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Portanto o contribuinte que compra atoalhados no hipermercado

26 Janeiro, 2017

vai ter de pagar impostos para que os turistas possam ter uma loja no Chiado onde comprar um paninho da louça e uma toalha para as mãos a preços nem direi parisienses mas mais suiços?

11 comentários leave one →
  1. 26 Janeiro, 2017 10:38

    Republicou isto em O LADO ESCURO DA LUA.

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  2. javitudo permalink
    26 Janeiro, 2017 11:13

    Muitas lojas têm tendência a fechar.
    Em algumas, ligadas ao vestuário de cozinha, os clientes podem ter que desamparar a loja.
    Outros locais os esperam.

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    • 26 Janeiro, 2017 11:51

      Se calhar mais uma mega loja chinesa, né?
      Essas são boas porque servem de caridade para com a escravatura chinesa

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  3. bst permalink
    26 Janeiro, 2017 15:00

    Um bom motivo para relfectir, Alguns dados: 1º trata-se de uma loja histórica, de 1888, num dos locais mais simbólicos de Lisboa, o Chiado. 2º O seu fecho seria uma perda; 3º Trata-se de um estabelecimento de luxo; 4º A permanência da loja não pode ser feita à custa do senhorio. 5
    Não se sabe o montante da renda. Uma renda de um sítio naquele local e com aquela área quanto seria? Quanto é a renda paga? Muito provavelmente a renda está muito abaixo do que seria o seu valor em mercado aberto – e as rendas estão congeladas há um século…
    A renda em mercado livre é comportável pela empresa locatária? Se não é, porquê, trantando-se de produtos de luxo e de uma empresa conhecida em grande parte do país?
    Estando a falar em valores não distantes entre lucros da loja, renda, etc., seria de criar um mecanismo – sério – que, durante um espaço de tempo curto permitisse a adaptação da renda paga daquela que seria a de mercado.
    Há lojas daquele género em todas as capitais europeias – que tiveram sempre ou quase, regimes de renda livre.
    Se a questão não é a da renda, devia a câmara poder manter, se não a empresa, a fachada, impedindo outro hotel, etc? Num local daqueles, pesosalmente, creio que sim, mas nunca por nunca à custa do proprietário.

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  4. Arlindo da Costa permalink
    26 Janeiro, 2017 15:26

    Acho que sim. Portugal tem muita tradição. Como canta a Sétima Legião.

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  5. JPT permalink
    26 Janeiro, 2017 18:56

    Por acaso, é isso mesmo! Uma vez que não se restringiu, por via do licenciamento, a epidemia de edificação de grandes superfícies comerciais fora da cidades (pudera! com os lucros pornográficos que dava converter terrenos rústicos em urbanos), assim se estrangulando o comércio tradicional, então é de elementar justiça taxar essas grandes superfícies para repor aquilo que destruíram. Lendo a HM, dá a ideia que é uma infeliz que viveu numa Portela qualquer (como eu) e que por lá ficou (não como eu), a sonhar com uma cidade de lojas todas iguais, uma loja chinesa aqui, um indiano a vender galos de Barcelos ali, uma “hamburgaria gourmet” acolá e, no meio, 150 alojamentos locais. O “vale tudo” especulativo está para o congelamento das rendas, como o PREC esteve para os 48 anos de Estado Novo: um desastre arrastado trocado por outro acelerado.

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    • bst permalink
      26 Janeiro, 2017 21:41

      No caso sem questão, os hipermercados não são concorrentes da loja do Chiado. Trata-se de uma loja de luxo.

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    • lucklucky permalink
      26 Janeiro, 2017 22:02

      Como o JPT por existir “roubou” o lugar no seu emprego a alguém que roubaria o lugar a outro alguém etc etc etc, quanto é que o JPT vai pagar?

      E se o JPT inventasse uma tecnologia, por exemplo lampadas LED, ou sei lá o motor de combustão quanto deve ser a penalidade para o JPT para os fabricantes de lampadas de alogéneo e os carros de mulas?

      Por exemplo o JPT ao escrever aqui não está a ver TV, quanto o JPT vai pagar a SIC e TVI? também não está a usar os CTT para mandar cartas quando escreve um email logo…

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      • JPT permalink
        27 Janeiro, 2017 10:20

        Eu explico. O congelamento das rendas foi muito, MUITO mau, mas teve um único efeito bom: preservar (mumificadas) este tipo de lojas, que é o que uma das coisas que ficam bem nas selfies nos camónes (é isso e aqueles edifícios, que, como não levámos fomos bombardeados por ninguém, tinham os mesmos interiores desde o século XVIII, e que agora estão a ser demolidos para meter placa, pladur e projectores de tecto). E nós queremos camónes, MUITOS! Ora se há dinheiro para ajudar os amigos das obras, com milhões em ajustes directos de praças e passeios; os amigos dos parques subterrâneos com a supressão de centenas de espaços de estacionamento à superfície (só na minha rua serão 36); os amigos da publicidade e meios, com mais campanhas do que as do Napoleão; os amigos dos hotéis e dos condomínios, fechando ruas (Salitre) ou até quarteirões (entre a Artilharia 1 e a Castilho); e já nem falo dos amigos da ILGA, com uma empresa só para eles (todos sabem qual é), e se há imaginação para licenciar e permitir o que todos estes amigos pedem, há de haver um modo de preservar um património que, por puro acaso, chegou aos nossos dias, que tem e cria mercado (veja-se a Lello no Porto) e que só a tacanhez e cupidez inatas do especulador imobiliário e do político que vive a custa dele não detectam (Ok, não só a destes).

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  6. carlos alberto ilharco permalink
    26 Janeiro, 2017 19:28

    Tão simples.
    Se o dono da loja não pode pagar a renda que o senhorio tem direito, a CML paga-a e explora a loja.
    Com mais de quinze mil funcionários deve encontrar com facilidade três ou quatro com aptidão para a retrosaria.
    Também pode dar para servir capilé como a Dona Catarina Portas faz.

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  7. bst permalink
    27 Janeiro, 2017 17:52

    JPT, o congelamento de rendas apenas permitiu que lojas históricas não equacionassem o seu futuro, não se adaptando. Em todas as capitais e cidades europeias – onde as rendas nunca estiveram congeladas encontramos pequenas lojas antigas a funcionarem perfeitamente. E no caso das lojas de luxo, como é o caso a que se refere HM, muito mais.

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