Saltar para o conteúdo

Será que o aumento do salário mínimo causa desemprego?

31 Janeiro, 2015

O Syriza ia aumentar o salário mínimo para 751 euros, mas pelos vistos já não vai. Para que o ministro do trabalho do Syriza acha que um aumento do salário mínimo poderá ter um impacto negativo no mercado de trabalho (leia-se, aumentar o desemprego).

100 comentários leave one →
  1. Joaquim Carreira Tapadinhas permalink
    31 Janeiro, 2015 22:12

    Estes comentadores têm a casa a arder e, em vez de apagarem o fogo, andam a discutir o fogo na casa dos outros. É o fado portuga.

    Gostar

    • 31 Janeiro, 2015 22:37

      Mas onde é que o senhor vê fogueiras?
      O que eu vi foram milhares de portugas invadirem as estações dos CTT para subscreverem papel emitido pelo Governo.
      Pelo mesmo Governo de Portugal que o economista Medina anda a dizer há vinte anos que faliu.
      Melhor previsão que esta só o esgotamento da Portela anunciado há cinquenta anos.

      Gostar

      • Joaquim Carreira Tapadinhas permalink
        1 Fevereiro, 2015 00:21

        O facto de haver alguma gente à beira da praia, não significa que não haja mais gente no interior. Não andam todos no país a pedir esmola e ainda há umas centenas de milhares, felizmente, que têm alguma poupanças. Isso não invalida nem encobre as situações dramáticas que muita famílias estão a viver.

        Gostar

      • Duarte de Aviz permalink
        1 Fevereiro, 2015 06:56

        E como é que o senhor Tapadinhas propõe que se nivele a praia com a montanha? Arrasando tudo? Para isso precisamos da ajuda do mítico Arrasa Montanhas.

        Gostar

      • Almeida permalink
        1 Fevereiro, 2015 10:24

        Infelizmente, o Duarte Aviz é capaz de estar mais próximo da realidade do que pensa… e seria desejável.

        Gostar

  2. 31 Janeiro, 2015 22:16

    “O Syriza ia aumentar o salário mínimo para 751 euros, mas pelos vistos já não vai. ”

    Ou então – “O Syriza diz que vai aumentaro salário mínimo para 751 euros, mas pelos vistos ainda não”.

    [Tal como o JM apresenta a coisa, até parece que houve um recuo, mas creio que a medida nunca foi anunciada como sendo “a partir de hoje”, ainda que alguma noticias possam ter dado essa ideia]

    Gostar

    • 31 Janeiro, 2015 22:35

      Tem toda a razão.
      Na verdade TODAS as medidas que o partido dos 36% anunciou pertencem à mesma categoria, serão implementados quando se puder, se se puder.

      Gostar

    • Tiradentes permalink
      31 Janeiro, 2015 23:28

      Verdade …o PPC também disse que AINDA não pode baixar os impostos.
      AINDA bem que compreendem o AINDA.

      Gostar

      • Tiradentes permalink
        31 Janeiro, 2015 23:33

        Quem disse foram os próprios que chamaram a troika—que a dívida era ou seria de 95%. O Bolota come o que quer e o que mais lhe convém.
        A única coisa que o “escurinho” do FMI fez foi mandar por ao escriturário recém-eleito as dívidas que o Pinto de Sousa guardava debaixo da mesa, nomeadamente as das SCUTS.
        O Bolota que tirou a quarta classe sabe somar aos tais 95% os défices dos anos seguintes. Se o fizer sabe bem que não daria os 130% mas o seu materialismo-dialéctico insiste na mentira como arma achando que que todos são tão burros como ele acha que são.

        Gostar

      • Bolota permalink
        31 Janeiro, 2015 23:37

        Quarta classe e tirada á noite. Então é mentira o que a imagem diz…é isso??? Bem dita a mãe que pariu uma inteligência com a tua

        Gostar

      • 31 Janeiro, 2015 23:47

        Não leve a mal, escreve-se à , bendita e como

        Gostar

      • Tiradentes permalink
        1 Fevereiro, 2015 08:01

        Bendito sejas tu próprio, que a tua mãe não tem culpa, de seres além de burro totalmente mal intencionado. Quanto à inteligência tu tens a nível do caracol quando te interessa. É a inteligência dos gajos que tem muitos pais.
        De tal forma que sobre a coisa em si nem uma palavra. A tentativa do insulto é a resposta.
        A comida para porcos não é capaz sequer de somar os três défices aos 95% para ver de dá 130% mesmo com a varáveis de baixa do PIB.
        É areia demais para quem está habituado a ser alimento.

        Gostar

      • Tiradentes permalink
        1 Fevereiro, 2015 08:17

        Vai devagar…..depois te ensino o resto mas primeiro faz só esta conta. Depois vamos corrigindo com outras variáveis. Cada coisa a seu tempo porque um caracol anda devagar.

        Gostar

      • Bolota permalink
        1 Fevereiro, 2015 13:32

        Fado ,

        Obrigado pela correcção. Claro que não levo a mal, mas mesmo com erros percebeste o que quis dizer não percebeste???

        Bom domingo

        Gostar

      • Bolota permalink
        1 Fevereiro, 2015 13:36

        Tiradentes,

        Inteligente bendito,

        Eu não tenho de somar nada, tenho é de aceitar por bons os números das entidades que tutelam os números.

        E o números são:
        Com 95% do pib estvamos na bancarrota
        como 130 % do pib estamos na maior…

        Dá-lhe as voltas que muito bem entenderes e faz as contas que quiseres vai dar sempre ao mesmo ponto. Bendita a mãe que te pariu inteligente.

        Gostar

      • 1 Fevereiro, 2015 15:09

        Refere-se àquelas entidades que dizem que o serviço da dívida (eufemismo capitalista para juros) em Portugal consome o equivalente a um resgate do BPN por ano?

        João Pimentel Ferreira http://www.joaopimentel.eu Enviado do meu Nokia

        Gostar

      • Bolota permalink
        1 Fevereiro, 2015 17:07

        João,

        Refiro-me ás entidades que debitam números, números que temos de aceitar por bons.
        Se c0m 95% estávamos na bancarrota, com 130% devíamos estar pior…mas parece que não é assim, o Tiradentes manda-me somar. Como homem dos números quer ajudar???

        Gostar

      • Tiradentes permalink
        1 Fevereiro, 2015 18:11

        ahhhh já percebi…tu não tens de fazer contas nenhumas tens é de aceitar a palha que te dão como comida e agradecer por isso.
        É normal e natural que assim seja entre os da tua espécie.
        Não percebo porque é que então não aceitas a palha que te dão hoje
        Não são da tua leira?
        Afinal há palhas e palhas não é?
        A tua palha é que é boa.
        Continua assim ainda são precisos para carregar muitos fardos de palha

        Gostar

      • Tiradentes permalink
        1 Fevereiro, 2015 18:15

        Quem disse ao asno cuja mãe o pariu no celeiro cheio de palha que com 130% de dívida em relação ao PIB estamos muito bem?
        É que não se faz essa maldade mesmo a jericos que não conhecem outra coisa senão palha.
        Dê as voltas que quiser ele acha que só existe palha neste mundo

        Gostar

    • Fernando S permalink
      1 Fevereiro, 2015 17:35

      Os 95% do Pib da divida publica em 2010 eram ficticios, deixando de foram milhões desorçamentados que tiveram depois de ser incluidos e que explicam uma parte dos 130% de hoje.
      De qualquer modo, a situação financeira e economica do pais em 2011 era muitissmo pior do que é agora em 2015. Em 2011, toda a gente, incluindo os mercados e os credores, sabiam que, se continuassem a emprestar sem um forte ajustamento na economia, a divida dispararia ainda mais e sem limites, muito para além dos 130%. Mas, a a verdade é que ninguém estava então disposto a emprestar mais dinheiro sem condições e sem um programa de austeridade e de reformas. Em 2011 o pais estava às portas da bancarrota, com déficits orçamentais superiores a 10%, com taxas de juro de dois digitos, e com uma economia não competitiva. Hoje, em 2015, o pais saiu da emergencia financeira, os déficits são muito inferiores e com tendencia decrescente, a divida é transparente e esta controlada, as taxas de juro estão em minimos historicos, a economia esta a crescer de modo mais equilibrado, o desemprego tem vindo a descer.
      Não tem comparação !!

      Gostar

    • Fernando S permalink
      1 Fevereiro, 2015 22:53

      Bolota,
      Não é uma questão de “inteligencia” (?!…) mas sim de avaliação objectiva, quantitativa e qualitativa, da situação financeira de Portugal.
      (A) Ter uma divida publica oficialmente a 95% do Pib, com divida escondida, com déficits orçamentais anuais superiores a 10% e tendencialmente descontrolados, com uma economia atravancada e não competitiva, em desacelaração muito rapida (Pib em queda desde o 2° trimestre de 2010 e em recessão a partir do 4° trimestre de 2010) e com o desemprego a aumentar,… é bem pior do que …. (B) ter uma divida a 130% do Pib, que passou a incluir todas as dividas que estavam anteriormente de fora, com déficits orçamentais muito menores e com tendencia para descer ainda mais, com uma economia mais livre e mais competitiva (as exportações passaram de 25% para 40% do Pib ; a balança externa passou a ser equilibrada), com o Pib de novo a crescer e com o desemprego a diminuir rapidamente.
      No fim de contas, é precisamente pelo facto da situação actual ser bem melhor do que aquela que existia em 2011 que, apesar da divida publica oficial actual ser superior à de 2011, as taxas de juro da divida portuguesa são hoje muito inferiores !!

      Gostar

  3. Carlos Dias permalink
    31 Janeiro, 2015 23:05

    O gajo tem de falar com o Costa.
    Qualquer republicano sabe que aumentando o salário a economia cresce.
    Perguntem à Samsung que ela explica.

    Gostar

  4. Luís permalink
    1 Fevereiro, 2015 08:07

    Alguém me explica como Portugal e Grécia têm estes salários mínimos e querem competir com países da Europa de Leste pela captação de investimento estrangeiro, onde o salário mínimo é inferior a 400 euros e onde o PIB per capita é idêntico, ou o investimento está facilitado pela maior formação média da população e pela ausência das regulamentações absurdas que abundam por cá?

    Gostar

    • Luís permalink
      1 Fevereiro, 2015 08:11

      O problema português está não no valor do salário mínimo, que é alto em Portugal, mas sim nos preços de diversos bens e serviços, que estão desajustadíssimos da nossa realidade económica. Um país pobre à escala europeia não pode ter preços alemães ou franceses.

      Rendas altíssimas, especialmente em Lisboa, preços de telecomunicações, água, electricidade, gás natural, esforço fiscal, medicamentos e cosméticos de farmácia, combustíveis, transportes públicos, serviços de saúde privada…

      Perguntem ao Dr. Mexia por que temos uma electricidade tão cara…

      Gostar

      • Bolota permalink
        1 Fevereiro, 2015 13:40

        É fácil, porque o Mexia ganha num mês o que tu não ganharás numa vida.

        Gostar

      • 1 Fevereiro, 2015 15:20

        Mais um embuste de pequeno-burguês. Está por acaso à espera que a BMW faça um descontozinho ao tuga da favela porque este tem menos rendimentos que o alemão? A sua observação revela total ignorância da nossa balança comercial. 1/4 das nossas importações são carros mais combustiveis. Vá lá dizer ao principe saudita para dar uma atençãozinha aos lusos pobrezinhos.

        E evocar o salário pornográfico do Mexia é de gente que não sabe fazer uma regra de três simples.

        Gostar

    • Bolota permalink
      1 Fevereiro, 2015 13:43

      Luis,

      Estou contigo.
      Para competir com salários mínimos mais mínimos que os nosso, proponho que os nossos pobre de merda, comecem a trabalhar de borla. Tenho raiva a pobre deviam morrer todos á fome e assim deixar a riqueza todaaaaaaaaaaaaa para os ricos morrerem também eles com as orelha carregadas de sebo.

      Gostar

  5. 1 Fevereiro, 2015 11:01

    Gostava de ver a carneirada que aqui a comenta a sobreviver com 500 euros por mês!

    Gostar

    • Joaquim Amado Lopes permalink
      1 Fevereiro, 2015 12:58

      Bem, não sei se há por aqui a comentar alguém que, p.e., ainda viva com os pais (que não lhe exijam renda, o/a alimentem, comprem roupa, paguem os transportes e dêm mesada), tenha apenas a escolaridade mínima obrigatória e não queira continuar a estudar, não tenha quaisquer habilitações técnicas ou profissionais e queira ter um trabalho simples e sem grandes responsabilidades (p.e. estafeta, a repôr mercadoria em prateleiras de um supermercado ou a distribuir publicidade por caixas de correio) para ganhar algum dinheiro extra para comprar o iPhone mais recente, enquanto espera que lhe saia o Euromilhões ou seja “descoberto” num qualquer “reality show”.

      Quanto à “carneirada”, o meu signo é Carneiro mas não creio que fosse a isso que o João Pimentel Ferreira se estava a referir. Parece-me que estava apenas a ser imbecil, em linha com a sua ideia de que as pessoas têm todas as mesmas necessidades e que o salário tem a ver com as necessidades do trabalhador e não com o trabalho que faz.

      Gostar

      • 1 Fevereiro, 2015 15:05

        Confunde tudo. Não defendo equalitarismo extremo, tenho aversão aos parasitas da FENPROF e ao sindicalismo pesqueno-burguês que apenas berra por mais capital no final do mês de ócio público, obtido à custa dos impostos cobrados aos outros. Nunca gastei um cêntimo no euromilhões e vomito sobre a TV, mormente esse lixo a que se referiu. Mas jamais terei moralidade para criticar o estilo de vida de alguém que tem filhos, uma renda para pagar e recebe 500€ por mês por 40 horas de trabalho semanal.

        V. Exas. lembrai-me Cicciolina a defender a educação sexual nas escolas. O princípio pode eventualmente ser positivo, mas quando proferido pela estirpe agiota e burguesa neo-cristã, lembra-me um quadro de Dali.

        Gostar

      • EMS permalink
        1 Fevereiro, 2015 16:23

        O Joaquim está a brincar? Há muita gente adulta e com familia que ganha o salario minimo.

        Gostar

      • Joaquim Amado Lopes permalink
        1 Fevereiro, 2015 22:16

        João Pimentel Ferreira,
        “Mas jamais terei moralidade para criticar o estilo de vida de alguém que tem filhos, uma renda para pagar e recebe 500€ por mês por 40 horas de trabalho semanal.”
        Quando contrata um pintor para pintar a sua casa ou um mecânico para reparar o seu automóvel pede-lhe que descreva a sua situação familiar e responsabilidades financeiras antes de negociar o valor a pagar?
        E quando necessita de cortar o cabelo, acha que deve pagar mais ao barbeiro medíocre (que tem tão poucos clientes que não pode sustentar um automóvel próprio e luta todos os meses para pagar a renda da casa) do que ao barbeiro talentoso (que tem tantos clientes que anda de BMW e tem casa própria e duas casas de férias)?

        Os 500€ por mês são pagos em troca de uma determinada prestação de trabalho. Quem os paga não tem que considerar ou sequer conhecer as responsabilidades financeiras (família, renda, …) de quem contratou para fazer esse trabalho. Isto é básico e não tem a ver com “criticar o estilo de vida” seja de quem fôr.
        O João pague o que quiser a quem contrata para trabalhar para si mas pretender que os salários devem ser regulados de forma a cumprir uma qualquer ideia de igualdade ou justiça social é um disparate sem qualquer sustentação.
        O rendimento mínimo social (com que também não concordo) faz muito mais sentido do que o salário mínimo.

        .
        EMS,
        A resposta acima ao João Pimentel Ferreira também vale para si. Acrescento que há muita gente adulta e com família que tem património, outros rendimentos e/ou família/amigos que lhes permitem viver sem problemas com um salário de 500 euros por mês. Por exemplo, José Sócrates que, sem trabalhar, fazia vida de milionário em Paris.
        O EMS acha que, se José Sócrates procurásse trabalho só para se manter ocupado, o empregador devia ser obrigado a pagar-lhe mais de 500 euros por mês por esse valor era insuficiente para ele viver?

        Há muita que não consegue viver com 500 euros por mês assim como há muita gente (embora menos, naturalmente) que não consegue viver com menos de 1000 euros por mês. E há muita que não precisa de 500 euros para viver.
        Ao estabelecer por via legal um salário mínimo independente da produtividade de cada um, o Estado está a impedir que quem tenha uma produtividade inferior a esse limite possa arranjar trabalho mesmo que não precise desse valor para viver e a permitir que outros sejam contratados a um valor inferior ao necessário para viverem. E está a intrometer-se numa área em que não tem a mínima capacidade ou informação para tomar uma decisão e onde não deve sequer tomar decisões porque não lhe diz respeito: determinar o valor do trabalho de cada trabalhador para cada empregador em cada situação específica.

        Gostar

      • 1 Fevereiro, 2015 22:40

        O caro Joaquim compara economia da caverna, com princípios humanitários que estão subjacentes desde a fundação do Cristianismo e consolidados com o Iluminismo. Por esse prisma, como os deficientes não sabem pintar paredes nem reparar automóveis, devem morrer à fome, enquanto o Ronaldo, porque é singular, deve ganhar numa hora o que o comum dos mortais não ganhará numa vida (cá para mim ainda deve ser como o das Neves, ainda deve ser daqueles que se diz “cristão”). Antes de ler o próximo de Adam Smith, recomendo que leia Voltaire, convém ouvir ambas as partes antes de proferir um julgamento. Não havendo salário mínimo, haveria muito bom patrão que pagaria o salário à saca de arroz, ou quem sabe, fazendo jus ao étimo, à saca de sal, porque com o desemprego, “não queres, há quem queira”!

        Gostar

      • Joaquim Amado Lopes permalink
        2 Fevereiro, 2015 16:00

        João Pimentel Ferreira,
        “Por esse prisma, como os deficientes não sabem pintar paredes nem reparar automóveis, devem morrer à fome”
        Para que os deficientes não morram à fome há, por esta ordem: os próprios, as famílias, as famílias alargadas, as comunidades, as instituições de solidariedade social e, por fim, o Estado. É desta forma que se concretizam os “princípios humanitários que estão subjacentes desde a fundação do Cristianismo e consolidados com o Iluminismo”, não em o Estado impôr às empresas que tomem decisões que colocam em causa a sua viabilidade.
        Aliás, os sistemas políticos em que o Estado assume mais níveis de decisão na economia são precisamente aqueles em que se gerou e continua a gerar mais miséria e onde não são “apenas” os deficientes que morrem à fome.

        Aliás, ao pretender que a “solidariedade” imposta pelo Estado às empresas tem alguma coisa a ver com os princípios do Cristianismo apenas demonstra que não percebe nada de Cristianismo, já que o Cristianismo advoga e procura promover precisamente o oposto.

        “Não havendo salário mínimo, haveria muito bom patrão que pagaria o salário à saca de arroz, ou quem sabe, fazendo jus ao étimo, à saca de sal, porque com o desemprego, “não queres, há quem queira”!”
        Nem todos podem ser patrões como o João Pimentel Ferreira, que paga salários segundo as necessidades de quem trabalha, não de acordo com a respectiva produtividade, e que contrata preferencialmente pessoas com baixas qualificações.
        Aliás, só existem desempregados com baixas qualificações porque o João Pimentel Ferreira é obrigado a gastar algum do seu precioso tempo a responder a quem contesta o que defende e não tem tempo para constituir empresas suficientes para contratar todos esses desempregados com baixas qualificações (e pagar-lhes salários elevados, naturalmente).

        O João Pimentel Ferreira defende que mesmo quem possa viver com menos do que o salário mínimo não possa trabalhar porque há quem não possa viver com salários abaixo do salário mínimo. Em coerência, também deve defender que os senhorios continuem a ser obrigados a suportar (pagar) o alojamento dos inquilinos com menores posses.
        O problema é que o João Pimentel Ferreira não é o único empresário ou senhorio neste país e ao defender uma e outra está a querer que ninguém seja livre de decidir por si próprio qual a melhor forma de usar o seu dinheiro ou propriedade nem qual o valor do seu tempo ou trabalho. Um cristão iluminado, em suma.

        Já agora, o argumento “com o desemprego, “não queres, há quem queira”” funciona contra a sua posição.
        Sendo o salário mínimo calculado de acordo com critérios que não podem de forma alguma aplicar-se a toda a gente, o valor acaba por ser arbitrário. O salário mínimo é mais do que o mínimo necessário para alguns e menos do que o mínimo necessário para outros.

        Existem actividades de baixo valor acrescentado que poderiam dar trabalho a pessoas com baixas qualificações e seriam viáveis com remunerações abaixo do salário mínimo que deixam de ser feitas porque o salário mínimo as torna inviáveis economicamente. Isso significa que aqueles que poderiam exercer essas actividades e para quem o respectivo salário até ajudaria muito acabam por ser impedidos de trabalhar.
        Como essas pessoas não trabalham e a ideia será que seja o Estado (e não a comunidade) a garantir a sua sobrevivência, isso resulta num peso cada vez maior sobre as empresas que (ainda) funcionam e sobre quem (ainda) trabalha, aumentando o custo do trabalho e prejudicando ainda mais a criação de postos de trabalho.

        Defender que mesmo com maior desemprego os salários não devem baixar é o mesmo que dizer que mesmo com mais casas vazias as rendas não devem baixar e que mesmo com produção maior os preços não devem baixar.
        Mas não deixe que a realidade seja um factor na formação e defesa das suas opiniões.

        Só por curiosidade, qual é na sua opiniãoo salário mensal abaixo do qual ninguém deve poder ser contratado e qual é o salário mais baixo que o João Pimentel Ferreira paga aos trabalhadores que contrata?

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 20:32

        Caro Joaquim, permita-me o fundamentalismo ideológico nesta matéria. No meu entender se uma empresa, que visa o lucro, não tem viabilidade económica para pagar 500€ por mês a uma pessoa por 40 horas de trabalho semanais (média de 2,30€ por hora), essa empresa deve apenas fechar as portas.

        A meritocracia e a individualidade de cada um, não pode servir para todo o tipo de discriminações. Há mínimos de sobrevivência e de humanitarismo.

        Cumprimentos

        PS: Sobre economia de mercado e Cristianismo:
        http://goo.gl/nZ4YZZ

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 20:34

        E mais um detalhe: sou empregador, empregado, pagador de impostos, senhorio, casado pela Igreja e não vivo em casa dos pais.

        Gostar

      • Joaquim Amado Lopes permalink
        3 Fevereiro, 2015 12:11

        João Pimentel Ferreira,
        “No meu entender se uma empresa, que visa o lucro, não tem viabilidade económica para pagar 500€ por mês a uma pessoa por 40 horas de trabalho semanais (média de 2,30€ por hora), essa empresa deve apenas fechar as portas.”
        O trabalho não é remunerado por quanto a empresa pode pagar mas por quanto vale. O que está a defender é que os trabalhos de baixo valor não devem existir ou devem ser pagos acima do seu valor e que, se o salário que nos fôr oferecido fôr inferior ao que outros decidiram que devia ser o mínimo e mesmo que o achemos justo e cubra as nossas necessidades, não apenas é preferível viver à custa do trabalho de outros do que à custa do nosso próprio trabalho como isso deve ser imposto por Lei.

        “A meritocracia e a individualidade de cada um, não pode servir para todo o tipo de discriminações.”
        Que grande confusão vai nessa cabeça, ao pretender que pagar um salário inferior ao decidido por alguém que não tem rigorosamente nada a ver com a relação laboral nem tem forma de saber se o salário é justo ou cobre as necessidades do trabalhador, é uma forma de “discriminação”.
        E se acredita mesmo nisso não compreendo como possa ser empregador. Ou será que contrata todos os que lhe pedem emprego e paga a todos o mesmo salário para não “discriminar” ninguém?

        “Há mínimos de sobrevivência e de humanitarismo.”
        Os “mínimos de sobrevivência” variam de pessoa para pessoa e com o tempo. Um salário mínimo nacional impõe um “mínimo de sobrevivência” igual para um adolescente que vive com os pais e quer ganhar uns cobres para sair com os amigos, uma mãe solteira de três que tem que pagar renda, o que não tem quaisquer outros rendimentos, o que é “empregador, empregado e senhorio”, o que vive num casebre e o que “não pode viver” sem o whisky de 20 anos.
        Pretender que o João Pimentel Ferreira ou uns quaisquer sindicalistas ou governantes sabem melhor do que cada um qual é o seu “mínimo de sobrevivência” nem chega a ser arrogância. É apenas de uma estúpidez atróz.

        E tenho consciência de que o termo “humanitarismo” é muito bonito e gera emoções positivas. Mas o João Pimentel Ferreira devia abster-se de usar termos cujo significado não atinge.

        Para terminar, peço-lhe que não me dirija para textos seus publicados noutros blogues. As barbaridades que por aqui escreve já me chegam.
        Aliás, já me chega de debater consigo. Fique bem.

        Gostar

    • Fernando S permalink
      1 Fevereiro, 2015 15:14

      Cerca de metade da população mundial vive por mes com menos de … 70 Euros !!
      Na Europa, incluindo Portugal e a Grécia, esta percentagem é praticamente nula.
      De notar que, ao contrario do que se passa nos paises mais desenvolvidos, incluindo Portugal e a Grécia, a maior parte dos pobres não beneficia de qualquer assistencia social.

      Gostar

      • 1 Fevereiro, 2015 17:46

        E para essas pessoas quanto gastam em mobilidade, em habitação, em alimentação? Um índio da Amazónia que anda a pé, gasta 8% do seu tempo acordado em mobilidade; o tuga chega a gastar mais de 50% (tempo de deslocamento mais tempo de trabalho para suster o automóvel). E não, não sou ermita, apenas considero que o Capitalismo nos moldes atuais representa a escravatura da Raça Humana.

        Gostar

    • Fernando S permalink
      2 Fevereiro, 2015 09:49

      Claro que as necessidades e o custo de vida não são iguais em todo o lado.
      Mas também é verdade que, ao contrario do que se passa no resto do mundo, os pobres do primeiro mundo beneficiam em geral de uma certa assistencia social em espécie gratuita, o que faz com que o nivel de acesso a bens e serviços que determinam o grau de bem estar efectivo não se resume apenas ao rendimento monetario.
      O que é certo é que hoje em Portugal ha muita gente que vive efectivamente com um rendimento inferior a 500 Euros por mes e estas pessoas não vivem de modo nenhum pior do que alguns biliões de outros cidadãos do mundo que vivem ainda com muito menos.

      Isto não significa naturalmente que não seja desejavel que estas pessoas ganhem mais, muito mais, e que vivam melhor, muito melhor.
      A verdadeira questão é a de saber como é que se consegue avançar nesta direcção.
      Não serve para nada passar o tempo a dizer “coitadinhos” !…
      É um erro, e é até contraproducente, pensar que tal se consegue por via administrativa, decretando salarios minimos e aumentando os gastos do Estado. Ja se viu que estas são falsas soluções e que o resultado final é ainda pior. Pior a emenda do que o soneto.
      O que é preciso é que haja condições para que sejam criados no sector privado postos de trabalho sustentaveis e para que as empresas sejam mais produtivas, mais eficientes e criem mais riqueza para poderem pagar melhores salarios.
      Ora isto não se consegue impondo restrições à contratação e à gestão dos recursos humanos pelas empresas e sobrecarregando as familias e as empresas com os impostos que são necessarios para financiar … o intervencionismo e os gastos do Estado.
      Impor um salario minimo, ou pelo menos um salario minimo demasiado elevado relativamente às possibilidades da economia, significa impedir muitas empresas e muitos potenciais empregadores de poderem contratar por um salario mais baixo pessoas desempregadas e que, deste modo, continuarão desempregadas. Estando desempregadas, estas pessoas não recebem nada ou recebem aquilo que o Estado lhes da como subsidio de desemprego sobrecarregando o orçamento publico.
      Aceitar um desemprego elevado pagando subsidios e prestando assistencia gratuita significa sobrecarregar o orçamento do Estado e, por esta via, aumentar a carga fiscal sobre as familias e as empresas. Ora, este facto, reduz o rendimento disponivel das familias e reduz o incentivo e o potencial de investimento das empresas. No final, o desemprego é maior e os rendimentos das familias, incluindo as mais pobres, é menor.

      Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 12:03

        Eu discordo da sua abordagem pois acho vivamente que mais vale estar sem fazer nada a receber um apoio, mesmo que miserável do Estado, a ter trabalho de cão com salário escravo a duas horas de casa. Obviamente que os empregos e os salários não se decretam por via administrativa, se a Economia não os conseguir suster. Mas volta a incorrer num sofisma. Não é certo que os índios da Amazónia ou os habitantes de uma aldeia remota da Mongólia, tenham menor qualidade de vida que os portugueses mais pobres. Não confundir qualidade de vida com nível de vida. Os mais pobres do ocidente, aqueles que por exemplo têm carro, gastam mais de metade do seu tempo acordado para saciar as suas necessidades de mobilidade, um ermita que viva no campo com a sua quinta, gasta menos de 8%. Repare que não estou a atacar o urbanismo ou a “civilização”, digo apenas que as necessidades básicas do estilo de vida ocidental (mobilidade, comunicação, abrigo e alimentação), e mais precisamente dos que têm baixos rendimentos, lhes retiram mais dinheiro do que aquele que conseguem obter com as suas horas de trabalho; provocando uma péssima qualidade de vida e endividamento extremo.

        O caro Fernando já calculou por exemplo a sua velocidade virtual?
        http://en.wikipedia.org/wiki/Car_costs#Kinetic_speed_vs._Virtual_speed

        Tem aqui uma calculadora:
        http://autocustos.pt

        Gostar

      • Joaquim Amado Lopes permalink
        2 Fevereiro, 2015 16:17

        João Pimentel Ferreira,
        “Eu discordo da sua abordagem pois acho vivamente que mais vale estar sem fazer nada a receber um apoio, mesmo que miserável do Estado, a ter trabalho de cão com salário escravo a duas horas de casa.”
        Ou seja, não apenas acha que os outros devem sustentar as suas (do João) escolhas como também defende que ninguém seja autorizado a fazer escolhas diferentas das que o João Pimentel Ferreira faria.

        Uma vez que considera “que o Capitalismo nos moldes atuais representa a escravatura da Raça Humana.” e o que defende é, no essencial, a limitação da liberdade de os outros decidirem sobre as suas próprias vidas e propriedade, a conclusão óbvia é que o João Pimentel Ferreira se considera capitalista.

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 19:38

        Caro Joaquim

        Não defendo a limitação da liberdade de ninguém. Não confunda todavia Liberdade com liberalismo económico, é um erro crasso feito pelos liberais defensores do capitalismo.
        http://goo.gl/jT5M2t

        Existem mínimos de dignidade humana e de segurança, que o próprio não pode ter “liberdade” de prescindir. Vede o caso do cinto de segurança, do capacete para os motociclos ou da ingestão de drogas duras.

        Gostar

      • Joaquim Amado Lopes permalink
        2 Fevereiro, 2015 20:33

        João Pimentel Ferreira,
        Impedir por via legal um trabalhador de aceitar um trabalho que quer fazer por um salário que quer aceitar é, de facto e inquestionavelmente, uma limitação da sua liberdade.
        Se quer chamar “liberalismo económico” à liberdade de tomar decisões relativas a actividades económicas só para, hipocritamente, pretender apresentar-se como defensor da liberdade mesmo quando defende a sua limitação em questões que só dizem respeito a quem exerce essa liberdade, o problema é seu. Não deixa de estar a defender a limitação da liberdade de outros em matérias que só a eles dizem respeito.

        E pretender que impedir todos – sejam quais forem as suas situações particulares – de trabalharem a troco de um salário inferior a um determinado valor decidido sem ter em conta a situação particular de cada um visa garantir quaisquer mínimos de “dignidade humana” é de uma arrogância repugnante.

        Um familiar meu tem uma limitação mental acentuada e algumas (poucas) limitações físicas.
        Apesar de (relativamente) funcional e a menos que evolua de uma forma completamente inusitada e improvável, nunca será suficientemente independente para viver sózinho ou cuidar de uma casa nem capaz de fazer um trabalho que lhe permita sustentar-se. Necessitará para o resto da sua vida do apoio de familiares ou de uma instituição social.
        Mas haverá trabalhos de baixo valor acrescentado que poderia fazer, necessariamente a troco de um salário muito inferior ao salário mínimo. Isso permitir-lhe-ia ter uma vida social mais alargada do que a família chegada, ajudar à sua evolução como indivíduo e contribuir para o seu próprio sustento e/ou pagar alguns bens que queira comprar.

        O João Pimentel Ferreira diz que, para defender a sua (dele) “dignidade”, deve ser proíbido de trabalhar a menos que alguém lhe pague um salário imerecido na forma de caridade.
        Trate da sua vida, cuide dos seus e deixe de pretender que sabe o que é melhor para todos os outros, mesmo daqueles sobre os quais não sabe nem nunca saberá coisa alguma. É que a falta de respeito pelos outros que demonstra não lhe fica bem.

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 20:55

        Lamento caro Joaquim mas não é assim. Se um familiar seu, tiver limitações, o Estado tem vários programas de apoio às empresas para empregarem esses trabalhadores, como apoios pecuniários e benefícios fiscais, para que a pessoa possa receber o salário mínimo. Insisto, se uma empresa não consegue pagar 2,30€ à hora a um ser humano pelo seu trabalho, independentemente do valor acrescentado do mesmo, deve fechar portas.

        Gostar

      • Fernando S permalink
        2 Fevereiro, 2015 21:23

        JPF : “se uma empresa não consegue pagar 2,30€ à hora a um ser humano pelo seu trabalho, independentemente do valor acrescentado do mesmo, deve fechar portas.”

        Excelente !… Fecha-se uma empresa e deixa-se “um ser humano” desempregado” … Assim salva-se a face da “dignidade humana” !

        Gostar

      • Joaquim Amado Lopes permalink
        3 Fevereiro, 2015 01:20

        Fernando S,
        Repare na “profundidade” e “consistência” do pensamento: “se uma empresa não consegue pagar 2,30€ à hora a um ser humano pelo seu trabalho, independentemente do valor acrescentado do mesmo”.
        O valor gerado pelo trabalho não deve ser relevante para a determinação do salário a pagar. E diz ele que é “empregador” (embora não diga qual o valor mínimo que paga aos seus trabalhadores).

        Já não basta as empresas e trabalhadores pagarem impostos que são usados para suportar “apoios pecuniários e benefícios fiscais”, quem é mais produtivo ainda tem que ver o seu salário reduzido para pagar parte do ordenado dos que não produzem o suficiente para justificar um salário no valor determinado de forma completamente arbitrária, valor esse que visa garantir “condições mínimas de dignidade humana” que ninguém sabe em quantos ou que casos podem ser realmente garantidas por esse valor.

        Gostar

      • 3 Fevereiro, 2015 10:00

        Não caro Fernando. Eu e o caro Fernando e o caro Joaquim (caso tenhamos rendimentos), com os nossos impostos, vamos ajudar esse ser humano a ter uma vida decente. O Cristianismo chama a isso caridade, o socialismo chama solidariedade. É como Deus e Alá, são exatamente a mesma coisa com nomes diferentes. Mas a mesma entidade tem de ter nomes diferentes, porque aqueles que os empregam (os nomes) são de famílias ideológicas inimigas.

        Pago muito acima de 2,30€ à hora às pessoas que emprego independentemente do valor acrescentado do seu trabalho. Mas obviamente que não pago o mesmo a todos.

        E se é verdade que o SMN tem uma componente política, também é verdade que obedece a algumas contas relacionadas com o custo de vida, baseadas nos dados do INE; ou seja não é tão aleatório e discricionário como deixa entender.

        Gostar

      • Fernando S permalink
        3 Fevereiro, 2015 10:08

        Caro Joaquim Amado Lopes,
        Perfeitamente de acordo !
        (Como aqui o espaço é curto, deixo no final desta caixa de comentarios, mais algumas reflexões sobre este tema.)

        Gostar

      • Fernando S permalink
        3 Fevereiro, 2015 10:24

        Caro João,
        “com os nossos impostos, vamos ajudar esse ser humano a ter uma vida decente. O Cristianismo chama a isso caridade, o socialismo chama solidariedade.”

        Ou seja, as pessoas que eventualmente tenham rendimentos muito baixos podem ser e são muitas vezes ajudadas e assistidas por instituições privadas e publicas.
        Portanto, não faz sentido estar a penalizar as empresas e a gerar desemprego com um salario minimo imposto por lei.
        De resto, é precisamente a existencia desse salario minimo que agrava a condição de muitas pessoas que, em vez de estarem totalmente dependentes da caridade e da solidariedade, poderiam trabalhar e ganhar algum dinheiro. Livremente. Esta é que é a verdadeira “dignidade” !

        Gostar

      • Fernando S permalink
        3 Fevereiro, 2015 10:40

        JPF : “E se é verdade que o SMN tem uma componente política, também é verdade que obedece a algumas contas relacionadas com o custo de vida, baseadas nos dados do INE; ou seja não é tão aleatório e discricionário como deixa entender.”

        Os dados do INE dizem respeito ao “custo DE vida” mas não nos permitem determinar qual é o “custo DA vida”. Muito menos permitem fixar objectivamente o que seria um “minimo de dignidade humana”.
        O que é certo é que em Portugal há milhares e milhares de pessoas que vivem com um rendimento monetário inferior a 500 Euros e no entanto não passam fome nem vivem na “indignidade”.

        Dito isto, desejo acrescentar o seguinte.
        Aqueles que se opõem à instituição legal do salário minimo (ou, pelo menos, ao seu aumento) não desejam que os salários sejam baixos. Antes pelo contrario. Pensam é que a unica maneira de permitir que as empresas possam empregar mais gente e criar mais riqueza, podendo deste modo distribuir mais rendimentos e pagar melhores salários, é dando-lhes condições para que possam gerir livremente os seus recursos.

        Gostar

      • 3 Fevereiro, 2015 10:47

        E aqueles que são a favor do SMN, não querem que sejam as empresas o Estado Social que o Estado não consegue ser, nem muito menos que as empresas sustentem parasitas ou distorções da economia; mas há mínimos de dignidade, sobreviência e humanismo, que que cada cidadão, particularmente trabalhador, não pode prescindir em prol do lucro e da atividade económica. Insisto, falamos de 2,30 euros líquidos por hora.

        Gostar

      • Fernando S permalink
        3 Fevereiro, 2015 11:43

        JPF : “E aqueles que são a favor do SMN, não querem que sejam as empresas o Estado Social que o Estado não consegue ser, nem muito menos que as empresas sustentem parasitas ou distorções da economia;”

        Não querem ?… Bom, muitos querem mesmo isso !…
        De qualquer modo, queiram ou não, o resultado é precisamente esse.

        JPF : “há mínimos de dignidade, sobreviência e humanismo, que que cada cidadão, particularmente trabalhador, não pode prescindir em prol do lucro e da atividade económica.”

        Já vimos que um suposto “minimo de dignidade …” não é determinável objectivamente e, de qualquer modo, não tem uma relação directa com os valores que são muitas vezes adoptados na fixação de salários minimos.
        Já vimos que, seja como for, a imposição desse suposto “minimo”, embora beneficie no imediato alguns trabalhadores, aumenta o risco e os numeros do desemprego e não evita assim que muitos vivam com menos. Antes pelo contrário, acaba por agravar as condições de vida da maioria (incluindo alguns dos que começaram por beneficiar).
        É sabido que a maior parte das empresas confrontadas com os efeitos nefastos do salario minimo são precisamente aquelas que são pouco rentáveis e lutam no dia a dia para não fechar. De resto, o exemplo pratico que o João avança é precisamente este.
        É sabido que estas empresas são aquelas que mais empregam e mais poderiam empregar mão-de-obra pouco qualificada. Devido à existencia do salário minimo estas empresas não se multiplicam nem se desenvolvem tanto quanto seria possivél, prejudicando assim o emprego dos menos qualificados (é o que explica que uma parcela importante do desemprego seja de mão-de-obra pouco qualificada) e a actividade economica em geral.
        O lucro, a rentabilidade das empresas, é precisamente uma condição e uma manifestação de dinamismo economico : mais investimento, mais emprego, mais riqueza, mais rendimentos distribuidos, mais bem estar. É um absurdo contrariar este dinamismo e todos os beneficios que dele adveem, sobretudo para os mais desfavorecidos, em nome de um hipotético valor da “dignidade humana”.

        Gostar

    • Fernando S permalink
      2 Fevereiro, 2015 09:52

      “o Capitalismo nos moldes atuais representa a escravatura da Raça Humana.”

      Eis uma tese deveras equilibrada e elaborada !!…

      Uma boa semana !

      Gostar

    • Fernando S permalink
      2 Fevereiro, 2015 12:30

      Caro João,

      ===”mais vale estar sem fazer nada a receber um apoio, mesmo que miserável do Estado, a ter trabalho de cão com salário escravo a duas horas de casa.”

      Deixe as pessoas decidirem livremente se querem ou não querem. Ninguém as obrigaria. Não é raro ouvir desempregados dizerem que o pior é mesmo “estar sem fazer nada” e que prefeririam ter um emprego mesmo mal pago. Um emprego, mesmo que inicialmente com uma baixa remuneração, pode ser o principio de uma progressão na qualidade do trabalho e no nivel de remuneração.
      A transição do “estar sem fazer nada” e um emprego aceitavel poderia ser temprariamente pelo Estado. Nalguns paises, o Estado versa um complemento aos trabalhadores com salarios mais baixos. O trabalhador tem um emprego e o Estado não gasta tanto em subsidios.
      Seja como for, o pior é mesmo o desemprego de massa e um Estado que gasta rios de dinheiro, que tanta falta fazem algures, para o subsidiar.

      ===”Não é certo que os índios da Amazónia ou os habitantes de uma aldeia remota da Mongólia, tenham menor qualidade de vida que os portugueses mais pobres.”

      Vai-me desculpar, mas isto é conversa eurocentrica …
      Em geral, os povos dos paises mais pobres, sempre que podem escolher, preferem viver trabalhando nos paises mais desenvolvidos mesmo ganhando menos e trabalhando mais e em piores condições do que os “ocidentais” mais pobres.

      Ninguém é obrigado a aceitar um emprego mal pago a muitos quilometros de distancia. Deixe cada pessoa fazer as suas contas, fazer a sua propria analise de custos e beneficios, e decidir livremente ela propria o que fazer.
      As pessoas, incluindo os pobres, devem ser levados a sério, tratados como adultos e responsaveis.
      A desresponsabilização das pessoas é precisamente uma das causas principais de muitos dos problemas economicos e sociais que temos nas nossas sociedades.

      Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 14:14

        Ah, começamos a concordar, mas nesses trabalhos “mal pagos” levados a cabo pelo Estado, existe uma componente muito forte de serviço público. Se alguém até gostaria de fazer voluntariado a ajudar a terceira idade, a limpar a floresta ou a zelar pela segurança do bairro, porque não dar alguma ajuda financeira, mesmo que muito inferior ao salário mínimo? Isso é feito na Holanda, mas a Holanda tem SMN de 1400€. Agora trabalhar na merceeria do Belimiro de Azevedo por 2 sacas de arroz por mês, para que a Sonae com a sede fiscal na Holanda, possa lucrar milhões por ano, é que nem pensar. Cada um não tem o livre-arbítreo para se escravizar e humilhar.

        Acho que ainda não percebeu mas tenho laivos de liberal, desde que habito na Holanda. Mas sou social-liberal. Obviamente que cada um deve ser livre de escolher o local de trabalho e a moradia onde quer que seja, mas o Estado deve providenciar mobilidade barata e de qualidade para os cidadãos, e ficou mais que provado que investimentos astronómicos em vias rápidas e autoestradas, foram o arrombo final na economia nacional de um país que não produz carros nem tem poços de petróleo. A Holanda tem 16 milhões de habitantes numa área igual ao Alentejo, logo é muito mais densa, mas viver aqui nas cidades é como viver na aldeia, tal a qualidade do ar, o silêncio, os espaços verdes. Estranho, não acha?!

        Gostar

    • Fernando S permalink
      2 Fevereiro, 2015 15:40

      João,

      Tenho pena mas não me parece que estejamos a concordar …
      Peço desculpa, mas uma frase minha, que talvez o tenha levado a pensar assim, saiu truncada. O que quiz dizer foi : “A transição do “estar sem fazer nada” e um emprego aceitável (no privado) poderia ser temporariamente ajudada pelo Estado.
      Eu não defendo mais empregos publicos nem subsidios do Estado para empregos ficticios apenas para “ajudar” as pessoas.
      Admito a possibilidade de, por um periodo limitado, o Estado poder ajudar algum trabalhador e familia que arrange um emprego no privado mas com uma remuneração muito baixa.
      De qualquer modo, seriam apenas medidas de acompanhamento temporário e limitadas a uma pequena percentagem de casos. No essencial, os empregos devem ser privados e o Estado não os deve subsidiar.

      O “livre-arbitrio” ou é livre ou então não o é. Cada pessoa é que sabe o que é ou não aceitável para ela. Não sou eu, não é o João, nem é nenhum colectivo ministerial ou institucional. A proibição da “escravidão” e de outros actos “humiliantes” está claramente definida na lei normal e não tem nada a ver com a questão do salário minimo. Um trabalhador pode ser bem pago e ser vitima de violencias. Um trabalhador pode ter um salario baixo e ser tratado com correcção e dignidade. Mais uma vez, deixemos que cada pessoa seja livre de decidir se uma determinada oferta de emprego lhe convém ou não !

      Eu não vejo mal nenhum no facto que a Sonae ou a Jeronimo Martins ou quem quer que seja tenha uma holding com sede na Holanda para optimizar a respectiva função fiscal. As empresas, como a generalidade dos agentes economicos, devem ser livres na gestão dos seus recursos e é desejavel que o procurem fazer de modo o mais eficiente possivel. Se saem de Portugal para pagarem menos impostos então é porque em Portugal os impostos são demasiado elevados para estas empresas. Compete a cada pais, e ao seu governo, adoptar as politicas mais adequadas para manter e atrair os investidores nacionais e estrangeiros. Efectivamente, em Portugal, a carga fiscal subiu excessivamente, em boa medida para financiar um Estado cada vez maior e gastador. Precisamos de reduzir o nosso Estado, precismos de o por a gastar menos, para podermos reduzir os nossos impostos.

      Ainda bem que o João tem “laivos de liberal”. É melhor do que não ter. Mas, pelos meus critérios, são ainda manifestamente insuficientes. Pelos vistos, o João não está disponivel para aceitar mais liberdade no mercado de trabalho. Pelos vistos, o João ainda desconfia da liberdade empresarial. Pelos vistos, o João acredita ainda na clarividencia dum Estado que intervem demasidao na vida e na economia das pessoas.
      Por exemplo, eu não penso que seja hoje desejável que seja o Estado a investir na construção de estradas e outras vias de comunicação e transporte e, ainda menos, que seja ele a geri-las.
      Pelo menos parece que estamos de acordo, e congratulo-me com isso, em considerar que em Portugal o Estado não devia ter gasto tanto dinheiro publico na construção de auto-estradas.

      Espero bem que um dia Portugal consiga atingir um nivel de liberdade economica pelo menos ao nivel da Holanda. Neste momento, de acordo com a classificação do “Index da Liberdade Economica” de 2014 da “The Heritage Fondation”, a Hollanda é um pais “fundamentalmente livre” enquanto que Portugal é ainda apenas “moderadamente livre”. O nosso pais tem ainda muito trabalho pela frente na liberalização da nossa economia. E precisamos de avançar rápidamente, ainda mais rápidamente do que outros paises já mais avançados e desenvolvidos do que nós, como a Holanda, porque temos mais para recuperar e temos mais problemas básicos da economia para resolver.

      Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 19:54

        Caro Fernando

        Acho que talvez não me tenha expresso na totalidade. Eu defendo um mercado laboral liberalizado, para que haja flexibilidade e não hajam deturpações. Mas antes de fazer análises económicas, sou um Humanista. Assim sendo defendo acerrimamente o SMN porque sei, que apesar de haverem muitos empresários nobres e louváveis, há-os muitos sem quaisquer escrúpulos, e que se não tivessem sido os movimentos sindicais, principalmente desde os finais do séc. XIX, hoje seria natural trabalhar 18 horas por dia, não ter direito a férias, sábados, domingos, folgas, e nem sequer ter tempo para ir à casa-de-banho. E dir-me-á que as pessoas são “livres” de escolher, mas o que e certo é que as fábricas de Inglaterra durante a revolução industrial estavam repletas de gente neste estado, muitas delas menores. Por que é que um menor, num sistema de mercado laboral, com 10 anos de idade, não pode trabalhar numa fábrica, se os pais e o próprio quiserem?

        Todavia, eu abro exceções apenas neste rendimentos, nos casos de voluntariado e de atividades onde esteja comprado o interesse público. Aliás é assim na Holanda, onde trabalham por valores muito reduzidos, várias pessoas para a polícia, a zelar pelo bairro ou a cuidar do ambiente. Tratam-se de voluntários com um apoio do Estado.

        Entramos na questão ontológica da Liberdade, mas a Liberdade não preconiza a violação dos direitos Humanos, mesmo que seja o próprio a tomar a iniciativa. Se eu pedir ao caro Fernando para que me torture, a lei proíbe-o. Se alguém, porque está desesperado para pôr comida na mesa, estiver disposto a trabalhar por 20€ por mês, num supermercado da Sonae a 2 horas de casa, mesmo que o queira, deve ser impedido de o fazer e deve ser o Estado (sim, eu e o caro Fernando) a ajudar essa pessoa através do Estado Social. É verdade que o desemprego é elevado, mas uma grande maioria dessas pessoas recebe apoios do Estado. Mas isso não deve ser argumento para baixar o SMN, mas obviamente que também não poderá subir mais do que um certo valor razoável sob pena de se criarem distorções económicas.

        Cumprimentos

        Gostar

      • Fernando S permalink
        2 Fevereiro, 2015 21:35

        JPF : “Mas antes de fazer análises económicas, sou um Humanista.”

        Pois eu sou um “Animalista” e por isso, em vez de tratar as pessoas como crianças que não sabem o que é bom para elas (continuar desempregadas de preferencia dependentes da caridadezinha e do Estado), defendo antes que as pessoas sejam livres nas suas vidas e que, mesmo quando são pouco qualificadas, possam ter um trabalho e contribuir assim para a produção de mais riqueza !

        Gostar

      • 3 Fevereiro, 2015 10:09

        Caro Fernando, é um problema do liberalismo moderno: não entra pela Filosofia para tentar perceber o que é a Liberdade reduzindo-A às opções livres de produção e de consumo económico. Não quero parecer arrogante, mas recomendo-lhe que comece por Platão:

        http://pt.wikisource.org/wiki/A_Alegoria_da_Caverna

        Gostar

      • Fernando S permalink
        3 Fevereiro, 2015 12:21

        Caro João,
        Efectivamente, pode “parecer” “arrogante”… Sobretudo porque parece substituir a discussão de argumentos por um argumento de autoridade.
        Mas não se preocupe, eu dou o desconto e, sinceramente, não me importo.
        Sou certamente mais velho do que o João (infelizmente para mim !… 🙂 ) e por isso já “comecei” há muito tempo…
        Já agora, Platão não é o unico ponto por onde “começar”. A não ser, talvez, cronologicamente.
        Em matéria de “liberdade” não é certamente a melhor fonte de inspiração. Antes pelo contrário.
        Em poucas palavras, Platão defendeu uma cidade dirigida por uma elite omnisciente e com todos os poderes onde o individuo é apagado e a colectividade é tudo.
        Karl Popper, um filosofo politico que o João certamente conhece, sustentou que Platão é um dos pensadores principais, juntamente com Hegel e Marx, da corrente de ideias que conduz a algumas das ideologias totalitárias modernas, de “esquerda” (“comunismo”) como de “direita” (“fascismo” e “nazismo”). Para ele estes autores foram dos principais “inimigos” da “sociedade aberta”, por ele defendida (a principal obra de referencia de Karl Popper tem precisamente como titulo : “A sociedade aberta e os seus inimigos”).
        Mas longe de mim a ideia de abrir aqui um debate filosofico interminável sobre a “liberdade” !… Fique-mo-nos pelo salário minimo !

        Gostar

  6. A. R permalink
    1 Fevereiro, 2015 12:04

    “Gostava de ver a carneirada que aqui a comenta a sobreviver com 500 euros por mês!” Experimenta ver, seu bode mestre, em Venezuela como vivem com cerca de metade!

    Gostar

    • 1 Fevereiro, 2015 17:50

      E já me viu defender a Venezuela, que mais não fez em parte, o que fazem os novos-ricos que descobrem um poço de petróleo no quintal? Compare com a Noruega, maior produtor de petróleo da Europa, e onde os combustíveis são dos mais caros do mundo e onde grande parte da população anda de bicicleta; e com o dinheiro do petróleo, andam a financiar um fundo de pensões para as próximas gerações, e que mesmo assim têm 10% dos carros e dos km de autoestradas que nós temos!

      Gostar

      • Sem Norte permalink
        2 Fevereiro, 2015 00:04

        Seu fascista salazarento, vens aqui defender a noruega onde não existe salário mínimo, e onde as regras de despedimento são das mais liberais que existem.

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 12:06

        Porque não têm os dramas sociais que nós temos. O salário mínimo aplica-se em países com graves carências sociais, como os países do sul, para que não seja o mercado a ditar os salários, pois por norma o mercado não tem considerações humanitárias, quando estipula valores. Um professor do secundário na Noruega ganha 4000€ por mês.

        Gostar

      • Fernando S permalink
        2 Fevereiro, 2015 12:44

        “O salário mínimo aplica-se em países com graves carências sociais, como os países do sul, para que não seja o mercado a ditar os salários,”

        É precisamente o contrario. Nos “paises do sul” ha mais “carencias sociais” em boa medida porque ha mais desemprego. Liberalizar o mercado de trabalho é favorecer a empregabilidade. As pessoas que decidam livremente. Quando aceitam um trabalho é porque consideram que vale a pena. Como o João sugeriu noutros comentarios, consoante os paises, as pessoas avaliam diferentemente qual é o nivel de vida aceitavel. Deixemos as pessoas deciderem livremente.
        O que é certo é que, “em paises com graves carencias sociais”, faz ainda menos sentido estar a manter um desemprego elevado e estar a sobrecarregar o Estado com despesas que poderiam ser mais uteis algures (redução de impostos, assistencia social, etc).

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 14:23

        Acho que o Fernando peca ainda por idealizar um mercado laboral completamente livre e aberto, algo que não existe em Portugal em tantas áreas devido à cartelização por exemplo; assim porque o mercado laboral haveria de ser diferente? Se não houvesse SMN, a probabilidade de um certo sector empregador fazer acerto de salários máximos a pagar, seria deveras elevada. Não deixa ainda que Liberalismo viole o Humanismo.

        Gostar

    • Fernando S permalink
      2 Fevereiro, 2015 15:57

      JPF : “Se não houvesse SMN, a probabilidade de um certo sector empregador fazer acerto de salários máximos a pagar, seria deveras elevada.”

      Não me parece.
      O mercado laboral é do mais atomizado que se possa imaginar, com centenas de milhares de empregadores e com milhões de trabalhadores. Tem todas as condições para ser liberalizado e ser verdadeiramente concorrencial.
      No fim de contas, uma espécie de “cartelização” é a posição de quase monopolio que os sindicatos conseguiram impor com a ajuda legislativa do Estado. Entre outros, o SMN e os contratos colectivos de trabalho, nacionais e sectoriais, são precisamente dos maiores entraves à livre negociação e contratação.
      Tudo isto em prejuizo do emprego e da eficiencia economica, factores determinantes da criação de riqueza e, consequentemente, do nivel de bem estar do conjunto dos cidadãos, a começar pelos trabalhadores.

      Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 20:02

        A Jerónimo Martins emprega 25 mil pessoas. Ótimo, fico contente! A Sonae emprega 32 mil, ótimo, fico contente! Se estes dois gigantes da distribuição se juntassem, para cartelizar e baixar o SMN? E as fábricas do norte do país? É verdade que o mercado de trabalho está atomizado, mas há grandes grupos empresariais que representam empregadores que empregam milhões de pessoas. O turismo por exemplo. Também há muitas bombas de gasolina e o mercado está liberalizado. Em Portugal há muitas distorções ao mercado “livre”, mesmo quando esse mercado está liberalizado.

        Gostar

  7. A. R permalink
    1 Fevereiro, 2015 12:18

    A pijo progre Catarina Martins lá vai ter que corrigir o tiro de novo. Gostaria agora de ver este “marxista libertário” governar-se com apenas aquilo que ganha e não chular o contribuinte dos restantes países europeus.

    Gostar

    • 1 Fevereiro, 2015 17:58

      O Euro foi uma benesse para a economia alemã e francesa. Com o crédito barato, o tuga e o grego recém saídos da favela e do miserabilismo das ditaduras respetivas, passaram a querer ter 4 carros por família, e até as pitas recém saídas da creche receberam logo a carta de condução e um popó do papá para as “voltas” com o namorado. Mercedez, BMW, smart, VW, Opel, Renault, Citröen, claro está, que o tuga não se satisfaz com transportes públicos; popós esses comprados aos fabricantes, que empregam mesmo muitos contribuintes “dos restantes países europeus”.
      PS: Filha minha que queira carro terá de trabalhar para o pagar! E não conte comigo para ser fiador. Anda de transportes públicos que não é mais que as outras.

      Gostar

      • anónimo permalink
        1 Fevereiro, 2015 22:52

        Filha tua, na eventualidade de arranjares uma desesperada que procrie com tanta confusão mental, Certo ?

        Já deu para perceber que hoje não tomaste o metilfenidato.

        Gostar

      • 1 Fevereiro, 2015 22:58

        Pela resposta cavernícola e pelo anonimato, dá para ver que ofereceste um popó à tua filha, ainda era uma pita para dar umas voltas com o namorado, e que por ter-te apelado à consciência macro-económica, que a deves ter, tal está-te a roer a consciência. Ainda vais a tempo de lhe ofereces o L123.

        Gostar

      • Sem Norte permalink
        2 Fevereiro, 2015 00:09

        O euro foi uma benesse para todos ao países, se ouve muitos que apostaram no investimento, nas politicas de crescimento, nas politicas de enriquecimento e se deram mal, não vais começar a criticar quem soube gerir a sua casa, ou és daqueles que acredita que o muro de Berlim foi construído para que as pessoas que viviam no capitalismo não passassem para o paraíso do socialismo. Devias de ter vivido o prec para ficares vacinado.

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 12:10

        Engana-se caro sem norte. Eu não desresponsabilizo os países do sul, pelas suas obras faraónicas em autoestradas e por incentivo do crédito barato à compra de carros alamães ou franceses, ou pelas suas indisciplinas orçamentais. Sempre critiquei bastante o governo do recluso 44 de Beja exatamente por levar o país à bancarrota, mas tenho bem presente que a economia alemã ganhou bastante com a obsessão portuguesa por carros.

        Gostar

      • Fernando S permalink
        2 Fevereiro, 2015 12:57

        “a economia alemã ganhou bastante com a obsessão portuguesa por carros.”

        As exportações de carros alemães são insignificantes para a economia alemã. De qualquer modo, se eles exportam mais viaturas do que nós é porque fizeram por isso. Não é “culpa” dos alemães, é mérito deles. Não é por causa do Euro. Com ou sem Euro, com ou sem crédito barato, compete-nos a nós trabalhar para produzirmos mais e utilizarmos responsavelmente o pouco ou muito crédito que temos.
        Quanto à “obsessão portuguesa por carros”, é apenas uma das muitas manifestações do excesso de consumismo que o endividamento excessivo provocou. A culpa é apenas nossa, como pais. Cabe-nos a nós corrigir o nosso modelo economico para que tal não se verifique.

        Gostar

      • anónimo permalink
        2 Fevereiro, 2015 15:32

        JPF.
        Por vezes, esqueces tomar os comprimidos de metilfenidato e vens para aqui fazer exercícios retóricos de uma arrogancia intelectual insuportável.
        Usas do mais demagógico Pauloportismo, Catarinamartinsismo, Joaogalambismo, jeronimismo, Costismo e até Passoscoelhismo para criares uma original teoria social e económica onde dizes muito, mas não dizes nada.
        Misturas conceitos inconciliáveis, numa tentativa de querer ser original e nem te apercebes da inconsequência do raciocínio.

        Já te disse uma vez que apareceste aqui armado em carapau de corrida, que tu és um gajo perigoso na internet. Ocupas imenso espaço com informação errada, pouco profunda ou de mera aparência e podes induzir os menos atentos em erro.
        És um exemplo acabado de falabaratismo.
        Mas sempre arrogante. Extraordinariamente arrogante.

        Gostar

      • Duarte de Aviz permalink
        2 Fevereiro, 2015 17:41

        “a obsessão portuguesa por carros”? O meu Volvo de 1998 não pode agora circular em Lisboa porque o FDP (fã dos pópós) do Costa acha que é muito puluente…
        Desta forma o Costa está-me a incentivar para comprar um carro novo, que terá que ser alemão, sueco ou francês e lá vou transferir mais riqueza do nobre sul para os bandalhos do norte.
        Não posso esperar para votar nesse FDP em Novembro…

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 20:10

        Caro anonimo, eu posso eventualmente ser isso tudo a que se refere, mas o caro anónimo é tão reto que nem se identifica por pura cobardia. Fazer ataques pessoais e ofensivos aos outros, de forma anónima, é das coisas mais repulsivas que conheço. Além do mais, acusa-me de tanta coisa, sem falar em concreto de coisa nenhuma. É um troll:
        http://pt.wikipedia.org/wiki/Troll_(internet)

        Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 20:14

        Caro Duarte de Aviz. Para não me repetir constantemente sobre a mesma temática, recomendo-lhe cordialmente que leia de forma analítica esse debate a que se referiu, noutro espaço cibernético.
        http://forum.mubi.pt/t/lisboa-para-respirar-carros-novos/473/13
        Cumprimentos

        Gostar

    • Fernando S permalink
      2 Fevereiro, 2015 16:33

      Claro que em cima quiz dizer “exportações de carros alemães PARA PORTUGAL”…

      Gostar

  8. 1 Fevereiro, 2015 13:13

    Para o Duarte de Aviz
    Não estou a propor uma rasoura de igualdade, mas, apenas, que tenhamos em conta toda a extensão das diversas situações das pessoas, que não são apenas números. Para analisar qualquer situação em profundidade é preciso vê-la nos mais diversos ângulos. Assim, tão de repente, não é fácil.

    Gostar

    • Duarte de Aviz permalink
      2 Fevereiro, 2015 13:20

      Pois meu caro, acho que está redondamente enganado. Fora do seu círculo de liberdade individual, as pessoas são realmente númerous. O problema é que andamos há muitos anos a mentir às crianças, a contar-lhes histórias da carochinha e a vender-lhes a patranha que o ESTADO trata delas do berço à cova. Isso é uma ilusão e uma enorme mentira. Eu por mim não me import nada de ser tratado como um número, desde que o papão não pise na minha liberdade e me deixe em páz. Não é pedrir muito.

      Gostar

      • 2 Fevereiro, 2015 14:18

        Não me parece muito digno enganar as criancinhas e depois querer delas um outro comportamento diferente daquele em que foram formatadas. Eu sinto que, infelizmente, o que diz é a verdade pura e crua, só que eu desejava que o caminho fosse outro e isso não parece que seja crime.

        Gostar

  9. carlos reis permalink
    1 Fevereiro, 2015 23:01

    O caro Joaquim Amado Lopes depois admira-se que num 25A qualquer, alguns desses injustiçados que trabalham a vida toda para nunca terem nada, ocupem a casa do seu tio, como lhe contou o seu avô

    Gostar

    • Joaquim Amado Lopes permalink
      2 Fevereiro, 2015 16:26

      carlos reis,
      Em primeiro lugar, ninguém ocupou a caso do meu tio precisamente porque o meu avô lhes fez frente e o impediu.
      Em segundo lugar, nenhum dos que andaram a ocupar casas era um “injustiçado que trabalhou a vida toda para nunca ter nada”. Eram todos uma cambada de bandalhos hipócritas e cobardes que aproveitaram uma altura em que o Estado deixou de funcionar para cometerem crimes. Juntaram-se a um partido que defendia (e ainda defende) a violência e o roubo precisamente para terem coisas sem precisarem de trabalhar para isso.
      Em terceiro lugar, quem trabalhou a vida toda para ter alguma coisa foram o meu avô e o meu tio.

      Por último, o carlos reis estava a responder a quê?

      Gostar

  10. Fernando S permalink
    3 Fevereiro, 2015 10:13

    Joaquim Amado Lopes,

    Perfeitamente de acordo com o que diz no seu comentario acima (3 Fevereiro, 2015 01:20)
    Ou seja, para se garantir um minimo salarial para alguns, sendo que, com raras excepções, a maior parte não cria valor suficiente para o justificar, obriga-se por lei as empresas a fazerem uma gestão dos recursos ineficiente, pagando menos a outros trabalhadores mais produtivos, investindo menos, não recrutando outros trabalhadores que estão desempregados, racionando o volume de negocios e diminuindo a competitividade por ter de praticar preços de venda mais elevados do que a concorrencia, e, no limite, forçando o fecho da empresa e o despedimento de todos os trabalhadores. No final e no conjunto da economia, porque muitas outras empresas são confrontadas com esta realidade, tudo isto significa menos emprego, menos eficiencia, e menos riqueza criada e distribuida. E tudo isto em nome do “Humanismo” (“as pessoas não são numeros”) e da “dignidade humana” !

    A proposito da “dignidade humana”, e para além do que o Joaquim diz muito justamente, isto é, que a atribuição de um valor unico a um hipotético “minimo” é algo de arbitrário e subjectivo (cada pessoa tem a sua ideia e, muito provavelmente, esta é diferente consoante o sujeito e as circunstancias), gostaria de acrescentar o seguinte.
    No passado como no presente, e será sempre assim, em Portugal como algures, sempre houve muitas pessoas que, com fracas qualificações profissionais ou por outras circunstancias da vida, tendo rendimentos bastante baixos (camponeses, operários, vendedores, biscateiros, etc, etc), viveram e vivem as respectivas vidas com grande “dignidade” : não roubam, não agridem, trabalham com profissionalismo e dedicação, sustentam uma familia, educam os filhos com valores, e vão fazendo por subir na vida e por ir melhorando as respectivas condições. Em muitos casos, algumas destas pessoas ou descendentes, apesar das condições modestas de partida, por mérito proprio, fizeram carreiras profissionais brilhantes, alguns sem grandes estudos, outros estudando e adquirindo competencias técnicas e académicas. Muitos dos melhores nas nossas sociedades sairam precisamente dos meios sociais mais pobres. O exacto inverso se poderia dizer de muitas pessoas que nasceram em “berços de ouro” e viveram ou vivem sem “dignidade”.
    A “dignidade humana” é algo que normalmente está acima dos rendimentos que cada um aufere ou não aufere.

    Gostar

    • Joaquim Amado Lopes permalink
      3 Fevereiro, 2015 12:42

      Fernando S,
      A realidade não é um factor relevante para o João Pimentel Ferreira, que simplesmente não entende os termos que usa para defender precisamente o oposto do que significam. Dos “valores cristãos” se concretizarem em obrigar as empresas a fazerem assistencialismo à “defesa da dignidade humana” se concretizar em tratar os outros como pobres coitados que não sabem o que é melhor para eles e ser necessário negar-lhes o livre arbítrio, não sei se hei-de rir ou ter pena. Mas também não se pode esperar muito de quem queria que eu fosse à Holanda para ver que não existe radicalismo islâmico no Reino Unido nem em França.

      Quanto ao “as pessoas não são numeros”, foi publicado no Aventar um post com o título “Governar para números ou governar para pessoas?”. Ninguém respondeu à minha pergunta “De quantas pessoas estamos a falar?”.

      Gostar

      • Fernando S permalink
        3 Fevereiro, 2015 12:55

        “De quantas pessoas estamos a falar?”.

        Hehehehe !!…. 🙂

        Gostar

  11. anonimo1 permalink
    4 Fevereiro, 2015 03:36

    Quem fala aqui sobre não haver salário mínimo nacional é so facistas de direitas e malandrões de papos cheios.

    Todos sabemos que muitos empregadores mesmo nao havendo salario minimo iriam pagar mais do que isso e outros sem escrúpulos?

    ” a pessoa aceita se quer”? claro se tem filhos para sustentar, casa para gerir, contas para pagar, obviamente que vai aceitar um ordenado de 200 euros ou 300.

    Como se pode ver, enfermeiros, arquitectos, assistentes sociais, muitas vezes a aceitar trabalhos por menos de 600 euros liquidos. será justo?

    Gostaria no entanto de ver essas tais possíveis que defendem a não existência de salário minimo, estar numa situação em que tenha contas para pagar, filhos para cuidar e que os empregadores oferecem 300 euros por Mês. espero que nunca passem por isso.

    e obviamente não haver salário mínimo, ou mesmo o salario minimo que temos , muitas vezes é ter emprego mas mesmo assim não ter dinheiro suficiente para suprir as necessidades básicas, alimentação, casa, etc

    Nota: Direita ou esquerda. A politica devia ser guiada para o bem de todos, e que todos possam alcançar a dignidade. admite-se que jardim gonçalves tenha de reforma 167 mil € por mês enquanto existe velhotes com 200 e tais por mes, onde muitos escolhem não tomar medicamentos… admite-se?

    Ou o famoso Philippe Varin, que ganhava cerca 1,3 mil milhões por ano fora premios., quando a Peugeot andava a despedir e a encerrar fabricas.

    Artigo 25.º Declaração dos Direitos Humanos

    1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

    Gostar

    • 5 Fevereiro, 2015 10:35

      Para os capitalistas os direitos humanos e a constituição servem apenas para papel higiénico, eles todavia dão muito relevo aos direitos inalianáveis dos credores e de livre circulação de capital. Esses são sacros.

      Gostar

    • Joaquim Amado Lopes permalink
      5 Fevereiro, 2015 23:24

      anonimo1,
      1. Quem é que deve decidir o valor do salário mínimo e segundo que critérios?

      2. Qual é, para si, o salário mínimo que garante “um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica” a toda a gente, independentemente da sua situação?

      3. Uma vez que nem toda a gente está na mesma situação ou tem as mesmas necessidades, um salário mínimo universal é suporto ser justo para quem?

      4. Parece defender um tecto salarial, independentemente da produtividade ou actividade. Qual é o que valor que defende para esse salário máximo?

      5. Por que razão deve o salário máximo ser decidido por si ou pelo Estado e não por quem o paga?

      6. Se nenhum empregador estiver disposto a pagar o valor do salário mínimo a um trabalhador sem qualificações nem experiência porque esse trabalhador não gerará valor suficiente para suportar esse custo, o trabalhador deve ser impedido de trabalhar ou algum empregador deve ser obrigado a contratá-lo?

      7. E se o trabalhador conseguir garantir “um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica” com o valor que lhe é oferecido (mais baixo do que o salário mínimo) ou não necessitar de ganhar mais porque tem outras fontes de rendimento?

      8. Se o anonimo1 quiser contratar um explicador para um dos seus filhos que tem dificuldades na escola, o explicador que quer contratar fôr muito requisitado e o anonimo1 estiver disposto a pagar-lhe mais, quem é que decide a partir de que ponto o explicador ficaria a ganhar “demais”?

      8. Na situação descrita atrás, impedir o explicador de escolher trabalhar para quem lhe oferecer mais dinheiro é justo para quem?

      Gostar

    • 6 Fevereiro, 2015 10:43

      Apesar de a pergunta não ter sido diretamente para mim, tomo a liberdade de responder:

      1. O Estado e sugundo critérios de condições mínimas de vida.

      2. 500€ dão para pagar o passe L123 (68€), logo tem mobilidade assegurada para todo o lado, dão para alugar uma casa pequena nos subúrbios (250€ ?) e os restantes 180€ serão para as restantes despesas mensais (luz, água, alimentação e vestuário). Menos que isto em Portugal, diria que é quase desumano. Mas não dão para popós (somos o país da Europa com das maiores taxas de motorização) nem para jantar fora todos os dias, se é a isso a que se refere quando fala de “toda a gente, independentemente da sua situação”!

      3. É um salário mínimo nacional. Ninguém impede o patrão de pagar mais a quem quiser.

      4. Eu também o defendo. Defendo que os rácios salariais, mesmo no privado, não possam ultrapassar o rácio de 10. Ou seja, o teto, para cada país seria 10xSMN ou seja, para Portugal, 5000€. Na galp, Ferreira de Oliveira, ganha 300 vezes mais que o caixa da bomba. Acha isso justo no sentido filosófico que a palavra Justiça tem?

      5. Lede a Carta dos Direitos Humanos, está integrada na Constituição.

      6. Esse trabalhador deve ter formação, para que algum patrão valorize a qualidade e o valor acrescentado do seu trabalho, formação essa paga pelo Estado: universidades, escolas técnicas, cursos profisisonais, etc. Um curso de eletricista tira-se em poucos meses e há falta deles, mas a pequenada neo-burguesa quis toda tirar cursos de gestão (tipo o nosso PM) para gerir ativos financeiros, vestir o fatinho e a gravata, mandar uns bitaites sobre economia e sacar capital sem mecher o rabiosque nem sujar as mãos, com juros e outros dividendos intangíveis de capital. Os vietnamitas que trabalhem.

      7. Acha que menos de 500€ mensais permitem fazê-lo de forma autónoma a uma família, ainda por cima com filhos. Apresente aí as contas que estou muito curioso.

      8. A razoabilidade e no caso que defendo a Lei. Fui explicador e por acaso na altura dos exames era mesmo muito requisitado, mas sempre tive preço fixo, pois achava injusto largar um explicando com quem já estava por um preço normal apenas para obter mais dinheiro com outro desesperado.

      9. Para todos!

      Cumprimentos

      Gostar

      • Joaquim Amado Lopes permalink
        8 Fevereiro, 2015 21:50

        1. Não respondeu à pergunta. O Estado é muitas coisas diferentes e não disse que critérios são esses.

        2. Nem todos os portugueses moram na região da Grande Lisboa, nem todos arrendam casa e nem todos têm as mesmas necessidades de alimentação e vestuário. Ao escrever “toda a gente independentemente da sua situação” pretendo chamar a atenção para o facto auto-evidente e incontornável de que um salário mínimo não serve para “toda a gente” e que, por isso e pela própria definição do conceito, não faz sentido.
        É absolutamente inacreditável que exista quem não consiga perceber isto.

        3. Ou lhe escapou completamente o sentido da pergunta ou é tão hipócrita que, em vez de simplesmente a evitar, pretendeu passar uma treta sem significado por resposta.

        4. Não sei o que entende como “sentido filosófico que a palavra Justiça tem” mas justo é cada um receber um salário em função da sua contribuição para a formação de valor, sendo que o valor dessa contribuição é inevitavelmente determinada por quem paga o salário.

        5. Duvido seriamente que exista algo na Carta dos Direitos Humanos ou na Constituição que implique sequer remotamente na imposição de um salário máximo.

        6. É por demais evidente que a realidade não tem qualquer significado para si mas vou insistir mais uma vez: nem todas as pessoas têm a mesma capacidade ou motivação para aprender ou trabalhar. E o salário é também determinado pelo sentido de responsabilidade, competência, forma de interagir com os outros e dedicação ao trabalho. Nem todos querem dedicar o tempo e esforço necessário para aprender uma profissão técnica ou reúnem as características necessárias para a exercer.
        E, novamente, não respondeu à pergunta.

        7. Posso usar os valores que apresentou (a somar ou a subtrair às necessidades do trabalhador):
        ter habitação própria: -250€ da renda +150€ para IMI e manutenção
        morar dentro da cidade de Lisboa: -20€ no passe
        ter outros rendimentos, p.e. arrendar uma casa: -250€ de renda +150€ para IMI e manutenção
        um casal: despezas de cada um com a habitação reduzidas a metade -75€
        Necessidades do casal: 2×50 (passes sociais) + 150 (habitação) + 2×180 (água, electricidade, vestuário e alimentação) – 100 (lucro da casa arrendada) = 510€/mês
        Para cada um: 510/2 = 255€/mês

        8. O seu exemplo é absolutamente irrelevante para a discussão. E a “razoabilidade” de que fala só lhe diz respeito se fôr parte envolvida.
        Um explicador, que é solicitado por mais clientes do que aqueles que pode satisfazer, ser impedido de aumentar o preço dos seus serviços porque alguém decidiu que ninguém, independentemente das suas necessidades, deve ganhar mais do que um valor decidido arbitrariamente não tem a mínima razoabilidade.

        9. Justo para “todos”, incluíndo o explicador viúvo, com três crianças pequenas com necessidades especiais (para os quais tem que contratar uma ama especializada a tempo inteiro), a viver em casa arrendada e a ter que sustentar os pais, que quer comprar a sua própria casa, juntar dinheiro para quando tiver menos trabalho e trabalhar menos horas para passar mais tempo com os filhos?
        Para si isso pode ser justo. Eu chamo-lhe imbecil.

        Gostar

      • 9 Fevereiro, 2015 04:27

        Eu nunca disse que todos devem ganhar o mesmo e que os salários não devem depender da contribuição que cada um dá à empresa em função da responsabilidade, motivação ou produtividade. Insisto que defendo apenas um mínimo de sobrevivência, que naturalmente embora não sendo universal, permita oferecer alguma autonomia ao trabalhador. Uma empresa que não consiga pagar 2,30€ líquidos por hora a um trabalhador não presta qualquer serviço social. Fala como se eu tivesse defendido um salário fixo universal para todos. Mas não se preocupe que com a precaridade preconizada pelos falsos recibos verdes há muitos trabalhadores, que sem quaisquer direitos (férias, contribuições para IRS ou para a seg. Social, subsídios extras) auferem bem menos que o salário mínimo.

        O problema do desemprego na Europa, ao contrário do que dizem algumas elites, não é a rigidez laboral; é antes ter aberto as fronteiras comerciais ao mundo com a entrada para a OMS e um grave problema de dependência energética (80%), essencialmente produtos petrolíferos e no sector dos tranportes (leia-se automóveis e TIR). Nunca conseguiremos competir com os salários da China e a Europa (tirando algumas exceções como a Noruega) não tem recursos petrolíferos endógenos.

        Por muito flexível que sejam as leis laborais, nestas condições de elevada dependência do exterior, o desemprego será sempre alto, os salários cada vez mais baixos e o Estado Social cada vez mais febril, independentemente das leis laborais.

        João Pimentel Ferreira http://www.joaopimentel.eu Enviado do meu Nokia

        Gostar

Trackbacks

  1. Firmes e hirtos contra a austeridade | O Insurgente

Indigne-se aqui.