Também Tu Catarina e José Cid?
Quando me pronunciei sobre as #metoo caíram-me em cima como se eu não fosse uma acérrima defensora das mulheres ou qualquer outro ser vítima de assédio. No entanto não demorou muito até acontecer precisamente o que eu previa: uma banalização mediática do assédio. Por contaminação, o meio artístico português acordou de repente, volvidos dezenas de anos, para esta problemática revelando publicamente assédios a que noutros tempos não deram qualquer importância. E isso é que é o problema do #metoo: pôr as pessoas a dizer “eu também” quando os episódios não passam de abordagens menos felizes de engate. E isso, como já o tinha referido, preocupa-me. Muito.
A Catarina Furtado quis juntar-se ao grupo de Hollywood e contou uma historieta como tantas que existem por aí, sem qualquer importância, onde alguém lhe faz uma abordagem que ela fingiu não entender e automaticamente não deu em nada para dizer “eu também”. A sério?! Juntou-se depois José Cid (ah! valente!) com a denúncia de um assédio por parte de um fadista que mostrou interesse por ele. Realmente isso deve ser um experiência mesmo muito má ser desejado por alguém que depois de uma nega, se afasta pacificamente. Um horror, mesmo!
A este respeito deveria eu também gritar alto #metoo porque, seguindo este critério, andava na 3 classe e um menino ( o mais lindo da turma por quem nutria secretamente uma atracção) um dia lembrou-se que haveria de dar-me um beijo. Então à saída da escola, começou a seguir-me e como eu lhe negara o beijo, atirou-me para cima da neve, e já no chão, por cima de mim, arrancou-o sem pedir. Quando cheguei a casa estava lavada em lágrimas. Nunca contei aos meus pais. Resolvi o problema no dia seguinte não lhe dando mais uma fala. Assim como já na administração de uma empresa, gerentes de bancos a prometerem aprovar operações de crédito caso eu aceitasse aquecer-lhes a cama fria. Também aqui resolvi o problema mudando de Bancos. Ou ainda, aquele colega empresário simpático que vendo a minha dificuldade em arranjar crédito para a empresa, se oferece para ajudar levando-me a um gerente amigo mas que depois faz um desvio para ir buscar uma pasta urgente a casa, convida para entrar e tomar café, mas uma vez lá dentro, tenta beijar-me à força levando-me no dia seguinte a nunca mais lhe atender uma chamada telefónica. Até hoje. Apesar disso, jamais me juntarei às #metoo porque ser #metoo é ser pelo assédio selectivo onde muitos deles nem sequer assédio é.
Com efeito, começou com Weinstein que não passava de um indivíduo que se fazia ao engate a todo o rabo de saia que passava por Hollywood com o aval da maioria. Onde muitas actrizes, até vingarem na arte, não se incomodaram com o facto. Se ele fez disso um modo de vida foi porque foi tendo sucesso nessas abordagens. Porque quando Uma Thurman refere que no quarto, ele tirou o roupão, esqueceu-se de referir como e porquê se encontrava ela naquele lugar para falar com ele. E quantas vezes o tinha feito. Nenhuma mulher é tão ingénua que não entenda que esse lugar não é para atendimento ao público nem entrevistas. Certo?
Por outro lado, alguém vê as #metoo ao lado das mulheres verdadeiramente assediadas e estupradas na Suécia, na França, na Bélgica, na Alemanha (#120db) por migrantes islâmicos ou as mulheres cristãs Yazidis por muçulmanos? Claro que não. Como disse, só defendem o “assédio” que lhes interessa. Mas o mais curioso ainda é ver que uma das mentoras das #metoo está a ser investigada por assédio sexual, não é irónico?
Muito sinceramente ainda me pergunto como esta gente de Hollywood, não proibiu o filme “As 50 sombras de Grey”, nem as actrizes se recusaram a esse papel, quando a estória começa com o assédio sexual bruto entre um empresário e a universitária que o entrevista (no livro o primeiro capítulo parece saído de um filme porno). Então aquilo não é um atentado criminoso à mulher? É. Mas todas o aprovam e o tornaram sucesso de bilheteira. Estranho.
Felizmente hoje já não existe nas discotecas os slows. Aqueles 20 minutos de música parada em que ele, um desconhecido, a apertava junto ao corpo dando sinais de interesse e ela respondia tocando com o rosto na pele do pescoço, enquanto ele suavemente lhe arrancava, depois, um beijo. Enfim um autêntico “abuso” muito esperado e desejado pelos jovens e graúdos nas discotecas desses anos 80 dos quais muitas das #metoo fizeram parte mas que hoje seriam motivo de gritaria histérica e revolução social.
Enfim. É a sociedade hipócrita que temos hoje.
Historias nojentas e selectivas, onde só se fala do que da jeito. Esquecem as Mulheres que no local de trabalho tem que lidar com porcos, sem ofensa aos mesmos, anos seguidos e caladas para não serem despedidas. Tudo isto é nojento, miseráveis a tornarem-se estrelas, de novelas ranhosas, que acaba quando chegam ao topo da carreira. Isto já passou de miséria espiritual.
GostarGostar
1º ó zé mingos, a tua mulher foi comida pelo patrão.
2º trabalho numa empresa com + de 70% mulheres e nunca vi ninguém ser sujeita ao que dizes.
3º As mulheres que se deixam comer pelo chefe por dinheiro….
4º A hipergamia faz com que as mulheres escolham um homem melhor que o que tem.
5º Se a tua mulher te traiu e disse que foi para manter o emprego…. e tu acreditaste… tens o que mereces.
As mulheres só se deitam com homens que as fazem sentir mulheres, o arrependimento vem depois.
GostarLiked by 1 person
Ambos personagens revelam bem a sua estatura moral, pois nem sequer tiveram “tomates” para extemporaneamente (mas vá lá, justificava-se, valia como fofoca) nomearem os seus machos lúbricos. Ui! #notmetoo #calateboca
GostarLiked by 1 person
Pois a minha estória de assediado é esta: há muitos anos uma moça muito bonita e política profissional queria que eu militasse no seu partido. Rejeitei sempre. Numa tarde de Verão levou-me para o seu quarto, empurrou-me para cima da cama. Começou a despir-se e eu a gostar já imaginando preliminares. Quando chegou à sua zona do pipi, porra !, era –é– hermafrodita… Zarpei imediatamente e por trauma, nunca me alistei em nenhum partido. Nunca se sabe o que é um partido antes de desnudado.
GostarLiked by 1 person
A consolação que pode ter é que a muitos que vieram da província e passaram pela Av. da Liberdade e Conde Redondo aconteceu-lhes o mesmo.
GostarGostar
Boa !
GostarGostar
MJRB,
Em vez de #MeToo pode indicar o #SoAMim.
GostarGostar
FMColaço,
Por favor não me baralhe a cabeça nem me provoque constrangimentos com mais #’s… Já me basta o Clemente.
GostarGostar
Qualquer pingarelha/o tuga “famosa/o” surge exibindo-se por moda e para dar nas vistas dizendo-se assediada/o… Não há pachorra para essa gente do jet 3,5.
GostarLiked by 2 people
O que safou o Taveira foi ter vídeos dos assédios mas de qualquer forma já ninguém se lembra dele e as assediadas eram da plebe pouco importa. O Weinstein também era conhecido (ele e não só , festas da playboy, etc) pelas festas \ orgias , linhas de coca espalhadas em cima das mesas lá da casa , quartos à disposição (nada que não se veja em produções cinematográficas para a juventude) e depois não se percebe bem do que se queixam. O Weinstein se tivesse câmaras no quarto ou em casa se calhar não tinha muito com que se preocupar.A maioria destes casos fazem lembrar o que levou à condenação de Mike Tyson dai o perigo que representam.
GostarGostar
100/ de acordo mais uma vez.
Adoro ser mulher forte e n ter traumas dos milnassedios na minha vida
Graças a Deus q os tive. Estava e estou viva
GostarLiked by 2 people
Não consigo imaginar uma rapariga ou mulher extraordinária ou assim-assim que seja, que não goste de lhe mandarem um piropo ou um assédio.
Bem…como “isto” está a tomar proporções patéticas também entre as tugas, espero que quem eu assediei (desde os acampamentos da Mocidade Portuguesa) não venha acusar-me de algo…
GostarLiked by 2 people
“Hipócrita”, a palavra chave.
Texto impecável – e a ressumar bom-senso por todos os poros.
GostarLiked by 2 people
Não sei como é que os fadistas não escreveram um comunicado a repudiar a difamação que estão a fazer a uma classe inteira de profissionais.
GostarGostar
Isso !…
Liderados pelo Carlos do Carmo, que chamou ao PR Cavaco Silva “aquela coisa que está em Belém”. E (andava a pedinchar por portas e travessas), feito comendador pelo MCThomaz.
GostarGostar
Ela murmurou ao meu ouvido: “Deixa-me fazer-te uma carícia”!
Eu não estava preparado para aquilo. Olhem só para a minha reacção:
🤫🤔🙄🙃🤨🤭🤢🤮🤐😬😏😶😐😑🤨🤥😱😱😱😥😓😤😤😤😤
Ela afastou-se com um esgar,com o berloque no cinto de couro:
“Fuck you!”
Sensível como sou, aquilo chocou-me.
Ainda mais do que o patriotismo dos internacionalistas.
Agora ando sempre com o meetoo# no pulso, para o caso…
Ainda hoje marquei nova consulta para o psicanalista.
GostarGostar
… e o que dizer de um Lobo qualquer coisa que, e na presença do supremo magistrado, contou a uma turma de menino(a)s que nos seus tempos de infante (10 aninhos , cabelos loiros e olhos azuis) contou que um malandro de um prof de moral lhe pôs a manápula nas perninhas e subiu por ali acima!!!!…
Até as pedras da calçada choram com tanta cretiinice à misture, não vá alguém pensar que eles ficaram fora da moda.
GostarGostar
O Lobo precisa conforme a ocasião dos livros a lançar ou num período com menos vendas, de se adaptar a casos, circunstâncias — para dizer, “comprem, leiam-me”.
É como um outro que lançou um livro, o PR Cavaco estava a ser atacado (não me lembro porquê) e aproveitou o momento para chamar-lhe “palhaço”. Aumentou as vendas…
GostarGostar
REALMENTE ISTO É UMA VERGONHA.QUANDO TINHA DOZE ANOS UMA PRIMA MINHA BATEU~ME UM A SARAPITOLA.E ESTA HEIN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
GostarGostar
Dizem que o fadista J. Braga assediou o Cid. Mas o Gouxa vai-vos explicar. Ou o Cláudio…
GostarGostar
Lindinho tosta destas coisas percebes tu muito vem.
É disto e de br(i)oches Maduros.
GostarGostar
Bem
GostarGostar
Eu também fui assediado pelo selim da minha bicicleta
GostarLiked by 1 person
metoo gostei deste artigo . chega-lhes …
GostarLiked by 1 person