«jamais» o tanas, pá!
Há cerca de dez anos, no mês de Maio de 2007, o ministro das infraestruturas do governo socialista em funções, Mário Lino, garantia aos portugueses que o novo aeroporto da região de Lisboa «jamais», mas mesmo «jamais», seria construído na margem sul.
Menos de dez anos após, Pedro Marques, um outro ministro com as mesmas responsabilidades, por sinal de um governo também socialista, decidiu que, afinal, esse novo aeroporto será construído onde «jamais» o seria.
O que se tem de esclarecer aqui, antes mesmo da apreciação do mérito de qualquer uma destas duas soluções, é como é que é possível, num tão curto prazo de tempo, em matéria de tamanha importância, decidirem-se coisas absolutamente opostas? Que critérios seguiram as duas decisões políticas? Por que razão o ministro Mário Lino nos assegurou que o aeroporto «jamais» seria construído no preciso local onde, dez anos depois, o ministro Pedro Marques o quer colocar?
Como é evidente, pelo menos uma destas duas soluções está, ou estava, profundamente errada. Mas vai ser, ou teria sido, executada, se os decisores políticos conseguirem, ou tivessem conseguido, levar até ao fim as suas decisões. O que deixa aqui a seguinte questão: quais são os critérios de decisão dos decisores públicos? Decisões que têm impacto na vida de todos nós e que são pagas com o nosso dinheiro. Onde está, neste caso, o tão propalado «interesse público» e como pode ele ser defendido, num tão breve período temporal, com duas soluções antagónicas?
É por estas e muitas outras razões que os liberais preferem a decisão privada à decisão pública. A primeira orienta-se pelo interesse próprio, que é o de servir bem os clientes, sem os quais aquele não sobreviverá. E com recursos privados, que não saem dos bolsos dos contribuintes. No caso da «decisão pública», que interesses servem aqueles que a tomam?
É que entretanto faleceu o “Pai da Democracia”, que era dono de uns terrenos lá para o lado da Ota…
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Os mesmos interesses que teriam levado Sócrates, se ainda fosse PM, a ter concluído no ano passado a 15a autoestrada Lisboa-Porto.
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É fácil. Vejam quem são os proprietários dos terrenos lá ao pé…
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E é mesmo necessário fazer uma obra destas quando o país vive da mendicidade internacional e nem amortizar a dívida consegue?
É aqui que me parece que liberais e esquerdistas se encontram à esquina a tocar concertina.
It’s all about business. 🙂
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Adoro ler os comentários e a prosa dos Velhos do Restelo!
Para vocês andar de carroça de burro é que era fixe!
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Artecultura 2005
Nós dizemos não ao Lula, negando-nos a aceitar esta mediocridade como destino.
Dizemos não ao Lula que mente pelo que diz e pelo que cala, hábil enganador do povo. Diz, na maior cara-de-pau, que governa para os pobres mas quer vê-los congelados na pobreza, distribuindo migalhas de recursos públicos ao invés de proporcionar empregos. Enquanto isto, os bancos nunca lucraram tanto como no seu governo e os pobres, doentes e necessitados engrossam filas de atendimento do INSS.
Dizemos não ao Lula, corrupto e corruptor, que presidiu o mais desavergonhado esquema montado para arrecadação de recursos em benefício da camarilha que instalou no governo e de seu partido e correligionários que quis hegemônico e autoritário.
Dizemos não ao Lula, pretenso estadista, resignado com o populismo que graça na América Latina, e que está longe de promover o interesse do Brasil junto a outros governos e de manter a altivez nas relações internacionais.
Dizemos não ao Lula, ignorante e medíodre administrador das coisas públicas, que dilapidou os serviços de saúde, do ensino superior, da previdência social e da segurança pública.
Dizendo não ao Lula, estamos dizendo não à cobiça material e política, em detrimento das causas do povo. E dizendo não, estamos dizendo sim. Sim a outro governo possível, marcado pela ética e dedicado ao bem comum.
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É muito mais simples do que o que estão a fazer. O Mário Lino “estudou” francês da mesma forma que o outro “estudou” inglês (já nem é por correspondência, é por fax ao fim de uma tarde de Domingo!) e por isso acha que “jamais” se traduz para português por “é já a seguir”…
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https://www.publico.pt/2007/06/11/politica/noticia/estudos-comparativos-da-ota-com-alcochete-satisfazem-autarcas-da-margem-sul-1296473
Se se der ao trabalho de visualizar há aqui muita informação.Porque será que quase todos os estudos apontam para a mesma zona? Deve ser porque tem algumas condições preferenciais. Ou não?
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http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/estudo_de_van_zeller_divide_cupula_da_cip
Não é por nada mas a zona mais citada é quase sempre a mesma. Zona plana, sem grandes movimentos de terra, acesso fácil a Lisboa.
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O post está duplamente errado.
Quem disse o “jamais” por outras palavras claro, foram os consultores franceses a quem o Governo pagou para dizerem aquilo.
Não se pode comparar a criação de um novo aeroporto com uns remendos num aeroporto que já lá está há dúzias de anos.
Na realidade a primeira solução estava certa, a segunda é um tremendo erro que bem caro vai sair, para nada.
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https://www.publico.pt/2007/12/02/politica/noticia/mario-lino-nega-qualquer-controversia-sobre-localizacao-do-novo-aeroporto-1312534
Mais uma vez o campo de tiro de Alcochete vem à baila como o melhor local para resolver o problema de aumento de tráfego no aeroporto Humberto Delgado. E como é “propriedade” dos militares “marcamos passo” agora e sempre. Entraves, mais entraves e discussões na AR . Discursos e comissões de inquérito. Resultado : “Niente”.
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https://www.publico.pt/2008/05/08/economia/noticia/conselho-de-ministros-confirma-a-construcao-do-novo-aeroporto-de-lisboa-em-alcochete-1328117
Sou de ideias fixas e resolvi investigar.Resultado : Campo de tiro de Alcochete aparece citado “bué”…Há pessoas que “jamais” admitem que esta solução seja a melhor. Feitios…
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