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14 Maio, 2018
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De acordo com o insuspeito INE, a carga fiscal de 2017 foi a maior dos últimos vinte e dois anos. O que confirma algumas coisas que, efectivamente, já não ignorávamos, embora nos tenham andado a dizer o contrário. Primeiro, que a fiscalidade é, em Portugal, muito estável, como nos tem sempre assegurado o nosso ministro das finanças: ela sobe, sem excepção, todos os anos e qualquer investidor sabe que assim o será. Maior estabilidade do que esta será difícil de garantir. Segundo, o «milagre» orçamental português tem sido feito, como aliás sempre que acontece o é, pela via da tributação, muito mais do pela do crescimento económico. O que quer dizer que a poupança se torna cada vez mais difícil e, consequentemente, o investimento, a prazo, também o será. Veremos no que isto vai dar.

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  1. Manuel permalink
    14 Maio, 2018 12:57

    Considerando que a despesa fixa aumentou e o aumento receita veio de aumento de impostos e do crescimento da economia, quando a economia desacelerar (existem sinais de que já começou), caminharemos para nova pré-bancarrota, nessa altura, virá um Rio qualquer fazer o ajustamento. Nas actuais condições ( peso da carga fiscal) ninguém investe com capitais próprios e como o crédito bancário continua a aumentar como antes da crise, também os bancos terão de ser novamente capitalizados com dinheiro público.Dizem que este regime é uma democracia. Penso que estamos num circulo vicioso de bancarrota em bancarrota até à bancarrota final.

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  2. LTR permalink
    14 Maio, 2018 13:47

    O Dr.Costa Poucochinho Derrotado, um comunista envergonhado sem vergonha para o resto, vai à AR, nega como o Maduro, o PS bate palmas rindo, e já está.

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  3. 14 Maio, 2018 13:48

    “Vai dar” de duas uma ou as duas: o desgoverno demite os inconvenientes e afoitos membros superiores do INE e/ou o MCThomaz dá uma ajudinha à geringonça bovinizando a populaça-NADA com afectos.

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  4. 14 Maio, 2018 13:53

    “Veremos no que isto vai dar”.
    Acha?
    Sem capital não há investimento, sem investimento só há empobrecimento. Qual é a dúvida? Mais 2, 3 ou cinco anos para os oligarcas encherem o papo – de novo. Os chineses, franceses ou alemães já compraram as empresas portuguesas, e os portugueses servem à mesa nos cafés. Outros emigram. O país, esse, morreu.

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  5. José Domingos permalink
    14 Maio, 2018 14:33

    O circo vai começar a pegar fogo, o tó chamuça, comuna disfarçado, está a protejer-se, da barraca que aí vem. Os comunas do mp tc e afins vão proteger os ladrões.
    Nem sequer existe corrupção em Portugal.

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  6. Expatriado permalink
    14 Maio, 2018 16:23

    Para grandes males, grandes remédios. Nas próximas eleições legislativas peçam que o PS ganhe, com ou sem maioria (de preferência), para serem eles a tapar o buraco que estão a cavar. Terão de impor uma austeridade dura e então o povoléu subsídio-dependente aprenderá que não há almoços grátis. Sofrimento é a única maneira de caírem na realidade. Se a não esquerda cair na patetice de ganhar, preparem-se para a lenga lenga do “nós demos, revertemos, aumentamos salários, etc.” e outras tretas para boi dormir. Eu, que estou nos antípodas de qualquer socialismo, votarei num qualquer partido sem hipóteses ou nulo.

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  7. Mario Figueiredo permalink
    14 Maio, 2018 16:27

    O diabo não foi a lado nenhum e nunca saiu daqui. Tem andado disfarçado de economia europeia em alta e risse violentamente às gargalhadas de quem diz que o país está muito bem. O diabo tem nome e tem partido e tem um culto de fanáticos que o mantém.

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  8. Artista Português permalink
    14 Maio, 2018 18:22

    A única coisa que se torna urgente averiguar é para quanto tempo se prevê que durem as nossas reservas de Banha de Cobra que tem sido, desde que se iniciou a “geringonça”, a verdadeira substância fornecida aos indígenas quer do lado de S. Bento, quer de Belém.

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  9. Arlindo da Costa permalink
    14 Maio, 2018 18:35

    Muito menor do que em mais de metade dos países europeus.

    Ainda por cima temos que pagar a dívida. Ou querem foliar e gastar à tripa forra?

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  10. Isabel permalink
    15 Maio, 2018 03:48

    Portugal, tal como a Espanha, a Itália, a França e a Grécia precisam desesperadamente de investimento e de outra política europeia. No curto prazo, uma ligeira esperança pode vir do governo que resultar das negociações em curso na Itália. Um sinal já é bom: a perspectiva de um governo que diga não à mme. Merkel já não fez aumentar os juros da dívida italiana senão em 0,16%. Claro que Draghi pode fazer secar a liquidez nos multibancos como fez na Grécia e no Chile. Mas o poder da economia italiana na Europa é muito mais forte e eles, oposicao italiana, andam a preparar-se para trocar as voltas ao sistema bancário europeu há bastantes anos.
    Esclareço já que sou europeista dos costados todos. Mas não de uma Europa sem nações co mandada pela Alemanha ( agora o Macron quer ver se a destrona ) onde a cláusula da solidariedade foi apagada, as identidades sao para desaparecer e as desigualdades entre países ricos e países pobres não fazem senão aumentar.
    Têm visto estes temas serem debatidos por estas bandas?

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    • Mario Figueiredo permalink
      15 Maio, 2018 09:07

      “Têm visto estes temas serem debatidos por estas bandas?”

      Infelizmente, não. A Europa política, monetária e fiscal é aparentemente olhada como uma parte obrigatória do sonho europeu e está a levar à sua desagregação, enquanto que as suas políticas económicas e sociais extremistas estão a levar ao ressurgimento de velhos fantasmas europeus. Para eles não existe alternativa. Ou é sim e temos que levar com o pacote todo, ou é não e vamos sair enquanto pagamos uma pesada dívida e somos enxovalhados pelos europeístas com possíveis consequências para relações diplomáticas e económicas futuras.

      A construção de uma Europa mais pequena, mais focada na circulação de pessoas e bens e com menos política e sociedade à mistura é hoje uma miragem. Foi a cenoura na ponta do pau. O Europeísmo é hoje esta noção de supra-estado que governa por cima dos estados e através de pessoas não eleitas democraticamente. Com cada vez maior carga política, a demagogia europeísta inclusivamente desembaraçou-se do termo euro-céptico (moderado e representativo de um pensamento critico pró-europeu), e o substituiu por nacionalismo; esse monstro horrível ao qual passa a ser possível associar todo o tipo de extremismos e assim descredibilizar por via da falácia qualquer tentativa de crítica da estrutura ou organização europeia.

      Entretanto, o politicamente correcto domina o cenário europeu e este estende-se não só às políticas sociais com os resultados desastrosos que estamos a assistir em que os governos europeus contribuem directamente para a morte dos seus cidadãos por parte de terroristas em território nacional, mas também à relação entre os estados. Poderemos por exemplo agradecer muito à União Europeia o mais que provável próximo mandato do PS, pelo facto de não se cansar de elogiar medidas económicas do nosso governo que nós sabemos serem desastrosas para o nosso país e que nada estão a fazer para nos preparar para novos ciclos económicos em baixa. O pedido de reformas estruturais vem sempre no fim das declarações e em tom baixinho, mantendo o elogio no centro das atenções. O objectivo é claro. Principalmente num possível quadro de um ministério da finanças europeu que está em fase de debate, interessa uma Europa a várias velocidades. Uma organização europeia com ministro das finanças europeu torna os estados dependentes do orçamento geral europeu da mesma forma que a saúde ou a educação são dependentes do orçamento geral do estado. E assim todos os países andarão ao som da mesma batuta, seja ela Merkel, Macron ou ambos.

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  11. rão arques permalink
    15 Maio, 2018 07:21

    Vemos, ouvimos, lemos, sentimos, e ignoramos!

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  12. 15 Maio, 2018 12:00

    hoje o crescimento decepcionou.

    Pois roubem o dinheiro ao pessoal que produz, e deem ao que só gasta, que isto vai crescer…

    Vai vai. como a venezuela

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