Uma quinta-feira como outra qualquer
Ela ia todas as quintas-feiras para a sessão de zumba com aquelas calças de yoga que, caso tivesse adquirido identidade de género masculino, lhe apertariam os testículos imaginários ao ponto da castração virtual. Ele vinha, naquela quinta específica, do hospital onde visitou o amigo vítima de maleita decorrente das alterações climáticas. Ela estava grávida de feto em pensão completa em útero alheio e emanava aquele ar de quem solicitaria amamentação de substituição para não estragar as mamas de debate semanal sobre a desigualdade de género da siderurgia. Ele tinha comido um croquete no bar do hospital enquanto leu Zizek sobre a temática do momento, o papel das redes sociais na educação pura-raça de crianças clinicamente sobredotadas. Ela tirou uma selfie do autocarro, entre uma paragem e outra, de pernas escachadas com o indicador a apontar para a costura entre-pernas com hashtag #myVaginaMyChoice; ele olhou, com os joelhos bem juntos, como as senhoras eram ensinadas a sentar no velho mundo, naquele preciso momento, para o activismo de Instagram dela, violando-a com o olho direito.
Não fosse o oprimido muçulmano suicida ter rebentado com o autocarro, ambos chegariam a casa com risco de assistir inadvertidamente ao debate entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes. Ainda há quem critique o terrorismo de rosto humano.
E, de vez em quando, faz-se arte…
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Isto é poesia.
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” imaginário real “
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Como diz
Rocco PERMALINK
7 Janeiro, 2018 08:56
A arte só aos previlegiados é acessível. . .
(delicioso, vitorcunha)
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_________privilegiados (so sorry…)
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Hehehe.
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Pois, pois, por isso é que ela espera ansiosamente pela transplantação de tomates, dos que se topam à distância através das calças de yoga rotas no trazeiro.
Ele visitou o amigo, sim senhor, o pior foi a legionella que se lhe instalou nos pulmões sem pedir licença à senhora diretora geral e à comissão que está a investigar tudo, tudo o que aconteceu no S. Fracisco Xavier.
Ela estava grávida mas não vai poder amamentar com tanto plástico nas maminhas.
Ele tinha comido o croquete no bar do hospital, mas ficou inerte ao ler “O guia para os perplexos” do Zizek sobre a temática do momento. Percebeu com mágoa a realidade:
‘Humanity is OK, but 99% of people are boring idiots’. Slavoj Žižek, tentem pronunciar!
Restou-lhe a compensação. “Com os 99% faço parte da maioria!”. Eleições no papo.
O truque das pernas escachadas resultou, a coisa não ficou só pelo olho direito, foi mais sado-maso, mas só se queixou cinco anos depois por ele nunca mais ter aparecido.
Vistas bem as coisas, foi bom não terem chegado a casa, o autocarro já era velho e morreram todos por uma boa causa.
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AHAHAHAHAHA
Este final e a mudança de tom está excepcional
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Não é só às quintas-feiras. Aos sábados também acontece.
“Duas pessoas ficaram feridas este domingo depois de uma explosão numa estação de metro em Estocolmo, na Suécia.
A explosão, segundo o The Local, aconteceu na estação de Vårby Gård, e deixou gravemente ferido um homem de 60 anos. “Havia alguma coisa no chão e o homem apanhou-a, depois explodiu”, contou à agência de notícias TT Sven-Erik Olsson, da polícia de Estocolmo. A outra pessoa ferida é uma mulher de 45 anos que se encontrava no local. As autoridades acreditam que não existe relação com terrorismo na explosão”. DN, hoje.
A coisa no chão era só uma granada.
Se as autoridades acreditam que sou eu para não acreditar!
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“Se as autoridades acreditam” QUEM “sou eu para não acreditar”. Em bom português, que, depois de ler alguns dos comentários que por aqui pululam, confirmei não é coisa que por aqui abunde.
Se tivesse escrito correctamente, responder-lhe-ia que não era ninguém, como escreveu mal, responder-lhe-ei que não é nada.
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… ele há cada “coisa” . . .
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Já não sei rm que dia da semana foi. Um homem natural do Uzbequistão lançou um camião contra um multidão, em plena Estocolmo, matando quatro pessoas e ferindo outras quinze. Foi em abril de 2017 e o homem, de 39 anos, acabou detido pela polícia. Tinha ligações a organizações terroristas online. “A Suécia é forte mesmo numa situação difícil”, reagiu o primeiro-ministro Stefan Löfven.
Primeiros ministros assim confortam, de resto o terrorista tinha um atenuante, excetuando o camião, só tinha ligações sonline.
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https://imagens.publicocdn.com/imagens.aspx/93585?tp=EI&db=IMAGES&w=823
Graça Freitas, diretora geral da Saúde, tem sublinhado que o país atravessa, até ao momento, uma gripe moderada. ‘Ainda não temos o caos’
Graças a Deus.
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Borges, “aggiornato”.
Grande “pequeno” texto.
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Não devia estar nos Prazeres numa ação saudosista socialista?
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Excelente!
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Dispensem-nos de ir aos Prazeres.
Prazer em ser xuxialista já é um PRAZER em si mesmo.
Quando se enganam os tótós
Quando se aboletam à fartazana
Quando gesticulam sem sentido
Quando encobrem as trafulhices
Quando lhes caem as lágrimas de crocodilo
Quando fazem vida de rico sem ter dinheiro
Quando acusam à falta de argumento
Quando fogem em tempos aziagos
Quando aparecem a dar as esmolas
Quando os amigos ajudam sem constrangimentos.
Prazer é o deles.
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Sim senhor!!!
Mais dramático que o Dramático de Cascais
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Só se salvou o actual primeiro-ministro de Portugal
Razão?
Uma coisa que não existe não pode morrer
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Eduardo PERMALINK
7 Janeiro, 2018 16:55
Sarcasmo é uma palavra com origem no grego sarkasmós que significa zombaria, escárnio, motejo.
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“Não é só às quintas-feiras. Aos sábados também acontece.”
E aos Domingos também : um ano de eterna saudade , em directo na RTP3 , desde as 14:00.
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Foi pena não terem visto o «debate» entre duas «personalidades» que são autênticas «novidades» e «esperanças» no panorama político português.
(a propósito, um vizinho meu perguntou se o Santana Lopes era o filho dum Santana Lopes que quando aparecia na tv falava sempre em Sá-Carneiro, PPD/PSD e afastava o cabalo ralo para trás… eu disse que era o mesmo tipo e que ainda não tinha morrido. O vizinho ficou boquiaberto)
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Muito bom!
Faltou referir que ela tinha pedido outra vez um Happy Meal, na esperança que não lhe calhasse pela 3ª vez um boneco do super-homem, que a filha não apreciava particularmente. Se voltasse a acontecer passaria pela livraria do bairro onde talvez encontrasse o caderno de actividades, para meninas, que a Porto Editora tinha voltado a colocar no mercado.
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A MacDonalds está a concluir um acordo com o PS : se ganhar as eleicoes em 2019 todos os clientes McMenu vao ganhar um Arlindo . Se voltar a ganhar as eleicoes , o brinde no MacMenu será um Pedroso , na versao deluxe , as meninas ganham um Ferro Rodrigues em PVC.
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