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A Tragédia da Rua das Flores – Parte II

6 Setembro, 2017

S5002423

 

De uma forma totalmente inesperada e surpreendente, Eça de Queirós, n´ A Tragédia da Rua das Flores que nos legou, aborda o tema do incesto. É uma das características mais profundas dos grandes autores da literatura universal: até neles mergulharmos, nunca sabemos bem o que nos reservam os seus livros. No caso de Eça de Queirós, entre a libertinagem amorosa com a irmã (Os Maias), com a prima (O Primo Basílio) ou com a mãe (A Tragédia da Rua das Flores), fica sempre a dúvida sobre qual o grau de parentesco que servirá de mote à próxima pouca-vergonha.

Decidi registar por escrito estes pensamentos quando, no sábado passado, passeei demoradamente pela Rua das Flores portuense. Bem sei que a obra de Eça se desenrola na homónima via lisboeta, mas não vou deixar que o rigor toponímico estrague esta excelente oportunidade de mostrar aos meus professores de português o quanto estive atento nas suas aulas. E a verdade é que, bairrismos à parte, é já mais que tempo de uma sequela d´A Tragédia a ter lugar na Rua das Flores da cidade do Porto. Pior do que qualquer tipo de relação incestuosa é observar in loco as desgraçadas malfeitorias provocadas pelo turismo naqueles 400 metros. Ainda há poucos anos era um dos mais típicos arruamentos da Baixa e era possível percorrê-lo de ponta a ponta sem encontrar vivalma, permitindo-nos desfrutar em paz da penumbra, da estética das ruínas e do cheiro a chichi. Existia algum comércio não falido – ourivesarias, por exemplo –, mas mantinha as portas fechadas a sete chaves, abrindo-as apenas após análise detalhada dos potenciais clientes que tocavam à campainha. Onde poderemos agora observar tão pitorescas tradições? E havia toda uma adrenalina a estimular-nos quando virávamos as costas à Estação de São Bento: chegaríamos vivos ao Largo de São Domingos, ou a nossa existência terrena seria interrompida por um qualquer marginal ou por uma grade de ferro ferrugenta desprendida de uma varanda? Bons tempos esses, em que vivíamos livres do previsível tédio burguês. Actualmente, impera a falsidade e o artificialismo do negócio capitalista. Hotéis, restaurantes e lojas de recordações ocuparam barbaramente o espaço antes utilizado pelos ratos da Invicta, ilustres descendentes dos que viram nascer o Infante D. Henrique. Onde andarão agora tão genuínos roedores? O cheiro a chichi foi substituído pelas fragrâncias francesas libertadas do vestuário italiano envergado por jovens nórdicas, um retrato revelador da globalização decadente. Artistas de rua, subjugados ao drama da precariedade, cantam, tocam e dançam perante o olhar alienado do invasor estrangeiro. E as tradicionais portas de tijolo de 11 não rebocado, as mais usadas na Baixa do virar do século, foram trocadas por portas que efectivamente abrem e fecham, uma excentricidade não compatível com o carácter de uma grande cidade portuguesa. É por isso imperativo que um escritor de renome se debruce sobre esta tragédia contemporânea, que tem causado a alguns portuenses uma infelicidade só comparável à de acordar ressacado e despido na companhia da irmã, da prima e da mãe.

 

48 comentários leave one →
  1. Democrata com larga experiência — Vende-se permalink
    6 Setembro, 2017 16:26

    »… acordar ressacado e despido na companhia da irmã, da prima e da mãe.«

    As três ao mesmo tempo?

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    • The Mole permalink
      6 Setembro, 2017 16:45

      As três ao mesmo tempo… Ha! Ha!.
      Não tenho grandes dúvidas que para muita da malta aberrante (e berrante) de BE, isso não seria uma “infelicidade” mas sim um sonho. E se ainda aparecesse por lá o pai – para os que o conhecem – tanto melhor!

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    • Sérgio Barreto Costa permalink
      7 Setembro, 2017 16:47

      Claro! Se o Eça, no séc. XIX, tratava de um familiar de cada vez, agora, que somos mais modernos, temos de aprofundar o método.

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      • 8 Setembro, 2017 12:32

        Tragédia portuguesa a sério é o que resulta da geringonça que funciona. PS+PCP+BE.

        Para acelerar a recuperação dos cortes nos vencimentos dos funcionários públicos, o governo PS cortou na Proteção Civil. Resultado, 65 mortes pelo fogo, centenas de feridos e mais de 200 000 hectares de floresta ardidos.
        Dito por outras palavras, trocou votos dos funcionários públicos por mortes violentas e destruição de património.

        A Esquerda é isto, convencei-vos.

        Os portugueses precisam de levantar a cabeça e destruir a geringonça para salvar Portugal.
        Com tudo o que tiverem à mão e até mesmo os votos.

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  2. Joao SIlva permalink
    6 Setembro, 2017 16:55

    G-E-N-I-A-L

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  3. piscoiso permalink
    6 Setembro, 2017 17:12

    Texto irónico, suponho, e muito bem escrito.
    Que venham o(a)s turistas com as fragrâncias francesas substituindo o luso chi-chi.

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  4. Aventino permalink
    6 Setembro, 2017 17:27

    A baixa do Porto vai ficando cada vez mais interessante.
    Porém, graças a 4 responsáveis (3 estrangeiros).
    * RYANAIR e outras empresas de Low Cost, Viagens muito baratas
    * Banco Central Europeu, Crédito acessível para a malta viajar
    * Facebook, Que provoca a inveja na malta, estimulando-a também a viajar.
    * Dinâmica empreendedora de alguns jovens tripeiros.
    Bem hajam!

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    • piscoiso permalink
      6 Setembro, 2017 17:43

      O aumento de ruas pedonais (muito se deve a Rui Moreira), tal como a rua das Flores, tem também contribuído para a revitalização turística de algumas zonas, estimulando o comércio local.

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  5. Eduardo permalink
    6 Setembro, 2017 17:46

    Até me arrepiei…
    Não pelo texto..
    Tão pouco pelo tema…
    Mas ´é que me pareceu na foto uma das casas construídas sob a superior orientação do enjinhero ténico da Covilhã. o ilustre José Pinto de Sousa, vulgo Sócrates.e perguntei a mim mesmo
    — Como é que um edifício de tanta qualidade e tão monumental pode ter chegado àquela ruína.
    Fica ao cuidado do senhor martelo mandar averiguar as razões, isto se entretanto também não perder o pio

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    • piscoiso permalink
      6 Setembro, 2017 18:01

      A foto foi tirada na rua Coronel Raul Peres no Porto. Esses edifícios foram entretanto demolidos e no local está a ser construído um prédio.
      Os edifícios da foto, de antigos que eram, só poderiam ter sido construídos por um avô ou bisavô do Sócrates.

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      • Eduardo permalink
        6 Setembro, 2017 21:48

        Obrigado pela informação, senhor pis coiso qualquer coisa

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  6. Eduardo permalink
    6 Setembro, 2017 17:48

    corrigenda
    onde se lê “Mas ´é que me pareceu na foto”
    deverá ler-se:
    Mas é que me pareceu ver a foto

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  7. Luis permalink
    6 Setembro, 2017 18:30

    O que se passa com o turismo explica-se resumidamente assim. Uns movimentos anarquistas e radicais na Catalunha decidiram explorar o filao dos insatisfeitos e frustrados com o turismo, explorando irracionalismos xenofobos, comunistas que veem o turismo do ponto de vista do marxismo ortodoxo (actividade capitalista…), insatisfeitos porque nao podem pagar a renda no centro de Barcelona (como se no resto da Europa e nos EUA o centro das cidades fosse acessivel a classe media), e ate a providencial inveja, tao tipica dos ibericos, neste caso contra o vizinho porque esta melhor na vida gracas ao rendimento extra do arrendamento a turistas ou contra o turista endinheirado com ostenta roupa de marca e uma maquina fotografica de 500 euros.

    As elites portugueses sao por essencia altamente provincianas. Nao ha movimento ou ideia da moda que nao absorvam, sem qualquer triagem previa que implique um estudo aprofundado do que esta em causa. A isto misturaram-se saudosistas de uma Lisboa “antiga”, bairrista, pelintra, pobre, mas “portuguesa”, mais uns intelectuais snobs da Esquerda a Direita que se incomodam com o turista classe media (parece que para alguns esquerdistas amigos dos “pobrezinhos”, esses mesmos “pobrezinhos” nao devem poder viajar). E como a comunicacao social esta concentrada na capital, Lisboa fala em nome do pais contra o turismo, mesmo que os restantes 9 milhoes e meio de habitantes de Portugal nao partilhem de tais ideias.

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    • 8 Setembro, 2017 09:32

      discordo
      “As elites portugueses são…”
      quais elites?
      a esperteza provinciana portuguesa castra à nascença qualquer um que veja mais que um palmo à frente do umbigo
      qualquer movimento denuncia a inércia mediocre
      o provincianismo é politicamente ambidextro
      as pessoas notáveis que nasceram em portugal são e só fenómenos do entroncamento
      com estátua póstuma assegurada

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  8. Luis permalink
    6 Setembro, 2017 18:31

    Alias por falar em Catalunha, se fosse a nossa geringonca nao dormiria descansado com o que se esta a passar em Barcelona, uma verdadeira tentativa de golpe de Estado que, a ir em frente, vai arrasar a economia e as financas espanholas e arrastar pelo caminho Portugal para a desgraca.

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  9. Procópio permalink
    6 Setembro, 2017 18:42

    O avô não terá sido o construtor, andava ocupado em ender volfrâmio aos boches nas tasquinhas de São Lourenço onde se juntavam os recetadores.
    Bons tempos em que se “acendiam os charutos com notas”, e se “acompanhava o caldo verde com pão de ló”.
    Júlio, o “Reco”, o avô materno, tinha mais que fazer que construir mêsons.
    Se voltasse ao mundo até se arrepiava.

    Agora tragédia, tragédia, é a bolha que está »a espreita.
    Entretanto o sítio é o melhor para viver, trabalhar, namorar, comer e mijar.
    O cúmulo das fake news.
    Para quem amigos claro ou que trouxe os dólares na mala.

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    • 6 Setembro, 2017 19:01

      Procópio, óptimo !

      As tais casas “do” Sócrates ! Aí começou a sério, a incontrolável gula do dito cujo !, que o levou à montra do Bijan, ao estágio em Évora e…veremos.

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  10. 6 Setembro, 2017 19:09

    SBCosta,

    excelente post !
    Azar do carago, se por exemplo num hotel “da Rua das Flores” surgir na cama uma hermafrodita florida…

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  11. Filipe Costa permalink
    6 Setembro, 2017 19:57

    Sou do Porto, nascido, nado e criado até aos 2 anos, depois fui para Matosinhos. Conheço a Cidade há mais de 40 anos, não admito as criticas das esquerdas e dos alucinados, há 10 atrás, nem é preciso mais, desde Cedofeita até à Ribeira não havia vivalma, nada, as pessoas queriam fugir dali e pediam casas à Câmara, tudo podre.

    Quem conseguia descer a Rua Escura de noite sem ser roubado? Só por sorte e mesmo assim….

    Deixem a Cidade respirar.

    Só mais uma coisa, há 10 anos alugava-se uma casa nos Loios por 180 euros, quase a cair mas habitável, em Dublin ja se pagava 1400 euros por uma casa T2 no Centro da Cidade.

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  12. 6 Setembro, 2017 20:04

    Mas que merda, mais uma, é esta ? Pessoas que ficaram sem bens, imóveis e outros devido aos incêndios em Pedrógão e noutras zonas, se tiverem danos superiores a 5000 euros são obrigadas a colectarem-se nas Finanças para receberem apoios !…

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    • José Ribeiro permalink
      7 Setembro, 2017 15:52

      A filha da putice é de tal maneira tão grave que não importa as desgraças que a população sofra. Há sempre um subterfúgio para sacar mais dinheiro e alimentar o sorvedouro de recursos que é a função pública.

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      • 7 Setembro, 2017 17:24

        Não quero acreditar que este governo esteja a “sacar mais dinheiro” doado às pessoas afectadas pelos incêndios –seria absolutamente imperdoável e qualquer condenação grave teria de haver– mas para já são uns miseráveis trafulhas, mentirosos e incompetentes.

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  13. piscoiso permalink
    6 Setembro, 2017 20:26

    Estive há dias na Mercearia das Flores, nessa rua, e aquilo de mercearia já pouco ou nada tem, agora com esplanada e guarda-sóis na rua, pejado de turistas a comerem e beberem o que da “mercearia” lhes é servido.
    É uma pena que já não se possa comprar lá meio quilo de bacalhau.

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  14. Luis permalink
    6 Setembro, 2017 20:46

    “Tudo muda, tudo se transforma”. Tem muitos sitios na Baixa onde ainda pode comprar bacalhau. Nao podemos querer e que a cidade continuasse a viver no seculo XIX. E possivel manter a identidade mas modernizar e adaptar o comercio.

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    • Tiradentes permalink
      6 Setembro, 2017 21:26

      Foi por comprar só meio quilo de bacalhau que o dono da mercearia ía fechando e como tem de viver começou a vender comes e bebes na esplanada. se querem a mercearia para ir lá buscar meio quilo de bacalhau, dêem parte dos vossos rendimentos para ele poder viver sem abrir a esplanada

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      • Tiradentes permalink
        8 Setembro, 2017 07:31

        a minha só era descritiva

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    • piscoiso permalink
      7 Setembro, 2017 09:56

      Claro que a minha referência ao meio quilo de bacalhau era irónica.
      Só louvo o comerciante pela adaptação.

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  15. Luis permalink
    6 Setembro, 2017 20:55

    Lamento a miseria intelectual e pelintrice em torno deste tema.

    A Lisboa e o Porto pelintras e acessiveis a nivel europeu tem uma raiz: Portugal nao se industrializou e a populacao nao se urbanizou no seculo XIX. A Lisboa dos bairros com figuras tipicas em parte e sinal da nossa pobreza. Se fosse uma cidade rica nao teria “povo”. Isto nao tem muito que ver com a identidade da cidade: essa anda a ser destruida desde meados do Estado Novo, quando foi instaurada a cultura do mamarracho.

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  16. Luis permalink
    6 Setembro, 2017 21:05

    Lisboa nao e uma cidade mounumental (como Napoles, Roma ou Viena). Nem tem grandes museus. A maior riqueza da cidade estava na arquitectura e no equilibrio que havia com o espaco envolvente (colinas, Tejo, luz). E nao e monumental nem tem grandes museus, em parte, por causa do terramoto, mas tambem porque Portugal desde as invasoes napoleonicas que e um pais pelintra. Todas as capitais globais tem rendas altissimas e os centros nao sao para familias de classe media. Querer que o centro de Lisboa seja a forca acessivel a todas as camadas sociais e querer manter a forca a pelintrice em que temos vivido ha 200 anos. A pobreza continuara Fado enquanto as pseudo elites pensarem assim. Alem do mais, para gerir bem a cidade ja se deveriam ter fundido ao concelho de Lisboa parte das areas urbanas limitrofes (Amadora, Loures, Odivelas). Seria mais facil assim gerir a cidade.

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  17. 6 Setembro, 2017 23:19

    Andei com a manivela para trás; o que são 40 em mais de 800, e vi uma rua das flores a fervilhar de actividades. Não havia turismo e o desemprego era residual. Era no tempo em que fazíamos coisas e na rua das flores o edificado comprimia os portuenses de segunda a sábado (o comércio estava aberto).
    Hoje a aposta é na indústria do trabalho barato. Ainda cá não chegou o contrato a 0 tempo mas, não deve tardar.
    O articulista vai “em busca do tempo perdido” ahahah e não reparou que foi o cavaco enquanto primeiro ministro que destruíu a “rua das flores”

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    • Tiradentes permalink
      7 Setembro, 2017 07:06

      Ou seja ….o cavaco quando eleito por duas maiorias, pegou na marreta e foi destruindo as “ruas das flores” (há muitas “fotos” dele com a marreta na mão). Depois veio o guterres que metido no pântano nem consguiu fazer nada pelas “ruas das flores”. As “ruas das flores” só foram reerguidas pelas PPPs do sócrates, que em vez da marreta destruidora usou uma pá para cavar um buraco tão fundo que até teve de chamar a troika para o tapar. No final e finalmente a felecidade chegou à “rua das flores” com o costa com a foice e martelo de um lado e a estrela do outro a fazer a felicidade da “rua das flores”.
      E o capuchinho vermelho comeu o lobo mau

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    • Sérgio Barreto Costa permalink
      7 Setembro, 2017 16:50

      Passei algumas vezes na Rua das Flores entre 1985 e 1995 e nunca lá vi o Cavaco! Devia estar no subsolo a minar os alicerces;)

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  18. PiErre permalink
    7 Setembro, 2017 07:53

    Mas que grande soneira que isto me dá!!!!!

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  19. Procópio permalink
    7 Setembro, 2017 09:29

    Tiradentes, nã foi nada.
    https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRMoLWENdCthc10bBGr-iWODfYDQyPTLEMXLLN4l-xbIQrKIfqY
    Quando o lobo mau começa a ter fome não há vermelho que resista

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  20. Procópio permalink
    7 Setembro, 2017 10:59

    Há alturas em que se levantam os ventos.
    Quando o José dá mão à Katia Martins e à Irmamortágua o furacão não perdoa.
    It’s Time for Draghi to Talk About the Elephant in the Room
    By Carolynn Look and Alessandro Speciale
    7 de setembro de 2017, 00:01 WEST 7 de setembro de 2017, 10:22 WEST
    “They are entering a decision-making phase,” Bjoern Eberhardt

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  21. Procópio permalink
    7 Setembro, 2017 11:11

    Eh, pá, que é lá isso!
    “BCE: compra de dívida portuguesa com novo mínimo de 414 milhões”.
    Tenho dívidas para pagar, carro, casa , electrodomésticos, fiquei a dever 1000 euros à Ornélia da agência de viagens, não dispenso aquelas coisinhas, tá ver…não vão agora a começar a pôr pedras à nossa geringonça, temos o kosta espertalhão com os outros no bolso, temos o genial sem tino pronto para avançar não sei bem para onde, a esquerda sempre a faturar, a minha avó recebeu mais 4 euros na pensão e já quer ir comigo beber uma mini là para o norte na Rua das Flores ó lá o que é, a mim quem me tira a baixa tira-me tudo. Deixem-me sossegado porra, quero ler e acreditar no ladrão de bicicletas, vou às alturas com os filósufus barrigudos e tenho a certeza que o benfica, o Porto e o Sportinng vão todos ganhar o campeonato. Eu sou daqueles que gosto de ver toda a gente feliz.

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  22. Expatriado permalink
    7 Setembro, 2017 15:34

    Uma, das muitas, tragédias sem flores levadas a cabo pelo regime.

    Passam hoje 43 anos desde o último grito de portugalidade em África. 7 de Setembro 1974 em Lourenço Marques, Moçambique.

    Que disseram ou publicaram as rádios, TVs e jornais dos milhares de mortos a partir de 11 de Setembro?

    Depois de Victor Crespo ter desarmado a população branca, voltaram à carga com mais uns milhares de mortos a 20 de Outubro.

    Tudo programado pelo PCP às ordens da URSS.

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  23. Procópio permalink
    7 Setembro, 2017 15:50

    http://observador.pt/2017/09/07/bce-decide-em-outubro-se-avanca-para-o-desmame-dos-estimulos-monetarios/
    Não estou a gostar da cara deste gajo.
    Ele adia, adia mas um dia estoira.
    Só a partir dessa fase é que vale a pena ver os noticiários na têVê manipulada a rigor pela propaganda nacional socialista disfarçada de democracia.

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  24. 7 Setembro, 2017 17:32

    Pelo que já está e continuará a acontecer nas Caraíbas e a partir de sábado na Flórida devido aos furacões, espero que alguém na Casa Branca meta na cabeça do destravado mental DTrump que o aquecimento global e não só, é uma realidade cada vez mais gravosa, imparável(?) e não “invenção” dos chineses…

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  25. Procópio permalink
    7 Setembro, 2017 19:15

    Vocês aí da rua das flores. Olhem que há fucacões não tropicais que podem chegar aí.
    Tenham produtos básicos à mão, comida e água suficientes para pelo menos três dias – sete dias é o ideal -, tendo em conta as necessidades alimentares de cada membro da família.
    Devem também ter um kit de emergência, que inclua medicamentos e papel higiénico. Preparem lanternas e um rádio a pilhas, carreguem aparelhos eletrónicos. Anotem o número de telefone daqueles amigos que dão tudo quando a gente precisa.
    Os beijinhos não vão chegar para todos e não se fiem em doações
    Os mais avisados não esperaram pelo sarilho, foram de mochila às costas e zarparam.

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  26. Procópio permalink
    7 Setembro, 2017 20:00

    http://www.cmjornal.pt//multimedia/videos/detalhe/gado-a-solta-em-praia-de-vila-do-conde
    Não é só em Vila do Conde. Essa é a tragédia.
    Depois há umas garrafas de vinho, mas aposto que ninguém se lembra de nada.

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  27. licas permalink
    7 Setembro, 2017 21:06

    Vinho, para quê?
    “Drogados” pela “tolerância” `à podridão já andamos há séculos, E OS “HABILIDOSOS.
    esses, prosperam.
    Vejam
    É sabido que Isaltino Morais está capacitado pelos instâncias respectivas a candidatar-se nas próximas Eleições a Presidente da Câmara de Oeiras mesmo depois de recentemente cumprir pena de prisão por fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
    Cumprio, está livre de assim proceder.
    Podemos fazer um retrato psicológico dos seus futuros votantes:
    __1__Eu, confessa o Eleitor, nas mesmas circunstâncias também se pudesse fugiria ao Fisco,
    __2__A mim que me interessa o episódio, não obstante desta vez ser independente, não continua a pertencer ao meu Partido?
    __3__Desde que garantem a minha reforma (ordenado FP) que me importa que “roubem” o Estado
    __4__Frude? Fraude cometem todos no Estado Ladrão: se o futuro Presidente prosseguir nos mesmos intentos que seja mais cuidadoso para não ser descoberto.

    E é assim que se escolhem os mais aptos para o desempenho de funções admnistrativas na Tugolândia. . .

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    • Tiro ao Alvo permalink
      8 Setembro, 2017 18:38

      Ou então como disse o Otelo, o revolucionário de Abril: “roubou e fez essa obra toda? Então os outros roubaram mais. Vou votar nele.”

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  28. 7 Setembro, 2017 23:02

    Quando não havia turistas Portugal gastava milhões a promover o turismo. Resultou. Agora não os querem cá. Quando os afugentarem volta-se a gastar milhões para os trazer de volta.

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  29. Procópio permalink
    7 Setembro, 2017 23:32

    MJRB, não nos precipitemos com conclusões apressadas.
    https://nextgrandminimum.wordpress.com/

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    • 8 Setembro, 2017 00:04

      Vi e li o que recomendou.
      Eu, nada precipitado. Por enquanto só uns “sopros” violentos e uns aquecimentos ainda suportáveis.
      E siga o baile, porque os chineses, os meteorologistas, ou o Acordo de Paris, são loucos. Trump é que tem juízo, um sábio.

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      • Tiradentes permalink
        8 Setembro, 2017 07:36

        Pelo menos é sabio no aspecto do acordo de Paris permitir ao maior poluidor do mundo, a China, aumentar as suas emissões de CO2 em 30% e obrigar o 2º maior poluidor a diminuir 30%. O que aliás já foi provado cientificamente é que CO2 ocidental aquece o planeta e CO2 oriental, sobretudo produzido pelo comunismo arrefece o planeta. (Paris dixit)

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  30. licas permalink
    8 Setembro, 2017 00:14

    Procópio

    Irei ler com mais cuidado a anti-tese do Aquecimento Global,
    esta por vezes tão dramaticamente (direi melhor histericamente)
    defendida pelo “ecologicamente correcto”.
    Para já, muito obrigado por ter-me faculdado o texto acima indicado.

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