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“Je Suis” Energúmeno(a)

13 Janeiro, 2017

Caro Miguel Sousa Tavares,

Faço parte do grupo dos energúmenos do facebook e por isso, permita-me estas palavras:

A Soares eu não devo nada. Porque o combate contra a ditadura foi conquista de  gentes de norte a sul, materializado pelos militares de Abril, enquanto Soares fazia alianças com Álvaro Cunhal em Paris, visitava Rússia para angariar donativos, e recebia de Kadafi. O combate contra a ditadura comunista foi obra de Salgado Zenha, Grã Bretanha, EUA e militares portugueses. Soares foi apenas o burguês no exílio a quem a Internacional Socialista chamava de “Kerensky Português” e que seu amigo Zenha deixou que brilhasse com os louros.


Mas ele sim, deve-me e muito pelas 2 bancarrotas que nos trouxe miséria, pelas fundações para branquear donativos ao PS, a Fundação Mário Soares criada com dinheiro dos portugueses, o aberrante caso “fax de Macau”, pelo abandono dos retornados a quem deixou à sua triste sorte. Deve-me ética e moral na condução deste país, onde não faltou cunhas para o filho, marfins e diamantes, ajudas a corruptos, solidariedade vergonhosa a “Salgados”, “Sócrates”, “Craxis” e “Gonzalez”.

A rede que tanto despreza, é o canal através do qual o povo se expressa depois de uma Constituição feita à medida, por Soares e Cunhal,  lhe retirar o direito de o fazer no próprio Parlamento. Com toda a legitimidade.


Vou continuar a mandar calar meus filhos, na hora dos seus comentários na SIC, porque gosto de si, sem deixar de fazer uso desta minha liberdade  que Abril não conseguiu ainda dar pela totalidade, com a censura encapuzada na rede semeada ao serviço do establishment e que,  não se deve a quem quis silenciar quem lhe fazia oposição. A quem nunca foi verdadeiramente democrata e que ainda hoje, fruto desse legado Soarista, impõe presença de meninos no cortejo fúnebre com cobertura tendenciosa irrealista como na Coreia do Norte ou Cuba.


E se Soares se dirigiu como quis às grandes personalidades que partiram, porque haveria eu de ser diferente?


Se ser energúmeno é não ter medo de não seguir as massas e chamar os bois pelos nomes, então, sim! “je suis energúmeno(a)” com todo o gosto.

107 comentários leave one →
  1. 7anaz permalink
    13 Janeiro, 2017 16:51

    Apoiado com aclamação.

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    • Isabel silva permalink
      14 Janeiro, 2017 04:24

      Sou familiar próxima de companheiro socialista de luta pelo fim do regime anterior, que se revoltava sobretudo, com a existência da PIDE e era exactamente isso que ele contava. Quem era o estratega do Ps e até quem lançou o primeiro grito contra o v.goncalves e pc na Alameda e lançou o movimento de revolta foi também o Salgado Zenha. Depois o soares aparecia como prima dona. Essa pessoa deixou a actividade política pouco após o 25 por achar que estavam a fazer o mesmo que criticavam anteriormente: o assalto aos tachos para os quais não tinham competência. Quando lhe ofereceram a ele um desses tachos, ofendeu-se e cortou. Em tempos ainda eu tinha cartas de um dos manda chuva do partido a tentar convencê-lo a voltar porque estava enganada. Bem mais tarde, aos 80 anos, disse-me que andara a vida toda enganado. Politicamente, entenda-se.

      Pas: o que significa que, de novo, desapareceram os meus detalhes do fim do comentário?

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  2. Baptista da Silva permalink
    13 Janeiro, 2017 17:09

    Muito bem, a liberdade conquistada no 25 de Novembro é para ser usada, os novos PREC’s do politicamente correcto, dispenso.

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    • Cristina Miranda permalink
      13 Janeiro, 2017 19:17

      A liberdade e democracia não foi conquistada por Soares. Ele apenas participou dela como tantos outros, mas criou o mito que lhe deu protagonismo.

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      • JMS permalink
        13 Janeiro, 2017 22:55

        Tal como o pai do SNS ter sido o António Arnaut… pobre país de bezerros de ouro.

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  3. Duarte de Aviz permalink
    13 Janeiro, 2017 17:11

    Apoiado menos na parte de mandar calar as crianças. opr amor de Deus, deixe as criamças berrarem. O MST é um monte de esterco. Não sabe nada de nada. É um bebedolas e só diz bacoradas triviais.

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  4. Juromenha permalink
    13 Janeiro, 2017 17:14

    Faz bem lê-la.
    Quanto ao tavares, só me ocorre que não está à altura do pai.

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  5. globos douro permalink
    13 Janeiro, 2017 17:18

    energúmena

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    • Cristina Miranda permalink
      13 Janeiro, 2017 19:15

      A ideia era deixar no masculino como se de 1 slogan se tratasse. Mas obrigada pela achega.

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  6. Jorge permalink
    13 Janeiro, 2017 17:19

    Na mouche. os iluminados da nossa elite, tentaram branquear o lado negro do Marocas.
    MST É MAIS UM FUNDAMENTALISTA NO BRANQUEAMENTO.

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  7. 13 Janeiro, 2017 17:27

    Este comentário é um pouco off-topic, mas como só agora percebi quem era a autora:

    http://viasfacto.blogspot.pt/2016/09/a-carta-viral-mariana-mortagua.html

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  8. Arlindo da Costa permalink
    13 Janeiro, 2017 17:37

    Isto é para rir ou para chorar?

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  9. bentoluis permalink
    13 Janeiro, 2017 17:45

    Grande, grande texto! Incha Miguel que isto de ir de megafone dar vivas à revolução em cima da cabine telefónica é só para pais que foram uns senhores…

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  10. Manuel Assis Teixeira permalink
    13 Janeiro, 2017 17:56

    Tres bien… je suis energumeno aussi! Tal como já tinha escrito antes eu lamento mas sou energumeno, pertenço à direita estupida gosto de escrever em blogs onde assino com o meu nome e pasme-se não gosto nem nunca gostei de Mario Soares!:Será que vou para o inferno?

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  11. EuJoão permalink
    13 Janeiro, 2017 18:30

    Et moi aussi, je suis trés, trés, energúmeno!
    Curvo-me com respeito perante um formidável texto.Está tudo dito, parabéns.

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  12. SRG permalink
    13 Janeiro, 2017 18:52

    MST sempre pertenceu ao telelixo do jornalismo obediente, rafeiro e servindo de capacho para não perder as benesses dos Murdoch`s cá do sítio. Como advogado pendurou o diploma, se é que o tem, como comentador é mais um órfão do situacionismo mais bafiento, que nos servem habitualmente para não nos esquecermos que ainda existem.

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  13. José Domingos permalink
    13 Janeiro, 2017 19:05

    Mais uma vez parabéns, pelo desassombro em dizer ás senhoras, quem são os cavalheiros.
    Pode-se dizer de outra maneira, em português vernáculo.
    A chamada luta antifascista, antes do 25, está rodeada de tretas, muita mentira e muita nebulosidade.
    Apareceu em tempos, um livro, escrito por Patricia McGowan Pinheiro, “Misérias do Exilio”, onde se pode ler sobre as figura pardas desses tempos e que aparecem depois do 25, lavadinhos e sem nódoas.
    Muitos deles, agora reformados e pagos pelos nossos impostos, foram e serão sempre, uns merdas, demasiado miseráveis, para serem alguém na vida.

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  14. beirão permalink
    13 Janeiro, 2017 19:34

    Um perfeito artolas este MST, que se acha um iluminado. Por vontade destes pseudo democratas que, no fundo, lá bem no fundo, não passam de uns ditadorzecos, proibiam que as pessoas livremente se exprimissem nas redes sociais.
    Foi o povo que nas redes sociais livremente pôs à mostra a careca das muitas trafulhices de Mário Soares, que os media do regime transformaram em vaca sagrada com honras de altar.

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  15. Artista Português permalink
    13 Janeiro, 2017 20:06

    Muito bem Cristina. Só mais uma coisa: uns falam em pai da democracia; outros em pai do regime. Talvez esta última seja a mais próxima da verdade. E fico-me por aqui. Para bom entendedor…

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  16. 13 Janeiro, 2017 20:11

    O Caetano disse que era pai da bancarrota.
    E é. É o paizinho delas

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  17. 13 Janeiro, 2017 20:43

    M Soares, enquanto PR, visitou 57 países. As suas viagens totalizam 22 voltas ao Mundo!

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  18. FGCosta permalink
    13 Janeiro, 2017 20:55

    Soares apoiou a luta contra a hegemonia do PCP e restante extrema esquerda, não porque amasse a democracia e a liberdade, mas porque era o unico caminho para aquilo que ele verdadeiramente amava: o poder. Exatamente a mesma razão que anteriormente o fez sair do PCP: sabia que ali não tinha hipóteses contra Cunhal.

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  19. Kafka permalink
    13 Janeiro, 2017 21:20

    Bravo. Je suis avec.

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  20. Expatriado permalink
    13 Janeiro, 2017 22:24

    “Misérias do Exílio”

    https://sites.google.com/site/lancapatricia/home

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  21. ti miguel antonio permalink
    13 Janeiro, 2017 23:06

    a festarola deste regime podre e ladrão no funeral ”del capo” é uma vergonha.
    este grupo ”choradeiras profissionais” de políticos, jornalistas e afins são apenas chulos.
    obrigado pela objetividade e lucidez do texto.

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  22. Rocco permalink
    13 Janeiro, 2017 23:37

    Estive vários dias em blackout mediático em prol da minha sanidade mental… Vejo agora que a fantochada montada foi de vomitar. Mas ainda há quem ponha os pontos em todos os is.

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  23. avec toi permalink
    14 Janeiro, 2017 00:01

    Esta personagem inventada nas redes sociais é muito estranha. Pelo perfil do fb parece uma simploria de uma avec! Deve ser a primeira avec com queda para a política que eu conheço!

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  24. Viriato de Viseu permalink
    14 Janeiro, 2017 01:21

    Excelente texto, como sempre. Também sou energúmeno com muita honra, porque considero o filho do padre um traidor e causador de muitas desgraças e sangue.
    Neste momento estará na fila à porta do inferno. Vai ter que esperar muito porque se houve uma discussão tremenda entre o diabo e o Fidel, sobre quem é quem naquele edifício!!!

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  25. chipamanine permalink
    14 Janeiro, 2017 08:32

    Subscrevo.mas quer uma sugestão nunca mande calar os seus filhos por causa da TV para mais para ouvir esse burguesso e grunho do mst. Ser filho da sophia não é estatuto.

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  26. PiErre permalink
    14 Janeiro, 2017 08:34

    “Porque o combate contra a ditadura foi conquista de todo um povo em luta, gentes de norte a sul, materializado pelos militares de Abril,…)

    Conheço Portugal desde 1935 e nunca vi esse tal “povo em luta” contra o que quer que fosse. Eu apenas assisti a um golpe de estado cometido em 1974 pelo comunistas, que desgraçaram isto tudo e continuam.

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    • 14 Janeiro, 2017 10:33

      Sim. Não so utã ovelha mas também vivi o Estado Novo e nem tinha reparado nessa passagem.

      É absolutamente mentira que o povo português tivesse combatido o que quer que fosse a que se chamasse ditadura.

      O povo esteve sempre com o Salazar e com Caetano.
      Ninguém combatia nada e nem estava politizado. Isso era coisa de militâncias universitárias.

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    • 14 Janeiro, 2017 10:36

      Uns meses antes do golpe militar esteve foi o povo angolano a aclamar o Caetano e por cá a aclamá-lo no Estádio de Alvalade.

      Nunca houve a menor luta popular contra o Estado Novo.
      Dizer isso é já ter a cabeça feia pela revisão da História que as cavalgaduras escardalhas impingem logo na escola.

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    • 14 Janeiro, 2017 10:37

      E ainda bem que o Pierre notou. Os que estão vivos e conhecem os factos não devem deixar passar estas efabulações por quem não viveu ou apenas gatinhava nessa altura.

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      • Cristina Miranda permalink
        15 Janeiro, 2017 11:30

        Zazie, à época não gatinhava. Caminhava. O que sei do Abril 74 vem dia meus avos, pais, familiares que viveram, desde sempre, em Portugal, é de muitas, muitas leituras sobre o assunto. Testemunhos reais na família não me faltam. Tenho inclusive amigos e família retornados… Quanto ao seu Portugal do tempo da ditadura, ele era assim aos seus olhos, que na época não conhecia mais nenhuma realidade. Cheguei cá com 12 anoa em 78. Meu pai fugira da ditadura para construir 1 futuro lá fora. E ainda bem que o fez. Quando olhei pela 1 vez este Portugal em 76 (viemos pela 1 vez de férias a Portugal), foi como entrar num país do 3 mundo. Vinha do Canadá e nunca mais me esqueci da sensação estranha de entrar noutra dimensão: carros velhos, ruas e estradas estreitas, sem condições; casas velhas; os “supermercados” eram poucos m2 com prateleiras e meia dúzia de produtos; abundavam as ditas mercearias de pedir tudo ao balcão e a peso; não sabiam o que era coca cola; não sabiam o que era TV a cores; escolas com mesas e cadeiras velhas de pau; autocarros era 1 de manha cedo e outro ao fim do dia e tão velhos que mal conseguiam fazer a subida ao pé de casa; pessoas muitos ignorantes mas exageradamente religiosas(interessava ao regime) e tanto ainda que não tenho espaço para escrever tudo. Eu vinha dum país era exactamente o OPOSTO. Digamos que HOJE já não haveria esse CHOQUE. Portugal está, nesta parte, ao nível europeu. Não. A ditadura não nos fez bem se não às contas do país. Éramos “1 ilha” subdesenvolvida. Claro que quem veio depois não fez nada de jeito. Mas isso não se deve à democracia. Deve-se à FALTA DE QUALIDADE de quem se sentou na Assembleia Constituinte.

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      • 15 Janeiro, 2017 12:38

        Cristina- o sweu pai não fugiu da ditadura. Fugiu da pobreza. Tal como fugiram milhões de pessoas em todos os países, incluindo nas boas democracias nórdicas.

        Devia ter conhecido a sua bisavó que ela explicava-lhe o país que o Estado Novo herdou e como o alterou.

        Nenhuma dessas questões se deve á inexistência de sufrágio- deve-se a um contexto histórico de atraso que vem da República.

        Se quiser, pode até vir de mais atrás, do Marquês de Pombal que destruiu totalmente as boas escolas e ensino jesuíta.

        Nunca Portugal cresceu tanto como no tempo do Estado Novo- é factual e basta informar-se para não repetir disparates.

        Eramos um país muito mais desenvolvido que a Espanha que apanhou com a guerra e era uma autêntica miséria. Estávamos a crescer mais que todos os outros países quando se deu o 25 de Abril.

        V. só tinha de encontrar um argumento que unisse as condições reais do país à mudança que se deu a partir do 28 de Maio.

        Se conseguisse demonstrar que antes do 28 de Maio Portugal ia no bom caminho e foi devido ao Estado Novo iniciado com Salazar e continuado com caetano que tudo regrediu, sim. Podia ter encontrado uma boa ligação.

        Mas isso é falso e v. nunca poderia fazer essa afirmação sem fontes e as fontes que existem negam-na redondamente.

        Portanto- o que v. diz é vox populi. Sabem que houve um país pobre e com crise, Foram para outros mais desenvolvidos e depois acham que a explicação está na forma de governo.

        Mentira.

        Para isso ser verdade v. agora só tinha de explicar como é que a mudança de governo e a democracia e até o progresso material em geral em toda a parte, só conseguriam que Portugal regredisse por comparação com os restantes países da Europa.

        Se continuasse com o Estado Novo estávamos mais ricos que a Espanha.

        É apenas isto que se depreende e a democracia tinha vindo por si, porque já estava no ar, tal como toda a modernização.

        O problema foi outro- foi a descolonização que não se fez e a censura interna que alimentou os comunas e inventou heróis de resistência à esquerda que depois apenas queriam fazer uma Cuba na Europa.

        E tivemos a única revolução do género do pós guerra. Mais nenhum país da Europa passou pela experiência comunista que nós tivemos com o PREC.

        E foi isso que destruiu Portugal. Que tornou e torna inviável haver capital nacional e uma economia saudavel como existia no Estado Novo, em particular com Marcello Caetano.

        Se v. diz que esse mérito de destruição total de um sistema capitalista a troco de “democracia”- com expropriações de tudo, ocupações e nacionalizações é que foi o combate de um povo que ansiava a democracia, então resta dizer que v. não sabe nada de nada.

        Só houve acção popular no PREC. Antes não houve combate algum a nada de nada.

        O heroísmo que escreveu no post que se deve ao povo- foi este- a imbecilidade da populaça guiada por revoluconários besta, como o Mortágua das manas que agora mamam na Assembleia

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      • Cristina Miranda permalink
        16 Janeiro, 2017 09:06

        Zazie, retomando a minha história, meu pai dizia frontalmente que só voltaria a Portugal quando acabasse a ditadura. Quando soube do 25 abril, ficou eufórico e não quis ficar mais tempo no Canadá. O objectivo traçado, foi sempre esse: estar fora até acabar o regime. E assim foi: em 78 fez a malas e regressou. Quando a ouço falar desse tempo parece que está a falar doutro país, de tão bom que o descreve. Porém, a realidade é outra. Se foi assim consigo em Lisboa, se gozou de toda a liberdade sem medo, foi 1 sortuda. Não é verdade que só comunistas eram perseguidos ou só quem se metia na política. Eram todos aqueles que emitiam opiniões sobre a governação. Opinar era proibido a menos que fosse para fazer propaganda ao estado novo. A liberdade era condicionada. Havia 1 medo horrível porque era fácil ser-se acusado de conspirar. Além disso, a mão de ferro com que governou Salazar tornou o país atrasado, em léguas. Sim, na Europa Espanha e outros até podiam estar piores. Mas eu refiro-me AO MUNDO. E em 78 eu vi com os meus próprios olhos o atraso e a pobreza deste país. Sem falar do grau absurdo de iletrados. Tinha 12 anos. Não era de todo 1 pais de fazer inveja como descreve. Reitero que de todas as leituras sobre o assunto, a democracia foi resultado de lutas de gentes, da nossa gente, nas mais diversas formas. Aqui no norte muitas batalhas se travaram para impedir ditadura comunista. Está documentado. No fundo, Portugal era 1 bomba relógio, de gente falsamente senciosa. Meu pai sabia-o. Acreditava que iria explodir a qualquer momento. E por isso dizia que voltaria assim que o regime caísse. Antes que divagam sobre ideologias do meu pai, informo que ele não era comunista (foi PPD ferrenho). Apenas alguém que não sabia viver sem liberdade. Porém, é verdade também que, depois, já cá, é com governos de merda, disse muitas vezes que FAZIA FALTA 1 HOMEM COMO SALAZAR. Referia-se à seriedade e mãos firmes na governação, com responsabilidade financeira. Mas isso, é outra história…

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      • 15 Janeiro, 2017 12:38

        Portantos, deixe ver se eu entendo a ditadura era má porque tinha “carros velhos, ruas e estradas estreitas, sem condições; casas velhas; os “supermercados” eram poucos m2 com prateleiras e meia dúzia de produtos; abundavam as ditas mercearias de pedir tudo ao balcão e a peso”

        A Cristina tem uma noção um pouco esquisita de democracia e ditadura.
        Suponho que a China comunista cosmopolita já é boa, tem lá Coca Cola. Agora “percebo” porque os “liberais” gostam tanto de fazer negócios com ela e Angola. E parece Cuba também irá fazer parte agora da sua lista de regimes bons.

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      • Cristina Miranda permalink
        15 Janeiro, 2017 23:38

        Não entendeu ou não quer entender o que escrevi. Sabe muito bem a que me referia.

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      • 16 Janeiro, 2017 10:30

        Cristina- se o seu pai era activista é outra coisa.

        Se quer falar de como era Portugal- com fontes- com faactos- já lhe disse- vá ao Portadaloja.

        Aí pega-se nos artigos e vê-se e afere-se. Não é o seu pai contra a minha família, nem se trata do “meu caso”.

        É uma questão histórica e factual. Não existiu ditadura mas um regime autoritário- quem mais “lutava” contra esse regime era quem queria uma verdadeira diradura à URSS ou Alemanha do Leste.

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      • 16 Janeiro, 2017 10:36

        Como é que v. pode dizer que “opinar” era proibido se os jornais eram de Esquerda e toda a esquerda que aparece deposi do 25 de Abril já militava activamente em toda a parte?

        Como é que pode dizer que “opinar” era proibido sem ser fazer propaganda ao regime quando a oposição democrática estava na Assembleia e a outra que não estava teve até direito a Congresso livre em Aveiro?

        E as tertúlias de cafés? o que foram? foram propaganda ao Estado Novo?

        E todo o marxismo-eleninismo publicado e traduzido, foi o quê? fantasia de editoras em propaganda ao Estado Novo?

        Isto foi um regime sui gfeneris.

        Das duas uma- ou v. quer ser política filiada em partido- como já es´ta- desconhecendo o passado de Portugal por causa da emigração da sua família- ou tira as palas e informa-se.
        ´
        É consigo. è livre de escolher o que entende. E eu não vou doutrinar ninguém. Aponto-lho o lugar onde pode encontrar recortes de jornais da época com toda essa História e esse passado que mais ninguém se dá ao trabalho de mostrar.

        Só factos. Nada de interpretações- nada de ideologia- um exercício para o próprio e para quem viveu recordar e pensar.

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      • 16 Janeiro, 2017 10:37

        O tal atraso de um país velho e sem “supermercados- uma ilha de miséria- tem-na aqui

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      • 18 Janeiro, 2017 19:39

        Cristina,

        O que lhe deixei são factos que podem interessar a quem se interessar pelo passado de Portugal.

        1- Como é que sabe que eu não conhecia mais nenhuma realidade a não ser a de Portugal?. Não me conhece de parte alguma para saber o que eu conheci ou deixei de conhecer e tentei-lhe explicar que não é questão pessoal mas nacional.

        Se quer ficar na sua, fique. É lvre disso. Apenas lhe faço lembrar que com essa ideia errada de um país atrasado, apenas está a contribuir para fazer passar o mito da escardalhada.

        Economicamente tinhamos um sistema sólido que foi destruído.
        O resto era uma forma de governo que deveria alterar-se como se alterou em Espanha.

        Quanto à realidade canadiana, eu não a vivi, mas conheci quem por lá viveu na mesma altura que a Cristina e o que sempre me contaram (e até a cinematografia mostravaa) era um país de costumes mil vezes mais puritanos que o nosso.

        Se nós éramos a tal ilha de miséria, a Espanha era uma ilhota por comparação.

        Os iletrados eram muitos, mas não tantos como a historiografia de esquerda faz passar e eram mais sábios qeu agora. Porque a mera 4ª classe permitia saber-se mais do que agora com o dobro de escolaridade.

        A dita madeira velha das escolas era como a madeira do mobiliário. Se não conheceu as mesas da Biblioteca Nacional, perdeu muito. Porque eram lindas e da mesma autoria do arquitecto. Arquitectos que chegavam a ser enviados pela Europa e até à Alemanha, pelo Salazar, para trazerem para cá o que de mais avançado e moderno se fazia.

        Veja a arquitectura do Estado Novo e depois repita o que disse e vai ver que é asneira.

        A madeira também era excelente em fabrico de mobiliário que agora se vende como vintage. Os móveis Olaio.

        Conte-me lá se é a IKEA que trouxe melhor ou o que se fez quando tudo isso foi destruído.

        Depois tinha as fábricas, as indústrias- deixei-lhe aí uma lista com nomes de todos esse capitalismo privado.

        Acabou. Por isso é que quando andei em viagem em trabalho e via terras onde nada havia mas brutos carros e grandes prédios, percebi que era tudo falso a viver de serviços.

        E um dia vinham os credores e esta mentira acabava,

        Está a acabar. Entenda isso. Eu entendi há perto de 20 anos atrás e daí ter empurrado os meus daqui para fora.

        Mas a Cristina ainda votou Sócrates, depois de tanta experiência moderna e estrangeira.

        Ora eu, a tal saloia que v. acha que nunca daqui saiu, nessa é que nunca caiu.

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    • Cristina Miranda permalink
      14 Janeiro, 2017 13:48

      O combate não se faz apenas nas ruas. Lamento. Muita gente foi presa..A “luta do povo” de que falo, é luta de “gentes” que queriam viver 1 país democrático. Nesse tempo, não se dava visibilidade a isso. Pelo contrário. É próprio das ditaduras iludir. Fazer de conta que se vive 1 país maravilhoso e único. Faz parte.

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      • PiErre permalink
        14 Janeiro, 2017 14:05

        A Cristina parece querer reescrever a História, mas olhe que os comunistas é que são campeões disso. E há cá muitos, infelizmente. Eles também falavam muito em democracia, até os países deles tinham todos esse rótulo.

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      • 14 Janeiro, 2017 14:15

        Que gentes?
        Quem é que era preso sem ser comunista?
        Ninguém. Ninguém combatia nada. Apenas houve gente manipulada pelo PCP- até o mito da Catarina Eufémia é isso mesmo- um mito.

        Se a Cristina não viveu esse tempo pode aproveitar para se informar com fontes no Porta da Loja.

        Eu vivi e sei que é treta. As pessoas faziam a sua vida, de forma honrada (como hoje nem fazem) e não queriam saber de política para nada. O Estado não interferia nas suas vidas.
        Existia a Igreja e essa sim, estava próxima do povo e fazia o trabalho que agora nem partidos nem psiquiatras conseguem.

        Ninguém sabia que treta era essa da Democracia. Eu dei por isso apenas na faculdade e por causa da censura.
        Mas isso era coisa académica- nada tinha a ver com “movimentos populares a lutarem pela democracia”.

        Até porque todas as democracias tinham censura e coisas tão altamente modernas como os bidonvilles em Paris.

        Do ponto de vista dos costumes, sim, havia diferenças mas nem o povo queria saber disso. Os hábitos populares sempre estiveram afastados de modas e não eram os media que faziam a cabeça das pessoas.

        Por outro lado, no caetanismo isto estava já bastante modernizado e desenvolvido e o povo nem sabia o que era desemprego.

        Sabia o que era a guerra e ia para lá, porque tinha a noção de patriotismo.
        Não havia esta imbecilidade importada dos estrangeirismos e não era pela bola que se sentiam patriotas.

        Era por gosto do seu país, do seu passado (que se aprendia na primária) e por uma forma de ética honrada onde a palavra contava e os mais velhos eram respeitados.

        Por outro lado, os políticos eram grandes senhores que não davam maus exemplos nem roubavam.

        Ninguém ia lutar contra bons exemplos a troco de palavras vazias como essa da “democracia” ou da “liberdade”.

        isso não se come. Não sabe a nada. Ninguém precisa de palavras vazias ,excepto os que passam a comer delas.

        E a dita democracia existia no parlamento com vozes discordantes que até tiveram possibilidade de fazer congressos de oposição.

        Portanto, isto nunca foi fascismo, nem ditadura, foi um regime autoritário sui generis e com grandes políticos à sua frente.

        Nunca mais tivemos nada que se assemelhe.

        E eu era do contra e agora só posso concluir que se mudou para pior, apesar de continuar a defender a liberdade e ser contra todas as formas de censura.

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      • 14 Janeiro, 2017 14:23

        É um gigantesco disparate ideológico imaginar-se um povo bem governado e com gosto pela sua Pátria a lutar em nome de uma treta de alternância partidária.

        ninguém queria botar faladura. Tinha.se a noção do seu lugar. Quem estava em cima não estava em baico. Estava em cima porque sabia os que em baixo não sabiam fazer.

        Com o PREC virou-se tudo de pernas para o ar e apareciam comunas debaixo das pedras.
        Uma loucura. Uns tinham sido bufos uns dias antes e viraram casacas e depois foi a loucura de se fingir que o povo estava a mandar.

        Deu-se Poder à populaça e os cretinos dos “líderes da populaça” lideraram merdas de expropriações e ocupações em nome do grande prazer da inveja.

        Foi pelos instintos mais baixos do ser humano que se destruiu um sistema que funcionava muito bem.

        E ficámos a mendigar em nome de patranhas como essa de “dar voz ao povo e igualdade”.

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      • 14 Janeiro, 2017 14:29

        Trabalhar e poupar era o lema de toda a gente.

        Ser-se honrado, não se dever nada a ninguém e ser-se honesto não eram palavras vãs. Era uma ética reconhecida e podia-se ter uma vida digna agindo assim.

        Vivi isso na minha família. O negócio de várias gerações prosperou pela poupança pela honradez e pela procura do melhor no ramo. Fazer o melhor. produzir o melhor e vender o melhor eram qualidades que geravam lucro.

        Hoje é anedota dizer-se isto.

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      • 14 Janeiro, 2017 14:44

        Olhe, controlar-se a populaça fingindo que se está a dar-lhes voz para vender um “país maravilhoso” mesmo que na bancarrota foi o que se passou a fazer.

        O país era, de facto, maravilhoso. Acredite. O que ainda tem de bonito, até de arquitectura, é obra do Estado Novo.

        O que veio depois foi merda que destruiu tudo- incluindo o Algarve que ficou irreconhecível.

        Já foi um pa´si maravilhoso- foi- no tempo da Monarquia e no Estado Novo.

        Por muito que se tenha agora mais em termos de meios- o resultado é um fiasco- a começar pelo analfabetismo de papel passado.

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      • 14 Janeiro, 2017 14:49

        “É próprio das ditaduras iludir. Fazer de conta que se vive 1 país maravilhoso e único.”

        É, é isso mesmo, por isso que 40 anos depois de “democracia”…

        http://www.publico.pt/2007/03/26/portugal/noticia/salazar-eleito-o-maior-portugues-de-sempre-em-programa-da-rtp-1289390

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      • 15 Janeiro, 2017 01:18

        “A Cristina parece querer reescrever a História, mas olhe que os comunistas é que são campeões disso. E há cá muitos, infelizmente. Eles também falavam muito em democracia, até os países deles tinham todos esse rótulo.”

        Como a República Democrática da Alemanha que era comunista! LOL

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      • 15 Janeiro, 2017 12:47

        Já lhe disse que os presos pertecnciam a organizações comunistas. E o comunismo era proibido por lei.

        O comunismo também esteve proibido em Inglaterra e nos EUA e também aí muita gente foi presa e perseguida por actividades contra o Estado.

        Ninguém era preso por querer democracia.

        mais- todos esses revolucionários clandestinos detestavam a democracia. Gozavam com aqueles a que chamavam “democacas” e esses democacas eram os da oposição que faziam congressos livres, como o de Aveiro.

        A oposição democrática estava na Assembleia.

        A oposição comunista é que estava cá fora a minar tudo. Fora isso havia a extrema-esquerda nas universidades, algunas na tropa e organismos estatais.

        Não tivemos oposição democrática clandestina. É falso, Mas é verdadeiro que não cresceu uma alternativa democrática.

        Entender isso é o que o José do Porta da Loja tenta fazer há anos.

        Vá lá que lá só se aprende sem palas, sem doutrinas, apenas com fontes.

        Ele tem chegado a um ponto a que eu também chego:

        Dois erros- a não descolonização atempada

        – A permanência de uma censura idiota e ineficaz internamente que só aumentou o comunismo e inventou uma mitologia de heróis combatentes, comunistas e foi esse comunismo que depois rapidamente tomou conta de tudo logo a seguir ao 25 de Abril.

        Por falta de desmontagem interna da mentira comunista. Eram perseguidos mas não eram criticados por mais ninguém porque não existiam grupos democráticos em alternativa

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      • 15 Janeiro, 2017 12:51

        Agora isso é verdade- ou seja- a descolonização, quanto a mim, era inevitável e se tivesse sido feita, não era preciso golpe de Estado nenhum.
        Se a censura tivesse acabado e fossem permitidos partidos como o pcp, seria natural aparecerem outros a desmontarem a fossilidade e malignidade do comunismo e não tínhamos tido o PREC.

        Fora isso, aquilo que estava excelente é a única coisa que a Cristina se lembrou de atacar erradamente- o bom do nosso sistema económico com um crescimento e desenvolvimento ímpar.

        Bastava que esse sistema tivesse ficado intacto e a mudança para um regime de sufrágio tivesse acontecido- tal como em Espanha, que não tínhamos esta triste sorte de mendigar ao estrangeiro e termos o país vendido a credores.

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      • 15 Janeiro, 2017 13:27

        Leia aqui este comentário ou consulte fontes oficiais que estão publicadas.

        A economia do Estado Novo estava mais que saudável. Salvou um país na miséria do caos das revoltas republicanas. Salvou-nos da Guerra, e deu um crescimento económico, desenvolvimento industrial e de infra-estruturas ímpar.

        As pessoas emigram por diversas razões- algumas apenas em busca de melhores condições de vida e isso é bom. Não tem de ser triste sina e não se chama a isso fugir da Ditadura.

        Na minha família ninguém emigrou e tal não se deve a terem nascidos todos ricos. O que maior riquesa construiu e deixou foi o meu bisavõ transmontano que apenas aprendeu a ler e a escrever com o padre da terra. Era filho de caseiros e veio para Lisboa em garoto.

        Subiu na vida por trabalho, inteligência natural e cultivou-se. A biblioteca de família foi na sua maioria obra dele.

        Portanto, com República ou Ditadura sempre houve mobilidade social e não estava toda a gente condenada à miséria ou era presa por isso.

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      • 15 Janeiro, 2017 13:33

        Aliás, nem ´é assim. Na minha família emigrou sim, o meu filho. Há 16 anos e fui eu quem o empurrou daqui para fora.

        Precisamente porque, ao contrário da Cristina, vivi o Estado Novo em idade suficiente para compreender as coisas e vivi as bancarrotas socialistas e tive a mais inteligente percepção há 16 anos atrás, que isto ia estourar de vez.

        Por ter vivido o Estado Novo e o PREC em idade para entender o mundo e o meu país.

        Felizmente safei o meu filho. É a única coisa que tenho a certeza e para que serve entender-se o mundo sem ser por dogmas ou chavões ou tretas ideológicas e partidárias.

        Realismo. Realismo e previsão de para que serve uma destruição comunista. Em toda a parte, em todo o mundo.
        A populaça guida por comunistas destroi tudo.

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      • 16 Janeiro, 2017 10:39

        As “vítimas” aqui

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      • 16 Janeiro, 2017 10:42

        Mais atraso do Portugalzinho bafiento e miserável aqui

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      • 16 Janeiro, 2017 10:43

        Mais atraso que foi obra do Estado Novo

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      • 16 Janeiro, 2017 10:44

        A informação no Estado Novo

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      • 16 Janeiro, 2017 10:46

        Nos anos 50

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      • 16 Janeiro, 2017 10:47

        O tal de antifacismo

        e já ponho mais…

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      • 16 Janeiro, 2017 11:31

        A <a href=http://portadaloja.blogspot.pt/2015/08/a-censura-e-liberdade-de-informacao.html ideia de censura no Estado Novo

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      • 16 Janeiro, 2017 11:32

        A censura militante do PCP em democracia

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      • 16 Janeiro, 2017 11:34

        A censura de Salazar e o tal “Portugal amordaçado” onde nada se podia ler, nem comentar, nem publicar”

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      • 16 Janeiro, 2017 11:43

        O <a href=http://portadaloja.blogspot.pt/2013/06/o-teatro-de-massas-para-analfbetos.html teatro de massas para analfabetos antes do 25 de Abril

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      • 16 Janeiro, 2017 11:46

        A a aparição do “fascismo” em Portugal com data, de quando esse termo passou a ser usado e como

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      • 16 Janeiro, 2017 11:49

        Salazar, Marcello Caetano e o fascismo

        Pode começar por estes textos que são fontes e depois voltamos a conversar, se assim quiser.

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      • Cristina Miranda permalink
        18 Janeiro, 2017 17:55

        Zazie, obrigada pelas leituras. Antes de me pronunciar, saiba que não estou em total desacordo consigo e gosto muito destes debates. Pena eu ter tão pouco tempo disponível. Comecemos pela frase infeliz que queria dizer o oposto do que acabei por transmitir. Mas pronto. Assumo esse erro. Eu escrevo com base naquilo que li e leio ao longo da vida mas, também com testemunhos reais, muitos chegados através do messenger do meu perfil do facebook, sobre variadíssimos temas, que as pessoas partilham. São histórias de vida muito reveladoras. A última dizia-me que o marido quase foi preso por não querer votar no Salazar. É só 1 exemplo. Mas calma. Não estou a dizer com isto que ele governou mal. Não misture as coisas. Ele foi de facto extraordinário nas finanças de Portugal que, à época em que Carmona o convida para ministro dessa pasta, estava completamente em falência. Como financeira que fui de várias empresas, subscrevo a forma como agarrou o desafio e o transformou em sucesso: Portugal ficou, tal como ele previra caso aceitassem as suas condições, superavit. Eu faria exactamente da mesma forma. Hoje fazia falta alguém assim nas nossa contas. Sem falar da honestidade e sentido de Estado que esse senhor tinha e inteligência e saber ímpar. Mas não defendo ditaduras. Tudo o que restringe liberdades, atrofia-me. E conhecendo-me bem, se tivesse vivido esse tempo cá, duvido que não fosse presa pelo menos 1 vez ou duas. Digo isto porque sou muito insurgente. Não consigo estar calada sobre o que não concordo. E só isso me basta para abominar as ditaduras. Sim, tem razão, a nossa era mais “soft” mas era ditadura. Quanto ao que vi à minha chegada em 76 de férias e depois em definitivo em 78, não há volta a dar: Portugal era mesmo 1 mundo à parte. Muita pobreza, poucas infraestruturas…enfim … não preciso, penso eu, alongar sobre isto. Mas sei compreender os porquês. Bem haja por toda esta discussão saudável sobre este e outros assuntos. Gosto muito de a ter por cá com esses sentido crítico apurado. Bem haja.

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      • 16 Janeiro, 2017 11:56

        Só mais este a propósito da “origem do fascismo”

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      • 18 Janeiro, 2017 19:51

        Para resumir deixo apenas duas questões.

        Se quer saber o que o Estado Novo fez e nem lhe interessa sequer entender como era antes- então eu dou-lhe apenas 2 exemplos que mais nenhum país europeu conseguiu fazer:

        Angola e Moçambique. Fora países feitos de raíz em menos de um século. Veja o que foi feito e depois, se ainda persistir em teimar, desafio-a ao seguinte.

        Se está certa e nem tem a menor dúvida que Portugal do Estado Novo foi aquilo que por aqui, em comentários, escreveu, então passe essas palavras para um post da primeira página.

        Porque eu acho que é questão vital isto ser debatido e também gostava de ver os restantes blasfemos e restantes bloggers que se dizem de Direita a pronunciarem-se.

        Com um ponto prévio da minha parte que também já devia ter ficado claro-

        Nunca fui salazarista; era do contra por causa da falta de liberdade de expressão e da estúpida censura. Só agora dou valor a esse passado e eu própria tenho vindo a mudar de opinião ao consultar as fontes.

        Isto pode parecer inútil para o presente mas há quem pense que nenhum povo pode viver sem História ou com uma falsificação acerca dela feita de modo idológico pelos vencedores.

        Eu sou de História. Sei que nas faculdades este tema continua a ser tabu e sei que a juventude leva lavagem cerebral moralizadora em torno do espantalho do “salazarismo; da “ditadura, do “facismo”.

        Não sou política, acho que nunca conseguiria sequer sê-lo; mas mesmo não sendo, ainda sou portuguesa e nunca gostei de doutrinações.

        Se não me deixei doutrinar quando a propaganda era grande; não será agora, quando se vende liberdade.

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  27. 14 Janeiro, 2017 10:40

    Pode-se é afirmar sem deturpar nada que o Estado Novo foi um regime verdadeiramente popular.

    Já o abrilismo foi um regime verdadeiramente de caciques com instrumentalização do pessoal das barracas pela moral da inveja.

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    • PiErre permalink
      14 Janeiro, 2017 14:16

      Bem observado, Zazie.

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    • 18 Janeiro, 2017 23:19

      Aproveito para lhe pedir desculpa pela última resposta porque li demasiado à pressa e irritou-me a passagem da miséria e pobreza.
      Se deu por ela em 76, então talvez tenha razão- foi efeito do PREC. Nada tem a ver com a tal de “ditadura”.
      Eu não gosto de usar o termo ditadura porque teoricamente é incorrecto para definir o que tivemos. Nesse caso a actual Hungria também era uma ditadura e não é e ditadura é outra coisa onde tudo está literalmente controlado pelo Estado.

      Por cá não estava. Não havia o tal “capitalismo monopolista de Estado”, como também se aprende nos cursos de História, nem fascismo e era um regime autoritário mas não propriamente uma ditadura equiparável às que existiam na época ou que ainda existem.

      Portugal é interessante de estudar por sempre ter sido muito sui generis. Também tivemos uma primeira dinastia mais herética que outra coisa.

      Agora em relação às ditas infra-estruturas- o que o Estado Novo fez foi grande obra. Foi excepcional- cá e em África.
      Como gosto muito de arte, farto-me de repetir- nada de tão espantoso como a arquitectura do Estado Novo voltou a ser feita.

      Por isso, dou-lhe apenas este exemplo de mudança.

      O tal da Biblioteca Nacional

      Procure o autor da decoração de interiores da biblioteca- o
      Daciano da Costa

      Se nunca conheceu, veja e repare como eram as mesas e cadeiras daquela maravilha arquitectónica da tal ditadura possidónia e fatela.

      Agora experimente ir até lá a ver se encontra essas mesas e cadeiras.

      Eu explico- não encontra- os bons dos evoluídos democratas deitaram-nas para o lixo. Tudo. Substituíram por umas merdices que por lá estão agora

      E volto a pedir-lhe desculpa pelo tom do comentário anterior. Foi por ler no exemplo pessoal e eu nem devia ter dado o meu. É mais interessante pegar em números e factos.

      Dai indicar o Portadaloja que é o único local onde se faz um levantamento desse passado. Uma autêntica hemeroteca à borla.

      Os jornalistas fingem que não conhecem mas até imagens vão lá roubar para depois publicarem em livrinhos que editam.

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      • 18 Janeiro, 2017 23:22

        Agora que isto é um país pobre e sem matérias primas como muitos outros, é. Não restam dúvidas. A Expansão também aconteceu por causa disso.

        Mesmo assim, pode-se dizer que nos tempos modernos o que de melhor se fez por Portugal foi precisamente no Estado Novo.

        E isso é que é um facto inegável. Não merece a pena comparar com a América ou outras coisas.

        Compare-se com o próprio passado e com o presente. E com a Espanha aqui ao lado. Pode-se colocar a par essa História e ver quando os espanhóis nos passaram à frente na História Contemporânea.

        Não foi no Estado Novo, disso pode ter a certezinha. E se tivessemos continuado com esse ritmo e com esse sistema económico estávamos ou a par ou à mesmo à frente deles.

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      • Cristina Miranda permalink
        19 Janeiro, 2017 17:35

        Obrigada mais uma vez por dispensar tanto tempo seu a este assunto. Aprendi mais um pouco com sua preciosa colaboração. Adorei estas aulas. Quanto ao Portadaloja, que eu desconhecia, fiquei fã e vou começar a divulgar na minha página do facebook. É de facto 1 blogue de grande qualidade a não perder. Bem haja pela sua paciência e saber.

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  28. André Miguel permalink
    14 Janeiro, 2017 10:50

    “Já o abrilismo foi um regime verdadeiramente de caciques com instrumentalização do pessoal das barracas pela moral da inveja.”

    Porra, que grande frase! Na mouche.

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  29. Antonio Santos permalink
    14 Janeiro, 2017 15:08

    Estes 3 textos que publicou dizem precisamente o que eu como filha de refugiada e retornado, neta de retornados já falecidos, portugueses que lutaram e trabalharam para um Portugal ultramarino maior e melhor, sente. Sem medo ou vergonha não comemoro morte de ser humano algum mas já mais poderei esquecer a mágoa com que os meus 2 avós morreram após terem refeito as suas vidas duas vezes e mesmo com todo o desprezo pelo qual foram tratados conseguiram reerguer as suas cabeças com toda a dignidade. Quem diz avós diz pais que me explicaram os verdadeiros motivos pelos quais foram traídos e injustamente corridos de um país que também era deles que ajudaram a erguer e onde tiveram de deixar tudo o que lhes pertencia por direito, pelo suor e lágrimas de longos dias de trabalho vieram sem nada, trouxeram com eles honra e dignidade, a mesma que me deram como base de educação. Sou portuguesa meio sem terra, pertenço a uma pátria que para ter uma liberdade cultural e social se vendeu prontamente aos donos do Mundo. E português algum recebeu o que fosse dessa “bendita venda”, se não o dito direito de poder dizer e abandalhar o que resta de nós, enquanto outros (que descansem em paz se conseguirem) usufruíram e bem desse negócio. Os meus pais, avós, tios e primos não foram largados aos tubarões não foi necessário, mas alguns amigos vieram em caixinhas de menos de palmo e meio para a família os velar, ousaram defender o que lhes pertencia contra a lâmina da catana. A coragem não é um segredo para a longevidade e desses a história não gosta de recordar. Não celebro nada bem como ninguém da minha família sente necessidade de rancores ou desrespeitos à vida humana, acredito que se tantos falam em história e a verdadeira história um dia seja possível perceber-se o que este e outros senhores fizeram por Portugal. Devo agradecer a Democracia? Não sei se mesmo essa devo, faço parte de uma geração que diz o que quer mas para ter o que quer tem uma vez mais de abandonar o seu país… Veremos o que nos reserva o amanhã! Abraço Sr. Vasco
    Fim da conversa no bate-papo

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  30. Anónimo permalink
    14 Janeiro, 2017 16:02

    Alguns dos seus pontos de vista sobre o personagem político Mário Soares são os que partilho e comunico há muito, muito tempo. Água mole em pedra dura, catarse?.

    O PS, o governo vigênte, usou desatradamente, para efeitos de propaganda, o cadáver biológico de M.S. Afinal resultou apenas numa exibição de quem é -e sobretudo de quem não é- quem neste regime. Lisboa, a Adm. Pública e o resto.

    Por outro lado ilucidou mais sobre este regime do que certas sondagem que por aí se publicam. Azar.

    Parabéns pela forma e, não menos importante, pelo conteúdo do texto.
    PS- Não se esqueça de publicar, para benefício da história, a resposta do destinatário. 🙂

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  31. Arlindo da Costa permalink
    14 Janeiro, 2017 17:13

    A Zazie diz cada bojarda que até dá vontade de ir à latrina.
    E o mais curioso é que a senhora tem seguidores…

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  32. licas permalink
    14 Janeiro, 2017 22:44

    Então o povo estava com o Estado Novo do AOS?
    Mas que grande “bojarda”, zazie!
    O povo tinha MEDO de se exprimir pois havia a PIDE sempre
    mesmo sem se dar por isso.
    Por favor , não se esteja a “branquar” uma Ditadura, que não
    foi mais en+ergica” ainda porque ele viu muito bem que passados
    alguns anos apos 1926 em que houve repressão violenta do Regime,
    a maltaa “acagasou-se”. . .
    (e fê-lo acertadamente porque “quem tem cu, tem medo”).
    Já dizia o meu pai, muito antes do 25A, o : povo não possui armas, logo
    uma revolução a haver tem que partir das Forças Armadas-

    E nem foi preciso a Causa Africana para sermos a vergonha da Europa
    (de toda a Europa) por nos mantermos numa Ditadura tão obscurantista
    como a que sofremos durante 4 décadas.

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    • 14 Janeiro, 2017 23:04

      Velho imbecil.

      V.s miticam palavras. Por essa lógica até ao século XX nunca houve um único território bem governado porque vivia tudo em Ditadura.

      Foi preciso a Magna Carta e depois a Revolução francesa para as pessoas terem direitos e serem representadas ou poderem-se organizar em corporações.

      V.s são ignorantes de História. É esse o mega problema. E vivem de fantasmas e palavras chavões para diabolizarem tudo o que não cabe no chavão da “bandeira tricolor”.

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    • 14 Janeiro, 2017 23:08

      Obscurantista deves ser tu devido á miopia. Vai beber um bagaço e desorelha.

      Os espanhoís também conquistaram a liberdade e a democracia em luta até obrigarem os militares a fazerem um golpe de estado por aumento de ordenado.

      Foi assim em todo o mundo. Sempre o povo de punho erguido e olhos no infinito a sonhar com palavras lindas- como a “democracia”.

      Sem essa palavra Portugal nem era nada. Vivíamos colonizados pelo estrangeiro.

      Felizmente que os lateiros resolveram o problema correndo atrás do povo em armas e nos descolonizaram e deram a democracia, o iluminismo e o progresso científico e material.

      O espritual foram os partidos de esquerda.A Igreja era sío espírito obscurantista. Agora rezam a babushs e a umas esganiçadas e são famosos se aparecerem na tv.

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      • licas permalink
        15 Janeiro, 2017 00:06

        Obscurantista
        ___a irmã da minha mãe, a tia Celeste, foi toda a vida enfermeira dos Hospitais Civis. Sabias, sabichona, que as Enfermeiras sob o Estado Novo
        não podiam contrair matrimónio?
        ___ Sabias também, reivindicadora dos Direitos das Mulheres, que para se ausentar para o Estrangeiro tinha que obter uma autorização escrita do esposo?
        ___ Sabes bem que as notícias nos jornais diários eram obrigados a Censura Prévia?
        ___ Nunca usaste, mas os rapazes da Mocidade Portuguesa tinham no
        cinto dos calções ou das calças um enorme S de latão?
        ___ E o povo estava tanto com o imbecil, como afirmas, que pelas ruas em que passava o carro Presidencial eram esvaziadas de gente.
        ___ E também te recordas (talvez) que para todo o candidato a Funcionário
        Público tinha que se comprovar de que nada constava contra ele na PIDE?

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      • 15 Janeiro, 2017 15:43

        Oh, tadinha , de certeza que foi obrigada pelos cabelos a se formar em enfermagem e forçada a trabalhar sem poder ter alternativa de escolher outra profissão ou trabalho. Tadinhas das meninas que eram obrigadas pelo estado novo a casar à força com os seus opressores maridos.
        Veja bem, que as pessoas tinham tanto medo e desprezo pelo regime, que passados 40 anos de “prosperidade” democrática, elegeram-no como o maior português de sempre . Vá se lá saber porquê…

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    • 15 Janeiro, 2017 00:01

      Tinha-se tanto medo que todos os livros dos gurus de Marx, Engels, Lenine e Estaline eram traduzidos, publicados e postos à venda em locais que os habitués das livrarias sabiam.

      As editoras não sei como faziam. Se era tudo proibido e iam ser presos e os livros apreendidos, então devia ser tudo milionário para deitar tanto dinheiro à rua.

      Tudo. Todos os comunistas leram as cartilhas publicadas em português durante esse período de “facismo” e “ditadura” onde a PIDE matava e torturava meio mundo por abriar a boca.
      De tal modo que o Técnico esteve mais de um ano em greve e ninguém podia ir às aulas porque o povo revolucionário decretou greve e a PIDE até teve medo de tamanha audácia popular.

      O Técnico e tudo o resto- as famosas greves académicas em ditadura fascista, são outra característica do obscurantismo.

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    • 15 Janeiro, 2017 01:26

      “uma revolução a haver tem que partir das Forças Armadas” Isto é uma piada ?
      Com que então as revoluções vêm das forças armadas do regime, pensava que a isso se chamava golpe de estado.

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    • 15 Janeiro, 2017 01:49

      “E nem foi preciso a Causa Africana para sermos a vergonha da Europa”

      Pois éramos a vergonha da europa, que quando de lá saimos foram 15 anos de guerra civil em Angola e Moçambique. Milhões de mortos, fome, miséria e sofrimento, como nunca nada visto em toda a historia colonial . MAs ei, era nome da “causa africana”…

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    • 15 Janeiro, 2017 14:15

      Só por coisas- o meu primeiro trabalho foi ser projeccionista on the road. Literalmente como no filme do Wenders. Passava filmes didácticos nas faculdades que ia buscar às embaixadas. Paga pela Gulbenkian e bem paga para a época, sendo apenas uma miúda.

      Pois, por gosto de cinema que sempre tive, aproveitei para projectar muito mais coisas, incluindo todo o Eisenstein.

      Projectei o Eisenstein censurado até em Tavira dentro da tradição de cinefilia que existia na época.

      Nunca a polícia me incomodou. E sabiam. Nunca fui presa e sempre disse o que pensava e fiz o que me apetecia- incluindo ter sempre usado maillot na ginástica, feito exame da 4ª classe de calções em escola pública e andado de calças em toda a parte.

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      • 15 Janeiro, 2017 14:17

        Motivo- a polícia sabia quem era militante e apenas lhes interessava apanhar esses para encontrarem as tipografias que usavam.

        As pessoas normais que não tinham trela, como sempre foi o meu caso, eram livres de fazer o que bem entendiam, ler o que queriam, estudarem o que gostavam e divulgarem o que achavam que era belo e devia ser conhecido.

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      • 15 Janeiro, 2017 14:23

        Na minha família ninguém teve alguma vez trela. Ninguém viveu alguma vez de encosto estatal, todos foram livres de fazerem o que quiseram da sua vida e ninguém foi perseguido por isso.

        O meu pai era do contra mas fez trabalho arrojado dentro do ramo artístico. E sempre foi um auto-didacta em tempos em que a arte não dependia de apoios estatais.

        Perdeu tudo por ocupações com o 25 de Abril e renasceu de outro modo logo a seguir. Nunca teve medo de perder- tinha por lema a fénix.

        O trabalho que ele fez no ramo de ourivesaria está agora até a ser alvo de tese de doutoramento pela Católica.
        E essa tese vai mostrar o que era um país moderno com experiência avançadíssimas no ramo de ourivesaria, em pleno Estado Novo.

        Portanto, o portugalzinho salazarento e merdoso é do vosso imaginário e tenham cuidado não esteja ele no vosso ADN.

        Que isto de culpar “ditaduras” por fracasos dos seus é fácil.

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  33. licas permalink
    14 Janeiro, 2017 22:46

    __branquear, acagassou-se

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  34. licas permalink
    14 Janeiro, 2017 22:47

    julgo que é acagaçou-se (isso)

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  35. PiErre permalink
    15 Janeiro, 2017 07:53

    Ó Licas, se o Salazar era tão mau e o regime uma ditadura feroz, explica-me lá como é que o Álvaro Cunhal conseguiu tirar o curso de Direito.
    Deves estar bem lembrado, não?

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  36. licas permalink
    15 Janeiro, 2017 17:35

    Esta gente com diploma das Históricó-Filosoficas têm uma lata. . .
    E há por aí um que até apela para a treta da Televião para eleger
    o mais popular de Portugal: mas, pergunto, ganharia a um Eusébio?
    . . .

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    • 15 Janeiro, 2017 19:19

      Só foi votado pelo povo “que fugia dele quando o carro presidencial passava pelas ruas”, por milhas comparativamente aos “pais da democracia”. Mas, tenho que lhe dar razão, realmente se a figura de Eusebio tivesse também participado, o povo burro que só liga ao futebol tinha votado esmagadoramente nele
      Só que… epá não. É que ele também foi incluido, ficou em 15º. Cambada de povo burro fascista, racista e reaccionario… “O mesmo que fugia das ruas por onde passava o carro presidencial”

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  37. licas permalink
    15 Janeiro, 2017 20:06

    Não fugia, era afastado pela Polícia, tal como no Estádio Nacional tambem
    os GNR davam com os cavalos na multidão.
    Salazar tinha tanto medo do Povo que não se sabia de antemão aonde
    ia. De tal modo que era chamado o “esteves”
    Por causa das “moscas” , isto é dos balázios

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