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O golpe de Puigdemont

5 Outubro, 2017

Alfonso Guerra braço direito de Felipe Gonzalez deu uma entrevista ondo deixa claro que vários pontos. O primeiro e mais notório é que ao senhor Puigdemont não lhe sobraria um cabelinho na cabeça caso tivesse pela frente o velho PSOE. O que está a acontecer em Espanha só é possivel porque o PSOE se entregou nas mãos dos que gostavam de ser o Podemos. Assim a ETA foi vencida graças ao Pacto de Ermua que uniu socialistas e populares no combate aos terroristas e agora não conseguem uma estratégia comum para tratar da Catalunha.
O que está a acontecer na Catalunha como refere Guerra é um golpe de Estado. Não questiono o direito dos catalães a decidirem o seu destino – repito que para Portugal uma Catalunha independente não é uma boa notícia mas enquyanto portugueses temos de nos adaptar ao que ali for decidido –  mas não é isso que está a acontecer: numa Catalunha em que os radicais ficaram senhores da agenda está a ter lugar um golpe de Estado. Se Puigdemont conseguir impor o que chama “direito a decidir” na Catalunha por largo tempo teremos simulacros de decisão.

74 comentários leave one →
  1. Alain Bick permalink
    5 Outubro, 2017 10:29

    A denominação “Catalunha do Norte” (“Catalunya del Nord”, “Catalogne du Nord”), desconhecida fora da Catalunha, foi cunhada pelo francês Alfons Mias nos anos 1930[1] e recuperada nos princípios da Transição espanhola por setores catalanistas e a própria Generalitat da Catalunha como “Catalunya Nord”. Também o Conselho Geral de Pirenéus Orientais em algumas ocasiões referiu o seu território como “Catalunya Nord”[2]. Não é um nome oficialmente reconhecido por nenhum estado.

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  2. Euro2cent permalink
    5 Outubro, 2017 10:37

    É o Soros, não é?

    E há para aí totós que engolem a publicidade e excretam solução salina …

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  3. Expatriado permalink
    5 Outubro, 2017 10:39

    Não será nada de estranhar que usem estas ‘técnicas’ nem que a CS cá do burgo as propaguem.

    http://observador.pt/2017/10/03/catalunha-imagens-falsas-do-dia-do-referendo-circulam-nas-redes-sociais/

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  4. Juromenha permalink
    5 Outubro, 2017 10:57

    Alguma referência à CUP nos merdia domesticos?
    Com um módico explicativo,”por supuesto”…

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  5. 5 Outubro, 2017 11:38

    No referendo de 1931 os espanhóis decidiram-se pela república e abriram as portas para que as nações aglutinadas sob a designação de Espanha decidissem elas mesmas sobre os rumos a tomar. Contudo, para restaurar a democracia depois da inquisição franquista, em 1976, instituições e dirigentes não eleitos impuseram-lhes a monarquia como se nada tivesse acontecido – e não se fala mais nisso.

    Os franquistas que habilidosa e oportunisticamente assumiram o processo de transição em 1975, de mãos dadas com o rei, com as costas protegidas pelo intocado aparelho repressor militar franquista, e sempre com a bênção da reaccionária hierarquia católica, fizeram de conta que a vontade legitimamente manifestada pelos espanhóis antes do golpe e da guerra civil perdera validade; e proclamaram hipocritamente a restauração plena da monarquia como uma garantia de paz, estabilidade, unidade e democracia.

    É contra este imobilismo anacrónico da trindade rei, pátria e igreja católica que a Catalunha se vem movimentando, tentando retomar o fio à história sem golpes nem violência, apenas através do uso do voto pelos seus cidadãos em referendo decidido pelo Parlamento Autonómico, livre e democraticamente eleito.

    É. Bom saber um pouco de história

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  6. Manuel permalink
    5 Outubro, 2017 11:42

    Ao longo da história o processo da independência foi sendo travado com sangue. Será que desta vez será diferente? Estou ao lado da coroa e da unidade de Espanha, se fosse 1º Ministro: tentava aprovar no parlamento o artº 155 (suspensão da Autonomia), mandava prender puijmont, junqueras, forcadell, Ada Colau por traição, julgava os comandantes dos mossos de esquadra e reorganizava a polícia da Catalunha e pelas dúvidas declarava o estado de emergência na Catalunha com uma divisão militar nas ruas. Se a violência autonómica não parasse, cortava os salários e reformas a toda a população da Catalunha. Se não forem parados, em breve, teremos corrida aos bancos e a desintegração de Espanha e não esquecer que Espanha é o nosso principal cliente (25% da exportações) e dado o “toque de Midas” da dupla Marcelo&Costa podemos ter nossa tragédia pior que Pedrogão e o maior roubo de armas do século.

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  7. helenafmatos permalink
    5 Outubro, 2017 11:45

    Portanto a actual posição do governo da catalunha é legítima porque baseada numa votação dos anos 30 sendo ilegítima a votação de 1978?

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    • 5 Outubro, 2017 12:45

      Eligitimo foi o golpe fascista de Franco. Em síntese: a chamada transição para a democracia foi viciada através da reactivação abusiva da monarquia, regime rejeitado em referendo pelos povos de Espanha.

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      • 5 Outubro, 2017 12:55

        King Arthur: Well, I am king.

        Dennis: Oh, king eh? Very nice. And how’d you get that, eh? By exploiting the workers. By hanging on to outdated imperialist dogma which perpetuates the economic and social differences in our society. If there’s ever gonna be any progress…

        Peasant Woman: Dennis! There’s some lovely filth down here… Oh! How do you do?

        [Dennis joins the Peasant Woman in the nearby filth patch]

        King Arthur: How do you do, good lady? I am Arthur, king of the Britons. Whose castle is that?

        Peasant Woman: King of the who?

        King Arthur: The Britons.

        Peasant Woman: Who’re the “Britons”?

        King Arthur: Well, we all are. We’re all Britons, and I am your king.

        Peasant Woman: Didn’t know we had a king. I thought we were an autonomous collective.

        Dennis: You’re fooling yourself. We’re living in a dictatorship! A self-perpetuating autocracy, in which the working classes…

        HELP, HELP, i’M BEEING REPRESSED!

        (a historieta é sempre a mesma)

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      • 7 Outubro, 2017 01:08

        Vá-se mas é, tratar, aldrabão: não houve referendo nenhum para a república! Houve em 1977, apenas, e só esse tem legitimidade. Os tais povos de que fala VOTARAM EM MSSA NA MONARQUIA que lhes deu as autonomias e a liberdade e os anos amis estáveis que Espanha já teve. Ainda têm a lata de dizer que os outros é que manipulam.

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  8. Procópio permalink
    5 Outubro, 2017 11:49

    Kremlin “há anos mexe na ferida da luta catalã pela independência”, pois isso “faz parte da estratégia para enfraquecer a União Europeia”. A Rússia age com ajuda do fundador do WikiLeaks, Julian Assange desde 9 de setembro publicou dezenas de tuítes de apoio ao separatismo catalão. El Confidencial.
    Sigam os tweets de Assange e percebem melhor.

    O apoio de Putin aos independistas é parte da resposta do que acontece na Crimeia.
    O mundo está cada vez mais pequeno, não tão perigoso quanto o fazem parecer.
    Sucedem-se as jogadas de xadrez sem se chegar ao cheque ao Rei, senão o jogo acaba.
    Os mais pequenos pagam sempre as favas. Ao sítio ainda não chegaram.

    Fundação Open Society Initiative for Europe («Iniciativa para a Europa da Sociedade Aberta» -ndT) de George Soros financiou em 2014 organizações militando pela independência da Catalunha, revelou La Vanguardia no ano passado. Destinou:
    – 27. 049 dólares para o Consell de Diplomàcia Pública de Catalunya (Conselho de Diplomacia Pública da Catalunha); organismo criado pela Generalitat de Catalunha com vários parceiros privados;
    – 24.973 dólares para o Centro de Informació i Documentació em Barcelona (CIDOB – Centro Internacional de Informação e Documentação de Barcelona), um “think- tank” independentista.
    Milhões para o P(h)odemos e outros europeus grupelhos da extrema esquerda, artistas na arte de armar confusão. A classe média assiste à sua extinção acelerada.

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  9. Procópio permalink
    5 Outubro, 2017 12:07

    http://observador.pt/2017/10/04/biofarmaceutica-anuncia-mudanca-de-barcelona-para-madrid-e-valoriza-quase-8-em-bolsa/
    A propósito da sabedoria que a história nos dá.

    Dois meses depois de iniciado o levantamento militar (Alzamiento) que deu inicio à Guerra Civil Espanhola, o Governo da República, cujo Presidente era Manuel Azaña, Primeiro Ministro Largo Caballero e Ministro das Finanças Juan Negrin (depois também Primeiro Ministro) resolveu despachar para lugar que pensavam seguro a maior parte das imensas reservas de ouro do Banco de España (foto acima), estimadas em 750 toneladas.

    Foram enviados à URSS 510 toneladas em secreta e complexa operação que levou o ouro de Madrid, onde estava nos subterrâneos do Banco de España para o porto de Cartagena e de lá para Odessa, em quatro navios cargueiros soviéticos. A transferência foi autorizada por um decreto de 13 de setembro de 1936 e a operação foi realizada no mês de outubro seguinte. O valor do ouro naquela época era de 600 milhões de dólares e hoje passaria de 10 bilhões de dólares, ouro que foi acumulado principalmente durante a Primeira Guerra Mundial, na qual a Espanha ficou neutra.
    O destino do ouro foi trágico. De posse dessa riqueza Stalin fez o que quis. Nenhuma grama foi jamais devolvida e a URSS superfaturou espetacularmente suas vendas de armas, de modo a esgotar o ouro espanhol depositado.
    A URSS remeteu 630 aviões, 350 tanques e 1020 peças de artilharia, a maioria obsoleta, verdadeira sucata. Os preços cobrados foram três a quatro vezes maiores do que seu valor de mercado, usando-se um câmbio artificial que inflava os preços.
    Toda a operação é descrita em um livro especialmente dedicado ao tema ARMS FOR SPAIN, de Gerald Howson, Editora John Murray, onde tambem estão os esforços jurídicos e diplomáticos da Espanha para tentar reaver esse ouro ou parte dele, até hoje. O livro estima que foram gastos com armamentos a quarta parte do ouro transferido, portanto a Espanha teria direito a receber de volta 375 toneladas de ouro. Evidentemente que são esforços inúteis, não há como a Espanha conseguir de volta essa reserva, quase 80 anos se passaram e as transações perderam-se na fieira dos tempos.

    Mas a obra tem o roteiro de um thriller policial, a transferência foi abslutamente secreta, toda acompanhada por agentes da NKVD, Stalin comemorou com um jantar especial o sucesso da operação e consta que disse “Eles nunca mais verão esse ouro”.

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  10. 5 Outubro, 2017 12:12

    Sem pretender adelgaçar o interesse do assunto desse golpe de estado – que se esgota na incomensurável mediocridade e incompetência política dos governos eleitos pelos espanhóis e do seu rei -, creio que hoje seria mais oportuno refletir no golpe de estado que hoje se celebra por cá. Um regime que se impôs pelo assassínio, que nos levou a uma guerra para a qual ninguém nos “convidou” – apenas porque entendia que essa era a melhor maneira de conseguir o reconhecimento internacional que não tinha -, que nos viria a lançar num caos político, social e económico, a culminar em 50 anos de ditadura, para finalmente ser recuperado com as mesmas consequências pelos herdeiros da mesma canalha.
    Vale a pena acrescentar que não “sou” monárquico. Porque o “ou és uma coisa ou outra” subjacente é uma maneira inquinada de refletir o assunto da “igualdade, fraternidade e liberdade” das lojas em que acoitam os videirinhos do regime.

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  11. Manuel permalink
    5 Outubro, 2017 12:30

    A banca da Catalunha treme. O Sabadell mudou hoje a sede para Alicante, o negócio da Catalunha só vale 25% da sua actividade. O caixa banca(dono do BPI) também estuda planos de emergência. Governo Espanhol assegura os depósitos bancários. O nosso governo celebra o 5 de Outubro e a festa continua. O jornalixo está de folga e não tem estagiários para mandar entrevistar a Catarina, o Jerónimo e o Costa e já agora a “verde” Heloísa. Reitero, não há jornalismo.

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  12. Procópio permalink
    5 Outubro, 2017 13:14

    Já que esatmos numa de história convém lembrar uma organização de que se fala pouco mas que neste dia risonho interessa recordar. A história não se repete mas há muito bicho careta que gostaria de a repetir.
    A minha avó falava muito na formiga branca e descrevia como iam a casa depesoas que não voltavam a ser vistas. O meu avô contou-me coisas interessantes sobre o COPCON e de um bígamo que o chefiava e fazia actos heróicos semelhantes.
    Eu fui ouvindo e aprendendo. Ainda não sei tudo. Hoje nada de essencial mudou, tudo invisível porque a função dos aventais é cobrir muita coisa.
    A tal formiga “garantia a segurança dos principais líderes democráticos”, autêntica pide, dotada de uma rede própria de informadores e de denunciantes, com numerosos operativos capazes de realizar acções violentas, organizar barragens nas estradas (os comités de vigilância), o que já se verificou após o 25A e intimidar os adversário políticos. Dessa tarefa se encarregam hoje os jornaleiros com mais subtileza e algum snif polvilhado pelas têvês.
    Afonso Costa achava que era apenas o povo que amava a republica, e que, por muito a amar, zelosamente a vigiava e a defendia…. “O Partido Republicano Português não tem que enjeitar essa formiga branca, porque o Partido Republicano Português tem de ser, e é, um partido popular, no exacto sentido do termo”, dizia com muita lata.
    O “exacto sentido do termo” não mudou nada.
    Só os nomes das organizações e as pessoas mudaram.
    Pelo “povo” farão tudo o que estiver ao seu alcance. Se os deixarem.

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  13. Procópio permalink
    5 Outubro, 2017 16:52

    O Assange também se engana.
    “A realidade de que Bitcoin representa uma moeda não controlada pelo governo que pode funcionar sem sistemas governamentais centralizados, torna imune a agitação geopolítica. Este princípio de estabilidade de valor é o que fez muitos insiders da indústria chamá-lo de “ouro digital”. Por outro lado a moeda digital bitcoin caiu depois de ser descrita como uma “fraude” que apenas “traficantes de drogas, assassinos e criminosos” devem usar, durante uma conferência do Barclays, esta terça-feira, em Nova Iorque. As críticas vieram do presidente-executivo do banco de investimento norte-americano JPMorgan. Não tem sido um mês fácil para a bitcoin: desde o começo de Setembro que já desceu 1000 dólares.

    Se algum dia a tentativa de independência resultasse, apareceriam apoios finaceiros. Eles não são burros. É pena se não chegarmos a saber de onde viriam. Os mesmos que um dia podem cá chegar.

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  14. Rui permalink
    5 Outubro, 2017 18:08

    Fala-se muito sobre a Catalunha, imensos posts, crónicas de opinião etc.
    O que eu gostava de ver era uma análise sobre quais as oportunidades que este realidade em Espanha abre para o nosso país? Já chega de sermos os tontinhos da Europa, de andar a pagar juros elevados, a deixar a nossa indústria ser prejudicada pelas normas europeiasenquanto se favorece a alemã e a deixar fugir os centros de decisão todos de Portugal. Temos de ser mais cínicos e jogar o jogo da política europeia com o mesmo ou mais profissionalismo e cinismo do que os putros países europeus. Pelo menos uma vantagem penso que Portugal poderá retirar pois suponho que com a situação Barcelona se tenha tornado inelegível para receber a Agência do medicamento. Mas certamente outras oportunidades existirão para o nosso país que deviam ser devidamente planeavas e aproveitadas uma vez que andamos a ser prejudicados há muitos anos nas políticas europeias. Temos de olhar para esta mudança do status quo e descobrir a melhor forma de nos adaptarmos

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    • piscoiso permalink
      5 Outubro, 2017 18:27

      Para nós, será mais um país na União Europeia, se a independência se consumar.
      O problema será para Espanha.
      Repercussões em Portugal? Serão certamente menores do que o brexit.

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      • Manuel permalink
        5 Outubro, 2017 19:58

        Não, Espanha representa 25% das nossa exportações(1º lugar), Reino Unido
        representa 12%(4ºlugar). O BPI com sede em Barcelona é um banco importante em Portugal e também vai tremer. Uma independência unilateral pode dar uma estagnação ou recessão em Portugal e isto se não houver tiros.

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      • piscoiso permalink
        5 Outubro, 2017 20:19

        Será que a Espanha vai deixar de importar os nossos produtos devido à independência da Catalunha?
        Será que uma Catalunha independente não vai importar os nossos produtos?

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  15. lucklucky permalink
    5 Outubro, 2017 19:34

    Muito bom o que está a acontecer na Catalunha, o principal é começar-se a reconhecer o Direito de Secessão.

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    • PiErre permalink
      5 Outubro, 2017 20:56

      Não me parece que seja bom, mas enfim, esperemos que a situação se esclareça.

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    • 5 Outubro, 2017 21:53

      Direito à secessão, ou antes uma guerra civil como na Ucrânia ?

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      • lucklucky permalink
        5 Outubro, 2017 22:37

        E? Portugal não nasceu assim?

        Direito à Secessão dever ser um Direito até de uma pessoa.
        Tal como a objecção de consciência.

        Qualquer organização é ilegítima se os seus membros são obrigados a fazer parte dela

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      • 5 Outubro, 2017 23:19

        Se qualquer organização é ilegítima se os seus membros são obrigados a fazer parte dela. Está a dizer que na catalunha todos querem a secessão ? E Portugal também nasceu com todos os seus membros querendo fazer parte dele ? Que infantilidade luck, deixa de ser tonto. Só tens duas maneiras de jogar o jogo lucky, ou aceitas jogar as regras democráticas e jogas pacificamente, ou vais para a guerra e quem ganhar domina o outro. Não há nada dessas tuas infantilidades do direito à secessão até de uma pessoa. Porque isso é fim do próprio “direito” que tanto evocas. A quem vais reclamar por os teus “direitos”, quando outros individuos não o reconhecem, porque cada um deles têm as sua soberania absoluta no seu individuo ?

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      • lucklucky permalink
        6 Outubro, 2017 12:45

        As regras democráticas são pacíficas!?
        Limitam-se a determinar quem pode usar a violência nada mais.
        Podem votar para te tirar parte, tudo, no extremo matar-te…

        Como é óbvio quem não quer fazer da Catalunha independente tem o direito de não fazer parte.

        “Porque isso é fim do próprio “direito” que tanto evocas. A quem vais reclamar por os teus “direitos”, quando outros indivíduos não o reconhecem, porque cada um deles têm as sua soberania absoluta no seu individuo”

        Estranho mas já não apresentas os mesmos argumentos para países?
        Países podem estar em paz ou em guerra. Reconhecerem-se ou não.
        Nada impede duas pessoas de se reconhecerem sendo independentes uma da outra.

        https://en.wikipedia.org/wiki/Micronation

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    • 6 Outubro, 2017 12:07

      Na Catalunha a sofística escardalha até conseguiu a proeza de engrominar padres, ricos e quejandos com a mania que são todos nacionalistas independentistas

      ehehe

      Depois tramam-se mas até lá vão atrás do bando com melhor sofística.

      Os tolinhos da escolástica ancap, acham que a coisa se faz por decreto de conceitos vazios

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    • 6 Outubro, 2017 15:31

      O Direito só existe por reconhecimento das partes envolvidas pela qual só assim podes reclamar para exigir o seu cumprimento. E isso exige negociação e entendimento. Se esse entendimento não existe então não tens Direito. E se agires unilateralmente sujeitas-te às consequências das outras partes ou grupos que não te reconhecem os teus supostos direitos.
      Entre países há o direito internacional, e os tratados diplomáticos em que as partes, nações, aceitam jogar dentro de regras acordadas, para evitar conflitos. As regras democráticas de um estado constitucional, só não são pacificas se não as respeitares. A partir do momento que não as aceitas, deixas de participar, ages unilateralmente e entras em conflito. Aliás não precisam de ser regras democráticas, pode ser qualquer tipo de entendimento comum entre as partes, ou então levas com a pax romana, ou impões tu a tua pax romana. O teu exemplo da micronação é absurdo. Mas admitamos que sim . Está o luck a dizer que dentro dessas supostas micronações os seus membros não se gerem por um conjunto de regras aceites entre si, e caso algum deles viole tais regras, não sofre consequências, ou declara a secessão e estabelece a sua unilateralmente a casa de banho como sua nanonação e passa a cobrar tarifas alfandegárias ? Até os clubes de golfe têm regras, se não as cumpres és expulso. O teu problema é que assumes a liberdade individual numa sociedade e o direito territorial indiscriminado como principio absoluto, o que é falso e uma patetice, e depois é claro cais no, absurdo ad reductio. E tornas-te em mais um idiota útil.

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  16. jomfmo permalink
    5 Outubro, 2017 19:52

    A CUP é um grupelho perigoso de esquerdistas chics. Yanis Varoufakis não destoaria nas festas privadas, ao lado de Puigdemont, Pilar Rahola e o tresloucado Lluís Trapero.

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    • Manuel permalink
      5 Outubro, 2017 20:00

      Pelo que leio, em breve, serão presos mais a Forcadell, Colau e junqueras.

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    • Monti permalink
      5 Outubro, 2017 21:21

      Dito isto, diga-se também que não há rei nem república que garantam mais direitos e autonomia do que este Bourbon espanhol, mesmo depois do lamentável bloody sunday do 1-0.— DN, 5Out, Marcelo Sacco.

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  17. 5 Outubro, 2017 21:28

    catalunha fora da espanha , já !!!!! está na altura de perguntar a todos os espanhois se quererm continuar a gramar com os catalães , é que não é nada fácil aguentar esses idiotas.
    os bancos já se estão a por ao fresco , depois serão as maiores empresas , ficam por lá as mercearias e os cafés… só temos a lucrar , o resto da espanha , com a saída dos calimeros da espanha. é melhor não chatearem muito com isso do “agarrem-me . se não saio” , pode ser que tenham uma surpresa.

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  18. Tiradentes permalink
    5 Outubro, 2017 22:24

    A Catalunha na União Europeia? Quando e como? Com o veto de Espanha? ó palhaçada…… nenhum país poderá sequer propor-se à união se um dos seus integrantes o vetar.
    Por outro lado é melhor que declarem já a independência porque se demoram arriscam que metade do PIB se transfira para o outro lado da barricada.
    Quem sabe os Podemos catalães querem que isso aconteça iniciando o movimento Chavez/Maduro do socialismo do século XXI na Ibéria, e depois tal como todos os outros poder culpar o capitalismo internacional pelas suas próprias desgraçadas decisões

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    • licas permalink
      5 Outubro, 2017 23:17

      É que iria culpá-lo (ao Capitalismo) de certeza!
      Não se sabe tão bem que o SOCIALISMO NUNCA é culpado dos desvairos que produz?

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  19. licas permalink
    5 Outubro, 2017 23:04

    lucklucky PERMALINK
    5 Outubro, 2017 22:37
    E? Portugal não nasceu assim?
    Direito à Secessão dever ser um Direito até de uma pessoa.
    Tal como a objecção de consciência.
    Qualquer organização é ilegítima se os seus membros são obrigados a fazer parte dela
    —————————-
    Ah, ah, ah

    A família é uma organização ilegítima porque todo o bebé´
    que nasce dela é obrigado a pertencê-lhe . . .

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  20. Procópio permalink
    5 Outubro, 2017 23:09

    Em 1936 os que se demonstravam em Barcelona em favor da autonomia deram um dos primeiros passos para a guerra civil espanhola. Uma guerra com muitas ilações.
    Foi um tempo em que os comunas actuavam sem piedade contra a extrema esquerda.
    Uma situação que pode repetir-se a qualquer momento. Durante a guerra civil espanhola militantes do POUM (Partido Obrero de Unificación Marxista) e o seu líder, Andreu (Andres) Nin, com inclinação trotskista, pagaram-nas bem. A obsessão antitrotskista dos estalinistas contribuiu para divisões, desconfianças e traições no campo republicano.
    O mesmo pode repetir-se em Barcelona nos dias que se seguem. Até agora o teatro foi montado com habilidade, não faltaram velhinhos e criancinhas feridos coitadinhos, mas os actores são diversos e por enquanto a custo ocultam o ódio entre si. Quando faltar o $ fia fino. Rajoy fazia bem em deixá-los à solta em vez de os afrontar.

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  21. licas permalink
    5 Outubro, 2017 23:27

    Apoio a ideia, não há método mais eficaz de eliminar Comunista
    do que opor-lhe outro de diferente “seita” . . .

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  22. Procópio permalink
    6 Outubro, 2017 00:34

    http://observador.pt/opiniao/catalunha/
    O acerto.

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  23. Arlindo da Costa permalink
    6 Outubro, 2017 03:57

    O Alfonso Guerra já se esqueceu que o PSOE e o PP, mais a Casa Real são o tripé da vergonha e da corrupção em Espanha.

    Os espanholitos estão com medo é de perderem a Catalunha que tanto tem sustentado a ciganada de Espanha!

    Os madrilenos que vão trabalhar no lugar de andarem em touradas e mariquices!

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    • sam permalink
      6 Outubro, 2017 10:46

      Maior corrupto que o Pujol não há.
      Maior traveca que a Carmena não existe.
      Maior cigano que o Arlindo… só um comuna.

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  24. Pinto permalink
    6 Outubro, 2017 12:14

    A Constituição espanhola não permite o referendo porque o território é indivisível:
    Artículo 2 La Constitución se fundamenta en la indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles, y reconoce y garantiza el derecho a la autonomía de las nacionalidades y regiones que la integran y la solidaridad entre todas ellas.

    Uma tirania anti-democrática. Vejamos outras constituições – em língua espanhola para realçar as semelhanças – começando pela nossa:

    Constituição portuguesa:
    Artículo 3 Soberanía y legalidad
    1. La soberanía, una e indivisible, reside en el pueblo, que la ejerce con arreglo a las modalidades previstas en la Constitución.

    Constituição francesa:
    Art. 1.º Francia es una República indivisible, laica, democrática y social que garantiza la igualdad ante la ley de todos los ciudadanos sin distinción de origen, raza o religión y que respeta todas las creencias. Su organización es descentralizada.

    Constituição do Luxemburgo:
    Artículo 1 El Gran Ducado de Luxemburgo forma un Estado libre, independiente e indivisible.

    Constituição italiana:
    Artículo 5 La República, una e indivisible, reconoce y promoverá las autonomías locales, efectuará en los servicios que dependan del Estado la más amplia descentralización administrativa y adoptará los principios y métodos de su legislación a las exigencias de la autonomía y de la descentralización.

    Constituição grega:
    Artículo 591. Antes de entrar en funciones, los diputados prestarán en el palacio de la Cámara de los Diputados, y en sesión pública, el siguiente juramento:”Juro en nombre de la Santísima Trinidad, consubstancial e indivisible, ser fiel a la patria y al régimen democrático, obedecer la Constitución y a las leyes y cumplir en conciencia mis funciones”.

    Constituição da Finlândia:
    Artículo 4 El territorio nacionalEl territorio de Finlandia es indivisible. Los límites de la Nación no pueden ser alterados sin autorización del Parlamento.Constituição do Chipre:Art. 1851.º . El territorio de la República es uno e indivisible.

    São só algumas constituições. Genericamente, todas elas têm esta prerrogativa.

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    • lucklucky permalink
      6 Outubro, 2017 12:49

      Irrelevante.

      Portugal também era indivisível até Timor.
      Depois deixou de o ser.

      Teriam sido poupados milhões de mortos se cada um dos (vários)lados reconhece-se o direito à secessão.

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      • 6 Outubro, 2017 13:11

        Nem Timor teve voto para o parlamento. Foi tudo mal-amanado apenas com treta de libertação de colonialismo.

        A mediação internacional retirou-se antes dos votos para o Governo.

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      • lucklucky permalink
        6 Outubro, 2017 13:30

        E?

        Se só reconheceres as secessões pela violência então só tens violência.

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      • Pinto permalink
        6 Outubro, 2017 13:55

        Não é irrelevante lucklucky. Serviu apenas para mostrar que a indivisibilidade do território é uma característica transversal a todos os Estados. Nada mais.

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    • 6 Outubro, 2017 14:06

      Olha aqui, palermita. Isso de secessões era no tempo em que nacionalidade era cena estável, por sangue e por longa ocupação territorial familiar.

      Se agora basta um muçulmano qualquer inventar que vem a fugir e se quer refugiar no Estado Social de um país bem longe do seu e lhe dão nacionalidade em meses, que merda é que achas que a dita secessão por voto, pode servir?

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  25. Pinto permalink
    6 Outubro, 2017 12:14

    Uma pergunta:
    As famílias Azevedo, Amorim, Guimarães de Mello, Soares dos Santos, Silva Rodrigues, Alves Ribeiro, vão viver para uma pequena aldeia com cem ou duzentos habitantes. Prometem um rendimento garantido de 2500 euros a todos os habitantes que não tenham emprego. De seguida, e com a ajuda da restante população, pedem a independência desse território com a consequente e óbvia autonomia fiscal, continuando a transaccionar com as empresas portuguesas e mundiais.
    Apoiam essa separação?

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    • lucklucky permalink
      6 Outubro, 2017 12:50

      Sim.

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      • lucklucky permalink
        6 Outubro, 2017 12:55

        E se a familia Azevedo ou outra qualquer quiser ser independente também terá o direito.

        Quando a tecnologia permitir construir com menos dificuldade nações no oceano e no espaço aposto que os auto intitulados Democratas vão começar a construir muros para impedir as pessoas de sair.

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      • lucklucky permalink
        6 Outubro, 2017 13:04

        Note-se que o Sim quer dizer “reconhecer legitimidade”. Posso estar em desacordo com um acto de uma pessoa e ao mesmo tempo reconhecer legitimidade para o fazer.

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      • 6 Outubro, 2017 13:09

        Mas independente como?

        Há alguma coisa independente no mundo em que vivemos?

        Somos todos dependentes e em concorrência de sobrevivência. Não tem o menor interesse especular com palavras e conceitos vazios.

        Existem realidades. Isso é uma coisa. Existe sofística partidária e forma de convencer as pessoas para o mando.

        Existem resquícios de antigas cidades-estado e protectorados. Por aí, sim. Pode fazer sentido. Mas nada disso deriva de palavras mágicas como essa da “secessão” que é uma palermice anarquista inventada por lobby de quem tinha clã e nunca se separaria de nada para ficar “sozinho”.

        Era lobby e ainda é lobby. A piada está que quem agarrou o lobby ancap foi a escardalhada socialista.

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      • 6 Outubro, 2017 13:13

        E foi a escardalhada que agarrou o lobby ancap porque os anarquistas sempre foram de esquerda e nem o liberalismo é qualquer teoria de Direita.

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      • lucklucky permalink
        6 Outubro, 2017 13:28

        Pelo que se vê muitos só aceitam a legitimidade da independência dos outros pela violência.

        Não admira que o que se passou entre a Checos e os Eslovacos, uma separação pacífica seja tão censurada.

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      • Pinto permalink
        6 Outubro, 2017 13:53

        Ou seja, defende o fim dos Estados. É uma opinião. Não sei qual o equilíbrio que se encontraria posteriormente mas algum se iria encontrar. Uma coisa é certa: o mundo tal como o conhecemos deixaria, pura e simplesmente, de existir.

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      • 6 Outubro, 2017 14:07

        Hlep, help, I’m beeing repressed.
        Come and see the violence inherent the system.

        Se fosse a ti começava já a pregar isso no SEF.

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      • 6 Outubro, 2017 14:10

        Eles não inventam nada. Isto são doutrinas velhas do início do século XX.

        Acham que nada mudou e que agora com nacionalidade dada por tuta e meia e vistos gold a coisa das secessões por voto é o máximo que a democracia tem a dar ao mundo.

        Eu queria saber é de que é que secessavam se não houvesse facilidade de uso partidário e político para ocuparem poder.

        Porque os que queriam secessão na altura também queriam uma pátria e lá a conseguiram ter.
        Estes querem é ocupar a Pátria daqueles com quem vivem.

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      • 6 Outubro, 2017 15:56

        “Note-se que o Sim quer dizer “reconhecer legitimidade”. Posso estar em desacordo com um acto de uma pessoa e ao mesmo tempo reconhecer legitimidade para o fazer.”

        É impressionante, vocês conseguem ser ainda mais idiotas que os marxistas.
        Vamos ver o teu reconhecimento de legitimidade quando o macaco declarar a secessão do lago no deserto, como sendo seu.

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      • 6 Outubro, 2017 16:40

        Devia ser giro- tu, com bandeira pela secessão, em frente ao SEF e o Mamadou logo atrás, seguido de mais madous e mamatrês, a fazerem a onda.

        😛

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      • 6 Outubro, 2017 16:41

        Pois são ainda mais idiotas que os marxistas porque aquilo é mais que cartilha- é religião apalermada que serve para os marxistas a usarem de outro modo.

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  26. Expatriado permalink
    6 Outubro, 2017 12:57

    Lenha para a fogueira. Venham daí os canhotos!!

    …”O que o golpe na Catalunha revela é a imensa fragilidade do Estado democrático e de direito numa Europa em que a crise financeira e o jihadismo têm abalado instituições e consensos. A lição catalã é severa: um bando golpista que consiga infiltrar algumas instituições do Estado, como neste caso um governo autónomo e a polícia local, e que disponha de umas centenas de milhares de activistas bem organizados para a luta de rua, pode impor-se à lei e à vontade da maioria, com o aplauso dos idiotas úteis de todos os países, a quem umas fotos falsificadas no Facebook bastam como argumento. Tudo voltou a ser possível, especialmente o pior.”

    http://observador.pt/opiniao/a-catalunha-e-a-fragilidade-das-democracias/

    Algo parecido com um certo 25A… Não??

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