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Um retrato ideológico de Portugal

30 Novembro, 2012
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O New York Times disponibilizou ontem um álbum de fotografias sobre Portugal e a crise que vivemos. Fotografias a preto e branco, têm como missão pintar um retrato negro do país. Independentemente da qualidade estética, a qualidade jornalística do retrato é miserável. Não pela escolha das imagens, mas pelas legendas. Em 16 micro-textos, nove continham erros factuais ou outras incorrecções. Todas correspondiam à tentativa de traçar um retrato apocalíptico do país. Um retrato ideológico, não jornalístico. Senão vejamos:

Slide 1. A demolição de 12 casas ilegais na Amadora, em Julho, é descrita como tendo afecto um “bairro inteiro” habitado sobretudo por cabo-verdianos

Slide 2. A legenda informa que em Portugal a austeridade significa que há hospitais a fechar, o que é mentira, apesar de haver alguns que podiam e deviam fechar.

Slide 4. Uma imagem de pessoas à espera de alimentos gratuitos é utilizada para ilustrar a informação de que Portugal tem sido elogiado por quem nos empresta dinheiro.

Slide 5. O número escolhido para o número de desempregados não é o estimado pelo INE – 870 mil é o número oficial, a que alguns adicionam os “inactivos disponíveis mas que não procuram emprego”, mais 250 mil. No total, um máximo de 1,12 milhões, longe dos lunáticos 1,4 milhões da legenda do NYT.

Slide 6. A fotografia indica que a loja da imagem está fechada, supostamente por causa da crise. Azar: a imagem é da frontaria do antigo cinema Eden, nos Restauradores, onde funciona um hotel e uma Loja do Cidadão…

Slide 8. Os manifestantes que arrancaram a calçada para atirar pedras à polícia a 14 de Novembro são apresentados como sendo mainstream.

Slide 9. Informa que as greves se tornaram muito mais comuns. No sector privado não tenho dado por isso.

Slide 10. A legenda esquece-se d informar que os manifestantes que queimaram fotografias de Merkel quando ela veio a Lisboa eram escassas dezenas.

Slide 11. Entre o monte de desgraças portuguesas sobre as quais o NYT pretende informar os seus leitores está o aumento das propinas nas Universidades. Um aumento que não existiu mas dava jeito que existisse para a narrativa ser ainda mais melodramática.

Slide 14. Os vândalos que andam a grafittar as paredes são apresentados como “street artists”.

E por aqui me fico. Não sem antes referir que era possível ao NYT realizar uma reportagem muito parecida, porventura até mais negra, sem ter de sair de Nova Iorque. Ou mesmo de Manhatan.

80 comentários leave one →
  1. JP Ribeiro permalink
    30 Novembro, 2012 16:21

    Surpreende-me o teor do post porque o NYT não é diferente dos outros jornais, mesmo os que você dirigiu. E não é por ser um jornal “liberal” (de esquerda).
    Tenho uma amiga que vive em Atenas e que me garante que os motins e pneus queimados que vemos na tv não correspondem ao tranquilo quotidiano ateniense, nem nada que se pareça.
    Vivi de perto manifestações em Paris e Londres, as reportagens parecem ter sido feitas a partir da lua.
    O jornalismo é mesmo assim: vive de sangue. Quando não há sangue inventa-se.

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  2. 30 Novembro, 2012 16:30

    Querem ver que este ex-maoista está a tornar-se anti-americano…

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  3. helenafmatos permalink
    30 Novembro, 2012 16:42

    E o slide 3 que nem se percebe a que título está ali: “A man moved furnishings from the apartment of an elderly person who died a few days before in Lisbon. About 21 percent of the elderly in Portugal now live in poverty.”

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  4. castanheira antigo permalink
    30 Novembro, 2012 16:44

    Peanuts …
    Embora essas pequenas amostras sejam exageradas em si , também é verdade que a realidade é bem pior.
    Tendo em conta que que a dívida é a moeda dos escravos , e que o governo português se endividou (cavaco ,socrates e afins) sem perguntar aos portugueses se estariam de acordo , os escravizados deveriam ser aqueles responsaveis e não a generalidade dos portugueses , como está a acontecer.
    Esta historia não acabará certamente assim , com a escravização da generalidade dos portugueses efectivada com a coligação tácita de passos coelho e Sócrates , tentando esquecer e desresponsabilizar os verdadeiros culpados onde também os media ( vejam-se as “missas” de louvor ao regime que eram o prós e contras da rtp no tempo do socrates) dominados por muitos jornalistas ignorantes para não dizer corruptos funcionaram no sentido do maior roubo feito aos portugueses em toda a sua história.

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  5. Grunho permalink
    30 Novembro, 2012 16:47

    Faltou um slide que apresentasse o JMF a dizer asneiras e o descrevesse como filósofo.

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  6. 30 Novembro, 2012 16:55

    Até pode haver incoerências nesta foto-reportagem do NYT, mais a realidade sofrível e degradante do nosso país é inegável. Contudo, ainda há quem viva num estado de negação. E hoje dizem que o desemprego pode atingir os 17 por cento…

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  7. 30 Novembro, 2012 16:56

    Estas fotos impressas a azul bébé e cor-de-rosa intervencionadas por um fictício arco-íris, podiam constar num calendário natalício do governo PSD-PP.
    JMFernandes (jornalista e ex-director dum jornal) queria que o NYT editasse o quê ? Outras fotos, a pedido do gabinete de comunicação do governo ? A realidade actual assim crua e no NYT incomoda-o ?

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  8. jmmartinho permalink
    30 Novembro, 2012 17:03

    Isto é puro jornalismo hà maneira de jmf1957.

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  9. 30 Novembro, 2012 17:03

    O gabinete de comunicação do governo que conteste junto do NYT. E que convide um fotógrafo e um jornalista para reportarem a realidade !

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  10. Castrol permalink
    30 Novembro, 2012 17:07

    São assim os States…
    Só olham para o umbigo.
    Qualquer dia batem na parede e então é que vai ser o bom e o bonito…

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  11. adriano volframista permalink
    30 Novembro, 2012 17:10

    JMF
    Você acredita nos glutões?
    O país onde se publica o NYT tem o equivalente à população de Espanha sem cobertura médica. Há fotos de filas intermináveis de pessoas à espera de uma consulta gratuita que se, não fosse o fato de serem maioritariamente brancos, podia ser em um qualquer país africano.
    O “ventinho” Sandy colocou a nú as fragilidades das infraestruturas, anos de orçamentos “enxutos” em nome da eficiência deixaram (as infraestruturas) claramente debilitadas, de um dos ícones da América. Só uma excelente operação de spin evitou que se colocassem as questões que devem ser colocadas.
    Por isso, é com muita simpatia e alguma bonomia que vi a “reportagem”, sobre o nosso país, isenta e objetiva que o NYT realizou, como, aliás, é timbre dessa publicação.
    Cumprimentos
    adriano

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  12. 1berto permalink
    30 Novembro, 2012 17:12

    Há de facto alguma especulação em algumas fotografias, mas a realidade acaba por ser pior. O JMF não gosta que mostrem as consequências das políticas do seu governo, é natural. Há quem se sinta mal com a realidade e prefira viver na ilusão.

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  13. EMS permalink
    30 Novembro, 2012 17:35

    Um retrato ideológico da Helena Matos…

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  14. tric permalink
    30 Novembro, 2012 17:56

    agora que Portugal votou a favor da Palestina…

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  15. piscoiso permalink
    30 Novembro, 2012 18:41

    Chapeau às fotos do brasileiro Mauricio Lima, que em meia dúzia de imagens consegue reproduzir o realismo de um Portugal atual. As legendas nem as li, porque as imagens dizem tudo.
    Quanto ao texto de jmf1957, é o costume, o seu serviço.

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  16. o fantasma permalink
    30 Novembro, 2012 19:00

    E porquê ninguém mandas esses malandrins e outros que por aqui andam para o raio que os parta?

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  17. Jorge permalink
    30 Novembro, 2012 19:07

    Não comprem o NYT que é prosovietico e estatal ou como o JMF nao é bom tradutores nao sabe Ingles

    Slide 1. A demolição de 12 casas ilegais na Amadora, em Julho, é descrita como tendo afecto um “bairro inteiro” habitado sobretudo por cabo-verdianos. A legenda diz que o bairro foi considerado ilegal pelas autoridade locais e que começaram a demolir casas .

    Slide 2. A legenda informa que em Portugal a austeridade significa que há hospitais a fechar, o que é mentira, apesar de haver alguns que podiam e deviam fechar. Claro que fecharam centros de saude ( nao existe este conceito nos US ) e serviços dos hospitais fecharam e que urgências fecharam ou foram limitadas e que se preparam para fechar hospitais. Já Sócrates o pretendia

    Slide 4. Uma imagem de pessoas à espera de alimentos gratuitos é utilizada para ilustrar a informação de que Portugal tem sido elogiado por quem nos empresta dinheiro. Claro foi com o empréstimo que as medidas de austeridade tiveram impacto na fome que hoje é um quotidiano em Portugal.

    Slide 5. O número escolhido para o número de desempregados não é o estimado pelo INE – 870 mil é o número oficial, a que alguns adicionam os “inactivos disponíveis mas que não procuram emprego”, mais 250 mil. No total, um máximo de 1,12 milhões, longe dos lunáticos 1,4 milhões da legenda do NYT.
    As estatísticas de emprego do INE publicadas revelam que, no segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego subiu para 15 por cento, o equivalente a 827 mil desempregados.
    No entanto, o INE também contabiliza números para trabalhadores em situação de subemprego e para inactivos que desejam ter emprego, um conjunto de situações que somados aos desempregados atingem mais de 1,3 milhões de pessoas. O JMF deveria saber que um bom jornalista nunca confia nos dados oficiais cegamente e que deve fazer investigação

    Slide 6. A fotografia indica que a loja da imagem está fechada, supostamente por causa da crise. Azar: a imagem é da frontaria do antigo cinema Eden, nos Restauradores, onde funciona um hotel e uma Loja do Cidadão…Azar nao se lembra da Virgin Megastore ( em português grande LOJA) que fechou? azar…..

    Slide 8. Os manifestantes que arrancaram a calçada para atirar pedras à polícia a 14 de Novembro são apresentados como sendo mainstream. Nada disto é dito na legenda

    Slide 9. Informa que as greves se tornaram muito mais comuns. No sector privado não tenho dado por isso. Nunca houve tanta greve e algumas gerais em menos de um ano. A legenda fala de greves em geral nao fala no sector publico ou no sector privado

    Slide 10. A legenda esquece-se d informar que os manifestantes que queimaram fotografias de Merkel quando ela veio a Lisboa eram escassas dezenas.A imagem é verdadeira e a legenda tambem

    Slide 11. Entre o monte de desgraças portuguesas sobre as quais o NYT pretende informar os seus leitores está o aumento das propinas nas Universidades. Um aumento que não existiu mas dava jeito que existisse para a narrativa ser ainda mais melodramática.Esta de que as propinas nao aumentaram só o JMF sabe.

    Slide 14. Os vândalos que andam a grafittar as paredes são apresentados como “street artists”.Ainda me lembro dos bonitos murais do MRPP e da Voz do Povo. Alguns bem bonitos e obras de arte. Em Belfast por exemplo os murais quer dos católicos quer dos protestantes sao preservados e sao organizadas à saída dos cruzeiros de luxo “tours” para os ver

    PS as fotografias sao excelentes e retratam o Portugal de hoje cada vez mais parecido com o Portugal salazarista

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  18. 30 Novembro, 2012 19:13

    Jorge,
    muito bem !

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  19. gastão permalink
    30 Novembro, 2012 19:16

    Em vez de andar armado em provedor do NYT, devia mas é ir à procura das armas de destruição maciças no Iraque ou das escutas de Belém. Está totalmente desacreditado como jornalista, mas como capanga do gang dos Chicago Boys não está nada mal. Continue assim que vai longe.

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  20. JDGF permalink
    30 Novembro, 2012 19:41

    Ao menos deveria ser reconhecido que as fotos do NYT tem uma qualidade diferente do video do Prof. Marcelo….

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  21. 30 Novembro, 2012 19:42

    gastão «devia mas é ir à procura das armas de destruição maciças no Iraque»
    … até me espanta, ser um outsider a lançar o tema.
    É costume ser o Sr. Piscoito.
    R.

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  22. Jorge permalink
    30 Novembro, 2012 19:56

    Helenafmatos nao percebe o slide 3 ! nem se percebe a que título está ali: “A man moved furnishings from the apartment of an elderly person who died a few days before in Lisbon. About 21 percent of the elderly in Portugal now live in poverty.”

    Ora eu vejo lá o homen, vejo a mobília (pobre) escassa e antiga, nao se vê de facto o idoso ou idosa que morreu alguns dias antes, também de facto nao vejo os 21% de pessoas pobres, mas isso seria possível?

    Como é que eu vou explicar isto à MHM?

    Deveria estar na fotografia uma mulher em vez do homem?
    Deveria estar a transportar hortaliças em vez de mobília?
    Deveria ser antes o carregar de mobília para um apartamento de jovens acabados de casar?

    Alguém me ajuda a explicar isto à MHM?

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  23. António Pedro Pereir permalink
    30 Novembro, 2012 19:58

    Senhor José Manuel [As Armas de Destruição Maciça do Iraque Existiram Mesmo, Eu Vi-as] Fernandes:
    Disse: « Um retrato ideológico, não jornalístico.»
    Mas para contrabalançar este retrato ideológico há os Fernandes deste país que fazem leituras não ideológicas.
    É o que nos vale.
    Haja Deus!

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  24. the lost horizon permalink
    30 Novembro, 2012 20:02

    “Para perpetuar a hegemonia americana no mundo e garantir aos americanos, o acesso livre aos minerais estratégicos do conjunto do planeta, é necessário conter até reduzir, a população dos 13 países do Terceiro Mundo”.
    Tá de caras que vão aumentar a renda da Base das Lajes, doutro modo como é que fazem chegar, as camisas de venus, à Índia e à China?
    .
    “Memorando sobre a Incidência do Crescimento da População Mundial na Segurança dos Estados Unidos” por Henry Kissinger.

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  25. 30 Novembro, 2012 20:04

    Jorge,
    não conseguirá explicar nada a uma pessoa que tem o controleirismo e o autoritarismo no ADN.

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  26. 30 Novembro, 2012 20:09

    Eu compreendo a “mensagem” do texto. É incómodo. Ainda por cima, impreciso…
    Não obstante, no global, e sobretudo em termos simbólicos, não chega sequer a dar conta da realidade dramática que vivemos: economia destruída, patrões desesperados, empregados com a guilhotina do desemprego à espreita.
    Os ultraliberais gostam de arrasar mas ficam incomodados com o cheiro dos cadáveres…
    O senhor Heindrich Himmler também era assim.

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  27. A C da Silveira permalink
    30 Novembro, 2012 20:44

    O fotografo brasileiro está habituado a fotografar favelas, e pensa que aqui é a mesma coisa. Mas podia ter poupado na viagem, e ir fazer fotos a Detroit, por exemplo, ou ao centro de Los Angeles, para mostrar o que são os Estados Unidos da América que o Obama está a construir. E deve ser muito mais interessante para os leitores do NYT.

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  28. 30 Novembro, 2012 20:53

    Como já alguem disse por ai:
    Slide 14 – Os vândalos dos jornais como jmf que fazendo o papel do lacaio nos trouxeram até aqui.

    Tenha vergonha e faça uma retirada estrategica e mude de nome porque assim…

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  29. A. R permalink
    30 Novembro, 2012 21:00

    Foi este New York Times que se apaixonou por um barbudo da Sierra Maestra e muito contribui para várias gerações de cubanos viverem com cartilha de racionamento e ajuda internacional permanente.

    Hoje o estalinista Jerónimo acha que esta crise se compara à fome, morte, miséria e valas comuns que eles criaram e faz loas a estes degenerados que as causaram.

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  30. piscoiso permalink
    30 Novembro, 2012 21:26

    A C da Silveira at 20:44
    Maurício Lima esteve a fotografar:
    http://images.theglobeandmail.com/archives/RTGAM/images/20070416/wdip0417/MILITARY.jpg no Itaque.
    .
    http://veja.abril.com.br/blog/sobre-imagens/files/2010/09/mauricio-lima-18.jpg no Afganistão.
    .
    https://s3.amazonaws.com/portalsoma/midias/0e7930df-23b5-4f93-8bdd-593c635f33bc.jpg na Líbia.
    .
    Diria que ele vai fotografar para onde o mandam, que são as grandes agências.

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  31. A. R permalink
    30 Novembro, 2012 21:45

    Excelente A. C Silveira. Ou podia ter ido a Moscovo aquando dos Jogos Olímpicos: 30 000 miseráveis pedintes e sem abrigo deportados para os arrabaldes que o capitalismo podia ver tamanha igualdade.

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  32. xyz permalink
    30 Novembro, 2012 22:32

    Há alguma foto que tenha sido tirado fora de Lisboa e arredores?
    Na foto 4 vê-se um tipo a fumar e com a garrafa de vinho ao lado à espera da comida gratuita. Sim, é este o retrato de algum do Portugal de agora, há dinheiro para o tabaco e para a pinga, mas para comida não.
    É um jornal como os outros, se quisermos informação séria não é nos jornais, nem noutros mídia que a encontramos. Infelizmente vivem do sensacionalismo e dão um retrato muito distorcido da realidade.

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  33. J. Madeira permalink
    30 Novembro, 2012 22:37

    Não interessa se a reportagem fotográfica retrata a realidade! O mais aborrecido é dar
    conhecimento do caso quando o des-governo do País está em mãos erradas, e chegaram
    ao lugar com a enorme ajuda do autor do “post”, para ajustar a nossa economia à sua
    valia, pouco mais de ZERO! Nos States nasceu a famosa frase “its the economy stupid”!!!

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  34. Não Interessa permalink
    30 Novembro, 2012 22:48

    Chego à parte do “no privado não tenho visto nada” e percebo que estou a ler não somente um imbecil, mas (e mais grave) um imbecil analfabeto.

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  35. Portela Menos 1 permalink
    30 Novembro, 2012 22:57

    uma dor de cabeça para jmf e hfm o facto dos americanos retratarem o governo deles com realismo.

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  36. jonas permalink
    30 Novembro, 2012 23:04

    Deixa, hoje é fácil dizer mal de Portugal, a começar como foi possível em democracia nomear-se um gajo que se abalança, temerariamente, a afirmar-se o déspota, o traidor com que sonhou sempre. Tanto que diz ele, às vezes, quê?, tu querias que eu fosse honesto?, mas se o fosse nunca me elegeriam e nem votariam em mim tantos, mas já volto a ser eu mesmo, eu sou macho, lá se lixem, que emigrem ou se matem, que eu só, mais o robot das finanças, outro autista, com a ala jota de especialistas tomamos bem conta disto .

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  37. javitudo permalink
    30 Novembro, 2012 23:11

    É bom estar sentado confortavelmente no “Relais de l’Entrecôte” a ler o menu antes do almocinho. Sabem que demora um pouco, trata-se de pitéus de se tirar o chapéu. Vai daí para matar o tempo, pergunta-se naquele tom suave:
    ” The New York Times , s’il vous plait?”. Há sempre um “garçon” para atender “Monsieur”. Abro na página certa.
    Jornal interessante!
    Reportagem magnífica.
    Credo, que situação absurda!
    Como deixaram chegar aquilo aquele desastre, hecatombe, tornado, pântano, terramoto?
    Não há direito fazer as pessoas sofrer tanto!
    Como é que a minha mãe suporta aquela piolheira?
    Eu por acaso gosto ainda mais da Brasserie Lipp com forte reputação literária e política desde 1880. Onde é que nós lá, temos uma coisa assim? Sinto-me à vontade, com o tempo tem-se tornando um verdadeiro “ramo da Câmara dos Deputados”, abriga toda a política, jornalística, literária e artística de Paris. O tempo parece suspenso. La Brasserie é um monumento histórico, fachada de mogno envernizado, decoração 1900, murais Fargues, cerâmica Leon e tectos pintados por Charly Garrey. Aqui, até o menu não mudou por mais de meio século!
    Eu no fundo sou um conservador, principalmente quando se trata do mais caro e do melhor.
    Só não têm jornais estrangeiros, são muito nacionalistas, é uma chatice. Hoje eu fui logo avisado ainda estava na cama, pelo meu “garçon de ménage”, , que o NYT trazia uma fotos muito giras du portugal. Não se admirem de me levantar pelas 11 horas, as noites aqui são deliciosas mas podem ser cansativas, o Bois de Vincennes é enorme para palmilhar.
    “Je ne pourrais pas les perdre”, pensei eu quando ouvi das photos, ainda estou um bocado ligado à piolheira!
    Folheei devagar, saboreei e não sei explicar foi se tivesse bebido aquele vodka especial com a cerejinha vermelha que nos deixa a cabeça no céu! O almoço caiu-me no goto. Deixei 50 euros de gorgeta, porra a vida está tão cara aqui em França!

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  38. Portela Menos 1 permalink
    30 Novembro, 2012 23:19

    Slide 5. O número escolhido para o número de desempregados não é o estimado pelo INE – 870 mil é o número oficial, a que alguns adicionam os “inactivos disponíveis mas que não procuram emprego”, mais 250 mil. No total, um máximo de 1,12 milhões, longe dos lunáticos 1,4 milhões da legenda do NYT.
    .
    adoro este “jornalista-editor do Blasfémias” ! principalmente a parte: (…) a que alguns adicionam os “inactivos disponíveis mas que não procuram emprego”, mais 250 mil (…)
    o sujeito da oração – alguns – faz parte do tipo de escrita que identifica a dor que vai na alma desta figura que, apoiando um governo sem vergonha, acaba por dar ainda mais razão a quem faz oposição a um governo mentiroso.

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  39. Jorge permalink
    30 Novembro, 2012 23:35

    Estive a ler um blog brasileiro denominado BLOG DO EMIR e encontrei este Post assinado por Emir Sader e datado de
    5 de Março de 2010.

    Não sei porquê mas achei que ficava bem aqui. Não ?
    A miséria moral de ex-esquerdistas

    Alguns sentem satisfação quando alguém que foi de esquerda salta o muro, muda de campo e se torna de direita – como se dissessem: “Eu sabia, você nunca me enganou”, etc., etc. Outros sentem tristeza, pelo triste espetáculo de quem joga fora, com os valores, sua própria dignidade – em troca de um emprego, de um reconhecimento, de um espaçozinho na televisão.

    O certo é que nos acostumamos a que grande parte dos direitistas de hoje tenham sido de esquerda ontem. O caminho inverso é muito menos comum. A direita sabe recompensar os que aderem a seus ideais – e salários. A adesão à esquerda costuma ser pelo convencimento dos seus ideais.

    O ex-esquerdista ataca com especial fúria a esquerda, como quem ataca a si mesmo, a seu próprio passado. Não apenas renega as idéias que nortearam – às vezes o melhor período da sua vida -, mas precisa mostrar, o tempo todo, à direita e a todos os seus poderes, que odeia de tal maneira a esquerda, que já nunca mais recairá naquele “veneno” que o tinha viciado. Que agora podem contar com ele, na primeira fila, para combater o que ele foi, com um empenho de quem “conheceu o monstro por dentro”, sabe seu efeito corrosivo e se mostra combatente extremista contra a esquerda.

    Não discute as idéias que teve ou as que outros têm. Não basta. Senão seria tratar interpretações possíveis, às quais aderiu e já não adere. Não. Precisa chamar a atenção dos incautos sobre a dependência que geram a “dialética”, a “luta de classes”, a promessa de uma “sociedade de igualdade, sem classes e sem Estado”. Denunciar, denunciar qualquer indicio de que o vício pode voltar, que qualquer vacilação em relação a temas aparentemente ingênuos, banais, corriqueiros, como as políticas de cotas nas universidades, uma política habitacional, o apoio a um presidente legalmente eleito de um país, podem esconder o veneno da víbora do “socialismo”, do “totalitarismo”, do “stalinismo”.

    Viraram pobres diabos, que vagam pelos espaços que os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas lhes emprestam, para exibir seu passado de pecado, de devassidão moral, agora superado pela conduta de vigilantes escoteiros da direita. A redação de jornais, revistas, rádios e televisões está cheia de ex-trotskistas, de ex-comunistas, de ex-socialistas, de ex-esquerdistas arrependidos, usufruindo de espaços e salários, mostrando reiteradamente seu arrependimento, em um espetáculo moral deprimente.

    Aderem à direita com a fúria dos desesperados, dos que defendem teses mais que nunca superadas, derrotadas, e daí o desespero. Atacam o governo Lula, o PT, como se fossem a reencarnação do bolchevismo, descobrem em cada ação estatal o “totalitarismo”, em cada política social a “mão corruptora do Estado”, do “chavismo”, do “populismo”.

    Vagam, de entrevista a artigo, de blog à mesa redonda, expiando seu passado, aderidos com o mesmo ímpeto que um dia tiveram para atacar o capitalismo, agora para defender a “democracia” contra os seus detratores. Escrevem livros de denúncia, com suposto tempero acadêmico, em editoras de direita, gritam aos quatro ventos que o “perigo comunista” – sem o qual não seriam nada – está vivo, escondido detrás do PAC, do Minha casa, minha vida, da Conferência Nacional de Comunicação, da Dilma – “uma vez terrorista, sempre terrorista”.

    Merecem nosso desprezo, nem sequer nossa comiseração, porque sabem o que fazem – e os salários no fim do mês não nos deixam mentir, alimentam suas mentiras – e ganham com isso. Saíram das bibliotecas, das salas de aula, das manifestações e panfletagens, para espaços na mídia, para abraços da direita, de empresários, de próceres da ditadura.

    Vagam como almas penadas em órgãos de imprensa que se esfarelam, que vivem seus últimos sopros de vida, com os quais serão enterrados, sem pena, nem glória, esquecidos como serviçais do poder, a que foram reduzidos por sua subserviência aos que crêem que ainda mandam e seguirão mandado no mundo contra o qual, um dia, se rebelaram e pelo que agora pagam rastejando junto ao que de pior possui uma elite decadente e em vésperas de ser derrotada por muito tempo. Morrerão com ela, destino que escolheram em troca de pequenas glórias efêmeras e de uns tostões furados pela sua miséria moral. O povo nem sabe que existiram, embora participe ativamente do seu enterro.

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  40. albarran permalink
    30 Novembro, 2012 23:39

    Excelentes os comentários de JORGE… Acho ridiculas as interpretações de JMF, para mais vindas de um jornalista, a menos que aceitemos a noção da perversidade (só vale sangue) de todos os jornalistas, ele incluido naturalmente.
    Fácilmente encontro este mundo á minha volta, só que não frequento os meios VIP de JMF, são mundos paralelos que não se cruzam concerteza, e de facto os portugueses estão, estamos todos, metidos num grande sarilho pelo empobrecimento que veio ao nosso encontro. Se erros internos foram cometidos PRINCIPALMENTE pelos nossos politicos, uma parte do nosso excesso de divida deve-se a erros na concepção do EURO e ainda ao apoio de frau Merckel ao então 1ºministro Sócrates, que em 2007 apresentava numeros macroeconomicos aceitaveis de divida e defice e com a crise de 2008 foi encorajado a gastar num Keynesianismo saloio… como se não houvesse amanhã!! Agora repete-se o erro (eventualmente sem nenhuma margem de manobra), continuamos a seguir as orientações da Alemanha que é a que conta (e paga por isso!), mas de sinal contrário, apertai lá o cinto que sois uns madraços, vocês todos Países do Sul !! Post completamente seguidista do governo de Passos, faz lembrar os artigos do Rangel a favor do Sócrates!

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  41. albarran permalink
    30 Novembro, 2012 23:45

    javitudo
    Posted 30 Novembro, 2012 at 23:11
    ehehehe excelente, tem jeito prá escrita!

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  42. Portela Menos 1 permalink
    30 Novembro, 2012 23:57

    Jorge, Posted 30 Novembro, 2012 at 23:35 |
    .
    Obrigado Jorge, obrigado pela pasada de sal atirada às feridas de jmf, hfm …

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  43. J. Raposo permalink
    1 Dezembro, 2012 00:02

    Nada de novo quanto ao “Times” novaiorquino : basta fazer o paralelo com as “reportagens” sobre a Catalunha versus Espanha nas semanas que precederam o espalhanço do títerezito da CiU…
    Seria interessante saber quem, e porquê ( e porquê agora), lhes apontou a Ibéria como alvo jornalístico.
    Não menos interessante a defesa da “isenção” do jornal por parte daqueles que , até 1990 , mais coisa menos coisa, o consideravam um arauto do capitalismo…e do sionismo.

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  44. 1 Dezembro, 2012 00:16

    Excelente!
    A argumentação lembra-me aquela em que se contestavam “As mentiras insidiosas contra o Portugal pluriracial”…

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  45. 1 Dezembro, 2012 00:25

    Belo postal. V. tem, realmente, muitos anticorpos. Como é possível tanta sanha contra o que aqui botou?

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  46. 1 Dezembro, 2012 01:47

    Resumindo, e como sugestão a JMF, que se por ele aceite pode transmitir a S.Bento : Por que não a colocação de taipais para esconder revoltas e a miséria herdada do anterior governo e agravada pelo vigente, tal como se verifica nas entradas de lojas falidas dos grandes centros comerciais ? — “Em remodelação. Voltamos em breve” ?

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  47. Aladdin Sane permalink
    1 Dezembro, 2012 01:57

    Se o NYT quer publicar fotos que parecem saídas da “Cais”, com falta de qualidade, é lá com eles. Faz-me lembrar este filme
    http://www.imdb.com/title/tt1111895/
    também a p/b, com som execrável, a abusar de grandes planos, em que eram todos uns desgraçadinhos.
    “Misery loves company”, e viva o fado, património imaterial da humanidade. Olé!

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  48. 1 Dezembro, 2012 04:04

    Não admira
    o NYT, ícone da esquerdalhada mundial amante da barbárie e da tirania, é um poço de mentiras e intoxicações.
    e já vem de longe
    nos anos 30 do séc XX o correspondente em Moscovo derretia-se em elogios ao stalin
    só isto basta para definir um jornal sectário, arcaico, paranóico, admirador de assassinos e bandalhos.
    SEMPRE apoiante dos candidatos do partido democrata à casa branca…obviamente
    mas é este pasquim que serve de referência ao jornalismo mundial
    por aki se vê as mentiras..intoxicações…defesa de tiranos e bárbaros em que quase todos os media se empenham

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  49. 1 Dezembro, 2012 04:14

    exemplo inatacável —entre muitas centenas ou milhares—-q se ouve e lê nos media
    o atual PR do egito decretou que ele tem poderes
    EXECUTIVOS
    LEGISLATIVOS
    E JUDICIAIS

    como se pode ler na insuspeita al jazeera

    http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2012/11/2012113016175317311.html

    Isto é a definição jurídica e política de
    um DITADOR
    de uma DITADURA
    nem o salazar fez isso
    pois, lembram-se dos insultos ao Mubarak….ao ben ali…etc?
    mas estes NUNCA controlaram os tribunais
    prova dissso são as manifs de juízes e advogados contra o decreto do Morsi.
    e então?
    não se chama ditador a este bandalho?????
    pois não
    no seu alarde de defender–desculpar–os maiores tiranos do planeta
    os media tratam este gajo por PR..o assad por regime sírio
    os assassinos do Sudão (procurados pelo TPI por crimes contra a Humanidade no DARFUR e sul do sudão…)
    nem merecem ser notícia
    a corja esquerdóide k domina as redações dos media está sempre-sempre a defender e desculpar e apagar os crimes dos assassinos..tiranos…bandalhos…corruptos..vigaristas

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  50. 1 Dezembro, 2012 04:41

    Apesar do NYT
    e da escumalha que o copia em quase todo o mundo (na China e cuba e vietname e irão….obviamente k não..)
    há progressos históricos no caminho para a civilização.
    vejamos:
    http://www.asianews.it/news-en/For-the-first-time,-a-court-in-Beijing-condemns-the-system-of-black-jails-26493.html
    pela 1ª vez na China comunista, um tribunal teve a coragem de condenar oficiais do regime bárbaro por prenderem e torturarem simples cidadãos q apenas pretendiam entregar 1 petição ao governo central!!!
    ISTO SIM, É UM DIA HISTÓRICO!
    obviamente, as penas são levíssimas
    mas só o facto da prisão e tortura ter sido classificadas como tal………culpando os oficiais do regime comuna………pelos juízes….é um grande passo em frente na direção da justiça…da legalidade.da civilização, contra a barbárie e tirania
    é k como sabemos, os juízes nos países comunas nada têm de independentes
    saõ escolhidos pelo partido
    veremos se estes juízes não são presos.ou desaparecem…….e a barbárie regressa emcheio
    em princípio, parece k não!
    http://mentesdespertas.blogspot.pt/2012/08/oswaldo-paya-o-assassinato-de-um-heroi.html

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  51. Bovino permalink
    1 Dezembro, 2012 05:39

    Jorge, esse texto retirado do BLOG DO EMIR assenta que nem uma luva na ressabiada da HM devia ler isso todos os dias. Retrato mais fiel dessa senhora nao ha.

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  52. 1 Dezembro, 2012 13:14

    Jorge Posted 30 Novembro, 2012 at 19:56 | Permalink
    Eu ajudo.
    ~Diga-me, por favor, onde é que podemos confirmar esse número de (about) 21%
    Porque não (about) 37 ou 41,6?

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  53. samuelquedas permalink
    1 Dezembro, 2012 13:42

    Não posso acreditar!!!
    Você é capaz de reconhecer mau jornalismo???!!! 🙂 🙂 🙂

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  54. Jorge permalink
    1 Dezembro, 2012 13:51

    Eu acho que o fado alexandrino se deveria informar ele mesmo, para aceitar ou contestar os números. Nao custa nada ir ao INE e encontrar os dados.
    Aqui deixo os dados de 2009. Em 2012 a percentagem sera maior e em 2013 será enorme. A Isabel Jonet pode portanto contar com mais clientes. Diria mesmo que este é o único sector do mercado interno que cresce na economia portuguesa.

    A taxa de risco de pobreza para a população idosa em Portugal aumentou para 21 por cento, em 2009 comparativamente ao valor registado em 2008 (20,1 por cento), segundo os dados obtidos através do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC), realizado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estatística.

    Em 2009, a população residente em Portugal em risco de pobreza manteve-se nos 17,9 por cento. No caso dos indivíduos com menos de 18 anos, a taxa de risco de pobreza diminuiu de 22,9 por cento em 2008 para 22,4 por cento em 2009

    O contributo das transferências sociais na diminuição da taxa de pobreza em 2009 aumentou 6,5 pontos percentuais relativamente a 2008.

    Em 2009, a diferença entre o valor do limiar de pobreza e o rendimento monetário mediano dos indivíduos em risco de pobreza relativa (taxa de intensidade da pobreza) diminuiu para 22,7 por cento face ao valor registado no ano de 2008 (23,6 por cento).

    A percentagem da população residente em Portugal em privação material severa diminuiu em 2010 (9,0 por cento) face ao ano de 2009 (9,1 por cento).

    Este inquérito, realizado anualmente, aferiu através do rendimento das famílias portuguesas a taxa de risco de pobreza. Esta taxa “correspondia à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores a 5.207 euros em 2009 (cerca de 434 euros por mês) ”, lê-se no documento.

    Entre géneros, a taxa de risco de pobreza manteve em 2009 os resultados obtidos no ano precedente. As mulheres registaram 18.4 por cento e os homens, 17,9.

    No caso das famílias com crianças dependentes, esta taxa diminuiu de 19,9 por cento no ano de 2008 para 19,1 por cento em 2008.

    Os maiores valores da taxa de risco de pobreza verificam-se nos agregados com um adulto que vive sozinho (30,1 por cento), nos agregados com um adulto que vive sozinho com pelo menos uma criança dependente (37,0 por cento) e naqueles compostos por dois adultos com três ou mais crianças (33,2 por cento). A taxa de risco de pobreza mais baixa surge nos agregados com três ou mais adultos sem crianças dependentes.

    Em 2009, a população desempregada em risco de pobreza era de 36,4 por cento, bastante superior à população empregada, cujo valor se situou nos 9,7 por cento. No mesmo ano, a taxa de risco de pobreza para a população reformada fixou-se nos 18,5 por cento.

    Os resultados do inquérito para os indicadores Europa 2020 revelam que existirão 25,3 por cento de indivíduos em risco de pobreza ou exclusão social no espaço comunitário. A Estratégia Europeia 2020 prevê a diminuição do número de pessoas de risco de pobreza ou exclusão social na União Europeia em 20 milhões até ao ano de 2020.

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  55. lucklucky permalink
    1 Dezembro, 2012 14:24

    A falta de vergonha dos MJRB’s, Piscoisos, Portelas, Luis FA e demais apoiantes do Défice continua.

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  56. piscoiso permalink
    1 Dezembro, 2012 14:42

    Custa-me a crer que Maurice de Bévère, mais conhecido por Morris e pai de Lucky Luke, concordasse com este quadradinho lucklucky, que se põe por aqui a fazer desenhos de outros comentadores sem nunca os ter visto mais gordos.
    Eu apoiante do Défice?
    Quem é o Défice?

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  57. JP Ribeiro permalink
    1 Dezembro, 2012 15:01

    Fiquei a saber por tantos comentaristas isentos que me precederam, que o artigo do NYT é verdadeiro porque o nosso PM se chama Passos Coelho. Se se chamasse Sócrates o artigo seria um chorrilho de mentiras. Bravo! Tem o Portugal e o artigo do NYT sobre Portugal, que a sua inteligencia merece!

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  58. Portela Menos 1 permalink
    1 Dezembro, 2012 16:39

    Lucky, tá tudo benm contigo ? 🙂

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  59. Albarran permalink
    1 Dezembro, 2012 17:25

    Pensava, erradamente, que JMF era pró USA, pró States, afinal parece que me enganei…
    Está mais na área dos conservadores empedernidos, vai um cházinho?

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  60. Albarran permalink
    1 Dezembro, 2012 17:33

    Já agora diga quais: ” apesar de haver alguns que podiam e deviam fechar.”….. O Amadora-Sintra, não?

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  61. 1 Dezembro, 2012 19:08

    Jorge Posted 1 Dezembro, 2012 at 13:51 | Permalink
    Muito obrigado, não invalida que o “documentário” seja uma grosseira manipulação. Arranjavam-se imediatamente trezentos fotografos que podiam dar uma imagem de paraíso deste mesmo país.´
    Sempre foi assim e assim há-de continuar a ser.

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  62. 1 Dezembro, 2012 19:36

    lucklucky,
    Eu pago impostos !
    Eu não milito em nenhum partido ! Sou livre para escolher/votar e se entender, retirar apoio a um governo !
    Eu NUNCA desejei nem desejarei défices neste país !
    (vc., luck, confunde-me com qualquer outro alvo. Ou está a delirar).

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  63. Albarran permalink
    1 Dezembro, 2012 19:38

    hospitais que fecharam, (já nem falo de serviços dentro de alguns hospitais):
    Hospital psiquiatrico de Lorvão e Hospital Miguel Bombarda……… ainda no tempo de Sócrates!

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  64. 1 Dezembro, 2012 19:42

    lucklucky,
    coloque aqui um único comentário no qual defendo o défice ! Não hesite.
    Ou tem vergonha pela acusação feita ?

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  65. lucklucky permalink
    2 Dezembro, 2012 08:00

    Então MRJB, Portela( ok 🙂 e Piscoiso
    Claro que sim, ou então sofrem de dissonância cognitiva ou dupla personalidade :))).
    .
    Se protestam contra o fim da riqueza dos últimos anos que só foi atingido via Défice(dinheiro pedido emprestado pelo Estado chamado Dívida Publica quando acumulado ao longo dos anos e que foi crescendo exponencialmente ) então têm de ser favoráveis ao Défice.
    .
    Uma sociedade que foi distorcida pelo grau de dependência crescente do Défice (por ex. no último ano de Sócrates o Défice – ou seja a venda da dívida pedida nos mercados pagou quase 1/4 dos gastos= >20 mil milhões de euros = 3-4 meses de ordenados e pensões) será sempre mais pobre quando este valor extraordinário de défice se reduz ou acaba.
    E só vai voltar a ter essa riqueza se for diferente e começar a produzir muito para compensar o muito défice.

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  66. 2 Dezembro, 2012 08:55

    É estranho que ninguém tenha percebido que o New York Times é onde escreve Paul Krugman, o tal que é pelo investimento públcio e contra as medidas de asuteridade, mas quando vem a Portugal diz que os salários dos portugueses estão inflacionados em 20% e acaba por confessar que se estivesse no lugar de Passos Coelho faria o mesmo que ele está a fazer, “I´m afraid” (tradução – sinto pena) diz assim ele no fim.

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  67. 2 Dezembro, 2012 11:44

    lucklucky,
    vc. continua a confundir-me com alguém.
    Onde é que eu protestei contra o fim da riqueza ? Contesto, isso sim, os fdp que indevidamente enriquecem à custa do erário público, de golpadas, de desfalques, de peculatos, etc, etc. Mais os que exploram descaradamente o trabalho doutros — e são tantos em Portugal !…
    Por que é que vc. não coloca aqui uma opinião sobre o cambalacho (no mínimo) lesivo das finanças públicas, perpetrado com a negociata dos submarinos e recentes “contrapartidas” ? Quer mais casos, surgidos neste executivo ?

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  68. 2 Dezembro, 2012 11:47

    luck,
    vc. nem se dá conta do erro, tal a sanha incontrolada e desmemoriada contra A ou B.
    Leia bem o inicio do terceiro parágrafo do seu comentário, 08:00. Leia com atenção.

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  69. 2 Dezembro, 2012 11:49

    perpetrado com a negociata dos submarinos e recentes “contrapartidas” ? Quer mais casos, surgidos neste executivo ?
    Puxe pela memória, este caso não surgiu neste executivo.
    Daqui a pouco são culpados das derrotas do Sporting.

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  70. Portela Menos 1 permalink
    2 Dezembro, 2012 12:57

    lucklucky,Posted 2 Dezembro, 2012 at 08:00
    .
    continuas a fumar coisas estragadas e eu não posso fazer nada por ti 🙂

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  71. 2 Dezembro, 2012 12:57

    Óbvio que o negócio dos submarinos não surgiu desde 2011.
    Mas a recente, escandalosa, abusiva e lesiva negociata da contrapartida, tem protagonistas deste governo !
    O seu segundo parágrafo nem merece comentário, porque fútil.

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  72. 2 Dezembro, 2012 17:16

    MJRB Posted 2 Dezembro, 2012 at 12:57 | Permalink
    A primeira parte era para si, a memória selectiva faz parte do partido que está reunido em Almada.
    A segunda é para quem aprecia ironia, não é para todos e para si não era de certeza absoluta.
    Bye.

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  73. 2 Dezembro, 2012 18:24

    Alexandrino,
    memória selectiva, nem vc. já se dá conta que a tem…
    “a segunda” foi não uma sua ironia, mas uma pífia maneira de desculpar o indesculpável e que mereceu o meu comentário : SUBMARINOS E CONTRAPARTIDAS ! — justiça e barra de tribunais que os julguem !

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  74. neotonto permalink
    3 Dezembro, 2012 07:32

    O New York Times disponibilizou ontem um álbum de fotografias sobre Portugal e a crise que vivemos.


    Tranquilidade pessoal. Nao passa nada. Nao é coisa do New York Times que continua a estar onde sempre estivo (nos IUESEIs) . E coisa mais bem dos interpretes de turno. Se os tais retratos houveram sido feitos faz um par de anitos, hehehe

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  75. 3 Dezembro, 2012 22:46

    Caro jmf, este sábado tive o choque de passear na melhor Lisboa à tarde. Entre as 15.30 -19h pelas ruas Castilho e Alexandre Herculano. Espantou-me a calma de morte, as lojas fechadas (era sábado, feriado e estava sol). não havia lugar para estacionar, mas não se via vivalma, nem lojas, nem cafés ou restaurantes abertos onde estas pessoas estivessem. E chocou-me que às 15h quase metade das pessoas poucas por quem passei fossem “sem abrigo”, chocou-me que às 19h a única vida fosse uma carrinha de distribuição de comida rodeada de homens que ali pediam uma sopa. Este é o retrato que vi há 3 dias numa das poucas viagens que faço à cidade. Nada contraditório com o NYT. Não sei por onde anda o jmf, ou se anda de olhos abertos.

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  76. 3 Dezembro, 2012 23:42

    je,
    multiplique essas duas áreas de Lisboa por praticamente todas as restantes e se quiser por outras localidades, e temos o que incomoda cada vez mais este governo : miséria humana, descalabro social, nanidades várias, etc.
    (Se pudessem colocar taipais, não hesitariam…).

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  77. 3 Dezembro, 2012 23:43

    Errata:
    “inanidades várias, etc.”

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  78. 27 Dezembro, 2012 11:20

    O Aumento de propinas aconteceu, em 37 € (sensivelmente). O que eu achei alguma piada foi o cartaz do slide 11 – Em Portugal bebe-se Morangoska mas não há dinheiro para comer

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