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E se você fosse estrangeiro?

7 Junho, 2016

Investimento estrangeiro é mais importante do que nunca, diz Mário Centeno

Medidas tomadas pelo governo desde que tomou posse:

1. Reversão do negócio da TAP violando as expectativas do investidor estrangeiro.
2. Reversão dos concursos para os transportes urbanos. Os investidores estrangeiros foram para tribunal.
3. Congelamento da reforma do IRC, violando as expectativas dos investidores estrangeiros.
4. Patrocínio do acordo no porto de Lisboa que dá poder aos sindicatos dos estivadores e limita a operação de empresas privadas, violando as expectativas do investidor turco que comprou recentemente uma operadora portuária.
5. Aumento do salário mínimo e cedência de poder aos sindicatos.
6. Cenário macroeconômico irrealista e orçamento despesista num cenário em que a dívida pública está no limiar da sustentabilidade, colocando de pé atrás os estrangeiros que investem em dívida portuguesa.
7. Lei à medida para atribuir um banco privado a um dos seus acionistas.
8. Lei das 35 horas e outras que dão um sinal de reforço do sector público.
9. Aumento do número de feriados.
10. Terminar contratos com escolas a meio.

Medidas que o governo disse estar a estudar:

1. Renegociação da dívida
2. Revisão da lei das rendas
3. Regulação (leia-se penalização) do alojamento local
4. Limitações várias à actividade financeira
5. Imposto sucessório
6. Financiamwnto da Segurança Social com lucros das empresas
7. Nacionalização do Novo Banco
8. Injecção de 4MM na CGD
9. Regressos dos 25 dias de férias
10. Aumentar TSU nos contratos a prazo
11. Taxar o Google e outras multinacionais
12. Tornar o IMI progressivo

Medidas que os parceiros do governo defendem:

1. Sair do Euro
2. Sair da UE
3. Taxar os ricos
4. Não pagar a dívida
5. Nacionalizar toda a banca.
6. Acabar com os contratos com privados na Saúde (sector onde várias empresas estrangeiras investiram recentemente)
7. Fim dos vistos gold e de benefícios fiscais para reformados estrangeiros

8 comentários leave one →
  1. Expatriado permalink
    7 Junho, 2016 14:45

    No principio da noite:

    P – Onde vais?
    R – Vou p’ra festa!!!!

    De madrugada:

    P – Donde vens?
    R – Venho da festa…

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  2. procópio permalink
    7 Junho, 2016 16:04

    Relembremos uma entrevista de Louçã e Amaral a propósito do livrinho “A Solução Novo Escudo” que lançou um debate tímido sobre a saída do euro.
    Louçã é o be e o amaral é o kosta sem disfarces.
    Nada que o Varoufakis não tivesse tentado. A mota engasgou-se.

    “Assim, como os salários são pagos em escudos e o escudo se desvaloriza em relação ao euro, o Estado, sustentam os autores, tinha de intervir para garantir a protecção da diferença criada pela alteração cambial. “As pessoas não seriam prejudicadas”, assegurou Louçã”.
    Imagine-se a geringonça a garantir coisa nenhuma.
    “No caso em que não haja um acordo será preciso redenominar os contratos, ou seja as dívidas que estão em euros passam a estar em escudos e os salários e os depósitos estão em escudos também. “Não há nenhuma diferença. Quando há uma desvalorização da moeda há uma desvalorização da conta corrente”, identifica o antigo líder do Bloco de Esquerda. O que é a redenominação dos contratos? “Significa que se for ao banco para pedir um crédito à habitação no valor de 50 mil euros, ele passa a valer 50 mil escudos. Porque um euro passa a valer um escudo na hipótese que nós trabalhámos”, explicou o biltre”. Imagine-se um euro a valer um escudo. Só no céu.
    “Nos dois casos, estando a dívida em euros ou em escudos e o livro é muito preciso em relação a isso, o Estado deve proteger por inteiro as pessoas que pediram crédito ao banco para que não sejam prejudicadas”.
    Imagine-se a geringonça a proteger as pessoas.
    A extrema dependência externa faria com que os preços imediatamente subissem, o que até para Louçã e Amaral leva a que o Estado tivesse de criar um plano de contingência.
    Imagine-se a geringonça a criar planos de contigência!
    Na energia, o auxílio necessário aos sectores mais vulneráveis levaria a um sobrecusto para o Estado de 250 milhões de euros no primeiro ano, que depois decresceria nos anos seguintes. No que diz respeito aos medicamentos dramatizaram: “Esse plano [de contingência] não pode falhar”.
    Imagine-se a geringonça a não poder falhar.

    Vamos falar verdade. Apesar de todas as afirmações em contrário pronunciadas em português coxo, o kosta está de todo com a cáfila. Porquê?
    Seria a única forma de assegurar o poder. Com a economia de rastos, soariam as trombetas do mundo novo. A novolíngua dos merdia vai dourando a pílula, o desastre está ali fora.
    Os abutres de bilderberg aplaudem. Nas montanhas austríacas, lindas vistas, segurança reforçada, em Junho de 2015 foi quase tudo previsto. Os nosso representantes estavam lá.
    http://www.theguardian.com/world/2015/jun/15/bilberberg-looks-to-the-future-but-is-stuck-in-the-past
    É isso que significa os sucessivos desvarios da Comissão, sim, não, não sim, talvez lá para depois. Descrédito de consequências imprevisíveis. Os contribuintes do centro da Europa ainda não disseram a última palavra. É que pode nem ser preciso bater com a porta à UE.
    A porta certo dia pode fechar-se, tout simplement.
    Não serão os pseudo revolucionários, os grades lutadores pela demucracia, os prejudicados.
    Nas offshores eles acumularm o suficiente para brincar com o “amado povo” que ainda não se tornou o “nosso povo” mas para lá caminha aceleradamente. O celinho é cúmplice.

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  3. Arlindo da Costa permalink
    7 Junho, 2016 18:41

    Se eu fosse estrangeiro não estava aqui a comentar.

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    • Filipe Costa permalink
      7 Junho, 2016 19:58

      Claro que não, se fosse estrangeiro nem queria saber disto(Portugal) para nada.

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  4. Inês permalink
    7 Junho, 2016 18:46

    Coitadinhos dos estrangeiros. À mercê de quem cá vive e vota. Não se faz!

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    • Euro2cent permalink
      7 Junho, 2016 22:06

      Pois, mas “quem cá vive e vota” estoirou o dinheiro todo a comprar plasmas e férias em Formentero, e não tem para comer, quanto mais investir em sementes para a próxima colheita.

      De modos que precisa do dinheiro dos outros. E quem não tem dinheiro não tem vícios, nem sequer virtudes, como esses arroubos de soberania.

      Gaita, não é dificil.

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      • Inês permalink
        8 Junho, 2016 17:42

        Valha-nos a santa demagogia a manter a braza da sardinha. O que vale é que não estamos a pagar bancos falidos com fabulosas gestões privadas, que os investidores estrangeiros não fogem aos impostos via os métodos conhecidos, que não temos uma moeda sobrevalorizada em relação à nossa economia sobre a qual não temos poder e que não nos mandaram parar de produzir para termos que comprar aos nossos “caridosos parceiros”. Se não é que estávamos mesmo na miséria.
        Só lhe faltou dizer que já nem 20 Salazares endireitavam isto 🙂

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  5. Castrol permalink
    8 Junho, 2016 00:58

    Com tanta asneirada junta, é um milagre a geringonça ainda funcionar!!

    Vai ser um esbardalhanço épico!

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