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20 Novembro, 2013

O Filipe Nunes Vicente fez-me perceber que os médicos sabem que as grávidas não vão a consultas gratuitas por “dificuldades económicas” porque estas dão-se ao trabalho de telefonar ou enviar emails a explicar a situação.

Doutor, não posso ir à consulta por dificuldades económicas.
— Sent from my iPhone

38 comentários leave one →
  1. Fincapé permalink
    20 Novembro, 2013 16:39

    Às vezes, custa-me a acreditar. Se calhar sou um cético.

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  2. gastão permalink
    20 Novembro, 2013 16:49

    Gostei particularmente deste comentário:
    “Entre esta retórica (do vc) e a do Maduro do outro lado do atlântico a diferença é nula”.
    Comunismo e neoliberalismo, mesmo combate: empobrecimento.

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    • 20 Novembro, 2013 17:40

      Caro Gastão, não compare Porto Vintage com vinho a martelo. É que uns sabem, defendem e honrram até ao limite todas as suas convicções. Os outros são tão cinzentos e quadrados que nem o futuro deles defendem, quanto mais o do Povo.

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    • José Manuel permalink
      20 Novembro, 2013 23:12

      E socialismo é riqueza. Com certeza.

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      • José Manuel permalink
        20 Novembro, 2013 23:15

        Com o dinheiro dos outros, claro! 🙂

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  3. javitudo permalink
    20 Novembro, 2013 16:50

    Acredite Fincapé, é bom acreditar em tudo,mesmo na picareta bocejante.
    Acredite no maná que acabará por nos salvar com a ajuda da pá das esquerdas tontas.
    O gambá ou Opossum é famoso por se fingir de morto quando se sente ameaçado, um comportamento chamado “tanatose”.
    “António José Seguro partilha com alguns mamíferos marsupiais a notável capacidade de se fingir de morto quando sente a aproximação de um perigo.
    A técnica de António José Seguro é distinta: mantém-se sempre de pé, muito direitinho, e fala, fala, fala muito, mas sempre com o extraordinário cuidado de não dizer absolutamente coisa alguma, nem correr o mais pequeno risco que o possa comprometer.”
    “A picareta bocejante” Por João Miguel Tavares 07/11/2013 in Público

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    • Fincapé permalink
      20 Novembro, 2013 16:57

      Percebeu mal, Javitudo. Às vezes, custa-me a acreditar que a campanha chegasse às grávidas. Que há pessoas que faltam a coisas porque faltam, isso há e sempre haverá. Eu conheço muitas que estão bem na vida. Umas vezes chegam atrasadas, outras faltam com grandes prejuízos para os que comparecem. Não conheço é nenhuma campanha contra elas.

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      • vitorcunha permalink*
        20 Novembro, 2013 17:03

        Qual campanha contra grávidas? Se não vão à consulta porque há-de ser por “dificuldades económicas”? Vai-se a ver, podem ser dificuldades económicas para pagar o taxi em dia de greve dos transportes. Sim, é plausível.

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      • Fincapé permalink
        20 Novembro, 2013 18:24

        Vítor, ir a uma consulta não é só estar lá. Já lhe deram exemplos. Nem toda a gente vive ao lado das maternidades, nem cabiam lá. Muitas vezes os transportes são insuportáveis para muita gente. Por outro lado, há mulheres bem colocadas em empresas de topo que, assim que engravidam e/ou fazem o parto, são prejudicadas na sua carreira. Conheço uma que teve de sair de uma dessas grandes empresas, altamente lucrativa, e trabalha agora numa instituição à qual tenho uma ligação.
        Acredito que haja casos de irresponsabilidade, mas penso que são situações que devem ser abordadas com muito cuidado. Uma mulher ser disfuncional não é regalia nenhuma.
        Talvez eu veja a outra luz pelo respeito que acho que devo às grávidas, Ou talvez porque a minha mãe também já tivesse estado grávida. Já para não falar do meu lar.
        O ano passado em Lisboa dentro de um troley, um casal desses modernos, jovens, talvez nos trinta e tal quarenta, apesar de ir sentado nos lugares reservados a grávidas e deficientes, não se levantou vendo uma grávida (e muito) que estava quase sentada ao colo deles. Eu ia junto à grávida, mas não a conhecia. Mandei umas bocas ao casal energúmeno e a energúmena, sentindo-se comprometida, mas sem levantar o cu do banco, lá perguntou à grávida se ela se queria sentar. Ela não aceitou, obviamente por timidez. O energúmeno nem piou, penso que por medo. Acho que os meus olhos chispavam.
        São estes monstros que a sociedade está a criar.
        Parece que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas eu não consigo isolar as coisas. Problema meu, eu sei.

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  4. 20 Novembro, 2013 17:07

    Well… o primeiro iPhone, o 2G, apareceu há meia dúzia de anos, tempo suficiente para muita família empobrecer, ficando apenas com o iPhone para comunicar com o obstetra.
    Acontece.

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    • 20 Novembro, 2013 17:43

      Não vale a pena estar com essas explicações. Um neo liberal jamais percebe esses factos. Como alguem disse; navegam à vista.

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  5. @!@ permalink
    20 Novembro, 2013 17:14

    Faltam ou não faltam? O Vitor não é contra a taxação aos sinais exteriores de riqueza?

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    • vitorcunha permalink*
      20 Novembro, 2013 17:16

      Sei lá se faltam. A notícia é que diz que faltam e o motivo pelo qual faltam. E ainda apanham as canas.

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  6. Pedro permalink
    20 Novembro, 2013 17:17

    O Vitor Cunha sabe que já existiam meios de contato à distãncia entre as pessoas antes de se inventar o i-phone, certo? Ai, estes miúdos…

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    • vitorcunha permalink*
      20 Novembro, 2013 17:19

      Doutor, não vou à consulta por dificuldades económicas.

      — Enviado pelo meu pombo-correio.

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      • Pedro permalink
        20 Novembro, 2013 17:38

        Vitor, para além do pombal do seu avõ e do seu i-phone, existe uma coisa chamada “Telefone”. Pergunte, ou compre um livro com o titulo “Album ilustrado de meios de comunicação entre as pessoas”. É a cores.

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      • vitorcunha permalink*
        20 Novembro, 2013 17:41

        Isso do telefone também é gratuito, como as consultas?

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      • Pedro permalink
        20 Novembro, 2013 17:47

        Não, Vitinho. E comprar sapatos e roupa e comida também não é gratuito. Quer saber mais alguma coisa?

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      • vitorcunha permalink*
        20 Novembro, 2013 17:48

        Não, Pedrinho. Era só.

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  7. 20 Novembro, 2013 17:58

    “Sabemos hoje que há grávidas que são detetadas com algum risco, que são sinalizadas para os hospitais, e que por dificuldades económicas acabam por não estar presentes nessas consultas» diz lá na tsf .

    ora , são detetadas onde vão habitualmente à consulta , no centro de saíde talvez , o médico manda para hospital , hospital que fica a 20 , 30 , 40 euros de distância , quando vai outra vez à consulta normal o médico pergunta : não foi ao hospital pq ? não tenho dinheiro para a deslocação dr . .. a informação circula gratuitamente tb 🙂

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    • vitorcunha permalink*
      20 Novembro, 2013 18:02

      Isso é aborrecido: 40€ não dá para fraldas e muito menos para os livros necessários para o ensino gratuito. Em termos de alimentação da criança, a coisa não parece prometedora. A segurança social foi alertada?

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      • Pedro permalink
        20 Novembro, 2013 18:08

        Vitor, há pais que não tomam medicação necessária, etc, para poder alimentar os filhos e comprar-lhes livros escolares

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      • vitorcunha permalink*
        20 Novembro, 2013 18:12

        Não duvido.
        Aparentemente também há mães que não estão terrivelmente preocupadas com ocupar consultas, aumentando o seu custo (pessoal é pago quer faça a consulta, quer não), consultas que não pretendem frequentar, apesar de gratuitas e de terem sido indicadas como tendo uma gravidez que pode causar a morte do feto.

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      • Pedro permalink
        20 Novembro, 2013 18:26

        Não é “não pretendem frequentar” , Vitor. É dificuldade económica. Há mais custos a considerar, para além do da consulta: deslocações, medicação, etc.

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      • Pedro permalink
        20 Novembro, 2013 18:29

        Sobretudo, não faça nunca juizos de valor sobre o comportamento das mães.

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      • vitorcunha permalink*
        20 Novembro, 2013 18:37

        Presumir que não vão a consultas por questões económicas é tão juízo como presumir que não vão porque não querem. A plausibilidade é, inclusivamente, a mesma.

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      • 20 Novembro, 2013 18:49

        e pode ser que não possa tb perder o salário de um dia de trabalho .
        de todas formas o que o Vitor perguntava era como é que os da comissão sabiam , não era ? simples , os médicos falam e reunem uns com os outros e com os doentes.
        quanto ao resto , de sustentar a criança , pois… há-de haver muito irresponsável que já não tinha como sustentá-la ao engravidar e há-de haver muitos bons futuros pais que perderam empregos após a gravidez . ainda não ouviu falar do desemprego galopante ?

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      • oberon permalink
        20 Novembro, 2013 19:11

        a seg social já foi alertada e vai começar a distribuir brioches às famílias afectadas (como é que esta ref. histórica sobreviveu 300 anos é o que eu me pergunto?)

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    • Pedro permalink
      20 Novembro, 2013 18:05

      Há várias formas de comunicação, umas gratuitas, outras a pagar, mas isto é tudo ainda muito complicado para o Vitor 🙂

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      • vitorcunha permalink*
        20 Novembro, 2013 18:06

        OK, admito que enviem sinais de fumo a dizer que não podem ir à consulta gratuita.

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      • Pedro permalink
        20 Novembro, 2013 18:09

        LOL

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  8. 20 Novembro, 2013 18:09

    O Vitor Cunha continua a tentar ser engraçado.
    Na Síria é mais do mesmo.
    R.

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  9. beirão permalink
    20 Novembro, 2013 18:39

    Se o país está falido, é ‘lixo’ para as agências de rating, queremos saúde, e ensino, e emprego, e subsídios, e piscinas, e estádios de futebol, e mais o raio que os parta à borla para todos!? Metam-se na cadeia os Sócrates, os durões, os soares e C.ª que nos lixaram e atiraram a todos para esta desgraça…

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  10. Trinta e três permalink
    20 Novembro, 2013 18:45

    Esta foi de muito mau gosto, vitorcunha. Não sei se faz parte da sua lista de “más práticas blogosféricas”, mas devia. Fim de comentários sobre este post.

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  11. Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    20 Novembro, 2013 20:38

    Poderão eventualmente haver casos de grávidas que não se podem deslocar à consulta porque não têm dinheiro para o transporte. Mas são de certeza casos pontuais, não são a regra.
    Esta propensão para o miserabilismo que vem muitas vezes de quem menos se espera, não nos leva a lado nenhum. Esta vontade de puxar para baixo é uma, entre muitas, das razões porque não conseguimos sair da cepa torta. Há séculos.

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  12. Portela Menos 1 permalink
    20 Novembro, 2013 23:45

    vitorcunha em modo Cesar das Neves…humildes, pobrezinhos mas honrados 🙂

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  13. EMS permalink
    20 Novembro, 2013 23:56

    Pois, querem lá ver que só os ïphones têm capacidade de enviar emails e fazer chamadas.
    Um PC velhote e um telemovel de 20 euros não fazem essas coisas.

    Sent from my made in china android.

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  14. Estou a ver... permalink
    21 Novembro, 2013 09:55

    Cada vez mais os “postes” do treinador mostram que trocou de lugar…

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