto, que na palestra se foca nas políticas monetárias.
    .
    .
    Qualquer pessoa minimamente conhecedora do pensamento da tal “escola austriaca ou Hayek”, ao conhecer as propostas do governo para contornar o veto do TC e a exigência da Troika nos tais custos de trabalho, reconhecia que o Gaspar aplicou em termos práticos, aquilo que o Soto defende nessa palestra. Mas é preciso que se entenda mesmo a dita “escola austriaca” e não memorizar teorias, definições ou até mesmo teoremas. É preciso entender mesmo a sério o que defende a tal “escola austriaca” e não se limitar a invocar papas e sebentas, mas na súmula, não compreender esses mesmos ensinamentos. Lá está. Estas coisas não são para qualquer um. Não é para marrões, é para quem estuda a sério, tanto as teorias como os problemas económicos.
    .
    .
    Eu não sendo adepto de qualquer escola económica em particular, notei logo o que o governo queria fazer. Eu, o João Miranda e mais alguns poucos. Os papa-sebentas hayek não tiveram capacidade intelectual para compreender na prática, as medidas que eles acham que defendem, quando andam com o hayek na boca. Esta gente devia era dedicar-se antes á arte de apreciar as maminhas jeitosas da hayek em vez de se armarem em pseudo-experts em “liberalismo económico”. lololololol

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  31. 30 Setembro, 2012 01:00

    Nota : o actual P”S”, os seus “deserdados” desde a saída do putativo filósofo, os estouvadinhos perfilados para ascenderem a poderes post queda deste governo, também não prestam ! Não serão úteis ! Estorvariam hipotéticas recuperações, destruiriam e estrangulariam ainda mais o país !
    E nova enxurrada de boys ocupariam lugares, delapidariam dinheiros públicos.
    “Triste sina”, a deste país !, governado por canalhas e incompetentes.

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  32. Anti-praticos permalink
    30 Setembro, 2012 01:04

    Com todo o respeito, pelo anti-comuna, mas como o caro amigo vai ver a seguir, huerta de soto não apoia as suas ideias.Preste Atenção,e comete:

    Manifiesto contra la subida impositiva del gobierno popular:

    Por mucho que el nuevo Ejecutivo del Partido Popular se haya esforzado en justificar la aprobación de una de las mayores subidas de impuestos de nuestra historia aduciendo que España no tenía otra alternativa después de descubrirse una desviación extraordinaria de 20.000 millones en el objetivo de déficit para 2011, nos vemos en la obligación de decir clara y rotundamente que eso no es cierto, que sí existían numerosas alternativas que no pasaban ni por esquilmar a los empresarios, trabajadores e inversores de este país ni por dificultar todavía más nuestras posibilidades de recuperación.

    No es cierto que el déficit público deba atajarse simultáneamente subiendo nuestros impuestos a los niveles más altos de Europa y reduciendo gastos de una manera muy insuficiente: cabe la mucho más razonable alternativa de que el ajuste se efectúe por el lado del gasto. En los últimos diez años, los desembolsos de nuestras Administraciones Públicas han crecido en 200.000 millones de euros, alrededor de 2,5 veces el tamaño de nuestro déficit actual.

    No es cierto que subir impuestos tenga los mismos efectos que reducir el gasto público: lo primero destruye la cada vez menor riqueza que se le permite generar al sector privado y que mantiene en pie a este país, mientras que lo segundo adelgaza a un Estado sobredimensionado e ineficiente que se encuentra al borde de la suspensión de pagos.

    No es cierto que la ciudadanía deba hacerse corresponsable del imprescindible ajuste del déficit público: nuestras familias y nuestras empresas ya se han comportado de manera extremadamente austera durante estos últimos años, mientras que la Administración sigue gastando todavía hoy muy por encima de lo que lo hacía durante la borrachera de ingresos tributarios de la burbuja inmobiliaria.

    No es cierto que recortar los gastos vaya a agravar la situación de nuestra economía: al contrario, más allá de los efectos más cortoplacistas sobre el PIB trimestral, sanear las cuentas públicas sin incrementar la tributación de un debilitado sector privado es condición indispensable para que volvamos a crear riqueza y empleo de manera sostenible.

    No es cierto que la mayor parte de nuestro presupuesto sea intocable: es menester proceder a una restructuración completa del modelo de Estado, dando mucha más cabida a la iniciativa privada en todos aquellos servicios que hoy presta el sector público con cargo a unos excesivos impuestos y que, en realidad, no sería indispensable que proveyera.

    En definitiva, Sr. Presidente, España no necesita impuestos más altos para financiar unas Administraciones Públicas a todas luces desproporcionadas, sino un Estado mucho más austero que se sufrague con unos impuestos notablemente más bajos para así favorecer la generación de riqueza por parte de un sector privado al que, hasta el momento, usted y su partido sólo han contribuido a asfixiar con los tipos impositivos sobre la renta más elevados de Europa.

    Hasta el momento, el manifiesto arranca con más de 50 firmas de destacados académicos, directivos y profesionales del periodismo económico españoles, entre los que sobresalen Carlos Rodríguez Braun, Jesús Huerta de Soto, Juan Torras Gómez, Antoni Fernàndez Teixidó, Gabriel Calzada, César Vidal, Miguel Anxo Bastos, Pilar García de la Granja, Carlos Mallo Rodríguez o Antoni Biarnes.

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  33. Anti-praticos permalink
    30 Setembro, 2012 01:06

    AC, está ali huerta de soto eheheheh

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  34. Anti-praticos permalink
    30 Setembro, 2012 01:11

    Anti-Comuna: Perdoe-me lá isto, mas um liberal de pacotilha, não é antes, alguém que fala como liberal, mas age como keynesiano, neste caso? Pense lá melhor..

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  35. tric permalink
    30 Setembro, 2012 01:15

    “Que a medida é extremamente inteligente, acho que é. Que os empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade, isso não tenham dúvidas”, afirmou…
    .
    ninguém duvidou em Portugal que a medida era inteligente…porque só uma medida extremamente inteligente, é que tinha como pré-visão, a consequência da taxa de desemprego em Portugal ficar-se nos 16%…estagna-se em 2013!!!?? nos 16 %…!!?? INACREDITÀVEL…ainda por cima, quando saiem toneladas ouro de Portugal…aliás, o milagre das Exportações Portuguesas…tal feito só pode derivar de uma medida extremamente inteligente… a TSU…o Socrates, ofereceu 150 mil novos postos de trabalho…o iluminismo economico =TSU aferece aos portugueses a manutenção dos postos de trabalho em Portugal, com a TSU…enquanto, isso…os Holandeses já apoderaram-se da RTP, com o alto patrocinio da SIC e TVI …já tem o BCP em suas mãos…quem tem a RTP e o BCP, é quem manda em Portugal…logo, Portugal já está sob dominio Judaico…Portugal é uma Judearia !!! o Banco Comercial Português …sob dominio holandês…só num país judaico é que um representante do FMI em Portugal, chamaria ignorantes aos empresários portugueses…numa audiência com empresários brasileiros, angolanos…para investirem em portugal, porque os empresários portugueses são ignorantes…Portugal deve passar urgentemente para controlo militar…

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  36. 30 Setembro, 2012 01:22

    O Borges (e o PM) acham que o mal de Portugal está no “povo” que somos. Querem “ajustar” o povo…
    Eles vêem a sociedade portuguesa como uma massa de trabalhadores molengões (agarrados a “direitos adquiridos”) e empresários obtusos e mal preparados. Daí que a solução encontrada seja uma completa mudança do paradigma de “desenvolvimento” económico, cuja aplicação prática é, no plano imediato, uma brutal campanha de “terra queimada”: redução dos salários ao nível da indigência (que a prazo passará por eliminar “arcaísmos socialistas” como o salário mínimo), erradicar as supostas empresas menos competitivas, etc. etc. Estão-se nas tintas para os efeitos colaterais.
    Não obstante, o rigor lógico das suas constatações “brilhantes” esquece algumas coisas:
    Um governo responsável e benigno deve primeiro que tudo ser o protector do povo que administra. Está mandatado pelos contribuintes (ou accionistas do estado) para proteger os interesses da maioria e não para lhe dar lições de moral ou impor rupturas dolorosas sem contrapartidas claras. Ainda que tenham razão em muita coisa (e tem), tem igualmente a obrigação moral e ética de explicar muito bem as suas intenções, objectivos, estratégia, e prazos. Nada disso tem feito, e sobejas vezes tem manifestado desprezo pela democracia cuja carta magna vêem como “estorvo”.
    Nesta altura do campeonato até mesmo os empresários ignorantes já perceberam que tem pela frente, no momento mais crítico da democracia portuguesa, pessoas arrogantes, inflexíveis, sem experiência de gestão “real” e mal preparadas politicamente. Em suma, gente sem humildade nem escrúpulos de qualquer espécie, numa voragem ideológica radical para quem “os fins justificam todos os meios”.
    Os portugueses que não entendem a “comunicação” do “Passismo” estão apenas a ser ingénuos ou incrédulos face à descoberta da “besta” que construíram na mesa de voto. E não se iludam os “especialistas” em que se inclui o João Miranda: o peso dos salários na “construção” de qualquer produto ou serviço é apenas uma parte da questão. Mesmo que os trabalhadores do privado trabalhassem à borla os problemas de fundo não se resolveriam.
    P.S. – Demorei a perceber porque é que o Passos Coelho tem poucos encontros com os seus pares europeus. Descobri finalmente que o homem mal sabe falar inglês: http://www.youtube.com/watch?v=WdpEXX5tKAw&feature=related

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  37. Anti-praticos permalink
    30 Setembro, 2012 01:33

    Mais uma vez, publico este texto , porque há aqui umas pessoas que falam de soto, mas falam do que não sabem.Mas publico por outra razão: para mostrar que o keynesianismo e o aumento de impostos tem alternativa.Quem nao gostar(senhores AC, fernando s, João Miranda, voces que são os tres mosqueteiros a defender o governo), mete á borda do prato

    Manifiesto contra la subida impositiva del gobierno popular:

    Por mucho que el nuevo Ejecutivo del Partido Popular se haya esforzado en justificar la aprobación de una de las mayores subidas de impuestos de nuestra historia aduciendo que España no tenía otra alternativa después de descubrirse una desviación extraordinaria de 20.000 millones en el objetivo de déficit para 2011, nos vemos en la obligación de decir clara y rotundamente que eso no es cierto, que sí existían numerosas alternativas que no pasaban ni por esquilmar a los empresarios, trabajadores e inversores de este país ni por dificultar todavía más nuestras posibilidades de recuperación.

    No es cierto que el déficit público deba atajarse simultáneamente subiendo nuestros impuestos a los niveles más altos de Europa y reduciendo gastos de una manera muy insuficiente: cabe la mucho más razonable alternativa de que el ajuste se efectúe por el lado del gasto. En los últimos diez años, los desembolsos de nuestras Administraciones Públicas han crecido en 200.000 millones de euros, alrededor de 2,5 veces el tamaño de nuestro déficit actual.

    No es cierto que subir impuestos tenga los mismos efectos que reducir el gasto público: lo primero destruye la cada vez menor riqueza que se le permite generar al sector privado y que mantiene en pie a este país, mientras que lo segundo adelgaza a un Estado sobredimensionado e ineficiente que se encuentra al borde de la suspensión de pagos.

    No es cierto que la ciudadanía deba hacerse corresponsable del imprescindible ajuste del déficit público: nuestras familias y nuestras empresas ya se han comportado de manera extremadamente austera durante estos últimos años, mientras que la Administración sigue gastando todavía hoy muy por encima de lo que lo hacía durante la borrachera de ingresos tributarios de la burbuja inmobiliaria.

    No es cierto que recortar los gastos vaya a agravar la situación de nuestra economía: al contrario, más allá de los efectos más cortoplacistas sobre el PIB trimestral, sanear las cuentas públicas sin incrementar la tributación de un debilitado sector privado es condición indispensable para que volvamos a crear riqueza y empleo de manera sostenible.

    No es cierto que la mayor parte de nuestro presupuesto sea intocable: es menester proceder a una restructuración completa del modelo de Estado, dando mucha más cabida a la iniciativa privada en todos aquellos servicios que hoy presta el sector público con cargo a unos excesivos impuestos y que, en realidad, no sería indispensable que proveyera.

    En definitiva, Sr. Presidente, España no necesita impuestos más altos para financiar unas Administraciones Públicas a todas luces desproporcionadas, sino un Estado mucho más austero que se sufrague con unos impuestos notablemente más bajos para así favorecer la generación de riqueza por parte de un sector privado al que, hasta el momento, usted y su partido sólo han contribuido a asfixiar con los tipos impositivos sobre la renta más elevados de Europa.

    Hasta el momento, el manifiesto arranca con más de 50 firmas de destacados académicos, directivos y profesionales del periodismo económico españoles, entre los que sobresalen Carlos Rodríguez Braun, Jesús Huerta de Soto, Juan Torras Gómez, Antoni Fernàndez Teixidó, Gabriel Calzada, César Vidal, Miguel Anxo Bastos, Pilar García de la Granja, Carlos Mallo Rodríguez o Antoni Biarnes.

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  38. Anti-praticos permalink
    30 Setembro, 2012 01:50

    ah ahhhh… João Miranda, e defensores do governo, i´ve got a big fuckin nice surprise for you babes.Um textinho de antigos colegas do borges(oh João Miranda, porque é que o borges foi despedido do fmi? eheheh)
    Recomendo a leitura, mas para os mais sensiveis, ponham lá a vaselina ahah.Ora aqui vai, o achado:
    http://voxeu.org/article/fiscal-devaluation-cure-eurozone-ills-could-it-work

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  39. hajapachorra permalink
    30 Setembro, 2012 01:51

    Há um ano quanto era preciso no vosso doutíssimo entendimento que os ordenados baixassem? É que o meu e o de alguns milhares mais já baixou 30%. Vão- se fornicar mais o Goldamn Sachs e deixem-nos em paz. Ou fechem a merda da rtp, mais a lusoponte, mais a tap, mais a mota-engil, mais o bes, mais o bes, mais o bes. Quero que o borges encontre um grande deficit pelo cano acima, pá, que lhe acerte a balança e lhe provoque default nos gorgomilos.

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  40. hajapachorra permalink
    30 Setembro, 2012 01:57

    Como é que alguém no seu perfeito juizo pode defender uma bosta daquelas?! Um d. sebastião que nem se vem nem se vai?! Um gajo que pinta a trufa de loiro?! Um economista?!

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  41. edgar permalink
    30 Setembro, 2012 02:10

    A minha opinião é outra. O António Borges é que não percebe o que se está a passar, nem ele nem o João Miranda, pelo que se vê neste post. A situação actual é pior a cada dia que passa porque o remédio está errado, não é para esta doença, e, a continuar assim, não há risco de default, como lhe chama, há certeza absoluta. Default em Portugal, na Grécia, na Espanha etc.
    Provavelmente, alguns países pretendem que Portugal e os chamados países periféricos, sejam mantidos na mesma situação que permitiu durante muitos anos explorar os recursos dos países do Sul, travando o seu desenvolvimento. Quem acredita que com estas dívidas em constante crescimento e estes juros algum país possa retomar o ritmo do crescimento sustentado e duradouro?

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  42. jose silva permalink
    30 Setembro, 2012 05:26

    POr incuria ou de forma premeditada, Borges está a implodir o governo.

    Acabar com o governo agora, com o relativo sucesso da troika em Portugal, com a estabilização do euro, daria muito dinheiro a quem na Gsachs aposta contra …

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  43. JDGF permalink
    30 Setembro, 2012 07:42

    «…Se não houver uma desvalorização salarial por algum truque tipo TSU, a inflação demorará vários anos a baixar o valor real dos salários para valores consistentes com a procura actual.»
    É isso! As pretendidas alterações da TSU, afinal, não passavam de um truque. Que António Borges qualificou como inteligente. Ora não existem truques inteligentes. Quando muito ‘truques baratos’… Como foi o facto (político) de preferir estas veleidades perante o inefável Miguel Relvas. Parece que o Governo não quer ser cego nem surdo para não monstrar ‘incapacidades’ mas não consegue esconder que perdeu a face (com todas as consequências inerentes para continuar a enxergar e a ouvir).

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  44. pedro permalink
    30 Setembro, 2012 07:53

    sendo de direita percebo claramente porque no 25 de Abril muitos tiveram de fazer a mala rápidamente a caminho do brasil com as respectivas famílias antes que o povo os engavetassem todos. Este senhor a ganhar o que ganha não tem qualquer moralidade para exigir ao povo que abdique de 7% .Os primeiros presidentes republicanos pagavam a luz e a água dos anexos à presidência e o sr presidente do conselho Oliveira Salazar pagava a luz e a água da residência em s.Bento. Continuem assim que vão bem ,sim, porque em belém alguém dorme e vai permitir a 2ª bancarrota.

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  45. anti-comuna permalink
    30 Setembro, 2012 08:09

    “Anti-Comuna: Perdoe-me lá isto, mas um liberal de pacotilha, não é antes, alguém que fala como liberal, mas age como keynesiano, neste caso? ”
    .
    .
    As medidas anteriores não subiam a carga fiscal. Vc. é outro que precisa de aprender algumas coisas sobre as componentes da procura interna.
    .
    .
    E isto vindo de si, que defende o consumo e o seu estímulo. lolololol
    .
    .
    E eu que nem defendo escolas nenhumas, veja lá bem o seu azar.
    .
    .
    Confesse. É demasiada areia para a sua camioneta, não? eheheheheh

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  46. Pinto permalink
    30 Setembro, 2012 08:15

    Ontem o papagaio/incendiário voltou à carga no Terreiro do Paço. Na fala de sol os presentes levaram com um bom banho de demagogia. Hoje já vem noticiado na imprensa escrita que o PCP e o BE se opõem à fusão de freguesias.
    Sabendo que temos de aumentar consideravelmente as receitas ou cortar significativamente na despesa, existem uns que optam pela primeira, outros pela segunda e os demagógicos, parasitas da política, que não querem dar a cara por nenhuma delas, refugiando-se em medidas como o aumento do imposto sobre o tabaco (como se aumentar esse imposto em 30% representasse um acréscimo da receita desse imposto em igual percentagem). Convinha que alguém fosse demonstrando a dimensão dos números para começarmos a perceber o que é demagogia e pura propaganda político-ideológica e o que são ideias sérias e concretas.
    O jornal I demonstrou, em 2010, o peso percentual dos principais impostos, o efeito que teve a subida do IVA nas suas receitas anuais e comparou com o IVA de outros paaíses. Pode ser consultado aqui: http://www1.ionline.pt/adjuntos/102/documentos/000/127/0000127720.pdf
    .
    Transcrevo o valor (em milhões de euros) que cada imposto teve na receita do Estado em Novembro de 2009.
    IRS—————————————————- 7886,7
    IRC————————————————– 3726
    Outros directos———————————– 4,6
    ISP————————————————— 2247,7
    IVA————————————————— 10053,1
    I sobre veículos———————————- 633,7
    I sobre tabaco————————————- 1065,9
    I sobre álcool————————————– 162,8
    I selo————————————————– 1525,1
    I circulação————————————— 118,1
    Outros indirectos ——————————– 54,9
    .
    Hoje parece consensual que o Estado necessita urgentemente (já para o ano) que a diferença entre a despesa e a receita encolha em 3000 milhões de euros. Esse valor pode ser alcançado através de um corte na despesa ou de um aumento da carga fiscal. Conhecendo o efeito indesejado que tem o aumento de impostos (por vezes um aumento percentual do imposto pode-se traduzir numa redução da receita com esse mesmo imposto) eu pergunto: qual a solução do Estado? Aumentar o imposto sobre o tabaco em 400 % (o que levaria o preço de um maço para entre os 10 e os 15 euros) e esperando que a população consuma o mesmo? Aumentar o imposto sobre os combustíveis em – vá lá – 250% e esperar que a população consuma o mesmo combustível? Aumentar mais o IVA?
    .
    Pois, parece que pelos impostos não vamos lá. Então que sugerem? Reduzir salários em 20%, não obstante os cortes anteriores? Pois, também não parece lá muito apetecível. Mas não há milagres.
    .
    A minha sugestão seria muito simples, eficaz e igualitária: acabar simplesmente com essa ideia do 13º e 14º meses e manter a proibição de qualquer aumento de ordenados nos ordenados pagos pelas contas do Estado para evitar malabarismos. O Estado deixava de pagar estes dois ordenados e as empresas ver-se-iam consideravelmente aliviadas, caso assim o entendessem (pois teriam a liberdade de aumentar os ordenados em igual percentagem). Não haveria lugar a excepções pois estes símbolos do paternalismo estatal deixavam simplesmente de existir.
    .
    Obviamente que muitas pessoas voltariam à carga, jurando que os cortes eram desnecessários e que o Governo deveria cortar nos ricos (esses criminosos). Pena não haver um bom simulador das contas públicas para o apresentar aos demagogos, para que eles dessem as suas sugestões em frente a esse mesmo simulador e assim percebermos se estavam a dar música ou a falar a sério.

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  47. Trinta e três permalink
    30 Setembro, 2012 08:17

    Anti-Comuna:
    Olhe que as posições defendidas pelo Professor Soto são a melhor crítica do que o nosso governo está a fazer. Não vejo onde encontra, nas palavras dele, a defesa dos disparates do Borges.

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  48. anti-comuna permalink
    30 Setembro, 2012 08:27

    “Não vejo onde encontra, nas palavras dele, a defesa dos disparates do Borges.”
    .
    .
    Oiça de novo a palestra dele. E entenda o que ele pretende com o desvio do consumo para o investimento, mas usando a política monetária. ((E até o fim da chamada banking fractional.)
    .
    .
    As medidas anteriores do governo faziam precisamente isso. Desviavam os recursos, do consumo para o investimento. Sem subir a carga fiscal.

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  49. Tim permalink
    30 Setembro, 2012 08:41

    Borges que fale do que realmente sabe: escandâlos financeiros no Goldmann Sachs, incompetência do FMI e outras pérolas do seu usual choradinho do MAIS DO BOM E DO MELHOR PARA NÓS QUE ATÉ NEM SOMOS MUITOS…

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  50. anti-comuna permalink
    30 Setembro, 2012 08:46

    Há muita gente que critica o Borges mas o gajo tem razão. E essa é que é essa. Pode não ser curial mas é real. Demasiada gente está a mostrar que também precisam de umas lições básicas de economia: http://upload.wikimedia.org/math/a/a/e/aaef9fe2c4db0fb381cd82a6edc25442.png
    .
    .
    Vejam o resto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_interno_bruto
    .
    .
    Quer os rendimentos sejam das familias ou das empresas, eles mantinham-se na economia privada. Com as alternativas, os rendimentos já irão passar das familias (consumo privado) para o funcionalismo púiblic (consumo público). As medidas anteriores, cumprindo uma exigência da Troika, transferiam rendimentos da familia (consumo privado) para as empresas (investimento).
    .
    .
    As medidas anteriores eram as melhores para cumprir, tanto as condições de base como até no respeito pela manutenção da carga fiscal.
    .
    .
    Os que andam sempre com as sebentas hayek perderam uma oportunidade de ouro para demonstrarem que percebem mesmo que defende a tal famosa escola austriaca. lololol

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  51. helder permalink
    30 Setembro, 2012 08:49

    Este antonio borges?

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  52. Tó Zé permalink
    30 Setembro, 2012 08:55

    Se não me engano estamos a falar do Borges que estava num dos bancos que provocou a crise (tendo 30 dólares de dívida por cada dólar efetivo). Também estamos a falar do mesmo Borges que já não faz parte da equipa principal do FMI. Nota-se que ele percebe disto à brava. Por mim, não me importava que ele fosse ensinar economia aos selenitas (e deixasse a economia terrestre por uns anos).

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  53. JOSE permalink
    30 Setembro, 2012 09:11

    “o socialismo acabou “…aqui é que está o problema porque graças à Constituição Socailista de 74 isto é inconstitucional. Eu tenho direito a ter emprego para toda a vida, se possivel na função pública e aumentos todos os anos com todos os subsidios a crescer. E se ficar desempregado tenho diretio a habitação, subsidio desemprego ou RSI para sempre. Já para não falar da reforma a que tenho direito. Infelizmente tudo isto é um sonho irrealizável…..

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  54. antonio permalink
    30 Setembro, 2012 09:17

    podem fazer manifs diariamente, rasgar cartazes do Borges todos os dias ( ao estilo rua árabe tuga), podem matar-se ou matar os coelhos todos, ir buscar outro salazar ou um troskista, aumentar o IRS dos ricos para 90%, dormir com troika ou mandar a troika embora, sair do euro ou não, que o crédito acabou. E para manter o estado social vão ter que suporta impostos a um ritmo assombroso como nunca viram…….quem não percebe isto vive no mundo da lua.

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  55. anti-comuna permalink
    30 Setembro, 2012 09:22

    “E para manter o estado social vão ter que suporta impostos a um ritmo assombroso como nunca viram…….quem não percebe isto vive no mundo da lua.”
    .
    .
    Bem visto. Eles ainda não viram nada. ehehehheh

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  56. Paulo permalink
    30 Setembro, 2012 09:38

    José Siva
    É por aí, de outra forma nada disto faz sentido!

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  57. Trinta e três permalink
    30 Setembro, 2012 10:09

    Quando “montamos” uma teoria sem contraditório, sem a confrontarmos com as interferências e os efeitos perversos possíveis, tudo é muito fácil, mas não serve para coisa alguma. Equacionem-se os seguintes dados:
    .
    1- As ” borbulhas” são uma realidade e traduzem-se num endividamento brutal de muitas empresas.
    .
    2- O mercado resolveu o problema da excessiva orientação do investimento para bens não transacionáveis e para a exploração do mercado interno, mas…
    .
    3- isso originou um disparo de incumprimentos;
    .
    4- isso provocou um brutal aumento do desemprego em que cerca de 40 % veio da construção civil e sectores dela dependentes.
    .
    5- desemprego significa, para além do drama social, aumento da despesa pública.

    Ora, como não é possível apagar o passado e começar da estaca zero, é neste contexto que se iria aplicar a medida da TSU. Conseguia-se, com ela, um aumento do capital disponível para INVESTIR e aumentar a oferta de emprego? Tal como a medida estava pensada, o mais provável é que a poupança com ela conseguida fosse para aliviar a pressão da corda, pagando dívidas (à banca) e criando condições para encerrar, sem garantias de que o dinheiro voltasse à economia a não ser pelo consumo privado. Concluindo: qualquer medida que não tenha em conta as perversões do tecido empresarial português (era o caso), agrava o problema em vez de o resolver. “AH! Mas também há empresas exportadoras”. Pois há (apesar de insuficientes). Mas os problemas dessas, apesar de, em alguns sectores, poderem beneficiar de uma medida destas, têm problemas que estão muito longe destas preocupações, alguns dos quais tenho referido em comentários anteriores (a brutal emigração da mão de obra mais qualificada, por exemplo). Depois, não são suficientes para resolver a descapitalização da segurança social, previsível com a aplicação REAL da medida. Só nos desenhos é que as estradas são suaves tapetes quase sem atrito…

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  58. Tim permalink
    30 Setembro, 2012 10:20

    Este BÓRGIA é o COVEIRO deste governo.

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  59. Tim permalink
    30 Setembro, 2012 10:28

    CDS e PSD arrasam declarações de António Borges (Renascença)
    António Pires de Lima não poupa o consultor do Governo para as privatizações. O empresário e dirigente do CDS, sem querer gravar declarações, disse à Renascença que as palavras de Borges são “tão infelizes” e “tão arrogantes”, que “nem merecem comentários”.

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  60. anti-comuna permalink
    30 Setembro, 2012 10:46

    Caro 33, eu comungo consigo parte disto aqui:
    .
    ” Concluindo: qualquer medida que não tenha em conta as perversões do tecido empresarial português (era o caso), agrava o problema em vez de o resolver. ”
    .
    .
    Mas Vc. está a esquecer-se, novamente, do que leva o governo a tomar estas medidas. Vejamos o que se passou nos últimos dois anos e vai perceber o porquê que o governo, e bem, tomou estas medidas. (E também vai perceber parte da minha posição.)
    .
    .
    Em Maio de 2011, o governo português pede ajuda aos seus parceiros europeus e ao FMI para receber fundos financeiros e evitar a quebra de pagamentos estatais.
    .
    Para receber a ajuda, o governo chega a acordo com esses novos financiadores (e futuros credores, já que os antigos cortaram o financiamento.) O tal Memorando de Entendimento com a Troika. Esse memorando tinha algumas condições e objectivos a atingir e foi aceite pelo governo português.
    .
    Após as eleições, o novo governo descobre que descer a TSU pela troca da subida do IVA iria provocar problemas orçamentais e não iria resolver problema nenhum de competitividade. E o governo, agora lidferado pelo PPC, evita a todo o custo cumprir um dos pontos do acordo com os novos credores. Entre eles, o FMI, que acredita que os custos de trabalho são um dos principais problemas da falta de competitividade portuguesa.
    .
    Em 2012, as medidas do governo para fazer face á crise são consideradas inconstitucionais por falta de equidade. Leia-se, o funcionalismo público exigiu que os trabalhadores do sector privado também tenham quebras salariais, tal como o eles os estavam a ter.
    .
    E aqui é que surgem as tais medidas alternativas, que eram uma forma, tanto de cumprir o veto do TC como até cumprir o Memorando com a Troika: corta os salários aos trabalhadores do sector privado, sim senhor, mas eles têm a oportunidade de negociar com o patronato. E ao invés de subir a carga fiscal, o governo tenta ser neutro, e priviligia o investimento em vez do funcionalismo público.
    .
    .
    Isto foi assim que se passou. O governo foi obrigado, pela Troika e pelo TC, a penalizar os trabalhadores privados, de molde a satisfazer a tal equidade exigida pelo novo Conselho da Revolução, o TC. Mas ao mesmo tempo que cumpria as condições que estava imposto pelo exterior, o governo deu uma saída aos trabalhadores do sector privado. E os que não conseguissem fugir á pealização, em vez de perderem rendimentos em prol do funcionalismo público, perderiam para as empresas, que aumentaria o Investimento. (Sob várias formas, não interessa aqui muito o como e porquê.)
    .
    .
    O funcionalismo público, percebendo que na prática, o governo continuaria a cortar os seus salários mesmo que os do sector privado pudessem ser penalizados, lançam um dos maiores ataques de sempre aos trabalhadores do sector privado e ás empresas, manipulando a opinião pública. O interesse deles era evitar perderem salários mesmo que quem pagaria essa recuperação salarial fossem os trabalhadores do sector privado. E tanto lutaram que o conseguiram. Os trabalhadores do sector privado vão sofrer um forte aumento da carga fiscal, via IRS, para reembolsar uma menor queda salarial dos funcionários públicos. As empresas foram os calimeros. Foram os palonços, que cairam na ratoeira dos funcionários públicos e todos os que vegetam á volta do Estado.
    .
    .
    Estes são os factos, caro 33. A partir daqui, cada um escolhe as orientações políticas e ideológicas que quiser. Mas estes são os factos. E contra factos, apenas argumentos baseados noutros factos.
    .
    .
    Repare que, entre as duas soluções, eu escolho a primeira. Se eu pudesse até nem essa primeira solução escolheria. Porque, sou contra qualquer desvalorização salarial, fiscal ou cambial para resolver problemas de competitividade. Mas tendo que escolher entre duas alternativas, ecolho a primeira de caras. Porque, o que esteve sempre em causa foram os privilégios do funcionalismo público e os seus salários. E para alguém devolver os salários ao funcionalismo público, também alguém teria que pagar. Vão perder os trabalhadores do sector privado para alimentar um funcionalismo público, que ainda por cima ganha mais e tem uma vida mais desafogada que quem lhe sirá pagar as mordomias.

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  61. Amadeu permalink
    30 Setembro, 2012 11:00

    De um lado está o Borges, que percebe isto, e cuja mensagem é basicamente “o liberalismo deste governo acabou”.

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  62. Andrade permalink
    30 Setembro, 2012 11:45

    Não se tratam de meras “dificuldades de comunicação”. São manifestações de ignorância e estupidez, pois estão assentes que a economia do país começa e acaba nos fluxos financeiros das empresas e reduz as economias das famílias a um mero ruído de fundo, apenas aproximado em média. Os modelos bonitos de António Borges com certeza que não tem em consideração que o ordenado mediano em Portugal é 600€/mês, que as rendas e hipotecas mais baixas não andam por menos de 400€/mês e que os portugueses tem de comer com o dinheiro que falta. Logo, se cortam 2 ordenados e em cima disso ainda transferem o pagamento da TSU para os seus orçamentos familiares então temos já miseráveis trabalhadores. E, claro, no meio da pureza de modelos o sr antóno borges também se esquece que qualquer estado está a 4 refeições de uma revolução ou guerra civil, e com esta proposta ele advoga o corte de uma ou duas.

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  63. Monti permalink
    30 Setembro, 2012 12:24

    anti-comuna
    Bem apanhada, esta do João Rendeiro.
    Com Rendeiro & Dias Loureiro
    junto do PM,
    estavamos safos.
    Venham tais banqueiros de sucesso.
    E sussexo.

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  64. fernando nobre permalink
    30 Setembro, 2012 14:11

    Falta de comunicação diz o autor do post!
    É mais grave. Graça por este país um epidemia de doenças físicas e mentais, que ataca os governantes e seus consultores, ou simples escribas de serviço. Há uns, só dentes físicos. Outros terão doenças físicas e mentais. Outros só doenças do foro psicológico.
    Na verdade não é todos os dias que génios como eles próprios se classificam( só eles vêem o que mais ninguém vê), são despedidos de organizações respeitadas e só encontram emprego como consultores deste governo, funções que não enobrecem ninguém.
    É de dar em doido, seguramente.
    É, estamos próximo do default, já que não se pode mudar o povo.
    E que tal mudando o passos, o borges, o relvas, o moedas, o gaspar,o portas e os escribas de serviço de apoio ao desgoverno?

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  65. Esmeralda permalink
    30 Setembro, 2012 15:15

    OBRIGADA, João Miranda! Fazer aproveitamentos estranhos da comunicação errada de alguém ou da burrice de quem ouve é desesperante!

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  66. da sorbone permalink
    1 Outubro, 2012 07:18

    De um lado estão os geniais Borges e Miranda do outro estão os outros, os cretinos e ignorantes

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  67. Pedro Pinheiro permalink
    1 Outubro, 2012 08:05

    João,desejo que morras brevemente e de forma dolorosa. Crápulas como tu e o Borges não merecem outra coisa. enfim.

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  68. Castrol permalink
    1 Outubro, 2012 11:10

    Parabéns pelo artigo!
    O António Borges é na actualidade para o regime, o que o Grilo Falante foi para o Pinóquio. Diz-nos as verdades nuas e cruas, mesmo aquelas que não queremos ouvir…

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