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A perspectiva da bolacha

21 Novembro, 2012

Nicolau Santos escreve hoje este texto no EXPRESSO: «Supermercado do centro comercial das Amoreiras, fim da tarde de terça-feira. Uma jovem mãe, acompanhada do filho com seis anos, está a pagar algumas compras que fez: leite, manteiga, fiambre, detergentes e mais alguns produtos. Quando chega ao fim, a empregada da caixa revela: são 84 euros. A mãe tem um sobressalto, olha para o dinheiro que traz na mão e diz: vou ter de deixar algumas coisas. Só tenho 70 euros. Começa a pôr de lado vários produtos e vai perguntando à empregada da caixa se já chega. Não, ainda não. Ainda falta. Mais uma coisa. Outra. Ainda é preciso mais? É. Então este pacote de bolachas também fica. Aí o menino agarra na manga do casaco da mãe e fala: Mamã, as bolachas não, as bolachas não. São as que eu levo para a escola. A mãe, meio envergonhada até porque a fila por trás dela começava a engrossar, responde: tem de ser, meu filho. E o menino de lágrima no canto do olho a insistir: mamã, as bolachas não. As bolachas não. O momento embaraçoso é quebrado pela senhora atrás da jovem mãe. Quanto são as bolachas, pergunta à empregada da caixa. Ponha na minha conta. O menino sorriu. Mas foi um sorriso muito envergonhado. A mãe agradeceu ainda mais envergonhada. A pobreza de quem nunca pensou que um dia ia ser pobre enche de vergonha e pudor os que a sofrem. Tenho a certeza que o ministro Vítor Gaspar não conhece este menino, o que seria obviamente muito improvável. Mas desconfio que o ministro Vítor Gaspar não conhece nenhuns meninos que estejam a passar pela mesma situação. Ou se conhece considera que esse é o preço a pagar pela famoso ajustamento. É isso que é muito preocupante»

Claro que se o PS fosse governo a crónica do Nicolau Santos seria mais na base do menino que estava a aprender a fazer escolhas alimentarmente saudáveis  e que o primeiro-ministro tinha anunciado a construção em parceria público-privada de um gigantesco complexo industrial de produção de bolachas que iria revolucionar o mercado mundial da bolacha além de garantir a cada criança portuguesa uma caixa de bolachas dieteticamente equilibradas por mês. E o primeiro-ministro ele mesmo mais o ministro das finanças criariam uma linha onde os meninos beneficiados pelas novas bolachas deixariam o seu testemunho.

Se o PCP fosse governo os meninos não compravam  bolachas não só porque as prateleiras estavam vazias mas sobretudo porque as bolachas eram feitas em sessões dos pioneiros: a bolacha resulta de um processo colectivo de transformação dos bens produzidos nas unidades colectivas, logo existe toda uma perspectiva comunitária da bolacha. E o Nicolau Santos caso ainda tivesse coluna no Expresso escreveria sobre poesia e sobre a importância do preço tabelado nas bolachas uma iniciativa que remonta a um portaria revolucionária de Setembro de 1974  quando  em plena crise de demissão de Spínola um membro do governo criava um regime de preços máximos de venda para a bolacha Maria dado que esta, explicava o legislador, ao contrário doutros tipos de biscoitos, era consumida “em especial pelas classes de menores rendimentos”

Se o BE fosse governo não havia bolachas para comprar a não ser nos clubes gourmet da élite e o povo ia-se abastecendo de biscoitos artesanais numas feiras de trocas de produtos.  O Nicolau Santos não escrevia sobre os meninos e as bolachas porque no dia seguinte caía-lhe em cima uma campanha acusando-o de promover a obesidade infantil e a habituação a alimentos geneticamente modificados como são  os cerais usados nas bolachas.

Em conclusão: a bem da qualidade literária  da página on line do Expresso  o PS tem de ir rapidamente para o governo.

76 comentários leave one →
  1. joao permalink
    21 Novembro, 2012 16:09

    eh,eh,eh…..o nicolau anda a comer muitas bolachas…..

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  2. jsf permalink
    21 Novembro, 2012 16:09

    Essa de falar dos outros para desculpar os nossos fica assim meio triste e demonstra uma certa falta de inteligência, tanto mais quando se tentam branquear factos

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  3. 21 Novembro, 2012 16:10

    Faltaria acrescentar que o papel da senhora que ajudou, pagando as bolachas do menino seria rapidamente atacada por toda a esquerda (ver caso Isabel Jonet) pois o menino teria que chorar bastante, o suficiente para reunir a indignação necessária para se juntar às manifs de esquerda e aos apedrejadores de xuis. E aos votantes do BE…
    http://notaslivres.blogspot.pt/2012/11/erros-governativos-ii.html

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  4. zeca marreca permalink
    21 Novembro, 2012 16:14

    E sobre a criança, e as bolachas que não leva para a escola nada tem a dizer a Leninha?

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  5. Esmeralda permalink
    21 Novembro, 2012 16:16

    Uma boa risada faz muito melhor à saúde que as bolchas pouco recomendáveis cheias de acúcar e outros produtos, pouco recomendáveis também. Que até deixaram de estar à venda nas cantinas das escolas. Obrigada Helena, por ainda me dar motivos para rir. Não pela maneira como certa imprensa e certos jornalistas manobram e manipulam a opinião pública, mas pela idiotice do assunto de Nicolau Santos e pela ironia da Helena. Ouvi no Economix, João Cravinho dizer que se estão “a diabolizar as PPPs”… Diabolicamente confuso? Ou irritante quererem fazer sempre de nós parvos? E Vitor Bento diz que “a instabilidade financeira pode pôr em causa a democracia”. Certo. Só que a democracia anda a ser posta em causa há um largo tempo por partidos políticos exangues de valores, ideias e ideais.

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  6. jsf permalink
    21 Novembro, 2012 16:17

    Sabes zeca marreca? essa criança não interessa pois é filha dela!

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  7. Eduardo permalink
    21 Novembro, 2012 16:19

    Alguém pode informar o Nicolau Santos que as merdas que a senhora comprou não custam 84 euros? Vê-se mesmo que não vai às compras… e que inventou a história.

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  8. pedro permalink
    21 Novembro, 2012 16:21

    esse nicolau não era um que gostava muito do 1º ministro da bancarrota!

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  9. JOSÉ DIAS permalink
    21 Novembro, 2012 16:28

    Relmente esse Nicolau é “fresco”. Faz parte da “pandilha que insiste em afundar ainda mais Portugal

    Não é só o Sócrates e os outro capangas que deverão ser julgados.
    Há por aí muitos Nicolau que são coniventes com que sucedeu e por isso por mim deve m ir sentar-se mo “mocho”
    Como foi possível e é certa gente continuar a andar por aí e emitirem opiniões falaciosas e nada lhes suceda.
    País de mansos como diz o Medina Carreira.

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  10. piscoiso permalink
    21 Novembro, 2012 16:29

    Da historieta do Nicolau só discordo dos 84 euros.
    “Leite, manteiga, fiambre, detergentes e mais alguns produtos” para chegarem a 84€ seria necessário que o “mais alguns produtos” custassem mais de 70€.
    Tenho aqui à mão um catálogo do Jumbo que me deixaram na caixa do correio e por 70€ a criança podia levar por exemplo uma “Mesa de Matraquilhos 121x61x80” ao preço de 64,99€ e ainda crescia dinheiro para uma galettes brettones.

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  11. A C da Silveira permalink
    21 Novembro, 2012 16:43

    O Nocolau Santos devia ter vergonha, porque apoiou sempre quem trouxe Portugal a esta situação. No lugar de falar no Gaspar ficava-lhe muito melhor falar no Teixeira dos Santos, que ele passou cinco anos a elogiar na sua pagina do Expresso, enquanto o seu guru afundava isto.

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  12. Tiro ao Alvo permalink
    21 Novembro, 2012 16:49

    O Nicolau ainda a ficar meio amalucado, e a família não sabe. Essa estória do supermercado já não é nova. Se não erro, li-a no Expresso, há algum tempo e assinada pelo mesmo autor. Só não sei se os euros eram os mesmos.
    O Nicolau, não podendo dizer bem do Sócrates, como gostaria, anda a repetir-se e… quem perde é o jornal, que até era um bom jornal.

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  13. pedro permalink
    21 Novembro, 2012 16:52

    sr A.C. Silveira : Deus é grande e pelo ar que se respira no país parece que desta vez isto vai sobrar para alguém. Claro que vai haver injustiças mas a vontade do povo é também utilizar a mota ali do Hamas para puxar alguns dos que trouxeram a nossa terra à falência moral e financeira em que estamos .

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  14. 21 Novembro, 2012 16:52

    Esse tal de Nicolau Santos dá aulas numa escola para deficientes mentais ou está lá internado?

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  15. Castrol permalink
    21 Novembro, 2012 16:54

    Se o assunto não fosse tão sério, fartava-me de rir com o teor da missiva do senhor Nicolau Santos!!!
    Definitivamente somos um País de jornalistas medíocres e comentadores políticos da treta.
    Usar a fome dos outros para fazer jornalismo rasca e analogias rasteiras com políticos e governantes, é no mínimo criminoso!
    Esta corja de FDP, em vez de ajudar a superar a crise em que o Filósofo nos deixou, enche a barriga à custa da crise!

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  16. Eleutério Viegas permalink
    21 Novembro, 2012 17:05

    Este tipo é um palhaço ignorante. Deve ser, também, bastante lambecus no emprego… Se o não fosse já estaria no Centro de Emprego a candidatar-se a assistente social.

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  17. J. Raposo permalink
    21 Novembro, 2012 17:07

    Péssimo pseudo miserabilismo neo-realista .
    Até nisso estão desactualizados os amanuenses pasquineiros cá do burgo.

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  18. Paulo permalink
    21 Novembro, 2012 17:10

    Para lá do aspecto ridículo, esse Nicolau sempre nos habituou a palermice em fardos.
    .
    É mais um para a prateleira dos nogueiras

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  19. José Manuel Moreira permalink
    21 Novembro, 2012 17:13

    Os economistas fracassados costumam dar em sociólogos e têm tendência a não distinguir entre solidariedade como virtude e solidariedade como sentimento: Quanto ao Expresso, vai ter o mesmo fim do Público. Um Bonfim

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  20. 21 Novembro, 2012 17:15

    Chiça, 70€?
    Ela que vá ao Lidl que fica mais bem servida!
    A ir ao pão de açúcar até o Belmiro vai à falência!
    R.

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  21. Perplexo permalink
    21 Novembro, 2012 17:16

    E o que escreveria a Helena Matos em cada uma destas situações? Usaria também o comentário, quiçá piegas, mas absolutamente legítimo de um colega, para fazer graçolas?

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  22. 21 Novembro, 2012 17:19

    E no link, a crónica data de 2008!
    Já aí o Piscoito e o Portela eram umas aves raras que só visto. Impressionante! Estes tipos são mesmo prata da casa.
    R.

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  23. 21 Novembro, 2012 17:23

    … a ver se o artista se chegou à frente pediu autorização à mamã e ofereceu as ‘lachas ao menino. Ou seja praticar o natal, que é quando um homem quer.
    É um absoluto imbecil. O que vale mesmo é que já deixei de lhe garantir o ordenado vai pra 3 meses e meio.

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  24. 21 Novembro, 2012 17:33

    “Quanto ao Expresso, vai ter o mesmo fim do Público. Um Bonfim”
    É tão evidente que até dá a impressão que é de propósito.

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  25. Pedrum permalink
    21 Novembro, 2012 17:39

    Esse Nicolau Santos devia ter vergonha na cara. Passou anos a defender as megalomanias que nos faliram, e agora vem falar dos pobres. FdP.

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  26. murphy permalink
    21 Novembro, 2012 17:43

    A certa altura pensei que o Nicolau fosse oferecer o pacote de bolachas, mas presumo que os deveres de “imparcialidade” a que os jornalistas estão obrigados, o impedisse. Os jornalistas portugueses respeitam muito o código de ética a que estão obrigados…
    http://jornalismoassim.blogspot.pt/

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  27. 21 Novembro, 2012 17:43

    Admito que o episódio descrito por Nicolau Santos tivesse ocorrido. Infelizmente, não é caso único. Há meses, presenciei dois casos de pessoas que contavam cêntimos para pagar produtos na caixa registadora e que só não ficam no super e no hiper, porque alguém, apercebendo-se da latente miséria os paga e oferece.
    A causa dessa miséria tem rosto : o amigo (de NSantos) José Sócrates. E Teixeira dos Santos, não esquecendo o conivente Vítor Constâncio, entre outros, incluindo deputados. Pois.
    O efeito da crescente miséria também tem rosto : a insensibilidade humana de PPCoelho e de VGaspar — e são muitos os casos de cortes em baixas pensões e reformas, crescente desemprego, ordenados reduzidos, aumento de impostos, etc, etc. Também com conivências, incluindo deputados que almoçam muito bem por 5 Euros, sem sairem da “casa da democracia” (*).
    Etc, etc.
    Em conclusão : Helena Matos tem de avisar os seus amigos do governo que há cada vez mais fome no país. E, quanto antes, que cortem nas “gorduras do Estado” e de quem o reperesenta.
    ————————————–
    Recentemente, vi um conhecido ministro a jogar à fartazana(!) no Casino Lisboa. À frente de toda a gente, depois de se ter banqueteado no nada barato restaurante — belo exemplo, não haja dúvida.
    (*) A propósito : quem pagará os regulares(!) e caríssimos repastos de ministros e secretários de estado num restaurante ***** lisboeta ?

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  28. Xico Cabaço permalink
    21 Novembro, 2012 17:50

    O «post» e a maioria dos comentários vêm dar razão ao gajo do laço.
    .
    O mínimo que se pode dizer é lamentável, o máximo é que sois uns labregos FDP.
    .
    Porquê?
    .
    Não sei se a «estória» do do laço é verdadeira ou invenção de secretária; apenas sei que tem correspondência à realidade. E os labregos comentadores riem-se da ironia da Flatos e da sua sapiência. A miséria e os outros que se f*dam, pois andaram a gastar demais.
    .
    Entretanto, aqui ao lado, as pessoas voltaram a ir fazer as suas necessidades fisiológicas ao quintal. Riam-se também desta e desviam para esse c*brão que vive em Paris. Ela chama-se Maria do Rosário, já passou os 90 e vive sozinha aqui, a meio caminho entre a Beira Alta e Trás-os-Montes. Ela não tem casa de banho. Ela não tem água potável, pois já não há dinheiro. Televisão ou aquecimento, isso sim é matéria para rir. Ela não vai ao médico porque não há dinheiro para pagar a consulta, para os medicamentos ou para exames clínicos. Com a idade que tem também já podia ir indo, que só anda a dar despesa. Ela sobrevive com as couves, as batatas e os feijões que os vizinhos da aldeia vão dando. Quando havia saúde, ainda cultivava o quintaleco; agora o mesmo só serve para as necessidades fisiológicas.
    .
    Helena Flatos, vá para a PQP! A miséria não se presta a merdelhices e ironias de gente bem. Os comentadeiros que riam da fineza da Flatos que sigam a líder.

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  29. 21 Novembro, 2012 17:53

    Às tantas, depois da dívida monumental que o circo CDS-PSD-PS criou nas últimas décadas, pergunto-me se os próprios “comunas” não teriam feito melhor. Se tomarmos como exemplo a gestão autárquica, talvez estivéssemos menos endividados… Nunca tinha pensado isto.
    Felizmente a futuróloga Helena Matos esclareceu-me com a sua habitual clarividência…

    (nota: nem de perto nem de longe me situo no quadrante ideológico dos ditos cujos…)

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  30. votoembranco permalink
    21 Novembro, 2012 17:53

    Sem ser por acaso já vi adultos a vasculharem os sacos do lixo que ficam na rua à espera da recolha.
    Crianças é que nunca vi, até porque a hora da “vasculhice” é tardia e as crianças devem ir cedo para a cama.
    E também já vi velhotes a perguntarem ao farmaceutico qual dos tres medicamentos que o médico lhes receitou é melhor, pois só podem pagar um.
    Crianças é que nunca vi nesses regateios.
    E nos supermercados é normal vermos pessoas a “enganarem-se” nas contas e a deixarem produtos na caixa.
    Crianças é que nunca vi, pois quando são muito pequenas não devem saber fazer contas.
    De facto não vi crianças, mas não é dificil imaginá-las nestes contornos de miséria cada vez mais frequentes.
    Deve ser bom viver no bairro da helena matos, onde as ruas estão vazias de “vasculhadores”, onde as farmácias não têm pedintes e onde as lojas gourmet são frequentadas por pessoas que nem fazem contas.
    Se calhar o Nicolau, por escrever este artigo, deve viver num bairro menos chic!

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  31. joao permalink
    21 Novembro, 2012 17:55

    não digam mal dos ex-governates xuxalistas que levaram o país à bancarrota. Afinal quase todos vivem com ajuda dos pais…mesmo o que se exilou em Paris !!!!!

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  32. 21 Novembro, 2012 17:58

    O caso aconteceu.
    Eu estava lá, atrás da senhora que deu o resto que faltava para as compras.
    O miúdo é filho do Rogério.
    O Rogério está aqui
    http://a-carraca-rabejadora.blogspot.pt/2008/07/o-menino-da-lgrima-histria-verdadeira.html

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  33. jojoratazana permalink
    21 Novembro, 2012 18:30

    Dona Helena Matos desde já os meus parabéns, este é sem dúvida o seu melhor post de sempre.
    Digno de uma ensaísta, manipuladora e sem princípios, apenas com um fim.
    Denegrir todos aqueles, que não lhe pagam o seu preço.
    E isso tem um nome.

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  34. Portela Menos 1 permalink
    21 Novembro, 2012 18:42

    com a devida vénia de FADO ALEX:
    (…) Os minutos foram passando e a expectativa de finalmente ser reconhecido deu lugar ao desconsolo. Num ataque de fúria Rogério destruiu o cenário e fugiu para o Bairro da Sé à procura de um chuto… Nunca mais largou o vício.(…)

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  35. Portela Menos 1 permalink
    21 Novembro, 2012 18:44

    Quando Esmeralda(s) riem do post de Helena…está tudo dito sobre a natureza humana de uma e de outra.

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  36. piscoiso permalink
    21 Novembro, 2012 18:53

    Fado Alexandrino, essa do Rogério foi bem achada.
    Não resisto a mostrá-la:
    O Menino da Lágrima… Muito se tem dito sobre a personagem que serviu de modelo a esta pintura que ocupa o terceiro lugar do ranking das representações mais frequentes nas paredes das casas de todo o mundo. O primeiro lugar, todos sabem, é a Última Ceia e o segundo são as manchas de humidade.
    Afinal quem é o Menino da Lágrima? De onde é ele? Que idade tem? Porque chora? Está dentro da escolaridade obrigatória? Que raio é aquilo que traz vestido?
    Vamos às respostas…

    Primeira grande revelação… O Menino da Lágrima é português! É verdade! Rogério (assim se chama o menino da lágrima) nasceu a nasceu a 31 de Janeiro de 1945 em Valongo.
    A sua mãe, Maria Eleutéria era aguadeira. A água que recolhia na Serra de Valongo era vendida nas casas nobres da cidade do Porto. Todos os dias Maria Eleutéria fazia vários quilómetros para ir buscar água à serra e para depois vender no Porto. A mãe de Rogério era viúva de Horácio Clemente.
    Horácio Clemente, o pai de Rogério, trabalhava nas minas de Valongo quando foi vitimado por uma repentina derrocada. Os seus restos mortais nunca foram recuperados. O acidente aconteceu quando Rogério tinha apenas 2 anos de idade pelo que não guardou memórias do seu pai.
    Este episódio viria a marcar toda a vida de Rogério pelos motivos que a seguir vos revelo. Amargurada pela angústia de uma viuvez na flor da idade Maria Eleutéria afogou as suas mágoas nos braços de um rico comerciante de peles da cidade do Porto. Este convenceu Maria Eleutéria a deixar o filho num lar para que fugissem para o Brasil. Maria Eleutéria assim o fez e nunca mais se soube do seu paradeiro.
    Nesta altura tinha Rogério três anos e começaria em breve a verter as primeiras lágrimas. Pde. Manuel Aivoso, cónego responsável pelo lar de Santa Quitéria em Valongo cedo cuidou de se responsabilizar pelo petiz de olhos azuis e ar triste que quebra o coração.
    Os anos foram passando e Rogério ocupou o lugar de protegido do Pde Manuel Aivoso. Este facto, como devem imaginar, promoveu a inveja e o ódio das outras crianças pois todas queriam poder sentar-se no colo desnudado do Pde Manuel naquelas noites de verão em que ele trocava rebuçados por beijinhos.
    Estas trocas inocentes valeram algumas coças de inveja ao Rogério e também um grave problema de saúde: diabetes. O açúcar que Rogério ingeria incessantemente deixaria vestígios para o resto da sua vida.
    O Pde Manuel foi um dia visitado por um pintor que lhe disse que gostaria de retratar uma das crianças que vira no coro da missa dominical. Essa criança era Rogério.
    Corria o mês de Junho quando o pintor (será identificado com as iniciais J.M. para não revelar a sua identidade)visitou o lar. A pedido deste Rogério foi levado para o jardim para que pudesse ser retratado num cenário colorido e jovial. Acontece que Rogério era alérgico às gramíneas e passou toda a tarde a fungar e com a vistinha direita a chorar-lhe. A espera de J.M. por um sorriso na cara de Rogério deu lugar à impaciência e esta ao desespero. Como não queria perder o episódio desse dia da rádio-novela, J.M. decidiu não demorar mais tempo e pintar Rogério assim mesmo, com uma lágrima a correr-lhe da face. Assim nasceu um ícone da pintura do século XX!
    Quando J.M. chegou a casa ligou a rádio mas não conseguia tirar os olhos do quadro que havia pintado. Aquela lágrima não condizia com o cenário alegre e colorido por trás do Menino assim J.M. tomou uma decisão drástica. Mudou a paisagem atrás de Rogério e acrescentou-lhe o vestuário pesado e triste que hoje todos conhecemos. Deve explicar-se que devido ao calor desse dia (e à insistência do Pde. Manuel) Rogério posara em tronco nu.
    Não passaram muitas semanas até que J.M. visitou novamente o lar e o Pde. Manuel. Nesse espaço de tempo J.M. tinha exposto o quadro na mercearia do seu pai e fizera tal sucesso que recebeu 57 encomendas. J.M. deslocou-se ao lar para apresentar ao Pde. uma ideia que, na sua opinião traria fama e fortuna para si e para o lar. O Pde. Manuel não enjeitou a oportunidade e no fim-de-semana seguinte, no final das cerimónias de primeira comunhão, Rogério foi colocado numa bancada onde assinou todas as cópias que J.M. havia entretanto vendido. As pessoas pediam a Rogério que soltasse uma lágrima e, para que tal acontecesse, Pde. Manuel, sentado ao lado de Rogério, picava-o com uma pequena taxa por baixo da mesa.
    Este episódio trouxe, de facto, fama para Rogério. Acontece que, como qualquer teenager pop-star Rogério não soube medir os seus actos e gerir a sua carreira e em breve seria muito frequente vê-lo a vaguear até bem tarde pela Baixa do Porto (segundo alguns testemunhos não era raro vê-lo pelas ruas lá prás dez da noite).
    Rogério começou a frequentar lugares de fama duvidosa e a fazer-se acompanhar por ganapos mal intencionados. Antes que desse por ela já Rogério era um jovem nos seus vinte anos, agarrado ao LSD, ao sexo livre e à Cola Canadá Dry.
    Os conhecimentos de um nobre portuense amigo do Pde Manuel levaram Rogério até Londres. O objectivo era recuperar Rogério para a sociedade mas a capital Inglesa não era o melhor lugar para tal…
    Pouco tempo passou desde a chegada a Londres para que o rapaz se perdesse novamente. Em Londres, e em todo o Reino Unido, Rogério também era conhecido (Roger, The Tear Boy) e frequentemente assinava contratos com discotecas para chamar povo…
    Os anos foram-se passando e Rogério era agora um trapo. A sua expressão mais triste do que nunca devia-se às saudades dos rebuçados do Pde. Manuel… E chorava.
    Em meados dos anos 80, e aproveitando a viagem de um clube londrino à cidade do Porto, Rogério regressou ao seu país. Para sua tristeza o Pde. Manuel já havia falecido (na cadeia a cumprir pena por abuso de menores) e o pintor J.M. havia sido assassinado por uma seita à qual tinha aderido.
    Rogério estava irreconhecível e por muito que insistisse com a as pessoas dizendo que era o Menino da Lágrima, ninguém lhe dava crédito. A sua vida parecia condenada ao fracasso e ao sofrimento mas Rogério tinha um último trunfo. Esperou pacientemente pela primavera e pela polinização das gramíneas e montou um cenário idêntico ao da pintura que o havia tornado célebre. No dia 21 de Maio de 1991 na Rotunda da Boavista, Rogério vestiu-se com sacos de serapilheira e sentou-se na frente do seu cenário. Em breve começou a sentir a alergia e as lágrimas de alegria misturaram-se com as provocadas pelo pólen.
    Os minutos foram passando e a expectativa de finalmente ser reconhecido deu lugar ao desconsolo. Num ataque de fúria Rogério destruiu o cenário e fugiu para o Bairro da Sé à procura de um chuto… Nunca mais largou o vício.
    Hoje em dia, se quiserem ver o Rogério é ir às redondezas do hospital de Santo António. O Rogério anda por lá a arrumar carros e a chorar…

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  37. piscoiso permalink
    21 Novembro, 2012 18:55


    O menino da lágrima

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  38. Zé da Póvoa permalink
    21 Novembro, 2012 19:24

    Para quem ainda tivesse dúvidas sobre estes escrivas arregimentados pelo Relvas, nem precisa de ler este post até ao fim para, antes disso, ser atacado pelas náuseas. A situação descrita pelo Nicolau Santos é idêntica a muitas, cada vez mais, que vão acontecendo por esse país fora. Os FDP (filhos do pote)têm que as vir negar para tentar tapar o sol com a peneira, insinuando que não há miséria em Portugal. Há miséria, muita miséria, não só alimentar, mas também moral, em especial destes cretinos vendidos por dez reis de mel coado!

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  39. General permalink
    21 Novembro, 2012 19:32

    Quem levar bolachas para escola é gordo fascista !

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  40. JDGF permalink
    21 Novembro, 2012 20:10

    Helena esqueceu-se de completar as hipóteses e contar o que, na verdade, sucederia se o PSD (ou CDS/PSD) fosse Governo.
    Poderia ser mais ou menos assim.
    Aparecia um senhor cheio de boas maneiras, voz dolicodoce, a apontar não um mas 10 pacotes de bolachas na prateleira.
    Dizia o senhor: se te portares bem, são todas tuas. O menino acredita e a mãe deixa-se levar. Depois de arrecadar os 10 pacotes de bolacha, passa a caixa e ao sair do supermercado aparecem os seguranças a exigir não 10 mas 15 pacotes.
    Atalha a mãe: mas só tenho 10 que foram dados por aquele senhor. Responde o capanga: tenho ordens para ‘ajustar’ o saco de compras…São ‘tempos de emergência’
    Entretanto, o benemérito senhor gesticulava na zona de circulação das caixas e afirmava alto em bom som: …‘estão, como podem ver, claramente, a viver acima das suas possibilidades’
    Quod erat demonstrandum!… remata o capataz do supermercado.
    ‘Deixe de ser miserável e habitue-se a ser pobre’, dizia uma senhora (de nome Isabel) que tinha um acampamento no átrio do supermercado…

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  41. 21 Novembro, 2012 21:00

    Helena.
    E um comentario á historia do miudo??? Definitavamente NÃO PRESTAS

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  42. JP Ribeiro permalink
    21 Novembro, 2012 21:35

    O Sr Nicolau Santos escreve um artigo manifestamente inventado (algumas compras que fez: leite, manteiga, fiambre, detergentes e mais alguns produtos = 84€), manipulador dos sentimentos das pessoas (menino de lágrima no canto do olho a pedir que não lhe tirem as bolachas). A Helena Matos escreve um post sarcático a expor a falsidade. Onde é que está o motivo para tanta sanha? É que ela meteu na história o PCP, e o PCP é sagrado. Não se pode brincar com a religião PCP. Saltam logo dos buracos, que nem cobras a quem pisaram o rabo.
    Mas tendo a concordar com ela. Se o PS fosse governo o Sr Santos e muitos como ele estava tranquilo a escrever baboseiras no Expesso e, sob pseudónimo, nas outras actividades lúdicas do Sr Balsemão. O país estava calmo e com as quotas de mercado controladas. Quem não tem filhos não pensa nos netos nem nas contas que estes “hadem” pagar.
    Não se esqueçam portanto de continuar a comprar jornais auto-intitulados de referência, se se querem manter informados e devidamente formatados. É que é uma tarefa ardua, a de pensar pela própria cabeça.

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  43. 1berto permalink
    21 Novembro, 2012 21:36

    Pronto! Os direitolas já têm a sua Isabel Jonet!

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  44. Zé Carioca permalink
    21 Novembro, 2012 22:06

    E aqueles que nem na fila do supermercado estão? Um povo que elegeu durante várias décadas a mesma incompetência, a mesma cambada de mentirosos, a mesma corrupção e as mesmas elites iluminadas, mesmo “pintadas” de cores diferentes, merece uma ditadura, porque é tão culpado quanto elas, venha a dita que bem a merecemos. Vejam bem para “quem” vai o dinheiro do vosso ordenado e facilmente chegarão à conclusão que não são mais do que uma dezena de famílias e/ou grupos económicos.

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  45. 21 Novembro, 2012 23:11

    Caramba! Uma pelintra armada em rica a fazer compras no Pão de Açúcar das Amoreiras? Por que não vai ao Minipreço?

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  46. Rocco permalink
    21 Novembro, 2012 23:14

    Este nicolau é um verme axuxalhado e graxista desde que era um estudantezeco burro do ISE (agora ISEG). por ser um graxista é que ainda ganha “o dele” no jornalejo do velhadas balsemão. Eles vão deixando este jornas de meia tigela andar por lá até ao próximo despedimento colectivo…

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    • JOSÉ DIAS permalink
      26 Novembro, 2012 09:59

      ESPERO BEM QUE O DESPEDIMENTO COLETIVO ESTEJA PARA MUITO BREVE,
      POR MIM JÁ DEIXEI DE COMPRAR O PASQUIM E DE LIGAR PARA A SIC.

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  47. 21 Novembro, 2012 23:24

    Na mouche, Helena, e uma bolachada e meia no cretino armado em Espesso.

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  48. Portela Menos 1 permalink
    21 Novembro, 2012 23:50

    há aqui pessoal que gostar, gostar, só do CM, Crime…

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  49. Rocco permalink
    22 Novembro, 2012 00:11

    Este comuna do gajo com nome de aeroporto deve pensar que é muito “colto”…

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  50. edgar permalink
    22 Novembro, 2012 00:12

    À D. Helena fazia-lhe viver durante uns tempos como vive a grande maioria do povo. Passava logo a usar outras palavras, outros exemplos e talvez aprendesse a sentir dor com as dores dos outros, que isto de falar de cima da burra, como diz o povo, não ensina nada a ninguém.
    E já agora, sem ofensa, permita-me que lhe diga duas coisas:
    é muito feio gozar com a miséria dos outros e, na minha opinião, a D. Helena, como jornalista, não se aproxima, nem de perto nem de longe, do Nicolau Santos.

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  51. JCardoso permalink
    22 Novembro, 2012 01:09

    Essa historieta do lacinhos está muito mal contada. Supermercado no centro comercial Amoreiras cheira logo a gente que anda a contar os cêntimos.
    Faço compras semanais para uma casa de 3 pessoas e raramente ultrapasso os 50€, tá bem que não vou aos extras, é mesmo para o que é necessário para a semana e não é para passar fome, 84€ de compras, uma mãe e uma criança, nem sei se podem com as compras, a menos que levem só umas caixas de caviar e bolachas.
    O lacinhos vê-se mesmo que não faz compras e nem sabe o que se pode levar com 80€. Dos produtos que descreveu, duvido muito, para quem anda a contar os cêntimos compras no Amoreiras, ná, isso é o local onde o lacinhos costuma comprar a colecção de lacinhos e ao comprar mais uns tantos nas Amoreiras, teve um rebate de consciência e decidiu escrever esta historieta para comover as pedras da calçada da frente da Assembeia da República.
    Devia ter vergonha e nem ao menos se ofereceu para pagar o que faltava à senhora, egoísta.

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  52. Xico Cabaço permalink
    22 Novembro, 2012 03:03

    Em suma, a cada bostadela que caga, a Flatos mostra cada vez mais ser muito reles!

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  53. 22 Novembro, 2012 10:38

    O PS para o governo e a Helena Matos para o manicómio!

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  54. mr shankly permalink
    22 Novembro, 2012 11:10

    A Helena é insuportável. Quase tudo o que escreve é: se fosse o PS no Governo, fulano não escrevia isto. Ou: sicrano escreveu isto sobre um dirigente de esquerda, se fosse sobre um de direita escrevia outra coisa.
    No fundo, pede aos cronistas a imparcialidade de que é, ela própria, incapaz. A imagem que fica é de uma criança invejosa e mal-educada. Insuportável, portanto.

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  55. João Esteves permalink
    22 Novembro, 2012 11:30

    Lamentável, este texto.
    Quando faltam argumentos, tenta-se tapar o sol com a peneira e baralhar para tentar voltar a dar. Ainda me lembro, em 75, enquanto miudo e familiar de proprietários de um supermercado no Algarve, dos magotes de litros de leite que existiam em armazém, enquanto se dizia aos clientes que não havia.
    Quando houver motivos para criticar um governo do BE ou do PCP, serei o primeiro a fazê-lo. Até lá, impõe-se um mínimo de honestidade intelectual e reportar aos factos, atribuindo as responsabilidades de hoje a quem exerce hoje o poder.

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  56. Lucas Galuxo permalink
    22 Novembro, 2012 14:22

    Cara Helena,
    Tem escrito, nos últimos anos, as colunas de opinião e os posts que mais gostei de ler em jornais e blogs. Este texto é muito infeliz. Não está ao seu nível. Com a miséria e com a doença não se brinca.

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  57. Slint permalink
    22 Novembro, 2012 17:50

    Pelos vistos à helena nunca lhe faltaram bolachas. tal como o pessoal do psd/ps/cds só falam de barriga cheia.

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  58. Miguel A. Baptista permalink
    22 Novembro, 2012 18:44

    O artigo do Nicolau Santos (NS) é execrável. O NS tem todo o direito de ensaiar escritos neo-realistas. Até nem duvido da veracidade da história que conta nem de muitas outras com as quais, infelizmente, cada vez mais nos deparamos. O tema de capa da Visão de hoje são histórias de vida desse género.

    O NS tem também todo o direito, enquanto analista económico ou enquanto cidadão, de opinar que na sua perspectiva as políticas de Vítor Gaspar contribuem para o aumento de situações como as que descreve.

    O que NS não tem o direito é de dizer que Vítor Gaspar não conhece nenhuns meninos que estejam a passar pela situação porque ao dizer isso o quer dizer de facto é, na maior arrogância moral, que Vitor Gaspar se está a cagar para esses meninos.

    E para esse tipo de arrogância não há pachorra. Como dizia Giscard a Miterrand, « Vous n’avez pas le monopole du cœur ».

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    • JOSÉ DIAS permalink
      23 Novembro, 2012 09:51

      O LACINHOS ESTÁ À RASCA PORQUE O PINTO COM ESTES JORNALISTAS VAI TER DE SE ENTREGAR
      COM A ELES A OUTRA VIDA.
      ELESC SABEM E ENTÃO A CULPA É DO VITOR GASPAR. POBRES DIA BOS.

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      • 23 Novembro, 2012 10:11

        Tirar conclusões, José Dias, como as suas, é crime.

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      • JOSÉ DIAS permalink
        23 Novembro, 2012 10:22

        QUAL CRIME? MAS ATIRAR PEDRAS À PSO NÃO?
        E PORQUE SE É JORNALISTA PODE PERMANENTEMENTE O FENDER.SE A INTELIGENCIA DOS
        CIDADÃOS.? VAMOS DEIXAR-NOS DE COBARDIASD E FALSAS IDEOLOGIAS QUE PARECE SÓ SEREM DIREITO DE ALGUNS NOMEADA ME NTE O SR LACINHOS E AL GUNS DOS SEUS CA MARADAS.

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      • 23 Novembro, 2012 15:58

        Tudo o possível condenado tem (devia ter sempre) direito à sua defesa.
        Não conheço o sr. Lacinhos ou seus camaradas.

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      • JOSÉ DIAS permalink
        23 Novembro, 2012 16:34

        ACEITO E RECONHEÇO QUE TODA AS PESSOAS TEM DIREITO À SUA DEFESA.
        TAMBÉM NÃO CONHEÇO O SR NICOLAU SANTOS A nÂO SER PELAS SUAS OPINIÕES QUE CONSIDERO
        EM MUITOS CASOS TENDENCIOSAS E ATÉ TÉCNICAMENTE ERRADAS POR RAZÕES QUE ME
        PARECEM RESULTAR DE FRUSTRAÇÕES E ÓDIOS DE ESTIMAÇÃO POR PESSOAS QUE OCUPAM
        LUGARES DE RESPONSABILIDADE E RELEVÂNCIA.
        NÃO DESEJO SER TAMBÉM INJUSTO MAS PARECE-ME QUE O SR. NS NÃO PERDOA
        AQUEM NÃO LHE PRESTA A IMPORTANCIA QUE ELE SE JULGA TER.
        PACIE NCIA. TEMOS PENA.

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      • 26 Novembro, 2012 10:15

        Prezado José Dias, só errando é que se aprende.

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    • JOSÉ DIAS permalink
      25 Novembro, 2012 10:35

      Ofereçam uma “gravata ao NS. Tem maisa utidade porqie será decertp mais longa que um dos seus lacinhos
      e pode ser que num da sua imagem ao erspelho ele decida libertar-nos dos surs “artigos no jornal balsamico.

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  59. Flic Flac permalink
    22 Novembro, 2012 23:42

    O “idiota do lacinho” (é assim que respeitosamente – porque respeito as opiniões dos outros mas tenho o direito de as classificar – lhe chamo desde que um dia teceu uns comentários de calibre idêntico às socretinas laudas sobre o Glorioso) inventou a estória, como parece óbvio. Mas, admitamos que assistiu a ela? Como qualquer bon chic, bon genre à gauche o que fez? Foi comprar as bolachas ao puto? Não! Aguardou que outro matasse a fome à criança. Eis é o retrato da Esquerda caviar em todo o seu esplendor.

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  60. palavrossavrvs permalink
    23 Novembro, 2012 01:28

    O Nicolau sabe muito. Percebe de compaixão como eu de engenharia específica de foguetes espaciais.

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  61. Nascimento permalink
    23 Novembro, 2012 18:36

    A Helena escreve assimm ,porque o tipo do laço, nunca foi no jogo dela,….é que no meio dos jornaleiros, toda agente sabe, que a menina, gotsava era de escrivanhar no espesso.
    Assim como, quem lhe deu a mãozinha para a senhora aparecer nas televisoes etc e tal, armada em esperta, foram há época, os amigalhaços socialistas, pela mão da Maria Joao Seixas n aRTP2!!!!Não sabiam??? Só que a menina ,mordeu a mãozinha, a quem começou a dar-lhe a paparoca.O que diz bem da “qualidade” da menina!!!Pois vão ao arquivo que está lá ela e dessa vez, de cabelinho empastado; á MAOISTA…ou pensavam ,seus tótós, que há almoços grátis??

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  62. Jorge permalink
    23 Novembro, 2012 19:13

    Grande Helena

    Esta tudo bem e nao podia ser diferente (parafraseando o avô cavernoso)
    Deixemos o mercado funcionar.

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  63. 24 Novembro, 2012 11:27

    Ainda me lembro das crónicas desse ‘rameiro intelectual’ no tempo 2005-2011, o país na fuga para o abismo e ele trazia sempre boa parte do seu espaço escrito no Expresso dedicado aos bons exemplos da economia nacional…quanto ao resto, na maioria das vezes, era a defender o indefensável e a ‘amparar’ os xuxas deste país e de Angola onde ele se incluí. Por essa e por outras deixei de comprar esse pasquim semanal. Já para não vos lembrar que nos media ‘foi um dos grandes obreiros’ da toma do poder por Sócrates.

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  64. 25 Novembro, 2012 06:07

    Excelente post.

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