Um grande passo para bebés políticos
Um francês que tenha o azar de ser atento à vida em Portugal aprovaria a lesão provocada a Cristiano Ronaldo. Parecia uma excelente táctica, aniquilar o capitão e esperar que tudo desmoronasse. É assim que são os portugueses: acreditam em figuras míticas, como na banda desenhada. Deixam o gordo destruir toda a credibilidade que conseguiram com quatro anos de ajustamento porque não têm espinha dorsal, seguem qualquer um que fale grosso, nem que por hubris. Sem capitão iriam ao charco. Só não foram porque não representam o português que espera que lhe dêem aquilo que têm que conquistar para eles próprios. Não admira que palhaços políticos se colem à vitória na competição: é preciso deixar bem claro que o conseguiram pela atitude de iluminados reguladores da elite socialista, nunca por mérito próprio. Não o fazer seria dar o flanco à hipótese de os portugueses terem crescido. Deus nos livre se começassem a perceber que não só não precisam destes políticos como estariam melhor sem eles.
Não faço a mínima ideia de que Partido será Fernando Santos, ou se os 23 jogadores que escolheu são do Partido dele, se é que o tem. Que figuras políticas apareçam nestes grandes eventos desportivos é do mais trivial. Até o rei de Espanha lá estaria se a equipa espanhola lá tivesse chegado.
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Na flash interview. Rei de Espanha no balneário, a justificar a sua existência. No fim até pagava a viagem no avião.
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O protocolo de uma monarquia é diferente de uma república.
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Então foi uma perda de tempo o seu comentário inicial.
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O Piscoiso é um vacalheiro.
.
Atenção, não confundir com cavalheiro.
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Não há qualquer contradição entre os meus dois comentários. O rei de Espanha estaria certamente na tribuna onde estiveram os dirigentes portugueses eleitos pelo povo, se uma das equipas finalistas fosse Espanha. Provavelmente não iria ao balneário, porque o protocolo da monarquia não deve contemplar esses locais, a não ser que o balneário tivesse sido projetado por Le Corbusier.
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Percebo. Na monarquia dão-se ao respeito, na república frequentam locais de homoerotismo.
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Quanto ao avacalhamento do blogue por alguns comentaristas… passo. A minha tia Salcedas não me deu essa educação.
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vc,
palhaços políticos??? Os que vi por lá pertencen TODODOOOOOO á quadrilha, começando por José Luis Arnout e acabando naquele Baixinho que estava ao lado do Figo, passando pelo JVPinto o Presidente sa federação e afins…
Acho que o Jeronimo nã estava lá, mesmo pagando do bolso dele
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Eu disse “palhaços”, não disse “toscos”.
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vc,
De facto há uma certa diferença entre José Luis Arnout e Jeronimo e assim percebi o trocadilho
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estavam lá 2 ‘cavalheiros’ a estragar a festa que não era deles.
cultura da insignificância
façam o seu trabalho, não se intro,etam onde não têm lugar
PQP
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0 futebol acabou. Eu gostaria que na Europa fossemos primeiros em tudo, mas infelizmente somos quase últimos em tudo. Qual será a causa? É culpa da inquisição, do marquês, do dr Salazar….. do Passos, do Costa? Teremos de colocar o engº Fernando Santos a 1º Ministro e o Ronaldo a Ministro das finanças?
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Qualquer pessoa cuja carreira não tenha sido construída no e pelo Partido Socialista serve.
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Não seja redutor, o PS também tem gente decente, não são todos 44/33.
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Não pode ter. Se fossem já teriam saído.
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Salazar não chegou tão longe….
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Os processos, os meios de comunicação, os objectivos eram diferentes dos de hoje.
Actualmente são abusivos, castradores, os oportunismos por causa do futebol.
Muitos políticos sobrevivem por causa da indigência da populaça-NADA. E quando no poder, aproveitam todo o sangue que clubes e dirigentes lhe proporcionam. Não por acaso, não tocam nas contas dos clubes para o Fisco trabalhar à vontade, nenhum dirigente de clube de topo vai preso por tráficos, corrupção ou falcatruas antes ou durante os seus mandatos…
Etc., etc.
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Liga-se as TV’s tugas não para saber de notícias relevantes e no Mundo mas para ver o ambiente, e encontra-se loucura e mais loucura, histerismo, insensatez, irracionalidade, por causa do feito de ontem.
Entre adultos e jovens, crianças, muitas. Que futuro terão essas crianças se os seus familiares as instigam ao delírio ? Não são capazes de as educar, começar por lhes dizer que futebol sim senhor mas qb, há assuntos mais importantes, e não é o máximo representante do país. Assim se formata futuros idiotas úteis.
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O futebol, tal como outro jogo de grupo, vive das características que negam toda a ideologia de esquerda.
Não funciona democraticamente- tem de ter forte liderança vertical; não se aguenta sem brutal espírito de competição e a finalidade é sempre ser vencedor.
A esquerda é a negação de tudo isto- querem sempre igualdade sem mando; têm pavor à competição e gostam de perdedores.
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Leia –vale a pena ler– o livro “A Tribo do Futebol”, do Desmond Morris.
Actualíssimo. Revelador do que é a estupidez, o delírio, a irracionalidade, a loucura e os oportunismos por causa do futebol
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Esse comparava tudo com macacos, daí…
Não acho estúpido o futebol, ainda que só neste tipo de campeonatos acompanhe a final.
Estúpido é pendurar-se nisso para fins políticos, quando a política vai pior que mal.
E também é alienação quando levado ao excesso.
Não é o caso de um europeu, que acho natural ter importância.
E a importância que aqui conta é a oposta à de uma maratona, como quem nega a bola anda agora a querer passar a mensagem feminista.
Uma maratona pode ter espírito que se aplica ao liberalismo- é o indivíduo por si.
Uma equipa, não. Uma equipa pode espelhar o comportamento de funcionamento de uma sociedade em micro escala.
Daí eu ter salientado as características que negam a utilidade da ideologia de esquerda numa equipa ou numa sociedade.
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Por acaso até penso que é bom individualmente vibrar-se com o futebol.
Não tenho essa capacidade, Se calhar por outra incapacidade maior- a de ter tribo.
Mas vi esta final.
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“A esquerda é a negação de tudo isto- querem sempre igualdade sem mando; têm pavor à competição e gostam de perdedores.”
@Zazie.
Não . Não confundas as tácticas da Esquerda com os objectivos da Esquerda.
O objectivo da Esquerda é um Poder altamente vertical, é o poder discricionário total porque são os “bons”.
A URSS, Cuba , o PCP, as Universidades dominadas pela Esquerda são organizações onde o Poder não tem contestação possível.
Para atingir isto a Esquerda usa as táticas de minar o adversário simplesmente. Qualquer coisa serve.
Podem apoiar Feministas e Extremistas Islamicos ao mesmo tempo.
A Esquerda está-se nas tintas para Igualdade se já tiver tiver o poder.
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Claro. Está implícito no que eu disse.
Querem o Poder máximo mas, para o conseguirem, têm de vender essa patranha.
Sem destruírem o sistema não conseguem nada. E só destroem o sistema com essa utopia que apela aos coitadinhos e à invejazinha dos que servem de carne para canhão.
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Mas o mito da igualdade é o mito principal da esquerda e essa ideia de ser contra a competição e em prol do empate dos perdedores sempre foi o meio de conseguirem arregimentar os “descamisados” de todos os tempos.
A começar pelos cagotos e todas as seitas que se formaram em torno do milenarismo.
O Marx sabia isso e foi nessa ideia de revolta pela destruição da propriedade privada e do dinheiro que se inspirou para a teoria da luta de classes.
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O que tu dizes é que os líderes sabem e querem o inverso e os apparatchiks também.
Mas não são só esses que contam para o mundo às avessas. A mensagem de esquerda pega, por ter os ingredientes que eu caracterizei e com os quais nunca se ganharia um jogo de bola.
Aliás, lembro-me de até andarem com umas tretas de comunismo primitivo muito mais saudável, precisamente porque entre esses primitivos os jogos nunca eram para serem ganhos.
Basta ler o Miguel Madeira para se perceber como a idioteira ainda hoje tem adeptos.
Ele defende a destruição do sistema capitalista, entre outros motivos para nunca haver um chefe e um subordinado e nunca haver competição em nada.
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O Piscoiso
sem argumentos para tentar safar o oportunismo político-partidário do seu AC-DC e do Marcelo/Craveiro/Thomaz.
Bom post.
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Aplique-se estas características no ensino, na política e na economia e seríamos um povo bem superior.
Mas somos um povo castrado pela doença escardalha que só vive bem com o choradinho dos coitadinhos e deseja sempre mais pântano igualitário para nos sentirmos todos irmãozinhos na desgraça.
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Excelentes análises, parabéns!
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Quase totalmente de acordo com o seu comentário, 13:20
Também vi a final, gostei do resultado, parabéns. E para mim acabou aqui.
Os tugas, todos os tugas, merecem uma alegria destas, à falta de outras…mais importantes, para as quais estão-se marimbando para as alcançar.
Foi, vai ser durante mais algum tempo, óptimo para a imagem de Portugal — o turismo agradece.
Mas há mais país e sobretudo melhores mundo/s do que a alienação por causa do futebol.
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Comentário acima para a Zazie
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Ora aí está: tolerância de ponto para os funcionários da Câmara de Lisboa. Não trabalham esta tarde.
Porra, pagamos impostos, taxas, para isto ? Porquê a tolerância de ponto ?
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Tolerância de ponto? Não é feriado? Já não há respeito pelos feitos da nação. Quando dobramos o Cabo das Tormentas foram duas semanas de feriado.
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Estamos perante “heróis nacionais”, legenda da RTP.
O Marcelo não se lembrou ontem e ainda no camarote do Stade de France de assinar um papelucho nas costas do Costa para 3, 2 ou 1 dia feriado…
Este sítio não tem hipóteses de racionalidade.
É tão fácil governar isto…
E a festança vai continuar por pelo menos 1 semana. Com as TV’s a instigarem ao delírio, à insensatez.
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ehehehe
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O Vitor Cunha salientou o aspecto de não ficarem totalmente dependentes de um chefe- de um capitão.
É verdade em parte. Significa que a equipa tem força psicológica suficiente para não esmorecer.
Mas é só verdade em parte, porque foi decisiva as mudanças que o treinador fez e deve ter contado muito o apoio do capitão cá fora.
E também da claque.
No outro final de 2004 ia jurar que perdemos por o jogo ter sido feito em Lisboa com aqueles pascácios betos frouxos de lugares oferecidos para nada.
Calhou de o meu pimpolho ter ganho um bilhete sorteado para a final e vinha biurso com aquela anomia da claque.
Diz ele que estava tudo calado que nem rato, como se estivessem na missa. Não puxaram pela equipa.
Os imigrantes franceses tiveram outra fibra e foi muito importante.
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Ontem, perante a saída do Ronaldo, houve uma determinação-extra, garra constante. Não esperei aquela reacção psicológica. Estiveram todos muito bem.
E a claque, exemplar.
A final em 2004 foi perdida não só por crescente nervosismo, alguma inabilidade, tática deficiente do Scolari, mas também por desatenção da defesa no momento derradeiro.
O apoio em 2004 não podia ter sido melhor e maior fora do Estádio da Luz. Durante o jogo, o apoio quebrou ocasionalmente, também por…nervosismo.
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A Zazie tem toda a razão no que escreveu.
Mas por que motivo algumas pessoas inteligentes (e não esquerdistas) se abespinham tanto com a alegria exteriorizada pelos portugueses relativamente à Selecção e mais concretamente pelo desporto “futebol”? Deviam, isso sim, criticar e muito a esquerda reinante ao ter-se apoderado por puro oportunismo e desvergonha inaudita de um desporto que une como poucos os portugueses de todas as idades e classes sociais (mais do que a maldita política, que só existe para os desunir e que foi a causadora do caos económico e social que se vive em Portugal) e que lhes proporciona momentos de felicidade como poucos, desporto que foi sumamente vilipendiado pela oposição durante todo o Estado Novo, por pura hipocrisia e cinismo. E porventura o Estado Novo alguma vez se apoderou do futebol e dos seus ídolos para se promover, como esta farsa de regime o tem feito escandalosamente todos os dias desde que existe? (Pelo contrário, no Estado Novo o futebol era apoiado e promovido com conta peso e medida). O que este nojo de regime tem feito para se auto-promover através do futebol, é que devia ser violentamente criticado. Que os reles mentores deste deplorável regime tenham vergonha do que vomitaram sobre o anterior regime e sobre Salazar, uma vez que, imitando-o escandalosamente, faz muitíssimo pior escudando-se neste saudável desporto (e aproveitando-se oportunìsticamente dele para se locupletar com os muitos milhões anuais que dele escorrem, já que é isto que os faz elevar aos píncaros o futebol e os seus ídolos, fingindo hipócrita e cìnicamente venerá-los) com o único objectivo de agradarem ao povinho e conseguirem angariar os milhões de votos desmerecidos. Como regime e como políticos, esta foi a maior tragédia que aconteceu aos portugueses. A esquerda unida que tenha vergonha (se é que tem a mais pequena noção do que significa este nobre sentimento) e se reduza à sua insignificância. Os portugueses mereciam melhor.
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Não ligam a futebol, preferem o hipismo.
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eheheh
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O Partido Socialista já foi um partido de gente culta e bem formada. Hoje, foi assaltado pela ralé, especialmente a socretina e oportunista, e apenas se preocupa com a sua sobrevivência politico-financeira. Claro que também há muita ralé noutros partidos, só que , hoje, no PS é a ralé que tudo manda. Vão, a médio prazo, dar cabo do País e do partido, mas essa é a sua menor preocupação. E o povo, inculto e de olhos fechados, embarca e colabora na festa.
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Há mais dor de cotovelo aqui do que nos adeptos arrogantes e chauvinistas franceses.
A selecção esteve bem. Oxalá que vocês nas suas vidas fizessem alguma coisa de jeito.
E devem respeitar o novo Comendador, Sr. Ricardo Quaresma, que foi condecorado por amor ao trabalho e à nação, e por por ter roubado como aconteceu com muito amigo medalhado do Sr. Cavaco e do inútil do Passos.
Caem na realidade!
O Mundo é de quem trabalha honestamente e tem vergonha na cara!
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Esqueceu-se dos refugiados.
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Não há dúvida que este mentecapto do arlindinho é mesmo uma BESTA a toda a prova!
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O Marcelo revelou que tal como o seleccionador, rezou muitos terços para a selecção vencer. “Os jogadores tiveram esforço sobre-humano”.
E, pondera ir a Fátima agradecer. Resumindo, os franceses crentes não tiveram direito ao milagre de Lourdes ; os tugas tiveram Fátima milagreira. França/Lourdes 0 – Portugal/Fátima 1
O Centeno foi hoje para a reunião da Ecofin com vistoso cachecol ao pescoço. A idiotia plena.
Repito mais uma vez: é tão fácil governar isto… Com helicóptero no ar e febras com tintol em terra
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A única coisa que o Marcelo ainda trouxe de positivo foi precisamente não ter de pedir desculpa por ser católico num país católico.
Diz sempre “se Deus quiser” e não tem de ter vergonha por rezar.
Puta que pariu o jacobinismo que isso é que é praga responsável por grande destruição de Portugal.
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Só por isso não me arrependo de ter votado na palhaçada.
Só por isso. Graças a Deus que ao menos não é mais um cretino ateu militante ou complexado com a religião.
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Há pequenas coisas que me irritam e que vão todas desaguar a grandes coisas, como o jacobinismo. Estou à rasca para encontrar quem me faça janelas em madeira com pinásios a sério em vez de umas porcarias coladas a fingir que estamos a visitar o Sócrates em Évora. De uma forma ou de outra, ninguém está interessado nisso: é tudo chapa 5, como sai da máquina. A uniformização de tudo tem destruído o país. Um tipo até se sente mal por preferir uma janela de 1946, tipo ave rara que não tem gosto nenhum. “Sabe que estes arredondados já não se usam?” – “Sei, peço desculpa”.
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Vitor Cunha estou com dó de si.Tanto dinheirinho gasto em formação de especialistas em aviões de papel que não sobrou nadinha para transmitir saber fazer janelas redondinhas. Redondinhas só rotundas.
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Eu estou consigo a ré. Mas isso é cá com mi. Fá tempo que não tinha sol lá na casa, como si vi.
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E sim- é bonito de se ver um futebolista fazer o sinal da cruz num momento crucial de uma jogada.
Tão bonito que só me lembro como a arte era outra coisa quando os pintores rezavam antes de pagarem no pincel para pintarem Cristo, ou nem retocavam a obra pelo facto do sagrado não ter retoque.
E estou a lembrar-me do Fra Angelico que acabei de ver naquela maravilha do convento de Florença.
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Tão bonito que tenho coragem de o dizer em público.
Acho que mais ninguém tem, por cá, esse tipo de coragem.
Parece mal falar do sagrado.
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Até qu’enfim Portugal entra na normalidade!
E aqui normalidade devemos interpretar como vontade de vencer e não ser espezinhado como vinha a ser com a «postura» rastejante do governo anterior, amestrado por gente que quer mal ao nosso Portugal.
A sorte é dos audazes e agora não vamos fintar mais a sorte!
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Zazie,
Com humor realcei que também Fátima venceu Lourdes. 1-0.
Sou ateu. Mas respeito e muito quem é católico. Tenho pelo Sagrado curiosidade crescente.
Quando entro numa capela, igreja ou no Vaticano faço-o de modo muito especial.
Já assisti a uma missa no Vaticano — absolutamente inesquecível ! E quero, mesmo muito, assistir a uma missa de Natal numa igreja ortodoxa russa.
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Ainda bem.
Costumava ir à missa do dia de Natal numa ortodoxa grega em Londres.
Era a que ficava mais perto de casa e gosto muito da cerimónia ortodoxa.
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Mas agora a sério. Aquela pintura do Fra Angelico é outra coisa.
E é outra coisa por essa verdade particular, É difícil descrever mas sente-se aquelas pinceladas de sangue vivo ou os clarões do verbo dourado na face da Virgem da Anunciação, como uma porta que se abre para o sagrado.
E eu não tive formação religiosa mas nunca fui crente, suponho porque a beleza e o sagrado andam de mãos dadas.
Não foi por medo, como muita gente diz.
E essa via sagrada e bela dum religioso que pinta com essa devoção é uma verdade de ordem diferente de uma performance, da Marina Abramovic.
Porque na segunda há teatro a imitar a sacralidade e no primeiro há devoção verdadeira que chega lá pela forma mais simples.
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Tenho para mim Fra Angelico sempre no patamar mais alto !
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Mas nunca fui ateia, queria dizer
eehhehe
Nunca fui. Mesmo sem formação religiosa nunca fui ateia e também nunca tive a menor crise religiosa.
Entrou tudo de forma natural mas também nunca comprei o pacote inteiro do grupo.
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pacote inteiro — um pouco rasca!l…:(
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Pode ser mas não me ocorreu outro nome para dizer que não tenho de aderir tudo o que a Igreja diz.
Nunca escondi que sou católica badalhoca, precisamente para não ofender os que levam a religião totalmente a sério e com todos os dogmas e ritos cumpridos.
Eu não levo e é essa a minha verdade, estritamente pessoal.
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Por exemplo- nunca me viu andar a medir a fé de ninguém ou a catalogar alguém como herege por qualquer treta.
Há muita coisa que não me agrada na Igreja e nem quero chegar mais perto para manter intacta a grande parte com a que adiro e defendo.
Aliás, defendo totalmente a Igreja Católica, mesmo com os aspectos que não me dizem respeito.
É só para depois não virem os crentinhos pedir batatinhas e chagar com fé-tometro.
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E disse “pacote inteiro do grupo”.
V. leu por metade e eu nunca conheci um crente que depois não acabe por confessar que também há detalhes em que não vai…
Eu digo logo, para não chagarem. Porque, como também deve saber, não existe nada que me incomode mais que os inquisidores moralistas que passam a vida a fazer processo de intenção aos outros.
Isto acontece ideologicamente mas tem traços comuns com a crença religiosa. E nunca me agradou.
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Zazie,
Há, ou não há Deus ? Pode explicá-lo ou é só um, digamos sintoma, sensação, crença sem “sinal” ou prova ?
E Diabo ? Idem, sff.
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Isso não é agora tema para debate.
Para mim, há. Ponto final.
Acredito que Deus existe e não se prova por verificação experimental como nos testes de química.
Por isso mesmo é mistério e âmbito da fé.
Mas pode ler um texto do Umberto Eco que nem era crente, a propósito de um texto de Bento XVI onde formulava a questão e acabava por concordar com o Bento XVI
(à la Pascal, pode-se fazer como se existisse e há melhor resultado nisso do que pela negação. Porque a mensagem tem mais valor que a sua negação).
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Quanto ao Diabo, estou como o Robert Bresson- probablement…
eheheh
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aceite.
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Olhe. Vou-lhe confessar- apesar de só ter o baptismo e ninguém da família ser ateu, acho que foi com o Bresson que desenvolvi esse sentido natural de crença que sempre tive.
Foi mesmo.
Muito mais tarde, já muito recentemente, percebi a gigantesca importância da Religião Católica ao ter de fazer um levantamento fotográfico (para estudo) de todas as igrejas medievais e tardo-medievais de Portugal (incluindo Madeira e Açores).
Entendi como ainda era o principal factor que dava sentido a uma comunidade.
E isso é tão natural como beber-se água, na Madeira ou nos Açores.
Matar isto, em nome do laicismo partidário tem sido o maior crime democrático.
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Mas, quero com isto testemunhar que não se nasce ateu ehehe
E nem é necessariamente por obrigação familiar ou por impingirem doutrinação desde crianças que as pessoas passam a ter crença.
Eu sou naturalmente não influenciável e nunca fui ateia, desde que me conheço.
Mas também nunca fui à catequese, apesar de irmos à missa, de vez em quando.
O meu pimpolho teve mais formação religiosa do que eu e ficou um “não-ateu” sem culto.
Mas é de Ciência- de Física Quântica e nunca a Ciência serviu de moleta para passar para esse campo o que não é dele.
Porque também se interessou por Filosofia e eu tenho para mim que quanto mais aberto e cultivado é um espírito menos problemas existem e não se é dado a militâncias em nome do euzinho.
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Mas os comunistas e todos os materialistas marxistas têm de se tornar ateus porque não pode haver competição com os gurus.
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Quanto ao dogma cientóino, os artistas sempre foram superiores a essa forma básica de pensar, mesmo quando até podem ser ateus.
Caso do Buñuel:
Se me dice: ¿y la ciencia? ¿No intenta, por otros caminos, reducir el misterio que nos rodea? Quizá. Pero la ciencia no me interesa. Me parece presuntuosa, analítica, superficial. Ignora el sueño, el azar, la risa, el sentimiento y la contradicción, cosas todas que me son preciosas. Un personaje de La Vía Láctea decía: ‘Mi odio a la ciencia y mi desprecio a la tecnología me acabarán conduciendo a esta absurda creencia en Dios.’ No hay tal. En lo que a mí concierne, es incluso totalmente imposible. Yo he elegido mi lugar, está en el misterio. Sólo me queda respetarlo.
Luis Buñuel
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Outra demonstração do que é ser-se um ser humano exemplar e que engrandece os jogadores de futebol, a maioria dos quais de origem humilde e crescido em ambientes socialmente muito complicados, para dizer o mínimo. A elevada formação moral, bem melhor do que a caterva de políticos inúteis tem demonstrado, é o facto de – e só para dar um exemplo, mas há mais – Cristiano Ronaldo não querer ser tatuado por ser um dador de sangue. Já se reparou quão enorme de sentimentos é este homem, que por acaso é um jogador de futebol (dos tais que são permanentemente vilipendiados e ridicularizados pela esquerda baixa com a mania da sua superioridade intelectual, mas que como portugueses(?) valem zero e como políticos são uns pulhas do pior) e ele, Ronaldo, podia ser a pessoa mais egoista e desprendida de actos humanitários desta natureza e ser indiferente à dor alheia e às solicitações dos que mais precisam da solidariedade daqueles que de boa vontade a podem oferecer. Os reles políticos que nos desgovernam seriam porventura capazes de se privar de algo tão natural e tão na moda como são as tatuagens que toda a juventude, incluíndo a maioria dos jogadores, gosta de aplicar no corpo, para realizarem um acto tão nobre e tão altruísta como tornarem-se dadores de sangue, como o fez/faz Ronaldo? Tenho a certeza absoluta que nenhum deles o faria, são egocentristas em demasia e espíritos malsãos para se entregarem a tão elevada missão.
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Antes Cavaleiro do Reino Unido de Portugal, Algarve, Ilhas, Brasil e São João Baptista de Ajudá do que Comendador duma Republiqueta.
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