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Modelos de sistema de ensino

23 Maio, 2016

Modelo estatal centralizado: Todas as escolas são do Estado e todos os professores são funcionários públicos. Existe uma lista nacional de professores ordenada por graduação. Os professores mais graduados escolhem a escola onde querem dar aulas. Os directores são escolhidos pelos professores, mas de qualquer forma todas as decisões importantes são tomadas pela burocracia do ministério da educação. Tudo está especificado em leis, decretos e portarias, que mudam todos os anos. Acesso dos alunos a uma escola é por alocação geográfica, podendo haver alguma concorrência entre escolas, se as direções regionais autorizarem. Como a concorrência entre escolas é mínima o poder dos sindicatos é máximo.

Modelo estatal misto: Igual ao estatal centralizado mas em que a burocracia faz contratos com escolas privadas em algumas localidades. Estas escolas privadas com contrato de associação têm ampla autonomia de gestão dado que recebem o dinheiro que podem usar pelos seus próprios critérios para contratar professores. Em algumas localidades há concorrência entre escolas de gestão privada e escolas de gestão pública. E o vencedor é quase sempre o modelo de gestão privada.

Modelo estatal municipalizado: Igual ao modelo estatal centralizado, mas ao nível municipal. Permite concorrência entre municípios. Pessoas podem escolher o município onde querem que os filhos.

Modelo de contratualização: as escolas pertencem a empresas, fundações ou associações, públicas ou privadas. Os professores são contratados pela escola. O Estado contrata a escola e monitoriza a qualidade de ensino e o nível de procura de cada escola. O Estado não contrata professores nem é dono dos edifícios. Escolas têm que se sustentar a si próprias podendo falir e fechar. Modelo pode incluir só escolas públicas, só escolas privadas ou pode ser misto. Concorrência entre escolas é total.

Modelo Cheque Ensino: O Estado atribui um cheque a cada aluno. A família do aluno escolhe a escola que entender, pública ou privada. Para participar uma escola tem apenas que respeitar determinados critérios mínimos. Escolas têm que ser ultraflexíveis, com capacidade para escolher os professores e tomar decisões de investimento em instalações. Para se chegar a este modelo é necessário primeiro autonomizar as escolas públicas pelo que este modelo só é possível de desenvolver a partir de um modelo de contratualização.

São estes os modelos, por ordem crescente de liberdade e descentralização e ordem decrescente de poder sindical e burocrático. Portugal tem actualmente o 2º mais centralizado e o governo está a esforçar-se para que se evolua na direcção do 1º mais centralizado.

55 comentários leave one →
  1. 23 Maio, 2016 10:54

    O modelo contratualizado público é mentira porque os professores são funcionários públicos, logo não podem ser despedidos nem contratados por critérios sem seriação estatal.

    A concorrência entre escola do Estado e privada é desleal, seja qual for o caso e, para a privada ser autónoma, não pode depender do Ministério da Educação- logo não tem direito a paralelismo pedagógico.

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  2. 23 Maio, 2016 10:55

    De todo o modo eu defendo a existência de todo este tipo de escolas mas não defendo o funcionalismo público vitalício que temos.

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  3. 23 Maio, 2016 10:58

    Também não existe isso de “uma escola estatal a contratar professores de acordo com critério que entenderem”.

    As escolas são edifícios e os edifícios não falam nem respiram. Alguém vai contratar esses funcionários públicos. Se a escola está dependente do ME quem contrata também tem de estar e repete-se o erro de tanto fazer ser municipal como central.

    Aliás, para falar verdade, a ser estatal mais vale concurso nacional centralizado do que deixar que os partidos nas câmaras tomem conta de tudo e metam lá dentro os camaradas.

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  4. 23 Maio, 2016 11:00

    Dantes existiam reitores nomeados. Devia voltar-se a muito do que já tivemos no tempo do Estado Novo, ainda que com ajustamentos.

    Mas uma direcção nunca pode ser democrática nem deve ser democrática. Sem hierarquia vertical não existe qualidade, nem exigência nem critérios de selecção fora do amiguismo.

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  5. 23 Maio, 2016 11:01

    Isso dos directores serem escolhidos pelos profs acho que já nem é bem assim- agora deu-lhes para “as forças vivas da terra” e a coisa está partidarizada.

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    • JoaoMiranda permalink*
      23 Maio, 2016 11:03

      Professores têm maioria. Mas agora há partidos a tentar controlar.

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      • 23 Maio, 2016 11:05

        Há terras em que já é o PS que mete lá dentro quem quer. Acho que até nas escolas o PS manda mais que os outros partidos

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      • 23 Maio, 2016 11:32

        Na minha tradição de ir bucar links para tudo, a composição do Conselho Geral da minha antiga escola:

        Click to access REGULAMENTO%20ELEITORAL_AEMTG_2014.pdf

        a) 7 (sete) elementos em representação do pessoal docente;
        b) 2 (dois) representantes do pessoal não docente
        c) 4 (quatro) representantes dos pais e encarregados de educação
        d) 2 (dois) representantes dos alunos, sendo um representante do ensino secundário e outro do ensino noturno (cursos EFA e ensino recorrente);
        e) 3 (três) representantes do munícipio
        f) 3 (três) representantes da comunidade local.

        não percebo muito bem a parte dos “representantes da comunidade local” (suponho que sejam cooptados pelos outros)

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      • 23 Maio, 2016 11:50

        A “#comunidade local” é a tal treta do pasteleiro, e do plesidente da câmara- é por aí que entra a política.

        Essa outra treta de uma escola ter pais e alunos a mandarem lá dentro é mentira.

        Vivi isso. Vivi isso em escola privada onde só havia um director e o resto obedecia. Mais nada. Sem chefes de turma, sem chefes de coisa nenhuma. Os pais e os alunos queixavam-se apenas ao director.

        O director controlava tudo, com os seus critérios. Inspeccionava tudo, sempre que queria. Entrava numa aula sem avisar e despedia quem queria.

        Funcionava bem.

        Depois veio a treta do Ministério querer lá dentro a palhaçada igual ao estado e passou a não funcionar.

        Um professor tem de ser responsável pela sua aula. E mais nada. Não é nenhum colega que diz ou deixa de dizer o que deve ou não deve fazer.

        Muito menos são os pais ou os alunos que mandam na aula e em cada professor.
        Mandam por via do director.

        Quem disser o contrário é inseguro em relação ao sabe e consegue fazer.

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      • 23 Maio, 2016 11:54

        Lembro-me bem da palhaçda que foi haver alunos a irem a reuniões ao lado de profs e de outros profs iguais aos mesmos profs mas com cargo de director de prof porque sim.

        Era uma anedota. Quanto a mim, isso prova apenas que o ser humano tem tara de mando e essa tara de cargo é usada para complicar e chagar antes de outra coisa.~

        Pouquíssimas pessoas sabem mandar para simplificar e fazer funcionar.

        As que sabem, devem ser colocadas a chefiar e o resto a obedecer e não complicar.

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      • 23 Maio, 2016 11:58

        Por outro lado, só há responsabilidade individual verdadeira, quando se dá a cara pelo que se faz.

        E dar a cara é fazer em competição com outros e estar na berlinda por avaliação de quem escolhe o curso, o prof, as aulas, as escolas, etc, etc, etc.

        Isto permite trabalhar por gosto do que se faz e não apenas o gosto do fim do mês e da ADSE e tudo o resto sem patrão visível nem escolha de ninguém.

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  6. 23 Maio, 2016 11:03

    O modelo de cheque ensino é daquelas coisas que nunca poderia ser generalizado e tornar-se único.

    Porque uma escola que queira trabalhar para a excelência não vai na cantiga de ter de ser obrigada a aceitar marginais e imbecis só porque o Estado deu cheque.

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  7. 23 Maio, 2016 11:04

    “Os directores são escolhidos pelos professores, mas de qualquer forma todas as decisões importantes são tomadas pela burocracia do ministério da educação.”

    Mas haverá grande diferença entre isso e os outros modelos? A mim parece-me que a principal questão que é decidida centralmente são os curriculos (já os métodos de ensino penso que são largamente decididos localmente, às vezes por cada professor – pelo menos é a experiência que eu tinha como aluno, em que diferentes professores ensinavam de maneiras completamente diferentes*), e imagino que em muitos desses sistemas alternativos (a contratualização, o cheque ensino, as escolas associadas, etc.) os curriculos também são há mesma definidos pelo ministério.

    *Dá-me a ideia que a Zazie tem mais experiência do funcionamento interno do sistema escolar do que eu; não sei se ela concordará com esta minha percepção (se calhar não)…

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    • 23 Maio, 2016 11:12

      Miguel Madeira- eu conheci, há muitos anos, apenas de passagem, o ensino oficial e depois o privado. Actualmente estou a leste disso porque estou ligada a algo totalmente independente, incluindo curricula e sem paralelismo pedagógico.

      As questões que se colocam são sempre essas:

      1- Dar habilitação- logo ter de depender do Ministério em tudo- incluindo programas e curricula

      2- Não depender tanto, assim, assim, ou nada de nada.

      O que faz a diferença é o facto de haver concorrência entre funcionários públicos e não funcionários públicos.
      Uma carreira pública vitalícia com todas as protecções legais, é mil vezes mais apelativa que depender de conhecimentos ou sorte, ou de escola de excelência para ser escolhdio o que também tem cv de topo.

      Para o secundário este critério de excelência é exagerado, a menos que seja uma escola livre do ministério da educação.

      Sempre que há dependência do Estado, como é óbvio, quem já está dentro do Estado tem prioridade em tudo. E critérios de avaliação ou escolha entre pares são mentira, a menos que sejam centrais e por concurso geral, com provas gerais de acesso e roleta matemática de seriação.

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    • JoaoMiranda permalink*
      23 Maio, 2016 11:14

      Miguel,

      Actualmente até a empresa que gere a cantina é gerida pela direcção regional.

      Mas a direcção regional controla outras coisas chave que devia caber ao director: abertura de turmas, conformidade dos horários, distribuição de alunos entre escolas, abertura de cursos. Tudo o que saia do esquema rígido previamente autorizado requer nova autorização.

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      • 23 Maio, 2016 11:18

        O director devia ser um reitor como dantes.

        O director ser mais uma palhaça das escolas de educação foi a imbecilidade do Crato e só veio piorar tudo, ao que me contam.

        Se é para dar tacho, então que nomeiem de cima alguém com bom cv e pulso forte.

        E fechem a trampa das escolas de educação com analfabrutos a chegarem a doutores sem terem sequer licenciatura

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      • 23 Maio, 2016 11:20

        O problema da falta de qualidade está nessa patranha a que se chamam pedagogos e infiltrada em todo o lado.

        Enquanto essa gente não for pura e simplesmente mandada para casa, acabando-se com a “disfunção pública” (crédito Dragão) a função pública tem de andar ás ordens de retardados mentais.

        Não há prof sem ser mongo que aguente andar às ordens de disfuncionários públicos de gabinete.

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      • 23 Maio, 2016 11:21

        às (acento grave)

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    • 23 Maio, 2016 11:31

      Sei que podia haver modelo alternativo por institutos ligados a universidades.

      Esse modelo também apenas serviria para um tipo de ensino mais específico- caso do ensino artístico.

      E essa alternativa podia ser alargada a outro tipo de ensino mais técnico e profissional.

      Escolas privadas, com direito a darem licenciatura mas sem serem obrigadas a cv e programas ministeriais.

      Claro que isto era bom demais para quem assim fosse formado; mas era péssimo para a concorrência estatal mais de topo- as escolas superiores estatais não iam gostar nadinha.

      Muitas só têm alunos exclusivamente por causa do canudo.
      E muitos dos alunos que querem mesmo fazer alguma coisa de jeito, ainda continuam a trocar o canudo por bom ensino privado, sem funcionários públicos nem programas estatais da mongalhada pedagógica.

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      • 23 Maio, 2016 11:36

        Resumindo- estudem os modelos do Estado Novo, do marcelismo, porque está lá tudo.

        Já tivemos isso e só se espatifou por PREC e por panca de imitar o estrangeiro.

        Começou-se a estragar com a reforma Veiga Simão e depois foi o que passados mais de 40 anos continua a estar na berlinda- a tara do estatismo, em nome de uma igualdade que é mentira e para alimentar o monstro estatal que é bom para o voto.

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      • 23 Maio, 2016 11:39

        Claro que para além da “bolsa para o voto de esquerda”- o estatismo também serve para doutrinação.

        E quanto a doutrinação, bem podem limpar as mãos à parede quando falam da salazarista porque a actual é mil vezes pior e obrigatória de causa internacionalista fracturante.

        Agora vai-se de cana por lei internacional- não é com medo de bufo da PIDE porque já doutrinaram meio mundo a ser bufo sem se darem conta.

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  8. 23 Maio, 2016 11:16

    Agora há uma coisa que é bom ter-se na cabeça- nada é criado do nado e essa mania neotonta dos esquemas a serem inventados em ilha deserta, à Robinson Crusoé, são treta.

    Tem de se corrigir o que já existe. A partir do que já está. Não vamos imaginar despedir milhares de funcionários públicos porque para isso tinha de se mudar de país primeiro.

    Portanto, o pressuposto base é que tem de deixar de ser o igualitário.

    É mentira que tenha de haver ou possa haver igualdade de oportunidades e de fins.

    O Estado deve continuar a ter obrigação de pensar o ensino de gerações.

    O resto é admitir-se cada vez mais as diferenças, com oportunidades privadas alargadas e diminuídas as públicas.

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    • 23 Maio, 2016 11:25

      O que é preciso é desmontar a patranha do estatal=igualitário.

      É falso. Nuns locais é igual para ricos em bairros de ricos, pagos por todos nós.

      Noutros casos é desigual para toda a gente pois só os mais ricos podem pagar colégio de boa qualidade.

      O Estado oferece à borla o mesmo para pobre que oferece para rico. Alguém nesta equação está a ser ludibriado.

      Esse mesmo Estado seca e impede leques intermédios privados, com mais segurança e melhor funcionamento para os alunos.

      Por uma única razão-

      O ensino estatal existe para proteger funcionários públicos e anda às ordens de interesses políticos de voto.

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  9. ali kath permalink
    23 Maio, 2016 11:19

    o estado é tudo
    o nativo é contribuinte

    o novo tipo de gulag
    com assistência psiquiátrica

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  10. Manuel permalink
    23 Maio, 2016 11:31

    Quem não concorda com o actual modelo deve propor a revisão da constituição, para não andar um governo a fazer mais assim e outro mais assado. Para mim, o ensino obrigatório(só este) deve ser público e a cargo do Estado, se os portugueses votarem noutra alternativa, tudo bem. O ” empreendedorismo” de rendas garantidas e que vem do século 19 não me parece a melhor solução para a nossa inviabilidade económica como Estado Soberano, que é como estamos hoje.

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    • 23 Maio, 2016 11:42

      12 anos de ensino obrigatório com cheque ensino para colégio privado é anedota.

      Não há escola alguma que possa formar gerações com esta obrigatoriedade. E agora até já reverteram a via técnico-profissional- tal como no PREC.

      O que esta cambada quer é um país de mongos mas todos doutores de papel passado.

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      • antónio permalink
        23 Maio, 2016 11:47

        Exactamente, de papel passado mas sem qualquer aptidão ou conhecimento.

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      • 23 Maio, 2016 11:52

        Penso que não se reverteu a via técnico-profissional; acho que apenas passou a ser facultativa (enquanto o governo anterior tinha-a tornado obrigatória para quem chumbasse duas vezes na “via de ensino”)

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      • 23 Maio, 2016 12:02

        Facultativo até se fartar da escola e ir roubar.

        Agora querem meter mais centenas ou milhares de funcionários públicos a fazerem de explicadores de quem não nasceu para ser doutor.

        E vão tentar que seja doutor por tutoria porque isso de ser técnico é bom pró preto.

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      • 23 Maio, 2016 12:12

        Uma amiga minha que é comuna e prof mudou de ideias igualitárias e contou-me como isso de ter de fazer 12º ano para ir para a faculdade é a maior mentira que estraga a vida a muita gente.

        Ela contou que teve pais a pedirem mesmo para não tentar passar o filho porque o puto não conseguia e aquilo era uma tortura mental querer convencê-lo do tal sucesso escolar como nos concursos televisivos.

        E questão, como ela me contou, é que a via técnica é outra patranha igual às patranhas socretinas.

        Mas escolas a terem médias de 5 valores no 12º ano e depois saírem dali jovens que o mais que conseguem é servir cafés, é o que tem dado a utopia igualitária com o tabu do ensino técnico-profissional logo de início.

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      • 23 Maio, 2016 12:15

        Hoje em dia só chumba quem ´não consegue mesmo nem a bem, nem a mal, nem com tutor nem explicador.

        Mesmo que que entram na faculdade à conta de muitos 5 anteriores, vão enganados e depois só conseguem concluir aquele treta bolonhesa em “interrail de Erasmus”.

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  11. Colono permalink
    23 Maio, 2016 12:21

    A ZAZIE para ministra , Já! Ela é uma enciclopédia educacional ….

    O Bolota não lhe chega aos calcanhares!

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  12. 23 Maio, 2016 15:08

    Hoje faz 837 anos

    Manifestis Probatum

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  13. procópio permalink
    23 Maio, 2016 15:09

    A Zazie sabe do que fala. No entanto, tal como na saúde, para os eleitos, o problema já está resolvido.
    Quem tem guita escolhe os serviços privados nacionais ou estrangeiros idóneos.
    Assim fazem os distintos defensores da escola pública e do sns.
    Para o ensino e a saúde funcionarem, os cheques ensino e saúde são dados às famílias. Estas têm a possibilidade de fazer opção livre. Que horror!
    Nenhuma escola é obrigada a aceitar alunos só porque apresentam o cheque.
    O sistema até já está em execução, os cheques saem não do estado, mas da algibeira dos afortunados que por sua vez os sonegam ao estado. Reciclagem e malandragem perfeitas.
    Serão 8 %? Nada mau. Se continuarmos na via do kosta & serão cada vez menos.
    Quantos mais ignorantes melhor. Tudo feito pela calada, com habilidade, habilidade tipo kosta, para não se deslizar para a venezualização
    O domínio sobre a maralha passa por estes pormenores, pelo contolo dos bancos, dos merdia e por serviços de informação bem “calibrados”.
    Por enquanto ainda há juizes que desconfiam. A seu tempo serão postos na prateleira.
    http://www.dn.pt/portugal/interior/juiza-desconfia-das-secretas-5188713.html
    Outros recebem ameaças diariamente.

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    • 23 Maio, 2016 15:16

      Se quer que lhe diga com toda a sinceridade; acho que só politicamente se trava este PREC- a começar pelo do ensino.

      Porque se formos a contar com o interesse de quem faz número- o dos profs- acredito plenamente que o sonho de todos eles é serem funcionários públicos vitalícios e trabalharem menos, sem chatices.

      Coisa perfeitamente legítima e que se chegue à frente quem digo o contrário.

      Por isso é que só alterando a constituição se impede a sovietização do país.

      O estatismo é a melhor garantia para uma ditadura de esquerda vitalícia por voto eleitoral.

      Isso até à bancarrota e nova bancarrota e por aí fora até chegarmos ao ponto da Venezuela.

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  14. 23 Maio, 2016 15:21

    O erro dos neotontos é a idiotia da “regionalização”.

    Como imitam tudo da América, acham que por cá as regiões são do mesmo tamanha das deles.
    E depois inventam essas imbecilidades de descentralização de um organismo estatal com funcionários vitalícios a ter melhores resultados se em vez de ser aleatório e matemático por um único centro, passar a ser por recrutamento dos caciques da terra.

    Treta. Nunca conseguem entender que hierarquia nada tem a ver com descentralização e que o que não há mais Estado numa treta por essa ser dirigida a partir de uma única cúpula.

    O inverso é que é a patranha. E foi essa estupidez que o ex-marxista-leninista do Crato andou a fazer- a descentralizar uma cena que só ainda não rebentou de todo por se ter mantido centralizada por concurso.

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  15. 23 Maio, 2016 15:25

    Se é estatal- se funciona por lei geral da função pública- a melhor maneira é estandardizar-se por uma única cúpula -para evitar compadrios e também para que os jovens de uma terra pequena não tenham de ficar obrigatoriamente fechados à tacanhez dos vizinhos e do mundo pequenino daquilo tudo.

    O que não é função pública, é óbvio que procura os melhores nichos de mercado e não precisa dessa lógica central para nada.

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  16. 23 Maio, 2016 15:27

    Essa ideia de ter de ser tudo regional- até o ensino- é das coisas mais embrutecedoras que se pode imaginar.

    Aprender consiste precisamente em se poder ultrapassar as limitações do local onde se nasceu.

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  17. Duarte de Aviz permalink
    23 Maio, 2016 16:57

    Caro JM,
    Na sua lista de modelos falta o modelo mais comun das escolas publicas Americanas. A administração dos distritos escolares é local, eleita em sufrágio, em que qualquer eleitor pode concorrer, financiada por impostos locais, aprovados em referendo, que em alguns estados são complementados com subsidies atribuidos pelo governo do estado, por forma a atingir um valor considerado justificado de gastos por aluno. Os membros do conselho de administração do distrito escolar contratam o superintendente, o Principal e os professores de cada escola. Os Superintendentes são gestores profissionais, muitos deles doutorados e os principais de cada escola são normalmente professopres reputados, com pos graduação em gestão escolar. O estado define o “core curriculum”, deixando às escolas algum campo de manobra para ensinarem outras coisas (incluindo alguns disparates, como o criacionismo) e muita amplitude para escolherem o método de ensino que melhor entenderem. Isto no fundamental, embora haja muitas outras coisas muito interessantes no US, como os casos de estados onde o cheque escola está implementado e o caso das Charter Schools, que se aproxima dos contratos de associação e, Pt.

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    • 23 Maio, 2016 17:05

      Pois. Lá vem outro com a cena local.

      Explique lá o tamanho local de um estado americano por comparação com Portugal inteirinho.

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    • 23 Maio, 2016 17:08

      O local americano significa a diversidade entre Portugal continental, Madeira Açores e mais a Bélgica e o Liechtenstein inteiros.

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    • 23 Maio, 2016 17:11

      Quando é que esta malta que se diz de Direita, deixa de querer ser amaricana rica e olha para o nosso passado para daí retirar ensinamentos?

      É que não se entende. Todos iguais aos comunas. Com o trauma de Portugal ter nascido a 25 de Abril de 74 e a partir daí ter de ser tudo inventado de novo por comparação com tretas lá longe.

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      • Duarte de Aviz permalink
        24 Maio, 2016 16:54

        Presunção e água benta, cada um toma, a que quer.

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      • Duarte de Aviz permalink
        24 Maio, 2016 16:56

        Nota-se que o tema lhe suscita demasiada excitação. Com tanto ruido de fundo não é possível conversar.

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  18. PiErre permalink
    23 Maio, 2016 17:13

    Nenhum dos modelos em que o Estado intervém tem qualquer préstimo. Falta nessa lista o modelo totalmente privado, sem qualquer intervencionismo estatal. Isto porque quando o Estado intervém em qualquer ramo da economia só faz MERDA.

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    • 23 Maio, 2016 17:26

      É esse o que mais me agrada. Foi isso que eu disse.

      O JM cometeu uma falácia porque é impossível haver uma escola estatal igual a uma privada.

      Se é estado é função pública. Ponto final.

      totalmente livre existe sim, mas sem paralelismo pedagógico e apenas em áreas restritas.

      E entendo que seja natural que não possa ser tudo como dá na gana do umbigo de alguém.

      Mas é bom haver espaço para coisas que dão na gana da cabeça de algumas pessoas e mostram resultados positivos.

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    • 23 Maio, 2016 17:30

      Como é que explica o facto de existirem alunos que entram para faculdades, onde conseguem um canudo num determinado curso, e o largam por aprendizagem em escola onde não há hipótese de canudo?

      Essa é a grande questão.

      Agora imagine se essas escolas tinham direito a oferecerem a mesma licenciatura que a universidade estatal ou privada sob a alçada do Ministério.

      Imagina?
      Eu imagino- fechavam a granel as do Estado.

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  19. PiErre permalink
    23 Maio, 2016 17:16

    Já o Marquês de Pombal fez asneira quando estatizou as escolas e despediu os jesuítas. A partir daí foi sempre a descer.

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  20. PiErre permalink
    23 Maio, 2016 17:18

    Já agora, porque é que o Estado não nacionaliza as escolas de condução?…

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  21. procópio permalink
    23 Maio, 2016 17:33

    zazie, não lhes dê dicas…

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  22. 23 Maio, 2016 17:35

    As do Estado não fecham, nem podem fechar porque isso seria despedir quem não pode ser despedido.

    Falta o dinheiro. Agora nem com propinas caras as do Estado se estão a aguentar e as do secundário só existem porque não há alternativa privada suficiente que aguente e a concorrência, por falta de nascimentos.

    Eles ficam à rasca para aguentarem a máquina estatal da qual não abrem mão porque é dali que vem o voto para o alimento.

    O que fazem?

    Sacam ao privado. Se for preciso o sonho deles era mesmo nacionalizar tudo.
    É claro que à primeira isto agrada a quem não faz as contas às consequências.

    Quando as consequências rebentam- a culpa é sempre dos capitalistas, logo há que sacar ainda mais aos poucos que restam e pedir emprestado de novo.

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  23. Arlindo da Costa permalink
    23 Maio, 2016 19:06

    Lindos modelos para um país falido.
    E então o «modelo cheque» nem se fala!
    Tenham juízo, suas abóboras!

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  24. 23 Maio, 2016 23:45

    A esperança da social-democracia sempre… a abrir.

    Ai Manuela, Manuela | Aspirina B
    http://aspirinab.com/penelope/ai-manuela-manuela/

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