Saltar para o conteúdo

Salazar, 48 anos depois

3 Agosto, 2016

Tema do meu artigo no Observador: Os nossos líderes quiseram acreditar que bastava dizerem-se anti-salazarista para serem melhores portugueses e saberem o que era melhor para Portugal. Não bastava, como se viu e como se vê. Salazar morreu oficialmente há 46 anos, a 27 de Julho de 1970. Mas a sua morte política teve lugar dois anos antes quando, no dia 3 de Agosto de 1968, caiu no Forte de Santo António. Quarenta e oito anos depois de Salazar ter saído de cena onde estamos? A quem viveu o PREC basta fazer as contas e perceber que levamos sem Salazar aquele número mágico dos 48 anos que, em 1974, tudo explicavam: era a longa noite dos 48 anos do fascismo, os 48 anos de opressão, os 48 anos de miséria… num crescendo em que os 48 anos pareciam um século.

41 comentários leave one →
  1. Manuel permalink
    3 Agosto, 2016 10:26

    Gostei de ler. Podem alguns não gostar, mas devem ser confrontados com a realidade. A nossa terra já reabilitou o fado e o futebol levando para o panteão os dois maiores ícones dos mesmos: Dona Amália e o “Rei” Eusébio. No próximo ano teremos o aniversário das aparições de Fátima, esperemos pelo aproveitamento político. Por último, que homenagens estarão reservadas no futuro para o homem que descansa em campa rasa à entrada do cemitério do Vimieiro?

    Liked by 1 person

  2. 3 Agosto, 2016 10:27

    Agora vamos em 48 anos de corrupção,traição e perda de soberania.

    Liked by 1 person

  3. A.Silva permalink
    3 Agosto, 2016 10:36

    Ai que ai vêem uma manada de zombies salazaristas a carpir as suas dementes saudades…

    Gostar

  4. Licas permalink
    3 Agosto, 2016 11:21

    tem razão:salazar contribuiu para uma guerra ignobil e durão barroso idem;realmente as elites dirigentes não mudaram nada.

    Gostar

    • 3 Agosto, 2016 13:44

      & tu tens a pila mole oh beta-male de merda!

      Gostar

      • Licas permalink
        4 Agosto, 2016 11:28

        tipico agro beto marialva…ihihihihihohohohuhuhuh

        Gostar

    • nacionalista permalink
      3 Agosto, 2016 18:20

      Em 1961, devias ter estado de sorça no norte de Angola … aí sabias o que era ignóbil …

      Gostar

  5. 3 Agosto, 2016 11:24

    Ó Helena,o que você foi dizer!É um pecado mortal.Espere por muitos silvas.

    Gostar

  6. Tiradentes permalink
    3 Agosto, 2016 12:06

    Ó pá!! vc nem sabe quantos silvas com menos de 40 anos que sofreram perseguições da Pide, foram torturados e exilaram-se por conta dos seus ideaís. Isto para não falar de quase 10 milhões com mais de 40 anos. O ante-fássismo é um sistema coltural tuguês.
    Ainda noutro dia uma jovem de 46 anos descrevia em pormenor a “tristeza” económica e política que ela viveu na longa noite fássista

    Liked by 2 people

  7. marta nogueira permalink
    3 Agosto, 2016 16:23

    Desta vez confesso que não percebi muito bem o artigo…

    A ideia é que foi preciso criar o “mito Salazar” – que nunca tinha existido antes – depois do 25 de abril para que o “novo regime” tivesse algum (anti) referencial? Que precisava de um gigantesto saco de pancada a que chamou Salazar?

    Ou que tudo o que resultou do 25 de abril era tão vazio de ideias que a única coisa que conseguiu foi ser “anti Salazarista”?

    Nasci depois do 25 de abril e sempre foi ficando a impressão de que a “imagem/presença/cunho” de Salazar tinha estado muito presente até 1974…

    Gostar

    • 3 Agosto, 2016 16:51

      Não se inquiete vc sofre de “brainwsahed syndrome” * , não é a unica!

      * capture-bonding equivalente!

      Gostar

  8. Maria permalink
    3 Agosto, 2016 16:45

    Excelente texto, Helena. E inteligente. Salientando as diferenças entre os dois regimes, sendo este em que nos encontramos e ainda que tenha trazido alguns benefícios aos portugueses, comparativamente com o anterior e face ao que ficámos a perder, é o que sai indubitàvelmente em falta. Quem for suficientemente honesto não o pode negar. Muitos parabéns.

    Parabéns ao Josephvs pelos sempre oportunos comentários, bem como os símbolos patrióticos que publicou em resposta, presumo, a algumas alfinetadas dadas por outrem e direccionadas ao texto da Helena, acreditando porém estar em concordância com o mesmo.

    Gostar

  9. Juromenha permalink
    3 Agosto, 2016 18:24

    Certeiro.
    Aproveito a “boleia” para , chato e repetitivo, sugerir a leitura de “Salazar”, de Filipe Ribeiro de Meneses, insuspeito de quaisquer simpatias direitistas”.
    Como bónus , uma visão “para-anglicista” da primeira metade do sec.XX – e não só o europeu.
    .

    Gostar

  10. FRANCISCO GASPAR-NONÉ permalink
    3 Agosto, 2016 19:22

    Ai, que saudades, meu Deus: tanta corrupção, tanta vigarice, tanta comissão por fora, tantos amigos…Volta, António, estás perdoado!! Hoje o Povo já está a começar a abrir os olhos…Finalmente, já não era sem tempo!…

    Gostar

  11. Toi permalink
    3 Agosto, 2016 19:52

    Salazar e Marcello Caetano foram grandes estadistas que admiro. Foram materialmente desinteressados e morreram sem fortunas. Aqueles que assumiram o poder após 25 de abril nem lhes chegam aos calcanhares. Para quem goste de ler, procure pelo livro de Marcello, “Confidências no exílio”. Vale bem a pena. Bem podem chover Mários Soares.

    Gostar

  12. 3 Agosto, 2016 20:49

    Salazar foi o maior estadista português. Quando se esfumar a bruma da narrativa que escamoteia a verdade histórica, os portugueses poderão analisar e estudar o período do Estado Novo sem palas nos olhos. Não foi perfeito, no final da sua vigência ainda havia pobreza e necessidades de desenvolvimento, mas pergunto apenas: se Salazar não tivesse erigido um Estado por cima da miséria que era Portugal no fim da I República, como estaríamos em 1974? E como estaríamos hoje se os planos a longo prazo (não se governava à vista, como fazem os corruptos de agora, mas com planos e visão de longo prazo)? Todas as bases de um Estado moderno foram lançadas por ele. Todas as infra-estruturas (incluindo as escolas prometidas pela I República, mas nunca construídas para a alfabetização do povo) e o próprio Estado Social foram construídas por ele. Já há uma tese de doutoramento da Faculdade de Direito da UL sobre isso. É procurarem! O Estado Social não foi inventado pelos socialistas de meia-tigela, mas teve todas as suas bases lançadas por Salazar e Caetano.

    Os Discursos são um bom guia para o seu pensamento político e deviam ser lidos de fio a pavio. “Como se Levanta um Estado” é outra obra importante.

    Deixem morrer os figurões que estão vivos e escondem as verdades dos arquivos e muita coisa virá finalmente à tona! A PIDE tinha informações sobre todos os traidores de Portugal e sobre os mafiosos comunistas que matavam os seus próprios dissidentes. Ninguém podia abandonar aquela org clandestina. Se se arrependesse, era eliminado. E muitos eram informadores da PIDE ao mesmo tempo. Por isso os arquivos foram convenientemente roubados e postos a salvo na ex-URSS. Durante o salazarismo, morreram comunistas mas foram mais os que morreram às mãos dos seus correligionários do que do salazarismo. Quando é que os falsos historiadores contam a verdade inconveniente?

    Liked by 1 person

  13. Maria permalink
    3 Agosto, 2016 22:53

    Como não consigo nem por nada obter resposta positiva clicando nos respectivos “likes”, aqui deixo o meu apreço aos seguintes comentadores pelos seus comentários deixados nas últimas horas: Josephvs, Juromenha, Toi, Os corruptos que se cuidem.
    Todos excelentes. Parabéns.

    Gostar

  14. 4 Agosto, 2016 00:47

    Basta ver a forma inteligente e conhecedora como lidou com as diversas potências no teatro geoestratégico da II Guerra Mundial, como livrou Portugal da sangrenta guerra (coisa que o ordinário do Afonso Costa não quis fazer, levando para a morte milhares de soldados portugueses em vão) e ainda encheu os cofres do Estado (como compete a quem zela pelos interesses nacionais).

    Distinta também a sua inteligência da situação de Espanha e dos seus riscos para Portugal durante o franquismo (cuja tese na Academia Militar de Toledo tinha por título “Como Tomar Portugal em 10 dias”). Profunda visão da forma como a ONU era manipulada pelos interesses do dia e fazia o jogo das potências que cobiçavam as colónias portuguesas em África. Nunca Portugal foi uma nação com tanto brio!

    Salazar teve também a extraordinária percepção de como a África seria importantíssima para a segurança europeia no xadrez internacional e em relação ao mundo árabe. Mircea Eliade foi um seu admirador, assim como muitas outras personalidades da vida cultural europeia. Pelo contrário, os denegridores da Pátria e defensores de ideias alheias esforçam-se para que vingue a ideia de que o “ditador” não era bem visto, nem considerado, nem respeitado internacionalmente. Só não era bem visto por ser um entrave à pilhagem dos territórios ultramarinos pela ex-URSS e pelos abutres dos EUA, como depois viria a acontecer.

    A história deu sempre razão a Salazar. Quanto à realidade dos regimes comunistas (a revolta da Hungria foi em 1958 e já se sabia bem para onde iam tais regimes e partidos totalitários, por isso Salazar reprimia os representantes dessas ideias em Portugal – e bem! pois eram uma ameaça à segurança do Estado e só não o foram mais no pós-golpe de 25A 74 porque lhes travaram o caminho sangrento), quanto aos verdadeiros motivos das guerras de libertação no Ultramar, quanto aos futuros desequilíbrios africanos e segurança europeia, etc.

    Um verdadeiro crime que não se estude o seu pensamento nem as soluções que a II República encontrou para os problemas nacionais. É um atentado à Portugalidade e à nossa memória como Nação. Oxalá as próximas gerações se libertem da mentira historiográfica e pesquisem com independência científica, como aliás já se começou a fazer lá fora.

    Quanto a Marcelo Caetano, foi só o melhor administrativista português. O Brasil e a academia brasileira é que lucraram com a “purga” de intelectuais e professores de Direito portugueses. O Portugal abrileiro não mereceu nem merece outra coisa…

    Gostar

  15. Arlindo da Costa permalink
    4 Agosto, 2016 04:12

    Salazar foi uma personalidade célebre. Esperto e «rato». Sabia que estava lidando com gente cujo QI era manifestamente abaixo da média. Portuguesinhos da silva. Medrosos, covardes e minorcas.

    Neste dia que se assinala a efeméride da morte do Ditador, tenho que elogiar o mesmo pela sua esperteza saloia.

    O mesmo já não posso dizer dos seus pobres e néscios seguidores ou admiradores.

    Por um lado metem-me pena. Por outro fazem-me rir.

    Gostar

    • 4 Agosto, 2016 13:22

      Eh, eh… vai estudar, riquinho, vai estudar. Areja os teus miolinhos como deve ser. Olha, toma lá leituras edificantes de acções cometidas por “governantes” que, esses sim, sabem que estão a comer as papas na cabeça a arlindinhos da costa, portuguesinhos da silva, medrosos, covardes e minorcas.

      Até o papá da constituição responsável pelo nosso atraso diz coisas destas, coitado do senhor (ah, Arlindinho e seguidores: sabiam que a Constituição de 76 tão democrática e tão revolucionária, nunca foi plebiscitada e nem sequer votada pela constituinte? Mas Salazar plebiscitou a de 33, a que marca o início do fim da barafunda e da bandalheira da I República e prepara o terreno para erguer um país das cinzas e da miséria):

      “O constitucionalista Jorge Miranda defendeu, esta quinta-feira, que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, se devia demitir por ter viajado a convite da Galp para assistir a jogos da seleção de futebol no Campeonato Europeu/2016. “É inadmissível. É uma falta de ética espantosa. [Fernando Rocha Andrade] devia demitir-se”, disse Jorge Miranda à agência Lusa. Para o constitucionalista, “é espantoso que ao fim de 40 anos de democracia ainda exista um caso destes”. A edição online da revista Sábado noticiou na quarta-feira que o secretário de Estado Fernando Rocha Andrade viajou a convite da Galp para assistir a encontros da seleção portuguesa durante a fase de grupos do Europeu. A revista recorda que o “governante tem sob a sua tutela a resolução de um conflito fiscal milionário que opõe o Estado português à Galp desde que a empresa, ainda na vigência do anterior Governo, se recusou a pagar dois impostos que em conjunto superam largamente os 100 milhões de euros em dívida”.

      Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/jorge_miranda_defende_demissao_do_secretario_de_estado_rocha_andrade.html

      Gostar

  16. nacionalista permalink
    4 Agosto, 2016 10:56

    Pobre e néscio detractor … o teu riso e o do centeno são alvares e cavalares !

    Gostar

    • Licas permalink
      4 Agosto, 2016 11:27

      salazar era um chico esperto que achava que era mais esperto que os outros.condenou milhões á fome,á guerra,foi o unico responsavel pela descolonização á pressa,e ainda conseguiu tornar Portugal um estado paria pela ONU.chega?(e nem falei na PIDE)

      Gostar

      • 4 Agosto, 2016 13:23

        Não fales, querida Licas, não fales. Olha, mas podes falar na Formiga Branca. Sabes o que era, querida? Se não sabes, estás sempre a tempo de curar a tua excelsa ignorância bovina…

        Gostar

      • 4 Agosto, 2016 16:10

        O Licas é Trangenero tem a pila mole LOL

        Gostar

  17. 4 Agosto, 2016 15:51

    Para os interessados:

    http://repositorio.ul.pt/handle/10451/22521

    http://www.esferadocaos.pt/pt/catalogo_detalhe_ideias128.html

    http://www.counter-currents.com/2016/01/salazars-dictatorship-of-love/

    Excerto da apresentação acima, para os ignorantes que insistem na cantilena que lhes venderam (para fazer passar uma certa narrativa) do Estado pária (qual Estado pária? Pensavam os EUA e a URSS, que são quem arregimentava a ONU, que iam conseguir dobrar Portugal para lhes entregarem territórios cheios de diamantes e petróleo, entre outras riquezas minerais e geoestratégicas). Só não concordo com a de “totalitarian state”. Diria antes que foi um Estado totalizante, englobante, e não um Estado totalitário. Mas a definição de totalitário é como a de fascista. No EStado Novo, o único fascista era Rolão Preto e os seus apaniguados. Salazar correu com ele, obrigando-o a exilar-se. E seria já em “democracia” que este fascista a sério seria condecorado por gente igual a ele: Mário Soares. É ver o conceito de fascista na teoria dos regimes políticos e logo perceberão que Salazar nunca foi um. Porque se manteve essa narrativa tanto tempo e ainda há ignorantes que alinham nela? Esta é que é a pergunta dos milhões…

    Cá vai excerto, que mostra a evidente necessidade de se estudar o assunto sob muitos e diversos prismas:

    In light of these specifications, one can understand the miracle that Salazar has achieved: a totalitarian and Christian state, constructed not on abstractions, but on the living realities of his nation and its traditions. This creation is all the more remarkable in that it has been accomplished at the end of a political evolution that was violently antitraditional, anti-Christian, and passionately “Europeanizing.” Entire generations of Portuguese youth — some of them in good faith, others simply out of snobbery or spiritual drought — sought to drive Portugal from its traditional course and transform it into a “European country.” This book relates the history of these men and the results of their efforts. When Republican and democratic Portugal wanted to “enter” Europe, the moral misery and administrative chaos reached unimaginable proportions — and the presence of Lusitanianism in in European capitals made itself noticed in couplets. For a hundred years Portugal struggled to become a European country, borrowing from the Right and from the Left, imitating Parisian models especially; and much blood flowed in order to put an end to the “specter of reaction,” by which was meant tradition, monarchy, Christianity. And when the liberal ideas had triumphed and Portugal had become a country, at least by constitution, just like other European countries — the only reward was the refrain, “Encore une révolution au Portugal!”

    Europe did not begin to take account of Portugal until the day when it became itself again. The prestige this little Atlantic country enjoys today in Europe is simply amazing, if we think about its situation of twenty years ago.

    Liked by 1 person

  18. 4 Agosto, 2016 16:02

    Vale a pena ler as palavras de Mircea Eliade. Também foi criticado, mas como era um respeitado pensador, lá tiveram que levar com ele…

    http://novacasaportuguesa.blogspot.pt/2011/04/mircea-eliade-salazar-e-revolucao-em.html

    Outro intelectual português de vulto, cujo artigo no Expresso sobre Salazar é leitura indispensável e cala as bocas trongas arlindescas e quejandas:

    http://portadaloja.blogspot.pt/2014/10/salazar-por-antonio-jose-saraiva-que.html

    Liked by 1 person

  19. Toi permalink
    5 Agosto, 2016 13:46

    Obrigado Maria. A verdade é que a vasta maioria dos portugueses não se importa com a “verdade” que lhe metem à frente dos olhos e não procura evoluir. Orgulho-me de fazer parte de uma minoria politicamente desinteressada que procura a verdade da história acima de tudo.

    Gostar

  20. Zé da Póvoa permalink
    7 Agosto, 2016 14:33

    Não vejo qualquer problema que, numa sociedade livre e aberta, haja quem aprecie a figura e a obra de Salazar. Têm todo o direito como livres pensadores. O mesmo já não direi daqueles que, como a escrevinhadora, andaram durante muitos anos em lua de mel com a democracia, quando no fundo lhe devotavam o ódio mais profundo!!!

    Gostar

Indigne-se aqui.