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O Infarmed ou a propaganda fátua

22 Novembro, 2017
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Vejo muita gente exuberante à conta da transferência de 300 funcionários públicos de Lisboa para o Porto, a acontecer (?) algures em 2019. Não percebo tamanho entusiasmo pela “importação” forçada de umas centenas de burocratas, cujo espírito não é dinamizador de coisa nenhuma, mas essencialmente e pela sua própria natureza, bloqueador de quase tudo.

Pessoalmente, eu ficaria bem mais exultante se empresas com o dinamismo da Microsoft, da Apple, da Amazon, da Google, da Oracle, decidissem por motu próprio transferir a sua sede e serviços para o Porto. Seria um sinal inequívoco que a cidade era capaz de atrair talentos e portanto, de lhes propiciar condições para o exercício e crescimento do seu negócio, com tudo o que isso implica em termos de geração de actividades conexas a montante e a jusante, num ciclo virtuoso que cria empregos e rendimentos, em suma, riqueza.

O Porto deve ambicionar uma crescente internacionalização que não dependa apenas do turismo, mas que o potencie como um centro de serviços da faixa mais exportadora do País, que vai de Viana a Leiria. Tem praticamente tudo para isso: porto, aeroporto, boa rede viária, o Douro navegável, o centro intermodal do Freixieiro à espera de ser rentabilizado e uma região circundante com a população mais jovem (ou menos envelhecida…) do País. Só falta uma estação ferroviária no aeroporto com ligação directa às linhas do Minho, do Norte e do Douro. Os seus líderes políticos e as suas “forças vivas” da sociedade civil deviam mobilizar-se mais em tornarem a cidade e a região atractivas para o mundo em vez de exultarem de forma tão papalva com o simples acenar de um prato de lentilhas como é a transferência do Infarmed para o Porto. Que, a concretizar-se, não será total nem definitiva e só redundará em mais despesa pública.

Nada contra porém a que haja uma descentralização de serviços públicos por todo o País, de preferência pelo interior. Mas preferia que tal se fizesse com base num plano coerente, nunca descurando a maximização da relação benefício / custo, e não em termos avulsos e repentinos, que indiciam intuitos meramente propagandísticos. E um governo que visasse uma verdadeira reforma do Estado, previamente à desconcentração de serviços, deveria decidir a extinção de institutos públicos, fundações, observatórios e direcções gerais, onde quer que eles se situassem. Não tenho dúvidas que haverá centenas de organismos daquele tipo totalmente redundantes e cuja falta ninguém sentiria.

E se queremos desconcentrar órgãos do Estado, comecemos pelos principais órgãos de soberania: deslocalize-se o Parlamento para Guimarães (que poderia ficar condignamente instalado no Paço dos Duques de Bragança), o Tribunal Constitucional para Coimbra, o Supremo Tribunal para Évora, o Estado Maior das Forças Armadas para Abrantes, a Protecção Civil para Viseu. Se o exemplo vier de cima, facilitará a criação de uma dinâmica verdadeiramente descentralizadora.

31 comentários leave one →
  1. Weltenbummler permalink
    22 Novembro, 2017 21:38

    o GULAG de antónio das mortes
    lembra
    ‘Chacrinha continua balançando a pança’

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  2. Monti permalink
    22 Novembro, 2017 21:49

    Boa malha.
    Parabéns pelo final.
    That is the geografy. Devia ser.
    Problema: deles, sem tempo para pensar, no Govern.
    Outro problema: a oposição que conta, incapaz de o fazer, propondo por ex, no sentido de levar a cabo o explicitado no final.
    Somos assim?

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  3. pitosga permalink
    22 Novembro, 2017 21:51

    o infarmed (não escrevi infarmerd) não faz nada das suas atribuições estatutárias.
    é só €€€ ao bolso.
    gente badalhoca.

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  4. Euro2cent permalink
    22 Novembro, 2017 22:47

    Ah, em 2019. No próximo governo, portanto. “Mañana, señor …”

    (Se tivessem citado a bíblia, ainda era mais excitante.)

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  5. carlos alberto ilharco permalink
    22 Novembro, 2017 23:07

    Os funcionários públicos não podem, contra sua vontade, ser transferidos para mais de 50 quilómetros da sua residência.
    O Ministro possivelmente não sabia disto.
    Não vai dar em nada.
    O que o Porto precisa é de uma ligação de alta velocidade a Vigo.
    O resto é remendos.

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  6. Procópio permalink
    22 Novembro, 2017 23:31

    Vai uma enorme confusão nos espíritos. A centralização abusiva de fundos nacionais e comunitários na região de Lisboa de há décadas criou assimetrias que nunca uma geringonça seria capaz de tornear. Os grandes investimentos são feitos na capital, o resto que se lixe.
    A Constituição consagra o princípio da regionalização, com vista a descentralizar, democratizar e desburocratizar a administração central. Era bom era.
    Lisboa nunca deixará de viver à custas das outras regiões. Perder riqueza acumulada ao longo destes anos? Os xuxialistas a suster o desvio de fundos, acentralização, a burocracia? Nem pensar.
    O infarmed é uma cena ridícula, criada em cima do joelho, à falta de melhor.
    Não lembrava ao diabo.

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  7. Arlindo da Costa permalink
    22 Novembro, 2017 23:59

    Quartel-General em Abrantes? Cheira-me que ficaria tudo como dantes…

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  8. 23 Novembro, 2017 08:27

    A agência europeia do medicamento era o bombom, assim ficam só com a pratinha e já é bom – se conseguirem, duvido muito.

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  9. Castrol permalink
    23 Novembro, 2017 09:14

    Infelizmente a falta de memória dos Portugueses não tem limite!

    Quando há bem pouco tempo Santana Lopes, 1.º Ministro a prazo, mudou Secretarias de Estado para a província, foi chamado de populista e parolo…

    Quanto à mudança de serviços para o Porto, nada de novo. Pelos vistos Portugal é Lisboa e Porto, o resto é paisagem…

    Continuamos pequeninos, muito pequeninos…

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  10. LTR permalink
    23 Novembro, 2017 09:20

    Digam-me o que vai acontecer ao edifício e ao terreno do Infarmed que eu depois emito uma opinião.

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  11. Alexandre Novais permalink
    23 Novembro, 2017 09:34

    Não é por nada, mas ‘cheira-me’ que o Infarmed, tal como é, vai desaparecer.

    Já no que respeita às chamadas regionalização, descentralização e outras coisas afins, neste ‘piqueno’ território, e sem haver qualquer razão ponderosa que o justifique, e até ver não há, apenas me sugerem que quem as pretende ou as quer impor, veja-se(!), não passam do reconhecimento mais pungente da completa incapacidade dos governantes de fazerem o que quer que seja. E assim, mandam fazer aos outros!
    Mais ainda, se se regionalizar o país, não creio que haja alguma vontade de diminuir o número de ministros do governo ‘central’. E desta maneira vai assistir-se à ‘figura’ de cinco ou seis mandarem um trabalhar.

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    • 23 Novembro, 2017 13:28

      Não se confunda descentralizar com regionalizar. Uma é boa e outra é péssima.

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  12. rão arques permalink
    23 Novembro, 2017 09:52

    Porque não o Museu dos Coches, a Estufa Fria, o Jardim Zoológico ou mesmo o Pastel de Belém?

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  13. Procópio permalink
    23 Novembro, 2017 11:40

    LTR, essa do terreno é boa. Cinco ou seis a mandarem um trabalhar é o padrão previsto para a chamada regionalização. Se o tuga continuar adormecido tudo pode acontecer.
    Se um dia acorda vai lá aos sítios certos, pega pelas orelhas e põe-nos na rua, já tarda.
    Vejam o que aconteceu com o zézinho eduardo e sua quadrilha. Agora, nem pensem em substituir os geringonças por partidos diferentes. A manha é a mesma.
    Os que tinham capacidade governativa perceberam que a esquerda irresponsável cheira mal até incomodar um santo. O tuga vai na conversa, tirar aos ricos para dar aos pobrezinhos. Fiquem então todos pobrezinhos. Já se amanharam há muito. Consta que cerca de 44 biliões estão fora. Uns andam por fora, outros andam por cá a conviver com os amigos. Com dinheiro no bolso ainda é um bom sítio para conviver, vejam como os turistas gostam. Isto só começa a ter substância quando o quantitative easing se esfumar. Quando o moscovici, draghi, jean-claude forem para a reforma. A senhora merkel vai à vida mesmo que aguente mais um mandato sem história.
    O sítio acabará governado, no limite, por interpostas pessoas.
    Não vai ser popular, promessas nil, uns vão zarpar, outros vão dentro.
    Inocentes como o ppc e a crista de fora. O tempo não vai ser para brincadeiras.
    As dívidas serão pagas, os entendidos dizem que não é possível. São pouco entendidos, as dívidas não se pagam só com euros. Já estão a ser há muito, não sentem o cabresto?
    Esquecia-me do infarmed. À volta de lisboa as praias são menos ventosas e têm a áqua mais quente. E já agora, aqueles genéricos feitos a granel são devida e periodicamente analisados?

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  14. Procópio permalink
    23 Novembro, 2017 12:03

    A incongruências como sinal de vigarice reiterada.
    De um lado a realidade
    “A lei só permite mobilidade obrigatória até aos 60 quilómetros, mais que isso só com acordo dos trabalhadores. 92% não querem ir”.
    “esta mobilidade está fora do quadro legal, só com acordo dos trabalhadores esta mudança se pode concretizar e cita a lei geral do trabalho em funções públicas, segundo a qual a “imposição da mobilidade a mais de 60 quilómetros só é admissível se forem cumpridos um conjunto de requisitos cumulativos, entre os quais, a natureza temporária dessa mobilidade com o prazo máximo de um ano”, “não há fundamento legal para uma mudança com caráter permanente e definitivo e nenhum trabalhador pode ser forçado”.
    Do outro a aldrabice continuada
    Em comunicado divulgado ao início da noite de ontem, a Comissão de Trabalhadores lembrou que, na reunião realizada à tarde, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assumiu o “compromisso” de que “não será tomada nenhuma decisão definitiva que ponha em causa a missão do INFARMED e o respeito pela vontade manifestada pelos seus trabalhadores”. A CT espera que o governante “seja consequente” com a promessa.
    A geringonça pariu mais um aborto. Prematuros é um saco cheio.
    Se o ministro tivesse sombra de dignidade saía a quatro pés, literalmente a quatro. Tal como o teixeirinha no tempo do menino de ouro, o sem tino no presente lamacento, o fernandes gosta da joão crisóstomo apesar da poluição do ambiente, as doenças respiratórias estão a matar cada vez mais portugueses. Agora pestilento mesmo é o ar no ministério do nogueira que até causa vertigens.

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  15. Kapagrillos permalink
    23 Novembro, 2017 16:13

    Passei hoje por uma intensa experiência emocional ao ouvir o Fórum da TSF, apresentado pelo grande Manuel Acácio.

    Tudo começou com uma grande análise que aconselho a todos por parte do Paulo Baldaia, reconhecido jornalista, a denunciar, e cito, e ele repetiu várias vezes, a “política bacoca” – não é para todos. A sua preocupação com as famílias, com os créditos para a habitação, com os filhinhos dos funcionários é um bálsamo nestes tempos de fake news.

    A chamada da funcionária do Infarmed, quase logo a abrir, constantemente referindo-se a “esta casa”, “a nossa casa” e suponho até feita a partir do próprio Infarmed, em horário de trabalho e com recurso ao telefone de mesa, é um exemplo dos sacrifícios pelo país que estes profissionais fazem todos os dias.

    Admito que lacrimejei de raiva quando ela falou dos seus pobres filhos, que receberam esta notícia como uma bomba, pois ouvem já os silvos dos vagões que os levarão forçados para o Porto.

    Eu estou com eles e protestarei qualquer deportação destas famílias.

    Viver é Lisboa. Infarmed, sempre!

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  16. 23 Novembro, 2017 16:26

    A «nossa casa» é na Av do Brasil 53 -exato nas casinhas cor de rosa 🙂 🙂 🙂

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  17. Procópio permalink
    23 Novembro, 2017 16:58

    Compreendo a emoção do Kapagrillos e desejo-lhe pronto restabelecimento.
    A brincar, a brincar, isso na TSF é sintoma de desacertos ao nível do sótão.
    Conselho de Administração:
    Daniel Proença de Carvalho (Presidente do Conselho de Administração)
    Permita-me então mais uma achega.

    Da 21 de novembro, diagnóstico inicial de pneumonia em Covões, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Afinal não é só no S. Francisco. A empresa Veolia também tem contrato com os Covões? Por bandas da legionela anda tudo muito calado.
    Quem nos diz que muitos dos casos de pneumonia não têm a mesma causa?
    Diz o meu amigo tremoço, enfermeiro em Londres, que a alta mortalidade o faz desconfiar.
    “A pneumonia continua a ser a principal causa de morte por doença respiratória em Portugal: cerca de 55 mil mortes por 100 mil habitantes, um valor muito acima da média europeia, que ronda as 25 mil mortes”. Nestas coisas estamos sempre muito acima da média europeia. Votantes em dinossauros por exemplo.
    Acontece que a esmagadora maioria dos doentes hospitalizados morre sem se saber ao certo a causa da morte. O tuga não se aprecebe. Os senhores doutores sabem tudo e raramente se enganam… Noutras paragens o diagnóstico clínico é verificado na autópsia sob pena de, em caso contrário, nem o hospital sequer chega a ser acreditado. Sujeitem o sns a uma auditoria nesta área e verão os resultados.
    Claro que depois vem a desculpa dos familiares, credo… nem pensar, etc…está assim criada uma atmosfera de descuido, imprecisão e finalmente descontrolo.
    Cada dia uma desgraça, a geringonça mata. Duvidam… vêm lá mais.

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    • 23 Novembro, 2017 17:07

      Alguém ainda dá alguma importância à Tretas Sem Fim?

      Quem é o Manuel Acácio? É um humorista, ou nem sequer pode dar essa desculpa para que o não considere doido varrido?

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      • Kapagrillos permalink
        23 Novembro, 2017 18:07

        Manuel Acácio é um combatente antifascista.

        Recordo com orgulho e saudade este caso:

        Num fórum dedicado ao Trump, um esclarecido emigrante, apresentou argumentos rebuscados, informados e certeiros do género “na américa tá tudo parvo” e “trump é um idiota, imbecil” e isto várias vezes, em tom cada vez mais heróico.

        Fruto da sua educação castradora – talvez católica – o emigrante despede-se, pedindo desculpa pela sua exaltação e termos menos educados.

        Manuel Acácio passa a linha de moderador e não permite que o emigrante hesite rumo ao homem novo:

        “Não tem nada de pedir desculpas”.

        Ainda não participei no fórum, mas orgulho-me de viver num país em que posso chamar imbecil e idiota ao nosso primeiro-ministro, por exemplo, e não ter a minha palavra interrompida e ser absolvido em directo por um jornalista sério.

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  18. Leunam permalink
    23 Novembro, 2017 17:04

    E os habitantes da casinha cor-de-rosa do Largo dos Ratos?

    Não poderiam ser transferidos para a Ilha das Flores?

    Terra de gente simpática e muito acolhedora e com bons ares.

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    • maria costa permalink
      24 Novembro, 2017 16:06

      Não estrague as Flores -o ponto mais ocidental da Europa.

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  19. 23 Novembro, 2017 17:29

    “Ora bem”: Este, é mais um caso normal dum tipo esperto, habilidoso, negociante (tido como “hábil negociador”) de cargos para ascender ao poder, seja ele autárquico ou governamental — ele mesmo, o AC-DC. O AC-DC cabeça aérea-e-empurra-com-a-barriga (como avisei quando pariu a geringonça), apresentou-se em pleno.
    Habituado a ir ao São João dar abraços (políticos, interesseiros) ao Rio, ao Moreira e levar com (car)alhos na tola, acentuou e evidenciou a tolice com a decisão de colocar o Infarmed no Porto. Miminhos para o Porto, para o Moreira, para eleitores portuenses.
    Rui Moreira e o seu executivo deviam diplomaticamente agradecer mas por honra, independência e méritos dum município e dos seus habitantes, chamar a atenção de São Bento que não aceitam levianas decisões.
    Estamos definitivamente para além de muito mal desgovernados, pendentes de mais e gravosas patetices. Pouco se pode fazer contra na oposição e no voto em 2019, com a maioria dos tugas sedados pelos afectos, beijocas e pelas conversas(em família) do tutor governamental MarceloCarmonaThomaz.
    Descentralização:
    eu, se fosse PM do P”S”, decretaria que
    o PM fosse para o cume da Serra da Estrela (para governar com uma visão cimeira e “total” do País, e só às quintas-feiras descesse a Belém);
    Ministro da Presidência, ficasse no Fundão a receber líderes partidários;
    Ministério das Finanças em Cascais, junto à modesta casinha do RSalgado;
    Ministério da Defesa no Forte das Berlengas;
    Ministério da Administração Interna na quintarola do dito próximo de Santarém;
    Ministério da Justiça na sede do P”S” ao Rato;
    Ministério do Ministro Adjunto, no Ilhéu da Pontinha, Funchal;
    Ministério da Cultura, no Urban Beach, Lisboa;
    Ministério da Ciência e Educação Superior no Indústria Club,Porto ;
    Ministério da Educação nas Minas da Panasqueira;
    Ministério do Trabalho e da Segurança Social, dentro do Túnel do Marão;
    Ministério da Saúde, na Base das Lajes;
    Ministério do Planeamento na Cova da Moura;
    Ministério da Economia, num Casino, por exemplo, Vilamoura;
    Ministério do Ambiente, no Carregado;
    Ministério da Agricultura, em Peniche;
    Ministério do Mar, em Beja;
    Secretaria de Estado do Desporto (substituindo o vigente betinho-boy), na sede dos Super Dragões com subsecretaria em Lisboa, edifício partilhado pelos NNBoys e Juve Leo.

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  20. Arlindo da Costa permalink
    23 Novembro, 2017 17:33

    Este pessoal é muito reaccionário e muito adverso à mudança e à modernidade.

    Qual é o problema mudar para o Porto?

    Mania tola de concentrar tudo em Lisboa!

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  21. atom permalink
    23 Novembro, 2017 20:40

    Quem é que, vivendo em Londres escolheria o Porto como alternativa… mesmo Lisboa seria uma magra escolha em relação a Londres. O Porto está para Londres como a aldeia de Castro Laboreiro está para o Porto. Uma terra digna mas irrelevante. E Lisboa está para Londres como Fafe está para Lisboa. Uma terra digna mas pequenina. É preciso ter noção das proporções… E este prémio de consolação que deram ao irrealismo dos proponentes da candidatura do Porto á AEM foi ridículo e parolo…

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  22. Procópio permalink
    23 Novembro, 2017 21:43

    Até nas técnicas de propaganda a gerinçonça falha miseravelmente. Falta o espectacular, faltam os comícios anti fássistas, onde param os xuxas? Comidos pelos dinossauros?
    É certo, os merdia estão no bolso, a aninhas toda de preto na rtp 3, mas já ninguém acredita em notícias ora falsas. O espaço permanente nas tvs está tomado, tudo bem, mas o gajo é gordo, boçal, não inspira o macaco. Fica a gente à espera de ver o ronaldo a dar de mamar aos bébés, o jonas a falhar o golo, o jesus a gesticular e o pinto da costa com a sua nova namorada. É o que vale.
    Que é feito das camisas promocionais a dizer “kosta é o melhor calicida”, “kosta abre o apetite para a asneira”, “kosta evita o arroto à sobremesa”. “kosta para diante” e assim sucessivamente.
    As técnicas de persuasão funcionam até o momento em que se revelam insustentáveis, em que a credibilidade colapsa. Uma dica. Agora, afugentados os neoliberais, recorram ao filósofo pacheco para dar mais uma ajuda, à simone para cantar o hino, caramba!
    O homenzinho lá vai iludindo as adversidades, mas a “imagem de marca” foi-se no meio das chamas da incompetência. E de súbito, tudo se transforma num simulacro.
    Aguentem mais um bocado.

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  23. permalink
    24 Novembro, 2017 12:49

    Quando a incompetência governa, o show-off lidera. Em todos os níveis, local e central.

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