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Um outro género de manifestação?

19 Maio, 2018

«Dezenas de jovens exigem frente ao Parlamento que deputados mantenham lei. A lei estabelece o direito à autodeterminação da identidade e expressão de género. Foi vetada pelo Presidente da República» Deixando de lado o aspecto panfletário da título e desta neo língua de pau “do direito à autodeterminação da identidade e expressão de género” vamos à manifestação propriamente dita. Mais exactamente cabe perguntar se foi alguém à manifestação além daqueles que a convocaram?
Vejamos O PÚBLICO ilustrou a notícia sobre a manifestação frente à AR com uma foto de duas pessoas frente ao Palácio de Belém mais um senhor com megafone e a legenda “Na passada semana, um grupo de jovens já tinha protestado à porta do Palácio de Belém“,

Na notícia que trata da manifestação frente à AR  são referidos dezenas de manifestantes “quase todos muito jovens”. Seriam duas dezenas? Ou nove dezenas?
O DN que deu ao evento o grandioso título Manifestações em frente ao Parlamento contra vetos de Marcelo até fez uma galeria fotográfica informa-nos que “mães que querem engravidar de um dador anónimo e transexuais que querem mudar de nome sem atestado médico protestaram esta quinta-feira contra os vetos do Presidente e do Tribunal Constitucional” Contadas por excesso as pessoas que aparecem na alegada manidestação  não devem chegar às duas dúzias.

Os manifestantes “quase todos muito jovens” referidos pelo PÚBLICO também não se avistam. A não ser que na categoria muito jovem entrem  as mãos que seguram o cartaz onde se lê “Só eu sei o meu género” declaração que prova a pouca idade  de quem redigiu a frase.

Enfim a manifestação ao certo aconteceu? Ou só lá estiveram aqueles que a convocaram e foram fotografados de forma amiga para não se perceber o falhanço óbvio da alegada manifestação? Os jornalistas estão eles mesmos a criar outro género de manifestação: a manifestação que eles acham que deve acontecer.

12 comentários leave one →
  1. Mario Figueiredo permalink
    19 Maio, 2018 10:37

    Não há, fabrica-se. O progressismo é uma das linhas de montagem do socialismo na fábrica do ideário marxista.

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  2. Raghnar permalink
    19 Maio, 2018 10:59

    “Jovens”, como os da “juventudes” partidárias com quase 40 anos? E o que é que o PR tem a ver com o facto das “mães” quererem engravidar de um dador anónimo?

    Eu também quero um país em que os desvarios de banqueiros e políticos assumam os seus próprios erros, sem recorrer ao “contribuinte”. Não parecem haver muitos políticos preocupados com isso…

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  3. Juromenha permalink
    19 Maio, 2018 11:25

    Que diabo! Estamos na senda da modernidade ,e da mais moderna possível : já fazemos manifestações como as que se fazem “lá fora” ( bom, um “lá fora ” cada vez mais restrito…).
    “Pugresso” em estado quimicamente puro…

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  4. André Miguel permalink
    19 Maio, 2018 13:01

    Jornalismo de causas. Ou em português da plebe: jornalismo de merda.

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  5. 19 Maio, 2018 14:31

    Os media criam as noticias que mais lhes agradam. Nas grandes cidades os media estão sob forte influencia dos grupos progressistas, frequentam os mesmos locais, o mesmo rebanho…e dão sempre um jeitinho de promoverem as causas que lhes agradam. Os media são cada vez mais uma espécie transgenero, nem peixe nem carne, a manipular o pensamento e a vida da maioria da população. Mérdia para eles.

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  6. 19 Maio, 2018 16:06

    Em Portugal há carência de bons Jornais/Jornalistas e a informação em geral é tendenciosa.
    A esquerdalha tem a rédea e a maioria do povo inculto não passa de uma carneirada. Àqueles que reclamam de tudo e mais alguma coisa sem qualquer significado para o desenvolvimento do país, só lhes digo: vão mas é trabalhar!

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  7. 19 Maio, 2018 16:58

    Permitam-me que faça um apelo aqui à malta do BE e das causas pela autodeterminação do rabo Lmt.
    Se querem que a direitinha vos apoie incondicionalmente e espume de fervorvismo ainda mais que vocês pela vossa “causa”. Convidem para participar nela aquela vossa galinha caquerejadeira vencedora do “euro”visão, que també é apologista da vossa luta. Vão ver que encontrarão o aliado mais fiel de sempre. Que apesar do seu “conservadorismo” e bons costumes, não só para vossa surpresa, irão lá encontrar muitos betinhos adeptos da sodomia , como muitos outros estarão mais que dispostos a dar o seu próprio cú em nome de qualquer um que venha da terra prometida, por mais degenerado e conflituante com os seus bons costumes que seja.

    Atentamente
    De alguém que vos despreza profundamente.

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  8. carlos alberto ilharco permalink
    19 Maio, 2018 19:19

    Nem mais.
    É extremamente fácil reduzir ou aumentar uma manifestação, entrevistar quem interessa para o efeito da reportagem, mostrando que correu bem ou mal conforme as instruções com que os “jornalistas” são enviados para o local.
    Tenho-me fartado de rir com as piruetas que o jovem Director do DN o Ferreira Fernandes dá todos os dias para compor aquilo de acordo com as instruções do CEO.
    Custa muito ganhar o pão que o Diabo amassou.

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  9. A. R permalink
    19 Maio, 2018 21:40

    Isto não se resolve penas com um psiquiattra? Em Cuba resolviam nos campos de trabalho com o dístico “O trabalho faz-te homem”: não sei se havia método semelhante para homens. O Che não deixou solução para tudo.

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  10. Jorge Libertário permalink
    20 Maio, 2018 09:18

    Não são jornalistas, são sim activistas políticos. Não descrevem a realidade, eles querem transformar a realidade. Por exemplo na RTP 3, de segunda a sexta em prime time 10 pessoas debatem (2 por dia), dessas 10, 2 são do partido livre que nem 1% dos votos tem. Para a jornalista Ana Lourenço, o livre merece ter 20% do tempo antena, embora não represente sequer 1% do eleitorado.

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  11. Fernando Costa permalink
    20 Maio, 2018 09:44

    Como médico, tenho uma dúvida (que é apenas um exemplo de muitas outras similares que se podem colocar em medicina e saúde pública): os critérios para fazer tratamento anticoagulante (essencial na prevenção dos enfartes e AVC) dependem do sexo do doente. A natureza e os genes são muito reacionários e “facistas” e estão-se marimbando para o que o doente acha ser o seu género. No entanto, se ele (ou ela) me aparecer com uma identificação de género na ficha clinica diferente do sexo que com que a Natureza o(a) contemplou, posso ser levado a fazer uma terapêutica errada. De quem é a culpa?

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  12. Arlindo da Costa permalink
    20 Maio, 2018 21:36

    Conferindo bem as fotos supra não vislumbro cidadãos velhos. Ou estarei a precisar de óculos?

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