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Soares

11 Janeiro, 2017
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Nas eleições presidenciais de 1986 votei em Mário Soares na segunda volta contra Freitas do Amaral. Votei conscientemente. Andei com autocolantes do MASP (ia busca-los à sede de campanha, no Saldanha e distribuía pelos colegas no Técnico) e estive no comício do Rossio onde ouvi o Rock da Liberdade, cantado por Rui Veloso com letra do cineasta António Pedro Vasconcelos.

Em 1986 Soares era muito merecedor desse voto.

Na história do pós 25 de Abril, a favor de Mário Soares tínhamos o Verão Quente, quando o PCP tentou instalar uma ditadura em Portugal (olhe que sim, olhe que sim) e ele esteve no lado certo da barricada sendo mesmo uma das figuras principais dos que lutaram pela democracia. Contra ele, o papel ainda hoje não completamente esclarecido que desempenhou na descolonização e que lhe garantiu o ódio desmedido de meio milhão de retornados.

Mas, mais do que histórias que em 1986 já tinham uma década, o que me fez votar em Soares foi o seu comportamento como primeiro-ministro do IX Governo Constitucional, o governo do Bloco Central. A quase bancarrota de 1983, ao contrário da quase bancarrota de 2011, não pode ser atribuída ao Partido Socialista. Se a primeira vinda do FMI foi consequência dos excessos do PREC, a responsabilidade da segunda bancarrota é do governo da AD liderado por Francisco Pinto Balsemão e que contava, entre outros, com Freitas do Amaral a Vice-Primeiro Ministro, João Salgueiro nas Finanças, Marcelo Rebelo de Sousa nos Assuntos Parlamentares e Basílio Horta na Agricultura.

Foi este governo que deixou Portugal numa situação de emergência e que nos obrigou a estender a mão ao FMI pela segunda vez desde o 25 de Abril.

O governo que se seguiu foi um governo consciente e que fez o que era necessário ser feito. Com um Tribunal Constitucional recém-criado e alinhado com os partidos do governo, as imposições austeritárias apenas tiveram como consequência levar o PCP e os sindicatos em ebulição para a rua. Foi o governo mais insultado da história. Os ministros eram enxovalhados a cada aparição, a cantoria de José Mário Branco contra o FMI (escrita na sequência da intervenção anterior) foi reavivada e passava a toda a hora na rádio pública. De Norte a Sul as paredes eram pichadas com frases anti-FMI, anti-Soares e anti-Governo. O Bispo de Setúbal clamava contra a fome e era o herói da esquerda radical que nunca compreendeu como é que se recupera um país falido e preferia desfraldar bandeiras pretas de indignação de manif em manif. Com a rua contra ele, Soares assumiu as suas obrigações com grande coragem.

Com a chegada de Cavaco Silva e a queda do Bloco Central, já com o país em início recuperação, a CEE a distribuir dinheiros a fundo perdido e o início da desnacionalização da economia vieram os anos de grande crescimento e em que Portugal se tornou num país normal enterrando grande parte do que restava das idiotices do PREC. Muito desse percurso que se seguiu não teria sido possível sem o governo que Mário Soares liderou.

Por isso, nas eleições de 1986 a escolha foi fácil. Soares, do governo que salvou Portugal contra Freitas do Amaral, do governo que quase nos tinha enterrado. E estive com Soares desde o primeiro momento, quando as sondagens que lhe davam 8% e instalavam Maria de Lourdes Pintasilgo como a putativa grande candidata da esquerda moderada.

O primeiro mandato de Soares foi pacífico. Como presidente impediu a instalação de uma primeira geringonça na sequência da Moção de Censura com que o PRD de Ramalho Eanes se suicidou, em 1987. Soares impediu a formação de um governo de derrotados e marcou eleições, dando origem às duas maiorias absolutas de Cavaco Silva.

A convivência pacífica entre Soares e Cavaco nesse primeiro governo fez com que Soares se apresentasse às eleições de 1991 com o apoio do PSD. O candidato da direita era Basílio Horta que, tal como Freitas de Amaral, o derrotado nas eleições anteriores, acabaria por se refugiar no PS. Nessas eleições votei em branco. Já pressentia o novo Soares que aí vinha. E com razão. Depois de 1991 foi sempre a descer.

No segundo mandato Soares fez oposição permanente ao governo, liderando a oposição de esquerda e contribuindo de forma decisiva para a vitória do PS nas eleições de 1995.

Depois, andou por aí. Foi para o Parlamento Europeu e quis ser presidente, mas foi derrotado por uma “dona de casa”. Em 2005 foi copiosamente derrotado nas presidenciais pelo mesmo Cavaco Silva que detestava. “Devo ir porque tenho condições para ganhar isto. O Cavaco, que disparate!”, dizia.

O pai da pátria teve apenas 14,3% dos votos, foi humilhado por Cavaco que conseguiu mais de 50% à primeira e pelo seu colega de partido Manuel Alegre que recebeu mais 350,000 votos que ele. 5 anos depois apoiou Fernando Nobre que repetiu os seus 14% e o terceiro lugar, vendo Cavaco ser eleito mais uma vez à primeira, com mais de 53% dos votos. E, não acertando uma, apoiou Sampaio da Nóvoa, o político com o discurso mais insípido e oco deste século que seria outra vez copiosamente derrotado para um candidato apoiado pela direita.

A isto somaram-se as derrotas sucessivas do seu filho no campo político (PS, Câmara de Sintra, Saída do governo). O clã Soares é agora perdedor sistemático e o ressabiamento do patriarca da família é notório.

As condecorações que foi recebendo e as homenagens que lhe foram realizando fizeram-no acreditar que ainda teria alguma coisa a dizer, mas a realidade é que os últimos anos de Soares foram penosos. A incompreensão pelo mundo que o rodeava que apelidava de neo-liberal a torto e a direito, a participação em eventos ao lado da esquerda mais radical, o apoio a regimes pouco recomendáveis como o Venezuelano e a defesa patética que fez do encerramento dos órgãos de comunicação social independentes por Chavez, o discurso ignorante contra a Sra. Merkel e a quantidade impressionante de tontices que debitou nos últimos anos de vida, tudo isto são coisas que não se apagam.

Como corolário, Soares brindou-nos semana após semana com os artigos mais confrangedores de que há memória.

Mário Soares foi um político que teve muito sucesso durante grande parte da sua vida, lutou contra uma ditadura, ajudou a impedir outra e fez parte de um governo que, de alguma forma, salvou Portugal. Pela minha parte, muito obrigado.

Mas não é o Pai da Pátria, o Pai da Liberdade ou o Pai da Democracia. Pai só do João e da Isabel. Descanse em paz.

 

 

 

 

 

32 comentários leave one →
  1. rui a. permalink*
    11 Janeiro, 2017 22:37

    Muito bem, João. Mas há uma coisa a acrescentar a crédito de MS: evitou uma «questão religiosa» com a Igreja Católica, a seguir ao 25A, tendo-a defendido, em vez de atacado. Ele, numa entrevista que lhe li ou ouvi, gabava-se disso: não ter cedido a quem queria, nessa altura, atacar a Igreja. E tinha sido fácil não o fazer.

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  2. licaslicas permalink
    11 Janeiro, 2017 23:00

    Bem, o que tem “estragado” a igreja é ter “invadido” a área política
    esquecendo a sua verdadeira missão. Fê-lo no Estado Novo oferecendo
    “Cerejas” ao ditador. Surgiu o 25 e tentou então “limpar-se” então num
    clima hosti . Se Márioi Soares “almofadou” possíveis colisões fê-lo porque
    lhe era necessário para construir uma “frente” unida contra o M-L . . .
    Não terá sido a razão?
    Nunca se viu defender “explicitamente” com continuidade tal organização.

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    • Carneiro permalink
      11 Janeiro, 2017 23:42

      A leitura que faz das relações da Igreja com o Estado Novo não é correcta do meu ponto de vista. A Politica é que necessitava da Igreja para os fins daquela e a colaboração nem sempre foi tão pacífica ou subserviente como o politicamente correcto gosta de simplificar utilizando a linguagem dos comunistas nestas matérias. E no 25A, surgiram pelo menos 3 “igrejas”. Uma guedelhuda, uma trauliteira e outra como a maioria do Povo, deixa-ver-o-que-isto-vai-dar-só-não-quero-é-a-russia. Meter tudo no mesmo saco….

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      • licaslic permalink
        12 Janeiro, 2017 00:50

        Os que desejam, mesmo forçando a realidade, inventar atritos
        significativos entre a igreja e o Estado Novo, sabem no +intimo
        que os dirigentes religiosos jamais apontaram para a defesa dos
        Direitos Humanos a perseguidos, encarceradose torturados pela
        Polícia Política. Permaneceram mudos e calados.
        Se, como diz, a Política precisava do apoio da igreja católica então
        esta perdeu uma excelente oportunidade de declarar-se neutra, o que
        seria formidávelmente util (dada a sua influência) para ajudar a deitar
        abaixo a Ditadura.
        Mas nada de parecido se verificou . . .

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      • licas permalink
        12 Janeiro, 2017 00:56

        Os que desejam, mesmo forçando a realidade, inventar atritos
        significativos entre a igreja e o Estado Novo, sabem no +intimo
        que os dirigentes religiosos jamais apontaram para a defesa dos
        Direitos Humanos a perseguidos, encarceradose torturados pela
        Polícia Política. Permaneceram mudos e calados.
        Se, como diz, a Política precisava do apoio da igreja católica então
        esta perdeu uma excelente oportunidade de declarar-se neutra, o que
        seria formidávelmente util (dada a sua influência) para ajudar a deitar
        abaixo a Ditadura.
        Mas nada de parecido se verificou . . .

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      • Tiradentes permalink
        12 Janeiro, 2017 08:11

        Porra licas….vc parecia estar a fazer a história dos diferentes partidos comunistas espalhados por esse mundo

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  3. 11 Janeiro, 2017 23:46

    O Regime Político pós-25 de Abril foi marcado pelo Mário Soares. Em boa hora atacou o ditador Cunhal, mas com o alastrar de afilhados do Mário Soares no aparelho do Estado e as cedências cada vez maiores aos comunistas, o Regime começou a apodrecer. O Regime do Mário Soares está cada vez mais podre e vai cair.
    Os rejeitados pelo Regime estão a levantar-se. O Governo do Passos Coelho foi uma boa investida contra os instalados, os beneficiários do Regime do Mário Soares. Como em todos os finais dos regimes políticos, são cada vez mais os incompetentes e os sabujos que aparecem a segurar o Regime. Veja-se a incompetência geral desta rapaziada que governa a geringonça. Alguns, como o Ministro da Educação ou o Ministro das Finanças são uns patetas alegres. É difícil encontrar algum membro do Governo actual que se aproveite. Alguns, como o Ministro da Saúde fazem um ar muito sério para parecerem o que não são. Enfim, uma miséria franciscana. E espera-se já no decorrer deste ano que alguns ratos abandonem o barco. A ver vamos…
    Compete aos portugueses patriotas e valentes, assumirem-se, avançarem, não terem medo de desmascarar toda a fantochada que encaminha Portugal para nova bancarrota e os portugueses para a miséria.
    Os juros que vamos ter que pagar a quem faz o favor de nos emprestar dinheiro estão já acima da fasquia dos 4%. Será que o bacoco do Ministro tem capacidade para se aproximar da atitude que o Teixeira dos Santos tomou na versão Sócrates?

    Entretanto a bebedeira da Esquerda continua.
    A ressaca vai tocar a todos.

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    • Rafael Ortega permalink
      12 Janeiro, 2017 19:00

      Este Ministro Semtino não vai ter a capacidade para perceber que está a bater na parede. Vai continuar alegremente a acelerar. O Teixeira dos Santos deixou o Sócrates fazer quase tudo, mas teve o bom senso de dizer que o que é demais é demais.

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  4. 12 Janeiro, 2017 00:24

    Assinaria sem receio este artigo, bom apesar de tudo, se não contivesse tantos louvores no ante 1991. No governo do Bloco Central ele foi o que foi porque tinha lá um Ministro das Finanças que não o deixou pôr o pé em ramo verde. O notável e saudoso Doutor Hernâni Lopes, um homem de uma envergadura e carácter únicos. Tive o privilégio de ter uma longa conversa com ele no Porto, num Congresso da Universidade do Porto. Quanto a ser o arauto da liberdade?!… Considero que o seu papel foi importante, na medida em que, oportunista como era, soube cavalgar a onda pela liberdade que se desencadeava, mais uma vez, a partir do Norte. Colou-se à Igreja e não a serviu, antes serviu-se dela. Porque era esperto, i.e, possuía-te aquela esperteza saloia, enganando os incautos, comunicação social incluída. Politicamente não tenho simpatia alguma pelo Mário Soares. Mas desejo, do fundo do coração, que descanse em paz e finalmente tenha visto e percebido que Deus existe.

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  5. licas permalink
    12 Janeiro, 2017 01:02

    Alto aí, M.Soares não inventou qualquer outro regime político
    além da Democracia Parlamentar, portanto a designação.
    “Regime do Mário Soares” além de formalmente absolutamente errada,
    dá a impressão de algo caluniosa . . .

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  6. licas permalink
    12 Janeiro, 2017 03:28

    Fiquei pasmado com os argumentos debitados, com a lógica
    irrefragável, com a argúcia e ao mesmo tempo apreciei a
    elevação, a orma literária que usou: muito bem vai obter um
    magote de adeptos . . .

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    • carlos alberto ilharco permalink
      12 Janeiro, 2017 08:36

      Não vai não.
      Como se vê pelos comentários, viram melhor quem era Soares do que o autor do artigo.
      Por vezes as lágrimas não nos deixam ver a realidade.

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  7. Manuel permalink
    12 Janeiro, 2017 07:13

    Foi agradável de ler artigo e comentários. É disto que o “Blasfémias” necessita para continuar a ser interventivo e uma referência nos tempos de incerteza que vivemos. Mário Soares foi figura do seculo XX e a história vai ser a grande juíza do seu papel.

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    • carlos alberto ilharco permalink
      12 Janeiro, 2017 08:38

      Pois vai, dentro de dez anos a História nem um rodapé lhe vai dedicar.
      Na historia pequenina a de Portugal, ainda vai precisar de menos tempo.

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    • PiErre permalink
      12 Janeiro, 2017 19:03

      E pá, ó Manel, já não me lembro quem foi esse gajo.

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  8. PiErre permalink
    12 Janeiro, 2017 08:50

    O artigo é uma bela efabulação, sim senhor. Temos aqui um novo La Fontaine na pessoa de JCD. Veio mesmo na hora certa e oportuna. Chama-se a isto estar sempre de olho aberto, à coca.

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  9. Rocco permalink
    12 Janeiro, 2017 09:17

    Pelos vistos, quem pressentiu desde sempre o gabiru que o badameco morto era fui eu, que sempre o detestei, desde pequenino e, claro nunca votei em nada que se aproximasse deste energúmeno.

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  10. Castrol permalink
    12 Janeiro, 2017 09:25

    Ora nem mais. Pai, só dos filhos dele, que a minha Mãe sempre foi mulher honrada!

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  11. PiErre permalink
    12 Janeiro, 2017 09:42

    “Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua.” Platão

    Foi só isto que Mário Soares sempre quis fazer. Apenas.

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  12. 12 Janeiro, 2017 10:18

    “a quantidade impressionante de tontices que debitou nos últimos anos de vida, tudo isto são coisas que não se apagam”.

    Claro que se apagam. São palavras e as palavras leva-as o vento. Os actos, a obra, essa fica para a História.

    Por outro lado muito do que critica são actos de um ancião. É desonesto, profundamente desonesto, classificar uma pessoa pelos actos e palavras no final da vida quando as capacidades cognitivas estão em decadência.

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    • PiErre permalink
      12 Janeiro, 2017 18:15

      “…no final da vida quando as capacidades cognitivas estão em decadência.

      Isso só um psiquiatra pode dizer (sobre a pessoa em questão, depois de a examinar). Os leigos não.

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  13. André Miguel permalink
    12 Janeiro, 2017 11:06

    Retornados o tanas, eram refugiados, isso sim.

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    • carlos alberto ilharco permalink
      12 Janeiro, 2017 12:41

      Sim, porque ninguém quis retornar, todos tiveram foi que fugir, os que conseguiram que muitos ficaram lá.

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  14. LDM permalink
    12 Janeiro, 2017 14:04

    Pobre Portugal, quando até a direita se desdobra em homenagens ao paizinho deste regime de bancarrota e corrupção, regime socialista em lume brando, pântano permanente que nos entorpece e diminui.
    Não me ouvirão louvar o falecido em agradecimento da Fonte Luminosa, teriam sido preferíveis 10 anos de comunismo gonçalvista, acabaria em 1989 com o Muro e hoje estaríamos vacinados contra o socialismo, essa sarna infecta das nações.

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    • licas permalink
      12 Janeiro, 2017 18:30

      ____10 anos de Gonçalvismo? NEM a brincar!
      e o muro não acabou com o Marxismo-Leninismo, como ainda alguns
      anos após o evento acreditei que iria acontecer . . .

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  15. SRG permalink
    12 Janeiro, 2017 17:57

    Houve pelo menos quatro coisas que MS fez enquanto político que me fez detestá-lo solenemente, e demonstrou com isso o seu íntimo. O enxovalho que fez à bandeira nacional pisando-a e cuspindo a mesma. Depois, a traição que fez juntamente com o seu camarada poeta através da Rádio Argel, dando informações das nossas posições no terreno quando fazia-mos operações, contribuindo com isso, para muitas emboscadas que nos foram feitas e cujas vítimas ainda estão por contabilizar. Outra acção também condenável foi sem dúvida a descolonização, a qual foi o responsável-mor, contribuindo para a debandada de milhares de pessoas com as consequências daí resultantes, e que dificilmente serão contabilizadas. Por fim, embora menos gravosas, as suas atitudes ditatoriais ao exprimir-se como se exprimiu em relação à candidata ao Parlamento. Europeu tratando-a como uma sopeira, e ainda o modo como destratou um elemento da sua guarda pessoal, já não falando na multa de transito em que o dito senhor teve a distinta lata de afirmar que o povo a pagava. Um político que se preze jamais faria estas e outras alarvidades com que nos brindou. Isto só prova que MS em toda a sua carreira política fez aquilo que muitos ditadores fizeram, e que os seus apaniguados não viram devido à sua cegueira partidária.

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  16. licas permalink
    12 Janeiro, 2017 18:38

    Diga-me cá, que condições reais havia para conversações
    com um povo insurrecto que desejava a jndependência já e completa?
    E como, com que força podertíamos agir se eles não estivessem para conversações?

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  17. lucklucky permalink
    12 Janeiro, 2017 21:07

    “ódio desmedido”

    Pois…

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    • Euro2cent permalink
      12 Janeiro, 2017 22:12

      Se fosse mesmo desmedido, duvido que tivesse chegado a 2017. Ou mesmo a 1977. Então com quem.

      Brandos costumes.

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  18. lucklucky permalink
    12 Janeiro, 2017 22:33

    E este também é um texto feito a partir de Lisboa.

    Não a partir de Rio Maior e a Norte.

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  19. campus permalink
    13 Janeiro, 2017 11:35

    O cronista esquece-se do apoio incondicional ao maior ladrão que passou pelo governo .

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