Passar entre os pandeiretas peticionários
Presumo que Isabel Jonet deve estar a ser aconselhada explicar-se, pedir desculpas, fazer um desmentido… Enfim, o costume. Teve azar: os pandeiretas deram por ela. Como vêem muita televisão descobriram o que disse Isabel Jonet. (Uma das vantagens de viver em arquivos é que nunca se vê um pandeireta: investigam pouco e os raros que por lá passam têm de falar baixinho). Claro que aquilo que Isabel Jonet disse não tem nada de novo mas os pandeiretas que da realidade só lhes interessa o diz que disse das televisões e redes sociais ficaram indignados. E um pandeireta indignado twitta logo para outros pandeiretas e todos todos unidos fazem um caso. E aí o objecto da indignação dos pandeiretas vive uns dias de verdadeiro inferno. Parece não haver na terra uma pessoa tão iníqua quanto aquela que tanto indignou os pandeiretas. Todos se sentem obrigados a criticar essa pessoa. Das televisões e rádios pedem depoimentos sobre o assunto. Aqueles que pensam exactamente o mesmo que o alvo da fúria dos pandeiretas calam-se bem calados não vão os pandeiretas virar-se contra eles. Deixá-los por conta daquela vítima que enquanto pregam para aquele lado deixam uma pessoa em sossego! E assim neste medinho que inspiram os pandeiretas vão reforçando a sua estratégia. Porque de cada vez que se mobilizam reforçam-se: os alvos ficam reduzidos a fanicos e aqueles que estão à volta interrogam-se sobre quem será o próximo a ficar na berlinda. Também valha a verdade que é coisa que dura pouco tempo: mais ou menos uma semana e lá vão eles com as pandeiretas para outro lado. Para a semana que vem têm Merkel e também podem voltar àqueles pretéritos assuntos que lhes foram tão caros quanto as alterações climáticas, Guantanamo, ou o muro na faixa de Gaza…
Há pandeiretas e pandeiretas.
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«(Uma das vantagems de viver em arquivos é que nunca se vê um pandeireta: investigam pouco e os raros que por lá passam têm de falar baixinho)»
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Esta é para emoldurar.
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D. Helena Matos: as pandeiretas só dão ritmo, a música de fundo é que dá substância.
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D. Helena Matos: as pandeiretas só dão ritmo, a música de fundo é que dá substância.
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Digital Indignation: Echo Chambers of Anger
«The problem is that online activists are often connected only to other online activists. Their communication is limited to those who share the same ideas and beliefs anyway. Within this space of political concurrence, indignation can begin to boil like water in a pressure cooker if it isn’t kept in check by critical interjections from dissenters.»
http://www.theeuropean-magazine.com//752-friedrich-joerg/886-digital-indignation#886
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Como disse Carlos Costa ao pandeireta João Galamba, “Esta é a realidade, e se não quiserem reconhecer a realidade, não a reconheçam! Batam com a cabeça na parede, que a realidade é sempre mais dura do que a cabeça!”
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=505816&tm=6&layout=122&visual=61
Os “nossos” pandeiretas andam, por enquanto, em negação da realidade.
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Vou seguir os conselhos da Janetinha e no próximo Natal a ementa cá de casa vai ser , para mim um brioche , para a minha cara metade um chouriço na brasa e pró meu filhote uma maminha, todos munidos da imprescindível pandeireta . Não há fome que não dê em fartura.
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Entre o 1:30 e o 1:45 deste brilhante discurso, a quem um pandeireta decidiu qualificar de “inacreditável”, está a informação chave. Para uma série de novas gerações, pura e simplesmente não existe o conceito precioso de “custo de oportunidade”, que é um conceito que deve ser adequirido em tenra idade e que é imprescindível para vivermos melhor.
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O que os novos Abrantes queriam era uma coisa do genero… “reina a ordem em todo o paÍs”.
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Ps: para além de 10000 crianças com fome nas escolas (as que lá vao) parece que nao houve eleiçoes na USA…
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“Estamos a empobrecer porque vivíamos muito acima das nossas possibilidades.” (IJ)
Os desempregados e as crianças que passam fome ficam a saber que viviam acima das suas possibilidades.
“Ou vamos a um concerto de rock ou podemos ir tirar uma radiografia.” (IJ)
Se ainda houver dinheiro para alguma economia ela será para pagar as radiografias das crianças. Os impostos pagos por todos não chegam sequer para um seguro de saúde escolar.
“O empobrecimento é porque estávamos habituados a comer bifes todos os dias.” (IJ)
Uma economia desenvolvida do século XXI tem as necessidades alimentares asseguradas e estas representam uma pequena parte dos orçamentos familiares. Quando o bife é um luxo, o rendimento das pessoas está ao nível dos países mais pobres. Ora o PIB per capita de Portugal não nos coloca a esse nível. Para onde vai o dinheiro? Isabel Jonet diz apenas que é assim: temos que nos habituar a ser pobres num país que gasta os seus impostos noutras coisas que não a sua população.
“Cá em Portugal nós podemos estar mais pobres mas não temos miséria.” (IJ)
Se 10 000 crianças com fome não é miséria, o que será? Até onde teremos que ir para que pessoas como Isabel Jonet achem que é demais?
“Os pais continuam a educar mal os seus filhos.” (IJ)
Pois. Há quem os deixe lavar os dentes com a água a correr.
Depois diz que as pessoas que foram excluídas do sistema têm que se habituar e voltar ao mais básico. A forma como se aceita a injustiça do sistema que exclui e condena à miséria resignada os desempregados é revoltante.
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Homem, digo mulher.
Se nao dá pera demitir um tal Relvas o que diz esta menina sao…peanuts,
E la nave va…
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Os devoristas, ou os pandeiretas!
http://oinsurgente.org/2012/11/08/os-devoristas/
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Obrigado CA por ter colocado o tal “discurso”
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Ai foi isto que a Sra. disse? Então tem toda a razão.
E ainda se podiam acrescentar muitos mais exemplos.
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Não sei quem são as 10000 crianças com fome, mas conheço duas cujas mães os vão colocar à escola absolutamente famintos, impedindo a concentração dos miúdos antes do lanche da manhã, e depois saem a fumar para uma pastelaria do outro lado da rua para um croissant com uma meia de leite.
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Mais, andam muitas cidades a promover hortas urbanas, e só aparecem reformados para cavar, que os “jovens” preferem para a porta da Assembleia.
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eh,eh,eh…os pandeiretas progressitas são tão cómicos….e dizem-se eles open minded…imagino se não o fossem….
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paulo: totalmente de acordo e infelizmente os cafés junto dos bairros ,onde o RSI é significativo,continuam com muita freguesia para os pequenos almoços diários.Além do governo não ser brilhante ,as coisas não estarem a melhorar ,estamos impreparados no geral para enfentar as dificuldades e com uma pseudo-esquerda ,que não planta nem a porra de um alho e só manda bocas.
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Se não têm pão, porque não comem bolos?
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Este é o discurso base para podermos avançar para (algum) futuro.
O reconhecimento e aceitação da realidade.
Problema nenhum se resolve quando o ignoramos e quando continuamos a agir sobre ilusões.
Pedem a demissão da senhora? Eu peço a sua promoção.
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http://notaslivres.blogspot.pt/2012/11/isabel-jonet-na-sic.html
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http://notaslivres.blogspot.pt/search/label/Alternativas
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Parabéns! Muito bem visto…
Aos poucos estamos a transformar-nos num País de pandeiretas!
No caso de Portugal o exemplo vem de cima, a começar por um ex-presidente da República, de provecta idade, mas que quando pega na sua pandeireta atordoa!!! E pensar que já nada nos oitentas! Isso é que é genica!
Proponho se altere o Hino Nacional. Em vez do apelo ás armas, que passe a apelar ás pandeiretas!
De pandeireta em pandereita, até à pandereitada final!!!
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Eu cá na minha horta gosto muito de enterrar o nabo! A Janetinha afinal até tem bom gosto.
“Os tubérculos de nabo são ricos em vitamina C, fibras e sais minerais como o potássio, sódio, cálcio e fósforo. Por conter baixas calorias (100 gramas de nabo oferece apenas 35 calorias), o nabo é muito indicado em dietas de restrições calóricas, por ser leve e ainda ajudar no processo de digestão. Além disto, o nabo possui muitas propriedades medicinais. Ele é diurético, expectorante, purificador do sangue, emoliente, antipirético, alcalinizante e possui um leve efeito laxativo. “
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Ahah, muito bom, convém só sublinhar que os pandeiretas não são inóquos como a sua ridicularia poderia levar a supor. Para se construir o que quer que seja é preciso muito trabalho e empenho continuado, mas para destruir a entropia gerada pelos pandeiretas, continuamente é suficiente, porque eles atacam o pensamento e a capacidade de agregar vontades. Quem tiver dúvidas basta olhar para este país EMPOBRECIDO pelos pandeiretas e suas pandeiretadas (mesmo que alguns tinham enriquecido com a pandeiretice e continuem a ser pagos – de certeza que com o nosso dinheiro – para manterem sob vigilância quem pensa e não pandeireta e pandeiretarem sempre em primeiro lugar para tentarem destruir quem pensa, como aqui se vê).
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como ACIMA se vê!
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Eheheheh é vê-los, da esquerda à direita, indignados.
E o nosso Sporting que a 1 minuto do fim leva um golo.
Jesus.
R.
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Portugal precisa de uma Reforma Agrária. Urgentemente.
Completamente diferente da que aconteceu em 1975, logicamente.
À atenção do Sr Ministro da Economia.
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Se não há dinheiro pró bife, faz-se hamburguer de grão de bico.
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Sousa Pinto,
Reforma Arrendatária – 2013.
À atenção dos germanos.
R.
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A abordagem feita é simplesmente repugnante. Não há um mínimo de generosidade humana. Desqualificar quem discorda só reverte sobre quem o faz. Esta entrada e os comentários que se lhe seguem desqualificam-se intelectualmentea si mesmos.
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Sousa Pinto,
Reforma Milionária,
À atenção do Sr. José Le Sócrates.
R.
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Sousa Pinto,
A pandeireta do Piscoiso é do Povo!
À atenção do Portela,
R.
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Sousa Pinto,
Vende-se 5 mil contos, vista agradável, sem humidades, terra arável, povo afável.
*deputados socialistas não incluídos
À atenção dos mercados,
R.
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Para a semana que vem têm Merkel e também podem voltar àqueles pretéritos assuntos que lhes foram tão caros quanto as alterações climáticas, Guantanamo, ou o muro na faixa de Gaza…HM
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Entao de serse assim deve ser verdade que Portugal nao é Grecia… Nem tampouco os tugas tem parecido nenhum com os gregos;
http://www.elconfidencial.com/mundo/2012/10/09/los-griegos-reciben-a-merkel-con-la-quema-de-banderas-nazis-107000/
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E se for bife de perú já se pode comer sem estarmos a viver acima das nossas possibilidades?
Eu cá por mim ajudo a Cáritas Diocesana cujos voluntários dizem que todos os dias são confrontados com a mais negra miséria!
Para a Jonet é que nunca mais!
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Essa tal de Isabel Jonet tem carinha de quem não passa fome.
Além disso, ensina os filhos a lavar os dentes com água a correr.
Deve viver bem. Faz lembrar aquelas senhoras do tempo do Movimento Nacional Feminino, chás-canastas e quejandos, recordam-se?
A caridadezinha sempre foi um grande negócio neste país.
Caraças, há tantos anos, tantas “organizações” andam a fazer caridade e ainda não conseguiram acabar com a pobreza. Por que será? Não me digam que a culpa é (só) dos pandeiretas…
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Helena,
Não vale a pena puxar pela imaginação para encontrar novas palavras para os classificar. São apenas imbecis, como alguns dos comentários acima comprovam.
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Ah, a acrescentar a este Banco da Fome, agora vamos ter também um Banco do Medicamento.
A actividade bancária vai de vento em popa…
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Copiei. Obrigado
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Será que neste arrasoado o que se pretende dizer é que a senhora Jonet pôs-se a jeito para ‘ir de pandeireta’?
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Eu pessoalmente sou de esquerda e confesso que não acho as declarações de Isabel Jonet nada estúpidas. No entanto, também não me calo, continuo a manter a minha opinião (prova disso é que estou aqui a escrever sobre isso).
P.S. Não consigo perceber o que tem o muro na Faixa de Gaza a ver com os “pandeiretas”, mas sou só eu ou há mais alguém aqui que acha que muros que dividem populações são tão maus na Faixa de Gaza, em Berlim (e no resto da Alemanha), ou na Índia, que está a construir um muro à volta do Bangladesh? Se calhar sou mesmo só eu que acredito nos direitos humanos (por isso é que vou ter dificuldade em votar, não voto nem em partidos de direita que acham Hitler um idolo, nem em partidos de esquerda que idolatram Estaline).
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Aprende a comer, companheiro
aprende a comer, companheiro
Que a Janet se vai pronunciar
que a Janet se vai pronunciar
Que a fome está a passar por aqui
que a fome está a passar por aqui
Não comas bife
Não comas bife
( ritmo marcado por pandeireta )
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Depois de, entre outras, “os filhos de Boaventura”, Helena Matos joga na praça outra contribuição notável para o léxico português contemporâneo. Os “pandeiretas”. Obrigado.
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É verdade. Este post está muito inspirado e os” pandeiretas peticionários “foi um achado.
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Eu chamava-lhes os indignados dos flash-mongos mas pandeiretas é mais simples e certeiro. E são tal e qual como a HM descreveu- vivem a ver tv, indignam-se de forma byte para imitar o “amigo” e deixar smile e, no dia seguinte já esqueceram essa indignação porque andam a toque mediático e a novela é outra.
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Isto sem zazie ao lado de helena nao tinha piada;
a caminho do ” movimento nacional feminino” do blasfemias.
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