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Os militares não são deste tempo?

11 Setembro, 2016

É cada vez mais difícil compatibilizar o funcionamento, a hierarquia e os valores das forças armadas, sejam elas constituídas por tropas especiais ou não, com sociedades em que os jovens apenas podem receber ordens se estiverem num programa de talentos culinários. Já a avaliação está reservada aos concursos televisivos. As vicissitudes do clima só as podem enfrentar nos festivais de verão. Desastres e acidentes resultantes do esforço físico só se toleram (e calam) caso os jovens sejam praticantes de um qualquer desporto, de preferência rentável ou medalhável. Já se comparou a polémica que rodeia a morte de militares com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?

36 comentários leave one →
  1. Almeida permalink
    11 Setembro, 2016 11:09

    Este é o pior argumento que se pode usar em defesa das tropas especiais. As mortes que ocorreram, não foram provocadas por consequências normais do treino. Foram provocadas por mau planeamento do treino.

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    • Carlos Alberto Ilharco permalink
      11 Setembro, 2016 13:17

      Não foram nada.
      Se houve um erro foi na pré selecção que não detectou alguma fragilidade ou como se afirma o uso de algum produto.
      O treino tem que ser duríssimo, igual a um teatro de guerra, e é por isso que 90% são eliminados.
      Quando (claro que nunca vai haver) um problema o senhor vai querer que haja tropa super especializada para o defender e não moços que desmaiam.
      Note mais uma coisa, são todos voluntários e em qualquer momento podem desistir.

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      • Monti permalink
        11 Setembro, 2016 18:04

        Igual mas no tanto.
        Afeganistão, temperatura registada, perto de base da mili: 67 graus. Solução: tendas climatizadas, pessoal e material protegido, paragens em conformidade.
        Opinion inicial comandante macho espanhol: nada de ar concicionado e comodidades afim. Ao ar livre, com tinteiros e tubos de cola a derreter ou pulverizar.
        Exageros de juventude.

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      • 11 Setembro, 2016 20:54

        A taxa de eliminação anda na ordem dos 45%.

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    • lucklucky permalink
      12 Setembro, 2016 11:20

      “As mortes que ocorreram, não foram provocadas por consequências normais do treino. Foram provocadas por mau planeamento do treino.”

      Como sabe?

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      • Almeida permalink
        13 Setembro, 2016 19:17

        Lucklucky:
        Porque não se actua no Afeganistão do mesmo modo que na Sibéria; porque oito soldados (segundo dados que vieram a público) afectados pelo mesmo problema, não permite dar muito crédito ao “acidente normal”.

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    • Almeida permalink
      13 Setembro, 2016 19:14

      Carlos Alberto:
      Embora também admita a sua hipótese, o número de acidentes ocorridos no exercício, é um indicador a ter em conta. Como provavelmente sabe, para além das aptidões físicas e psicológicas, devem ser previstos meios adequados ao cenário em que se actua. Ora, um golpe de calor a afectar tantos soldados, aponta mais para a minha hipótese do que para a sua.

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  2. JgMenos permalink
    11 Setembro, 2016 11:39

    A cretinice da Catarina é acto que só compromete uma tribo insignificante de cretinos residentes.
    Tudo o que subsiste é a dúvida sobre as capacidades de comando, que a disponibilidade para obedecer prova-se em mortos e estropiados.
    Tudo mais é jornalismo agoniante.

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  3. PSC permalink
    11 Setembro, 2016 12:30

    “Se vis pacem, para bellum!”

    MAMA SUME!

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    • Monti permalink
      11 Setembro, 2016 18:06

      Não impediu o fim do Império Romano com derrotas militares.
      Nem a perda dos dominios europeus nos ultramares.

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      • Carlos Alberto Ilharco permalink
        11 Setembro, 2016 18:46

        Dos outros não sei, mas a tropa portuguesa estava um século atrasada quando foi chamada a defender o Ultramar.
        Só a excepcional garra de muitos conseguiu colmatar a falta de treino e de material.
        A tomada de Nambuangongo foi um feito épico

        Click to access Opera%C3%A7%C3%A3o%20Viriato%201961___65499CAA-E708-4F27-8E9D-08D7331278DB.pdf

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      • JPT permalink
        12 Setembro, 2016 15:15

        Hmm. Deu para 500 anos no caso dos romanos (mais, se somarmos a República ao Império, e mais de 1000 se contarmos com o Romano do Oriente), e quase outros 500 no nosso caso. Não me parece pouco…

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  4. JCA permalink
    11 Setembro, 2016 15:48

    .
    Tropas especiais enquanto for assim, segundo estes polemicamente:
    .
    “a guerra é o sitio onde os Jovens não se conhecem nem se odiavam se matam entre si por decisão de Velhos que se conhecem e se odeiam mas não e matam entre si”
    .

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  5. Carneiro permalink
    11 Setembro, 2016 19:33

    O treinamento das Tropas de elite não pode ser tão selectivo ao ponto de eliminar por morte os menos fortes. Por isso, o argumento da selectividade, é limitado.
    O que se passou foi a impossibilidade de eliminar calor, talqualmente o Lazaro em 1912 quando se besuntou de sebo para correr a maratona em Estocolmo. A estupidez foi “apenas” essa. Os miúdos cozeram por dentro a 42 graus de temperatura. Talvez evitassem o desenlace se fizessem o exercício em tronco nú. Mas com a farda e restante equipamento e o instrutor a gritar que assim é que a patria seria bem salva… E o socorro não foi expedito. Teriam que ser mergulhados numa banheira de gelo para baixar a temperatura e não ficar a ver se passava. isto é o que diz qualquer técnico do INEM… O resto os rambos é que sabem. Mas desde, pelo menos, a época do napoleão que se sabe que se perde uma guerra pela qualidade das botas. E também pela transpirabilidade dos casacos. Alcacer Quibir parece que provou isso. Dizem….

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  6. JCA permalink
    11 Setembro, 2016 20:18

    .
    À margem do tema:
    .
    =No Comment: 3 Rules for Dealing With Internet Trolls
    .
    “There is only one thing in the world worse than being talked about, and that is not being talked about.”
    .
    https://www.psychologytoday.com/blog/psych-unseen/201609/no-comment-3-rules-dealing-internet-trolls
    .

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  7. 11 Setembro, 2016 20:49

    5 estrelas , o post.

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  8. Carlos Reis permalink
    11 Setembro, 2016 21:57

    D. Helena voluntarise-se nos Comandos e…

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  9. Colono permalink
    11 Setembro, 2016 23:33

    As catarinas e sus muchachas, jamais esqueceram e perdoaram os Comandos de Jaime Neves, por lhes ter acabado com bagunça do militar barbuda da 5ª Divisão!

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  10. Arlindo da Costa permalink
    12 Setembro, 2016 04:35

    Tenho saudades de ver as grandes paradas militares soviéticas, algumas delas recuperadas pelo Putin.

    Aquilo sim é que é amor e dedicação à Pátria. Brio e determinação ao marchar em frente dos seus líderes.

    Hoje as nossas Forças Armadas quando desfilam parece que vão atrás duma filarmónica.

    Deixem as Forças Armadas para os comunistas que eles é que sabem dessa matéria!!!!!

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    • honi soit qui mal y pense permalink
      12 Setembro, 2016 09:19

      Pois sabem , sabem. Era vê-los a marchar do Afeganistão .
      Encenação .Tal como no doping de Estado , há uma longa arte e escola da coisa .

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  11. oscar maximo permalink
    12 Setembro, 2016 13:29

    “Já se comparou a polémica que rodeia a morte de militares durante a instrução com o silêncio que acompanha as mortes súbitas de desportistas?”. Se calhar já se comparou, não a polémica, mas a relevância estatística, e é exatamente por esse distinto resultado que há polémica. Que não devia haver, uma vez que a ciência está bem estabelecida.

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  12. Licas permalink
    12 Setembro, 2016 15:22

    aproveitando a filosofia trump/Eastwood sempre se pode dizer que:mulher não mete o bedelho em assunto de homem(nem a catarina,nem a lenita),e alem disso qualquer macho latino sabe que 43 graus não é nada.cambada de maricas,como diria o dirty harry…

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  13. atom permalink
    12 Setembro, 2016 15:29

    Eu fui militar em Moçambique de 1996 a 1970… Alguns das senhoras ou senhores foram militares para sabermos se teem algum conhecimento de causa para serem assim tão assertivos nas opiniões sobre a vida militar? Não… é o que pensei…

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    • PiErre permalink
      12 Setembro, 2016 16:17

      “Eu fui militar em Moçambique de 1996 a 1970…”

      Ah, pois! Tásse memo a ver, não tásse?

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    • anonimo permalink
      12 Setembro, 2016 16:24

      E quantas rabdomiólises apanhou ? (Não, essas que está a pensar de caixão á cova não é a mesma coisa). Se não apanhou nenhuma, então também não tem conhecimento alguma de causa, não é ?

      A questão não é a parte militar do treino. É a parte do treino dos, por acaso, militares. E esse treino provocou rabdomiólise a alguns instruendos. E se provocou – e não poderia ter provocado -, o treino estava errado – ou na programação ou na execução. Não é preciso ir a Moçambique para perceber isto. Nem ser contra ou a favor dos comandos.

      O cerne da questão é a rabdomiólise que só ocorre quando o corpo humano desenvolve um calor excessivo pela pratica intensiva de exercicio e NÃO LHE É PERMITIDO PERDER ESSE CALOR.

      Fica na imaginação de cada um a quantidade de roupa com que os rapazes estavam a fazer exercício físico á torreira do sol.

      A questão não se coloca no nível de treino praticado. O qual foi igual ao dos outros cursos. Coloca-se apenas na refrigeração adequada àquelas condições concretas.

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    • EMS permalink
      12 Setembro, 2016 16:49

      Eu fui militar mas nunca participei em nenhum concurso de culinária. Não tenho portanto nenhum termo de comparação e estou assim condenado a não poder apresentar a minha opinião.

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      • EMS permalink
        12 Setembro, 2016 16:50

        PS.: Não ter participado em concursos de culinária provavelmente salvou-me de apanhar uma rabdomiólise.

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  14. Colono permalink
    13 Setembro, 2016 00:14

    ONDE CHEGA A DESFASSATEZ

    DOIS GENERAIS COMANDOS NA RESERVA, CULPAM O GOVERNO ANTERIOR PELAS MORTES DOS MALOGRADOS MILITARES…

    IMAGINEM: POR TER “ACABADO” “REMODELADO” . O ANTIGO H. MILITAR!!!!

    COMO SE EM LISBOA NAO EXISTESSEM HOSPITAIS SUFICIENTES E CAPAZES DE OS TRATAREM…

    A CULPA FOI PURA E SIMPLESMENTE DA DEMORA DE EVACUAÇÃO DOS MILITARES E DA PROVAVEL INEXPERIENCIA DOS MÈDICOS NO LOCAL!

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  15. Ruah permalink
    13 Setembro, 2016 16:42

    Tropa de elite como o Ranger, Comando, Fuzo ou Pára, tem que ter uma boa preparação. Não é um quaisquer cidadão que pode envergar tal distintivo. Mas tem que se nascer e preparar-se como tal. Quem não se lembra de Lamego. Ai Serra das meadas e dos cemitérios onde algumas vezes marrei com os queixos às duas da manhã. Mas havia um ranger da dentadura para chegar ao fim do curso. E o vocabulário dos instrutores? Esta tropa não é para maricas…

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    • anonimo permalink
      13 Setembro, 2016 17:20

      as 2 da manhã não estão 44 graus ao sol. Podia ter morrido de frio se estivesse em tronco nú no inverno. mas não é esse o caso que nos ocupa. parabéns por não ser maricas. Está dispensado, por isso, de actividades complementares.

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    • honi soit qui mal y pense permalink
      14 Setembro, 2016 13:08

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