Que decidam, livremente
O direito à auto-determinação dos povos não é, nem pode estar dependente de constituições dos estados de que façam parte, sob pena de tal direito ser negado por nunca poder ser exercido. Tal direito é natural e como tal reconhecido pelo direito internacional, pela Carta das Nações Unidas e até, e bem, pela Constituição portuguesa.
Obviamente, é sempre melhor que o Estado de que tal parte se queira separar, seja liberal e democrático ao ponto de permitir o exercício livre desse direito. Tem sido assim felizmente , por exemplo no Canadá com o Quebeque, e foi assim na Escócia.
Em Espanha, o estado central faz finca pé em não permitir o exercício desse direito. O que só vai levar ainda mais gente para o campo da independência, e criará certamente conflitos escusados entre o poder autonómico e o poder central. Bem mais sensato seria livre e democraticamente, aceitar criar as condições para o exercício desse direito e só depois do resultado lidar seriamente com as consequências, se as houvesse. Da forma como governo central espanhol actua apenas levará a conflitos e a uma maior radicalização. Parece tudo fazer para que de facto eles saiam, agora ou mais tarde. Mas tem ainda tempo para emendar a mão e usar da sensatez por forma a que os catalães possam livremente decidir do seu destino.
“Em Espanha, o estado central faz finca pé em não permitir o exercício desse direito. O que só vai levar ainda mais gente para o campo da independência, e criará certamente conflitos escusados entre o poder autonómico e o poder central.”
a) Mais de 50% dos catalães estão contra o referendo e a independência!
“Bem mais sensato seria livre e democraticamente, aceitar criar as condições para o exercício desse direito e só depois do resultado lidar seriamente com as consequências, se as houvesse.”
b) Quer-se dizer, depois da casa roubada, trancas à porta. Muito sensato, sim senhor.
“Da forma como governo central espanhol actua apenas levará a conflitos e a uma maior radicalização. Parece tudo fazer para que de facto eles saiam, agora ou mais tarde. ”
c) Os radicais não estão no governo central, estão dentro do governo catalão! Esses é que são os extremistas populistas que adoram colocar as pessoas umas contras as outras. O lema desses marxistas foi, é e será sempre “Dividir para reinar”.
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“Mais de 50% dos catalães estão contra o referendo e a independência!”
Baseado em?…
Se mais de 50% estão contra a independência, então o não à independência vencer o referendo vai ser trigo limpo.
Quem tem medo de eleições e referendos?
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“Baseado em?…”
Em sondagens divulgadas em vários canais da televisão Espanhola.
“Quem tem medo de eleições e referendos?”
Não se devem abrir precedentes!
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Se na Madeira ou nos Azores o Parlamento local decidir fazer um referendo para serem independentes qual será a sua posição sobre o assunto?
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A posição normal: que tais populações escolham livremente o seu caminho, o de irem ou de ficarem. Não vejo nem qual o problema nem qual a dúvida, Que sejam livres para decidir o seu destino.
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E se forem os Alentejanos a pedir a independência? Ou os Nortenhos que decidam juntar-se à Galiza independente e formar a Região Norte Atlântico?
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Não me parece assim tão simples, desde já porque a Constituição no seu Artigo 5 o proíbe, num paralelo muito interessante com a Catalunha.
E depois a pergunta que aparentemente esse mesmo artigo autoriza, eu tenho direito a votar?
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Da mesma forma deveria o Estado Espanhol ter cedido às reivindicações da ETA – ademais evitando as mortes causadas pelo terrorismo da ETA, concedendo-lhes tudo o que quisessem em nome da “direito à auto-determinação dos povos” e outras tiradas do género…
Cada vez mais tenho de dar razão a George Orwell,
~ “Liberal: um adorador do poder sem poder”…
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Boa viagem!
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Rasputine PERMALINK
17 Setembro, 2017 16:49
Seria o Compadre-“shit”
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O finca-pé de Espanha tem razões económicas.
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..
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Catalunha, Açores e Madeira são regiões autónomas.
Açorianos e madeirenses já tiveram líderes independentistas. Demasiado dependentes do Continente, da massaroca do Continente. Resultados das fracas tentativas, nada !
A Catalunha continua com uma Identidade, Cultura, potentes actividades próprias. Leia-se e entenda-se atentamente o seu passado para perceber onde.
Não é a primeira vez que surge uma forte oposição a Madrid e consistente tentativa de querer e lutar pela independência. Tem-se consolidado esse desejo. O Mundo, todo ele, é muito diferente (e com meios de comunicação céleres e aperfeiçoados…) se comparado com o de por exemplo há vinte e cinco anos.
Tem território e diversificadas forças suficientes para ser independente.
É um povo republicano, anti-monárquico, não quer ser dependente de Madrid nem obediente a um rei nomeado por sucessão familiar.
Cabe aos catalães decidir.
Se conseguirem a independência (não creio que será desta vez), Espanha começará a sofrer consequências hoje imprevisíveis, na área económica, social, política, cultural e autonómica (outras regiões anseiam o mesmo que a Catalunha). Não creio que a Catalunha independente se declare inimiga da restante Espanha ou de Madrid.
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A Catalunha nunca foi independente. Vive a loucura de um tolinho que não foi capaz de acabar um curso, que delapidou a herança familiar, um espanhol de gema adotado, etc. Os anteriores eram corruptos até ao tutano: trata-se do umbigo de uns mesquinhos que querem um poleiro e ficar na história.
A Catalunha pode ser independente mas tal tem que ser discutido pela união e votado pela união: não uma decisão unilateral, anti-democrática e anti-constitucional. Na Catalunha quem se opõe não tem voz e é perseguido.
Companys acabou mal e este imita-o em tudo.
Quanto à parte económica a Catalunha está em queda, Madrid está em ascensão. Madrid contribui bem mais para Espanha que a Catalunha. Se se entra nesta lógica da economia de cada um por si então a Andaluzia socialista, a Extremadura socialista, etc vão passar a ser um 3º mundo.
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Recomendo que vá ao blog Portadaloja, tem num post recente leitura muito elucidativa sobre mais um tentáculo do Sócrates.
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A.R.,
enganei-me, devia ter colocado o comentário no post da HMatos acerca do Sócrates.
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Se a Catalunha pode ser uma Nação; não sei a que título a Espanha o não é ainda mais.
os independentistas são fascistas em miniatura.
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O problema é quem se segue? Os Bascos, claro. E depois?
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O Alentejo… já é independente… Segue-se o Allgarve Depois da Estremadura mais tarde será vez da Beira Litoral, por fim (até ver) o Minho, Alto Douro, Tras o Montes ….
A luta continua…
Independência ou morte, venceremos!
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O que me preocupa é a independência das Berlengas e do madeirense ilhéu minúsculo onde “vive” um não sei quê príncipe que recebeu o “exilado” deputado-maluco Coelho.
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Eu estava a falar de Espanha caro colono. Mas sim, há grandes pressões separatistas por todo o lado. A parte basca francesa, a Córsega, a Sardenha, aliás a própria Itália norte/sul, a Escócia.
Creio que os Catalães se arriscam a ser o primeiro califado na Europa, ou seja, talvez estes não sejam os tempos para isto. Mais tarde se saberá quem paga estes anseios.
Portugal até é relativamente coeso, até porque é pequeno. Mas engana-se quanto ao Alentejo, Algarve, e outros. Lisboa é que será a primeira a declarar independência, porque para os políticos Portugal é Lisboa e o resto que se f***
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Não é muito habitual mas tenho que dar os meus mais sinceros parabéns ao autor deste post.
De facto, se o povo catalão quiser independente, por via democrática e pacífica, é um direito que todos nós devemos reconhecer.
A Espanha está a revelar o pior. Aliás, Portugal tem que estar sempre atento aos castelhanos. São um povo vingativo, invejoso e cavernoso.
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E se Lisboa quiser ser independente quem é que a vai sustentar?…
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Sustenta-a a esperteza para o negócio já inquestionável do Medina, mais o PIB sempre a aumentar e o inexistente lixo graças a esse grande cérebro AC-DC. Se houver problemas, o MCThomaz resolve com afectos e beijos.
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