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Vamos lá ao que interessa

31 Agosto, 2017

Vale a pena ler o texto de hoje de João Miguel Tavares. Pessoalmente discordo mas esta é  uma discussão que me interessa:

«O PSD deve aceitar o pacto de António Costa Mesmo que esteja colocado numa posição extremamente desconfortável, Passos Coelho deve engolir o ressentimento, fazer o que está certo e beber o cálice até ao fim. Não é possível passar quatro anos a resmungar por causa do resultado eleitoral de Outubro de 2015 e a lembrar a cada momento que o primeiro-ministro é que devia estar na oposição e que a oposição é que devia estar a governar o país. Seria uma estratégia politicamente insustentável, sobretudo com Portugal a crescer e o PS a liderar confortavelmente as intenções de voto. Passos Coelho não vai voltar ao governo tão depressa e, se a economia continuar como está neste momento, é possível que nunca mais volte – o PSD perderá a eleições de 2019 e, mesmo que consiga impedir uma maioria absoluta do PS, haverá uma Geringonça 2.0 e um ciclo eleitoral de oito anos dominado por António Costa.

Neste cenário, Passos Coelho sairá inevitavelmente da liderança do PSD. E, com a economia europeia a crescer e a puxar pelas exportações portuguesas, com o turismo a bombar, com os cofres suficientemente cheios para o Governo ir comprando o silêncio do Bloco e do PCP, e com o Bloco e o PCP satisfeitos com um poder que nunca tiveram em 40 anos de democracia, diria que essa é até a hipótese mais provável. É injusto para Passos Coelho, que merecia melhor sorte após os dificílimos anos da troika, e é injusto para a direita como um todo, que parece condenada a só governar nos intervalos em que não há dinheiro – mas quem quer a eterna vitória da justiça vai para os escuteiros, não para a política. Desde a invenção da democracia moderna, aquilo que move o eleitorado é apenas o conforto da carteira e a preservação de um certo modo de vida. Não são os escândalos que destroem um político (Sócrates que o diga), nem certas opressões da liberdade (Putin ou Salazar que o digam), nem tragédias como as de Pedrógão Grande, que o PSD achou que iria marcar a segunda metade da legislatura. Com excepção de pequenas franjas muito politizadas, aquilo que decide o voto é, e sempre foi, a expectativa de cada um poder melhorar, ou pelo menos manter, o seu conforto económico. E, neste aspecto, António Costa com o seu discurso (ainda que falso) do pós-austeridade leva larga vantagem sobre Passos Coelho. Sendo assim, e mesmo que esteja colocado numa posição extremamente desconfortável, Passos Coelho deve engolir o ressentimento, fazer o que está certo e beber o cálice até ao fim. E o que está certo é o PSD mostrar-se disponível para assinar com António Costa os pactos de regime que são essenciais para o país, começando desde logo pelo das grandes obras públicas e pela aplicação dos fundos comunitários. Se não se pode esperar a eterna vitória da justiça em política, também não se deve aceitar que a cada momento ela não seja mais do que cinismo e calculismo. O pacto das grandes obras públicas é estratégico, é justo e é bom, não só para o país, mas também para proteger todos os partidos – e desde logo o PS – da tentação despesita e da negociata rasteira. Um dos méritos da actual política do Governo é demonstrar que a grande travagem no investimento público não prejudica necessariamente a economia, e que, por isso, os grandes investimentos devem ser poucos, sopesados e consensualizados no Parlamento. Disse António Costa: “A esquerda e a direita não se distinguem, em nenhum país do mundo, por decidir se fazem um aeroporto ou não.” É bem verdade. Os partidos políticos em Portugal precisam de ganhar coragem para, às vezes, concordarem uns com os outros. Se Passos Coelho der esse passo, é mais uma dívida que o país terá para com ele. »

52 comentários leave one →
  1. Expatriado permalink
    31 Agosto, 2017 11:01

    Só há uma maneira dos portugueses ficarem vacinados contra a peste negra dos socialismos.

    É deixar a geringonça ir até ao fim desta legislatura. Se necessário, até mais uma.

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    • JgMenos permalink
      31 Agosto, 2017 12:25

      Vou por aí!
      A língua de pau do PS, a sua camarilha de ‘progressistas’ pós-modernos à mistura com corruptos é a luta principal a travar.
      As quebras de transparência governativas não podem ser branqueadas com acordos.
      Em final vão fazer as obras que a geringonça decidir e o acordo (que seguramente sempre existiria em algumas opções) só serviriam para validar a fraude.

      Costa é um carroceiro arrogante, desonesto e chefe de cáfila ( lembrem-se do Cabrita das recomendação).

      PPC será sacrificado provavelmente, mas deve cair de pé.

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    • 31 Agosto, 2017 13:38

      E sem Direita- como até agora.

      Acho óptimo. A escardalhada agradece e faz de tudo o que for preciso. Nem sei para que precisam de uma pseudo-direita ainda mais de esquerda.

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    • 31 Agosto, 2017 13:42

      Claro.
      Que o Passos Coelho é uma pessoa ingénua, é.
      Que é bem intencionado, é.
      Que é trabalhador, é.
      Que é patriota, é.

      Se assim é porque havia de se juntar a um PS que é um partido de xupistas e incompetentes para qualquer serviço?
      O manhoso do Costa sabe isso tudo. Sabe em que partido chafurda e sabe que a capacidade de trabalho e a competência para reformar Portugal está no PSD e também no CDS. Muito por fruto da política de Esquerda que após o 25 de Abril de 1974 obrigou a Direita a refazer-se.
      Se a conjuntura permite ao golpista andar a fazer a festa, paciência. Deixemo-lo festejar com o dinheiro que tem disponível em resultado da política do governo PSD/CDS. Bloquistas e comunistas que o aguentem.

      Desmascarar o Governo Costa, sempre.
      Dar-lhe as ideias e fazer-lhe o trabalho, nunca.

      Há-de cair. Que não hajam dúvidas.

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      • José Ribeiro permalink
        31 Agosto, 2017 13:59

        Caro David Rosa,
        Está tudo muito bem escrito e no geral até concordo consigo, mas só mais uma coisa: prove que o PSD e CDS são partidos de direita.

        Disclaimer: sou de direita e monárquico.

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      • 31 Agosto, 2017 14:27

        Mas a seguir ao 25 de Abril de 74 a direita refez-se? Onde?
        E não digam que o PSD e o CDS são de direita, fica mal.

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      • 31 Agosto, 2017 15:08

        José Ribeiro, se ler bem vai reparar que não refiro expressamente que são partidos de Direita. No entanto, considero que haverá pessoas de Direita nesses partidos. Sabe, eu apesar de referir Direita e Esquerda não me revejo muito nessas classificações. Mas sei que é assim que a maioria das pessoas entende a política. Se quiser, para mim o que interessa é uma política que defenda Portugal e os portugueses. A herança dos nossos antepassados. Somos um povo (uma nação) e um território que temos o dever de preservar. Não tenho nada contra os estrangeiros e até acho que devem ser sempre bem recebidos em Portugal desde que venham por bem. Implica isso uma vigilância apertada que ao primeiro mau sinal ……., rua! Sem apelo.

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      • Tiradentes permalink
        31 Agosto, 2017 19:46

        O PSD, com o CDS no governo foi o único governo em Portugal que aproximou as taxas de imposto sobre os rendimentos das pessoas, aos da pátria mais querida socialista das caraíbas. E ainda dizem que é de direita?

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    • Paulo Valente permalink
      31 Agosto, 2017 17:31

      “É deixar a geringonça ir até ao fim desta legislatura”?
      Parece-me a mim que isso não depende nem de si nem dos restantes comentadores deste blog.
      “Se necessário, até mais uma.” Ahhh para isso, já pode dar o seu contributozinho, basta votar num dos partidos da geringonça, a não ser claro, que esteja a falar da boca para fora. Nesse caso deve votar no PSD, embora não se perceba muito bem o que pretende este PSD, ou no PP (este percebe-se perfeitamente o que quer: entrar em coligação com o partido mais votado, seja ele qual for).

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  2. rão arques permalink
    31 Agosto, 2017 11:05

    É um absurdo e uma arbitrariedade admitir que Passos Coelho deve dar cobertura ao jogo sujo de Costa, quando é bom recordar, que este na oposição proclamava do alto da sua bazófia não querer nada com o governo de Passos.
    Tão biologicamente impuro como trapaceiro, continua na venda de sacada contrafeita sem que lhe selem a carga.
    Mais grave é que continue a dispor de promotores de feira, munidos de folhetins e altifalantes que lhe amparam e promovem actividades tão aberrantes como fraudulentas.
    Sobre se Cavaco foi ou não longe de mais na sua aula, quem assim debita tem que se voltar tanto nas palavras como nos atos para António Costa, expoente máximo da pantomina mais sonante.
    Recordando que Cavaco Silva é um ex-presidente que não perdeu direitos de opinião e cidadania, enquanto o auto arvorado 1º ministro não só ocupa um cargo que não é seu como dele faz uso com alto teor de manipulação e prepotência.
    Deixe-se um homem livre como um passarinho proclamar alto e bom som o seu direito à indignação.
    Até parece que houve um ex-presidente mais igual que os outros.

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    • Paulo Valente permalink
      31 Agosto, 2017 17:34

      O cargo de 1º ministro tem dono? Numa democracia parlamentar (Portugal ainda é uma democracia parlamentar, não é?) o 1º ministro é o indivíduo que é encarregado pelo parlamento (ou pelo presidente com o apoio do parlamento) para dirigir o governo do país. O lugar não só não tem dono, como os patrões podem a qualquer momento resolver contratar outro.

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      • Filipe Costa permalink
        31 Agosto, 2017 19:53

        Você aprendeu isso em 2015, presumo, visto que nunca uma canalhice dessas tinha sido usada.

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      • Paulo Valente permalink
        31 Agosto, 2017 21:48

        Caro Filipe Costa
        A democracia parlamentar não foi inventada em 2015, nem em 1974. A democracia parlamentar é o modelo democrático usado em praticamente toda a Europa Ocidental desde o fim da 2a Guerra Mundial. As regras todos aqueles com um pouco de formação política as conhecem. De facto, o primeiro-ministro em Portugal não é sequer obrigatoriamente alguém ligado aos partidos. Lembra-se de Nobre da Costa? Ou de Maria de Lurdes Pintassilgo? Foram governos curtos precisamente porque não tiveram o apoio de uma maioria parlamentar, mas se tivessem esse apoio poderiam governar enquanto tal apoio se mantivesse.
        Não se trata de canalhice, trata-se de democracia.

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      • Filipe Costa permalink
        31 Agosto, 2017 22:09

        Já sabia que ia embrulhar, juntar, baralhar e voltar a dar. O Sr deve viver numa metrópole, pergunte ao Portugal Profundo se votam natreta parlamentar ou no governo e na cara do pm.

        Viver numa grande cidade dá direito a tratar os outros como jumentos, eu sei e também sei que a seguir me vai dizer que vive em Rio Maior, ou Barrancos ou até Tancos.

        Esse e o vosso erro e o erro de todos os politicos, a vida flui em Portugal, nem que seja na raia alentejana, ou em FozCoa, ou o que quiser.

        Saia do armário e visite o seu País, fale com as pessoas, entenda, pemse e volte aqui com as suas conclusões.

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  3. sam permalink
    31 Agosto, 2017 11:12

    Lá temos nós de recordar a fábula do sapo e o escorpião…

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  4. piscoiso permalink
    31 Agosto, 2017 11:48

    Há aqui uma evolução: agora também posta os artigos do “Público”.

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    • Francisco Miguel Colaço permalink
      31 Agosto, 2017 21:35

      No meio do lixo também se encontram joias perdidas.

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  5. Procópio permalink
    31 Agosto, 2017 12:57

    Há quem navegue na espuma dos dias. João Miguel Tavares é um deles.
    A realidade permanece oculta, o que permite divagações.
    Quem acredita no cenário montado pela geringonça mostra ingenuidade.
    Continuará draghi a enviar a massa a fundo perdido? Esse é o ponto.
    Tudo o mais é espectáculo, ó pateta olha o balão!
    Saberemos a resposta até ao fim do ano. Até lá não teçam conjunturas. É perder tempo.
    PPC foi ingénuo, mas o seu maior defeito para a dupla celo/costinha foi ter a coragem e dizer não. Há quem julgue que dizer sim é forma de encher o bolso.
    O mundo corre depressa demais para quem faz vaticínios de curto prazo.

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  6. Manuel permalink
    31 Agosto, 2017 13:06

    O governo do PS+PCP+PEV+BE deve levar o mandato até ao fim e assumir as suas responsabilidades. Se tiverem um 2º mandato, nada a opor e, se houver resgate, muito provável, devem geri-lo do princípio ao fim. A Helena perguntava há dias, qual o novo imposto que iriam lançar? A Catarina já respondeu com um agravamento do imposto de capitais. Aguardem pelos próximos, dão com uma mão e tiram com a outra, mas os portugueses gostam de ser enganados.

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    • sam permalink
      31 Agosto, 2017 13:08

      Isto é o que se chama interiorizar o masoquismo.

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    • Paulo Valente permalink
      31 Agosto, 2017 17:22

      Pergunto-me: onde é que fez o cálculo da probabilidade do seu “muito provável” resgate?

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      • Manuel permalink
        1 Setembro, 2017 13:23

        Dívida Pública volta a agravar em julho para 249,2 mil milhões

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  7. 31 Agosto, 2017 13:36

    João Miguel Tavares não é mau rapaz mas está na situação daquelas raparigas que acham que deveriam ter nascido homens e se sentem presas naquele corpo feminino.
    JMT acha que é de direita mas está preso naquela mentalidade de esquerda. É o chamado idiota útil que a esquerda portuguesa tanta gosta e preza.

    JMT crê que os resultados eleitorais devem ser ignorados e que as sondagens com as intenções de voto é que são importantes. Nenhum geringonço diria melhor.
    JMT sabe que a geringonça tem a maioria parlamentar para governar mas o PSD é que tem obrigação de celebrar acordos de regime com o PS (o tal que perdeu as eleições que não interessam). Nenhum geringonço diria melhor.

    O resto do texto parece escrito pela Agit-Prop da geringonça.
    O líder partidário que venceu as eleições, e foi afastado do Governo, é que tem obrigação de viabilizar a governação do Governo da extrema-esquerda. É de vir as lágrimas de riso de tão idiota que é o raciocínio.

    A geringonça deve completar sózinha esta legislatura e sem qualquer apoio da Oposição. Não precisa já que tem a maioria dos deputados da AR.
    Após as eleições de 2019 deve continuar a governar (ganhe ou não, é irrelevante) até à extinção de Portugal. Menos do que isso seria frustrante.
    Vários países desapareceram da Europa graças ao socialismo e a extrema-esquerda portuguesa não é menos do que a da URSS, Jugoslávia, RDA e Checoslováquia.

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    • carlos alberto ilharco permalink
      31 Agosto, 2017 21:59

      Absolutamente de acordo, disse tudo e não precisou de muitas palavras.
      Nunca mais voto em Marcelo nem para presidente de uma biblioteca municipal.
      Se Passos Coelho der a mão ( e o pé e tudo o mais) a Costa nunca mais voto no PSD.
      Fico à espera de aparecer um partido de direita,.

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  8. 31 Agosto, 2017 13:39

    Uma coisa é a economia; outra é todo um mundo a que a escardalhada deitou mão e frente ao qual apenas existe vazio.

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    • 31 Agosto, 2017 13:41

      A “economia” escardalha resume-se por esperteza saloia- criar mais Estado para lá meter mais dependentes da cenoura e tirar a dobrar aos que não estão lá dentro.

      Alguém precisa de dar uma forcinha nisto se a “classe média” foi criada assim?

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  9. 31 Agosto, 2017 13:48

    Partir do pressuposto que a economia está a crescer para justificar o sucesso da Geringonça é arriscado. Em termos económicos Portugal está tão bem, mas tão bem, que a cada trimestre estamos sujeitos a uma baixa de rating e novo resgate.
    Há números para todos os gostos – as exportações aumentaram / as importações aumentaram ainda mais. O défice foi cumprido / o Estado deve aos fornecedores. O consumo aumentou / o crédito ao consumo está em valores recorde. Temos o maior PIB do século / a dívida também é recorde.
    Dependendo da interpretação que a DBRS queira dar a isto, está o nosso futuro.
    Portanto eu não dou como garantido que a Geringonça governe oito anos. Aliás, quase garanto que não – basta mudar a política do BCE, basta o PS cheirar uma maioria absoluta.
    Também não vejo vantagem em consensos com a agenda tresloucada de Costa – se mais não houvesse, só a bandalheira que foi este verão mostra a inépcia do sujeito.

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  10. Procópio permalink
    31 Agosto, 2017 13:57

    O que se passa no sítio tem pouco que ver com os salamaleques. Eles desempenham um papel necessário para distrair os incautos.
    A Iberia siga o seu caminho, apenas se vislumbra,. O que se está a passar é um interlúdio.
    Aproveitemos o interlúdio para registar opiniões, contradições, personagens e estados de alma para memória futura. Para já só vemos formas torpes de vontade de poder, egoísmos daninhos que prejudicam gerações.
    UM MOMENTO DE PACIÊNCIA PODE EVITAR UM GRANDE DESASTRE; UM MOMENTO DE IMPACIÊNCIA PODE ARRUINAR TODA UMA VIDA. Proverbio Chinês
    Haverá sempre quem esteja ligado ao mundo das essências, do conhecimento, da ciência e do verdadeiro. A baixa política característica do sítio vai patinhando pelo mundo das aparências, da mera opinião, da conjectura e de crenças arredadas da decência. A baixa política causa sempre danos, eles virão à superfície. Essa será a ocasião de lhes fazer face.

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  11. Aventino permalink
    31 Agosto, 2017 15:01

    Pedro Passos Coelho é uma pessoa decente. Costa não é e nunca será decente.
    Que A. Costa abdique e “ofereça” o cargo de 1º ministro a PPC, oferecendo-se para
    vice 1º ministro.

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    • 31 Agosto, 2017 15:22

      Pois, o manhoso o que queria era ter o PSD a fazer o trabalho e ele a colher os frutos. Mas isso só faria algum sentido no paradigma atual se fosse o Costa a ganhar as eleições e o PSD a perdê-las ficando os dois juntos com maioria de deputados.
      Como não é isso que existe, só por palermice indesculpável é que o Passos Coelho se deixaria juntar ao Costa. Nesse caso então, desiludia-me com o Passos Coelho.

      NÃO! Assim não.
      Para o Costa conseguir o seu intento tem que se sujeitar a novas eleições, ganhá-las, e mesmo assim logo se veria se era possível conciliar os programas.

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      • Paulo Valente permalink
        31 Agosto, 2017 17:27

        António Costa não precisa de ganhar novas eleições para avançar com obras públicas. O que seria conveniente era que as obras públicas com que avançasse resultassem de um consenso alargado, para que um eventual futuro governo do PSD não se visse obrigado a pagar as contas de obras públicas que considerasse indesejáveis.
        Mas o país não pode ficar à espera da boa vontade do PSD (ou do PPC), portanto abertura para o consenso, o governo deve avançar com as suas propostas.

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  12. Procópio permalink
    31 Agosto, 2017 16:18

    O programa do kosta é a cópia tricórnica amarrotada da traição socrática.
    Por boa razão o 44 lhe chama burro. Em vez de um corno só, o kosta usa três..
    Ora se um corno pesa, três pesam muito mais e vai acabar por lhe dobrar a cerviz.
    Entretanto vamos assistindo à substituição do ddt pelo draghi enquanto o juncker se embebeda e o moscovici recita poesia erótica. Uma cena que faz o delírio de alguns com costas folgadas. Enquanto o pau vem…

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  13. Filipe Costa permalink
    31 Agosto, 2017 20:45

    Paulo Valente, leia bem, é só para dizer, que o Sr Cavaco silva ganhou 5 eleições democráticas, o monhé nem uma!!

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    • Paulo Valente permalink
      31 Agosto, 2017 22:53

      Sr. Filipe Costa, o discurso racista mostra o seu nível. Passe bem.

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      • Filipe Costa permalink
        31 Agosto, 2017 22:56

        Vê-se que não conhece Moçambique, a ignorância é crime, monhé só é ofensivo em burgueses mal amanhados. Olhe, eu sou Monhé.

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      • Tiradentes permalink
        1 Setembro, 2017 06:35

        A brigada das virtudes em acção Quiçá poderia ter-lhe chamado esquerdalhamente escurinho e mandar dar um pontapé no cu.

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  14. 31 Agosto, 2017 20:53

    JMTavares passou-se ou estará em vias de passar-se ?

    PPCoelho não tem motivos alguns para ceder a um PM com evidente incompetência, conhecida trafulhice, cabeça com vácuo e repetidos momentos de falta de civismo.
    Não foi o AC-DC que afirmou que o país não pode contar com “este PSD” para nada ? E que o PPC não governou bem ?

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  15. Procópio permalink
    31 Agosto, 2017 22:35

    Outra questão interessante, o comentário:
    “Eu não comento nem declarações nem decisões de antigos ou futuros presidentes. Isso aplica-se ao presente, aplica-se ao futuro. Tenho dito isso desde o início do mandato. Quem é eleito Presidente da República assume um certo dever de reserva e de contenção, em particular nas relações com os seus antecessores, os que já foram Presidentes e com os seus sucessores”.
    É certo que as férias na Comporta eram mais sossegadas que no all garb.
    Não era só o 44 que se aproximava do ddt.
    Eram férias que davam para recuperar de facto. Os bons tempos da tudologia na tvi.
    Agora surgem sinais de desorientação praticamente em todas as saídas aparatosas, poses grotescas, frases contraditória nos seus próprios termos.
    “Eu não comento, mas comenta..”
    Fala em contenção, insiste numa loquacidade imprópria e ridícula…é preciso topete!
    O parachoques da geringonça é de plástico benzido com água benta.
    Uma desgraça nunca vem só.

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    • 31 Agosto, 2017 22:49

      Subscrevo.
      Perfeito: “parachoques da geringonça é de plastico benzido com água benta”

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  16. Cipião Numantino da Boina, anti comunofóbico. permalink
    31 Agosto, 2017 23:08

    Já me tinha esquecido, o quanto é divertido ler os comentários deste blog.
    Muito obrigado, em especial a ultima semana de Agosto até dá gosto ver o desespero dos órfãos do Cavaco.

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    • Churchill permalink
      31 Agosto, 2017 23:14

      Então diverte-te pá, espero que mantenhas o sorriso nos lábios quando o FMI entrar por aí outra vez, ou quando fores ver da reforma e não haver nada para dar.
      O importante é estares feliz, até os palermas têm direito a isso

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      • 1 Setembro, 2017 00:05

        O da boina
        está a tentar ultrapassar o trauma e a orfandade do Sócrates perdedor das legislativas (mais a manjedoura vazia), do Sócrates preso (traidores do chefe não invadiram Évora) e do AC-DC perdedor das legislativas. Ou seja, esquece-se que o PPCoelho ganhou duas eleições seguidas e o AC-DC nenhuma, “bólinha” !…

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    • 1 Setembro, 2017 09:15

      O desespero que todos vemos é o desespero do Governo de extrema-esquerda para conseguir o apoio do partido que venceu as eleições.
      O desespero que todos vemos é o desespero dos partidos do Governo para tirarem Passos Coelho da liderança do PSD porque ele já lhes ganhou 2 eleições.

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  17. Procópio permalink
    31 Agosto, 2017 23:50

    Os òrfãos dos assassinos che, lenine staline andam inquietos.
    A história parece ter dificuldade em voltar para trás.

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  18. 1 Setembro, 2017 01:09

    Vejam a pouca vergonha e a desfaçatez do Costa. Vir chamar político profissional ao Cavaco.
    Quer se goste ou não do Cavaco ele trabalhou de economista e foi professor, além de político, mas o Costa, esse sim nunca se lhe conheceu qualquer profissão além de político. É isto um 1º Ministro!

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    • piscoiso permalink
      1 Setembro, 2017 10:46

      Também acho que Cavaco é um mau político, com a sua dificuldade de comunicação, o que também faz dele um medíocre professor. Economista? É o que há mais por aí.

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      • Arlindo da Costa permalink
        1 Setembro, 2017 18:00

        Cavaco foi um político profissional. Mais de 40 anos consecutivos. Já para não falar quando era informador da PIDE. E quanto a economista receio que o meu vizinho, que é preto e economista, saiba mais do que ele…

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  19. Luis permalink
    1 Setembro, 2017 09:49

    Enquanto houver crescimento na Europa, enquanto houver BCE, e enquanto os malabarismos controlarem aparentemente o defice… o PS ficara no poder. E dentro de dois anos podera ter mesmo uma maioria absoluta, a nao ser que haja um grande escandalo politico ou um qualquer evento externo inesperado…

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  20. Luis permalink
    1 Setembro, 2017 09:51

    Alem do mais quem decide as eleicoes em Portugal sao os mais velhos, os pensionistas. A abstencao e menor e o peso relativo deste grupo etario e cada vez maior. E os pensionistas votam mais a Esquerda, especialmente no Sul… e ficaram amuadinhos com o Passos, quando falou em cortes nas pensoes.

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  21. Luis permalink
    1 Setembro, 2017 09:53

    Foram os pensionistas que decidiram o Brexit… e sao os pensionistas que votam em massa no Podemos. Curiosamente em Franca os pensionistas votaram no Filon.. a Le Pen e mais popular na faixa etaria entre os 40 e os 60… mas este e um novo dado a ter em conta em Portugal. Cada vez mais serao os pensionistas a decidir as eleicoes. E nesse sentido, a Esquerda tem um trunfo enorme nas maos.

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