Comédia à portuguesa
23 Fevereiro, 2017
No momento em que iniciei a escrita deste texto, o artigo Os paraísos fiscais são pura ignomínia de Ana Sá Lopes no jornal i ostentava, orgulhosamente, 107 visualizações. Neste artigo, a autora queixa-se (“pura ignomínia”) de existência de offshores. Ora, isto é particularmente engraçado se tomarmos em consideração que o jornal i pertence à Newshold, empresa integrada na holding Pineview Overseas com sede no Panamá.
A realidade portuguesa ultrapassa as capacidades de imaginação dos comediantes.
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25 comentários
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BLASFÉMIAS 
As pessoas estarão a ficar ainda mais estúpidas?
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ehehehe Tem dúvidas. Ler os jornais contribui para isso
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É mesmo esse o objectivo. Deixe de ver TV e ler os nossos jornais, até sente o QI a subir…
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Devo esclarecer que não leio nada da Ana Sá Lopes por razões de sanidade mental e higiene intelectual.
Como tal também não li, nem vou ler, este artigo que VC faz referência.
Quanto às estórias dos off shores, acho-as divertidas.
Integramos uma chamada União Europeia que é um local cheio de off shores. Não existe um regime fiscal uniforme. Há países com taxas inferiores a outros e com isso mais atrativos para os investidores e consumidores.
Em Portugal há off shores como o da Madeira, combustíveis mais baratos nas zonas fronteiriças do que no resto do país, contribuintes que beneficiam de taxas de IRS inferiores por condicionantes várias, etc.
O problema é que vivemos nesta cultura parola em que estamos mais preocupados com a casa do vizinho do que com a nossa. Se nos olhássemos ao espelho em vez de espreitar na janela do vizinho iriamos perceber que esta conversa sobre off shores é de idiotas.
Quanto ao actual “debate” sobre os 10 bi, o post de LR “Os offshores, essa coisa hedionda e tenebrosa” esclarece tudo.
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Fui depositar no BCP 90€ em notas para pagar o condomínio.Não é que tive que assinar e ainda me exigiram O Cartão Contribuinte e ainda o BI.
Fiquei destroçada, serei assim tão bonita?
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Esse é o padrão para depósitos em qualquer banco.
Há cerca de 4 anos, entrei num balcão do BES para trocar uma nota (repito: trocar) de 100 € por notas de valor menor. Foi-me exigido o Cartão de Cidadão para me trocarem a nota.
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Não ultrapassa não!
Os comediantes é que fingem muito bem…por dinheiro, claro.
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Quem é que recebe dinheiro? Dinheiro para quê? De quem?
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Virgilio in Eneida
Poscere fata tempus é tempo de exigir factos (ao monhé)
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Serei só eu a ver aa tremenda palhaçada que é esta cena dos 10 bis que o fisco “deixou” (sic) sair do país? Deixou sair??? Mas que merda é esta?! Então um gajo já não põe e dispõe do que é seu??? Mas então o Estado e o fisco mais o raio que os parta já tem que autorizar o dinheiro que uma pessoa quer movimentar? Fdx… Portugal começa a ser um sitio perigoso, governado por lunáticos e habitado por tolinhos!
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Esta faz-me lembrar o Benfica queixar-se das arbitragens!!!!
A D. Ana S Lopes é uma jornalista impoluta sem mácula, tenho a certeza que quando ler este post e souber que o patrão dela é um reles offshore, pedirá a demissão… e emigra imediatamente para o DNoticias dos chineses!
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Na minha offshore ninguém toca, tá ??
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Fui ler e realmente tem lá umas imprecisões, mas até está muito moderado, é escrita de esquerda suave. E vá lá, pelo menos, não é uma viúva do Sócrates, reconhece que Sócrates “é um caso de polícia”. E vou corrigir um ponto em que ela tem insuficiência de conhecimento e está com escrita enviezada: quando a UE pede reformas estruturais não é para” cortar nos pobres” é à procura de um governo que corte na despesa do Estado uns 10 a 15 mil milhões de euros. A anunciada reforma do Estado do governo anterior(no convento de Alcobaça) e a cargo de Paulo Portas não a vi e do governo esquerdista de PS+PCP+PEV+BE só espero um novo resgate.
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Não vai haver resgate. Na eminência de ele surgir, a geringonça começa a cortar a eito nas pensões, reformas, ordenados, cessa investimentos, etc. — tudo por culpa do anterior governo. A populaça-NADA aceita sem pestanejar (porque anteriormente deram-lhe migalhas), o MCThomaz elogia o AC-DC e o Centeno, manifs nadinha de nada.
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Todos iguais.
Veja-se a chicanice do Tóino na AR.
Em vez de mandar averiguar tinha que conspurcar Passos Coelho.
Tenho a certeza que o tiro lhe vai sair pela culatra como de costume.
O que levará o marmelo a continuar a pôr-lhe a mão por baixo???
Dá que pensar.
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O i só existe para os jornalistas isentos da Antena 1 e a TSF lerem os editoriais da Ana Sá Lopes quando fazem a resenha dos títulos do dia. Ninguém lê o jornal, ninguém vai ao site, parece aquelas lojas que só existem para lavar dinheiro.
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Já não está a passar na abertura dos telejornais.
Alguém meteu água 🙂
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adenda: meteram água e não foi pouca, e já se estão a desmarcar:
«Galamba considera que as audições serão importantes para perceber se houve “eventual falha política ou dos serviços da Autoridade Tributária”.»
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Quando é que Portugal se torna num Paraíso Fiscal em vez de Ditadura Fiscal que temos hoje?
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Na ditadura fiscal tuga já há “paraíso fiscal” via trafulhice económico-financeira, da mais insignificante à de alto grau.
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Portugal também pertence a vários off-shores, ou seja aos mercados e vocês nada dizem…
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Também podemos ver isso de outra forma: coragem da articulista que não cede nos seus princípios, mesmo pondo em risco a sua estabilidade profissional. Pois é…
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Ou, porque não, “na minha quinta, não”?
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A minha tia Varandas diz que não sabem pronunciar “offshore”.
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Não contraria a substância do seu comentário, uma vez que a Ana Sá Lopes está no jornal desde a fundação (e portanto desde os tempos da Newshold), mas a ficha técnica do i diz que o proprietário é a Newsplex, como se noticiou aqui:
http://www.meiosepublicidade.pt/2015/12/nova-empresa-de-comunicacao-social-newsplex-assume-titulos-da-newshold/
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