Quatro questões gratuitas sobre educação
7 Junho, 2013
O sistema de ensino é “pré-pago”: faça eu o que fizer, sejam quais forem os meus rendimentos e independentemente dos subsídios que já recebo, tenho a garantia de poder matricular os filhos, gratuitamente, numa escola pública.
Esta aparente violação da progressividade indicia que o implícito subsídio à frequência escolar é atribuído ao aluno (que tem rendimentos nulos) e não ao encarregado de educação (o que violaria progressividade).
Assim sendo, 4 questões:
- Qual o valor desse subsídio, por aluno, por ano, em cada região e por grau de ensino?
- Se este subsídio é garantido, por aluno, porque não é atribuído no caso de o encarregado de educação optar por uma escola privada e; já que não é, para onde vai esse dinheiro?
- Sendo que “nenhuma criança fica para trás”, como garantir que algumas crianças “chegam à frente”?
- Se o subsidiado é o aluno, em caso de greve (nomeadamente a exames), quem sai directamente prejudicado dessa greve?
92 comentários
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A ideia de subsidiar o ensino é tentar garantir que todos têm acesso a ele independente da sua capacidade económica. O que se paga com o ensino não depende do que se gasta com ele diretamente. Um pouco como os seguros – toda a gente paga seguro do carro independentemente de ter tido um acidente ou não.
1. Embora seja sempre importante conhecer quanto se paga por aluno para controlar os gastos, não faz sentido fazer essa pergunta para saber quanto o aluno está a dever.
2. A ideia é que cada um paga nos impostos conforme as suas possibilidades e todos recebem o mesmo. É evidente que num caso destes os mais ricos recebem menos do que pagam e os mais pobres recebem mais (é o princípio da coisa). Se as pessoas pudessem retirar o que pagam a pedido só ficavam os mais pobres e o ensino para eles tornava-se inviável.
3. Evitando retirar recursos ao Ensino. É uma má aposta considerar que o ensino é um bem de luxo que só deve ser disponibilizado aos que podem pagar, que é o que acontecerá se o privatizarmos a 100%. (Também há a negociata dos contratos de associação em que privados gerem dinheiro público e acaba por ser mais caro do que o ensino publico, visto o lucro ter de vir de algum lado)
4. Visto que o ensino não é pago e os professores não recebem durante a greve, cada dia de greve coloca dinheiro no Orçamento. É evidente que a fazer uma greve que beneficia o patrão as reivindicações não serão atendidas (Vítor Gaspar deve estar a rezar por um mesito de greve geral – é menos um mês que ele paga aos funcionários públicos). Neste caso a greve é a negação da prestação do serviço.
Parece que há gente que tem a ideia que as greves deviam ser entre a meia noite e as duas da madrugada de domingo. Provavelmente a seguir escreviam post de pescada em que diziam que as greves não tinham tido resultados práticos por os grevistas não terem razão.
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Excelente resposta! Lúcida e serena. Sem tretas.
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Muito bem!
Quando o VC vier com uma daquelas respostas em forma de questão retórica, não ligue. Ele é mesmo assim (apenas assim).
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Muito bem
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O “lucro vir de algum lado” não pode ser atribuído à melhor gestão dos recursos disponiveis? Podemos dar a volta ao assunto à nossa vontade, mas enquanto não formos capazes de lhe retirar a carga ideológica que lhe puseram a seguir ao 25/4, Portugal nunca terá paz e sossego nas escolas.
Quanto a esta greve, é apenas politica, por isso censuravel do meu ponto de vista, porque não é um partido que teve 7,6% dos votos, que através dos seus funcionários colocados estratégicamente nos sindicatos, que nem sequer são representativos da classe, tem o direito de condicionar , impondo os seus métodos, as politicas da educação em Portugal.
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Claro que o lucro pode vir da melhor gestão de recursos mas isso também é válido para a gestão pública.
Se a gestão pública for má a privada é melhor, mas o que temos visto acontecer é que são os mesmos gestores que gerem as mesmas empresas quer quando elas são públicas quer quando elas são privadas. Alguns deles chegam a afirmar que a gestão pública não presta quando estão em locais privados esquecendo-se de dizer que já foram gestores públicos – casos gravíssimos do síndroma “Olívia costureira – Olívia patroa”.
Se a gestão pública é má tem de ser melhorada não substituída pela pública.
Diz-se que a gestão privada é melhor porque os gestores têm de evitar a falência mas esquecem-se de dizer que quando uma empresa grande vai à falência quem tem prejuízo são os acionistas e não os gestores. A diferença entre isso e uma empresa pública em que o prejuízo vai para o Estado não é tão grande como parece.
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Um gestor privado deve adorar a falência da sua empresa: não só lhe fica bem no CV como pode usar o tempo livre, agora que está desempregado, para birdwatching.
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Ficaria espantado com o que se pode ganhar com a falência de uma empresa… E sim, há quem faça carreira disso.
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Boa resposta a que se pode acrescentar um pequeno esclarecimento ao vitorcunha: se há ensino subsidiado em Portugal, é o privado. Situação, essa sim, muito discutível e, até, suspeita, como ficou demonstrado no escãndalo dos colégios denunciado na comunicação social.
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Ai o ensino público é de borla? Não sei se acho bem, tanta gente a trabalhar de borla.
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vitorcunha:
O ensino público é um daqueles serviços para que se pagam impostos.Para funcionar. necessita pessoal habilitado que, obviamente, é pago. Estranho é que o privado, que é um negócio como outro qualquer, seja tanto ou mais subsidiado que o público. Mas, ainda em relação ao ensino público português, de facto, não se pode dizer que seja “gratuito” (ou “tendencialmente”, como está na Constituição). Basta ver o que se paga em livros e comparar com o que se passa noutros países que não passam a vida a chorar contra o “despesismo” do seu estado social. Veja a Áustria, por exemplo. Já agora, veja também o “top 10” das editoras portuguesas e, se conseguir formar a lista sem incluir editoras quase exclusivamente dedicadas à ediçãp de manuais escolares, dou-lhe um “doce” (partindo do princípio que não é diabético, claro).
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O Acordo Ortográfico então é uma mina de ouro para essas editoras, não?
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O currículo de um gestor de topo não se define pelas empresas que fez ou não falir mas sim pelos contactos que tem em locais certos.
Repare é possível ser administrador da SLN – dona do BPN – e seguidamente ser considerado um gestor suficientemente bom para ir para o governo.
Vai-me dizer que o ex-ministro das obras públicas que foi trabalhar para a Lusoponte foi escolhido pelos seus conhecimentos de administração exclusivamente?
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Não sei. Há pessoas que dizem ver OVNIs e que estes são pilotados por ETs. Posso admitir essa possibilidade mas eu, pessoalmente, com os meus olhos, nunca vi nada.
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Jo
Hà quem diga que os seres humanos dividem-se entre falcões e corujas. Os falcões deitam-se cedo e levantam-se cedo. Às 8 horas da manhã aí estão eles em plena forma, forma essa que vai desaparecendo ao longo do dia.
A coruja ( eu…por exemplo) é o contrario, deitam-se tarde e levantam-se tarde. De manhã a sua produtividade é uma desgraça, mas vai subindo ao longo do dia, à meia noite ai estão em plena forma…
Voçê Jo, parece-me um falcão : ás dez e meia da manhã está em “plena forma”…
Diria tiro e queda, cada tiro cada melro, ou na muje… escolha um. Creio… que o Vitor e os seus acólitos liberais ” ficaram um pouco desatinados”!…
Linguagem simples, clara, acessivel a qualquer mortal. Não sei se faz parte das elites deste País ou não, mas se faz é esta a linguagem exemplar que as elites deviam usar, e não usam!
Evitarse-ia a frase corriqueira ou banal com o qual me confronto muitas vezes “exemplo: sabe” não vejo o Pros e Contras” porque eles falam todos muito bem. mas eu fico sem perceber nada…
O meu chapeau!
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Eu acho que os funcionários públicos deviam era mesmo fazer greve até ao final do ano. Isso é que era para todos verem como se vive perfeitamente sem eles.
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Só há greves quando causam prejuízo, incluindo a falta de pagamento aos grevistas.
Professor desmotivado fornece mau ensino.
Sem professores não haveria aprendizagem coletiva.
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Sem alunos não haveria ensinamento individual. Dito isto, ambos dissemos nada.
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A rede de saneamento básico é pré-paga, estradas, saúde, etc, etc, etc. Porque reduz a coisa ao serviço de ensino? a mesma lógica é aplicável a praticamente todos os serviços que recebe do Estado. Sobre o ensino, é estranho que não saiba (bom, estranho, não é…), que a educação dos que não são seus filhos, também o favorece a si e aos seus filhos.
Vítor Cunha, isso desmonta-se tão facilmente, que nem imagina. Seria divertido. Mas depois você chateia-se, fica confuso, disfarça com uma piada. É o que irá fazer daqui para a frente.
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é inacreditável que o Estado vá aumentar a carga horária dos professores!!! simplesmente inacreditável…os professores…os professores que são “chamados” neste momento de calamidade social que existe em Portugal, para estarem na linha da frente …eu imagino o desgaste psicológico dos professores este ano…é verem os seus colegas a entrarem no desemprego…é o emprego de muitos deles estar ameaçado…é terem que preparar e dar as aulas…é terem que lidar directamente com os dramas sociais que lhes aparecem todos os dias nas suas escolas,motivados pela tragédia social-económica que se abateu sobre portugal..só no ultimo trimestre foram destruído 110 mil postos de trabalho…e mais…era só o que faltava no actual contexto económico-social Portugal ter um Ministro da Educação cheio de abstracção teórica esquecendo a realidade com que actualmente as escolas e o meio em que estão inseridas, se deparam…e a falta de respeito para com os professores!
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Acho que a maioria dos professores dispensa ser a donzela desesperada do drama pungente que acabou de descrever.
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acha??!!
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Espero que sim. Senão estamos mesmo muito mal.
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Portanto, a maioria dos professores está de acordo com o aumento da sua carga horária e diz que a sua profissão é fácil? Deve ser a classe profissional mais patriótica que existe. 😉
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Proposta: imagino que professores sejam tentados a deixar comentários. Talvez fosse pedagógico pedir a esses que sugerissem aos alunos para também os deixarem. Pela pátria (e raça?).
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Bom, bom, é ter uma carga horária de 22 horas por semana, não é? e ter quatro meses de férias por ano, não é? e depois reformarem-se no topo da carreira com 3 mil por mês, não é? Porque é que não vão lamber sabão?
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Melhor, melhor, é poder escrever os disparates que nos apetece.
Parabéns, é o melhor nisso!
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Qual disparate? Para que todos possamos perceber.
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A carga horária de 22 horas por semana…
Os quatro meses de férias por ano…
Reformarem-se no topo da carreira com 3 mil por mês…
Ou seja, tudo o que foi escrito.
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Não conheço nem um, nem dois nessas condições! conheço vários(as). Sabe Z, viver na provincia tem as suas vantagens, as coisa acontecem mesmo à frente dos nossos olhos. Disparate, é fingir que estas coisas não acontecem.
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AC Silveira:
Se conhece, como diz, situações dessas, deve denunciá-las porque nada existe que o permita: http://www.spgl.pt/artigo.aspx?sid=89524e73-f881-497b-9f3d-f73837ffdaea&cntx=rSBd2FX0LJhy464AHR5grapJ492R1ORhQTDBSSx%2BSyCD3tww%2BFDywB1vDZRNe8qy3UGWNKTufZVnPWLwFa1DtQ%3D%3D
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A C da Silveira
É mau quando caimos na generalização… à professores que merecem a reforma de 3000 euros, e à outros que nem um terço eu lhes dava… e olhe que eu sei bem do que falo!
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Pode especificar o perfil, com a devida ressalva da injustiça que uma generalização pode causar, dos que para si mereceriam reforma inferior a 1000€?
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O governo está de férias 12 meses por ano e desses não te queixas, mas enfim.
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Vitor
Algures em três escolas, creio que do distrito de Braga, o computador Magalhães constituiu um exito, com muitos dos alunos sem ver sequer a côr de qualquer computador nas suas casas, parteciparem nas aulas com avidez e entusiasmo. Na escola da minha neta em plena area metropolitana de Lisboa, o Magalhães foi uma inutilidade, para as senhoras professoras ali existentes o computador era um monstro…
Um dos vários exemplos que aqui poderia apresentar. Devo-lhes pagar o mesmo?
Porque é que os serviços publicos, sem deixarem de ser publicos, não podem funcionar com a eficácia de uma empresa privada competente?
Paulo Macedo teve exito nas finanças, porque lhe deram todas as condições que ele exigiu, senão… bye bye! amigos como dantes!
Se em vez de Paulo Macedo vindo do exterior, tivessemos um qualquer quadro funcionário publico, possivelmente defrontarse-ia com um qualquer sub-secretario de Estado, que o questionaria ” Você quer o quê?”, olha-me este passarinho armado em galinho da india..
Aqui volto eu à minha vaca fria: Mentalidade,o nosso grande cancro, neste caso a do funcionalismo publico!
Nunca me esqueço da serie inglesa ” yes prime minister…
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RCAS, obrigado. Já percebi o que queria dizer.
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Trinta e três 13:29,
Os 9º e 10º escalão, têm vencimentos superiores a 3000 euros. Quando menciono os horários de 22 horas semanais e reformas de 3000 euros, sei muito bem de que é que estou a falar. Alguns até são meus amigos.
Acredito que as coisas agora sejam diferentes, mas durante muitos anos, entre 1993 e 2005 pelo menos, foi assim mesmo: a grande maioria atingia o topo da carreira em termos de remunerações, e reformava-se em conformidade!
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Talvez o AC Silveira se esteja a referir a umas reformas que foram negociadas e a que a comunicação social, em devido tempo, deu algum destaque. Foram negociadas, repito. Sabe em que governo isso aconteceu? Reformulo a pergunta: quer saber?
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«é terem que preparar e dar as aulas…»
Realmente. Agora entendo a greve. Um Professor ter de preparar e dar aulas… deve ser uma pressão enorme!
R.
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Por exemplo a greve às notas dos exames ou greve de zelo nas salas dos exames seria as preferidas pelos defensores dos prejudicaria as crianças…..
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Porém esta greve tem pés de barro junto da opinião publica num ponto fundamental: não exige o regresso imediato dos 10.000 professores contratados que coletivamente já desempregaram. Para os grevistas da classe, estes que se lixem.
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Assim os grevistas perdem a razão de classe junto da opinião publica. Uma ‘distração’ ….
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Conhece algum sindicato que defenda desempregados?
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nos vendidos e chupadores de pilas da ugt não sei, mas na cgtp um trabalhador desempregado não paga quotas mantendo os seus direitos e ainda tem direito a um advogado especialista em direito do trabalho caso o seu despedimento tenha sido ilegal.
Engraçado que há muita gente, assim da tua laia, que só se lembram de irem lá bater à porta nessa altura.
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Como é que sabe de antemão que o despedimento foi ilegal? Se não tiver razão em tribunal de trabalho paga o advogado do sindicato no fim?
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Pergunta: Quantas horas semanais passam os alunos na escola?
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Depois das 4 questoes deixadas no post e das últimas perguntas vamos ter que considerar ao vitorcunha para a nominaçao de melhor perguntador-mor deste semestre…
E eu que achava que só era o JM que andava por aquí para …aprender !!!!!!!!! de tanta pergunta que fazia?
Qué saudades.
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Isso é uma resposta a alguma delas?
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Diz-se nomeação e que saudades.
Estás a progredir alguma coisa …
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Vítor, os professores costumam ser pacientes com as perguntas dos seus miúdos, por mais disparatadas que sejam, mas você já não é um miúdo, já não está na idade de perguntar de onde vêm os ovos que os pais compram no supermercado, por exemplo. Espera realmente que se responda seriamente a essas perguntas? Até com os miúdos, acho que o melhor método é o seguinte: “filho, tens ali uma enciclopédia animal muito gira e cheia de imagens; vê lá na página das galinhas…” Não é que o Vítor não suscite algum paternalismo, mas não exageremos.
Sobre o tempo passado na escola e horários, posso deixar-lhe pistas. Um professor trabalha mais horas do que as “oficiais”, porque leva todos os dias traballho para casa, faz testes, corrige testas, prepara trabalhos para os miúdos, etc, etc, e o mais comum é começar a fazer isso depois de tratar dos seus próprios filhos e os pôr a adormecer. Não é preciso ser professor para saber isto, basta o conhecimento comum.
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Está com sorte! Passando para 40 horas, com 22 lectivas, passa a ter 18 horas semanais para preparar testes, corrigir, preparar trabalhos para os miúdos, etc., etc. Passará a ter tempo livre depois de pôr os filhos a adormecer.
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Pelo que sei do que se passa e passou com os meus filhos, a carga horária dos alunos é variável de acordo com o nível de ensino, mas uma coisa é certa: é uma das maiores da Europa.
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Supondo que têm trabalhos de casa, podemos incluir isso na carga horária em regime doméstico, coisa que os professores também gostam de fazer apesar das 22 horas lectivas (ou lá o que é, com os períodos de 45 minutos)?
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Claro que sim. O que nos deve levar a refletir sobre o real objetivo de propostas de aumento da permanência das ciranças e jovens nas escolas, propostas muito do agrado dos nossos ministros da educação.
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As “22h lectivas” são de 50m. Aliás já nem se diz assim: são 1100m por semana, cada escola decide a sua distribuição. Uma perfeita idiotice, mas isso é outro assunto.
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Mais uma questão:
Os intervalos são uma contingência da profissão. Supondo que esses 1100 minutos são distribuídos uniformemente por 5 dias, qual o tempo necessário (incluindo intervalos como tempo de serviço) dentro da escola?
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Depende, consoante os tempos lectivos sejam de 50 ou 45m, o que corresponde a 22 ou 24 aulas (na generalidade, há disciplinas com tempos obrigatoriamente maiores).
Mas os intervalos não são serviço, tecnicamente um professor até pode ir a casa.
E quanto ao tempo de serviço dentro da escola actualmente convêm não esquecer a componente não lectiva, que varia de escola para escola e da imaginação ministerial em cada ano. Eu este ano tinha mais 3x50m.
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Há apenas uma resposta às suas perguntas: que se acabem, extermine, essa ignomínia que é a educação pública em Portugal – todos os problemas seriam resolvidos, pois todos os problemas surgem da existência de um monstrusoso ministério da (des)educação. E é claro, que ao mesmo tempo, acabe-se com os impostos que patrocinam esse monstro….
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Se não quer responder as questões, pode sempre gerar ruído.
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O senhor vítor cunha teve algum trauma com o preofessor da primária? Quando tiver 70 anos e aguentar oito horas diárias com trinta ‘índios’ à frente venha falar comigo…
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Não tinha traumas com professores mas passei a ter: não respondem às perguntas objectivas que se lhes colocam.
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CALMA!!! Nada de generalizar! Eu respondi a muita coisa!
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Respondeu, sim. Agradeço.
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Quer algo mais objetivo. 70 anos, oito horas e trinta’índios’? Acha que todas as profissões são iguais?
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Índios é a nova nomenclatura para “os meus adorados meninos”?
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Tenho discutido muito com o director da escola do meu filho sobre a questão 2: apesar de beneficiar de bolsa que se traduz em €500 anuais de desconto (suportado pelo Estado), para um valor anual de €3190, e que é calculado e atribuido de acordo com o escalão do meu IRS do ano anterior ao da inscrição, a verdade é que não percebo porque não há-de o Estado providenciar-me com os cerca de €4000 em cheque escola, valor que se falou há pouco tempo seria o valor médio que custa um aluno/ano em Portugal. Não somos livres, nada, nada. 25 vai-te enfiar no lugar onde o sol não entra – vulgo cú (mesmo)! Pardon.
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ah e na escola do meu filho não há campos de golfe; e apenas pago a parte lectiva, nem almoço, nem lanche, nem prolongamentos, nem actividades extra. Sala de aula e professor. Pelo menos vai ter professor na sala no dia 27 de Junho durante o exame.de matemática.
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EIS A VERDADEIRA QUESTÃO! E respondo na qualidade de professora. Não fiz muitas vezes greve por causa destas razões: os prejudicados são sempre os professores e os alunos. Os alunos não têm culpa absolutamente nenhuma. Os professores perdem um dia de salário, com a agravante de que terão de compensar isso noutra ocasião quanto à matéria que têm de dar aos seus alunos. Depois, houve alturas em que se faziam as greves, descaradamente, (e os ministros e partidos de poder foram também os outros) em dias próximo de feriados ou fins-de-semana, para APROVEITAR claro e os professores ficarem contentinhos com os sindicatos. Ainda por cima o meu patrão, Estado, ficava a ganhar porque deixava de pagar uns quantos salários. Para mim não é uma questão de estilo. É mesmo aproveitamento em dose tripla!
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O ensino público não é, NEM NUNCA FOI DE BORLA, como toda a gente sabe! O que houve sempre foi grandes aproveitadores com as celebérrimas papeladas do IRS muito deturpadas, para não dizer falsas, e que nós professores conhecíamos bem, e depois vinham os alunos a beneficiar de posicionamento num determinado escalão, nas refeições ou nos livros, que era completamente injusto. A questão dos livros nem é bom falar! No final do ano as editoras enchiam as escolas de manuais, com ofertas à mistura, que se tornavam inúteis depois e se iam amontoando ao longo dos anos. Depois, sei o que é dar aulas a turmas de 40/45 alunos, com os problemas mais variados e sem qualquer tipo de apoio. Enfim, que tempos! E também sei como ficavam desprotegidos os que na maioria das vezes mais necessitavam.
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Culpados de todos (quase todos, pronto) os males do “estado da Nação” : os funcionários públicos, os professores (e os alunos), os contribuintes, os reformados, os pensionistas, os sindicatos, os assalariados.
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Terei cuidado. Obrigado pelo conselho.
Quer responder às questões?
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Terá cuidado porquê ? — homessa !
Não tem que me agradecer por qualquer conselho nem, concelho.
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Se são culpados dos males, devem ser perigosos. São as suas palavras.
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MJRB
Tambem não é preciso vitimizar-se… mas olhe que por esses Ministérios, à muita gentinha disposta a fazer a cama a alguem! e se que maneira… a Maria de Lurdes Rodrigues que o diga…
A mentalidade do funcionário publico Portugues, está longe por exemplo do da Belgica, digo este País porque é três vezes mais pequeno que o nosso. Para o funcionário publico
Belga o cidadão está em “primeirissimo” lugar. Os interesses partidários são secundarizados. Fazem orgulho nisso! Este País esteve desasseis meses sem governo. que para felicidade deles diga-se, ninguem lhes pôde impôr “austeridade”… na base deste exito esteve ao que consta, um funcionalismo competente e eficaz!
Por cá, olhe vá à Internete e veja o ” yese prime minister”…
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Felizmente não me autovitimizo. Não sou funcionário público, sindicalista ou reformado.
Coitada da MLurdes Rodrigues, que iniciou o seu trabalho culpando imediatamente todos os professores e colocando pais e alunos contra os docentes em geral…
Funcionários públicos : há os excepcionais, bons e, como em qualqer actividade, também os péssimos e laxistas. Este governo nem cuida averiguar quem merece e quem não merece ser funcionário público…
Está provado, tanto para o P”S” como para o P”SD” e C”DS”, preferem empregar os seus boys (4000 nomeações deste governo) do que enaltecer e preservar os funcionários competentes.
Caso belga : de facto exemplar, tal como noutros países.
Há em Portugal muitos “yes prime minister” — esses, devem ser os bons funcionários do “estado da nação”…
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VC, 16:30
Escusa disfarçar e tentar colocar o caso numa proveta para agitar e voltar a dar.
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Está provado, tanto para o P”S” como para o P”SD” e C”DS”, preferem empregar os seus boys (4000 nomeações deste governo).
..
O pior nao esta em que haja que pagar estes boys…e que ha que sustentalos quando crescem,sao adultos e ainda seniors.:)
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Exactamente !
E são tantos nessas situações !… E muitos mais estão à espera dos momentos que antecedem quedas de governos (desses partidos) para, como recompensas partidárias e não só, “entrarem nos quadros” do Estado… — Esses e só esses, são os “bons” funcionários públicos !
Estes e outros casos que os “socialistas”, liberais e neoliberais pretendem ocultar…
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“Pretendem ocultar?”
Tem espaço aí em baixo, MJRB: ponha nomes.
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VC, 18:30
O “espaço aqui em baixo” não chegaria. São muitos milhares.
Se VC não sabe o que tem acontecido, informe-se. Se sabe, está novamente a ocultar uma realidade.
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E não quer discriminar só uns 300 ou 400 que caberiam neste espaço, não é?
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Pergunte ao Blasfemo Paulo Morais. Compre o seu recente livro.
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A maior discriminação foi e é praticada por partidos que têm estado nos governos, ao empregarem indiscriminadamente os seus boys e adultos.
Nesta legislatura, são já cerca de 4000 nomeações…
A propósito : PPCoelho (e PPortas) anunciaram, ainda antes da tomada de posse, que reduziriam ministérios e secretarias de estado para “pouparem”. Afinal, ministros fizeram-se acompanhar e “meteram” ao longo do tempo mais secretários e sub-secretários de estado, todos eles socorreram-se por bastantes assessores, etc & tal…
(Já para não referir assessorias a certos gabinetes de economistas e de advogados…)
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MJRB é abreviatura de Marinho Pinto? São tantos, tantos, milhares, que toda a gente sabe, que todos conhecem, que quem não conhece é capaz de ser “deles”… Diga ao menos um para acabar com esta ansiedade.
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Envie-me uma lista, tratarei de a publicar.
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Quer mesmo uma lista ? De certeza ? Não se arrependerá nem terá aborrecimentos se a publicar ?
Consulte os Diários da República !!
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Como sabe, essas “listas” estão publicadas no Diário da República. É só procurar datas de final de legislatura. Comece pelo tempo do Santana Lopes que teve um final em beleza.
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Apenas 1 subsidio . Quanto maior é o numero de subsídios maior é a distorção e as injustiças . A Progressividade tem sede própria . Se vai para o privado não há custos nem subsídios . Financiamento da Educação ou do Serviço Publico de Educação ?
Depende do que se entende por chegar à frente ? Quem sai prejudicado com as greves ?
Primeiro , o País . Segundo , empresa/trabalhador(e utentes no caso dos transportes) e
in casu o pai do aluno .
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VC, 19:09
Compreendo-o, a si : às vezes Marinho Pinto divulga umas “coisas” desagradáveis.
Paulo Morais também.
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meu Deus!! tanto burro a querer passar por sábio!
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Já que não quer responder a nenhuma pergunta, João José Cardoso, para quê tentar?
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Uma das perguntas foi respondida o ano passado:
http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_auditoria/2012/2s/audit-dgtc-rel031-2012-2s.shtm
Click to access Relatorio_custo_aluno.pdf
Pelo menos num desses trabalhos fazem-se contas por regiões. Quanto ao resto, algumas perguntas são respostas, é tudo uma questão de estilo…
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“actualmente convêm não esquecer “, não fica nada bem senhor “sôtor” !
Também ficaria melhor quando se referisse a minutos que os designasse por mn e não m, pois mais parece estarmos a falar de metros …
Convém ensinar isto aos pequenos …
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