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A mistificação

28 Junho, 2018

Uma importante mudança de estratégia perante a evidência de que as coisas não têm corrido bem no campo da higiene pública. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) deverá, a médio prazo, começar a proceder à recolha de lixo doméstico ao domingo nas “zonas de maior pressão turística”.

Esta notícia é uma mistificação: m zonas de Lisboa, como Benfica, onde não existe turista algum, o lixo amontoa-se. Não é a pressão turística que faz crescer o lixo (aliás será interessante comparar a produção de lixo por parte dos turistas coma dos residentes) mas sim a incapacidade da CML para fazer com que os serviços de recolha do lixo recolham o lixo.

12 comentários leave one →
  1. 28 Junho, 2018 14:23

    O meu bairro está um nojo

    Mas nem sei se a culpa é apenas da Câmara. Em Londres a recolha de lixo é feita uma vez por semana e, em bairros idênticos ao meu, não se vê esta nojeira que se vê por cá.

    Estes novos depósitos de lixo subterrâneos pareciam excelentes, até as pessoas passarem a usar o passeio em volta como depósito de toda a merda que têm em casa.

    Os lojistas fazem o mesmo. Deixam por lá os caixotes amontoados no chão.

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    • 28 Junho, 2018 14:38

      O que acontece no bairro da Zazie desconheço, mas acredito no que escreve.
      Quanto ao restante (Londres incluída), subscrevo.

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  2. Mario Figueiredo permalink
    28 Junho, 2018 14:25

    É também um dos exemplos perniciosos da economia do turismo em países que dela dependem em demasia. O país torna-se cada vez mais feito a pensar no turista e não nos cidadãos que devia servir em primeiro lugar.

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  3. 28 Junho, 2018 14:36

    Exacto, Helena Matos.

    Hoje pela manhã, numas zonas de Benfica, a Junta mandou colocar em várias artérias uns bastante dispendiosos penduricalhos vistosos com bandeiras tugas. Perguntei ao “chefe” da “operação” porquê aquilo, respondeu-me: “não sei bem, mas acho que é por causa da seleção de futebol”.
    Não têm dinheiro para o essencial (no caso, limpeza e recolha de lixo), mas para a festança e o delírio, há sempre carcanhol. Siga o baile.

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  4. procópio permalink
    28 Junho, 2018 16:18

    A palhaçada continuará no circo ao ar livre, mesmo sem bilhetes

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  5. Raghnar permalink
    28 Junho, 2018 16:50

    A coisa é disfarçar para o turista que o nativo “aguenta, aguenta”. Alguns até gostam…

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  6. José Domingos permalink
    28 Junho, 2018 17:19

    Somos um povo de labregos é mais cidadãos, a única coisa que interessa é a carteira. Não merecemos mais.

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  7. 28 Junho, 2018 17:30

    Bem, nisto concordo com o Alexandre Soares dos Santos: “Isto é uma terra de primos e os primos passam a vida a fazer jeitos uns aos outros. Depois estouraram-se todos”.

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  8. procópio permalink
    28 Junho, 2018 17:57

    O turista vai sujando aqui e ali. A agenda da kapital é previsível.
    O habilidoso medina acena com a capa da modernidade. Os merdia lá estão para lhe engraxar os sapatos.
    A gentrificação afasta os naturais habitantes, desvalorizaos bairros antigos transformados em hostels. Camones a olhar para os camones, brazucas olho nas brazucas.
    Safam-se alguns alfacinhas pelintras a servir as bojecas de guardanapo no braço.
    Afinal foi para o que nasceram.
    Para serem de esquerda e servir à mesa

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  9. Joe Bernard permalink
    28 Junho, 2018 18:28

    Felizmente vivo em cascais onde o lixo é removido diariamente, sejam domingos, feriados ou dias santos!!!

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  10. Arlindo da Costa permalink
    29 Junho, 2018 18:13

    Linda teoria! Os turistas não trazem nem fazem lixo!

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