Lançar a bomba atómica no Terreiro do Paço
João Ferreira do Amaral insiste na impossibilidade física de Portugal permanecer no euro. Na conferência “Portugal europeu, e agora?” organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, o economista pergunta se “queremos um país falhado, à grega, permanentemente de mão estendida”.
A teoria de Ferreira do Amaral não é exclusiva, tem adeptos no espectro hiper-neo-keynesiano, os defensores da alavancagem ad infinitum que permite colmatar as perdas da alavancagem do dia anterior.
Ao rejeitarem o euro, os hiper-neo-keynesianos rejeitam a coisa mais parecida com padrão-ouro ao dispor da economia dos periféricos: uma moeda cujo valor é mais ou menos a capacidade produtiva dos membros mais fortes da zona euro. Estranhamente, não ocorre a estes hiper-neo-keynesianos que é Portugal (e Grécia) que não serve ao euro e não o seu inverso. Sair do euro é continuar de mão estendida, usando a imagem de Ferreira do Amaral. A diferença é que, sem euro, não há incentivo à esmola.
Tal como na incrivelmente louca década perdida, eles não estão a ver bem a coisa. Já começa a ser motivo de nomeação dos neo-keynesianos para os Darwin Awards.
Pergunta simples; se o escudo era tão bom e estávamos tão bem, porque corremos para entrar no Euro? Será que Ferreira do Amaral não encherga a diferença de 40 anos?
É natural, quem nasceu em berço de ouro não sentiu alteração de vida! Se calhar tem medo de perder alguns privilégios, por isso ele e as boas pensões falam alto e em sintonia, mas não é pelos pobres.
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“porque corremos para entrar no Euro?”
Não corremos para entrar no Euro. O Euro foi-nos imposto por um bando de políticos incompetentes.
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os hiper-neo-keynesianos
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O VC conhece uma fauna selvagem que nem che conto. Deve ser nesses meses de verao quando ele faz essas viagens tao exoticas e esquisitas…:)
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As viagens mais exóticas e esquisitas faço nos meses de inverno. Normalmente de metro ou autocarro.
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Vitorcunha:
Tretas! Também eu tenho muitas dúvidas sobre a proposta deste Ferreira do Amaral (o outro, foi o homem do alcatrão e das primeiras PPP). Mas, nenhuma solução pode ser encontrada limitando o debate a questões “monetaristas”. Para o vitorcunha, desde que o problema da dívida esteja resolvido, os investidores acorrem, saltitando, a investir os seus capitais que, entratanto, andam não se sabe onde (ou até sabe). Mesmo que isso fosse verdade (e não é), seria como começar da estaca zero, uma espécie de repetição de Portugal após Methuen, num mundo em que o mercado está altamente globalizado, com claras desvantagens para os países europeus que não tenham, já, uma posição consolidada. Por isso, vitorcunha, se quer que o levem a sério, discuta mais economia. Diga lá em que investidores está a pensar e que nichos pretende atingir.
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O cluster dos socialistas mortos parece ser o nicho português.
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Lá está. Não é mesmo para levar a sério. Assim seja.
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O Trinta e Três acha que o problema português é dos alemães.
O Trinta e Três acha que o problema dos alemães não é dos portugueses.
Na biologia chamam-lhe parasitagem.
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Já lhe disse que eu não “acho” o que você quer ou lhe é mais confortável para adaptar ao catecismo. O que eu “acho” é que, pelo que o vitorcunha quer, não tardará muito para não fazer sentido misturar “inetersses portugueses” com “interesses alemães”.
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O Vitor deve ser um excelente viajante, por terras australianas… adora enterrar a cabeça na areia!…
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O vitor tem razão… é só consultar o link….
http://expresso.sapo.pt/juros-da-divida-portuguesa-lideram-subidas=f830505
Já somos os primeiros… Grécia?! Não! Somos mesmo os primeiros!
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Estou a ver…
Somos os primeiros? ó “estou a ver” você não está é a ver nada… anda aqui a mãozinha do Sócrates…
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O VC continua a não conseguir relacionar realisticamente o que diz com as consequências do seu discurso.
Ferreira do Amaral surge, paradoxalmente, como um hiper-realista.
Proponho-lhe um exercício de fácil compreensão.
Há atletas amadores e atletas de alta competição. Não insista em colocar atletas amadores a treinar e competir como se fossem atletas de alta competição. Não resulta. Um candidato a atleta de alta competição tem um potencial inicial que o distingue superiormente do candidato a atleta amador. E só a existência desse diferencial de potencial permite que se dedique tempo e recursos a uma formatação intensiva que explore e maximize tal diferença de potencial. Os padrões e referenciais de treino, de progressão, de resultados serão distintos.
Com as nações sucede um paralelismo análogo. O padrão dos fortes imposto aos fracos apenas serve para arrastar estes últmos, e para deprimir o ambiente de evolução e progressão desses mesmos fracos, já de si minorado face aos fortes.
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O que você quer é que não lhe mexam na quinta. 5 pontos pela imaginação.
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Au contraire.
A saída do Euro sair-me-ia bem mais cara que a continuação desta arte do fingimento português.
Como sabe os valores monetários afectos aos ditos pobres, têm uma distribuição e uma quantificação tal per capita que uma redução de 50% em tal valor (supondo uma maximização nefasta da saída do Euro) em pouco ou nada altera a condição de vida do pobre. São as pessoas que têm valores monetários afectos mais elevados que mais perdem com uma eventual saída de um fato que não tem as nossas medidas, nem de perto nem de longe.
Mas há quem pense que tal fato pode servir supondo que é carnaval todo ano…
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Vejo uma preocupação séria com a Estónia, Eslováquia e Malta. Se Portugal é do grupo dos pobres, tem esses como companhia.
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“Como sabe os valores monetários afectos aos ditos pobres, têm uma distribuição e uma quantificação tal per capita que uma redução de 50% em tal valor (supondo uma maximização nefasta da saída do Euro) em pouco ou nada altera a condição de vida do pobre. São as pessoas que têm valores monetários afectos mais elevados que mais perdem com uma eventual saída de um fato que não tem as nossas medidas, nem de perto nem de longe.”
Isto quer dizer exactamente o quê? O que é uma maximização nefasta e como chega a essa conclusão?
Os portugueses pobres gastam quase todo o rendimento no consumo de bens que teriam subidas brutais em preços reais – alimentação e energia- e mesmo num cenário, improvável, em que fossem tomadas todas as decisões certas, o ajustamento do poder de compra seria lento e penoso. Os ricos começariam a viajar para o estrangeiro com moeda fraca e provavelmente teriam de começar a comprar carros uma gama abaixo. E perderiam parte da poupança – mas em regra os verdadeiramente ricos não são afectados por isto.
Para os ricos, é um cenário chato. Mas para os pobres que seriam outpriced de boa parte do actual cabaz alimentar que consomem, seria um pesadelo.
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Se todos pensassem como YHWH, o Carlos Lopes nunca teria sido campeão olimpico e o Mamede recordista mundial dos 10000 metros. O seu comentário é a teoria dos que querem estar muito quietinhos no seu cantinho, e de preferência com a teta na boca. É afinal de contas o projecto de vida de qualquer esquerdista que se preze: dêm-me de mamar e não me obriguem a grandes esforços…
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Visivelmente não compreendeu o que explicitei.
Primo, confunde, conveniente e abrangentemente, epifenómenos com normas:
Secundo, toma Carlos Lopes como alguém com potencial de atleta amador que sabe-se lá porque milagre se revelou como atleta de alta competição… Deve pensar que Carlos Lopes não fez treino de alta competição e que não dispunha de recursos e potencial para tal. Seguidamente deve pretender definir Carlos Lopes como norma e apontar a multiplicidade normada de Carlos Lopes como a média dos maratonistas portugueses, e mesmo extrapolar tal conceito exótico para uma estrutura como um país… É claro que na sua rua devem existir vários atletas no ponto para superar Usain Bolt… E para não nos determos em Bolt, facilmente alargamos o espectro à Realidade total… Depois é só inverter as definições de comum e raro… E eis surgida uma nova axiomática para fazer de conjuntos fracos conjuntos fortes.
Tertio, as disposições, deambulações e conclusões subjectivas, superficiais e maniqueístas que faz sobre os referenciais ideológicos dos outros remetem para o silêncio contemplativo que Solon aconselhava para tais casos de mau uso e abuso do rhetos.
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Tanta erudição deixa-me mudo, e com o latim à mistura deve ter a escola do seminário…
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João Ferreira do Amaral, Silva Lopes e José Reis, entre outros, são os gúrus da teoria económica da “esquerda-chic” portuguesa, (não gosto do termo esquerda-caviar). Nenhum deles acrescenta valor ao debate, porque as suas intervenções são normalmente de cariz fortemente ideológico e com pouca adesão à realidade e ao país que somos.
O Silva Lopes cada vez que abre a boca só diz asneiras, a não ser na questão dos cortes nas reformas com os quais ele concorda; José Reis, prof na Universidade de Coimbra, empresta o seu cada vez mais débil prestigio académico a patetices como o congresso das alternativas, e Ferreira do Amaral fala da saída de Portugal do euro com uma leviandade impensavel num economista que se preze, sem nunca referir a hecatombe que isso representaria para várias gerações de portugueses. E tudo porque são contra o indispensavel ajustamento que temos de fazer para pôr as finanças publicas e a economia em ordem.
Com todos os erros politicos e tiros nos pés, e têm sido muitos, a falta de bom senso para lidar com certos assuntos, e a falta de jeito do 1º ministro para fazer discursos falando de improviso, nos dias que vão correndo é o governo a única instituição em Portugal que quer levar “a carta a Garcia”. Se o governo não conseguir fazer as reformas que estão em cima da mesa em relação à despesa do estado, e estando no euro ou fora dele, vamos andar muitos anos de mão estendida e a sofrer programas de austeridade que nos vão fazer ter muitas saudades deste memorando que assinàmos com a troika.
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“João Ferreira do Amaral, Silva Lopes e José Reis, entre outros, são os gúrus da teoria económica da “esquerda-chic” portuguesa (…)”.
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Não tenho procuração dessa área política e nem sei se inclui o Prof. Louçã nessa gaveta. No entanto, recordo que foi ele (louçã) um dos primeiros a contrariar a tese de Ferreira do Amaral, chamando a atenção para as consequências ao nível da desvalorização da moeda e da qualidade de vida.
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Parece-me que o Louçã não foi mencionado no meu comentário. Existe uma grande diferença entre o Louçã politico e o Louçã académico.
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Os seus economistas são quais? O Braga Macedo dos oasis? O Oliveira e Costa? O Rendeiro? EHEHE
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É preciso perdoar ao Silveira… ainda vive o luto do seu amado guru… o falecido António Borges! para ele tudo o resto… são tretas!
Haja Deus!
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RCAS, quem ainda está de luto és tu. Mas tens a possiblidade de matar as saudades, e até de aprenderes alguma coisa, todos os domingos à noite na RTP1 paga com o dinheiro dos nossos impostos. Há hábitos que nunca se perdem, e o teu amado Sócrates gosta mesmo é de manter algumas das suas actividades desde que contemplem o envolvimento do erário publico, como é o caso. Eu sei que vais dizer que ele não cobra nada por aquele espectáculo degradante que proporciona a quem tem estômago para ouvir o que ele diz, mas se considerarmos o custo de cada hora em televisão, principalmente na RTP1, podemos fácilmente concluir que o Sócrates continua a custar muito dinheiro aos portugueses todas as semanas.
Nota: quando quiseres falar no nome de António Borges, antes lava a boca com sabão macaco e depois enxagua com líxivia…
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Ó silveira os comentários do Sócrates na RTP1 é só para gente inteligente!….
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Então há muito pouquinhos em Portugal.
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Só uma questão. Há uns anos, quando se pensou a entrada no euro, ninguém (para além daquela extrema-esquerda que está sempre contra tudo) pensou que o país não tinha uma economia suficientemente sólida para entrar no euro? Acho muito estranho. E mais, estar agora com questões sobre saída do euro é uma falsa questão, uma verdadeira questão é fortalecer a economia. O governo até nem fez um mau trabalho nalguns setores, mas está a fazer um péssimo trabalho em tudo o resto.
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Pensou, sim. João Ferreira do Amaral, justiça lhe seja feita.
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Xeque-mate.
Chapeau!
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Sim, por isso o livro vem com o preço de capa em novos escudos.
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Só lhe falta imputar tal, explicitamente, ao autor…
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Para além dele, tendo em conta que é ele que aparece a defender esta posição. Além disso, se ele já notou as fragilidades há décadas, podia agora começar a pensar noutra forma de as combater.
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Faço a Ferreira do Amaral a justiça de lhe reconhecer a coerência: ele foi sempre contra a entrada de Portugal no euro. Mas pelas más razões: ele nunca acreditou na capacidade de os portugueses poderem fazer o que tinha de ser feito para aderir ao marco alemão, que é para todos os efeitos o euro. Se os sucessivos governos depois de 1995 tivessem feito o que deviam, ou seja investir menos no betão e mais nos produtos transacionaveis, e tivessem controlado as contas publicas, hoje provavelmente não estavamos aqui a discutir a saida de Portugal do euro.
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“Se os sucessivos governos depois de 1995 tivessem feito o que deviam (…) e tivessem controlado as contas publicas, hoje provavelmente não estavamos aqui a discutir a saida de Portugal do euro.” Obviamente caro Silveira. Mas isso é o que as luminárias da bancarrota não querem ver. Ou seja, sem disciplina das finanças públicas não há moeda – Euro ou Pataca. que resista. Será que há alguma criança de 8 anos que não perceba isto?
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A C, só os governos de depois de 1995!? Grande lata… Não acha que com ou sem euro, para Portugal ter estabilidade económica, o que se devia ter feito sempre era apostar na indústria, pesca e agricultura, precisamente aqueles setores que foram desprezados por Aníbal Cavaco Silva, primeiro-ministro até 1995? Ou era suposto o Guterres, o Sócrates e o Barroso (mais o Santana Lopes, que vem por arrasto) terem feito tudo nos anos seguintes?
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Milton Friedman e Margaret Thatcher, por exemplo e para nomear personalidades populares. As previsões deles sobre a zona Euro tornaram-se na realidade de hoje – é divertido reler hoje em dia o que a Thatcher disse e escreveu na altura, particularmente para quem também se relembra de como foram acolhidos os argumentos dela. E muitos outros, infelizmente com pouca ou nenhuma influência na discussão pública na Europa, especialmente na continental, e nenhuma no processo de decisão política.
Em Portugal, recordo-me do Pedro Arroja e do próprio Ferreira do Amaral.
Mas da oposição à entrada no Euro -eu também fui contra e continuo a achar a ideia da moeda única um disparate medonho- não implica defender a saída de Portugal do Euro neste momento – que muito provavelmente seria um remédio mais virulento que a doença. Há custos de transacção enormes que só seriam neutralizados caso existisse em Portugal um quadro institucional que garantisse uma política monetária acertada, quer no imediato, quer no longo prazo. E não há. Nem uma ténue esperança que isso fosse possível, quanto mais uma garantia.
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Mas a Grécia é um país falhado?
Não sabia.
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Já a comentar, Piscoiso?
E se logo o doutor engenheiro disser que a Grécia é um país falhado? É melhor esperar, por precaução.
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O problema é seu, com as suas obsessões.
Estou-me nas tintas para as opiniões desse personagem que persiste na sua tola.
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O VC parece sofrer de um efeito pavloviano sobre a «voz do dono» e teima em projectar tal tique sobre outros.
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Sempre gostei de ver os meninos da mesma turma a defenderem-se.
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Só não se defende o indefensável.
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Sabem o mais chato no comentário de ontem do Sócrates? É que este governo é tão mau, tão mau, que o Sócrates até se pode dar ao luxo de dizer a verdade. Uma pessoa quando vê aquele coiso (para não escrever asneiras) a dizer algo que até podia ser verdade fica arrepiada.
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Camarada piscoiso hoje pegou tarde ao trabalho. O maior lambe-botas do socartes tem de acordar mais cedo.
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Depois há os que vêm para aqui chamar aos outros aquilo que eles são.
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O sem norte já sabemos que sabe o que são lambe-botas… Talvez pela prática, ou prefere também lamber outras coisas para lá das botas?!…
Dedos dos pés?…
Lápis?!…
Aparece cada exemplar…
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É por demais evidente que Portugal não atinge os 100
http://pt.wikipedia.org/wiki/%CE%A1
Igualmente, por mais que tente, é impossível obter os resultados pretendidos
http://en.wikipedia.org/wiki/Reverse_osmosis.
Deveríamos voltar ao Real.
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Mas pelas más razões: ele nunca acreditou na capacidade de os portugueses poderem fazer o que tinha de ser feito para aderir ao marco alemão, que é para todos os efeitos o euro.
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Seguro?. Seguro que na entrada de Portugal no euro naohouve por tras
algum “Goldman Swaps”?
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Está mais que visto que o euro está muito acima
http://pt.wikipedia.org/wiki/%CE%A1 e que para lá chegarmos vamos precisar de
http://en.wikipedia.org/wiki/Reverse_osmosis para conseguirmos absorver toda a dinamica germanica que nos é tão cara.
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Não há aí um mapa da Europa segundo Nicolau da Viola?
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Vitor, vc não apresenta argumentos tecnicos e racionais para continuar no Euro.
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O mesmo tipo de falta de argumentos que nos levaram ao Euro, aliás.
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Só apresenta razões subjectivas de ordem politica. Não ‘acradita’ nos polliticos portugueses, mas ‘acradita’ nos politicos não portugueses.
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Sim, porque um libertário, por principio, devia defender uma moeda o mais descentralizada possível. Uma moeda por cada bairro como dizia o outro. Neste caso, por cada país.
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Mas vc prefere a Socialização Monetária dos estados membros. O Euro foi, e é, a moeda mais socializante da história.
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Não tem NADA de padrão-ouro. A massa monetária expandiu-se enormemente desde a criação do Euro até hoje. Não muito longe do US dolar.
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E ainda bem que não tem. Porque se tivesse Portugal e outros países teriam colapsado sem a ajuda do BCE às empresas financeiras directamente e aos estados indirectamente.
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Não há nada de mais racional do que gerirmos a nossa própria moeda, uma vez que gerimos os nosso orçamento e passivos e activos.
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Os alemães mereciam tecnicamente uma moeda de valor bem superior ao Euro. Uma decorrencia natural do ritmo exportador e do estado superavitario das suas contas externas.
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Nós por cá merecemos exactamente o oposto. Uma moeda de valor face ao exterior muito inferior.
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E não é preciso imprimir notas. Nada disso. A livre cotação do Escudo, face ao defice externo, ajustaria automaticamente o preço da moeda face às outras. O mercado, enfim, em acção que vc parece desprezar na linha Miseana (cambios fixos) da coisa e anti-Hayekiana (cambios variaveis).
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Mas vc prefere que seja os burocratas do BCE a dizer-nos que cotação devemos ter. É claro que essa gente preocupa-se mais com outros países…
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Rb
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O argumento técnico é a não redenominação da dívida.
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“Não tem NADA de padrão-ouro. A massa monetária expandiu-se enormemente desde a criação do Euro até hoje. Não muito longe do US dolar.”
Enormemente? Porquê?
O problema hoje é da expansão não ser a suficiente. O dinheiro está demasiado apertado. – quer o ECB quer o Fed têm constantemente falhado os targets de 2% de taxa de inflação. E esses targets já estão abaixo do que seria necessário.
“E não é preciso imprimir notas. Nada disso. A livre cotação do Escudo, face ao defice externo, ajustaria automaticamente o preço da moeda face às outras. O mercado, enfim, em acção que vc parece desprezar na linha Miseana (cambios fixos) da coisa e anti-Hayekiana (cambios variaveis).”
Claro que é preciso imprimir notas. A única boa razão para uma saída do Euro seria a de utilizar a política monetária para atingir taxas de crescimento nominais mais altas e mudar as expectativas. A “livre cotação do Escudo” dependeria essencialmente do número de notas que imprimisse ou não. E os câmbios variáveis do Hayek pressupõe um sistema de free banking. Esse dilema entre linhas não faz sentido, nem é aplicável, num paradigma moedas fiat criadas por banco centrais, sejam estes supra-nacionais ou não.
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” Estranhamente, não ocorre a estes hiper-neo-keynesianos que é Portugal (e Grécia) que não serve ao euro e não o seu inverso. Sair do euro é continuar de mão estendida, usando a imagem de Ferreira do Amaral. A diferença é que, sem euro, não há incentivo à esmola.”
Então concorda com ele. Certo? O que interessa quem serve a quem? A questão é se devemos estar no euro ou não. Se vc Parreira acha que Portugal não serve ao euro e que sem euro não há incentivo à esmola, pq não defende a saída da moeda única?
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Gilson, da última vez que vi, parecia que dizia que o governo estava a destruir o país “atacando” a função pública e não incentivando consumo interno.
Com o Chico tem redução salarial automática e a única coisa que consome são nabos de produção nacional. Esqueça iPhones.
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Eu acho que devemos permanecer no euro.
Primeiro, por cairíamos num abismo; segundo porque não é possível prever a profundidade do abismo.
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Mas acho que a ideia de chamar os “hiper-neo-keynesianos” à liça, quando o que está a dar é o “hiper-neo-ultra-liberalismo”, é muito engraçada.
Mas não admira. Eu já vi nestes blogues liberais justificações sobre como o keynesianismo que safou os EUA depois do colapso em 1929 da orgia financeira anterior, afinal não safou. Quem poderia ter safado, mas não lhe apeteceu, eram os orgiastas que a provocaram. 😉
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Mas, Fincapé, têm exclusivo da terminologia trauliteira? Um dia ainda me há-de explicar o que é um neo-, mega-, hiper- e tera-liberal.
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E o vitor terá que explicar então o que é um um neo,mega,hiper-e tera keynesiano
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Chama-se Fincapé ou joga na mesma equipa?
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Faço o que qualquer pessoa pode fazer aqui: comentar as coisas.
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Eles bem tentam disfarçar…..

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Vítor, jure lá outra vez que não se zanga com os comentários. É que a mim parece-me que até fica com a perceção turvada. 😉
Repare que eu apenas disse que por trás das maiores crises esteve sempre o capitalismo financeiro. Por outro lado, o Vítor defende que alguns hiper-neo-keynesianos são uns maus porque defendem a saída do euro. Provavelmente, a maioria daqueles que defendem a saída são “liberais”, caso ainda haja coerência ideológica.
Quanto à terminologia, nem sequer sabia que a considerava trauliteira. Até porque foi você que a começou a usar, pensando eu que era uma hipérbole sua para brincar com quem usa o termo “ultraliberal”. Afinal, era mesmo por trauliteirismo.
Já agora, o termo “ultraliberal” apareceu-me em livros de análise política razoavelmente isenta, sem que eu pense que era por trauliteirismo. Eu até já usava por pensar que é o mais adequado ao atual pensamento liberal. É que já vi “liberais” a recuar nas suas ideias por constatarem os atuais perigos do “liberalismo” face ao utrapoder financeiro, defendido pelos “liberais”. Concluo que nenhum “teórico” do “liberalismo” hoje diria o que disse há umas dezenas de anos.
E não se zangue mesmo, fica com rugas junto ao nariz e na testa que não lhe ficam bem. Estou a dar asas à imaginação, como você fez quando pensou que o makarana e eu éramos a mesma pessoa ou nos conhecíamos. 😉
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Eheheheheheh!
Fincapé, já ouviu falar de ultrasocialistas ou neocomunistas? Se pensar no espectro político português, seria de supor que sim.
Não me zango mesmo com os comentários: até porque posso sempre optar por não os ter. 🙂
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Sim, já ouvi e… já li. Não discuto muito essas designações. Acredito mais que haja efetivamente uma corrente neo-marxista do que uma neoliberal. Teria dificuldades em entender nos dias de hoje um marxista a falar em vanguardas da classe operária, ditaduras do proletariado ou outras palavras chave. Já as “ideias” liberais parecem-me ir muito mais longe do que seria previsível nos seus “teóricos”. Se eles estivessem a assistir, como nós, à concentração brutal de riqueza, à miséria que isso está a produzir em todo o lado, à degradação hiperbólica do ambiente, à influência de lóbis com tendências mafiosas com apoio em setores liberais, certamente teriam ajustado as suas ideias. Por isso, digo ultraliberalismo por se ultrapassarem limites, contrariamente ao neo-marxismo que se moderou. Aliás, o marxismo nem previa uma eterna ditadura.
Ou acha que é possível ir mais longe do que Lenine e Estaline?
E como escrevi atrás, depois de usar a palavra “ultraliberalismo” em livros com discurso bem moderado e razoavelmente isento que já coloquei aqui. Não ha´nele qualquer intuito provocatório, mas sim definitório, se quiser.
E, vá lá, não se zangue. Não tenho qualquer intenção em usar linguagem trauliteira. Se assim o interpretar ou foi porque tive algum arreliador descuido de linguagem ou porque a sua mente liberal necessita de uns ajustes. 😉
E claro que pode sempre limpar algum comentário meu. Ou todos. Por acaso, acho que só me limparam dois em mais de três anos.
Como sabe, nunca assumi aqui qualquer espaço como meu. Tenho noção de que o espaço é vosso e que apenas me cedem a possibilidade de participar.
Por isso, não lhe doa a mão. Eu nem sou pessoa para entrar em casa
onde não sou bem-vindo. 😉
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Fincapé, está a trocar as voltas ao que eu disse: se não quisesse comentários, desligava a coisa para todos.
Vai obrigar-me a entrar no modo lamechas para dizer-lhe que gosto desta interacção em que o Fincapé me chama fássista e eu o chamo de socialista privilegiado.
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“E como escrevi atrás, depois de usar a palavra “ultraliberalismo” encontrei-a em livros com discurso bem moderado…”
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Soa-me a moderação tipo Raquel Varela ou Eugénio Rosa.
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Está bem, então aqui vai mais uma provocação.
Enquanto a esquerda de origem marxista-leninista agora até tem grupos de defesa dos touros, isto é, lamechizaram-se, os ultraliberais estão cada vez mais virados ao materialismo insensível. 😉
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As pessoas gostam de ter coisas. Nenhuma criança diz “este brinquedo é da comunidade”.
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Tenho ouvido os mais velhos contarem que quando a mãe punha uma sardinha na mesa dizia: É para os quatro. E era uma sardinha, não um brinquedo. 😉
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Agora é um pão para os quatro e 32 maços de tabaco para a mãe. O rendimento mínimo foi um avanço para a Phillip Morris.
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Não se preocupe, Vítor. Tenho razões para pensar que os irmãos Kock, financiadores do Tea Party, são acionistas da Philip Morris. 😉
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O quê? Gastar só o que se pode pagar e manter orçamentos equilibrados é então “hiper-neo-ultra-liberalismo.”
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Os marcianos (e extra-terrestres) continuam com medo da “vingança” dos desgraçados que provocaram alem-mar…..
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O terror de que a “profecia” se cumpra persegue-vos….
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João Ferreira do Amaral não deve ter muito a aprender com os jovens turcos do Blasfémias, digo eu.
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Peço desculpa mas o texto que apresenta como sendo retirado do livro de Fernando Dacosta sobre a Natália Correia não me parece ser dela. Acho mais um daqueles textos panfletários a quem se atribui a autoria a alguém famoso.
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