Uma entrevista duplamente notável
A entrevista realizada pelo Observador a José Rentes de Carvalho e publicada em dia de eleições na Holanda é notável em dois sentidos: em primeiro, pelas perguntas bizarras; em segundo, pelas impecáveis respostas apesar das perguntas.
Quando se pergunta a um autor se teme as consequências dos leitores por ter declarado uma intenção de voto, eu corro para as pipocas. Alguém se lembra de perguntar ao Pedro Abrunhosa se teme as consequências dos fãs por ter declarado apoio ao António Costa? Ou de perguntar ao Camané se teme as consequências dos entusiastas do fado por se permitir parecer maluquinho? Ou de perguntar ao António-Pedro Vasconcelos quando começa a aplicar leme no caso de falha do motor número um durante a descolagem de um A320 após V2? É que, dito desta forma, parece que as pessoas só devem temer as consequências por declararem intenção de voto a pessoas que não são devidamente consagradas pelo papado da comunicação social.
A uma dada altura, Rentes de Carvalho acaba a declarar que “a sua pergunta denota irrealidade”. Pois denota, e pouco importa, para o caso, saber qual é a pergunta. Por isso mesmo, toda a entrevista é um tratado sobre quem vota em eleições: é a enorme maresia de gente, não a infinitesimal fracção de nacionais que trabalham na comunicação social. Já era tempo de abrirem os olhos, mas, convenhamos, tal não alteraria em nada o destino. É que as eleições deste ano, em qualquer país europeu, começaram a ser decididas há vinte anos.
Quero lá saber em quem vota o Rentes de Carvalho.
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E a sua tia o que acha?
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Quero lá saber em quem vota o piscoiso.
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Ao Piscoiso interessa-lhe mais em quem vota o Figo!
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Ontem a TVI “descansava-nos” porque Wilders em dezembro tinha 33%, na semana passada 20% e 16% no começo desta semana (confundindo sondagens com a realidade).
Ai, ai, ai!!!
Eles não aprendem!
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Na “entrevista” , o tipo que faz de “jornalista” revela-se em corpo inteiro – não só a ele , mas a toda uma geração de indigentes mentais, sub-produto de uma escola de “pensamento” unidireccional.
A estreiteza de vistas revelada, a repetição dos conceitos aprovados, e recomendados, pela cartilha do pulhiticamente correcto, a atrevida ignorância quanto à realidade objectiva do país face a quem tem meio século de experiência, etc. – o triste rosto do jornalixo pátrio…
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Nunca vi um jornalista a perguntar a um Marxista porque é que compram e usam produtos do “grande capital” e das “multinacionais exploradoras”…
Aliás os mesmos jornalistas choram baba e ranho pelo “embargo” Americano a Cuba.
Pelos vistos o Comunismo não pode prosperar sem o malvado capitalismo Americano.
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Reitero uma oportuna locução dirigida a jornalistas, comentadores e demais componentes da “infinitesimal fracção de nacionais que trabalham na comunicação social” por um cidadão em quem, para profunda irritação e estupefacção dos primeiros, uma “enorme maresia de gente” calhou votar: que vão bardamerda!
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Uma anormalidade. Também li ontém e nem sei como ele não mandou à merda o idiota do entrevistador.
Só chavões- podia ser atacado por votar em quem quer. E chama generalizações ao facto do Wilders prometer deportar marroquinos condenados. Portanto, lá acha que são todos
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adorei o senhor . ganhou uma leitora 🙂 e está lá outra entrevista no Observ. , feita por uma Joana qualquer coisa , muito boa também.
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Eu sei bem o que o Rentes quer!
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Quer mandar-te para a p. que te pariu!
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É assim, devagarinho, que se vai transformando o Observador num novo O Público.
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Ligaram a grafonola Rentes “apoiante” do Wilders…
Rentes de Carvalho é um óptimo anarca, carago !
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O entrevistador foi um puto de 15 de anos?! Que miséria! E temos o Observador rendido ao politicamente correcto… RIP.
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rentes diz que wilders tem razão
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Os holandeses que votaram no Wilders consomem em abundância coisas estragadas.
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Não li a entrevista. Há anos que fujo dos comentadores. Tento ler os factos nas entrelinhas das notícias para fazer a minha interpretação. A comunicação social, sobretudo a TV é desprezível.
Gostei do post.
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