Batuques e pandeiros
Eu gosto imenso do Carnaval. Uns vestem-se com coisas divertidas, outros despem-se como as brasileiras numa demonstração do cosmopolitismo lusófono multicultural, eu observo. No caso particular das que se despem, em Fevereiro, mamilos enregelados com as alterações climatéricas que são arrefecimento global no Inverno e esgotamento do SIRESP no Verão, só desejo que a bênção da Graça Divina as mantenha ignorantes para a heresia das quotas de género e da emancipação da mulher que uma linda burca permite.
Está bem, o Carnaval brasileiro não é da tradição portuguesa, mas somos progressistas ou não? Um progressista que se preze não se torna naqueles chatos, um conservador dos que acha que nada disto tem algum jeito. Continuemos, que, em nome da ciência, ainda está por determinar se é morena que mexe o chocalho ou se é o chocalho que mexe com ela, seja de Angola ou seja do Brasil.
histórias a preto e branco
«Na fazenda Gado Brabo
Num casamento que havia
Comeu tanto nesse dia
Mocotó, feijão, quiabo
Meia noite abriu do rabo
Defecando o que comeu
Toda prega se rompeu
Na porteira do baú
Quase não cabe no cu
O peido que a nêga deu »
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É mais provável que seja o chocalho a mexer com ela.
“A boi velho, chocalho novo”.
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Em Portugal abunda a estupidez.
Salazar trazia o povo mais na ordem. E ensinava-lhe coisas boas. Até o Carnaval, ou melhor, o Entrudo, tinha muito mais pinta e era muito mais adaptado ao nosso clima. Em vez de a xungaria se despir para apanhar gripes, o povo carregava-se de panos e era engraçado de ver.
Mas a estupidez manifesta-se em muitas mais coisas. Vejam-se os valentões modernaços tipo operário da Auto-Europa, em manhãs de 5º C. a pedalar pelas estradas.
Aquilo é que vai ser reumatismo daqui a uns anos…
Haja estupidez e viva a Liberdade para fazer asneiras. É a Democracia à la Sócrates ou Costa que é tudo a mesma Merda.
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O batuque e o pandeiro descontrai as moças e apaga complexos próprios de sociedades retrágradas.
http://www.bbc.com/news/av/health-43012404/why-you-should-love-your-saggy-boobs
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O que poderia ser um peculiar Carnaval no território tuga se “importado”, adaptado, recriado, dos magníficos e genuínos caretos e outros diabos do Norte !
Para mim, há só dois grandes e icónicos carnavais: Rio de Janeiro e Veneza.
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sociedades retrógradas queria dizer.
Já agora, o batuque não é só no Carnaval.
Não há só chocalhoe e pandeiros, também há o pilão.
A MULHER E O PILÃO
A velha sertaneja bate o pilão no compasso incisivo.
O baque do toco de madeira batendo, soa como um batuque seco de uma
canção sem ressonância.
O milho triturado é o despedaçamento da semente que a terra fez explodir em
flores e espigas douradas.
Ao agredir os grãos na luta gestual, desabafa um grito mudo encharcado
de penitência.
Sua expressão é imobilizada pela paciência, lençol que lhe esconde os
tremores.
Durante intermináveis dias, seu tempo foi a repetição do sacrifício.
A velha mulher cumpre seu desígnio, socando o milho no pilão.
Seus braços esquálidos sobem e descem com mãos e dedos
agarrados ao tronco liso que bate num ritmo de asas cansadas.
A passagem do tempo extrai-lhe o vigor, preparando seu corpo para
a véspera do Grande Sono.
Possivelmente, o ritmo das horas lhe desvela o ritmo da decorrência onde se
cronifica a imensidão ou a graça do acontecer.
O farelo esmigalhado será a quirela que proverá o moço-homem ou a menina
mulher.
Seus braços trêmulos sacodem-lhe a carne magra, enquanto o pilão pesado
lhe situa a rigidez da tarefa-ritual.
De seus lábios delicados desliza tão baixinho uma canção
– o siriri – como a impulsionar o esforço de seus braços.
Sua alegria sedosa e clara é ali a fenda que lhe entreabre o instante do
servir, mesmo sendo ela a impossibilidade de uma ruptura no ossificado
âmago do cotidiano…
Para ela, talvez, o dia e a noite compõem o ciclo do fôlego do mundo…
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Neymar já tem onde batucar.
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Tudo o que pode ser transformado em negócio,tarde ou cedo é.
Aqui querem lá saber e chove ou se as animadoras estão quase nuas a tremelicar de frio.
Dá dinheiro, faça-se.
A Bem da Nação.
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….das que se despem, em Fevereiro, mamilos enregelados
Vejo-as passar, fico a remoer
se eu tiritasse
se tu tiritasses
se ele/ela tiritasse
se nós tiritássemos
se vós tiritásseis
se eles/elas tiritassem
O cortejo é lindo mas…
não tirites tu
não tirite ele/ela
não tiritemos nós
não tiriteis vós
não tiritem eles/elas
Afinal sempre me serviu de alguma coisa passar pelas antigas oportunidades
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E já agora vai uma narrativa interessante sobre Mozambique independente, com o antigo (?) ddt e o pais do amaral para aquecer.
O processo de descolonização afinal ainda não acabou!
https://www.grain.org/article/entries/5136-os-usurpadores-de-terras-do-corredor-de-nacala
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Este Carnaval deve ser mais uma consequência do «marxismo cultural» que tanto preocupa meia dúzia de tansos….que continuam a viver no PREC…
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E viva o Carnaval Brasileiro, que este por cá é uma tristeza.
Parece que do Brasil só copiamos mesmo bem a corrupção…
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