Ser assassinado com dignidade e higiene
Durante décadas, sempre que um português desejava morrer era confrontado com duas opções: suicidar-se ou esperar. No século XXI, após grandes avanços civilizacionais como a possibilidade de usar o aborto como contraceptivo gratuito e o divórcio entre casais homossexuais, tornou-se imperativo que uma pessoa possa ser assassinada em total liberdade e em condições de higiene e salubridade condizentes com as melhores práticas hoteleiras mediante uma simbólica taxa moderadora para combater as listas de espera. À partida, nada contra: é até uma admissão de que já não há mais nada para moldar neste mundo, vamos lá incutir o marxismo cultural para o Céu.
No entanto, como nenhum justiceiro social e restantes florzinhas de cheiro acredita no Céu, o homicídio sancionado pela lei seria destinado a outros, os que já em nada contribuem para a sustentabilidade da segurança social. Com efeito, só dão despesa e, em muitos casos, são maçadores, sem histórias giras de engates na discoteca Jamaica para contar. Na primeira fase, o homicídio legal será destinado a todos os incapacitados de se atirarem da ponte que, ainda assim, conseguem viajar de avião até à Suíça e de táxi até à clínica onde pagam para serem devidamente assassinados num cenário idílico. Posteriormente, alargar-se-á o homicídio legal, tudo direitinho e constitucional, a todos os que parece que em tempos poderão ter dito que mais vale morrer do que ficar na cama a dar trabalho aos filhos.
A dra. Isabel Moreira é uma das defensoras deste avanço social na área da legalização de homicídios. Eu, no lugar do seu paizinho, o dr. Adriano Moreira, suspeitaria um bocado. Pelo sim, pelo não, aumentava-lhe a mesada. Outras pessoas sem filhos também defendem a coisa, o que mostra que são espertas. Ninguém com filhos consideraria a coisa assim de ânimo leve, que isto nunca se sabe: a gente bem se esforça para os educar para aquelas cenas retrógradas do “não matarás”, mas, com tantos anos de heteropatriarcado em cima, nunca se sabe se fica alguma coisa. Pelo sim, pelo não, vou preparar já um testamento vital: para terminar a minha vida opto pelo método de esperar.
“para terminar a minha vida opto pelo método de esperar”
Mas quem lhe disse que tem direito a escolher? A eutanásia é para ser aplicada obrigatoriamente.
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A eutanásia é para ser aplicada obrigatoriamente e sem ser solicitada.
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Sim, mas agora vai ser regulamentada e tudo como deve ser.
Quiseram aplicar eutanásia ao Rui Mateus há uns anos e ele fugiu porque ninguém gosta de morrer na ilegalidade.
Ao Soares aplicaram distanásia para não perturbar as festas de fim de ano e quando foram para aplicar eutanásia já não era preciso. Foi uma frustração naquele hospital.
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https://espectivas.wordpress.com/tag/julio-machado-vaz/
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Mais um método de controlo da população. E de reequilíbrio financeiro da Segurança Social. Assim, o bandalho porco preto pode aplicar os excedentes no imobiliário, como alvitrou em tempos.
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Os Deputados não têm experiência em Eutanásia, pelo que vão discutir um assunto que não dominam. Antes de discutirem, deveriam todos experimentar a eutanásia e depois sim, já com conhecimento do assunto podiam tomar uma decisão mais justa.
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Por bem menos eutanasiaram el-rei de Portugal.
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Mas, afinal, qual é o mal de se advogar práticas mais dignas e higiénicas?
Estaremos condenados a despedirmo-nos das nossas mulheres apenas à sacholada?
Continuaremos limitados à soqueira para corrigir esse erro de Deus que são os gays?
Até quando permaneceremos sem real alternativa à contramão?…
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A SOCIEDADE DO DESCARTÁVEL ,DO COMODISMO,DO CADA UM POR SI E DO SALVE-SE QUEM PUDER. Será isto o progresso e a civilização?
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Não, isso é a “sociedade” neoliberal…
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Adoptada pela escardalhada das causas de umbigo da moda.
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Isso quer dizer que a Moreira é a mãe adoptiva do Cunha? Ou será antes a Moreira uma filha bastarda do Cunha?
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Quer dizer que deves ter nascido por engano na Clínica dos Arcos
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Incutir o marxismo cultural para o Céu
ehehehehe
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O mais anormal nisto é que basta meia dúzia de imbecis copiarem uma merda qualquer do estrangeiro para irem logo todos os deputados atrás a dizerem que é uma questão altamente importante de “ser debatida pela população”
Até a catolicazinha da Cristas foi nisto, quando o que tinha era de perguntar onde está o bloqueio na ponte com tanto necessitado a querer que o matem sem deixarem.
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São tantos, tantos, tantos que é difícil escolherem um para exemplo. A malta discute e pronto, decreta-se, toda a gente se sente muito especial, muito generosa. Depois é só andar atrás da velhota hospitalizada a perguntar se quer mesmo andar a dar trabalho aos filhos, que aquilo não é vida.
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Completamente. Anda tudo a toque de caixa.
O que é mais incrível é não aparecerem escritores a apanharem estas anormalidades do nosso tempo, como fazia um Eça no dele.
V. devia ocupar também os jornais porque os outros todos já lá estão a vender o peixe.
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Já nem anarcas existem. Isto dantes dava direito a inventarem-se logo uma data de causas anormais com direito a despenalização.
Se não for pela redução ao absurdo com muita ironia ninguém se dá conta da manipulação.
Porque depois temos catolicozinhos à Cristas a darem forcinha ao “importante debate”.
Mas quem é que lhe disse que é importante pelo facto dos que querem aprovar terem inventado que é?
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E depois fede o moralismo com que vendem as coisas mais imorais.
Mas ninguém desmonta isto. Ficou tudo besta por efeito mediático.
Parecem lemmings
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E até era fácil ocupar lugar e desmontar isto. Bastava talento e muita ironia.
E também nunca foi tão fácil qualquer pessoa passar por “jornalista comentador” ou político.
Grande parte deles até vêm dos blogues.
Fica tudo em família.
O VC tem ir para lá.
A sério. ehehehe
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O que consta por aí é que o VC é um bruto que não contribui em nada para um diálogo produtivo.
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Não acredito. V. até consegue ficar sempre cool e é simpático.
Isso é um dom.
Dê lá uso ao apelido e vá também para “comentador de papel passado”
😛
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E eles nem inteligentes são. São bem comportadinhos e vendem cartilhas sem sentido de humor.
Também não se pode dizer que será por ser homem e estragar as quotas porque por aí já lá está demasiado mulherio de ambos os sexos.
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“O que consta por aí é que o VC é um bruto que não contribui em nada para um diálogo produtivo.”
Eu nunca achei que fosse bruto, apenas parvo e baixinho, como no presente caso, ao usar a relação da Isabel Moreira com o seu pai, nesta discussão da eutanásia…
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Pedro, com todo o respeito, vai mamar.
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Isso do “não matarás” é tudo muito relativo. Com os outros, os infiéis, já pode.
Escuta pois: nós sabemos
que és nosso inimigo. Por isso vamos
Encostar-te a paredão. Mas em consideração
dos teus méritos e das tuas boas qualidades
Escolhemos um bom paredão e vamos fuzilar-te com
Boas balas atiradas por bons fuzis e enterrar-te com
Uma boa pá debaixo de terra boa.
Do bretoldo
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Já há “guerra” nos hospitais pelo cargo de eutanásio chefe,… sempre são mais uns euritos!
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Carrasco-mor, quer dizer.
Por acaso tenho ideia que a haver trica e desentendimento é por aí. Os médicos assinam estas merdas mas depois, quando chega a hora, empurram para os enfermeiros
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Eles passam apenas a “receita”.
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Vamos a ver se dissipamos aqui alguma confusão.
O que está em causa é somente a despenalização da eutanásia.
A prática encontra-se já plenamente inraizada na sociedade tuga, como o atestam a programação da RTP ou os debates parlamentares.
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É sempre prudente desconfiar de qualquer coisa com que Isabel Moreira concorde.
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“É sempre prudente desconfiar de qualquer coisa com que Isabel Moreira concorde”.
E as amigas
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Eu acho que a morte é uma invenção do heteropatriarcado. Nada como contrariá-los e desfazer as marcações para a passagem fazendo a malta como entender desde, que que seja contra eles.
Não podemos experimentar a técnica (de meter na carruagem do além) nos deputados/deputadas que estão entusiasmados com a ideia? Era uma boa promoção da causa.
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credo! que conclusão mais ridícula. tanta gente que quer e preconiza a morte agonizante e anti-cristã de muita gente e vêm para aqui armados em defensores da vida.
Sois sepulcros caiados de branco.
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Que conclusão parva ao que julga ser conclusão. Toda a gente tem direito ao suicídio e, em alguns casos, é até um dever.
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ó Arlindinho,
Sabes o que são cuidados paliativos? Sabes quanto custam? Sabes que com a eutanásia poupa-se pipas de massa nos cuidados paliativos?
Na Holanda, a eutanásia transformou-se num negócio que paga impostos ao Estado. Existem consultórios “médicos” especializados na eutanásia, e cujos “médicos” não conhecem os doentes que irão assassinar. O Estado ganha por duas vias: por um lado, poupa em despesa de saúde; e por outro lado colecta impostos com o serviço da morte.
Aqui ninguém quer a morte agonizante e anti-cristã de ninguém, queremos é honestidade (intelectual, inclusivé) porque “de boas intenções, está o Inferno cheio”.
Se quiseres ler:
http://o-povo.blogspot.pt/2017/02/quais-as-consequencias-da-legalizacao_1.html
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http://o-povo.blogspot.pt/2017/02/quais-as-consequencias-da-legalizacao_1.html
http://o-povo.blogspot.pt/2017/02/eutanasia-quem-e-que-decide-afinal.html
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Tive uma grande amiga que morreu de Esclerose Lateral Amiotrófica.
A primeira cacetada que a doença lhe deu, foi perder a fala, depois foi perdendo outras faculdades sendo que manteve-se lúcida até a fim.
Suspirava por ter dinheiro para ir à Suíça morrer em paz.
Não foi bonito de ver.
Era bom que todos antes de opinar tivessem uma experiência semelhante.
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Ia à farmácia, comprava uma caixa de Ben-U-Ron, tomava-a toda, e pronto, morria em paz. Essa mania de que só opinam os que têm uma determinada experiência impede-o de ter opinião sobre o aborto às 39 semanas porque, obviamente, nunca engravidou.
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Pois era, mas também deixou de andar e como o senhor vitorcunha não estava à mão para lhe fazer esse favor, teve que aguentar.
Se vier a conhecer mais alguma caso, Deus queira que não, vou tomar a liberdade de lhe pedir esse favor.
Sobre o aborto realmente não tenho opinião, não engravido nem faço engravidar.
Deixo-a para si, que pelo menos para uma tem capacidade.
Cumprimentos.
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Parece-me inconcebível que alguém que não se consegue deslocar à farmácia consiga deslocar-se à Suíça.
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Há muitas coisas que o senhor não compreende.
Neste caso por exemplo havia (não sei se ainda há) voos directos para a Suíça.
Bagagem como se compreende não era necessária.
Bastava uma ambulância daquelas de aluguer.
Isso valeria a pena o transtorno porque com Ben-U-Ron fizemos as contas e era preciso um camião TIR para fazer efeito.
Lamentavelmente o Centro onde permaneceu presa os últimos seis meses não tinha um parque de estacionamento suficientemente amplo.
Há sempre uma pedrinha no caminho.
Cumprimentos.
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Eu sou a favor do suicidio, e do suicidio “assistido”. Compreendo os dilemas juridicos e mesmo malignos que podem surgir daí, provenientes dos supostos “humanistas”. O automovel também trouxe consequências negativas e é usado com malevolência, no entanto não o pusemos de parte, soubemos ver a importância que tinha. Para mim não se trata da treta rectórica vazia e pseudo-moralista da “dignidade humana”. Para mim é uma questão de acabar com agonia do meu sofrimento físico no fim da minha vida. Não preciso de nenhum assistente dêem-me só para as mãos o material para o fazer, no momento em que já não aguentar mais e eu o requisitar voluntariamente.
E para todos aqueles que acham que agonia do sofrimento tem de ser sofrida até ao fim. Aposto que nunca tomaram um comprimido para as dores, ou quando vão ao dentista ou fazem um procedimento cirurgico, fazem questão de não tomar anestesia. Porque vos digo se acham que os cuidados paleativos ou a medicina está tão avançada que as drogas conseguem evitar a agonia inimaginavel de muitos doentes acamados e em fim de vida, então talvez nunca viram ninguem a sofrer, e pouco sabem o que é dor .
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Não pode confundir darem-lhe a arma para que se suicide com permitir que alguém autorizado lhe dê um tiro. Porque é o último caso que está a discussão e será implementado.
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Não confundo. No entanto há quem veja também no primeiro caso que referiu o risco da coerção, da incentivação ou facilitação ao suicidio.
Por isso a unica coisa que quero é que o estado me saia da frente, seja para arranjar uma arma, ou um cocktail de quimicos. Assim como não se importa por enquanto, que compre umas caixas de de garrafas Jack Daniels
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É uma discussão eutanisástica.
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